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Microcirculação e sistema linfático

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Semana 4- cardio- fisiologia- microcirculação e sistema linfático
Trocas nos capilares: uma vez que o sangue alcança os capilares, o plasma e as células trocam materiais através das finas paredes dos capilares. Logo, a densidade dos capilares em qualquer tecido está diretamente relacionada à atividade metabólica das células do tecido.
Os capilares têm a parede mais fina de todos os vasos sanguíneos, composta de uma única camada de células endoteliais achatadas sustentadas por uma lâmina basal.
Os capilares mais comuns são os capilares contínuos, cujas células endoteliais são unidas entre si com junções de vazamento. 
Os capilares fenestrados têm grandes poros, os quais permitem a passagem rápida de grandes volumes de fluido entre o plasma e o liquido intersticial. 
Três tecidos, a medula óssea, o fígado e o baço, não têm capilares típicos. Em vez disso, eles têm vasos modificados, denominados sinusoides. Esses possuem fenestrações e também pode apresentar espaços entre as células. 
A velocidade do fluxo sanguíneo é menor nos capilares, devido à área de secção transversal total ser grande, a qual representa a área de todos os capilares juntos. Essa característica permite que a difusão tenha tempo suficiente para atingir o equilíbrio. 
Trocas: a troca entre o plasma e o liquido intersticial ocorre ou por movimento entre as células endoteliais (via paracelular) ou por movimento através das células (transporte endotelial). Nos capilares, as moléculas grandes são transportadas através do endotélio por transcitose, pois a superfície das células endoteliais aparece com numerosas caveolas e depressões não revestidas, as quais se tornam vesículas para a transcitose. 
Filtração capilar e absorção: uma terceira maneira dos capilares realizarem as trocas é pelo fluxo de massa para dentro e para fora do capilar. Esse se refere ao movimento de massa do liquido como resultado de gradientes de pressão hidrostática ou osmótica. Se a direção do fluxo de massa é para dentro dos capilares, o movimento do liquido é chamado de absorção. Se a direção do fluxo é para fora dos capilares, o movimento do liquido é chamado filtração. 
Duas forças regulam o fluxo de massa: a pressão hidrostática, componente de pressão lateral do fluxo sanguíneo que empurra o liquido para fora dos poros dos capilares; e a outra é a pressão osmótica, a qual é determinada pela concentração de solutos em um compartimento, assim, essa pressão que é criada pela presença de proteínas, a chamada pressão coloidosmótica ou oncótica. (A pressão coloidosmótica não equivale à pressão osmótica, ela é apenas uma medida de pressão osmótica criada pelas proteínas).
Sistema linfático: as funções do sistema linfático incluem:
Restituir de volta ao sistema circulatório os líquidos e proteínas filtrados para fora dos capilares
Capturar a gordura absorvida no intestino delgado e transferi-la para o sistema circulatório
Atuar como um filtro para ajudar a capturar e destruir patógenos. 
O sistema linfático permite movimento unidirecional do liquido intersticial desde os tecidos até a circulação. Dessa maneira, vasos linfáticos com extremidade cega (capilares linfáticos) se situam perto de todos os capilares.
As paredes desses vasos linfáticos são ancoradas ao tecido conectivo circundante por fibras, que mantêm os vasos abertos. Assim, grandes lacunas entre as células permitem que líquidos, proteínas intersticiais e material particulado, como bactérias, sejam arrastados para os vasos linfáticos pelo fluxo em massa. Uma vez dentro dos vasos linfáticos, esse liquido é simplesmente chamado de linfa.
Os vasos linfáticos dos tecidos juntam-se entre si para formar vasos linfáticos maiores, que progressivamente aumenta de tamanho. Dessa maneira, os ductos linfáticos maiores desembocam na circulação venosa logo abaixo das clavículas. Em intervalos ao longo do percurso, os vasos penetram linfonodos.
O sistema linfático não possui uma bomba como o coração. Assim, o fluxo é basicamente devido à contração do músculo liso da parede dos vasos linfáticos maiores. Ademais, o fluxo é auxiliado pelas fibras contrateis das células endoteliais, pelas valvas unidirecionais e pela compressão externa gerada pelos músculos esqueléticos. 
Edema: o edema é um sinal de que as trocas normais entre os sistemas circulatório e linfático estão alteradas. Ocorre devido duas causas: drenagem inadequada da linfa; ou filtração capilar sanguínea que excede muito a absorção capilar.
A drenagem inadequada: ocorre por obstrução do sistema linfático, principalmente por parasitos, câncer ou crescimento de tecido fibrótico.
Absorção x filtração: três fatores rompem com o balanço normal entre esses mecanismos: aumenta da pressão hidrostática capilar (principalmente devido a uma elevada pressão venosa); diminuição da concentração de proteína plasmática (podem diminuir como resultado de desnutrição severa); aumento das proteínas intersticiais (o vazamento excessivo de proteínas para fora do sangue diminui o gradiente de pressão coloidosmótica e aumenta a filtração capilar).
OBS: Em algumas ocasiões, mudanças no balanço entre filtração e absorção ajudam o corpo a manter a homeostase. Por exemplo, se a pressão sanguínea arterial diminui, a pressão hidrostática capilar também diminui, essa mudança aumenta a absorção de líquidos, a fim de aumentar a pressão osmótica.

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