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Resumo Direito Administrativo Poder de Polícia e Intervenção do Estado na Propriedade Privada

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RESUMO DE ADMINISTRATIVO II
PODER DE POLÍCIA
- A administração condiciona o exercício dos direitos ao bem-estar coletivo por meio do poder de polícia -> crítica ao termo por remeter a um Estado absolutista (que não existe mais) 
- Direitos individuais não são incompatíveis com o poder de polícia pois este já é inerente a liberdade dos direitos
- Divisão da polícia em 2:
Polícia geral: relativa à segurança pública 
Polícias especiais: atuam nos mais variados setores da atividade dos particulares
- O crescimento do PP se deu de duas formas:
Passou a atuar em setores não relacionados com a segurança, atingindo as relações entre particulares – passou a abranger a ordem econômica e social
Passou a possibilitar a imposição de obrigações de fazer (ex.: limpe o lote)
- Obrigações: negativas e positivas = ambas estão LIMITANDO A LIBERDADE DA PESSOA EM BENEFÍCIO DO INTERESSE PÚBLICO 
CONCEITO 
“O PP é a atividade do Estado consistente em limitar o exercício dos direitos individuais em benefício do interesse público”
- Código Tributário Nacional dá o conceito de PP no art. 78 – PORQUE o exercício do PP é um dos fatos geradores da TAXA
- PP se divide em Legislativo e Executivo:
	Legislativo: cria, por lei, as chamadas limitações administrativas ao exercício das liberdades públicas. – Regulamenta as leis e controla sua aplicação PREVENTIVAMENTE (por meio de ordens, notificações, licenças ou autorizações) ou REPRESSIVAMENTE (por meio da imposição de medidas coercitivas)
POLÍCIA ADMINISTRATIVA E JUDICIÁRIA
Polícia administrativa = caráter PREVENTIVO (ex.: proibição do porte de arma)
Polícia judiciária = caráter REPRESSIVO (ex.: apreensão de arma)
Segundo Álvaro Lazzarini: “A linha de diferenciação está na ocorrência ou não de ILÍCITO PENAL. Com efeito, quando atua na área do ilícito puramente administrativo (preventiva ou repressivamente), a polícia é administrativa. Quando o ilícito penal é praticado, é a polícia judiciária que age”
A primeira se rege pelo Direito Administrativo, incidindo sobre BENS, DIREITOS ou ATIVIDADES. Já a segunda se rege pelo Direito Processual Penal, incidindo sobre PESSOAS. Além disso, a polícia JUDICIÁRIA é PRIVATIVA de CORPORAÇÕES ESPECIALIZADAS (polícia civil e militar), enquanto a polícia ADMINISTRATIVA se REPARTE entre DIVERSOS ÓRGÃOS DA ADMINISTRAÇÃO aos quais a lei atribua a possibilidade (ex.: áreas da saúde, trabalho, previdência e assistência social)
MEIOS DE ATUAÇÃO
Considerar-se-á PP em sentido amplo (Legislativo + Executivo): Estado se utiliza para seu exercício:
ATOS NORMATIVOS em geral: pela LEI criam-se as LIMITAÇÕES ADMINISTRATIVAS ao exercício dos direitos e das atividades INDIVIDUAIS estabelecendo-se normas GERAIS e ABSTRATAS dirigidas INDISTINTAMENTE às pessoas que estejam em idêntica situação
ATOS ADMINISTRATIVOS e OPERAÇÕES MATERIAIS de aplicação da lei ao caso concreto, compreendendo medidas PREVENTIVAS e medidas REPRESSIVAS com a finalidade de COAGIR o infrator a cumprir a lei 
CARACTERÍSTICAS
- Atributos do Poder de Polícia: 
Discricionariedade (nem sempre ocorre, mas está NA MAIOR PARTE dos PPs)
Autoexecutoriedade
Coercibilidade 
Indelegabilidade (EXTRA) – (do PP a PJ’s de direito PRIVADO) 
DISCRICIONARIEDADE
Quanto a discricionariedade: Nem sempre ocorre, mas está presenta na maioria dos PPs. 
Em ALGUMAS hipóteses o legislador PODERÁ ESCOLHER o melhor momento de agir, o meio de ação mais adequado, qual a sanção cabível diante das previstas na norma legal e etc. Nessa situação (de poder escolher) o PP será DISCRICIONÁRIO. Ex. de PP DISCRICIONÁRIO = conceder AUTORIZAÇÃO (para porte de arma, circulação de veículos com carga máxima estipulada e etc.)
Em outras hipóteses a LEI JÁ ESTABELECE que, diante de certos requisitos, a administração pública DEVE seguir o que já está determinado na lei – NÃO HÁ possibilidade de fugir do que está previsto – Nesses casos o PP será VINCULADO. Ex. de PP VINCULADO = conceder LICENÇA (para dirigir/construir e etc.)
- O PP é DISCRICIONÁRIO na MAIORIA dos casos. 
AUTOEXECUTORIEDADE
É a possibilidade que a Administração tem, pelos seus próprios meios, de pôr em execução as suas decisões SEM TER de recorrer primeiro ao Poder Judiciário. 
Alguns autores dividem o princípio em 2:
Exigibilidade 
Executoriedade
Exigibilidade
- Possibilidade da Administração de tomar DECISÕES EXECUTÓRIAS, ou seja, decisões que dispensam a Administração de dirigir-se preliminarmente ao juiz para impor a obrigação ao administrado – A decisão administrativa impõe-se ao particular ainda contra a sua vontade – se o particular quiser se opor terá de entrar em juízo
Executoriedade 
- FACULDADE que a Administração tem (quando JÁ TOMOU DECISÃO EXECUTÓRIA) de realizar diretamente a EXECUÇÃO FORÇADA para obrigar o administrado a cumprir a decisão – a Administração poderá se valer da força pública (se for necessário) 
Pelo atributo da EXIGIBILIDADE a Administração se vale de MEIOS INDIRETOS de coação. Ex.: multa, impossibilidade de licenciamento do veículo enquanto não paga as multas de trânsito e etc.
Pelo atributo da autoexecutoriedade a Administração compele materialmente o administrado (usando meios de coação). Ex.: Apreensão de mercadorias, interdição de fábricas, etc.
* A autoexecutoriedade NÃO existe em TODAS as medidas de polícia. Para que a Administração possa se utilizar dessa FACULDADE é necessário que a LEI a autorize EXPRESSAMENTE ou que se trate de MEDIDA URGENTE (sem a qual poderá ser ocasionado PREJUÍZO MAIOR para o INTERESSE PÚBLICO) * 
* Pode-se dizer que a EXIGIBILADE está presente em TODAS as medidas de polícia. Mas a EXECUTORIEDADE não *
COERCIBILIDADE
A coercibilidade é indissociável da autoexecutoriedade -> o ato de polícia SÓ é autoexecutório porque é dotado de força coercitiva
PP é uma atividade NEGATIVA do Estado. Já o Serviço Público é uma atividade POSITIVA do Estado. Essa é a principal diferença entre os dois. – PP é considerada uma atividade NEGATIVA porque exige um NÃO FAZER (ou seja, uma ABSTENÇÃO) do particular
LIMITES
- Quanto aos FINS: a Administração Pública SÓ deve ser exercida para atender ao INTERESSE PÚBLICO
- A COMPETÊNCIA e o PROCEDIMENTO devem, também, observar as normas legais pertinentes
- Princípio da PROPORCIONALIDADE DOS MEIOS AOS FINS => ou seja, o PP NÃO DEVE ir além do NECESSÁRIO PARA A SATISFAÇÃO DO INTERESSE PÚBLICO
Regras a serem observadas pela Polícia Administrativa, com o fim de não eliminar os direitos individuais:
NECESSIDADE
- PP só deve ser adotada para evitar ameaças reais ou prováveis de perturbações ao interesse público
PROPORCIONALIDADE
- Exigência de relação entre a limitação ao direito individual e o prejuízo a ser evitado
EFICÁCIA
- A medida deve ser adequada para impedir o dano ao interesse público 
RESTRIÇÕES DO ESTADO SOBRE A PROPRIEDADE PRIVADA
- Princípio da função social da propriedade -> autoriza não apenas a imposição de obrigações de não fazer, como também as de deixar de fazer e, hoje, pela CF, a obrigação de fazer (expressa no art. 182, §4, consistente no adequado aproveitamento do solo urbano)
MODALIDADES 
As limitações administrativas impõem obrigações de caráter geral a proprietários indeterminados, em benefício do interesse geral, afetando o caráter absoluto do direito de propriedade
- Ocupação temporária e a requisição de imóveis
- Tombamento
- Servidão administrativa
- Desapropriação e a requisição de bens móveis e fungíveis
 
OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA 
É a forma de limitação do Estado à propriedade privada que se caracteriza pela utilização transitória, gratuita ou remunerada, de imóvel de propriedade particular, para fins de interesse público 
REQUISIÇÃO ADMINISTRATIVA
Pode incidir sobre bens (móveis e imóveis), sobre serviços, pode ser uma forma de limitação à propriedade privada e de intervenção estatal no domínio econômico -> justifica-se em tempo de paz e de guerra 
Ato UNILATERAL e AUTOEXECUTÓRIO = INDEPENDE da aquiescência do particular e da prévia intervenção do Poder JudiciárioOneroso (em regra) -> indenização a posteriori
Caindo sobre bem IMÓVEL confunde-se com a OCUPAÇÃO TEMPORÁRIA (“no caso de perigo público iminente, a autoridade competente poderá usar da propriedade de particular, assegurada ao proprietário indenização ulterior, se houver danos”). 
Caindo sobre bem MÓVEL FUNGÍVEL assemelha-se à DESAPROPRIAÇÃO (na requisição a indenização é posterior e o fundamento é a necessidade pública inadiável e urgente. Na desapropriação a indenização é prévia e o seu fundamento pode ser a necessidade pública, a utilidade pública e o interesse social)
TOMBAMENTO 
Art. 23, III, CF – trata a respeito da União, Estados e Municípios com o tombamento
Municípios NÃO tem competência legislativa nessa matéria 
Tem por objetivo a tutela do patrimônio histórico e artístico nacional 
Instrumentos de tutela: ação popular e ação civil pública
Os bens SÓ podem ser considerados parte integrante do patrimônio histórico e artístico brasileiro DEPOIS de INSCRITOS (separada ou agrupadamente) em um dos QUATRO LIVROS DO TOMBO que a lei prevê
CONCEITO: O tombamento é a forma de intervenção do Estado na propriedade privada, que tem por objetivo a proteção do patrimônio histórico e artístico nacional
Tombar = registrar/inscrever nos livros do tombo (arquivos do reino na Torre do Tombo)
O tombamento gera, SEMPRE, uma RESTRIÇÃO PARCIAL
NÃO DÁ direito à INDENIZAÇÃO (pois NÃO tira do particular o direito de exercício dos direitos inerentes ao domínio)7
É um PROCEDIMENTO ADMINISTRATIVO (pois NÃO se realiza em um único ato, mas sim, em uma sucessão de atos preparatórios)
OBJETO: Pode atingir bens de qualquer natureza (móveis ou imóveis, materiais ou imateriais e públicos ou privados)
MODALIDADES: Pode ser quanto:
Quanto à constituição ou procedimento: de ofício, voluntário ou compulsório
Quanto à eficácia: provisório ou definitivo
Quanto aos destinatários: geral ou individual
Pelo DL n 25/37 o tombamento distingue-se conforme atinja bens públicos ou particulares. Quando incide sobre BENS PÚBLICOS tem-se o tombamento DE OFÍCIO. Já quando incide sobre BENS PARTICULARES tem-se o tombamento VOLUNTÁRIO ou o TOMBAMENTO COMPUSÓRIO. -> O tombamento COMPULSÓRIO é feito por iniciativa do Poder Público MESMO CONTRA A VONTADE DO PROPRIETÁRIO. 
O tombamento VOLUNTÁRIO ou o tombamento COMPULSÓRIO podem ser PROVISÓRIOS ou DEFINITIVOS. -> O tombamento PROVISÓRIO ocorre com a NOTIFICAÇÃO do proprietário. O tombamento DEFINITIVO se dá com a INSCRIÇÃO dos bens no (s) livro (s) do Tombo.
PROCEDIMENTO: O tombamento efetua-se por meio de um PROCEDIMENTO (ou seja, uma SUCESSÃO DE ATOS PREPARATÓRIOS do ATO FINAL que é a INSCRIÇÃO do bem no livro do Tombo
Em TODAS as modalidades tem que haver a manifestação do IPHAN (IPHAN é uma autarquia) 
Apesar de o procedimento se ENCERRAR com a INSCRIÇÃO NO LIVRO DO TOMBO a lei exige ainda que, em se tratando de bens IMÓVEIS, faça-se a TRANSCRIÇÃO no REGISTRO DE IMÓVEIS, averbando-se o tombamento AO LADO da transcrição do DOMÍNIO. Já se tratando de BENS MÓVEIS, é necessário que a TRANSCRIÇÃO deva ser feita em REGISTRO PÚBLICO (no caso, o REGISTRO DE TÍTULOS E DOCUMENTOS) 
Possibilidade de ser CANCELADO o tombamento (SOMENTE por MOTIVO de INTERESSE PÚBLICO
EFEITOS: Os efeitos do tombamento se produzem:
Quanto à alienação
Quanto ao deslocamento 
Quanto às transformações 
Quanto aos imóveis vizinhos
Quanto à conservação 
Quanto à fiscalização 
- Disso resultam:
I) Para o proprietário: obrigações positivas (de fazer), negativas (não fazer), e de suportar (deixar fazer);
II) Para os proprietários vizinhos: obrigações negativas (não fazer);
III) Para o IPHAN: obrigações positivas (fazer)
Para o PROPRIETÁRIO:
- POSITIVAS: Fazer obras de conservação necessárias à preservação do bem OU, se não tiver como fazer os reparos, deverá comunicar esta necessidade aos órgãos competentes – Pena: multa correspondente ao dobro do dano
 - NEGATIVAS: O proprietário NÃO PODE destruir, demolir ou mutilar as coisas tombadas. Não pode, também, iniciar uma REPARAÇÃO sem ANTES COMUNICAR ao IPHAN
- OBRIGAÇÃO DE SUPORTAR: O proprietário fica sujeito à FISCALIZAÇÃO DO BEM pelo órgão técnico competente, sob pena de multa em caso de opor obstáculos indevidos à vigilância
Para os proprietários de IMÓVEIS VIZINHOS: NÃO poderão fazer uma construção que IMPEÇA OU REDUZA A VISIBILIDADE DA COISA. Além disso, NÃO poderá se colocar cartazes, anúncios na coisa tombada sob pena de DESTRUIR A OBRA ou RETIRADO O OBJETO – ainda haverá a imposição de multa de 50% do valor do mesmo objeto 
Trata-se de “SERVIDÃO ADMINISTRATIVA” em que o DOMINANTE é a COISA TOMBADA e que os SERVIENTES são os PRÉDIOS VIZINHOS
NATUREZA JURÍDICA: Parte da doutrina considera o tombamento como um ato DISCRICIONÁRIO. A outra parte o considera como um ato VINCULADO. DI PIETRO considera como um ato DISCRICIONÁRIO
SERVIDÃO ADMINISTRATIVA
Pode ser definida como um direito real de gozo sobre coisa alheia, instituído em benefício de entidade diversa da sacrificada -> Existe, do LADO PASSIVO, uma coisa SERVIENTE e, do LADO ATIVO, uma coisa DOMINANTE (ou uma PESSOA [na servidão pessoal])
SERVIDÃO DE DIREITO PRIVADO E DE DIREITO PÚBLICO -> Estão excluídas as servidões pessoais –> NCPC = Servidão como direito real sobre um prédio, instituído a favor de outro prédio
PRINCÍPIOS QUE REGEM A SERVIDÃO DE DIREITO PRIVADO (APLICÁVEIS TAMBÉM À SERVIDÃO ADMINISTRATIVA):
Perpetuidade 
Não presunção da servidão 
Indivisibilidade
Uso moderado 
Ex. de servidão: Energia elétrica. A res serviens é o prédio particular por onde passam as linhas de distribuição e res dominans é o próprio serviço público de energia elétrica
CONCEITO: “Servidão administrativa é o direito real de gozo, de natureza pública, instituído sobre imóvel de propriedade alheia, com base em lei, por entidade pública ou por seus delegados, em favor de um serviço público ou de um bem afetado a fim de utilidade pública” 
FORMA DE CONSTITUIÇÃO: 
Decorrem diretamente da LEI (ex.: servidão ao redor dos aeroportos)
Efetuam-se mediante ACORDO (ex.: servidão de energia elétrica)
Efetuam-se por SENTENÇA JUDICIAL (quando NÃO HAJA acordo ou quando sejam adquiridas por usucapião)
EXTINÇÃO: perpetuidade -> é insuscetível de termo final (para alguns autores). Para outros autores = suscetível de termo final mediante acordo -> se a necessidade pública terminar ANTES do termo estipulado cabe ao poder público extinguir a servidão -> NÃO HÁ prescrição no caso de servidão administrativa pelo não uso
DIREITO À INDENIZAÇÃO: 
NÃO CABE quando a servidão decorre diretamente da LEI
CABE indenização quando a servidão decorre de CONTRATO ou de DECISÃO JUDICIAL (porque seus proprietários estão sofrendo prejuízo em benefício da coletividade)
MODALIDADES: 
SERVIDÃO SOBRE TERRENOS MARGINAIS
SERVIDÃO A FAVOR DAS FONTES DE ÁGUA MINERAL, TERMAL OU GASOSA E DOS RECURSOS HÍDRICOS 
SERVIDÃO SOBRE PRÉDIOS VIZINHOS DE OBRAS OU IMÓVEL PERTENCENTE AO PATRIMÔNIO HISTÓRICO E ARTÍSTICO NACIONAL 
SERVIDÃO EM TORNO DE AERÓDROMOS E HELIPORTOS 
SERVIDÃO MILITAR
SERVIDÃO DE AQUEDUTO 
SERVIDÃO DE ENERGIA ELÉTICA
DESAPROPRIAÇÃO 
CONCEITO: É o procedimento administrativo pelo qual o poder público (ou seus delegados), mediante prévia declaração de necessidade pública, utilidade pública ou interesse social, impõe ao proprietário a perda de um bem, substituindo-o em seu patrimônio por justa indenização
MODALIDADES DE DESAPROPRIAÇÃO SANCIONATÓRIA: 3
DESAPROPRIAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE URBANA (art. 182, §4)
DESAPROPRIAÇÃO POR DESCUMPRIMENTO DA FUNÇÃO SOCIAL DA PROPRIEDADE RURAL (art. 186)
EXPROPRIAÇÃO DE GLEBAS DE TERRAS EM QUE SEJAM CULTIVADAS PLANTAS PSICOTRÓPICAS 
- Nesta hipótese o expropriado NÃO faz jus a qualquer tipo de indenização, além de ficar sujeito às sanções previstas em lei
PROCEDIMENTO: A desapropriação desenvolve-se por meio de uma sucessão de atos definidos em lei e que culminam com a incorporação do bem ao patrimônio público -> esse procedimentocompreende duas fases:
Fase declaratória
Fase Executória -> se subdivide em:
Administrativa
Judicial
FASE DECLARATÓRIA: Nesta fase o poder público declara a UTILIDADE pública ou o interesse social do bem para fins de desapropriação
FASE EXECUTÓRIA: Poder público NÃO depende de título fornecido pelo poder judiciário para subjugar o bem – Compreende os atos pelos quais o poder público PROMOVE a desapropriação, ou seja, adota as medidas necessárias à efetivação da desapropriação, pela integração do bem no patrimônio público – A fase executória será ADMINISTRATIVA quando houver ACORDO ENTRE EXPROPRIANTE E EXPROPRIADO a respeito da INDENIZAÇÃO (exigindo-se, em caso de bem imóvel, escritura transcrita no Registro de Imóveis)
BENFEITORIAS FEITAS NO BEM: SOMENTE serão indenizadas as benfeitorias NECESSÁRIAS. E, desde que AUTORIZADAS PELO PODER PÚBLICO, as benfeitorias ÚTEIS
CONSTRUÇÕES: Súmula n° 23, do STF. –> NÃO há impedimento pela declaração de utilidade pública para a desapropriação do imóvel – o poder de autorizar as construções NÃO coincide com o poder de expropriar
DIREITO DE PENETRAR NO IMÓVEL: NÃO se confunde com a POSSE – as autoridades administrativas ficam autorizadas a penetrar nos prédios compreendidos na declaração, podendo recorrer, em caso de oposição, ao auxílio da força policial -> AUTORIZAÇÃO JUDICIAL NÃO está prevista, mas, se o proprietário se recusar a deixar os agentes administrativos a entrar, SERÁ NECESSÁRIO ter a AUTORIZAÇÃO JUDICIAL
PRAZO DE CADUCIDADE: A desapropriação deverá efetivar-se mediante ACORDO ou intentar-se JUDICIALMENTE dentro de CINCO ANOS (contados da data da expedição do DL 3.365/41) // No caso de desapropriação por INTERESSE SOCIAL o prazo de caducidade se REDUZ para DOIS ANOS -> a caducidade refere-se NÃO APENAS à efetivação da desapropriação, mas também às PROVIDÊNCIAS DE APROVEITAMENTO DO BEM EXPROPRIADO 
COMPETÊNCIA: A competência para PROMOVER ADESAPROPRIAÇÃO é tanto das PESSOAS JURÍDICAS

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