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Relatório Final estágio sup 1 Nota 9,5

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UNIVERSIDADE ESTACIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência dos Anos Iniciais do Ensino Fundamental
FELLIPE GARCIA FREITAS AQUINO
RIO DE JANEIRO
2018
UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ
Prática de Ensino e Estágio Supervisionado em Docência na Escola Básica – Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental
Relatório exigido como parte dos requisitos para conclusão da disciplina de Prática de Estágio em Docência na Escola Básica – Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental sob a orientação da Professora MAGALY VASQUES DE FARIA / TURMA: EAD 2018.1 / 9027
 Curso: Pedagogia
RIO DE JANEIRO
2018
INTRODUÇÃO
Relatório referente à Prática de Estágio em Docência na Escola Básica – Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, realizado no Educandário Parque dos Anjos, situado em Jacarepaguá, Rio de Janeiro – RJ, no período de 24/04 à 14/06/2018 em cumprimento das 176 horas.
Este relatório se origina das observações realizadas no ambiente escolar da Educação Infantil e Anos Iniciais do Ensino Fundamental, além de acompanhar e auxiliar os professores no planejamento, elaboração e aplicação das atividades pedagógicas diárias, reuniões, analisando e observando as práticas docentes, plano de aula, avaliação, a metodologia de ensino aplicada na instituição bem como a relação entre: a escola e a comunidade; professor e aluno. 
A partir do que foi analisado, pude testar na prática o aprendizado teórico ao longo do curso e compreender a importância do estágio para meu desenvolvimento pessoal e profissional.
Este trabalho deu para minha formação, uma significativa contribuição ampliando a minha visão como educador, fazendo-me refletir a postura a ser tomada daqui por diante. Como também, tirei as minhas próprias conclusões, sobre o ensino atual, seus pontos positivos e negativos e suas necessidades de mudanças em curto, médio e longo prazo.
Capítulo I - Identificação da escola e da docência na escola básica:
Identificação da escola
O Educandário Parque dos Anjos, situado em Jacarepaguá, Rio de Janeiro – RJ foi fundado em 2003, e somente em 2009 fundaram de fato o que hoje ela oferece que é atender aos alunos desde as séries iniciais até 9º ano do ensino fundamental.
Adotam o método baseado no sociointeracionismo, no qual o processo de aprendizagem se dá no conjunto de relações em que os alunos estabelecem entre elas, com os adultos e como mundo. Guiados pelos valores que elegemos – a ética, o trabalho e o progresso – a escola trabalha alinhada à sua política de responsabilidade social que tem como foco a educação e a inclusão social. Oferece um ambiente confortável através de uma infraestrutura completa, ensino de qualidade e atividades complementares necessárias para formação do aluno. (Assim foi em geral avaliada durante a entrevista realizada com alguns pais, informalmente).
A estrutura do Parque dos Anjos conta com: 
•	01 Secretaria
•	Sala de espera
•	01 Sala de coordenação
•	Salas equipadas com retroprojetores, lousas digitais e Ipads.
•	01 Brinquedo teca
•	09 amplas salas de aulas climatizadas 
•	Ampla área de lazer 
•	02 pátios cobertos
•	01 Cozinha
•	09 Banheiros
•	01 quadra de grama sintética
•	Parquinho com brinquedos diversos
•	02 Refeitórios
•	Bebedouros em todos os andares
• 	Piscina com manutenção regular e gradeada para total segurança dos alunos. 
• 	03 Salas Máster para atender o Sistema Integral, equipadas com: Ar condicionado, ventiladores, armários individuais, banheiros que só atendem a creche, TV LCD, TV a cabo, DVD, Janelas Gradeadas e com telas.
• 	Toda escola é monitorada por câmeras e intercomunicadores 
• 	Brinquedos lúdicos, diversos e modernos 
• 	Berçário com cinco ambientes, sala de estimulação e solário
E, ainda, o Parque dos Anjos oferece atividades como: 
•	Música
•	Inglês
•	Balé
•	Judô
•	Espanhol
•	Natação
•	Informática educativa
•	Artes
•	Orientação vocacional
•	Tutoria
A docência na escola básica
A equipe de profissionais são qualificados, contemporâneos e capacitados para aplicar os ensinamentos em relação às novas tendências educacionais. Segue os profissionais que o Educandário oferece para o auxílio do desenvolvimento cognitivo da criança, bem como aos familiares e profissionais:
•	Direção geral e pedagógica
•	Direção administrativa e Recursos humanos
•	Secretária escolar
•	Psicopedagoga
•	Coordenadoras 
•	Técnico de informática
•	Auxiliares de coordenação
•	Nutricionista
•	Berçaristas
•	Professores
•	Professores extraclasses 
•	Auxiliares de turma
•	Auxiliares de creche
•	Recreadoras
•	Agentes de limpeza
•	Cozinheiras 
•	Auxiliares de cozinha
•	Inspetores
•	Porteiro
•	Técnico de manutenção
•	Guardião de piscina
•	Piscineiro
 	
Observando essa lista da equipe, pode-se perceber a importância que se dá ao seu objetivo dentro da filosofia educacional inusitada adotada, indo na contra mão da grande maioria das instituições escolares, principalmente as públicas, as quais devem zelar por um modelo meio que pronto, dito como sugestão, mas que sabemos, é o padrão metodológico em todo o território brasileiro e seguimentado pelo MEC.
Percebe-se que a estrutura oferecida e seus serviços são ambiciosos e seletivos, pois toda essa estrutura gera um valor mensal do qual a grande maioria da população não pode pagar, é uma educação ainda elitizada.
Sabendo que a proposta pedagógica é o grande alicerce para que uma escola faça as conexões e articulações necessárias para compreender o sujeito em toda sua complexidade, e que é na educação infantil que se dá uma etapa de construção dos conhecimentos significativos para a criança. Uma construção não surge apenas de uma atividade interpessoal, parte da interação entre educador e educando, e do próprio grupo social do qual está inserida.
O educandário se inspira na teoria sóciointeracionista de Vygotsky, que parte do pressuposto de que, a criança é um sujeito histórico-social, em processo de desenvolvimento nas dimensões sociais, emocionais, afetivas, cognitivas e motoras, e em Pierre Lévy que reforça a ideia de aprendizagem no mundo das telecomunicações e da informática, afirmando que é necessário elaborar novas maneiras de pensar e de conviver com as relações estabelecidas entre o homem, o trabalho e a própria inteligência, que estão dependendo "de uma incessante metamorfose de dispositivos informacionais de todos os tipos, escrita, leitura, visão, audição, criação, aprendizagens são capturadas por uma informática cada vez mais avançada", sua proposta pedagógica e metodológica têm como finalidade o desenvolvimento do educando como um todo, através do desabrochar desses vários aspectos da criança.
Apresentação do campo de observação escolhido
A sociedade contemporânea deixa claro para nós, educadores, o quanto precisamos ter consciência do cidadão que formamos. É notório que a sociedade necessita de pessoas criativas e versáteis, que saibam se comunicar, que saibam trabalhar em equipe e principalmente buscar solução para situações de conflito. Para isso se concretizar, é necessário haver uma sólida formação acadêmica.
O trabalho pedagógico realizado no Educandário assenta sobre três pilares: Afetividade, Respeito, Interação.
A educação afetiva deve ser a primeira preocupação dos educadores, visto ser um elemento que condiciona o comportamento, o caráter e a atividade cognitiva do educando. Não sendo o amor contrário ao conhecimento, tornar-se lucidez, necessidade e alegria de aprender.
Quando muitas pessoas passam muito tempo juntas é preciso haver regras que devem ser cumpridas quando ocorre o contrário, falta-se com o respeito. Portanto, a necessidade de existirem regras na escola. E cumprimento destas conduz ao viver em harmonia no ambiente escolar, e, consequentemente, atingindotodos os objetivos propostos na formação do aluno. O meio é fonte de conhecimento, o qual é construído a partir da atividade dos indivíduos em interação com os elementos que constituem este meio. Esse meio é natural e social e constituído pela cultura. Essa noção de cultura integrante do processo de construção de conhecimento e de constituição do indivíduo é central para a concepção de aprendizagem, pois esta incorpora a experiência dos indivíduos.
Assim sendo, o Centro Educacional Cidade dos Anjos, em minhas observações, buscou possibilitar aos alunos o fortalecimento de sua identidade, conscientes de que são construtores de seu próprio conhecimento, através da vivência no cotidiano escolar, onde a cooperação, o respeito, a educação solidária, o diálogo e a parceria permanente com as famílias, tornam-se a base para integrar e relacionar o conhecimento dos valores socialmente aceitos às necessidades que a sociedade insere nessa formação acadêmica oferecida no ambiente escolar.
Uma proposta pedagógica educacional que tem como base a preocupação na educação do terceiro milênio, objetivando preparar cidadãos conscientes e críticos também para esse novo tempo, no qual o processo educativo se volta para a escola de qualidade global. 
É observável o rigor ao escolher sua equipe, com avaliações para o ingresso, bem como acompanhamento docente frequente. Mas não é só essa valorização que o educandário se preocupa, no campo docente, os incentivos a cursos e aperfeiçoamentos profissionais são oferecidos, pois se pretende manter a qualidade do ensino aplicado e bem pago. A valorização do professor faz resgate da autoestima, necessária à motivação para o trabalho e competência técnica, preparando-o para exercer suas funções: facilitação de boas condições de aprendizagem, ambiente físico, material de consumo, material didático, tecnologia educacionais, adequados métodos técnicos de ensino, etc. 
Enfatizam a prática de uma postura dialética, com análise e avaliações contínuas das experiências e atividades desenvolvidas, as dúvidas, as críticas e as sugestões serão estímulo a um constante repensar da prática pedagógica no cotidiano escolar. 
Já no setor da educação inclusiva, a proposta pedagógica oferecida permite o brincar, rolar, correr e integrar-se aos outros alunos de acordo com as limitações e condições de cada um, fazendo parte da instituição de acordo com as propostas pedagógicas aplicada.
Capítulo II - Desenvolvimento e análise das atividades observadas e realizadas 
	O Projeto Político Pedagógico do Educandário Parque dos Anjos, reconhece a educação como direito de todos, baseado nos princípios respeito, cooperação e solidariedade, considerando-os indispensáveis para a formação do cidadão. Igualmente não desprezando conhecimentos já adquiridos por seus alunos, possibilitando a aprendizagem através do trabalho lúdico.
	O PPP também, propões atividades recreativas, jogos pedagógicos, torneios e outros, promovendo interação entre os alunos, fazendo com que aconteça uma aprendizagem significativa e satisfatória.
	Os recursos utilizados para atingir os objetivos são extraídos do planejamento anual, baseados em pesquisas e técnicas que irão auxiliar nas atividades propostas.
	Pude observar que os alunos são perceptivos visualmente as práticas dirigidas, dotadas de cores e imagens legíveis. A partir da orientação da professora eles desenvolveram as atividades propostas de forma concisa e tranquila, sendo avaliada sua evolução de acordo com o que é proposto até a próxima etapa. Todo acompanhamento referente ao desenvolvimento do aluno é registrado no caderno de avaliação.
	De maneira carinhosa e utilizando um tom de voz baixo, a professora adota atitudes firmes de acordo com as necessidades do momento.
	Sobre sua orientação, auxiliei as rotinas diárias que eram realizadas de acordo com o planejamento da turma, entrega das agendas, chamadinha, músicas, contação de histórias. Acrescentando muito no meu conceito sobre a educação.
	A higiene das mãos é feita antes do recreio, lanchamos e posteriormente é feita a escovação dos dentes. Após a rotina de higiene os alunos são levados ao pátio onde brincam livremente ou a brinquedoteca, onde os brinquedos e peças de encaixe ficam guardados em caixas coloridas ao alcance das crianças. 
	A avaliação dos alunos é feita através da observação no dia a dia em sala de aula, a professora procura relacionar o tema de estudo ao cotidiano dos alunos, considerando seus conhecimentos e experiências anteriores. Pude perceber que a professora segue suas tarefas diárias de forma muito envolvida, sempre disposta e pronta a solucionar qualquer dificuldade durante as aulas, os cuidados com os alunos vão desde a preocupação em respeitar ao próximo, até o desenvolvimento de bons hábitos, higiene e prevenção de acidentes na escola.
Comparações das práticas escolares e as teorias
 
Com o objetivo de estabelecer a reflexão frente às comparações das práticas escolares, interligando-as aos discursos e teorias dos principais autores de aprendizagem, os quais se declaram interacionistas, a saber: Jean Piaget (1896-1980) e Lev Vygotsky (1896-1934). E aprimorar o conhecimento em relação às teorias que norteiam a prática dos profissionais do ensino, visando uma melhor prestação de serviço por parte destes à comunidade.
Diante dos problemas educacionais enfrentados atualmente, como a má aplicação da teoria por parte dos professores ou até mesmo falta dela, deu-se a importância deste trabalho. Esses problemas podem ser acarretados pela baixa qualificação profissional, ou simplesmente por uma visão restrita às práticas do século passado. Os principais conceitos e ideias que constituem a base teórica desse relatório estão ligados às abordagens Tradicional, Interacionista e Sóciointeracionista.
A abordagem tradicional é caracterizada pela “prática educativa de transmissão dos conhecimentos acumulados pela humanidade ao longo do tempo” (SANTOS, 2005). A abordagem em questão não é fundamentada em teorias empiricamente validadas, mas forneceu um referencial para as abordagens que surgiram após a mesma (MIZUKAMI, 1986). Esse tipo de ensino tem como objetivo conduzir o aluno às grandes realizações da humanidade, na qual são privilegiados o especialista e o professor, sendo este último de fundamental importância na transmissão dos conteúdos. Para os teóricos tradicionais, o conhecimento é alcançado independente da vontade do aprendiz, pois são garantidos pelo papel do professor.
A teoria piagetiana, por sua vez, estabelece as estruturas cognitivas que promovem a adaptação do ser humano ao ambiente, através da organização dos estímulos, essas estruturas referem-se aos esquemas. Segundo Hermeto e Martins (2012, p. 266), um esquema é “uma representação mental de um conjunto de idéias, percepções e ações que nos equipam com a estrutura mental necessária para que organizemos as vivências anteriores e nos preparemos para as futuras”.
Algumas facetas fundamentais para que ocorra o processo de desenvolvimento segundo Piaget são: assimilação, acomodação e equilíbrio. Graças à abordagem piagetiana os sistemas educacionais europeus e americanos, foram reestruturados. Essa transformação na educação somente foi possível através da necessidade de uma abordagem de ensino mais focalizada na criança, incluindo teoria e prática. Segundo Hermeto & Martins (2012), Piaget limitava o aprendizado da criança baseado no estágio de desenvolvimento no qual ela se encontrava, ao contrário da abordagem Tradicional. 
Utilizando o argumento de que Piaget considera as crianças seres essencialmente autônomos e independentes, na elaboração do conhecimento, Vygotsky refutou essa afirmação, pois para ele o conhecimento e raciocínio são basicamente sociais. Embora Vygotsky e Piaget compartilhassem uma mesma abordagem interacionista, divergiam no enfoque do aspecto principal de suas teorias, pois o primeiro é sócio interacionista e o segundo interacionista.
Em sua teoria Vygotsky estudouas funções psicológicas superiores, sendo estas, o que nos diferencia dos outros animais. Essas funções nos tornam capazes de planejar situações, nos fornecem memória voluntária além de realizações conscientes. Para ele o desenvolvimento era dado em três níveis: cultural, social e interpessoal, porém seu maior interesse se deu aos níveis cultural e interpessoal, uma vez, que para o mesmo, construímos nossa identidade através da relação com os outros (HERMETO & MARTINS, 2002).
Para ele, pensamento e linguagem agem em conjunto, afirmando que o pensamento é expresso através da linguagem (OLIVEIRA, 1995). A evolução intelectual ocorre devido a saltos qualitativos de um nível de conhecimento para outro. Para explicar esse processo qualitativo Vygotsky conceituou Zona de Desenvolvimento Proximal (ZDP), que é a distância entre o Desenvolvimento Real (DR) e Desenvolvimento Potencial (DP). O DR trata-se daquilo que a criança consegue realizar sozinha, pois já tem um conhecimento consolidado, o DP refere-se a uma expectativa quanto à capacidade da criança. O ZDP é a distância entre o DR e o DP, sendo esta a etapa em que a criança está próxima de atingir um conhecimento, mas ainda não se concretizou. A partir deste conceito, o professor deverá desempenhar um papel de mediador, que ajudará a criança a consolidar um desenvolvimento que ela ainda não alcança sozinha. (OLIVEIRA, 2000).
As teorias interacionistas apoiam o entendimento de como o ambiente escolar deve se estabelecer, contrariando a abordagem tradicional de ensino, a qual tem se mostrado pouco eficiente no processo de ensino. A idéia que fica é que para haver uma total educação, é necessário um novo investimento, não financeiro, mas a teoria praticada na escola pressupõe que o professor está em constante movimento com o novo, que surge rotineiramente diante deles. Mas o que de fato ocorre são professores com grande número de aulas, pois os salários não correspondem às suas necessidades, e, portanto, não resta tempo para esse aprimoramento necessário para se acompanhar as futuras gerações baseadas em digitalização.
Desde a revolução digital, o movimento educacional e a descolonização da mente vem se apresentando cada vez mais ativo, pois a ambiguidade entre as mudanças ocorridas nos últimos tempos e ainda se condicionar uma sociedade aos padrões europeus tradicionais impostos desde a colonização pelo mundo, é uma falsa verdade, onde se vive em democracia, embora essa não sejas universal, segue certas regras impostas no passado, destoando-se do seu significado real. 
Jogo das cores: aplicação experimental da teoria
 sociointeracionista
Esse momento do presente trabalho tem por objetivo apresentar os resultados do Jogo das Cores Proibidas, executado com quatro crianças, nas respectivas idades; cinco, sete, oito e nove anos. As crianças são matriculadas e frequentam a escola, todas estão dentro dos critérios de seleção para a execução do jogo, que foi feito individualmente. A execução do jogo tem o objetivo de observar a maneira que as crianças utilizam signos e instrumentos culturais para auxiliar nas lembranças das instruções, e as questões impostas, se há existência e frequência da fala egocêntrica para conduzir suas ações durante o jogo e por fim a capacidade delas de memorizar as instruções.
Objetivos
O jogo das cores proibidas tem o intuito de verificar se a criança possui a habilidade de utilizar instrumentos e signos, no caso, cartões coloridos, que devem ser utilizados para representar as cores descritas como proibidas no início de cada uma das três etapas do jogo e utilizar os cartões para se atentar à quais cores já foram ditas em determinada etapa, já que não pode haver repetição de cores, funcionando como um auxiliar para a memória da criança. Pode ser observado também sobre a capacidade da criança de se atentar às informações que lhe são fornecidas no início de cada e tapa do jogo.
Dados dos entrevistados e testes
Nome do aluno: Ingrid Batista Medina 
Siglas do nome da observada: JRBL 
Idade: 8 (oito) anos 
Sexo: feminino 
Duração: 9 minutos 
Local: Sala de Aula (Educandário Parque dos Anjos)
Material Utilizado: Oito cartões nas cores – azul, vermelho, verde, amarelo, alaranjado, marrom, branco, preto. 
Regras do Jogo
O jogo consiste em pedir à criança que responda a um conjunto de questões relativas a cores, seguindo dois tipos de instruções: não mencionar duas cores estabelecidas no inicio como proibidas; não repetir cores que já tenham sido mencionadas no decorrer da tarefa. Vence o jogo quem obedecer rigorosamente as duas regras acima: responder as 18 questões sem falar as cores proibidas e sem repetir as cores já faladas. 
A criança deve ser orientada a responder “eu não posso falar essa cor”, para as situações em que ela seja proibida ou repetida. As três tarefas devem ser aplicadas individualmente numa única vez.
 
Questionário
Tarefa 1 – Sem cartões e sem ajuda 
Primeira regra: Cores Proibidas - Amarelo e verde
Segunda regra: Não repetir as cores.
 
1. Qual é a cor deste brinquedo? (azul) Acertou (R:Azul) 
2. Qual é a cor do sangue? Acertou (R:Vermelha) 
3. Qual é a cor deste lápis? (amarelo) Cor Proibida
4. Qual é a cor da terra? Acertou (R:Marrom) 
5. Qual é a cor do sol? Cor Proibida 
6. Qual é a cor das folhas das árvores? Cor Proibida
7. Qual é a cor da banana? Cor Proibida 
8. Qual é a cor da maçã? Cor Proibida 
9. Qual é a cor desta bolsa (marrom)? Cor Proibida 
10. Qual é a cor da grama? Cor Proibida 
11. Qual é a cor deste lápis? (verde)? Cor Proibida 
12. Qual é a corda Coca-Cola? Acertou (R:Preta) 
13. Qual é a cor deste lenço? (branco) Acertou (R:Branco) 
14. Qual é a cor da laranja ou da Fanta Laranja? Acertou (R:Laranja) 
15. Qual é a cor desta bexiga? (verde) Cor Proibida 
16. Qual é a cor desta caneta? (preta) Cor Proibida 
17. Qual é a cor do leite? Cor Proibida 
18. Qual é a cor do céu? Cor Proibida 
19. Você acha que ganhou ou perdeu? O que não podia falar? O que mais? 
Resposta: Ganhei. Não podia falar amarelo e verde. As cores repetidas. 
Tarefa 2 – Com cartões e sem ajuda
 
Primeira regra: cores proibidas - Azul e vermelho 
Segunda Regra: não repetir as cores 
1. Qual é a cor desta bexiga? (azul) Cor Proibida 
2. Qual é a cor deste brinquedo? (verde) Acertou (R:Verde) 
3. Qual é a cor do algodão? Acertou (R: Branco) 
4. Qual é a cor do tronco das árvores? Cor Proibida 
5. Qual é a cor do morango? Errou (R:Vermelho) 
6. Qual é a cor desta folha de papel? Errou, repetiu (R:Branco) 
7. Qual é a cor do café? Acertou (R: Marrom)
8. Qual é a cor desta caixa? (vermelha) Cor Proibida 
9. Qual é a cor deste lápis? (preto) Acertou (R:Preto) 
10. Qual é a cor da casca da maçã? Cor Proibida 
11. Qual é a cor deste lápis? (azul) Cor Proibida 
12. Qual é a cor deste brinquedo? (alaranjado) Acertou (R:Laranja)
13. Qual é a cor da grama? Acertou (R: Verde) 
14. Qual é a cor da terra? Errou, repetiu. (R:Marrom) 
15. Qual é a cor da piscina? Cor Proibida 
16. Qual é a cor da laranja ou da Fanta Laranja? Cor Proibida 
17. Qual é a cor deste brinquedo? (amarelo) Acertou (R: Amarelo) 
18. Qual é a cor do cabelo da Xuxa? Cor Proibida 
19. Você acha que ganhou ou perdeu? O que não podia falar? O que mais? 
Resposta: Perdi. Não podia falar azul e vermelho. E também não podia repetir as cores, e eu acabei repetindo. 
Tarefa 3 – Com cartões e com ajuda 
Primeira regra: cores proibidas - Marrom e Alaranjado; 
Segunda regra: Não repetir as cores. 
1. Qual é a cor da melancia por dentro? Acertou (R:Vermelha) 
2. Qual é a cor deste lenço? (branco) Acertou (R:Branco) 
3. Qual é a cor desta pasta? (vermelha)Cor Proibida 
4. Qual é a cor deste lápis? (laranja) Cor Proibida 
5. Qual é a cor desta borracha? (azul) Acertou (R:Azul) 
6. Qual é a cor do abacate? Acertou (R:Verde) 
7. Qual é a cor desta bolsa? (marrom) Cor Proibida 
8. Qual é a cor das nuvens? Errou, repetiu a cor. (R:Branco) 
9. Qual é a cor deste brinquedo? (verde) Cor Proibida 
10. Qual é a cor deste outro brinquedo? (alaranjado) Cor Proibida 
11. Qual é a cor do ouro? Acertou (R: Amarelo) 
12. Qual é a cor do céu? Errou, repetiu a cor. (R:Azul) 
13. Qual é a cor deste brinquedo? (marrom) Cor Proibida 
14. Qual é a cor da terra? Cor Proibida 
15. Qual é a cor do urubu? Acertou (R:Preto) 
16. Qual é a cor deste brinquedo? (amarelo) Cor Proibida 
17. Qual é a cor da laranja e da mexerica? Cor Proibida
18. Qual é a cor do chocolate? Cor Proibida 
19. Você acha que ganhou ou perdeu? O que podia f alar? O que mais? 
Resposta: Não sei. Todas as cores que não fossem marrom laranja e as repetidas. 
Perguntas a serem respondidas no final do trabalho prático
Como se apresenta o desempenho da criança nas tarefas envolvendo memória de instruções que lhe são oferecidas? 
R: A criança se mostrou disposta a cooperar e foi observado que a mesma se lembrava das regras ao jogar porém em algumas perguntas ficava com receio em errar as respostas ou falar cores. 
Como se apresenta o desempenho da criança nas tarefas envolvendo memória de instruções que lhe são oferecidas em que ela pode utilizar recursos externos consistindo em cartões coloridos? 
R: A criança se apresentou em todo tempo relaxada para responder as questões do jogo e assim que dado os cartões coloridos como auxilio a mesma consultava-os em todas as questões e mesmo assim errou algumas questões nas tarefas 2 e 3. 
Como se apresenta o desempenho da criança nas tarefas envolvendo memória de instruções que lhe são oferecidas em que ela pode utilizar recursos externos, consistindo em cartões coloridos, e contar com a ajuda da professora? 
R: Assim que dado os cartões coloridos à criança os utilizou, mas não quis ajuda da professora para responder as questões. 
Há variação do desempenho da criança, quando comparada consigo mesma nas três diferentes condições estudadas? 
R: Sim, na primeira tarefa a criança se mostrou mais relaxada e mesmo sem auxílio dos cartões e ajuda do adulto ela conseguiu responder todas as questões corretamente. Na segunda tarefa dada as regras, a criança já mostrou certo receio ao responder as questões e mesmo com auxilio dos cartões coloridos a mesma mostrava-se confusa com receio de repetir as cores. Na terceira tarefa a criança seguiu o mesmo ritmo da tarefa 2, errando algumas questões mostrava-se chateada por errar porém não aceitou auxilio da professora para solucionar as respostas. 
Que estratégias verbais e não verbais a criança utiliza durante a execução das tarefas propostas nas condições estudadas? 
R: Nas três tarefas a criança não utilizou estratégias verbais, apenas não verbais. Exemplos: olhava para os cartões quando ia responder a pergunta e olhava para a entrevistadora, tentando assim buscar algum sinal para assim ajudá-la a solucionar a resposta da questão dada. Na segunda e na terceira tarefa ela separou os cartões com as cores proibidas, para não se confundir com as mesmas, toda vez que questionada. 
6- Como se dá à interação com a professora na condição em que a criança pode contar com sua ajuda? Em qual faixa etária essa atuação é mais eficiente? 
R: Neste caso, a criança não usou interação verbal com a professora.
Observação: Esses dados acima são dados como exemplo neste trabalho, já que foi informada a quantidade de crianças a serem observadas (04, sendo duas meninas e dois meninos), mas o esquema foi aplicado exatamente igual, as respostas, porém variam, conforme verá nos resultados a seguir.
Os resultados
As crianças entrevistadas se desempenharam muito bem, foram cooperativas às atividades, prestando atenção em todas as informações fornecidas, em alguns momentos pensavam mais antes de responder a pergunta. Quando sentia que a cor já havia sido citada anteriormente, ficavam com receio por não lembrar se realmente já havia citado aquela cor. De acordo com Vygotsky, a forma de compreender as cores relacionadas ao jogo foi a través da mediação, ou seja, é um processo de intervenção de um elemento intermediário em uma relação que deixa de ser direta e passa a ser mediada por esse elemento. Quando a professora mostrou tal objeto para elas, no mesmo instante elas fizeram uma mediação entre a cor daquele objeto com aquela cor que se conhece, formando uma relação direta entre aquele objeto e a cor. 
 	Se, no entanto, a cor que deveriam falar fosse proibida ou já tivesse sido falada antes, e lembrar que não deve ser citada, a relação entre a cor e o objeto estará mediada pela lembrança da experiência anterior, ou pela intervenção de outra pessoa, que no caso do jogo seria a professora, que informou as cores proibidas. 
Em relação ao desempenho das crianças com os cartões, elas demonstraram mais interesse e curiosidade pelo teste, levando como uma brincadeira , com uma postura de inclinação ao jogo, prestando mais atenção nas regras informadas. 
Na primeira tarefa do jogo, foram formuladas as perguntas oralmente, e as crianças entrevistadas as respondia, sem falar as cores proibidas, conseguiam falar todas sem errar, evitando falar as cores repetidas e proibidas. 
Na segunda tarefa, a mesma brincadeira de perguntas era feita, mas nesta tarefa a professora entregou os cartões coloridos para que fosse utilizado para auxiliá-las no jogo. Algumas vezes elas utilizavam os cartões de suporte para sua atenção e memória, separavam os cartões das cores proibidas, e sempre os consultava antes de responder as perguntas para garantir a informação. 
Na terceira tarefa, a mesma brincadeira de perguntas era feita, porém, esta última etapa estava mais fácil, pois as cores em que as crianças iam respondendo, elas viravam o cartão para ter um suporte e não repetir aquela determinada cor. Elas se entregaram ao jogo, mantiveram o interesse do começo ao fim, sempre esperando uma “novidade”. Houve variação de desempenho no início do jogo, pois as crianças não estavam entendendo muito bem do que se tratava de fato a brincadeira, mas quando passaram a entender as informações das cores, foi se auxiliando pelos cartões, passando a se mostrarem mais confiantes.
Para Vygotsky, a fala egocêntrica é um estágio transitório na evolução da fala social para a fala interior, ela desempenha um papel muito importante na atividade da criança. Muitas vezes durante o jogo, a criança entrevistada tirava dúvidas com ela mesma, fazendo perguntas a si mesmo referente à pergunta realizada. A professora fazia o papel de mediador, a interação da criança estava bem construída e ela estava bem confiante no jogo e em si mesma. Na primeira e na segunda tarefa os acertos foram parecidos entre as crianças, devido à insegurança delas, e como não tinha nenhum tipo de ajudar, acreditou-se ter ganhado. 
Na segunda ocorreu o mesmo procedimento, porém já estavam mais confiantes. Na terceira, de acordo com a mediação, o conhecimento é transferido sem estresse e as crianças aprendem de forma confiante e prazerosa, sendopositivo o resultado. Nas duas primeiras tarefas as crianças, em geral, não utilizaram estratégias verbais, apenas estratégias não verbais, sempre olhavam para os cartões quando iam responder a pergunta e depois olhavam para a professora, tentando buscar alguma resposta; na segunda tarefa foram segurando os cartões das cores proibidas para se lembrar a todo o momento das cores que não poderia repetir, e, os outros cartões colocavam de uma maneira que se lembrariam de que não poderiam repetir a cor depois de terem falado e usaram a estratégia de virar os cartões, caso esse já tivesse sido falado; na terceira tarefa mantiveram a mesma estratégia dos cartões, como fez na segunda tarefa, mas sempre olhando para a professora e demonstrando total conhecimento para realizar as tarefas, sem agitação, ansiedade, estresse, etc. 
Estava com total tranquilidade e confiança. Com a interação da criança e da professora , a criança aprende mais rápido, mais fácil, ou seja, a mediação entre a criança e a professora, ou criança e qualquer outro adulto, desempenha uma aprendizagem mais rica em todos os sentidos. Se a criança aprende de forma confortável e prazerosa, ela sempre vai em busca do conhecimento, porém quando a criança aprende de forma isolada e desconfortável, sobre forte tensão, o conhecimento acaba sendo momentâneo e ela vai buscar apenas obter aprovação momentânea, sem desenvolver a busca prazerosa pelo conhecimento.
Conclui que, mesmo as crianças entrevistadas tendo diferenças plurais, a começar de não serem da mesma faixa etária, pude observar que o desenvolvimento cognitivo do ser se dá pela reprodução e estímulo que o professor(a) pode lhe dar como suporte, e que variavelmente, cada uma trabalhará por um raciocínio que lhe agrega maior compreensão, mas o foco, o objetivo acaba sendo alcançado dentre os diferentes raciocínios que uma sala de aula homogênea possui, em seu pleno trabalho pedagógico. 
Conclusão da prática
No caso específico do meu estágio, onde procurei aplicar a teoria sociointeracionista à formação das crianças atendidas, temos situações onde os participantes possuem diferentes situações familiares e experiência de mundo. 
Essa pluralidade de níveis de conhecimento encontrada é importante para o desenvolvimento ao longo do ano letivo. A atividade desenvolvida representa o contexto em que se dá a interação social entre parceiros com diferentes níveis de conhecimento. Essa interação contribui para a aprendizagem do parceiro menos capaz à medida que atua em sua zona de desenvolvimento imediato. Segundo Wertsch (1984, p.8): 
Vigotski fez muitos acréscimos gerais à zona de desenvolvimento imediato, mas em lugar nenhum dos seus escritos ele ofereceu um relato do que significa resolver problemas sob orientação de um adulto ou em colaboração com parceiros mais capazes. Na ausência desses relatos, o nível de desenvolvimento potencial e, portanto a zona de desenvolvimento imediato em geral, não pode ser definida de forma precisa.
	
Considerações finais
Foi possível observar um ambiente escolar preparado para as demandas socialmente exigidas na educação, utilizando práticas teóricas com relação ao método de aprendizagem. Em um ambiente bastante didático, as crianças sentem-se à vontade para interagir, pois a aula é nivelada ao seu desenvolvimento. As crianças são constantemente estimuladas com situações desafiadoras impostas pela professora, cooperando mutuamente com os colegas, o que possibilita raciocínio e lógica sobre aspectos da realidade.
Professor e aluno mantêm uma relação de reciprocidade em conhecimento, o que torna a sala de aula um ambiente de discussão de idéias e não simplesmente armazenamento de informações, como ocorre na abordagem tradicional, sendo esta última ainda muito utilizada em escolas atualmente. É importante ressaltar que a escola visitada rompe com o legado do tradicionalismo.
Sendo a aprendizagem uma função cognitiva, está diretamente ligada à saúde mental das crianças, dessa forma se faz necessário que o Pedagogo entenda as práticas educacionais benéficas e maléficas no desenvolvimento infantil. O impacto da má administração dos processos de ensino gera complicações que ecoam em vários aspectos da vida da criança. O pedagogo deve saber exatamente onde e como agir, qual a melhor intervenção para a criança, orientação aos pais e a forma mais adequada para atuar diante de situação adversas, logo deve entender as particularidades de cada criança. 
Esse olhar diante aos benefícios da observação e participação em estágios obrigatórios, é satisfatório, é como se depois disso se obtêm a satisfação de ter escolhido o caminho certo, de mão junta com os meus anseios na arte da docência. O estágio é visto como um mal necessário, mas é nesse momento dos estudos, que nos é proposto os objetivos educacionais, dos quais era conhecido apenas teoricamente, observando a prática dos mais experientes colegas, e a evolução do processo de aprendizagem.
Acredito que esse modelo teórico, a sociointeracionista, mais se aproxima com o pensamento de descolonização da mente, mas nada é perfeito, e claro que sempre teremos de nos reinventar, para garantir que evoluamos em questão de didática conforme as transformações adversas que nosso meio está inserido. Se a escola propiciar essa condição de trabalho, irei sim procurar aplicá-la, mas se preciso for, reinventarei e até criarei outros meios que atinja o desenvolvimento cognitivo para uma vida toda. 
Referências Bibliográficas
BRASIL. Ministério da Educação. Governo Federal. Base Nacional Curricular Comum- BNCC. Disponível em: http://basenacionalcomum.mec.gov.br/wp-content/uploads/2018/02/bncc-20dez-site.pdf
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Pesquisa: O aluno da Educação Infantil e dos Anos Inicias. Identificação: http://estacio.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788582127636
Educação Infantil: práticas pedagógicas de ensino e aprendizagem. Identificação: http://estacio.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788582123508
O Estágio no Curso de Pedagogia Vol. 1. Identificação: http://estacio.bv3.digitalpages.com.br/users/publications/9788544300954
WERTSCH, J. V. Zone of proximal development: some conceptual questions. In: ROGOFF, B. e WERTSCH, J. V. (ed.): Childrens learning in the “Zone of proximal development” – New directions to child development n. 23 – S. Francisco: Jossey – Bass, 1984.
Freitag, B. (1997). Piaget: 100 anos. São Paulo: Cortez.Hermeto, C.M. & Martins, A.L. (2012). O livro da psicologia. São Paulo: Globo.
Mizukami, M.G.N. (1986). Ensino: As abordagens do processo. São Paulo: EPU.
Oliveira, M. K.(1995). Vygotsky: aprendizado e desenvolvimento; um processo
sócio- histórico. São Paulo: Scipione.
Rego, T.C. (1999). Vygotsky: uma perspectiva histórico-cultural da educação. Rio de
Janeiro: Petrópolis.
Santos, R.V. (2005). Abordagem do processo de ensino e aprendizagem. São Paulo:
Integração Ensino-Pesquisa-Extensão.
Wadsworth, B.J.P. (1997). Inteligência e afetividade da criança na teoria de Piaget.
São Paulo: Cengage Learning.
Operações com signos em crianças de 5 a 7 anos. In: Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, vol. 16, nº 1, jan./abr. 2000. www.scielo.br/pdf/ptp/v16n1/4389.pdf
Anexos
Plano de aula
Objetivos:
Verificar a habilidade da criança na utilização de instrumentos e signos culturais como auxiliares na lembrança (memória) de instruções em situações de jogos;
Observar a existência e a frequênciada fala egocêntrica usada pela criança na tentativa de dirigir e organizar suas ações;
Observar como a capacidade das crianças de memorizar instruções, oferecidas em três situações de jogo, vai se construindo no decorrer de seu desenvolvimento físico e intelectual.
Perguntas a serem respondidas no final do trabalho prático:
Como se apresenta o desempenho da criança nas tarefas envolvendo memória de
instruções que lhe são oferecidas?
Como se apresenta o desempenho da criança nas tarefas envolvendo memória de
instruções que lhe são oferecidas em que ela pode utilizar recursos externos consistindo em cartões coloridos?
Como se apresenta o desempenho da criança nas tarefas envolvendo memória de instruções que lhe são oferecidas em que ela pode utilizar recursos externos, consistindo em cartões coloridos, e contar com a ajuda do adulto?
Há variação do desempenho da criança, quando comparada consigo mesma nas três diferentes condições estudadas?
Que estratégias verbais e não verbais a criança utiliza durante a execução das tarefas propostas nas condições estudadas?
Como se dá à interação com o adulto na condição em que a criança pode contar com sua ajuda? Em qual faixa etária essa atuação é mais eficiente?
Critério para seleção dos sujeitos:
Quatro crianças
Idade – 5, 6, 7, 8 anos
Nível socioeconômico semelhante
Não apresentar problema de aprendizagem
Compreender as regras do jogo
Conhecer as cores do jogo
Material e Método:
Material: Oito cartões nas cores - azul, vermelho, verde, amarelo, alaranjado, marrom, branco, preto; roteiro com as perguntas.
Regras do Jogo: O jogo consiste em pedir à criança que responda a um conjunto de questões relativas a cores, seguindo dois tipos de instruções: não mencionar duas cores estabelecidas no início como proibidas; não repetir cores que já tenham sido mencionadas no decorrer da tarefa. Vence o jogo quem obedecer rigorosamente as duas regras, e responder as 18 questões sem falar as cores proibidas e sem repetir as cores já faladas. A criança deve ser orientada a responder “eu não posso falar essa cor”, para as situações em que ela seja proibida ou repetida. As três tarefas devem ser aplicadas individualmente numa única vez. 
Etapas do Jogo:
Tarefa 1 - Jogo sem cartões auxiliares e sem ajuda dos pesquisadores:
Responder a um total de 18 questões sem repetir cores e nem falar as duas cores proibidas.
Tarefa 2 - Jogo com cartões auxiliares e sem ajuda dos pesquisadores:
As regras são as mesmas da tarefa 1; no entanto, fornecer à criança 8 cartões coloridos que pode ser utilizado da forma que desejar. Sinalizar para a criança que os cartões podem ajudá-la a ganhar o jogo.
Tarefa 3 - Jogo com cartões auxiliares e com ajuda dos pesquisadores:
Os pesquisadores sugerem o uso dos cartões com o objetivo de ganhar o jogo e mostram à criança, por exemplo, como virar o cartão da cor correspondente na medida em que cada uma é mencionada. Entre uma questão e outra, são feitas outras questões para não “cansar” a criança.
Análise dos Resultados:
Análise dos erros: erro A (falar as cores proibidas), erro B (falar cores repetidas); C (resposta certa); D (outros – especificar no relatório).
Bibliografia Básica para realização da atividade:
MALUF, M. R; MOZZER, G. N. S. Operações com signos em crianças de 5 a 7 anos.
In: Psicologia: Teoria e Pesquisa. Brasília, vol. 16, nº 1, jan./abr. 2000. www.scielo.br/pdf/ptp/v16n1/4389.pdf
OLIVEIRA, M. K. Vygotsky. Aprendizado e Desenvolvimento um processo sócio histórico. 4ª ed. São Paulo: Scipione, 1997. 
Roteiro de perguntas e etapas do jogo das cores proibidas
TAREFA 1 – SEM cartões e SEM ajuda
Primeira regra: cores proibidas – amarelo e verde
Segunda regra: não repetir as cores
1. Qual é a cor deste brinquedo? (azul)
2. Qual é a cor do sangue?
3. Qual é a cor deste lápis? (amarelo)
4. Qual é a cor da terra?
5. Qual é a cor do sol?
6. Qual é a cor das folhas das árvores?
7. Qual é a cor da banana?
8. Qual é a cor da maçã?
9. Qual é a cor desta bolsa (marrom)?
10. Qual é a cor da grama?
11. Qual é a cor deste lápis? (verde)?
12. Qual é a cor da Coca-Cola?
13. Qual é a cor deste lenço? (branco)
14. Qual é a cor da laranja ou da Fanta Laranja?
15. Qual é a cor desta bexiga? (verde)?
16. Qual é a cor desta caneta? (preta)
17. Qual é a cor do leite?
18. Qual é a cor do céu?
19. Você acha que ganhou ou perdeu? O que não podia falar? O que mais?
TAREFA 2 – COM cartões e SEM ajuda
Primeira regra: cores proibidas – azul e vermelho
Segunda Regra: não repetir as cores
1. Qual é a cor desta bexiga? (azul)
2. Qual é a cor deste brinquedo? (verde)
3. Qual é a cor do algodão?
4. Qual é a cor do tronco das árvores?
5. Qual é a cor do morango?
6. Qual é a cor desta folha de papel?
7. Qual é a cor do café?
8. Qual é a cor desta caixa? (vermelha)
9. Qual é a cor deste lápis? (preto)
10. Qual é a cor da casca da maçã?
11. Qual é a cor deste lápis? (azul)
12. Qual é a cor deste brinquedo? (alaranjado)
13. Qual é a cor da grama?
14. Qual é a cor da terra?
15. Qual é a cor da piscina?
16. Qual é a cor da laranja ou da Fanta Laranja?
17. Qual é a cor deste brinquedo? (amarelo) 
18. Qual é a cor do cabelo da Xuxa?
19. Você acha que ganhou ou perdeu? O que não podia falar? O que mais?
TAREFA 3 – COM cartões e COM ajuda
Primeira regra: cores proibidas – marrom e alaranjado
Segunda Regra: não repetir as cores
1. Qual é a cor da melancia por dentro?
2. Qual é a cor deste lenço? (branco)
3. Qual é a cor desta pasta? (vermelha)
4. Qual é a cor deste lápis? (laranja)
5. Qual é a cor desta borracha? (azul)
6. Qual é a cor do abacate?
7. Qual é a cor desta bolsa? (marrom)
8. Qual é a cor das nuvens?
9. Qual é a cor deste brinquedo? (verde)
10. Qual é a cor deste outro brinquedo? (alaranjado)
11. Qual é a cor do ouro?
12. Qual é a cor do céu?
13. Qual é a cor deste brinquedo? (marrom)
14. Qual é a cor da terra?
15. Qual é a cor do urubu?
16. Qual é a cor deste brinquedo? (amarelo)
17. Qual é a cor da laranja e da mexerica?
18. Qual é a cor do chocolate?
19. Você acha que ganhou ou perdeu? O que podia falar? O que mais?

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