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Relatório Química Farmacêutica PD

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RELATÓRIO DE AULAS PRÁTICAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 CURSO: Farmácia DISCIPLINA: Química Farmacêutica 
 
 
 
NOME DO ALUNO: 
 
 
R.A: POLO: 
 
DATA: 
 
 
 
 
 
 
2 
 
 
INTRODUÇÃO: 
 Nas aulas práticas da disciplina de Química Farmacêutica foram estudados 
os seguintes temas: 
Regras básicas de segurança no laboratório. As práticas de biossegurança 
adotadas em laboratórios se baseiam na necessidade de proteger os 
colaboradores, o meio ambiente e a comunidade da exposição a agentes 
presentes nestes locais e que representam possíveis riscos. 
A química farmacêutica é uma disciplina das ciências farmacêuticas que 
trata das questões e do conhecimento da invenção, descoberta, planejamento, 
identificação e fabricação de substâncias biologicamente ativas, a interpretação 
de sua forma de atuação em nível molecular, o estudo de seu metabolismo, a 
estabelecimento de relações estrutura-atividade, interpretação do mecanismo de 
ação em nível molecular e construção de relações entre estrutura química e ação 
farmacológica. 
O objetivo deste rumo é estudar os medicamentos do ponto de vista 
químico, bem como os fundamentos de sua concepção e desenvolvimento. O 
Projeto Química Farmacêutica consiste em descobertas. otimização e o 
desenvolvimento de potenciais protótipos terapêuticos. Nesse contexto, o design 
de fármacos é conceituado como o conjunto de procedimentos aplicados para 
orientar a modificação molecular da estrutura química, a fim de convertê-la em 
umamoléculabioativa. O relatório tem como objetivo expor as ações realizadas 
durante o período de monitoria na disciplina de química farmacêutica, em que se 
destacam o auxilio a orientação de alunos, a execução de trabalhos didáticos, de 
laboratório e de biblioteca, difundindo o conhecimento adquirido. 
 
 
 
 
3 
 
 
Aula 1 - Roteiro 1 (Determinação do coeficiente de partição óleo/água do ácido 
acetilsalicílico) 
O coeficiente de partição óleo-água (P) é definido como a relação das 
concentrações da substância em óleo e em água. Para se determinar o valor de 
P realiza-se um experimento no qual se misturam quantidade conhecida da 
substância, um solvente orgânico imiscível com água (n-octanol, clorofórmio, éter 
etílico, etc), que mimetiza a fase oleosa, e água e, após a separação das fases 
orgânica e aquosa, determina-se a quantidade de substância presente em cada 
uma das fases. Para se calcular P utiliza-se a seguinte expressão: 
P = concentração da substância na fase orgânica/concentração da 
substância na fase aquosa. 
Para produzir resposta farmacológica, a molécula do fármaco precisa 
penetrar uma barreira biológica representada pelas camadas lipofílicas 
(membranas celulares) e hidrofílicas (líquidos inter e intracelulares), e essa 
capacidade fundamenta-se, em parte, na sua afinidade por lipídeos (lipofilicidade) 
em comparação com sua afinidade pela água (hidrofilicidade). O coeficiente de 
partição de um fármaco é a medida de sua distribuição em um sistema de fase 
lipofílica/hidrofílica, e indica sua capacidade de penetrar sistemas biológicos 
multifásicos. A velocidade de dissolução aliada a dados sobre solubilidade, 
constante de dissolução e coeficiente de partição podem proporcionar uma 
indicação sobre a biodisponibilidade do fármaco. 
 
Aula 1 – Roteiro 2 (Verificação da influência do pH e do pKa na ionização dos 
fármacos). 
As titulações ácido base ilustram a natureza das constantes de acidez, o 
pKa. 
A presença de uma variação de pH por volume de reagente adicionado, 
pode inferir qualitativamente sobre o número das constantes de acidez e as 
4 
 
 
características das mesmas. (LEMOS; TAKIYAMA, 1999). 
O conhecimento desta propriedade também é importante para o 
desenvolvimento de medicamentos, estando intimamente relacionada à fase 
farmacêutica (dissolução) e à farmacocinética (absorção, distribuição, 
metabolismo e excreção). O pH influencia a solubilidade aquosa e a lipofilicidade 
de uma substância, que são considerações úteis para entender a 
biodisponibilidade.(MEDEIROS,2013). 
Uma das propriedades físico-químicas dos fármacos que influem 
diretamente em sua ação biológica é o grau de ionização das moléculas no 
sistema fisiológico.A sua extensão relacionada ao pH é descrita pelo pKa. Sendo 
assim, o pKa é do pH no 2 qual o fármaco encontra-se 50% na forma ionizada e 
50% na forma não ionizada. (MEDEIROS, 2013) 
A absorção de substâncias no trato gastrintestinal é afetada por fatores 
fisiológicos como o tempo de esvaziamento gástrico e o trânsito intestinal, 
características físico-químicas do fármaco e também é influenciada pela forma 
farmacêutica e excipientes. Os fármacos pouco solúveis em água ou com 
solubilidade pH dependente são altamente afetados pelas mudanças pós-prandial 
do trato gastrointestinal, podendo alterar significativamente a sua 
biodisponibilidade. As alterações de pH, a área de contato, a atividade enzimática 
e a microflora também podem modificar a absorção de fármacos. A velocidade e 
a extensão da absorção de um fármaco podem ser alteradas devido à sua 
lipofilicidade, estado de ionização ou tamanho das partículas. Assim sendo, os 
fármacos ácidos são melhor absorvidos no estômago, pois nesta região, o pH 
ácido dificulta sua dissociação, promovendo sua difusão passiva pela porção 
lipofílica da bicamada da membrana. Os fármacos básicos são absorvidos 
preferencialmente no intestino. (SOUZA; FREITAS;STORPIRTIS, 2007). 
A ionização afeta não apenas a velocidade na qual os fármacos 
atravessam as membranas, mas também a distribuição de equilíbrio das 
moléculas dos fármacos entre compartimentos aquosos, se houver uma diferença 
de pH entre eles. Ou seja, um ácido fraco e uma base fraca, podem estar 
distribuídos, no equilíbrio, entre compartimentos do organismo. Em cada 
compartimento, a razão entre as formas ionizada e não ionizada de um fármaco é 
determinada pelo seu pKa e o pH do compartimento. Pressupõe-se que a forma 
não ionizada possa atravessar a membrana e consequentemente atingir 
5 
 
 
concentrações iguais em cada compartimento, e que a forma ionizada não 
consegue atravessá-la. Com isso, no equilíbrio, a concentração total (ionizada e 
não ionizada) do fármaco será diferente nos compartimentos, com um fármaco 
ácido sendo concentrado no compartimento com um pH alto e um fármaco de 
base fraca, sendo concentrado no compartimento com um pH baixo. (RANG et 
al., 2011) 
 
Aula 2 – Roteiro 1 (Caracterização físico-química de fármacos e o método de 
recristalização) 
Antes do desenvolvimento de uma forma farmacêutica é fundamental a 
caracterização físico-química do fármaco, pois suas propriedades são de extrema 
importância para o delineamento racional das etapas envolvidas no 
desenvolvimento da formulação farmacêutica, determinantes da garantia de sua 
qualidade (Aulton, 2005). 
A caracterização físico-química de um fármaco tem duas finalidades: a 
identificação e a avaliação da pureza do material a ser analisado. Estas 
informações, quando presentes em compêndios oficiais, permitem criar a sua 
carta de identidade, possibilitando sua padronização e avaliação de sua pureza, 
essenciais para o desenvolvimento de estudos de pré-formulação. Diversas 
ferramentas analíticas são utilizadas para caracterizar um fármaco, entre as 
quais, podemos citar difração de raios X, técnica espectroscópica vibracional no 
infravermelho, análises térmicas - calorimetria exploratória diferencial (DSC), 
análise térmica diferencial (DTA), termogravimetria (TG), microscopia eletrônica 
de varredura, avaliação do perfil de dissolução, dentre outras. 
A recristalizaçãoé uma técnica de purificação para separar um produto 
cristalino de alto valor das impurezas indesejadas dissolvidas no licor-mãe. Em 
rigor, a recristalização é um processo em que um material inicialmente 
solidificado e cristalino é redissolvido e recristalizado, resultando em cristais do 
tamanho, forma, pureza e rendimento desejados como produto final. Os 
mecanismos, a dissolução e a recristalização subjacentes também podem 
minimizar a energia interna do cristal para alcançar um equilíbrio mais global de 
energia, resultando em um polimorfo estável. Embora a recristalização 
geralmente seja aplicada deliberadamente na otimização de cristais e processos, 
a recristalização não controlada pode levar à formação indesejada de hidratos e 
6 
 
 
solvatos ou à transformação do polimorfo. 
As Sete Etapas da Recristalização 
Este guia de sete etapas da recristalização fornece informações essenciais 
para a elaboração de processos eficientes de recristalização com produto e 
desempenho de processos excelentes. 
Etapa 1: Seleção do Solvente 
A primeira etapa da recristalização é o procedimento de seleção de um 
solvente baseado em propriedades como: 
 Potencial de Nocividade 
 Impacto Ambiental 
 Custo de Compra e Descarte 
Dependendo de sua estrutura molecular, um soluto pode ser classificado 
como solúvel, parcialmente solúvel ou insolúvel nesses solventes ou mistura de 
solventes. Para compreender essa relação termodinâmica, é necessário avaliar o 
comportamento da solubilidade do soluto que depende da temperatura em uma 
ampla linha de solventes diferentes. A solubilidade pode ser alta ou baixa em 
temperatura ambiente, uma função que depende cada vez mais da temperatura, 
ou quase não depende dela. Métodos de seleção de alta produtividade 
determinam rapidamente os dados de solubilidade para um grande número de 
sistemas de soluto/solvente. 
Etapa 2: Seleção do Método de Cristalização 
A. Recristalização por Resfriamento. 
Um sistema soluto/solvente com baixa solubilidade a baixas temperaturas, 
mas com a solubilidade sendo uma função que depende cada vez mais da 
temperatura, é adequado para a recristalização por resfriamento. Uma enorme 
quantidade de soluto pode ser dissolvida em altas temperaturas e, devido à baixa 
solubilidade a baixas temperaturas, o resfriamento controlado pode iniciar a 
recristalização. Solutos sensíveis à temperatura que se decompõem a 
7 
 
 
temperaturas elevadas não são adequados para a recristalização por 
resfriamento. 
B. Recristalização com Antissolvente. 
Os sistemas soluto/solvente com alta solubilidade a baixas temperaturas e 
a disponibilidade de um antissolvente miscível satisfazem os requisitos da 
recristalização com antissolvente. A adição controlada de antissolvente reduz a 
solubilidade na mistura, desencadeando a recristalização. Duas formas comuns 
de operação são a adição de antissolvente à solução do produto ou a adição da 
solução do produto ao antissolvente (adição inversa). As desvantagens da 
recristalização com antissolvente são a introdução de um solvente adicional, alta 
supersaturação local no ponto de adição, produtividade volumétrica reduzida e a 
necessidade de separação do solvente posteriormente. 
 
C. Recristalização por Evaporação. 
A alta solubilidade em baixa temperatura e a indisponibilidade de um 
antissolvente geralmente requer a recristalização por evaporação. A remoção do 
solvente reduz a solubilidade na mistura remanescente e, quando uma 
supersaturação suficiente se formar, a recristalização ocorre. Os desafios na 
recristalização por evaporação são a introjeção de bolhas de gás, que podem agir 
como fonte de nucleação, pontos de semeadura difíceis de prever e aumento 
imprevisível de escala. 
 
D. Recristalização por Reação (Precipitação) 
Quando o soluto desejado é gerado por uma reação química entre dois 
compostos complexos ou por neutralização ácido/base, o método é referido como 
recristalização por reação. A reação química em progressão aumenta a 
supersaturação do soluto que, ao final, é recristalizado. A formação da 
supersaturação pode ser extremamente rápida, levando a uma elevada 
supersaturação local no ponto de mistura, nucleação extensiva, controle 
ineficiente do processo e operação dificultada posteriormente no processo. 
8 
 
 
Etapa 3: Termodinâmica e Cinética 
Compreender o comportamento da solubilidade de um composto é um 
requisito importante para o desenvolvimento bem-sucedido do processo de 
recristalização. O conhecimento sobre quanto de soluto pode ser dissolvido em 
um solvente e quanto soluto permanecerá no licor-mãe no final é essencial para 
avaliar a eficiência de recristalização. Para a cristalização da solução, a 
solubilidade é a quantidade máxima de soluto que pode ser dissolvida em uma 
dada quantidade de solvente em uma temperatura específica. 
Um sistema é supersaturado quando a concentração do soluto dissolvido 
excede o limite de solubilidade em uma dada temperatura. Dependendo da 
cinética, a solução tem a capacidade de permanecer supersaturada em uma faixa 
de temperatura e tempo antes de ser recristalizada. O tempo decorrido entre a 
formação da supersaturação e a formação dos primeiros cristais é chamado de 
tempo de indução. O aumento da supersaturação reduz o tempo de indução a um 
ponto onde a formação de cristais acontece espontaneamente assim que a 
supersaturação é aumentada ainda mais. Esse ponto é definido como o Limite 
Metaestável, e a diferença entre a curva de solubilidade e a Curva Metaestável é 
a Amplitude da Zona Metaestável. 
Etapa 4: Determinação da Estratégia de Semeadura 
Durante a recristalização, é necessário um controle rígido da 
supersaturação, da nucleação e do crescimento para alcançar um produto final 
com as propriedades físicas desejadas. O uso de sementes geralmente é 
essencial para iniciar os processos de recristalização de forma robusta e 
constante. Os processos sem semeadura geralmente demonstram uma 
nucleação espontânea incontrolável, que pode levar a variações extremas no 
processo, principalmente durante a produção de grande escala e de aumento de 
escala. Geralmente, as seguintes estratégias de semeadura são aplicadas: 
 Mínima (0,1% a 1%): tem a intenção de evitar contaminação por óleo, 
nucleação incontrolada ou quebra. Pode ser satisfatória em laboratório, 
mas raramente é eficaz ou robusta em uma escala maior. 
9 
 
 
 Pequena (1% a 5%): nucleação controlada, mas não é o suficiente para 
obter exclusivamente o crescimento de cristais. Nucleação secundária 
durante o processo e distribuições bimodais é provável. 
 Grande (5% a 10%): probabilidade maior de crescimento de cristais com a 
possibilidade de suprimir a nucleação secundária para evitar distribuições 
bimodais. 
A semeadura eficaz depende do método e do tempo de adição da 
semente, da qualidade do material da semente, e da taxa em que a 
supersaturação é gerada. A semeadura é mais eficaz se os cristais forem 
adicionados como pasta de semente na metade da Zona Metaestável. As 
sementes deverão ser uniformes no tamanho e contar com superfícies para ativar 
a recristalização. Muitos processos de recristalização se beneficiam da idade da 
semente, em que a temperatura é mantida constante após a semeadura até que 
a supersaturação seja exaurida antes de continuar. 
Etapa 5: Geração de Supersaturação 
Minimização do tempo de processo, consumo de energia, resíduos, 
alocação ideal de recursos e rendimento alto de processo são parâmetros 
importantes para gerar produtos vendíveis de cristais ao menor custo. Com base 
nos dados de solubilidade, um ou mais métodos de recristalização (por 
resfriamento, com antissolvente, por evaporação, por reação) são aplicados para 
alcançar um ponto final de alto rendimento no diagrama de fases. 
Um controle rigoroso do nível de supersaturação e um entendimento dos 
mecanismos de partícula pelos quais passamos cristais são essenciais na 
elaboração de processos eficientes de recristalização com desempenho ótimo 
nas etapas posteriores. 
Etapa 6: Separação Sólido/Líquido 
Na maioria dos processos de recristalização, as partículas sólidas são o 
produto desejado, que devem ser separadas do licor-mãe por filtragem. Os 
requisitos básicos para um processo eficiente de filtragem são: 
1. Suspensão de cristais com um baixo número de partículas 
10 
 
 
2. Meio filtrante adequado 
3. Força motriz (pressão ou vácuo) 
4. Equipamento de filtragem (para coleta do fluido e retenção do bolo de 
filtragem) 
Após a filtragem, o bolo geralmente é lavado com um antissolvente de fácil 
evaporação para remover o licor-mãe restante e para ajudar no processo de 
secagem. 
Etapa 7: Secagem 
A remoção por evaporação da umidade do bolo úmido de filtragem 
geralmente é a etapa final de produção na obtenção de um produto utilizável de 
cristal. Dependendo da estabilidade térmica e mecânica da molécula e do cristal 
dos princípios ativos farmacêuticos (Active Pharmaceutical Ingredient – API), do 
tipo de solvente e do risco da transformação polimórfica, é aplicado um método 
de secagem adequado (atmosférico ou a vácuo). 
Aula 3 – Roteiro 1 (Extração e Quantificação de paracetamol – Um método 
farmacopeico). 
O paracetamol (acetaminofeno, N-acetil-p-aminofenol) é um dos fármacos 
mais empregados no mundo, podendo ser administrado associado com outras 
substâncias, como cafeína ou aspirina (SUAREZ; VIEIRA, FATIBELLO-FILHO, 
2005;VICLARE et al., 2010; MURTAZA et al., 2011). Este fármaco mostra-se 
como um pó branco inodoro, moderadamente solúvel em água, apresentando 
grande estabilidade em solução aquosa em pH 5-7 (SEQUINEL, 2009; ANICETO; 
FATIBELLO-FILHO,2002; CONNORS; AMIDON; STELLA, 1986). 
Segundo Aniceto e Fetibello-Filho (2002), “o paracetamol é um analgésico-
antipirético pertencente à classe dos derivados do p-aminofenol, introduzido no 
século passado como resultado de pesquisas destinadas a substitutos para 
acetanilida”. A fenacetina e a acetanilida possuem propriedades analgésico-
antipiréticas, porém dão origem a metemoglobina, uma hemoglobina incapaz de 
transportar oxigênio, devido à formação de um precursor da anilina. O 
paracetamol é um metabólito ativo da acetanilida e da fenacetina e devido a sua 
menor toxicidade em relação às mesmas, passou a substituí-las em diversas 
11 
 
 
formulações farmacêuticas, sendo administradas doses diárias que variam de 0,3 
a 1g (ANICETO; FATIBELLO-FILHO, 2002; BRICKS, 1998) 
O Paracetamol tem sido utilizado há muitos anos, porém a primeira vez 
que observaram sua toxicidade foi da década de 1960. Hoje é a droga mais 
comum em auto envenenamento, com uma alta taxa de morbidade e mortalidade. 
Em vista do seu potencial dano, séria consideração deve ser dada a mudar o 
status legal de paracetamol, possivelmente a um medicamento de receita médica 
(SHEEN et al.,2002). 
O efeito mais grave no caso de intoxicação aguda é a necrose hepática 
que pode ser fatal. O paciente normalmente apresenta náuseas, vômito e dores 
abdominais (BERGMAN; MÜLLER; TEIGEN, 1996). 
Como paracetamol é uma substância química com propriedades 
medicinais que vem sendo utilizada em grande escala na atualidade é importante 
que se tenha conhecimento de suas propriedades farmacológicas e dos riscos 
inerentes à automedicação. Além disso, a Food and Drug Administration (FDA), 
nos EUA, anunciou em 13/01/2011 que obrigará as indústrias farmacêuticas, em 
um período de 3 anos, a produzirem produtos que contêm paracetamol com um 
limite máximo de 325mg por comprimido, cápsula ou outro tipo de unidade de 
dose (BURGESS, 2011). 
Segundo Burgess (2011), o objetivo de limitar a quantidade máxima de 
paracetamol em produtos de prescrição é tornar as pacientes menos propensos a 
uma overdose de paracetamol, caso estes tomem doses erradas do fármaco ao 
consumirem os vários produtos farmacêuticos que contêm este medicamento. 
Neste contexto, este trabalho tem como objetivo quantificar o teor de 
paracetamol em diversas marcas comerciais do Brasil que não contenham este 
fármaco em associação, aferindo se o teor descrito nas embalagens condiz com 
o valor analisado, apresentando assim um método que futuramente poderá ser 
utilizado para verificar se as indústrias farmacêuticas seguem as normas 
estabelecidas pela FDA. 
12 
 
 
 
Figura 1 - Paracetamol 
 
Aula 3 – Roteiro 2 (Síntese do succinilsulfatiazol) 
É usado para tratar inflamação intestinal, diarréia, sangramento retal e 
dor abdominal em pacientes com colite ulcerativa (um distúrbio que causa 
inflamação e úlceras no revestimento do cólon [intestino grosso] e reto). A 
sulfassalazina de liberação prolongada (tabs EN de azulfidina) também é usada 
para tratar a artrite reumatóide em adultos e crianças cuja doença não respondeu 
bem a outros medicamentos. A sulfassalazina está em uma classe de 
medicamentos chamados anti-inflamatórios. Funciona reduzindo a inflamação 
(inchaço) dentro do corpo. 
 
Figura 2 - succinilsulfatiazol 
 
Aula 4 – Roteiro 1 (Síntese da urotropina) 
A hexametilenotetramina é um composto orgânico que possui a fórmula 
molecular C6H12N4. É um pó branco, de gosto adocicado, e cheiro que pode 
lembrar amônia, e também muito solúvel em água. É utilizada como ingrediente 
para certos remédios diuréticos, dentre outros.Urotropina, hexamina, metenamina 
ou hexametilenotetrami-na, é um pó branco, de sabor adocicado e cheiro que 
lembra a amônia, solúvel em água, que é usado na composição de 
medicamentos diuréticos. A urotropina também é usada como matéria prima para 
a fabricação de diversos explosivos,como o RDX (VIDE) e o HMX (VIDE). 
13 
 
 
Síntese 
O composto pode ser obtido fazendo-se reagir gás amônia ou solução 
aquosa de amônia em formaldeído (formol) e evaporando-se a solução: 
 
Figura 3 - Sintese de urotropina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
14 
 
 
Resultados e Discussão 
Nas aulas práticas de Química Farmacêutica ministradas em laboratório 
podemos estudar e analisar com clareza e riqueza de detalhes as ações e 
métodos a seguir: 
Aula 1 - Roteiro 1 (Determinação do coeficiente de partição óleo/água do ácido 
acetilsalicílico) 
O objetivo principal do capítulo prático é mostrar a importância da 
determinação do coeficiente de separação óleo / água nos setores profissionais 
farmacêuticos. 
Nesta aula executamos dois testes, no primeiro adicionamos 20,0 ml de 
solução de ácido acetilsalicílico em um Erlernmeyer, colocando a mesma 
quantidade de água destilada e 2 gotas de fenolftaleína, depois titulamos gota a 
gota com hidróxido de sódio até que a substância mude. 
No segundo experimento Adicionamos 10,0 mL de ácido acetilsalicílico e 
10 mL de éter etílico ao funil separador, agitar por 5 minutos e, em seguida, 
deixamos em repouso até que a separação das fases. Imediatamente após, a 
fase aquosa é recolhida do funil de separação com um Erlenmeyer e água 
destilada, são adicionadas 2 gotas de fenolftaleína, e esta solução é novamente 
titulada com dióxido de sódio gota a gota até a rotação. 
No primeiro experimento para realizar a titulação, foram aplicados 1-2 ml 
de hidróxido de sódio até que a substância se voltasse deixando a coloração roxa 
clara. 
No segundo experimento, há uma leve divisão das substâncias usando um 
funil de separação, mas ambas são incolores, então apenas 0,5 ml da fase 
aquosa é usado para titulação. 
Verificou-se que a primeira amostra contendo ácido acetilsalicílico e água 
destilada que necessitou de mais hidróxido de sódio para realizar a virada do que 
a segunda amostra, pois o pH do AAS é muito baixo, necessitando de mais 
NaOH. AAS no funil de separação, titulando em poucos segundos o efeito de cor 
resultante e usando uma quantidade mínima de hidróxido de sódio, então com o 
AAS contendo algumas moléculasde éter etílico, o pH é mais alto. 
Em estado puro o ácido acetilsalicílico é um pó cristalino branco ou incolor, 
pouco solúvel em água e facilmente solúvel em álcool e éter. Isso se deve ao fato 
15 
 
 
de a água ser mais polar que o etanol e a aspirina, e estes últimos possuírem 
polaridade semelhante. 
 
Aula 1 – Roteiro 2 (Verificação da influência do pH e do pKa na ionização dos 
fármacos) 
Foram separados 4 tubos e numerados de 1 a 4, pesando 30 mg de ácido 
acetilsalicílico, nos tubos 1 e 2 foi colocado o ácido acetilsalicílico e nos tubos 3 e 
4 foram adicionados 3ml de leite de magnésia, em seguida nos tubos 1 e 3, 3 ml 
de cloridrato solução ácida foram adicionados e nos tubos 2 e 4 foram 
adicionados 3 ml de solução tampão, a mistura foi agitada até dissolver, após o 
que 3 ml de acetato de etila foram adicionados aos 4 tubos e combinados 
suavemente, e então as soluções foram separadas em repouso por meio de 
tubos capilares, separando a fase orgânica de cada tubo, e postas sobre a sílica 
fluorescente placas até secar usando uma lâmpada UV, os resultados foram lidos 
observando que a fluorescência era mais forte no tubo 1. 
 
 
Figura 4 - Fonte Própria 
 
Tubo Substância Vol.(mL) 
Sol. HCL 
pH =1 
Vol. (mL) sol. 
tampão 
Na2HPO4/ 
NaH2PO4 pH = 8* 
Vol. (mL) 
Acetato 
de Etila 
Resultado 
(F ou f) 
1 AAS (30 mg) 3 - 3 Forte 
2 AAS (30 mg) - 3 3 Fraco 
3 LMg (3,0mL) 3 - 3 Fraco 
4 LMg (3,0mL) - 3 3 Fraco 
 
Aula 2 – Roteiro 1 (Caracterização físico-química de fármacos e o método de 
recristalização) 
16 
 
 
OBJETIVO: 
Estudar propriedades físico-químicas experimentais úteis na síntese de fármacos. 
1. Teste de Solubilidade. 
EXPERIMENTO I 
Para a realização desse experimento, adicionamos 100 mg (ou ponta de 
espátula) da substância a ser analisada (ácido salicílico e ácido acetilsalicílico) 
são colocados em um tubo de ensaio. Gotejamos com uma pipeta pasteur 0,5 ml 
de água (fria). (Necessitamos usar o mínimo de água possível para dissolver o 
sólido). Se não estiver completamente dissolvido Aqueça ligeiramente o tubo de 
ensaio e observem o comportamento dos ingredientes na água quente. Se a 
substância permanecer insolúvel ou parcialmente solúvel, acrescentarmos mais 
água em porções de 0,5ml e acompanhamos os resultados. 
EXPERIMENTO II 
Repetir o teste de solubilidade do experimento 1, utilizando o solvente 
etanol,éter etílico, clorofórmio, éter de petróleo, caso um desses solventes 
solubilizar a substância a quente e praticamente não dissolvê-la a frio, deixar a 
solução esfriar lentamente à temperatura ambiente e comparar o tamanho, a cor 
e a forma dos cristais obtidos com as características do sólido original. 
Após os experimentoas acima citado, chegamos aos seguintes resultados 
conforme mostrado na tabala abaixo: 
Solvente Temperatura Ácido Salicílico AAS 
Agua Frio Insolúvel Insolúvel 
Agua Quente Solúvel em 5 mL Parcialmente Solúvel 
Etanol Frio Solúvel Parcialmente Solúvel 
Etanol Quente Solúvel Solúvel 
Éter de Petróleo Frio Insolúvel Insolúvel 
Éter de Petróleo Quente Insolúvel Insolúvel 
Clorofórmio Frio Parcialmente Solúvel Insolúvel 
Clorofórmio Quente Solúvel Insolúvel 
Éter Etílico Frio Parcialmente Solúvel Insolúvel 
Éter Etílico Quente Solúvel Parcialmente Solúvel 
 
Determinação do ponto de fusão 
17 
 
 
Para determinarmos o ponto de fusão dois tubos capilares fechados foram 
usados para mensurar os resultados e pequenas amostras de ácido salicílico e 
ácido acetilsalicílico foram coletadas e levadas ao aparelho de ponto de fusão 
para aquecimento, onde a amostra do ácido Acetilsalicílico e do AAS obteve os 
seguintes resultados conforme a tabela abaixo: 
 
Faixa de Fusão AAS Ácido Salicílico 
Início 129,7 °C 151,6 °C 
Final 139,7 °C 152,2 °C 
 
Recristalização de sólido impuro. 
Peso Papel + Placa 61,425 g 
Peso Papel + Placa + AM 
Peso AM: 
1,003 g____________100% 
0,584 g_____________X 
1,003X = 0,584 
X = 58,4 = 58,23% 
 1,003 
Ponto de fusão: Inicio 153,7 °C 
 Final 154,8 °C 
 
 
Responda o que se pede. 
1) Qual o melhor solvente para a recristalização? JUSTIFIQUE SUA RESPOSTA. 
Etanol 95% 78 Ótimo solvente para recristalização, sendo utilizado para moléculas 
menos polares que as do metanol. Pode reagir com ésteres. Acetona 56 Excelente 
solvente, porém seu baixo ponto de ebulição limita a diferença de solubilidade a 
quente a e frio. 
 
2) Descreva todas as etapas de uma recristalização. 
1 – Adição do solvente (frio). 
2 – Dissolução a quente. 
18 
 
 
3 – Filtração a quente. 
4 – Cristalização (resfriamento) 
5 – Filtração de solução resfriada a vácuo. 
6 – Secagens cristais. 
 
3) Quais as características de um solvente para ser usado na recristalização? 
Deve ser solvente inerte cuja substância a ser recristalizada seja insolúvel a frio 
e solúvel a quente, e onde as impurezas sejam solúveis a frio. 
 
4) Por que é recomendada que a solução seja esfriada espontaneamente, após 
aquecida? 
Para que haja crescimento lento dos cristais camada por camada. 
 
5) Qual dos dois fármacos pode sofrer o processo metabólico de hidrólise. 
Justifique. 
O AAS, Seus metabólitos são o ácido salicilúrico, o glicuronídeo salicílico 
fenólico, o glicuronídeo salicilacílico, o ácido gentísico e o ácido gentisúrico. A 
cinética da eliminação do ácido salicílico é dose-dependente, uma vez que o 
metabolismo é limitado pela capacidade das enzimas hepáticas. 
 
 
Aula 3 – Roteiro 1 (Extração e Quantificação de paracetamol – Um método 
farmacopeico) 
OBJETIVO: 
Realizar a extração de um fármaco a partir de sua forma farmacêutica. 
Procedimento 
Pesar 10 comprimidos do mesmo lote de amostras de paracetamol 
comercialmente disponíveis, Calcular a massa média, triturar em gral até obter 
um pó fino e homogêneo, pesar o peso correspondente a 0,5 g do pó resultante, 
dissolver em 20 ml de acetona, agitar manualmente durante 5 minutos, filtrar 
após misturar, vaporizar o solvente. 
Análise 
Testes de Identificação 
Mede o ponto de fusão e compare-o com os dados da literatura. Teste de cloreto 
19 
 
 
férrico III: Em uma solução a 1 % (p / v) de 10 mL de amostra extraída de 
paracetamol, adicione uma gota de cloreto férrico a 1 %. 
Pesamos os 10 comprimidos e obtemos a seguinte massa: 
5,449g 
Realizando a soma de cada uma dessas pesagens, obtemos como resultado. 
5,273 
Calculamos a massa média 
5,449g ÷ 10 = 0,5449g 
 
Depois disso dissolvemos em 20 ml de acetona, agitamos por 5 minutos e 
entendemos que é solúvel, tentamos o mesmo com água só que desta vez com 
água e não obtivemos nenhum resultado. 
 
Figura 5 - 0,5 g de paracetamol diluído em acetona. 
 
Após a agitação filtramos para a obtenção do paracetamol puro sem a presença 
de excipientes. 
Em seguida levamos a solução para o banho Maria para que toda acetona se 
evaporasse ficando dessa forma: 
20 
 
 
 
Figura 6 - Paracetamol puro sem presença de excipientes. 
 
Teste de Identificação 
Medimos a temperatura de fusão e comparamos com a literatura obtendo os 
seguintes valores: 
PF = 169 ºC (teórico) 
PF = 164 ºC – 168ºC 
No teste de identificação Adicionamos cloreto férrico a ambas as misturas 
(em acetona e água) e percebemos que ela só reage em água mudando a cor 
para roxo. 
O paracetamol é o princípio ativo encontrado em fármacos com 
propriedades analgésicas. Este parece atuar por inibição da síntese de 
prostaglandinas, mediadores celulares responsáveis pelo aparecimento da dor. 
Na sua fórmula estrutural, encontramos duas funções orgânicas: amida e fenol. 
Os fenóis, ao reagirem com cloreto férrico eCl3), formam complexos coloridos, 
sendo esta uma das reações que identificam esses compostos. A coloração do 
complexo formado varia do azul ao vermelho, dependendo do solvente. Essa 
reação pode ocorrer em água, metanol ou diclorometano. 
Finalizamos aanálise observando que o paracetamol se dissolve em 
acetona porque é apolar e quando se adiciona cloreto férrico só reage em água. 
 
 
21 
 
 
Questões 
1. O que significa método farmacopeico? 
ANVISA, método recomendado para análise, purificação, síntese, entre outros, 
pelos órgãos de controle farmacológico. 
 
2. Por que há a necessidade de se filtrar a amostra solubilizada em acetona? 
Para extrair o excipiente e obter somente o paracetamol puro. 
 
3. Qual o principal efeito tóxico 
Intoxicação de por uso continuo pelo fato do fígado metabolizar e transformar em 
uma substancia nociva a saúde. 
 
4. Quais os grupos funcionais presentes na estrutura do paracetamol? 
Fenol e amina. 
 
5. Por que usamos acetona e não outro solvente? 
Porque a acetona é menos polar e dissolve grandes quantidades de 
paracetamol e o excipiente não é solúvel em acetona. 
 
6. Qual foi o ponto de fusão encontrado para a substância pura? O que você 
pode explicar sobre a faixa de fusão encontrada? 
PF = 169 ºC (teórico) 
PF = 164 ºC – 168 ºC 
 
 
 
Aula 3 – Roteiro 2 (Síntese do succinilsulfatiazol) 
Objetivo 
Demonstrar um dos métodos de genes e de fármacos por latenciação. 
Procedimento Pesar 0,5 g (1,96 mmols) de sulfatiazol e transferir para um 
balão de fundo redondo de 50,0 mL acoplado a um condensador de refluxo. 
Adicionar 30,0 mL de etanol anidro e refluxar por 5 minutos, então adicionar 
excesso de anidrido succínico (0,25 g, 2,4 mmols) e refluxar por 45 minutos. 
22 
 
 
Filtrar o sólido formado à pressão reduzida em um funil de Büchner e transferir o 
produto para um vidro de relógio pesado. Evaporar o filtrado no evaporador 
rotatório até resíduo para segunda colheita do produto. Recristalizar o produto 
obtido com álcool e água (4:3). Deixar em repouso para precipitação. Filtrar o 
sólido obtido, transferir para um vidro de relógio pesado. Secar em estufa a 50 ºC 
 
Resultado 
Não foi possível dar continuidade ao procedimento por no inicio não ter formado o 
produto sólido. 
 
Questões 
 
1. Esquematize o mecanismo da reação. 
 
 
2. Calcule o rendimento teórico e prático da reação. 
225,31 g sulfatiazol__________________355,38g succinnilsulfatiazol 
 0,5 g___________________________________X 
255,31.X = 177,69 
X = 177,69 ÷ 255,31 = 0,6968 g 
 
3. Indique o reagente limitante da reação. Como você justifica a utilização de 0,01 
mols de sulfanilamida e 0,02 mols de anidrido succínico? 
 
4. Qual a vantagem da utilização do anidrido succínico ao invés de ácido 
succínico? 
A vantagem da utilização do anidrido succínico é tornar o relógio mais lento. 
 
5. Qual o objetivo em converter a sulfatiazol em succinilsulfatiazol? 
Para liberar o fármaco para para efeito intestinal 
23 
 
 
 
6. Indique o tipo de ligação necessária entre a sulfanilamida e o anidrido 
succínico. Exemplifique outras ligações com a mesma característica. 
Anídrico, ligação covalente formada pelo compartilhamento de par de elétrons. 
Corresponde a ligação entre o não metal com outro não metal . 
 
7. Indique o grupo farmacofórico das sulfonamidas. Qual o mecanismo de ação 
dessa classe de fármacos? 
As sulfonamidas são uma classe de antibióticos que inibe a síntese do ácido fólico 
em agentes patogénicos. O fármaco padrão desta classe é o sulfametoxazol. O 
mecanismo de ação das sulfonamidas está relacionado com a produção de ácido 
tetra-hidrofólicopelas bactérias, o derivado ativo do folato. Por isso, se faz 
necessária a revisão de como ocorre este processo de metabolização do ácido 
fólico. 
 
 
 
Aula 4 – Roteiro 1 (Síntese da urotropina) 
OBJETIVO: 
Demonstrar um dos métodos de obtenção da urotropina. 
 
PROCEDIMENTO: 
 Em balão adicionar 25 mL de formol e 20 mL de hidróxido de amônio. 
Adapta-se uma rolha com tubo de vidro ou adaptador de junta esmerilhada e liga-
se a trompa. Adiciona-se o sistema em um banho-maria. Aquece-se até a secura. 
Adiciona-se o álcool etílico para transferir o resíduo para uma cápsula. Evapora-
se o etanol em banho-maria na capela. Remove-se a urotropina com éter etílico e 
filtra-se em funil de Büchner lavando-se com éter. Determinar seu ponto de fusão 
e calcular o rendimento. 
 
Resultado 
24 
 
 
 A reação é exotérmica, então os reagentes foram misturados lenta e 
cuidadosamente. Ao preparar a urotropina, é utilizado um processo de vácuo, 
pois este processo contribui para a perda de água do sistema. Isso aconteceu 
para que o rendimento seja maior porque com a água no sistema o equilíbrio é 
deslocado para os reagentes e há pouco do produto desejado. O alcool etílico é 
usado para remover a água do sistema e acetona é usada para alimentar 
hemotropina do frasco de fundo arredondado para o funil de Bushner. Este 
rendimento não foi maior devido a diversos fatores como contaminação do 
reagente e falha operacional. 
Ponto de fusão: 264 °C 
 
Calculo do rendimento: 
Placa + Papel = 62,486 g 
Placa + Papel + AM Seca = 69,382 g 
AM Seca = 6,896 g 
7,78________________100% 
6,896 g _____________X 
7,78X = 6,896 . 100 
X = 6896,6 = 88,64% 
 7,78 
A obtenção de Urotropina através de amoníaco e formaldeído foi possível 
devido a uma reação de condensação. Por meio do teste de liberação de vapor 
alcalino, detectado com papel de tornassol, pôde-se confirmar a formação de 
Urotropina. 
 
Questões 
1. Qual a ação farmacológica da urotropina? 
Urotropina, hexamina, metenamina ou hexametilenotetramina, é um composto 
orgânico que possui a fórmula molecular C6H12N4. É um pó branco, de gosto 
adocicado, e cheiro que pode lembrar amônia, e também muito solúvel em água. 
É utilizada como ingrediente para certos remédios diuréticos, dentre 
outros. 
 
 
25 
 
 
2. Qual seu produto de metabolização? 
3. Apresente o mecanismo para a formação da urotropina. 
 
 
4. Qual é o objetivo de se adicionar álcool etílico, acetona e éter etílico no 
processo de isolamento e purificação da urotropina? 
O álcool etílico solubiliza a urotropina e facilita a transferência da capula para o 
funil. 
 
5. Na etapa de filtração a vácuo, os cristais formados são lavados com éter 
gelado. Por quê? 
Para evitar a solubilização da urotropina e manter a forma de cristais. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
26 
 
 
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Cristina Nascimento de; FREITAS FILHO, João R. Agrotóxicos: Uma Temática 
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DIAS FILHO, Claudemir Rodrigues; ANTEDOMENICO, Edilson. A Perícia 
Criminal e a Interdisciplinaridade no Ensino de Ciências Naturais. Química Nova 
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FELTRE, Ricardo. Química Geral. 6ª ed. São Paulo: Editora Moderna, 2004. 
 
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