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INTRODUÇÃO Na aula prática de farmacotécnica em laboratório foi realizada a preparação de Errino Isotônico e de Enxaguatório Bucal, solubilizado por meio tenso ativo. Evidências indicam de que a solução salina isotônica (0,9%) é a solução de irrigação mais fisiológica em termos de secreção de mucina e morfologia celular das células epiteliais nasais (Marchisio et al., 2012). Os enxaguatórios bucais são utilizados no controle químico de placa bacteriana como substitutos ou em conjuntoa escovação. Em geral, os antisépticos bucais não apresentam composição complexa e o diferencial neste produto é a eficácia antimicrobiana dos compostos ativos presentes, associados ou não a compostos de flúor (Bugno et al., 2006). Para aumentar a solubilidade de fármacos sensíveis ao pH, pode-se alterar o pH do meio ou introduzir modificadores como, por exemplo, tensoativos ou solventes orgânicos. O uso de tensoativos em meios de dissolução é uma das principais formas para aumentar a solubilidade de fármacos insolúveis ou ligeiramente solúveis em água (Silva; Volpato, 2002) OBJETIVO O objetivo da aula prática de farmacotécnica em laboratório foi realizar o preparo das soluções farmacêticas Errino Isotônico e Enxguatório Bucal. MATERIAIS E MÉTODOS Os componentes utilizados para a realização das atividades desenvolvidas durante a aula prática de farmacotécnica em laboratório foram: Errino Isotônico Cloreto de Benzalcônico.....0,01% Cloreto de Sodio……………...q.s. Água purificada……….q.s.p 30ml Enxguatório Bucal Cloreto de Cetilpiridinio.....100mg Ácido CÍtrico.........................0.1% Polisorbato 80.....................0,3% Óleo essencial de menta....0,1ml Ácool etílico........................10,0% Sorbitol (so0l 70%)..............20,0% Corante verde.........................q.s. Água purificada..........q.s.p. 100ml Técnica de preparo do Errino Isotônico Para a realização do prepraro do Errino Isotônico, primeiramente foi necessário calcular o volume de Cloreto de Benzalcônico, realizando a equação abaixo: Em seguida foi realizada a solução em copo graduado de 100ml, realizando a solubilização das substâncias nas seguintes etapas: Solubilizado 0,9g de NaCl com um pouco de água purificada; Adicionado 1ml de Cloreto de Benzalcônico; Adicionada água purificada q.s.p. 30ml. Técnica de preparo do Enxguatório Bucal Para a realização do preparo do, primeiramente foi necessário calcular o volume de Polisorbato e de Ácido Cítrico, realizando as equações abaixo: Polisorbato Ácido Cítrico Em seguida foi realizada a solução em copo graduado de 100ml, realizando a solubilização das substâncias nas seguintes etapas: Solubilizado no copo graduado, Etanol 10ml, Polisiorbato 0,3% e óleo de menta 0,1ml, sabendo que 1ml equivale à 20 gotas Solubilizado em 60ml de água purificada no béquer, Cloreto de Cetilpiridina 100mg e Ácido Cítrico 0,1%; Adicionada as duas soluções no copo graduado; Adicionado Sorbitol 20% e corante verde q.s.; Adicionada água purificada q.s.p. 100ml. Ao finalizar o preparo das soluções farmacêuticas, as mesmas foram filtradas e acondicionadas em frascos rotulados, indicando os componentes presentes nas formulações, a data de preparo, os nomes dos responsáveis e a aplicação de uso, apresentando as bordas dos rótulos na cor vermelha indicando o uso externo. Em uma formulação com indicação é de uso interno, é apresentada a borda do rotulo na cor verde. RESULTADOS E DISCUSSÕES Durante o preparo do Enxaguatório Bucal ocorreu formação de espuma, após a solubilização das primeiras duas soluções preparadas. A formação da espuma ocorreu devido ao Polisorbato 80 e pela a velocidade de agitação da solução durante a solubilização, devendo aguardar a estabilização da solução e a cessação da espuma para finalizar o preparação. O Polisorbato 80 é um tensoativo não-iônico e pouco hidrofílico. Considerando baixa hidrossolubilidade do Óleo de Menta, possuindo característica hidrofóbica e lipofílica, pode-se explicar sua maior afinidade pelas micelas de Polisorbato 80, com conseqüente maior solubilidade em meios que o continham. O tamanho e o número de micelas também podem influenciar no comportamento geral da pseudo-fase formada (Silva; Volpato, 2002). REFERÊNCIAS Bugno A, Nicoletti MA, Almodóvar AAB, Pereira TC, Auricchio MT. Enxaguatórios bucais: avaliação da eficácia antimicrobiana de produtos comercialmente disponíveis. Rev. Inst. Adolfo Lutz, v. 65, n. 1, p. 40-45, 2006. Marchisio P, Baggi E, Bianchini S, Desantis C, Fattizzo M, Torretta S, Principi N. Irrigações Nasais com Solução Salina: Papel no Tratamento de Doenças do Trato Respiratório Superior em Crianças. IX Manual de Otorrinolaringologia Pediátrica da IAPO, p. 160-167, 2012. Silva LC. Roteiro pra aulas práticas de farmacotécnica. Taubaté: ITES; 2018. Silva RL, Volpato NM. Meios para dissolução de comprimidos de nimesulida: ação dos tensoativos. Revista Brasileira de Ciências v. 38, n. 2, p. 163-172, 2002.