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Tectônica de Placas e Deriva Continental

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Professor Gustavo Simão
Universidade do Extremo Sul Catarinense
UNESC
UNACET
Engenharia Civil
Geologia Geral
Aula 03
TECTÔNICA DE PLACAS E DERIVA 
CONTINENTAL
A Anatomia da terra
Deriva Continental 
Tectônica de Placas
A ANATOMIA DA TERRA
A ANATOMIA DA TERRA
DERIVA CONTINENTAL
DERIVA CONTINENTAL
O conceito de deriva continental -
movimentos de grande proporção sobre o
globo - existe há muito tempo.
No final do século XVI e no século XVII,
cientistas europeus notaram o encaixe
do quebra-cabeça das linhas costeiras
em ambos os lados do Atlântico, como se
as Américas, a Europa e África tivessem
estado juntas em uma determinada
época e, depois, se afastado por deriva.
• A teoria da Deriva Continental propriamente dita
remonta ao início do século XX, tendo surgido a partir
de ideias pouco visionárias e pouco convencionais do
alemão Alfred Wegener;
DERIVA CONTINENTAL
• Em 1596, o cartógrafo Abraham Ortelius sugeriu que as
Américas foram afastadas da Europa e África por terremotos
e inundações.
DERIVA CONTINENTAL
DERIVA CONTINENTAL
Ao final do século XIX, o geólogo austríaco Eduard Suess
encaixou algumas das peças do quebra cabeça e postulou
que o conjunto dos continentes meridionais atuais
formara, certa vez, um único continente gigante,
chamado Terra de Gondwana (ou Gondwana).
DERIVA CONTINENTAL
Em 1915, Alfred Wegener, um
meteorologista alemão, escreveu um livro
sobre a fragmentação e deriva dos
continentes.
Nele, apresentou as similaridades
marcantes entre as rochas, as estruturas
geológicas e os fósseis dos lados opostos
do Atlântico.
“Nasce uma ideia revolucionária”
No entanto, Wegener não foi o primeiro a fazer esta
sugestão (precederam-no Francis Bacon, Benjamin
Franklin e Antonio Snider-Pellegrini), mas sim o
primeiro a reunir significativas evidências fósseis,
paleo-topográficas e climatológicas que
sustentavam esta simples observação.
DERIVA CONTINENTAL
Alexander Du Toit, professor de geologia
(Universidade de Johannesburg, África do Sul),
refinou a hipótese de Wegener: propôs que a Pangea
teria se fragmentado, inicialmente, em duas
grandes massas continentais: uma no hemisfério
norte, o super continente Laurásia (América do
Norte, Groenlândia e Ásia) e outra no hemisfério
sul, Gondwana (América do Sul, África, Austrália e
Antártica, além de Nova Zelândia, Madagascar e
Índia).
“Nasce uma ideia revolucionária”
DERIVA CONTINENTAL
“Nasce uma ideia revolucionária”
DERIVA CONTINENTAL
DERIVA CONTINENTAL
• A fragmentação do Pangea ocorreu no início da Era Mesozóica.
DERIVA CONTINENTAL
• Atualmente, temos uma configuração continental que permanece
em deriva.
DERIVA CONTINENTAL
• Posição dos continentes daqui a 250 milhões de anos.
DERIVA CONTINENTAL
COMO SABEMOS ????
Dentre as evidências de Wegener, as mais
impressionantes eram os registros fósseis (flora
Glossopteris e do réptil aquático Mesosaurus ~ 250
milhões de anos no período Permiano).
INDÍCIOS PALEONTOLÓGICOS
AFLORAMENTO DO BAINHA
O afloramento Bainha destaca-se por ser a mais
típica e diversificada associação pós-glacial da
"Flora Glossopteris" e permite uma extensa
correlação entre os depósitos carboníferos do sul do
Brasil e aqueles registrados na Argentina, África do
Sul, Índia, Austrália e Antártica.
DERIVA CONTINENTAL
Em 1947 uma equipa de cientistas liderada
por Maurice Ewing a bordo do navio de pesquisa
oceanográfica Atlantis da Woods Hole Oceanographic
Institution, confirmou a existência de uma elevação
no Oceano Atlântico central e descobriu que o fundo
marinho por baixo da camada de sedimentos era
constituído por basalto.
As evidências convincentes começaram a emergir como
um resultado da intensa exploração do fundo oceânico
ocorrida após a Segunda Guerra Mundial.
DERIVA CONTINENTAL
O mapeamento da Dorsal Mesoatlântica
submarina e a descoberta do vale
profundo na forma de fenda, ou rifte,4
estendendo-se ao longo de seu centro,
despertaram muitas especulações.
Os geólogos descobriram que quase todos
os terremotos no Oceano Atlântico
ocorreram próximos a esse vale em rifte.
DERIVA CONTINENTAL
DERIVA CONTINENTAL
O campo magnético da Terra é revertido em intervalos que variam 
entre dezenas de milhares de anos a alguns milhões de anos, com um 
intervalo médio de aproximadamente 250.000 anos.
Transferência de Calor na Terra
ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
Mecanismos geradores de magmas
Transferência de Calor na Terra
Convecção: movimento de material causado por
distintas temperaturas, gerando anomalias térmicas
pela ascensão de magma proveniente do manto.
ESTRUTURA INTERNA DA TERRA
Convecção do manto e zonas
de geração de magmas
ENERGIA INTERNA DA TERRA
• Responsável pelos processos tectônicos –
deformam a superfície do planeta
• Origem do calor:
•25 a 75% da Energia liberada quando a
Terra se formou
•Restante produzida pelo decaimento
radioativo dos elementos
TECTÔNICA DE PLACAS
PLACAS TECTÔNICAS
• A Teoria da Tectônica de Placas é a teoria geológica “mais” aceita
até hoje para explicar a Deriva Continental;
• A crosta terrestre é composta de crosta continental (composição
granítica) e crosta oceânica (composição basáltica);
• As placas fragmentam em função da pressão interna da Terra é
maior que a externa;
•A instabilidade das correntes convectivas que ocorrem no manto
superior influenciam na estabilidade das placas;
• As placas ao se deslocarem provocam instabilidades tectônicas,
representadas, principalmente, por vulcanismo e terremotos.
PLACAS TECTÔNICAS
Áreas de instabilidade → terremotos → zonas de contato entre placas
PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
• É nos limites entre placas que se encontra a mais intensa atividade
geológica do planeta: vulcões ativos, falhas e abalos sísmicos,
soerguimento de cadeias montanhosas e formação e destruição de
placas e crosta;
• Há três tipos distintos de movimentos:
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES CONVERGENTES
• Ocorrem onde as placas litosféricas colidem
frontalmente, com consequências que dependerão das
diferenças entre as placas;
• Geralmente a placa de maior densidade mergulha sob a
outra, entra em fusão parcial em grande profundidade, gera
grande volume de magma e lava (exemplo: placa de Nazca e
placa Sul-americana - Andes);
• Quando placas de densidade semelhante colidem, o
processo pode ser mais complexo, envolvendo deformações
(exemplo: placas Índico-australiana e da Eurásia - Himalaias).
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES CONVERGENTES
CROSTA OCEÂNICA – CROSTA CONTINENTAL (CO – CC)
• Formação zona de subducção (consumo de placas – placa
oceânica mergulha sob a continental) → Formação de cadeias
montanhosas litorâneas→ Exemplo: placas de Nazca e placa
Sul-americana (Andes).
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES CONVERGENTES – GERAÇÃO DE
ROCHAS
LIMITES CONVERGENTES
CROSTA OCEÂNICA – CROSTA OCEÂNICA (CO – CO)
• Formação de zona de subducção (consumo de placas
oceânicas) → Formação de arcos de ilhas, cuja origem se
dá a partir do vulcanismo→ Exemplo: arcos de ilhas do
Japão
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES CONVERGENTES
CROSTA CONTINENTAL – CROSTA CONTINENTAL (CC – CC)
• Formação de zona de subducção (consumo de placas –
entrada do material da litosfera para o manto) → Formação
de cadeias montanhosas continentais → Exemplo: placas
Índico-australianae da Eurásia (Himalaia)
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES CONVERGENTES – GERAÇÃO DE
ROCHAS
LIMITES CONVERGENTES – GERAÇÃO DE ROCHAS
LIMITES DIVERGENTES
• Caracteriza-se pelo movimento de separação entre as
placas;
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
•Ocorrem nas cadeias meso oceânicas
onde tensões tradicionais afastam uma
placa litosférica da outra,
predominantemente por falhamento
normal, com intrusão do magma
derivado da astenosfera entre elas, que
se transforma em nova crosta oceânica.
Dorsais Oceânicas
• Dorsais oceânicas: grandes cadeias de montanhas submersas no
oceano, que se originam do afastamento de duas placas tectônicas
continentais (limite divergente). As principais dorsais oceânicas são:
(1) Dorsal do Atlântico e (2) Dorsal do Pacífico.
2
1
Dorsais Oceânicas
Rift Valley
Riftes: é a designação dada às zonas do globo onde a crosta
terrestre sofre uma fratura acompanhada por um afastamento da
superfície terrestre em direções opostas (início do Ciclo de Wilson).
Rift Valley
Rift Valley
Rifte continental com 
magmatismo
associado
LIMITES CONSERVATIVOS (TRANSFORMANTES)
• Pode ser denominado como falha transformante ou falha
transcorrente;
• Marcam o contato entre placas de densidades
semelhantes que colidem obliquamente de modo que elas
deslizam lateralmente entre si ao longo de falhas, sem
destruição de placas ou geração de crosta.
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES TRANSFORMANTES
• Baixa atividade magmática – não ocorre destruição de placas
nem geração de crosta
• Consequência: instabilidades tectônicas
• Exemplo: Falha de San Andreas
LIMITES ENTRE AS PLACAS TECTÔNICAS
LIMITES 
TRANSFORMANTES
Hot Spots
• Sítios anomalamente aquecidos, de origem muito profunda
(plumas mantélicas) que trazem calor do manto e produzem
fusão parcial localizada, gerando crosta. Exemplo: ilhas do
Hawaii - Pacífico
Hot Spots
Hot Spots
SÍTIOS FORMADORES DE MAGMA
SINTESE
Margens de placas
Construtivas
Destrutivas
 Ilhas oceânicas
Assoalho
Hot Spot
Continental
 Cordilheiras
 Rift
SINTESE
Dica: 
Documentário Uma Viagem no Centro da Terra
https://www.youtube.com/watch?v=D4ha1kVtXGM
OBRIGADO
 Prof. Msc. Geólogo Gustavo Simão
 gustavosimao@unesc.net

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