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Diversas Perspectivas sobre a Sociedade e o Poder

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• A definição mais geral de sociedade pode ser resumida como um sistema de
interações humanas culturalmente padronizadas. Assim, e sem contradição com a
definição anterior, sociedade é um sistema de símbolos, valores e normas, como
também é um sistema de posições e papéis.
• O Fato social Durkheim é a coerção do indivíduo, constrangido a seguir
normas sociais que lhe são impostas desde seu nascimento e que não
tem poder para modificar.
• Para Karl Marx, a sociedade sendo heterogênea, é constituída
por classes sociais que se mantêm por meio de ideologias dos que
possuem o controle dos meios de produção, ou seja, as elites. Numa
sociedade capitalista, o acúmulo de bens materiais é valorizado,
enquanto que o bem-estar coletivo é secundário.
• Para Foucault o poder disciplinar é com efeito um poder que, em vez de
se apropriar e de retirar, tem como função maior ‘adestrar’; ou sem
dúvida adestrar para retirar e se apropriar ainda mais e melhor. A
disciplina ‘fabrica’ indivíduos; ela é a técnica específica de um poder que
toma os indivíduos ao mesmo tempo como objetos e como instrumentos
de seu exercício” – Foucault, Vigiar e Punir
•O descompasso educacional
• A perspectiva crítica sobre a produção do gosto cultural nas sociedades capitalistas tem por
princípio que todas as relações educativas e socializadoras são relações de comunicação. Isto é, a
mensagem comunicativa, mais propriamente o conjunto de regras culturais disponibilizadas pela
escola, sobretudo aquelas relativas às artes eruditas ou à cultura letrada dependem da posse
prévia de códigos de apreciação.
• Consequentemente, diria Bourdieu, em uma sociedade hierarquizada e injusta como a nossa, não
são todas as famílias que possuem a bagagem culta e letrada para se apropriar e se identificar com
os ensinamentos escolares. Alguns, os de origem social superior, terão certamente mais facilidade
do que outros, pois já adquiriram parte desses ensinamentos em casa. Existiria uma aproximação e
uma similaridade entre a cultura escolar e a cultura dos grupos sociais dominantes, pois estes há
muitas gerações acumulam conhecimentos disponibilizados pela escola.
• A sociedade, para Weber, constitui um sistema de poder, que perpassa todos os níveis
da sociedade, desde as relações de classe a governados e governantes, como nas
relações cotidianas na família ou na empresa. O poder não decorre somente da riqueza
e do prestígio, mas também de outras fontes, tais como: a tradição, o carisma ou o
conhecimento técnico-racional.
• Para Bourdieu a posição social ou o poder que detemos na sociedade não dependem
apenas do volume de dinheiro que acumulamos ou de uma situação de prestígio que
desfrutamos por possuir escolaridade ou qualquer outra particularidade de destaque,
mas está na articulação de sentidos que esses aspectos podem assumir em cada
momento histórico.
• Para WEBER o poder não decorre somente da riqueza e do prestigio, mas também as
outras fontes, tais como: a tradição, o carisma ou o conhecimento técnico-racional.
Ou seja, O domínio do PODER CARISMÁTICO ocorre quando um indivíduo submete os
outros à sua vontade, por meio da admiração/fascinação e sem uso da violência. O
líder carismático controla os demais pela sensação de proteção, que atrai as pessoas
ao seu redor.
• O poder por meio da DOMINAÇÃO TRADICIONAl se dá através do costume, quando já
está naturalizada em uma cultura e, portanto, legitimada. Por exemplo, uma fonte de
dominação tradicional é o poder dos pais sobre os filhos, do professor sobre o aluno
etc.
• A AÇÃO RACIONAL com relação aos fins ocorre na burocracia, visando organizar as
transações tanto comerciais como estatais, para que funcionem de forma eficiente.
Por conta dessa organização, os indivíduos são submetidos às normas e diretrizes da
empresa ou do Estado, para que o funcionamento dessas organizações seja eficiente e
eficaz.
Geopolítica é a prática, arte ou disciplina que se concentra na utilização de poder político sob
determinado território. Numa visão mais objetiva, a geopolítica compreende as análises de geografia,
história e ciências sociais mescladas com teoria política em vários níveis, indo do nível referente desde
o Estado até o internacional-mundial.
O cientista político sueco Rudolf Kjellén cunhou o termo "geopolítica" no início do século XX, baseado
na obra do geógrafo alemão Friedrich Ratzel "PolitischeGeographie" (Geografia Política), de 1897.
O Brasil também apoiou-se em decisões oriundas dos estudos geopolíticos, sendo exemplos
marcantes a transferência da capital federal do Rio de Janeiro (localizado em área litorânea, de
abordagem mais fácil em um possível conflito) para Brasília, no centro do território. Ainda como
destaque merecem menção a política brasileira e sua presença no continente Antártico, a delimitação
do mar territorial e o projeto "Calha Norte", de ocupação militar da região norte do país.
• Para Foucault o sucesso do poder disciplinar se deve sem dúvida ao uso de
instrumentos simples: o olhar hierárquico, a sanção normalizadora e sua combinação
num procedimento que lhe é específico, o exame”.
• A arte de punir, no regime do poder disciplinar, não visa nem a expiração, nem mesmo
exatamente a repressão. Põe em funcionamento cinco operações bem distintas, que
são relacionar os atos, os desempenhos, os comportamentos singulares a um
conjunto, espaço de diferenciação e principio de uma regra a seguir.
• Olhar hierárquico: esta categoria substitui o olhar dos palácios, onde os nobres
queriam se mostrar e substitui também o olhar das fortalezas, onde se via lá fora o
inimigo. Toda uma arquitetura desenvolveu-se para a observação do indivíduo:
janelas, espaços, distribuições, concentrações. Contrariando a forma de círculo, de
onde o poder ficaria no centro, criou-se uma pirâmide, de onde cada um sabia sua
posição, mas podia observar o andar de baixo, um microscópio do comportamento. Ao
mesmo tempo discreto e indiscreto, esta forma de poder procura criar corpos
competentes, obedientes e morais. Quanto maior o número de pessoas, quanto maior
a divisão de trabalho, maior a vigilância hierárquica; quanto maior o número de
alunos, maior a vigilância hierárquica (“quem quer ser o representante de sala deste
semestre?”), quanto maior o número de funcionários, maior o número de cargos (e
funcionários do mês). Aparentemente menos violento e corporal, mas na verdade,
absolutamente físico e formalizador.
Sanção normalizadora: ao mesmo tempo em que se olha, se cria todo um
mecanismo penal para os comportamentos. Uma aparelho de
micropenalidades se forma em torno do indivíduo sujeito às instituições
disciplinares: “castigo físico leve, privações ligeiras e pequenas
humilhações morais” (Foucault, Vigiar e Punir). É preciso atenção para
qualquer desvio: atraso, negligência, grosseria, desobediência, conversas
paralelas, sujeira, indecência. O modelo ideal de aluno, soldado,
trabalhador é estipulado, uma dívida eterna para aquele que nunca
poderá enquadrar-se em um modelo ideal e inexistente. A avaliação é dos
atos, mas a nota é para o indivíduo como um todo. O castigo é
essencialmente corretivo, e portanto repetitivo, “castigar é exercitar”
(Foucault, Vigiar e Punir). Duas são as consequências: distribuição
segundo as aptidões (pontos positivos e negativos para os alunos,
condecorações e medalhas para soldados), e submissão ao modelo. Os
efeitos se dão por etapas: comparar os indivíduos, diferenciá-los de
acordo com suas aptidões, medir e hierarquizar, coagir os que não se
enquadram, traçar limites entre o aceitável e inaceitável, normal e
anormal, saudável e doente.
Exame: “a superposição das relações de poder e das de saber assume no exame
todo o seu brilho visível” (Foucault, Vigiar e Punir). Este é o ponto máximo do
controle normalizante, a mistura do olhar e da sanção; é através dele que o
indivíduo se torna visível e objeto indivisível (atômico)da ação do poder. Através
do exame se encontra a “verdade” do indivíduo. Dele, três características
emergem: 1) inverte-se a visibilidade do poder: através do exame o poder se
esconde, e faz brilhar aquele sobre quem atua, através do exame o sujeito se
mostra como objeto, se dá, se torna números e medidas. 2) inclui a
individualidade dentro de um campo documentário: nasce o indivíduo e as
ciências do homem, através do exame é possível descrever o indivíduo e
compará-lo aos demais; caracteriza-se grupo, coletivos e pode-se verificar os
desvios dos “desajustados” 3) cada indivíduo se torna um “caso”: honra antes
dada somente aos reis e realizadores de grandes feitos, agora todo ser humano
tem sua vida esmiuçada, pormenorizada, detalhada, violentada por processos de
marcação, classificação e objetificação.
• Considerações e observações:
Na oficina, na escola, no exército funciona como repressora toda uma
micro penalidade do tempo (atrasos, ausências, interrupções das
tarefas), da atividade (desatenção, negligência, falta de zelo), da maneira
de ser (grosseria, desobediência), dos discursos (tagarelice, insolência),
do corpo (atitudes “incorretas”, gestos não conformes, sujeira), da
sexualidade (imodéstia, indecência). Ao mesmo tempo é utilizada, a
título de punição, toda uma série de processos sutis, que vão do castigo
físico leve a privações ligeiras e a pequenas humilhações. Trata-se ao
mesmo tempo de tornar penalizáveis as frações mais tênues da conduta,
e de dar uma função punitiva aos elementos aparentemente indiferentes
do aparelho disciplinar: levando ao extremo, que tudo possa servir para
punir a mínima coisa; que cada indivíduo se encontre preso numa
universalidade punível-punidora.
- O castigo disciplinar tem a função de reduzir os desvios. Deve
portanto ser essencialmente corretivo. Ao lado das punições
copiadas ao modelo judiciário (multas, açoite, masmorra), os
sistemas disciplinares privilegiam as punições que são da ordem
do exercício — aprendizado intensificado, multiplicado, muitas
vezes repetido.
- A punição disciplinar é, pelo menos por uma boa parte, isomorfa
(equivalente) à própria obrigação; ela é menos a vingança da lei
ultrajada que sua repetição, sua insistência redobrada. De modo
que o efeito corretivo que dela se espera apenas de uma maneira
acessória passa pela expiação e pelo arrependimento; é
diretamente obtido pela mecânica de um castigo. Castigar é
exercitar.
-Tal como a vigilância e junto com ela, a regulamentação é um dos grandes
instrumentos de poder no fim da era clássica. As marcas que significavam status,
privilégios, filiações, tendem a ser substituídas ou pelo menos acrescidas de um
conjunto de graus de normalidade, que são sinais de filiação a um corpo social
homogêneo, mas que têm em si mesmos um papel de classificação, de
hierarquização e de distribuição de lugares. Em certo sentido, o poder de
regulamentação obriga à homogeneidade; mas individualiza, permitindo medir os
desvios, determinar os níveis, fixar as especialidades e tornar úteis as diferenças,
ajustando-as umas às outras. Compreende-se que o poder da norma funcione
facilmente dentro de um sistema de igualdade formal, pois dentro de uma
homogeneidade que é a regra, ele introduz, como um imperativo útil e resultado
de uma medida, toda a gradação das diferenças individuais.

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