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O que é etnocentrismo - Everardo P. Guimarães Rocha

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O que é etnocentrismo
Everardo P. Guimarães Rocha
Grupo:
Ana Luiza Hansen
João Pedro Sacramento
Jordana Nery
Lara Aquino
Maria Eduarda dos Santos 
Rafaella Azevedo
Sobre o autor
● Everardo Pereira Guimarães Rocha nasceu em 1 de outubro de 1951, no 
Rio de Janeiro.
● Em 1975 se formou em Comunicação Social na PUC do Rio de Janeiro. 
Logo em seguida, ele realizou o seu Mestrado em Comunicação na UFRJ, 
finalizando enfim o seu curso em 1979. 
● Já em 1982, Everardo concluiu seu Mestrado em Antropologia Social pelo 
Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social do Museu Nacional 
da UFRJ. A partir da década de 1980, o antropólogo contribuiu para o 
início e consolidação do campo da Antropologia do Consumo no país
● Nos dias atuais, Everardo é professor do 
Departamento de Comunicação Social da 
PUC/RJ e cursa Doutorado em Antropologia 
Social do Museu Nacional.
● A sua carreira como pesquisador o levou, 
entre outras “viagens”, à realização de 
estudos para o roteiro do filme “Quilombo” 
de Cacá Diégues, onde tem uma rápida 
participação.
● O seu livro “O que é etnocentrismo” 
teve a sua primeira publicação 
realizada no ano de 1988, pela 
editora Brasiliense.
Pensando em partir
O que é Etnocentrismo?
● Definição: visão do mundo onde o nosso próprio grupo é tomado como 
centro de tudo.
● Experiência de choque cultural.
● O índio, nos livros didáticos, é apenas uma forma vazia que empresta 
sentido ao mundo dos brancos.
● A ideia de relativização.
● A Antropologia na busca de superar o Etnocentrismo.
Primeiros movimentos
Evolucionismo 
● Navegações Portuguesas- o que existia para além a Europa? 
● O mundo do “eu” é obrigado, frente ao “outro”, a pensar nas diferenças. 
Se inicia , assim, a busca por modelos explicativos. 
● O evolucionismo foi o primeiro pensamento, dentro da Antropologia, que 
procurava explicar a diferença. 
● Sécs XV e XVI: diferença transvestida em espanto e perplexidade.
● Sécs XVIII e XIX: o outro é diferente porque possui diferentes graus de 
evolução - selvageria, barbárie e civilização.
● Conceito de cultura de Sir Edward Tylor escolhido como “medidor” de 
progresso. Com isso, postulavam uma unidade entre as culturas. 
● O “outro” , visto como primitivo, era considerado elemento dispensável na 
transformação da teoria.
● Relativização e estudo de campo não tinham espaço.
● Dessa forma, o evolucionismo reforça a visão etnocêntrica. Mas, 
paradoxalmente, traz armas que virão ,pouco a pouco, minando essa 
teoria dentro da Antropologia. 
O Passaporte
Séc. XX: O exorcismo do fantasma do etnocentrismo
● Conjunto vasto de novas ideias.
● Grupo brilhante de 
pesquisadores.
Relativizar é uma palavra, que até 
hoje, muito pouco saiu das fronteiras 
do conhecimento Antropológico.
Contar histórias
● A ordem “natural”: Do primitivo 
ao natural (atual).
● Antropologia entende as 
diferentes concepções da 
existência.
Franz Boas (1858-1942)
● Alemão
● “Pai da Antropologia Americana”
● Investigou várias áreas do 
conhecimento humanístico.
● Escola de Pensamento: 
Difusionismo ou Escola 
Americana.
Revolução: Relativizar a cultura
● Cada grupo produzia uma 
determinada cultura.
● Quando um campo de 
conhecimento se abre, ele 
também se relativiza.
● Boas não organizou e 
apresentou uma teoria sobre 
cultura.
Do “H” ao “h”
● Não havia uma única história.
● O “outro” também pode contar 
sua história.
Casa Grande e Senzala - Gilberto Freyre
● Antropologia Social se faz na 
análise de detalhes sociais.
● A cultura brasileira vai se 
revelando única e singular.
● Oscilação na explicação da 
cultura brasileira.
Boas e Freyre
Casa Grande e Senzala tem muito de Franz Boas:
● Tudo aparece e tem seu espaço numa 
hesitação típica dos dois;
● Everardo diz que Boas e Freyre são dois 
gênios lunáticos e criativos e tem a 
capacidade de formar grandes 
antropólogos. 
Os estudos começam...
Cada grupo de alunos parte para estudar a 
cultura relacionada à alguma vertente:
● Personalidade e Cultura
● Linguagem e Cultura
● Ambiente e Cultura
Personalidade e Cultura
● Compararou sociedades 
distintas.
● Ida ao “outro” e volta ao “eu”.
● Psicologia.
● “A cultura marca e é marcada”
Reducionismo
● Dificuldade de explicar alguma 
coisa que tem várias vertentes.
● Explicar o todo por uma das 
partes.
Linguagem e Cultura
● Cultura privilegiada pela língua 
nela falada.
● Antropologia e linguística.
● Língua determinante para a 
visão de mundo.
Ambiente e Cultura
● Julian Steward (1902-1972)
● Elementos de ordem ecológica 
tornam-se precondição para a 
ordem cultural.
● Colocação de ideias de equilíbrio 
e preservação.
Turismo Antropológico
● Antropologia inquieta. 
● Diálogo com outras disciplinas.
Voando alto
Diferentes atores, cenários, enredo
● Passagem do etnocentrismo à relativização
● A importância de teóricos como RadcliffeBrown, Émile Durkheim e 
Malinowski nesse processo
● Tanto o evolucionismo quanto o difusionismo tem uma interseção de 
historicidade
● Enquanto a visão evolucionista dizia que a história era com “H” maiúsculo, que 
existia uma única história para todos os povos, a visão difusionistas dizia que 
não, que cada povo tem sua história diferente, que nenhuma delas é a única, 
ou seja, história com “h” minúsculo.
Radcliffe-Brown
● Discordou desta vinculação entre compreensão do presente de uma 
cultura e o estudo do seu passado. 
● O presente não precisava ser necessariamente explicado pelo passado.
● Arranjos contemporâneos existiam porque eram funcionais no presente e 
não como "sobreviventes" de épocas passadas
● Fundou uma abordagem teórica antropológica conhecida como 
estrutural-funcionalismo
● Comparou o sistema social ao corpo humano: função, processo e 
estrutura
● Suas ideias repercutiram num abalo do etnocentrismo: com novas 
questões em jogo, foi preciso novos instrumentos para pensá-las.
Durkheim
● O social não se explica pelo individual
● O social tem uma particularidade que não se confunde com a soma dos 
indivíduos
● Fato social é todo evento que acontece dentro da sociedade e que possua 
as três características
● Fato social é coercitivo, extenso e externo
● Fato social é, por todos e para todos, uma “coisa” que ultrapassa cada 
um.
Malinowski
● Para conhecer o "outro" era necessário ir a seu encontro.
● Com Malinowski, o "trabalho de campo" é realizado pela primeira vez
● Estudou o ritual de troca de objetos na festa do Kula e as jóias da Coroa do 
Império Britânico: todos valem pela glória, pelo sentimento de prazer de 
possuí-los.
● Comparação relativizadora: comparou objetos com seus respectivos 
contextos e destes para outra cultura. Comparou relativizando o “eu” e o 
“outro”.
A Antropologia depois deles..
● A comparação relativizadora, o trabalho de campo, a 
autonomia da Antropologia diante da História e do fato 
social frente ao individual são passos gigantescos
● Do etnocentrismo à relativização, a antropologia foi 
criando instrumentos de abertura. 
● É necessário dar a volta por cima do etnocentrismo e 
eleger a diferença como conquista.
● O “outro” é, também, uma fonte possível de reflexão, de 
transformação até, da sociedade do “eu”.
A volta por cima
Retomada dos assuntos tratados no livro
● Antropologia contrariando a sua 
vocação de preservar a experiência 
da diversidade.
● Paradoxo de ser um tipo de ciência 
criada pela visão da sociedade do 
“eu” para pensar a sociedade do 
‘‘outro”.Claude Lévi-Strauss (1908 - 2009)
● Antropólogo;
● Fundador da antropologia 
estruturalista.
● Rompe com a ideia de que índios são 
somente índios.
● Não concordava com a divisão em 
civilizados e selvagens ou a divisão 
em superiores e inferiores.
Antropologia no final do século XX
● Conhecer a cultura de todas as 
sociedades.
● É um "arquivo universal".
● Quebra do paradoxo da antropologia.
● Introdução do “trabalho de campo” e o 
‘‘outro’’ como protagonista de sua 
cultura.
● A relativização vira a melhor forma 
de observar o “outro”.
Como a cultura passa a ser entendida:
● ‘‘um sistema de comunicação que dá sentido à nossa vida…’’;
● ‘‘são pequenos conjuntos padronizados que trazem dentro de si algum tipo de 
informação sobre quem somos, o que pensamos e fazemos.’’
● Temos formas e culturas diferentes no mundo.
● Traz para si a diferença como “generosa” e a melhor parte do ‘‘outro’’. 
‘‘Etnocentrismo exorcizado’’
● A Antropologia passou pela complexidade 
que foi sair do etnocentrismo.
● Globalização cada vez mais feroz e 
impositiva.
● O mundo se transformando em uma única 
"aldeia".
● Violência e o desrespeito ao "outro" ainda é 
vista por muitos como algo normal.
● Preconceito tem feito uso de novas 
ferramentas como a camuflagem.

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