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NULIDADES; processo penal

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NULIDADES
1. Definições:
- Primeira definição: nulidade é a sanção aplicada ao ato processual praticado em desconformidade com a regra.
- Segunda definição: nulidade é a própria desconformidade do ato em relação a regra que pode gerar a ineficácia do ato.
	Na primeira o ato só é nulo quando o juiz declarar a nulidade, mesmo praticado em desconformidade com a regra. E daí será imediatamente eficaz. 
	Já na segunda: o ato é nulo desde o momento que foi praticado, mas pode ser que ele receba sanção de ineficácia.
	Processo penal: sentença penal condenatório anulada não produz efeitos? Produz. Não é ineficaz totalmente ao ato, produz o efeito: reformatio em pejus. Impede que a nova sentença condenatória piore a situação do acusado.
	Então, para o processo penal a definição mais adequada é a segunda: nulidade PODE gerar efeitos. 
CONTINUAÇÃO NULIDADES
19/08/13
1. Doutrina
- Atos inexistentes: o ato não chega a ser praticado, inexistência jurídica: falta um elemento essencial na relação. Não se convalida. Ex: citou parte errada.
- Atos nulos: nulidade absoluta e relativa
* Absoluta: Violou regra e essa regra tutela interesse público. Nesse caso, a nulidade deve ser declarada de ofício, não se convalida. É um vício grave. Ex: ato praticado por juiz incompetente.
* Relativa: a regra violada é um regra que tutela interesse, principalmente, privado. Necessariamente deve ser arguida pelas partes. E se não for arguida em tempo oportuno, ocorre a preclusão. Se convalida. Ex: ato praticado por juiz territorialmente incompetente.
- Irregularidade: é um vício menor. Essa desconformidade com a regra não é grave, o ato produz os seus efeitos.
	Nosso CPC não trata sobre inexistência. É trabalhado apenas doutrinariamente. A nulidade absoluta e relativa: todas as regras de direito processual penal tratam de interesse público. Então, em princípio, no processo penal, não haveria nulidades relativas.Então essa estrutura não funciona muito bem. E as irregularidadades: quando MP deixa de assinar é irregularidade, se na ação penal privada não assinar extingue a punibilidade.
2. Doutrina mais adequada com as peculiaridades do CPP
ENTÃO MAIS CORRRETO, com definições diversas:
- Inexistência:
	Mesma ideia. Pode ocorrer inexistência fática e inexistência jurídica. Inexistência jurídica: citar pessoa errada. E também não convalida.
- Nulidade absoluta
	Existe quando o ato for praticado em desconformidade com a regra e falta a ele um requisito que não é essencial. É um vício grave, mas o ato foi praticado de uma forma que tem os requisitos mínimos. Deve ser declarada de ofício pelo juiz, podendo ser arguida pelas partes. 
E para que o ato seja declarado nulo, não é necessário comprovar o prejuízo. Esse prejuízo é presumido. Ex: violação da ampla defesa.
Em princípio não há forma de sanar este ato. 
Não se opera a preclusão. Pode ser alegada a qualquer tempo.
Em princípio, não se convalidaria com a coisa julgada.
Ex: juiz sentencia sem as alegações finais – viola a ampla defesa. 
Ex 2: ato praticado por juiz materialmente incompetente. O sujeito tem prerrogativa de função e tinha de ser julgado pelo TJ. Mas foi processado na justiça comum e o juiz sentenciou: absolve o sujeito. Ninguém recorreu e transitou em julgado. O que fazer? Em princípio não tem como desconstituir a coisa julgada. Se a sentença absolve não tem como atacar, se fosse condenatório a sentença até teria.
A nulidade absoluta não se convalida, SALVO quando se tem sentença absolutória transitada em julgado.
- Nulidade relativa
	O ato é praticado em desconformidade com a regra, falta a ele requisito que não é essencial. 
O CPP prevê saneamento, diz como consertar.
Deve ser arguida pela parte.
Em princípio, está sujeita a preclusão: se não for arguida em tempo oportuno.
E a convalidação pela coisa julgada.
PROBLEMA: em princípio todas as nulidades a parte tem que provar o prejuízo. Em princípio todas as nulidades que favorece o acusado podem ser declaradas a qualquer tempo. Não há um impedimento.
É relativa, mas nem tanto. Porque tudo acaba sendo violação em matéria de direito constitucional, acaba tudo sendo nulidade absoluta, podendo ser arguida a qualquer tempo.
- Irregularidade 
	Algo menor, que pode ser arrumado. Ex: juiz publica errado a sentença, tira do sistema, assina e coloca lá de novo. Acusação do MP sem assinatura é mera irregularidade. Acusação da vítima sem assinatura é causa de extinção da punibilidade.
3. Definições pelo CPP
	Trabalha com duas espécies de vícios processuais:
- Nulidade absoluta
	Vício em que o CPP não prevê saneamento, para sanar o vício.
- Nulidade relativa
	CPP prevê expressamente saneamento.
4. Princípios que regem as nulidades no CPP:
4.1. Princípio de que não há nulidade sem texto
	“pas de nullite sans texte”
	Em princípio, no regime francês, não havia rol de vícios para as nulidades. Então o juiz que declarava as nulidades. Intuito evidente de beneficiar os nobres. Juiz tinha todo poder para dizer se os atos eram ou não nulos, baseados em sua subjetividade.
	Após revolução francesa, leis do revolucionários franceses cortavam privilégios da nobreza. E essa legislação revolucionária também limitou as atribuições dos juízes. Inclusive enquanto as nulidades. Para declarar a nulidade ela tem de estar prevista em lei.
	E daí vem esse princípio: para declarar nulidade é preciso previsão na lei.
	E no CPP há um rol de nulidades, art. 564. 
4.2. Princípio de que não há nulidade sem prejuízo
	“pas de nullité sans grief”
	Os dois princípios convivem. 
	Este princípio está previsto no art. 563 do CPP.
4.3. Princípio da irrelevância do ato
	Previsto no artigo 566 do CPP.
	Estabelece que só será declarado nulo o ato processual que influenciar diretamente na descoberta da verdade dos fatos. E o juiz que decide isso, então esse princípio dá muito poder ao juiz.
4.4. Princípio do interesse
	Previsto no artigo 565 do CPP.
	Estabelece que a nulidade só poderá ser arguida pela parte que tiver interesse na sua declaração. Ou seja, a que for beneficiada pela declaração. 
	Isso acaba relativizado no processo penal, porque o MP pode arguir qualquer nulidade, a qualquer tempo em favor do acusado: porque ele custos legis. 
	Além disso, o Tribunal pode declarar nulidade a qualquer momento. Inclusive há Súmula 160 do STF que permite, inclusive, que quando o Tribunal vai julgar recurso exclusivo da acusação, neste julgamento é possível ao Tribunal reconhecer nulidade em favor do acusado. O acusado nem recorreu, a princípio não teria interesse. Mas não importa, o Tribunal pode declarar de ofício. 
	Então, o MP pode arguir nulidades em favor do acusado a qualquer tempo. E o Tribunal pode reconhecer nulidade a qualquer tempo.
CRÍTICA – AURY LOPES JUNIOR:
	É absurdo que o acusado tenha provar prejuízo de uma nulidade ao seu favor. O processo penal deve ser visto como um instrumento de garantia do acusado. Não deve ser visto como a punição do acusado. É um instrumento que visa limitar o poder Estatal na acusação do acusado. O processo busca efetivar as garantias do acusado. Assim, qualquer ato praticado em desconformidade com a regra, vai estar violando as garantias constitucionais. Vai violar a ampla defesa, vai violar o contraditório. Então, todas as nulidades seriam absolutas e o prejuízo seria presumido.
	Na verdade, se fosse levar ao pé da letra, como o processo é instrumento de garantia do acusado, o juiz teria que provar que não teve prejuízo do acusado se quiser manter o ato. E não o acusado.
	E como tratar as nulidades? Aury Lopes Junior diz: existem vícios ou atos processuais viciados sanáveis ou insanáveis. Os sanáveis seriam os vícios em que ocorreu a violação de uma regra constitucional, mas se o ato puder praticado novamente ele vai efetivar a garantia constitucional violada. Então, quando existe a possibilidade de praticar o ato novamente, de modo a concretizar a garantia constitucional violada: o vício é sanável. Mas se a repetição do ato não concretizar a garantiaconstitucional violada: o ato é insanável. E se for insanável tem de anular todos os atos que ocorreram depois. Não tem como arrumar.
	Ex: juiz deixa de abrir espaço prazo para as alegações finais e sentencia: isso é impossível. A sentença já está lá. Tem de fazer tudo de novo. É vício insanável.
	Ex 2: audiência de instrução, no momento de ouvir a testemunha, deixou de tomar o compromisso dela. É só voltar e praticar o ato como tem de ser praticado. É possível sanar. É vício sanável.
25/08/14
Nulidades específicas do CPP
(+ comecinho da aula)
1. Art. 564, I
	Art 567: dá o saneamento dee acordo com a jurisprudência; se a incompetêntencia diz respeito a nulidade absoluta não é sanável, prejuízo presumido
- Incompetência prevista na CF: (pegar comecinho)
caso de nulidade absoluta, prejuízo é presumido, Anula tudo. 
- Incompetência material não prevista na CF: é caso de nulidade absoluta, prejuízo é presumido. Anula-se somente os atos decisórios.
- Incompetência territorial: a nulidade é relativa, a parte tem que provar o prejuízo. Se for anulado, só atos decisórios.
- Nulidade por suspeição: anula-se só atos decisórios.
2. Art. 564, II
Caso de nulidade absoluta, era caso de ação penal privada e o MP ofereceu denúncia. É ilegitimidade de parte.
	Ilegitimidade de parte não se confunde com ilegitimidade do representante da parte. Art. 568 diz que a ilegitimidade do representante pode ser sanada. EX: vítima é menor, queixa deve ser feita o representante legal e quem ofereceu a queixa não é representante legal. Para sanar isso o representante legal ratifica os atos.
3. Art. 564, III
	Haverá nulidade quando faltar denuncia ou queixa e representação nos casos de ação penal condicionada.
	Alínea “a” nesse inciso foi revogada, nos casos de contravenção o MP faz denuncia, não tem mais portaria do delegado.
	Art. 569: é possível sanar até a sentença.
	Se falta requisito essencial antes da sentença, é possível mudar. Mas se isso for descoberto na fase recurso = nulidade absoluta.
Alínea “b”:
- Ausência de exame de corpo de delito: é o exame pericial dos vestígios deixados pelo crime. É a exigência para se provar a materialidade do crime. CPP diz que se não for feito é causa de nulidade absoluta. Para a Prof isso não procede: MP só poderia oferecer denúncia com corpo delito, sem corpo de delito deveria arquivar; se o fez sem o corpo delito o juiz não rejeita a peça acusatória; se o juiz aceitou ao final do processo se não está provada a materialidade o juiz deve absolver o acusado.
	Exame de corpo de delito é obrigatório, salvo: crimes de tóxicos, lei maria da penha e Juizado.
Alínea “c”:
	Haverá nulidade se não houver nomeação de defensor. Quase impossível o processo começar sem defensor. 
	Casos em que o defensor perde prazo: o juiz não pode tirar o defensor de oficio e nomear outro. Tem que consultar a parte, sob pena de nulidade absoluta.
CURADOR AO ACUSADO MENOR DE 21 ANOS: a partir do CC entenderam por vias tortas que o acusado menor de 21 não precisa de curador, pq ele tem capacidade processual a partir dos 18 anos. Não se exige mais o curador. 
Alínea “d”:
Se o crime é de ação penal pública, a intervenção do MP é obrigatório, sob pena de nulidade absoluta. PORÉM, o CPP prevê saneamento: nos casos de ação penal privada subsidiada da pública é caso de NULIDADE RELATIVA - Art. 572.
De acordo com a CF o MP é custos legis, tem de intervir em todos os ato. Então, de acordo com CF nulidade absoluta.
Alínea “e”:
	Se faltar a citação do acusado = nulidade absoluta. Porém, art. 570, a falta ou nulidade da citação/intimação/notificação estará sanada desde o interessado apareça. Ex: falta requisito da intimação, mas se for aparecido resposta à isso, é sanado. Isso porque o ato cumpriu a sua finalidade.
	Ausência de interrogatório é nulidade absoluta. É quase impossível disso ocorrer. Se o acusado fugiu, o juiz irá continuar o processo. Mas o caso dessa nulidade é o juiz não abrir espaço para o interrogatório.
	Ausência de concessão dos prazos para a acusação e defesa. Ex: juiz deixa de abrir espaço para alegações finais é nulidade relativa para o CPP, mas para a CF é nulidade absoluta. É preciso diferenciar: CPP é nulidade relativa, CF nulidade absoluta por prever a ampla defesa.
Alínea “f”:
Não existe mais libelo do júri. Isso foi revogado. É pacífico. O que vale é: haverá nulidade quando faltar decisão de pronúncia: é aquela decisão que envia o caso ao Tribunal do Júri: o juiz entende que há os elementos necessários para mandar o caso para o Tribunal do Júri. Essa decisão é necessária para chegar ao Júri. Pode acontecer pronúncia falha: esquece uma qualificadora. AS qualificadoras tem de estar expressas, se não estiver É COMO SE ELA NÃO EXISTISSE E DAÍ É NULIDADE ABSOLUTA.
Alínea “g”:
	Antes de 2008 era impossível fazer Júri sem que o acusado estivesse presente nos casos de crimes inafiançáveis. Mas depois de 2008 é possível, desde que o acusado tenha sido citado. Então esse dispositivo perdeu o sentido, porque não existe mais: se ele foi citado vai ser julgado.
Alínea “h”:
	Não existe mais libelo, nem contrariedade do libelo no Júri. De acordo com o CPP a falta de intimação das testemunhas é nulidade relativa, mas a luz da CF não é, pela questão da ampla defesa e do contraditório.	
	Se as partes arrolaram as testemunhas e insistem na ouvida NÃO PODE FAZER JÚRI. Só pode fazer o Júri se as partes desistirem da testemunha em plenária. Tem que haver concordância das duas partes.
Alínea “i”:
Ausência de, pelo menos, 15 jurados para a realização do Júri. Só se faz Júri se comparecer, mínimo, 15 jurados. 15 tem de estar presentes para começar a sessão. Senão, nulidade absoluta.
São 7 jurados que compõe o Conselho de sentença: o juiz tem que sortear 7, senão nulidade absoluta.
Nulidade absoluta do Júri em caso de os jurados terem se comunicados entre si ou com pessoas externas durante o Júri. Se houver essa comunicação o Júri será anulado.
Alínea “k”
Nulidade quando faltar os quesitos, as respostas aos quesitos, contradições nos quesitos. Enfim, problemas nos quesitos. Depois da reforma de 2008, com a simplificação dos quesitos esse problema se tornou quase impossível. São quesitos muito definidos depois da reforma, e vai ser difícil ter contradição. Dificilmente ocorre erro nos quesitos. Mas se ocorrer, a nulidade é absoluta.
Se faltar acusação ou defesa há nulidade absoluta = não há contraditório/ampla defesa.
Nulidade absoluta quando faltar sentença. Falta elemento essencial na sentença que é como se ela não existisse, por exemplo: falta o relatório – salvo no Juizado, tem que ter relatório.
Nulidade absoluta quando faltar recurso de oficio. Recurso de ofício não existe. O que se tem nessas hipóteses é o reexame necessário. Isso acontece nos casos em que concede habeas corpus, nos casos de absolvição sumária no Tribunal do Júri, nos casos de deferimento de pedido de reabilitação e nos casos de absolvição e arquivamento dos crimes contra à economia popular. Nessas situações o juiz profere essas decisões e, necessariamente, tem de submeter ao Tribunal = é o reexame necessário. Isso seria o “recurso de oficio”.
Nulidade absoluta: quando faltar intimação para sentença/despacho quando cabe recurso. Mas se não for intimado e recorrer, a nulidade é sanada.
Nulidade absoluta: no STF, nos Tribunais de Apelação, quando faltar o quórum de julgamento
4. Art. 564, IV:
Haverá nulidade quando faltar forma essencial ao ato.O art. 572 diz que nesses casos deve provar prejuízo. Então é nulidade relativa. Então o que não estiver no inciso III do art. 564, entra aqui.
EXTENSÃO DOS EFEITOS DAS NULIDADES
1. Teoriado Antonio Acer Breda
	É preciso passar por duas etapas para analisar as nulidades: a) verificar se o processo existe, se ele existe aí se pergunta se ele é valido, se existe invalidade aí, sim, pergunta-se até onde vai essa invalidade.
	Então, primeiro, para saber se o processo existe, é preciso analisar os pressupostos de existência. E quais são esses pressupostas?- Autor, réu e Juiz com jurisdição (é o juiz que não é impedido, ausência de causas de impedimento).
	Se o processo existe, surge a segunda pergunta: “ele é válido?”. Para isso é preciso analisar os pressupostos de validade: 
- acusação regular: 
Acusação que preenche os requisitos do art. 41 do CPP. É preciso: endereçar ao juiz competente, qualificação do acusador e do acusado, motivação (narrativa circunstanciada dos fatos delituosos), pedido (condenação se for a vítima que fez a condenação; se for o MP pede o processamento), autenticação e rol de testemunhas.
- Citação válida:
	Citado, em regra, pessoalmente; salvo se estiver se ocultando (que daí é por hora certa). Tem que ser de acordo com a lei.
- Capacidade específica objetiva:
	Juiz tem que ser competente.
- Capacidade específica subjetiva:
	Apenas ausência de suspeição, porque impedimento é pressuposto de existência para o Breda.
- Originalidade da causa:
	Ausência de coisa julgada e litispendência.
- Ampla defesa:
	Deve ser garantida. Tanto a auto-defesa, quanto a defesa técnica
- Intervenção do MP.
	Se faltou pressuposto de validade, o processo é nulo. 
	Qual a extensão da invalidade? PARA BREDA:
 Se a ausência de pressuposto de validade ocorrer na fase postulatória, os efeitos da nulidade se estendem a todos os atos subsequentes.
Se a ausência de pressuposto de validade ocorrer na fase instrutória, anula o ato praticado invalidamente, os atos que dependem diretamente do ato invalidado, e a sentença.
PROCEDIMENTO COMUM ORDINÁRIO:
	Denuncia, recebimento (juízo de admissibilidade), citação do acusado para oferecer resposta à acusação, juiz faz audiência de instrução e julgamento (ouvidos a vítima se for o caso, testemunhas de acusação, testemunhas defesa oportunizado o interrogatório), memoriais da acusação, memoriais da defesa, sentença.
	Se a nulidade ocorrer até a resposta à acusação = a nulidade se estende a todos os demais atos. É a fase postulatória. 
Se a nulidade ocorrer na audiência de instrução, como na ouvida de testemunha da acusação. Ex: a testemunha de acusação foi ouvida sem que o juiz tomasse o compromisso de dizer a verdade e depois ouvir todas as outras testemunhas. Lá no recurso descobriram. Já é fase instrutória. O Tribunal anula o depoimento daquela testemunha e o que dele decorre: o interrogatório, os memorais da acusação, os memoriais da defesa e a sentença.
O Breda deu alguma segurança ao juiz sobre a extensão da nulidade.

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