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TEORIAS DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO

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TEORIAS DO EQUILÍBRIO ECONÔMICO-FINANCEIRO
	Nem todo negócio jurídico celebrado pela administração pública caracteriza contrato adm propriamente dito, porque alguns, excepcionalmente, tem regime privado. Já os contrato administrativos propriamente ditos, relação vertical, são contratos com regime público.
A lei 8667, art 65, o contratado é obrigado a aceitar as alterações que a Adm fizer. A adm pode alterar, mas há limites. Primeiro limite: a possibilidade de alteração unilateral se dá somente nas cláusulas regulamentares ou de serviço. Art 58, parágrafo 1º: as cláusulas financeiras só podem ser alteradas se o contratado anuir, isto é, BILATERIALIDADE. Adm não pode alterar unilateralmente as cláusulas financeiras.
	Mas mesmo nos casos de alteração de clausula regulamentar, a alteração vai repercutir na clausula financeira, no equilíbrio econômico financeiro do contrato. Então, embora a Adm tenha a prerrogativa de alterar o contrato, o particular tem o direito, no momento em que assinou o contrato, o justo lucro, a remuneração que vier a receber pela execução do serviço. É preciso analisar o contrato como uma balança: de uma lado há os encargos do contratado e do outro há a remuneração que o particular irá receber se executar o contrato. E aí estabelece a equação econômico financeira do contrato que se estabelece no momento da celebração do ajusto: equilíbrio dos encargos e a remuneração.
	A alteração unilateral, art 65 – exigência de motivação em todas condutas da Adm. 
	DOIS LIMITES ALTERAÇÃO UNILATERAL: 1. Ordem principiologica: para a garantia do equilíbrio econômico financeiro – é o equilibro entre os encargos e remuneração. 2. Ordem material: art 65, parágrafo 1º: de aumento ou supressão que é identificado pelo valor atualizado do contrato 50% para reforma e 25%
	E toda relação superveniente que venha a modificar o equilíbrio, justifica a revisão do contrato para restaurar esse equilíbrio. 
	Para garantir esse equilíbrio foram construídas, pela doutrina, algumas teorias que não é necessariamente restaurado pelos índices de reajuste. Os índices de reajuste são formas de restauração do equilíbrio que são aplicáveis pela execução normal do contrato. 
	Mas pode ser que esse índice não seja suficiente, por fatores externos ou riscos que possam afetar o contrato atinjam o equilíbrio: são as áleas. Áleas são risco.
1. Álea ordinária
	Risco ordinário implica previsibilidade. É um risco previsível do negócio e o particular tem de computar isso no valor da proposta. Está dentro da flutuação normal do mercado. Está inerente a qualquer negócio empresarial. 
	O risco é exclusivo do contratado. A Adm não está obrigada a restabelecer o equilíbrio econômico financeiro.
	Há um desequilibro, mas o particular deveria ter previsto, então assume e absorve os seus prejuízos.
	
2. Álea administrativa
	É o risco administrativo. São fatos imputáveis a AP não necessariamente na condição de contratante. 3 situações que ensejam o restabelecimento do equilíbrio:
- Alteração unilateral
	Limites: 1. apenas clausulas regulamentares. 2. Limites materiais 25% e 50%. 3. Limites de ordem principiológica: se houver demonstração do desequilíbrio a Adm está obrigada a restabelecer o equilíbrio. 
	Mas há casos que mesmo dentro desses limites é afetado o equilibro econômico financeiro do contrato.Ex: se Adm diminuir o prazo contratual, ora é evidente que a margem de lucro iria se modificar. Essa alteração contratual ainda que só de clausula regulamentar e dentro dos limites estabelecido pela lei pode desequilibrar a relação.
	Art 58: o contratado não é obrigado a aceitar toda e qualquer modificação. Então toda modificação que caracterizar um desequilíbrio do contratado irá ensejar uma revisão do contrato.
	Art 65, parágrafo 6º alteração unilateral que aumente os encargos a Adm tem de restabelecer o equilíbrio econômico financeiro inicial – a equação que se estabeleceu quando houve a instauração do ajuste.
- Fato do príncipe
	Fatos imputáveis a Adm, mas não na condição de contratante. Na alteração unilateral a Adm altera como contratante
	Quando um ato normativo superveniente expedido pela AP, não necessariamente na condição de contratante, na condição de Poder Público, afetar o equilíbrio econômico financeiro. Ex: quando há aumento ou diminuição de encargos tributários. E enseja a restauração do equilíbrio.
	Isso está assegurado, art. 65, parágrafo 5º. Diferente da primeira situação, é um ato normativo, NÃO ATO ADM COMO HÁ NA ALTERAÇÃO UNILATERAL, e a Adm não necessariamente como contratante.
- Fato da Administração
	É uma conduta da AP contratante: uma conduta, no mais das vezes, irregular. E essa conduta repercute no equilíbrio econômico financeiro inicial. Ex: atraso nos pagamentos do particular. Muito embora a Adm possa por 90 dias atrasar o pagamento, o fato dela atrasar, repercutindo no equilíbrio, enseja o direito do restabelecimento do equilíbrio.Ex: a Adm, em casos de obra pública, não libera os locais da obra para o particular iniciar a obra: era preciso de desapropriação e licença ambiental como o particular irá iniciar? Caracteriza conduta irregular da Adm que, se repercutir no equilíbrio, enseja ao particular o direito de restabelecer o equilíbrio.
	Muitas vezes só a revisão não é suficiente para ressarcir o prejuízo do desequilíbrio. Havendo demonstração de prejuízo, há direito de ser indenizado. Esse direito de indenização está presente nas 3 situações: tanto na alteração unilateral, fato do principie, quanto fato da Adm.
	Alguns doutrinadores dizem que fato do príncipe seria abrangido pela alteração unilateral. Maria Sylvia faz distinção no sentido de indenização. Na alteração unilateral há responsabilização CONTRATUAL da Adm. No fato do príncipe há indenização é contra quem editou o ato normativo. O dever do Estado de ressarcir os prejuízos causos, está previsto art. 37 parágrafo 6º, dever OBJETIVO do Estado de indenizar os prejuízos que seus agentes causarem a terceiros. O dever do Estado de indenizar decorre não só de ato ilícito praticado pelo Estado, mas, também, de ato lícito. No direito civil só enseja responsabilização a comprovação do dano, nexo causal, e ato ilícito – por dolo ou culpa. Na Adm não só o ato ilícito, mas, também, o ato lícito. É uma responsabilidade extracontratual.
	Por isso Maria Sylvia diz que não é a mesma coisa alteração unilateral e fato do príncipe. No primeiro há responsabilização contratual e no segundo a responsabilização é extracontratual.
	No fato da Adm a responsabilidade é extracontratual mas é imputada diretamente a Adm contratante. 
	A conduta irregular da Adm pode inviabilizar de modo absoluto o contrato. Ex: adm atrasa tanto o pagamento que a empresa entra em falência. O que há é a rescisão com a indenização dos prejuízos.
3. Álea Extraordinária
	Riscos do contrato que decorrem da fatos supervenientes não imputáveis a nenhuma das partes, imprevisíveis, ou, ainda que previsíveis, de proporções inalcançáveis que vão repercutir no contrato e vão ensejar um reequilíbrio econômico financeiro. 
	Ex: casos de força maior e caso fortuito. Definição de força maior são eventos da natureza caracterizados pela imprevisibilidade e irresistibilidade ao evento. E o caso fortuito é aquele decorrente, ainda que seja imprevisível, decorre da falha humana e que venha repercutir no contrato.
	Há direito ao restabelecimento do equilíbrio do econômico financeiro quando houver a possiblidade de se continuar o contrato. Mas os prejuízos são repartidos, porque são fatos alheios a vontade das partes, que não podem ser imputados a nenhuma das partes, os prejuízos, então, se repartem.
	O dever de indenizar prejuízos decorre, especialmente, do nexo de causalidade, nesse caso não há dever de indenização da Adm há um fato que ela não deu caso que é um caso imprevisível.
	O reequilíbrio econômico financeiro é alteração bilateral, art. 65, inciso II, ‘d’, tanto a álea adm quanto a álea extraordinária são classificadas como álea econômica. Conforme a situação, ensejapara o contratado o direito do restabelecimento ou não do equilíbrio – não tem direito quando caracterizar risco ordinário.

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