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GESTÃO DE PROJETOS EMPREENDEDORISMO Postura Empreendedora A postura empreendedora requer muita energia e motivação para promover mudanças na maneira como as coisas são feitas. Nesse sentido, é fundamental uma boa dose de desconforto e insatisfação com o atual estado das coisas. A partir daí, é preciso disposição para transformar a si mesmo e o ambiente em que se está inserido. Em outras palavras, o empreendedor é um agente de mudanças. Veja algumas características de uma postura empreendedora. Filme: Sinopse Quando o presidente das Indústrias Hudscuker comete suicídio, o comitê de diretoria, liderado por Sidney J. Mussberger, arquiteta um plano – trocar a direção da companhia, provocar a queda do valor das ações e, em seguida, assumir o comando da empresa. O escolhido para atuar na direção é o idealista Norville Barnes, recém-contratado do departamento de correspondências internas. Contudo, a inesperada invenção de um bambolê pode estragar as intenções de Mussberger. O que você imagina quando ouve a palavra empreendedor? Podemos pensar na imagem de um sujeito inovador e arrojado que abriu uma empresa após criar um produto ou um serviço. Mas será que essa é a única maneira de empreender? Você já deve ter percebido que não. Vamos entender por quê? Ter ideias e implantar soluções para melhorar algo que já existe é uma ação empreendedora também. Fatores para Empreender Por prever uma ação efetiva, o ato de empreender envolve doses de alguns fatores. Clique nas imagens para conhecê-los. CRIATIVIDADE, INOVAÇÃO E RISCOSriscos Como o objetivo é promover mudanças para criar valor e colocar em prática algo que foi imaginado, a ação de empreender exige um indivíduo que faça uso de competências específicas. Você pode imaginar que competências são essas? Siga adiante para saber mais sobre o assunto! COMPETÊNCIAS PARA EMPREENDER Riscos calculados são aqueles que o empreendedor está disposto a correr após planejar suas ações, bem como avaliar a dimensão e os impactos dos riscos. Em outras palavras, são riscos mapeados e analisados que decidimos correr de forma consciente. Todo empreendimento incorre em riscos. Quando nos propomos a realizar algo, precisamos decidir assumir ou não os riscos inerentes à atividade. Fatores Relacionados ao Contexto do Empreendimento Na trajetória de empreendedores, podemos notar alguns fatores relacionados ao contexto do empreendimento. São eles: Vislumbre e criação de oportunidades Aprendizado com os erros – aprendizado contínuo Escolha da área de atuação Planejamento e dedicação Escolha das parcerias Busca de ideias inovadoras Conhecimento do mercado e das questões relacionadas ao ambiente organizacional Aproveitamento do momento certo para lançar a ideia Sinergia entre envolvidos no projeto Liderança e abandono da zona de conforto Estratégias de comunicação e divulgação Obstáculos e contratempos do empreendimento Processo de tomada de decisão e avaliação de riscos Financiadores e investidores do projeto Empreendimento como gerador de valor e benefícios para a sociedade Expansão e crescimento do empreendimento versus retorno sobre o investimento e lucratividade. Se pensarmos no empreendedorismo como a capacidade de criar soluções inovadoras e colocá-las em prática, veremos que ele sempre esteve presente na trajetória humana. Vamos pensar em um exemplo do passado. Você já ouviu falar do grande navegador genovês Cristóvão Colombo, certo? Analisaremos, a seguir, parte da história de Colombo pela perspectiva do empreendedorismo! No século XV, Cristóvão Colombo propôs e executou uma rota inovadora de navegação. Com isso, descobriu o continente americano. Naquela época, todos os navegadores conduziam suas embarcações para o Oriente, onde estavam as desejadas especiarias. Alguns filósofos da Idade Antiga afirmavam que a Terra era redonda. Apostando nisso, Colombo convenceu os reis da Espanha a financiarem uma expedição que navegaria para o Ocidente para chegar ao Oriente, ou seja, ele navegaria pelo lado oposto ao que se utilizava. Com o objetivo de chegar às Índias, Colombo acabou chegando à América, região desconhecida até o momento e que estava no meio do caminho. A descoberta e a colonização do Novo Mundo renderam muitas riquezas aos reis da Espanha. Com isso, Colombo se tornou um dos navegadores mais famosos e importantes da História. O navegador vivenciou parte desse reconhecimento em vida e fez mais duas viagens à América. Suas expedições foram empreendimentos extremamente inovadores e arriscados, que envolveram várias pessoas – marinheiros, reis e membros da igreja. Colombo foi o protagonista de um acontecimento muito importante, que resultou na colonização da América pelos europeus. Seu ato gerou consequências positivas e negativas ao longo da História. Revolução Industrial Desde a época das grandes navegações, muita coisa mudou. O mundo, no século XXI, acabou tornando-se um lugar bem diferente. Outros grandes empreendedores surgiram, e alguns deles foram responsáveis pela Revolução Industrial, que aconteceu na Inglaterra, no final do século XVIII. As consequências da Revolução Industrial estão relacionadas com a realidade industrializada, urbana e tecnológica. Por meio dela, ocorreu a passagem da manufatura para a maquinofatura. A maior parte das pessoas vive, atualmente, nessa realidade. Vamos entendê-la melhor? Siga adiante. A invenção da máquina e a mecanização da produção foram um fenômeno grandioso, que fez do investimento em tecnologia uma prática cada vez mais importante e utilizada. As primeiras máquinas a vapor resultaram de anos de investimento em pesquisa e desenvolvimento. Depois delas, muitas máquinas, fontes de energia, inovações e ideias foram criadas. Clique nas imagens para visualizar algumas delas. 1752 Energia elétrica - Benjamin Franklin 1875 Telefone - Alexander Graham Bell 1912 Computador - Charles Babbage 1969 Internet - Departamento de Defesa norte-americano final da década de 90 Sociedade do conhecimento - Unesco 1780 – tear a vapor Sec 19 – belg frança Alemanha eua e japao Século XXI, o Século do Empreendedor Agora, já sabemos que o empreendedorismo não é uma invenção do século XXI, não é mesmo? No entanto, algumas pessoas pensam que o assunto é novidade, já que o empreendedorismo está na moda e passou a ser ensinado em cursos – livres e formais. A verdade é que o empreendedorismo é mais disseminado hoje do que no passado, uma vez que é mais acessível às pessoas comuns e uma alternativa importante para a conjuntura tecnológica da atualidade. Eras do Agricultor, do Empregado e do Empreendedor O administrador de empresas Max Gheringer vem disseminando a ideia de que o século XXI será o século do empreendedor. Por que Max afirma isso? Navegue pelas setas para saber a resposta. 1. Era do agricultor Até o século XIX, a maioria das pessoas comuns trabalhava com agricultura. Podemos chamar esse período de Era do Agricultor. A Era do agricultor compreende a maior parte da trajetória da humanidade. 1. 2. Era do empregado Após a Revolução Industrial, fomos transformados em uma sociedade urbana, repleta de operários de grandes fábricas. Desse modo, o século XX pode ser chamado de Era do Empregado. O indivíduo dessa era tem direitos garantidos (CLT), mas deve obedecer a seu patrão e cumprir regras. 1. 3.Era do empreendedor Após a segunda metade do século XX, o modo de produção capitalista financiou o desenvolvimento tecnológico, possibilitando a invenção de máquinas cada vez mais eficientes. Com isso, iniciou-se um processo crescente de substituição de pessoas por equipamentos,como o computador. O emprego entrou em declínio mediante fusões, incorporações, automação de processos e criação de softwares. Fora do mercado de trabalho formal, muitas pessoas estão atuando como consultoras e trabalhadores autônomos, criando produtos e serviços inovadores. Tais questões apontam para o século XXI como o início da Era do empreendedor. A proposta analítica de Gheringer é inovadora e bastante lúcida, além de correta do ponto de vista da História. Gheringer aponta para um futuro que já está anunciado, em que o empreendedorismo vai- se tornar cada vez mais importante no Brasil e no Mundo. Segundo o autor: "No século XXI, o grande diferencial vai ser o empreendedor, aquele que trabalha para si mesmo, que cria as próprias oportunidades e as aproveita." Pessoas Comuns, Empreendimentos Extraordinários O empreendedorismo é uma prática relacionada a um grupo de comportamentos e atitudes. Juntos, tais atitudes e comportamentos formam a postura empreendedora. Que tal conhecer mais um caso brasileiro de sucesso para compreender a postura empreendedora? Desta vez, o exemplo não é da área de Informática. Trata-se do empreendedorismo realizado por duas mulheres negras e pobres da periferia do Rio de Janeiro. Navegue pelas setas para conhecer o caso. Em uma comunidade do Rio de Janeiro, nasceu o sonho de criar um relaxante para cabelos cacheados como alternativa para o alisamento artificial – única opção até então. Após muito tempo tentando, uma mulher comum desenvolveu um produto inovador e, ao lado de uma amiga, abriu o primeiro salão de cabeleireiros do Instituto Beleza Natural. Atualmente, as duas amigas dirigem o Instituto Beleza Natural, que conta com mais de mil e quinhentos funcionários. Empreendedorismo de Sucesso Sobre a ação de empreender, Joel Baker afirma: “Visão sem ação não passa de sonho. Ação sem visão é só passatempo. Visão com ação pode mudar o mundo.” Após compreendermos os desafios e as características do empreendedor, iremos conhecer as modalidades de empreendedorismo. Vamos lá? Modalidades de Empreendedorismo O empreendedorismo pode-se apresentar em três principais modalidades. Clique nas abas para saber mais sobre cada uma delas. Empreendedor – entrepreneur Pessoa que identifica oportunidades no mercado, planeja e constrói novas empresas ou novos empreendimentos. Empreendedor corporativo ou intraempreendedor – intrapreneur Funcionário que promove as mudanças dentro da organização em que trabalha, reinventando os processos, a empresa e os negócios. Empreendedor comunitário ou social Pessoa que promove mudanças, reúne recursos e constrói valores em benefício da sociedade como um todo. As atuações no terceiro setor e no voluntariado são exemplos de empreendedorismo comunitário. Em cada uma das modalidades, podemos encontrar empreendedores nos mais variados setores: educacional, público, privado e outros. O conceito de empreendedor pode ser estendido a todos aqueles que contribuem com ações para a construção de algo de valor para a sociedade. EMPREENDEDOR COMPORATIVO Já sabemos que o empreendedorismo é um conjunto de atitudes que podem ser adquiridas, praticadas e reforçadas nos indivíduos. A partir dessas atitudes, o indivíduo se torna capaz de aproveitar e gerir oportunidades, aperfeiçoar processos, bem como inventar e reinventar negócios. Perceba que empreender não compreende o ato de iniciar uma nova empresa ou um empreendimento social exclusivamente. EMPREENDEDORISMO DE SUCESSO Nos dias de hoje, o ato de empreender é um atributo apreciado em profissionais. Desse modo, qualquer organização preocupada com o futuro deseja ter profissionais empreendedores em seu quadro de colaboradores. Além disso, podemos constatar a tendência crescente de os profissionais verem a si mesmos como os principais agentes de suas carreiras. O profissional que atua como empreendedor corporativo tem a consciência de que é preciso inovar e agregar valor à organização em que trabalha. De uma forma geral, o sucesso do profissional depende de seus resultados. Intraempreendedores Você pode imaginar o tipo de funcionário que costuma ter maior visibilidade em uma empresa? Pois bem, o funcionário com maior visibilidade em uma empresa é aquele que apresenta as melhores performances. Com isso, ele ficará em evidência e tenderá a ser mais reconhecido e valorizado. Nesse contexto, vale ressaltar que os intraempreendedores devem contar com o respaldo e o apoio de seus superiores para que seus projetos inovadores sejam viabilizados. Importância da Postura Empreendedora Cada vez mais, o ambiente organizacional tem valorizado a inovação e a criatividade, encarando tais características como fatores essenciais de diferenciação no mercado. Desse modo, o empreendedorismo se tornou um valor social, cada dia mais importante e apreciado. Agora, vamos refletir sobre a importância da postura empreendedora dos funcionários em uma organização. PDF O profissional empreendedor João entra na sala do Diretor e reclama: – Por que eu não fui promovido e o Antônio foi? Tenho quinze anos de empresa e o Antônio só três! O Diretor, um profissional experiente, ouvindo um barulho de caminhões na rua em frente ao escritório, disse a João: – João, por favor, antes de conversarmos, veja o que é esse barulho aí na frente. João foi até a rua, voltou e disse: – É uma fila enorme de caminhões que está passando aí na frente. O Diretor perguntou: – E o que eles estão levando? João voltou à rua e, retornando, disse: – Não deu para ver. Estão fechados. O Diretor perguntou: – Para onde vão os caminhões? João foi à rua e, de volta à sala do Diretor, relatou: – Parece que estão se dirigindo para fora da cidade. O Diretor disse a João: – Acho que já posso dar uma resposta para sua pergunta inicial. Aguarde um pouco, aqui na sala mesmo. João ficou esperando. O Diretor chamou Antônio e disse: – Antônio, há um barulho aí na rua em frente. Por favor, veja o que é para mim. Cinco minutos depois, Antônio voltou e disse: – São dezenove caminhões carregados de caixas com artefatos de ferro da Siqueira & Cia, de Porto Alegre, Rio Grande do Sul. Fazem parte de uma encomenda que a empresa está enviando para São Paulo. Esta manhã, passaram outros dezesseis caminhões com a mesma carga. O carregamento é para a firma Zanon Oliveira Ltda., da cidade de Cascavel, no Paraná. O Diretor agradeceu a Antônio e o dispensou. Virou-se para João e limitou-se a dizer: – Caro João, agora você entendeu? No texto apresentado, podemos observar um típico caso de eficiência versuseficácia. Enquanto João agiu com eficiência, Antônio esbanjou eficácia – característica do comportamento empreendedor. Eficiência e Eficácia Que tal desenvolvermos melhor os conceitos de eficiência e eficácia? Embora pareçam ter o mesmo significado, essas palavras dizem respeito a conceitos distintos. Navegue pelas setas para visualizar um exemplo. Imagine que haja um vazamento de água no escritório da diretoria. Imediatamente, o primeiro colaborador vai pegar um pano, um balde e um rodo para retirar toda a água do ambiente. Ele foi eficiente, pois realizou uma tarefa de maneira correta. O segundo colaborador procurou observar toda a sala e tentou encontrar a origem do vazamento. Concluiu que vinha do banheiro instalado no andar superior e dirigiu-se até ele. Uma vez lá dentro, percebeu que a torneira estava aberta e a desligou, eliminando o problema de vazamento. Esse colaborador foi eficaz, pois fez o que era certo para solucionar o caso Empreendedorismo, uma Revolução Silenciosa O mercado de trabalho não perdoa. Um profissional acomodado, que não busca oportunidades de melhoria, que prefere fazer tudo sempre do mesmo jeito,que não encara correr riscos e arcar com as consequências, não possui o perfil do empreendedor corporativo possivelmente. Não parece coerente? Sobre o empreendedorismo, Jeffry Timmons afirma que: “O empreendedorismo é uma revolução silenciosa, que será para o século XXI mais do que a Revolução Industrial foi para o século XX.” Empreendedorismo de necessidade De acordo com o especialista José Dornelas, o empreendedorismo de necessidade é aquele que surge por falta de opções, ou seja, por falta de emprego formal. Por ser motivado pela falta de opção, o empreendedorismo de necessidade começa de maneira informal e com rápida necessidade de retorno. O caso mais típico é o da pessoa que perde o emprego e não consegue se recolocar no mercado de trabalho rapidamente. Por se ver obrigada a gerar alguma renda para seu sustento, o indivíduo começa um negócio. De modo geral, o negócio começa sem muito planejamento ou organização. Empreendedorismo de oportunidade O empreendedorismo de oportunidade acontece quando uma pessoa identifica: Um produto ou um serviço que pode ser criado ou melhorado Um mercado consumidor que deseja algo que ainda não está sendo devidamente suprido. Como o empreendedorismo de oportunidade advém de uma demanda percebida na realidade, tende a ser melhor planejado e estruturado. Desse modo, esse tipo de empreendimento costuma obter mais êxito. PERGUNTAS Ao iniciar seus estudos sobre empreendedorismo, você percebeu que esse conceito não é uma novidade do século XXI e que, além disso, há diferentes modalidades de empreendedores e de empreendedorismo. Relacione cada uma das definições a seguir a seu respectivo termo, numerando a segunda coluna de acordo com a primeira. Termos ( 1 ) Empreendedor ( 2 ) Empreendedorismo ( 3 ) Empreendedor social ( 4 ) Intraempreendedor Afirmações 4 Traduz a habilidade de reinventar processos e promover mudanças dentro da organização em que trabalha. 3 Promove mudanças e constrói valores em benefício da sociedade como um todo. 1 Identifica oportunidades de mercado, planeja e constrói novas empresas ou empreendimentos. 2 É a capacidade de criar soluções inovadoras e colocá-las em prática com um plano bem definido. O empreendedorismo é a capacidade de criar soluções inovadoras e colocá-las em prática com um plano bem definido, por meio de um plano de negócio, com riscos calculados. Dessa forma, podemos destacar três modalidades: Empreendedor, que identifica uma oportunidade de mercado, planeja e constrói novas empresas ou empreendimentos; Intraempreendedor, que reinventa processos e promove mudanças dentro da organização em que trabalha, melhorando assim algum processo interno que acaba, por exemplo, refletindo em seu cliente final; Empreendedor social, que promove mudanças, reúne recursos e constrói valores em benefício da sociedade como um todo. As ONGs e as instituições sem fins lucrativos são exemplos de empreendedorismo comunitário. V OU F O intraempreendedor identifica uma demanda de mercado, planeja e constrói novas empresas ou empreendimentos. F Iniciativa, autoconfiança, flexibilidade e independência são algumas características de uma postura empreendedora. V Qualquer organização preocupada com o futuro deseja ter profissionais empreendedores como colaboradores. V Eficiência e eficácia são termos que possuem o mesmo significado, ou seja, dizem respeito a conceitos iguais. F O intraempreendedor é o empreendedor interno, ou seja, é o colaborador de uma empresa que analisa os processos e os reinventa, promovendo melhorias e mudanças dentro da organização em que trabalha. Assim, qualquer organização preocupada com o futuro dos negócios deseja (e necessita) ter profissionais engajados em promover, internamente, melhorias contínuas. O empreendedor necessita ter: iniciativa, autoconfiança, flexibilidade, independência, persistência, intuição aliada à razão, eficiência e eficácia. As duas últimas características são conceitos distintos que remetem a realizar uma atividade de maneira correta (eficiência) e a solucionar definitivamente as questões (eficácia). Inovação A palavra inovação deriva do termo innovatio. Em latim, innovatio remete à ideia de inventar algo novo – um objeto ou um modo de fazer as coisas. Filha da criatividade, a inovação faz surgir formas diferentes de pensar sobre as coisas do mundo. As novas formas de pensar possibilitam o surgimento de diferentes e melhores métodos de produção. Um produto, uma ideia ou um método inovador se distingue de seus pares porque pouco se parece com as normas e os padrões em vigor. A partir daí, decorre a máxima "Inovar é fazer diferente!" Histórico da Evolução do Ambiente Organizacional O momento histórico em que vivemos é conhecido como Era do conhecimento. Até chegarmos nessa fase, observamos movimentos e mudanças significativas na maneira de analisar e entender o mundo. Todas essas mudanças impactaram a evolução das organizações. Como vimos anteriormente, a manufatura e os trabalhos manuais foram substituídos por um novo formato de trabalho, instituído pela Revolução Industrial. Com isso, assistimos à transição dos trabalhadores artesanais e agrícolas para uma nova classe: a de operários. Atualmente, como se constitui a maior parte dos trabalhadores que integram as organizações modernas? Era do Conhecimento Na Era do conhecimento, passamos por uma nova transição. Vejamos: Operários com tarefas mecânicas e repetitivas estão se tornando profissionais mais intelectuais, em constante atualização, inovadores e empreendedores. Nesse novo cenário, o sucesso das operações de uma organização define sua posição, seu alcance e sua sobrevivência no mercado. Inovação, Alcance e Sobrevivência no Mercado A corrida por fatias de mercado faz com que seja imprescindível recorrer a inovações tecnológicas e processuais que resultem no aumento da produtividade e na redução de custos. Para atingir tais objetivos, as organizações contam com tecnologias, bem como com o potencial humano e sua genialidade. Ao falarmos em inovação, estamo-nos referindo ao aperfeiçoamento de produto, serviço ou processo a partir de uma mudança ou de novas maneiras de explorar um mercado existente. Nesse sentido, as mudanças podem ser: Técnicas, Demográficas, Relativas a preço, Operacionais e Geopolíticas A cultura organizacional pode ser um fator determinante para a inovação. Para entender melhor a relação entre cultura organizacional e inovação, precisamos conhecer mais sobre a cultura organizacional. Vamos lá? Toda empresa apresenta uma cultura organizacional e um clima organizacional característicos, seja ela grande ou pequena, nova ou antiga, tecnológica ou analógica. O que isso quer dizer na prática? Vejamos a seguir. Em Introdução à Administração, Maximiano estabelece que a cultura organizacional é formada por normas de conduta, valores, rituais, crenças, hábitos e outros condicionantes do comportamento das pessoas na organização. Em Introdução à Administração, Maximiano descreve o clima organizacional como conceitos e sentimentos que os colaboradores partilham a respeito da organização. Cultura Organizacional e Inovação Cada ambiente de trabalho tem características peculiares de funcionamento, com procedimentos, normas e regras próprias. Tais características orientam as operações e a forma de atuação dos funcionários. Desse modo, trabalhar em empresas novas e tecnológicas – como Google, Facebook ou Buscapé – é bem diferente de trabalhar em organizações antigas e consolidadas – como Ford, Volkswagen ou Embraer. Todas as empresas mencionadassão organizações rentáveis e de sucesso. No entanto, elas funcionam de forma bem diferente no dia a dia. Em alguns momentos, a atitude empreendedora de um funcionário será questionada ou até restringida pela organização, em decorrência de fatores internos. Ao formular uma nova maneira de realizar algo, estamos questionando os procedimentos e os mecanismos já existentes. Mas, afinal, como é possível romper com as barreiras à inovação? Para que uma organização aposte em novos rumos, e não desperdice boas ideias e soluções propostas pelos intraempreendedores, a inovação deve fazer parte de sua cultura organizacional. Uma empresa deve estabelecer mecanismos para lidar com a inovação e zelar por suas regulamentações ao mesmo tempo, sem prejudicar sua capacidade de propor novos produtos, bem como de rever os processos e as normas estabelecidos. Para que as pessoas atuem de forma inovadora, no entanto, a empresa precisa garantir condições apropriadas, criando um ambiente que traduza a missão e os objetivos corporativos. Nesse sentido, a empresa deve propiciar um aprendizado contínuo a seus colaboradores, priorizando a criatividade e a multidisciplinaridade. Desse modo, ela poderá estimular a criação e a formulação de atitudes empreendedoras na organização. Empreendedorismo de Sucesso A organização precisa investir no desenvolvimento das atitudes, habilidades e capacidades relacionadas ao empreendedorismo. Com isso, estará cultivando indivíduos capazes de aprender a realizá-lo de modo contínuo, com rapidez e disposição. Outro ponto muito importante diz respeito ao desenvolvimento de políticas transparentes de gestão de pessoas. Tais políticas devem estimular a inovação, recompensando-a por meio do reconhecimento dado aos colaboradores inovadores, além do apoio integral da alta direção. Após ler sobre esse assunto, você se considera um empreendedor ou intraempreendedor? Organizações Inovadoras Vimos a influência da cultura organizacional para o processo de inovação e as mudanças ocorridas no ambiente organizacional. Agora, vamos conhecer um pouco mais as organizações que priorizam a inovação. Para que uma mudança ocorra, é necessário considerar os paradigmas (modelos). Você sabe o que são paradigmas? Paradigmas são as crenças, as visões e os pensamentos que temos em determinado momento. A partir de um novo ângulo de observação, devemos exercitar nosso olhar, nosso pensar e nosso mover-se de forma diferente. Desse modo, poderemos propiciar mudanças. Nesse contexto, vamos refletir sobre uma citação de Heráclito de Éfeso: Nas organizações, também precisamos quebrar paradigmas. Desse modo, temos de encarar a mudança como algo primordial à sobrevivência. A todo o momento, estamos expostos a avanços tecnológicos de empresas inovadoras. Tais empresas apostam e investem em pesquisa e desenvolvimento (P&D) para melhorar sua atuação. Se Heráclito vivesse hoje, estaria admirado com a velocidade das mudanças! Dessa forma, para manter a competitividade no mercado, as organizações dependem de um processo contínuo de inovação, que leve em conta a revisão de muitos paradigmas. Paradigmas Quebrar paradigmas requer mudanças de referencial. Desse modo, precisamos rever crenças, conceitos e preconceitos que limitam nossas ações. Ter coragem para arriscar é um mecanismo que nos faz sair da acomodação e buscar a inovação. Agora, vejamos alguns exemplos de bloqueios mentais relacionados a paradigmas: É proibido errar. Isso não tem lógica. Siga as normas sem questionar. Isso não diz respeito a minha área. Evite as ambiguidades. Eu não sou criativo. Durante a atuação profissional, todos nos deparamos com esses bloqueios – seja como proprietários do negócio, seja como contratados de uma empresa. Processo de Aprendizagem Organizacional Para vencer as barreiras paradigmáticas e dar respostas inteligentes a questões organizacionais, as empresas dependem da capacidade de gerar, processar e fazer uso adequado de dados, informações e conhecimentos. Com isso, podem facilitar e enriquecer o processo de aprendizagem organizacional. Dados Conjunto de fatos distintos e objetivos. Não fornecem julgamento nem interpretação. Informação Possui significado. Dados se transformam em informação se lhes acrescentarmos significado. Conhecimento Mix de experiências, valores e informações que propicia uma estrutura para a avaliação e incorporação de novas experiências e informações. Após ouvir o podcast, você percebeu que apenas ter dados e reproduzir informações acerca de determinado tema não significa que o conhecemos? Conhecer é refletir, apropriar-se e estabelecer conexões entre dados e informações. Significa aprofundar-se e construir uma opinião sobre o assunto. É ser capar de discutir e argumentar sobre o assunto, diferenciando dados corretos e completos de dados falsos e incompletos. Atitudes para Inovação Vamos relembrar a definição de inovação para Peter Drucker? Segundo o autor, a inovação “é o meio pelo qual empreendedores exploram mudanças como uma oportunidade para implementar uma maneira diferente de atuar, um diferente serviço, produto, processo ou negócio.” Desse modo, podemos considerar que: Atuação Diferenciada + Empreendedorismo = Inovação Oportunidades para Inovar As oportunidades para inovar podem surgir de várias formas, dependendo do olhar empreendedor empregado. Clique nos tópicos e veja algumas fontes comuns de geração de oportunidades. Identificação de necessidades Atenção às questões e a como solucioná-las. Observação de deficiências Possibilidade de melhoramento de praticamente tudo. Observação de tendências Visão de futuro. Derivação da ocupação atual Ampliação dos limites funcionais. Procura de outras aplicações Soluções transferidas para outros problemas. Por exemplo, a blindagem de automóveis se apropriou de uma tecnologia militar como solução. Cada caso é um caso. Dessa forma, para apurar o processo de identificação de oportunidades, precisamos desenvolver a habilidade de análise realista sobre as forças e limitações envolvidas em cada caso observado. A mudança deve agregar valor, transformando novas ideias em fins produtivos, e garantindo diferenciação e competitividade no mercado. Ambiente Inovador Você consegue imaginar um ambiente propício à inovação? Afinal, que características são desejáveis para alcançarmos um ambiente inovador? Podemos afirmar que um ambiente propício à inovação presume: Boa circulação de informações e conhecimentos Abertura Flexibilidade Autonomia Trabalho em equipe Busca constante de informações e aprendizagem. No entanto, essas características não são suficientes. TI e Processos de Inovação Para que um ambiente se torne propício à inovação todas as pessoas envolvidas devem mudar hábitos, conceitos e preconceitos, trabalhando por uma mudança segura de normas e regras estabelecidas. Não é simples realizar mudanças, mas só existirão avanços significativos dessa maneira. O processo é trabalhoso, pois exige que as pessoas abandonem a rotina – o que causa desconforto. No entanto, existe uma aliada para colaborar com essa tarefa: a área de Tecnologia da Informação (TI). A TI veio para facilitar a possibilidade real de transformação. Desse modo, alinhada à estratégia organizacional, permitirá o crescimento contínuo da organização. Inovação de Tecnologias e Processos Com o passar do tempo, as inovações tecnológicas aumentaram. Com isso, a produtividade nas organizações também aumentou. As relações de trabalho assumem novos significados e novas responsabilidades. Além disso, outras oportunidades se revelam, como o surgimento de novosformatos organizacionais. Os novos formatos requisitam novas exigências profissionais, o que causa forte impacto na necessidade de qualificação profissional e atualizações constantes. Quando falamos do profissional de TI, as exigências de atualização são ainda mais necessárias e desejáveis pelas empresas. Até o século XVIII, antes da Revolução Industrial, as mudanças tecnológicas que envolviam o surgimento de novas invenções só ocorriam de vez em quando. Nessa época, atividades essenciais – como a agricultura, a arquitetura e a pecuária – eram feitas sempre da mesma forma, com instrumentos rudimentares e manejos tradicionais passados de pais para filhos. A estabilidade era duradoura, e as mudanças eram esporádicas. Desde a Revolução Industrial até os dias de hoje, os avanços tecnológicos passaram a acontecer com muito mais frequência, e a estabilidade praticamente deixou de existir: No século XVIII, foram inventadas as primeiras máquinas movidas a vapor. No século XIX, foi inventada a energia elétrica e os motores a combustão. Tais inventos possibilitaram o surgimento do automóvel. No século XX, foram inventados os computadores e a robótica industrial. No século XXI, momento atual, aconteceu a popularização da internet e a criação dos chamados dispositivos móveis (tablets e smartphones). Isso significa que a mudança tecnológica se tornou uma constante nos últimos 300 anos de nossa história. No futuro, ocorrerão mudanças mais drásticas e em menor espaço de tempo, o que vai requerer de nós muita flexibilidade e uma grande capacidade de adaptação, além da necessidade de atualização profissional constante. Inovação de Tecnologias e Processos Para melhor entendermos e promovermos mudanças, devemos recorrer à TI. A TI permite, por meio de tecnologias cada vez mais convergentes e interligadas, recorrer às informações criadas e utilizadas pelos negócios na tomada de decisões estratégicas. A TI possibilita a integração de funções em todos os níveis internos ou entre unidades organizacionais, proporcionando ganhos em: Infraestrutura (integração e flexibilidade) Operações transacionais (custo e produtividade) Sistemas de informação (análise, controle, integração e ciclos) Gestão estratégica (mercado, inovação e valor agregado). Sistemas transacionais Coletam, armazenam e controlam os dados das transações. Sistemas de apoio à decisão Simulam modelos de decisões e suas implicações. Sistemas de informações gerenciais Tratam as informações mais agregadas. Sistemas de informações executivas Atuam de forma semelhante aos sistemas de informações gerenciais, com menos estrutura e mais estratégia. Sistemas especialistas Emulam conhecimento de um especialista. Sistemas de automação Proporcionam interatividade e colaboração – workflow. Sistemas integrados Enterprise Resource Planning (ERP) Integram, em uma única base de dados, todas as informações da empresa. Sistemas de Business Intelligence (BI) Suportam ações de inteligência competitiva a partir de dados disponíveis de mercado e concorrência. Sistemas de Customer Relationship Management (CRM) Tratam as informações sobre relacionamento com clientes. Sistemas DataWarehouse Permitem uma análise detalhada das informações do negócio e de suas operações. Riscos Calculados Agora, vamos falar sobre a necessidade de o empreendedor assumir riscos calculados. Pois bem, os novos sistemas de informação auxiliam o empreendedor no mapeamento e na classificação dos riscos, possibilitando decisões mais acertadas e calculadas. Em outras palavras, a TI utiliza redes de comunicação e sistemas informatizados para integrar empresas, clientes e fornecedores, apontando novas oportunidades. Viu como a TI é capaz de estabelecer vantagens competitivas? Vantagem Competitiva Clique nas imagens e veja algumas características que garantem um verdadeiro diferencial no mercado: Raridade – pouco ou nenhum concorrente possui o mesmo produto. Difícil imitação – concorrente se vê diante do alto custo, ou da ausência de tecnologia e know-howpara recriar o produto. Difícil substituição – concorrente tem dificuldade de substituir o produto, pois não há equivalente no mercado. Valor – concorrente não tem acesso à exploração das mesmas oportunidades. O plano de negócios deve funcionar como diretriz para o projeto que será iniciado. Seu desenvolvimento permite estruturar e refletir sobre o negócio. Desse modo, as chances de erro e os riscos atrelados são minimizados. Para obtermos sucesso, é necessário que a implantação do plano de negócios seja adequada, constantemente, tanto à realidade do negócio quanto às mudanças que ocorrerão no percurso. EXERCICIO Você trabalha no setor de TI de uma empresa de comércio de alimentos. Após estudar sobre intraempreendedorismo, analisou os processos internos de sua empresa e está engajado em propor mudanças e melhorias à direção. Com relação à atitude empreendedora, marque V para as afirmações verdadeiras e F para as falsas. F Criatividade e multidisciplinaridade são competências que a empresa deve estimular em seus colaboradores, propiciando um aprendizado contínuo. V Os paradigmas (crenças, visões e pensamentos) são necessários para o êxito do processo de inovação, pois foram eles que garantiram o sucesso e a estabilidade empresarial até o momento. F Para que não ocorra o desperdício de boas ideias e soluções propostas pelos intraempreendedores, a inovação deve fazer parte da cultura organizacional. V A atitude empreendedora de um funcionário poderá ser questionada ou até restringida pela organização, pois, ao propor uma nova maneira de realizar algo, ele estará reavaliando os procedimentos já existentes. V A cultura organizacional é formada por normas de conduta, valores, crenças e hábitos das pessoas na organização. Mudanças propostas, em relação a esses paradigmas, podem ser questionadas ou até restringidas pela direção, segundo a máxima de que em "time que está ganhando, não se mexe." Empresas com uma cultura aberta a mudanças e inovações possuem colaboradores mais engajados no negócio e, consequentemente, possuem uma visão de futuro mais ampla. Organizações inovadoras, como o Facebook e o Google estimulam o aprendizado contínuo de seus colaboradores, que se tornam profissionais mais criativos e multidisciplinares. Você está participando de um processo seletivo para técnico de informática em uma empresa que possui cultura empresarial alinhada à inovação. No teste de seleção, foram abordados alguns tópicos sobre sistemas. Relacione cada uma das definições a seguir a seu respectivo termo, numerando a segunda coluna de acordo com a primeira. Termos ( 1 ) Sistemas Enterprise Resource Planning (ERP) ( 2 ) Sistemas Customer Relationship Management(CRM) ( 3 ) Sistemas Especialistas ( 4 ) Sistemas Business Intelligence (BI) Definições 4 Suportam ações de inteligência competitiva a partir de dados de mercado. 3 Emulam o conhecimento de um especialista, por exemplo, um médico ao receitar medicamentos. 2 Tratam as informações sobre relacionamento com clientes. 1 Integram, em uma única base de dados, todas as informações da empresa. O sistema Enterprise Resource Planning (ERP) integra todas as informações de uma empresa dentro de um mesmo banco de dados, o que permite uma centralização das informações e reduz a redundância de dados desnecessários. O sistema Customer Relationship Management (CRM) trata as informações do cliente, como suas preferências sobre determinado produto e sua periodicidade de compra, cria relacionamentos entre determinados produtosque foram comprados juntamente com outros produtos etc. O sistema especialista emula conhecimento de um especialista para um computador que cria previsões autônomas. O sistema Business Intelligence (BI) utiliza informações extraídas, normalmente, de um sistema ERP ou do mercado, para transformar uma grande quantidade de dados brutos em informações úteis para tomadas de decisões estratégicas, além de buscar resultados na detecção de oportunidades de negócio e na redução de erros, pois possibilita conhecer padrões comportamentais dos clientes, determinantes na oferta de um produto. PLANO DE NEGÓCIOS Empreendedores são indivíduos que imaginam, criam e colocam soluções em prática. Em síntese, imaginar, estruturar e realizar são as três macroetapas necessárias para empreender em quaisquer situações. Anote essa dica! Antes de “colocar a mão na massa”, devemos pensar em todos os aspectos e os movimentos pertinentes ao empreendimento que pretendemos realizar. A falta de planejamento é a principal causa da mortalidade de novas empresas, por isso, precisamos estudar cenários e fazer planejamentos prévios, bem como estudar fatores determinantes de sucesso ou fracasso de organizações e projetos. Um dos métodos criados para pensar nos fatores que envolvem a realização de um empreendimento recebeu o nome de Plano de Negócios. Dimensões Necessárias para um Plano de Negócios Um plano de negócios é um documento estruturado por meio do qual pensamos sobre as diferentes dimensões necessárias para a realização de um negócio ou um projeto. Ao fazer o plano de negócios, o empreendedor é convocado a pensar sobre alguns itens, como: Produto ou serviço que pretende oferecer Características do público-alvo Recursos humanos e financeiros necessários Infraestrutura. Mas você sabe como elaboramos um plano de negócios? Vamos descobrir a seguir! Elaboração de um Plano de Negócios A elaboração de um plano de negócio é uma atividade que requer: Pesquisa prévia Conhecimentos gerais e específicos Reflexões Tomadas de decisão Disposição para se pensar em tudo que implica trazer algo imaginado para a realidade. Após conhecer as ações de elaboração de um Plano de Negócio, o conteúdo ficou mais claro? Não podemos negar que o plano de negócios tem grande relevância para a organização e o planejamento inicial de um novo negócio. O preenchimento do plano de negócios não é trivial e nem rápido. No entanto, não fazer um plano de negócios é assumir riscos desnecessários, que poderiam ser previstos ou evitados. Noções Gerais sobre Plano de Negócios Apresentaremos a seguir o conceito e a importância dos planos de negócios. Além disso, também indicaremos modelos e materiais complementares. Por meio de tais materiais, você poderá se aprofundar no tema quando precisar. Ter noções gerais sobre o plano de negócios é importante para profissionais de qualquer área, uma vez que permite entender os passos necessários para a gestão de um negócio. No futuro, caso você decida empreender abrindo uma empresa, este material será muito útil. Veja no Plano de Negócios (business plan) a disposição das informações que o compõe para atingir seu objetivo. Objetivo do Plano de Negócios O objetivo do plano de negócios é viabilizar a criação ou expansão de um empreendimento executado ao longo de um período específico. Você consegue citar alguns elementos cruciais ao business plan? Vejamos: Planos Anuais de Negócios Normalmente, as organizações preparam planos anuais de negócios, priorizando os doze próximos meses e fazendo projeções do período posterior. Os planos de negócio que utilizam projeções por período superior a cinco anos são raros. No entanto, não existe um período ideal. Em geral, o período estabelecido depende: Do tempo de maturação de cada negócio Do setor de atividade Das pretensões do empreendedor. Reavaliação do Plano de Negócios Por meio de simulações, as projeções preveem possíveis resultados de etapas futuras. Conforme as etapas entram em andamento, o gestor do projeto pode: As projeções e as suposições devem ser reavaliadas e atualizadas constantemente. Com isso, é possível refletir os valores reais e obter a composição dos principais indicadores de viabilidade de negócios. A elaboração do plano de negócios A elaboração do plano de negócios atende vários propósitos. Desse modo, o plano de negócios apresenta a formatação do empreendimento e o detalhamento dos aspectos relevantes para sua negociação interna e externa. Depois de concebido, a operacionalização do plano dará início ao projeto. Vale ressaltar a importância de planejar antes de colocar o empreendimento em prática, considerando todas as condições que poderão interferir no negócio. O guia para o empreendimento deve ser dinâmico, podendo ter as estratégias ajustadas a qualquer momento, a fim de se adequar às mudanças no contexto do ambiente. Você se lembra da palestra de Romero Rodrigues que vimos no Capítulo 1? Nela Romero mencionou o lançamento de um site, em outro país, que fazia exatamente o que eles pretendiam oferecer ao mercado nacional. Pois é, se ele tivesse feito um plano de negócios, perceberia que o projeto estava demandando mais tempo do que o previsto e que havia o risco de outra empresa lançar a solução antes deles. Desse modo, para que possamos obter uma visão da realidade de mercado e dos principais fatores que impactarão nosso projeto, é fundamental o conhecimento aprofundado das condições do ambiente de atuação da organização. Isso aumentará as chances de sucesso do empreendimento. Como surgiu o conceito de plano de negócios? O modelo de plano de negócios que conhecemos hoje teve origem nos Estados Unidos como uma exigência à captação de fundos de financiadores particulares, para viabilizar um empreendimento. Nesse sentido, o plano de negócios é um recurso de análise, estruturação e apresentação da viabilidade e da atratividade dos negócios de empresas – sejam elas consolidadas ou novas – e contribui para a sustentabilidade da organização. O plano de negócios auxilia gestores na tomada de decisões, como o lançamento de um produto ou serviço, a expansão das instalações, a abertura de uma unidade ou os investimentos em determinada área, por exemplo. Benefícios Obtidos com o Plano de Negócios Planejamento para a Implantação ou Ampliação do Negócio O plano de negócios fornece recursos para o empreendedor definir objetivos e planejar os passos necessários para a implantação ou ampliação de seu negócio. Além disso, também funciona como uma ferramenta de comunicação e negociação com potenciais financiadores. A captação de recursos para a operacionalização de um plano de negócio pode recorrer ao capital próprio ou ao capital de terceiros. Tratando-se de capital de terceiros, o projeto pode ser financiado por meio de vários recursos, dependendo de seu objetivo e das características intrínsecas. A elaboração do plano de negócios Existem vários formatos de captação de recursos financeiros para viabilização de novas ideias. Vejamos algumas: 1. Investidor-anjo ou angel investor O investidor-anjo é uma modalidade que tem origem nos Estados Unidos. Consiste em uma pessoa física que investe em empresas nascentes – startups – próximas a sua residência e as apoia. O investimento pode ser feito por meio de uma pessoa jurídica, desde que com recursos próprios. O investidor-anjo não tem posição executiva na empresa, mas apoia o empreendedor por meio de conhecimento, experiência e relacionamento, além dos recursos financeiros, conhecido como smart-money. Segundo publicação na revista Exame.com, de 3 de julho de 2013, a maioria dosinvestidores-anjo brasileiros tem interesse em investir em startups das áreas de TI e de aplicativos para smartphones. Para ler o artigo, acesse: http://exame.abril.com.br/pme/startups/noticias/investidor-anjo- quer-startup-de-ti-e-app-diz-pesquisa. 2. Desafio Sua ideia vale um milhão Esse desafio consiste em um concurso promovido pela Buscapé Company. O objetivo é encontrar talentos e empresas promissoras que precisem de capital e direcionamento para alavancar o negócio. Por meio de um processo de seleção de projetos empreendedores, a iniciativa elege o melhor empreendimento e apoia o projeto vencedor por meio de um aporte financeiro. Desse modo, a Buscapé Company se torna sócia dos empreendedores. Pontos-chave para a Construção de um Bom Plano de Negócios Transparecer a idoneidade do projeto e a competência gerencial envolvida. Esse ponto- chave envolve: Parceria com instituições conhecidas Sistemas de acompanhamento e auditoria estabelecidos Preocupação com o impacto socioambiental Clara liderança do projeto Equipe de funcionários capacitada e comprometida. Deixar claro o valor do projeto, mensurável preferencialmente. Esse ponto-chave envolve: Produto ou serviço competitivo no mercado ou na área de atuação Ideia inovadora para colaborar com a sustentabilidade do projeto Ideias que gerem um impacto relevante na comunidade. Abordagem e apresentação das conclusões bem elaboradas e apoiadas em fatos. Esse ponto-chave envolve: Projeções e demais estimativas convincentes, baseadas em pressupostos consistentes Plano de implantação transparente e bem-delineado, apresentando atividades, datas e responsáveis com clareza Cenários e projeções que expressem os riscos e pressupostos associados a cada cenário Conclusões que evoluem conforme as análises são desenvolvidas. Documento bem-estruturado, claro, objetivo e convincente. Esse ponto-chave envolve: Sumário executivo com as principais conclusões e os fatos relevantes que as suportam apresentados de forma resumida Principais desafios abordados com transparência e acompanhados de possíveis soluções Conclusões concisas e apresentadas em ordem de importância Informações detalhadas e encontradas facilmente Redação final uniforme e profissional Visual do documento atraente, com cabeçalhos claros e consistentes, e gráficos eficazes Fotos e ilustrações que facilitem a compreensão. Essência do Negócio Informações Concretas Devemo-nos lembrar de que as informações são a matéria-prima de qualquer plano de negócios. Desse modo, precisamos aprofundar o conhecimento sobre tudo o que for pertinente a nosso setor de atuação. Para tal, devemos usar o senso crítico, agindo sempre com o apoio de informações concretas, que proporcionem as melhores decisões. Responsabilidade empresarial e impacto socioambiental A responsabilidade socioambiental, nas organizações, presume a gestão do relacionamento entre a instituição e todos os públicos com que ela interage de forma ética e transparente. A atuação da empresa deve considerar o desenvolvimento sustentável da sociedade, preservando recursos ambientais e culturais, respeitando a diversidade e promovendo a redução das desigualdades sociais. Segundo o Relatório de Brundtland, criado pela Comissão Mundial sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento em 1987, o desenvolvimento sustentável é aquele que “satisfaz as necessidades do presente sem comprometer a capacidade das futuras gerações satisfazerem suas próprias necessidades.” Objetivo e Público-alvo do Plano de Negócios 1º – Refinar as estratégias, examinando sua viabilidade e recorrendo a diferentes enfoques, como o mercadológico, o financeiro e o operacional. Tal objetivo diz respeito ao desenvolvimento das ideias que nortearão o empreendimento. 2º – Fornecer subsídios para avaliar o desempenho desejado ao longo do tempo. Com isso, é possível estabelecer cenários, projeções e correções quando necessárias. 3º – Apontar caminhos para levantar o capital necessário e servir de instrumento para negociar com financiadores ou investidores potenciais. Documento Confidencial O plano de negócios é um documento confidencial e, como tal, deve ser distribuído e divulgado somente aos verdadeiros interessados. Atenção! Ao determinar quem terá acesso ao plano de negócios, os empreendedores devem ter algumas preocupações. Por exemplo, pode-se recorrer à assinatura de um termo de confidencialidade por parte de determinados destinatários. Desse modo, é possível minimizar as chances de uso indevido das informações contidas no documento. Exemplos de Público-alvo Público interno: para comunicação da equipe gerencial com o conselho de administração e com os funcionários. Parceiros: para definição de estratégias e formas de interação entre as partes. Fornecedores: para negociação de aquisições, termos e formas de pagamentos. Sócios: para esclarecimento, convencimento e formalização do projeto. Fontes de recursos e instituições financeiras: para negociar crédito e financiamentos. Em caso de novos empreendimentos, investidores-anjo e mantenedores de incubadoras de negócios: para a negociação de crédito e formas de apoio. Incubadoras de negócios ou de empresas são programas e instituições que apoiam a criação ou o desenvolvimento de empreendimentos novos. Desse modo, prestam assessoria em várias áreas de interesse e estimulando o empreendedorismo. Como exemplo, podemos citar o poder público, SEBRAE, universidades, associações e outras instituições. Incubadora Com relação às incubadoras, a vice-presidente da Associação Nacional das Entidades Promotoras de Empreendimentos Inovadores (Anprotec), Francilene Procópio Garcia, afirma: "a missão central é apoiar o nascimento e o fortalecimento de negócios inovadores." Por exemplo, ao longo deste curso, se você descobrir que será um empreendedor no oferecimento de soluções para dispositivos móveis, pode encontrar a ajuda necessária para o sucesso de sua empresa nas incubadoras. Quatro Dimensões Macro de um Empreendimento De modo geral, todo plano de negócios deve percorrer quatro dimensões macro de um empreendimento. Clique nos números e veja quais são elas: Planejamento estratégico Planejamento de marketing Planejamento operacional Planejamento financeiro Etapas do Plano de Negócios Um plano de negócios para a criação de uma empresa é composto de cinco etapas. Todas essas etapas apresentadas devem ser observadas e elaboradas com cuidado, independentemente de sua ordem. O importante é que elas reflitam a viabilidade do negócio. 1. Sumário executivo - É a conclusão. Deve ser produzido por último, uma vez que traz a conclusão das informações pesquisadas e analisadas 2. Descrição do empreendimento - 2.1. A definição do empreendimento2.2. A busca e seleção das oportunidades/inovações2.3. Estrutura legal 3. Aspectos operacionais - 3.1. Localização da empresa3.2. Instalações e tecnologia3.3. Equipamentos, máquinas, mobiliário, material de consumo, serviços técnicos, outros3.4. Colaboradores e parceiros3.5. Processo de produção 4. Plano de marketing e vendas - 4.1. Estudo de mercado4.2. Estratégias de marketing 5. Plano financeiro - 5.1. Investimento inicial5.3. Estimativa de capital de giro5.2. Análise econômica financeira5.4. Projeção de fluxo de caixa5.5. Ponto de equilíbrio EXERCICIOS Você e seu amigo desejam abrir um negócio na área de informática e resolveram estudar um pouco mais sobre empreendedorismo e Plano de Negócio. Marque V para verdadeiro e F para falso em relação aos pontos-chave de um Plano de Negócio. F Visual do documento atraente e redação final uniforme e profissional. VClareza do valor do projeto e de seu impacto relevante à comunidade. V Comprovação de experiência na área e transparência da competência gerencial. F Conclusões (bem elaboradas e apoiadas em fatos) que evoluem conforme as análises são desenvolvidas. V Empreender em uma área que você conhece é mais fácil do que arriscar em algo totalmente desconhecido, pois exigirá mais trabalho de pesquisa, observação e investigação. Para desenvolver um Plano de Negócio, o empreendedor não necessita, obrigatoriamente, de experiência na área em que deseja empreender. Um bom Plano de Negócio possui pontos-chave, como deixar claro o valor do projeto e seu impacto à comunidade, permitindo encontrar um investidor que possa alavancar o seu negócio. Outro aspecto é quanto às projeções e demais estimativas convincentes, baseadas em pressupostos consistentes que exibem conclusões, conforme a evolução das ideias a serem apresentadas no plano, que deve ser claro, coeso e inteligível, a fim de ser um documento atraente aos possíveis investidores e partes interessadas. Para abrir sua empresa de consultoria em TI, você resolveu criar um Plano de Negócio. Marque V para verdadeiro e F para falso em relação aos elementos que fazem parte do público-alvo. F Sócios. V Investidores. V Concorrentes. F Fornecedores. V Concorrentes não são o público-alvo de seu Plano de Negócio, que é um documento confidencial e, como tal, deve ser distribuído e divulgado somente aos verdadeiros interessados: Fornecedores - com objetivo de obter crédito e melhores condições de pagamento para aquisição dos recursos necessários para o desenvolvimento da empresa; Sócios - mesmo que seja somente um sócio, com o objetivo de avaliar a situação da empresa e verificar se está tudo ocorrendo dentro das metas estabelecidas ou se algo está fora do planejado; Investidores (ou possíveis investidores) - para conseguir investimentos mostrando qual retorno poderão esperar. Mapa de Modelo de Negócios (Canvas) Neste tópico, vamos conhecer o mapa de modelo de negócios (Canvas) e sua importância para uma ação empreendedora. Conteúdos: Mapa de modelo de negócios Canvas. Ao finalizar este tópico, você será capaz de: Compreender a importância de se realizar o mapa de negócios – modelo-padrão Canvas. Agora que já conhecemos o Plano de Negócios, vamos apresentar outra ferramenta que é bastante usada no planejamento e no gerenciamento de empreendimentos: o mapa de modelo de negócio. De forma breve, o mapa de modelo de negócio consiste na criação de um esquema que funciona como um resumo do plano de negócios. Como esse modelo é menos formal, mais sintético e visual, há pesquisadores que defendem que é uma ferramenta mais dinâmica e apropriada para ser utilizada no dia a dia das empresas. Canvas O mapa de modelo de negócio – também chamado de Canvas – resume os aspectos fundamentais de um negócio em um único quadro composto de nove quadrantes. A proposta e o desafio desse método inovador é colocar as informações mais importantes de um projeto ou negócio em uma única folha de papel. A principal função do mapa de modelo de negócio é desenhar o plano de negócios. A partir desse desenho, construímos uma estrutura que demonstra como o empreendimento irá funcionar e apontar, algumas vezes, inconsistências. Já sabemos que o modelo de negócios é a representação visual de como entregar valor ao cliente. Se você tem certeza de que o empreendimento é viável, o mapa do modelo de negócios já lhe deve mostrar isso em sua primeira versão. Agora, é hora de transformar. A transformação ocorre quando assumimos uma postura e atuamos como empreendedores, seja por meio de novos negócios ou focados em nosso trabalho diário. Empreender e inovar depende, essencialmente, de nós mesmos! Empreendedor Como você deve ter observado, o empreendedor é um agente de mudanças. Aparentemente, ele é uma pessoa comum. No entanto, tem um diferencial: vontade e determinação em realizar e concretizar seus sonhos, além de possuir comportamento e atitudes que contribuem para seu sucesso. Pense em suas atitudes. Sua atuação de hoje determinará a configuração futura de sua carreira. Para mudar ideias, são necessários muito esforço, muita boa vontade e muita compreensão. Mas, no final, tudo vale a pena, pois a inovação agrega valor. A inovação depende de empreendedores, e as melhores oportunidades pertencem ao profissional empreendedor! EXERCICIOS Você e seu amigo estão entusiasmados para montar uma empresa de informática e decidiram estudar sobre o mapa de modelo de negócio Canvas, que é uma ferramenta dinâmica e apropriada para ser utilizada no dia a dia das empresas. Com relação ao modelo Canvas, marque V para as informações verdadeiras e F para as falsas. F O primeiro quadrante deve ser preenchido com os principais concorrentes do nosso empreendimento. F O modelo de negócios Canvas pode substituir, perfeitamente, o plano de negócios, uma vez que é menos formal e mais sintético. F A partir dos nove quadrantes, é possível construir uma estrutura que demonstra como o empreendimento irá funcionar. V No Canvas, os empresários iniciantes podem colocar suas ideias no papel, e empresários podem inovar e melhorar seus processos. V O modelo de negócios Canvas utiliza recursos visuais e menos formais, e ajuda o empreendedor após o desenvolvimento do seu plano de negócio, mas não o substitui. É composto de nove quadrantes que, após preenchidos, irão demonstrar como o empreendimento irá funcionar, podendo apontar, algumas vezes, inconsistências no negócio. No primeiro quadrante, colocamos o segmento de clientes, o mais importante que a empresa irá atender. Após preencher completamente o Canvas, os empresários iniciantes podem colocar suas ideias no papel, e empresários podem inovar e melhorar seus processos a fim de aumentar as vendas, reduzir custos e obter margens melhores. Você e seu sócio em uma empresa de consultoria de TI, após estudarem o método Canvas, resolveram preencher os nove quadrantes. Relacione cada uma das definições a seguir a seu respectivo termo, numerando a segunda coluna de acordo com a primeira. Termos ( 1 ) Canais ( 2 ) Proposta de valor ( 3 ) Recursos principais ( 4 ) Segmento de clientes Definições 4 Trata-se dos diferentes grupos de pessoas ou empresas que se pretende atender. 1 São utilizados para o cliente efetuar a compra e receber assistência. 2 Estabelece os recursos críticos para o funcionamento adequado da empresa. 3 São os produtos e serviços que geram benefícios aos segmentos de clientes. - Segmento de clientes é o público-alvo dos produtos e serviços que a empresa oferece. Recursos principais são os recursos mínimos de que a empresa necessita para iniciar suas atividades ou para mantê-la funcionando. Proposta de valor é a visão geral dos produtos e serviços que, juntos, representam valor para um segmento de clientes específico. Além disso, descreve a forma como a empresa se diferencia dos concorrentes e é a razão pela qual os clientes compram de uma empresa, e não de outra. Canais são os meios pelos quais a empresa fornece produtos e serviços aos clientes, como a internet ou uma loja física. Isso inclui a estratégia de marketing e de distribuição da empresa. O plano de negócios é um documento que especifica, formalmente, um negócio que se quer iniciar ou que já está iniciado. Nele estão contidas as estratégias operacionais para: inserção no mercado; minimização de riscos identificados; estabelecimento de vantagenscompetitivas; obtenção de empréstimos e financiamentos junto a instituições financeiras ou investidores. O plano de negócios também auxilia os empreendedores a analisarem o negócio com previsibilidade e de forma sustentável. O plano de negócios é a oportunidade de o empreendedor enxergar se o negócio dele é viável e se poderá ser sustentável. Além disso, em um momento crítico, por exemplo, poderá guiar o empreendedor em direção ao sucesso, com planos e estratégias bem alinhados ao negócio, e aos pontos de mercado, do financeiro e do operacional. Cometer erros no papel é melhor do que na vida real. Como vimos, um bom plano de negócios ajuda você a entender mais profundamente seu modelo de negócio e como irá atuar no mercado que escolheu. Assim fica mais fácil conseguir investidores para abrir ou alavancar o negócio de forma sustentável e duradoura. O plano de negócios é um documento que irá servir como base para o desenvolvimento de um projeto ou empreendimento. Desse modo, os dados contidos nele não devem ser fictícios ou falsos, tentando criar um ambiente favorável e lucrativo, pois assim você, certamente, terá dificuldades em seu negócio e poderá sofrer consequências legais, por falsificação de documentos com objetivo de obter vantagens financeiras. Além disso, o investidor irá perceber essa tentativa muito antes do que você imagina. Qualquer negócio é um sistema, pois é constituído de várias partes ou funções, e necessita de todas elas para ser bem-sucedido. Um modelo é uma descrição de um sistema, com textos ou desenhos, por exemplo. O Canvas é um quadro que permite que a ideia sobre o negócio seja compreendida por quem o lê da forma como pretendia o dono do modelo. Desenhar o modelo de negócios antecede a elaboração do plano de negócios. O Canvas descreve a lógica de criação do negócio, mostrando que o raciocínio e a interconexão das partes fazem sentido, enquanto o plano de negócios descreve a forma como o negócio é construído, com etapas, prazos, planilhas de custos, receitas etc. Se o modelo de negócios for alterado, o plano de negócios deverá ser alterado também, mantendo-se as duas ferramentas vivas e conectadas. O quadro permite que qualquer pessoa possa entender o tipo de negócio. Por meio de sua forma visual, também é possível identificar possíveis inconsistências que não iríamos perceber em um longo texto descritivo. A Proposta de Valor trata a razão pela qual o cliente escolheu comprar no seu estabelecimento, seja porque ele desejava um produto novo ou pelo status de possuir um produto daquela determinada marca. A cocriação é um tipo de relacionamento que o cliente adquire pelo seu negócio – por exemplo, a possibilidade de ele criar o próprio desenho de uma roupa. Já o mercado de nicho é um tipo de segmento que visa atender clientes especializados, como lojas de materiais esportivos.
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