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TrabalhoPCP FINALIZADO (4)

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UNIVERSIDADE PAULISTA
PSICOLOGIA 
Bianca de Oliveira Bilio - PS1C (RA: D53IJD-9)
Hellen Larissa Barros Ferreira - PS1A (RA: N2808J-9)
Isadora Medeiros Guimarães - PS1C (RA: D524FI-6)
Julia Gabriela Ferreira Queiroz - PS1C (RA: D5583E-7)
Leticia Lopes e Oliveira - PS1A (RA: N278HH-4)
Trabalho Campo – Entrevista: Psicologia Institucional Comunitária
Goiânia
2018
Este trabalho tem por finalidade através das entrevistas com profissionais atuantes, fazer com que os estudantes entrem em contato com a realidade dos profissionais da área psicológica social. De fato a diversidade do contexto que envolve o trabalho institucional comunitário é ampla e variada (Bettoi 2017). Assim as instituições nas quais o psicólogo social pode atuar são inúmeras, com os mais variados objetivos, atendendo populações com as mais variadas características, todavia elas possuem um foco em comum: A saúde da população, em seus múltiplos aspectos. 
 A entrevista realizada no dia 24 de abril durante o período vespertino teve como foco a percepção de um profissional da área, edificada a partir do movimento de uma série de psicólogos que criticavam o viés positivista da Psicologia social até então hegemônica, buscando construir propostas de transformação social (Lane, 2003). O entrevistado foi Mayk Diego Gomes da Gloria Machado que concluiu sua graduação do ano de 2010 na Universidade Paulista (UNIP). Ao descrever sua atividade como psicólogo de rua ele caracterizou como um grande desafio, pois ao se inserir no mercado de trabalho boa parte dos profissionais de psicologia “aplicam” as teorias sobre seus pacientes, todavia segundo o entrevistado, a teoria é uma base, o que necessariamente deve haver é um trabalho de escuta, para que assim o psicólogo de fato consiga descobrir o que levou o indivíduo aquele sofrimento ou estado de vulnerabilidade. 
Atualmente o entrevistado além de professor, também é concursado. Mayk é um dos agentes do Centro de Referência da Assistência Social (CRAS) e afirma desenvolver um trabalho em conjunto a vários profissionais como médicos, enfermeiros, assistentes sociais, técnicos em enfermagem, administradores e outros psicólogos. O fato de trabalhar com diversos profissionais é previsto pelo Guia de Orientação Técnica – SUAS (Brasil, 2005b) que sugere como equipe mínima basicamente, psicólogos e assistentes sociais, além de apoios administrativos. Todavia Mayk enfatiza a necessidade dos projetos e serviços de proteção básica serem desenvolvidos em conjunto a vários profissionais, pois de maneia autônoma e conjunta todos conseguem desenvolver um trabalho com intuito de cuidar e fornecer assistência aqueles que se encontram a margem da sociedade. 
O psicólogo entrevistado descreveu a população atendida por ele e sua equipe como Miserável. Sob essa primícia, de acordo com Sawaia (2004), no terreno polissêmico das discussões em torno da pobreza, dos direitos sociais e da cidadania, há que também se pôr em destaque as singularidades e as referências espaços-temporais das pessoas que vivenciam as expressões multiformes da desigualdade social. Decorre daí, à luz da Psicologia, a atenção para a apropriação/construção de significados, para a produção de sentidos (Zanella, Da Ros, Reis, & França, 2004), bem como para a emergência da afetividade e do sofrimento ético-político como importantes categorias analíticas na compreensão da dialética exclusão-inclusão social que, ao mesmo tempo, reverbera, singulariza-se e se constitui nas dinâmicas.
 A clientela do entrevistado foi caracterizado como: predominantemente negra, onde 80% são homens e somente 20% são mulheres. Suas idades se caracterizam por maiores de 18 anos e menores de 40, em casos extremamente raros atende menores com 16 e 17 anos. A escolaridade dos indivíduos varia bastante, pode-se encontrar analfabetos, pessoas com segundo grau incompleto e poucas que conseguiram completar. Dentre eles, 92% se encontram com dependência em álcool e drogas. Boa parte dessa população possui DSTS (Aids, Clamídia, Sífilis, Herpes e etc) e algumas se encontram com graves doenças de caso clínico.
Sobre o mercado de trabalho o psicólogo se mostrou pessimista ao afirmar que por ano em media de 600 pessoas são cadastradas no Conselho Regional de Psicologia (CRP), assim mostrando tamanha concorrência e aconselhando os jovens do quanto é importante garantir uma formação de qualidade e especializações ao final da graduação. Apesar de demonstrar pessimismo em relação ao mercado de trabalho, ao ser indagado se de fato ele se sente realizado com a profissão, Mayk Gomes se emocionou e com imensa satisfação em suas expressões, ele afirma amar o que faz e conta que o principal motivo pelo qual exerce sua função é a capacidade de melhorar a vida nas comunidades. Ao finalizar a entrevista o psicólogo afirmou ter esperança de que um dia os profissionais de psicologia de fato sejam valorizados pela sociedade.
Através das entrevistas e embasamentos teóricos, podemos concluir que de fato a área institucional comunitária e o trabalho do Psicólogo com pessoas em situação de vulnerabilidade são de suma importância. Ademais a realização do trabalho foi de suma importância para a formação acadêmica dos alunos de psicologia, por através da teoria os alunos entram em contato com a “literatura“ do que é a área Social, todavia através da entrevista, e seminários apresentados, os estudantes de fato entram em contato com a realidade não somente dos profissionais mais também com a realidade daqueles que necessitam do trabalho institucional comunitário. 
REFERENCIAL:
Lane, S. T. M. (2003). Antecedentes históricos da psicologia comunitária. In R. H. F. Campos (Org.), Psicologia social comunitária: da solidariedade à autonomia. São Paulo: Vozes. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/psoc/v28n3/1807-0310-psoc-28-03-00562.pdf . Acesso em: 07/05/2018 
 Ministério da Saúde. Saúde Brasil (2005): Uma analise da situação de saúde no Brasil. Brasília- DF (2005). Disponível em: http://bvsms.saude.gov.br/bvs/publicacoes/saude_brasil_2005parte1.pdf. Acesso em:07/05/2018
Sawaia, B. B. (2004). O sofrimento ético-político como categoria de análise da dialética exclusão/inclusão. In B. B. Sawaia, As artimanhas da exclusão: análise psicossocial e ética da desigualdade social. São Paulo: Voze. Disponível em : http://www.scielo.br/pdf/psoc/v26nspe2/a07v26nspe2.pdf . Acesso em: 07/05/2018
Zanella, A. V., Da Ros, S. Z., Reis, A. C., & França, K. B. (2004). Doce, pirâmide ou flor?: o processo de produção de sentidos em um contexto de ensinar e aprender. Interações, 9(17), 91-108. Disponivel em: http://pepsic.bvsalud.org/pdf/inter/v9n17/v9n17a06.pdf . Acesso em : 07/05/2018 
ANEXO I: ENTREVISTA COM PSICÓLOGO ATUANTE NA ÁREA INSTITUCIONAL COMUNITARIA.
Nome Completo do Entrevistado: Mayk Diego Gomes da Gloria Machado
Graduação: Universidade Paulista
Ano de formação: 2010
Data de início das atividades como psicólogo de rua: Agosto de 2012
Data a entrevista: 23/04/2018
 Entrevista:
Descreva sua(s) atividade(s) como psicólogo, isto é, descreva especificamente o quê faz como profissional nesse contexto.
R:. “Ser psicólogo de rua é um grande desafio. Percebo que boa parte dos profissionais da área aplicam a teoria sobre seus pacientes, essa teoria deve ser usada somente como uma base, deve-se realizar um trabalho de escuta, para que assim o psicólogo consiga descobrir o que levou o indivíduo ao seu atual estado de sofrimento.”
Em sua opinião, quais são as condições necessárias para a realização de seu trabalho? 
R:. “Sem duvidas deve-se estar bem consigo mesmo para trabalhar, é de extrema necessidade que o profissional tenha a capacidade de empatia, que é a busca de aproximação da realidade do paciente.”
Você, nas suas atividades, trabalha com outros profissionais?
R:. “Sim, trabalho juntamente com médicos, enfermeiros, técnicos em enfermagem,assistentes sociais, administradores e outros psicólogos.”
Como se caracteriza a clientela atendida por você em relação à: Faixa etária; sexo; classe social; escolaridade e profissão?
R:. “É triste dizer isso, mas a condição de vida deles é miserável, de muita pobreza. Eles são predominantemente negros, 80% dos clientes são homens e apenas 20% são mulheres. Raramente atendo menores com 16 e 17 anos, costumo atender maiores de 18 e menores de 40. A escolaridade deles varia bastante, alguns tem o segundo grau completo, outros começaram, mas não conseguiram completar e muitos são analfabetos. Dentre eles, 92% são dependentes de álcool e drogas. Boa parte dos pacientes possuem DSTS e alguns se encontram com graves doenças de caso clínico.”´
De que maneira essas pessoas chegam até você (por ex., por iniciativa própria, encaminhadas a você diretamente, encaminhadas a instituição etc.)?
R:. “Sou recebido de forma maravilhosa, eles costumam ser muito gentis comigo. Na maioria das vezes em que os pacientes vêm até a mim, trazendo reclamações com a saúde e segurança pública, coisas que estão além do meu alcance como psicólogo.”
Em sua opinião, qual a imagem que a população tem do psicólogo?
R:. “Alguns ficam com receio, pois acham que consigo ler a mente deles. Outros já sabem a minha função na sociedade e buscam ajuda diretamente.”
Em sua opinião, quais as contribuições que o psicólogo tem dado à sociedade como um todo?
R:. “Os psicólogos contribuem com a sociedade levando a manutenção da saúde mental através de suas diversas abordagens.”
No seu ponto de vista, quais são os requisitos necessários para a formação do profissional para a sua área de atuação? Há necessidade de formação posterior á graduação para que se possa trabalhar na sua área de atuação?
R:. “É de muita importância fazer uma especialização em determinada área. Também deve-se continuar estudando e adquirindo conhecimento mesmo depois de formado, a formação é contínua. Os profissionais da área não devem se limitar somente à psicologia como ciência, deve-se adotar outras ciências para o trabalho e para a vida.”
Seu curso de formação na graduação atendeu a esses requisitos?
R:. “A faculdade foi uma base para o meu trabalho, sem ela eu não seria capacitado o suficiente, porém aprendi muito mais trabalhando do que na minha graduação.”
Qual a situação atual do mercado de trabalho na sua área (para recém-formados e mais experientes)?
R:. “A atual situação é péssima, por ano temos em média 600 pessoas cadastradas no Conselho Regional de Psicologia, não há mercado de trabalho para todos. Aconselho aos recém-formados que busquem garantir uma formação de qualidade para que consigam atuar na área.”
E no futuro, como será este mercado, em sua opinião?
R:. “Honestamente, percebo que tende a piorar.”
Como foi sua entrada no mercado de trabalho? 
R:. “Comecei no mercado de trabalho através do estágio, foi uma experiência tensa, faziam internação involuntária no lugar onde eu trabalhava, não sou de acordo com esse modelo de trabalho, por fim não aguentei tamanha pressão e comecei a adoecer, logo depois pedi demissão.”
Como chegou à posição que ocupa hoje?
“Cheguei a minha atual posição através de concurso.”
Em termos de renumeração, como são as condições da sua área?
“Infelizmente, em termos de renumeração, a área não é bem valorizada. Não posso reclamar do meu salário, porém tenho amigos que não são concursados como eu e ganham muito pouco.”
Você saberia citar valores médios de renumeração?
“1.500 como salário líquido.”

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