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UNIVERSIDADE TUIUTI DO PARANÁ 
Caio Antonio Nunes de Souza 
 
 
 
 
 
 
A INTER-RELAÇÃO ENTRE A RADIOLOGIA E A CIRURGIA ORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2011 
 6
 
 
 
 
 
 
 
 
A INTER-RELAÇÃO ENTRE A RADIOLOGIA E A CIRURGIA ORAL 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2011 
 7
Caio Antonio Nunes de Souza 
 
 
 
 
 
 
 
A INTER-RELAÇÃO ENTRE A RADIOLOGIA E A CIRURGIA ORAL 
 
 
Monografia apresentada ao curso de Odontologia, 
da Faculdade de Ciências Biológicas e da Saúde 
da Universidade Tuiuti do Paraná, como registro 
parcial para a obtenção grau de Especialista em 
Radiologia e Imaginologia Odontológica. 
Orientadora: Lígia Aracema Borsato. 
 
 
 
 
 
CURITIBA 
2011 
 8
TERMO DE APROVAÇÃO 
Caio Antonio Nunes de Souza 
 
 
 
A INTER-RELAÇÃO ENTRE A RADIOLOGIA E A CIRURGIA ORAL 
Esta monografia foi julgada e aprovada para a obtenção do grau de Especialista em Radiologia e Imaginologia 
no Curso de Pós Graduação da Universidade Tuiuti do Paraná. 
 
 
 
Curitiba, 17 de junho de 2011. 
 
 
_____________________________________________________________ 
 
 
 
Curso de Odontologia 
Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Orientador: Profª. Ligia Aracema Borsato 
 Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
 
 
 
 Profº. _______________________ 
 Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 
 
 
 
 Profº. _______________________ 
 Universidade Tuiuti do Paraná 
 
 
 9
SUMÁRIO 
1 RESUMO ................................................................................................................10 
2 INTRODUÇÃO........................................................................................................12 
3 OBJETIVOS............................................................................................................15 
4 REVISÃO DE LITERATURA..................................................................................16 
5 DISCUSSÃO...........................................................................................................39 
6 CONCLUSÃO.........................................................................................................43 
7 REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................44 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 10
RESUMO 
No presente trabalho, foi discutido a inter-relação entre a radiologia e a 
cirurgia oral, por meio de uma revisão de literatura. Nos dias atuais muitas são as 
possibilidades e variações nos exames imaginológicos, como a radiologia 
convencional, radiologia digital, tomografia computadorizada, ultrassonografia, e 
também a ressonância magnética. Estes que se apresentam em constante evolução. 
Desta forma, a imaginologia, cada dia mais vem contribuindo com as inovações 
técnicas e possibilidades terapêuticas na área da cirurgia oral. 
Palavras-chave: Radiologia, cirurgia oral, recursos imaginológicos. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 11
ABSTRACT 
 In the present work, was discussed the relationship between the radiology and 
the oral surgery through an a literature revision. On the present days, many are the 
possibilities and modification on imaging exams, like the conventional and digital 
radiology, computadorized tomography, magnetic resonance, and ultrassonography, 
that appearance in constant evolutions. This way, the imaginologic resources, every 
day more, comes to contribut with the technical innovations and therapeutics 
possibilities of oral surgery. 
Key words: Radiology, oral surgery, imaginologic resources 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 12
INTRODUÇÃO 
 Em uma época na qual as mudanças da tecnologia para o diagnóstico por 
imagens ocorrem de uma forma acelerada, as incidências radiográficas 
convencionais têm sido relegadas a um segundo plano, sendo cada vez maior a 
tendência a priorizar os exames mais sofisticados, como a tomografia 
computadorizada (TC) e a ressonância magnética (RM), entre outros (Vasconcelos 
et al. 2003). 
 O cirurgião-dentista deve possuir conhecimentos suficientes a cerca dos 
exames por imagens disponíveis para indicar corretamente o tipo de exame para o 
diagnóstico correto e melhor forma de tratamento para o paciente (Santos et al. 
2009). 
 A face abriga estruturas ósseas complexas que estão diretamente 
relacionados com vários órgãos como os da respiração, visão, audição e fonação. A 
presença de um trauma de face pode ocasionar a perda de continuidade anatômica, 
resultando em lesões de tecidos moles e fratura dos ossos da face. Os traumatismos 
têm grande importância para o cirurgião-dentista não só pela incidência de casos, 
mas também pelo fato de que se não forem reparados de maneira adequada, podem 
evoluir para importantes seqüelas estéticas e funcionais para o paciente (Mota et al. 
2001). 
 O principal fator que diferencia os profissionais da saúde é a obtenção de 
diagnósticos precisos. Na área odontológica, o exame radiográfico extra bucal tem 
sido utilizado pelo cirurgião-dentista como método auxiliar no diagnóstico das 
afecções bucais. Dentre estes métodos destaca-se a radiografia panorâmica (Souza 
et al. 2004). 
 13
 A radiografia panorâmica tem vasta aplicação clínica em todas as 
especialidades da Odontologia, sendo uma técnica popular e largamente aceita, 
fornecendo uma visão das varias estruturas faciais em um único filme. As 
radiografias panorâmicas proporcionam subsidio adequados para a maioria dos 
procedimentos de cirurgia bucal, avaliação do progresso em tratamentos 
ortodônticos, informações sobre o crescimento e o desenvolvimento de crianças e os 
levantamentos de saúde bucal de uma dada população (Carvalho et al 2007, Vicci e 
Capelozza, 2002). 
 Apesar de comumente utilizadas as radiografias periapicais são geralmente 
inadequadas para a avaliação radiográfica de terceiros molares inclusos, sendo a 
radiografia panorâmica a técnica imaginológica de escolha para tal procedimento 
(Santos et al. 2009). 
 A maior parte das lesões que acometem a área óssea do complexo 
estomatognático são casos assintomáticos sendo descobertos em exames 
radiográficos de rotina. A maioria dessas lesões pode ser diferenciada pela 
combinação dos achados clínicos e radiográficos. Com a capacidade de captar toda 
a área óssea e dentada do complexo maxilo-mandibular, a radiografia panorâmica 
representa uma alternativa para realizar tal avaliação, sendo indicada como rotina no 
consultório odontológico (Noia et al. 2008, Schwengber et al 2008, Noleto et al. 
2007). 
 O índice de confiança da radiografia panorâmica é limitado devido à distorção 
das imagens, inerente a técnica, causados por vários motivos como: erro no 
posicionamento do paciente, variação nos fatores de ampliação e os fatores 
geométricos de formação de imagem (Carvalho et al. 2007). 
 14
 Existem hoje várias formas e métodos para auxiliar o profissional a 
diagnosticar e detectar as fraturas radiculares. Dentre eles a radiografia periapical 
utilizando filme radiográfico convencional, radiografias digitais e seus recursos até a 
tomografia computadorizada (Borba et al. 2003). 
 O uso de implantes na substituição de dentes perdidos tem sido uma prática 
convencional na Odontologia dos tempos modernos. O planejamento deve ser feito 
através de técnicas radiográficas exatas,que permitam avaliar claramente a região 
de interesse para o implante dentário. As radiografias periapicais, oclusais e 
panorâmicas são usadas em procedimentos pré-operatórios para a avaliação da 
região receptadora, mas devido a baixa resolução de imagem não possibilitam a 
medida da densidade óssea. A tomografia computadorizada por raios X fornece a 
imagem de estruturas vásculo-nervosas e ósseas com alta resolução tornando-a o 
método mais preciso na pratica implantodológica (Oliveira et al. 2006). 
 Objetiva-se com o presente trabalho levantar as informações pertinentes na 
literatura científica sobre a importante relação entre a radiologia e imaginologia 
odontológica e a cirurgia oral. 
 
 
 
 
 
 
 15
OBJETIVOS 
 
Objetivo Geral: 
- Realizar uma revisão de literatura a respeito da inter-relação entre a cirurgia oral e 
a radiologia odontológica e imaginologia. 
 
Objetivo Específico: 
- Descrever as diversas modalidades de exames por imagens utilizados nos dias 
atuais, suas variações técnicas e as diferentes modalidades e opcções cirúrgicas utilizadas 
no odontologia. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 16
REVISÃO DE LITERATURA 
Blaschke e Sanders (1979) objetivaram em seu trabalho, descrever a 
importância da avaliação radiográfica das injúrias por arma de fogo na região crânio-
facial, as principais técnicas utilizadas e uma seqüência para a avaliação 
radiográfica. A avaliação da região bucomaxilofacial é de suma importância, devido 
ao risco de dano de estruturas muito nobres, intra e extra-cranianas, como cérebro e 
plexos vasculares cervicais. Antes de encaminhar o paciente ao serviço de 
radiologia, suas funções vitais devem ser verificadas, como: vias aéreas liberadas, 
presença de hemorragia, excessivo edema, funções cerebrais alteradas ou choque, 
o que altera a ordem dos procedimentos, caso paciente deva ser encaminhado à 
cirurgia emergencial. Para avaliação radiográfica da região crânio-facial, uma série 
de tomadas podem ser realizadas como crânio e coluna cervical, e projeções 
convencionais como lateral, submento vertex, Waters, reversa de Towne e póstero-
anterior. Na avaliação destas radiografias podemos observar: dano ao esqueleto 
maxilofacial, localização dos fragmentos ósseos e projéteis, envolvimento dos seios 
paranasais e comprometimento do espaço aéreo naso-faríngeo. Os autores 
sugeriram uma técnica radiográfica que complemente a outra para a otimização do 
diagnóstico. Também foi citada a utilização da TC em casos que o edema facial 
possa interferir no contraste e detalhe da radiografia comum, quando há a presença 
de inúmeros fragmentos ósseos e para se isolar em cortes tomográficos os projéteis. 
Hodgkinson et al. (1994), realizaram um trabalho a respeito do manejo de 
pacientes com traumatismos faciais seguindo a requisição, interpretação e inter-
relação dos achados clínicos com radiografias da região maxilofacial. Segundo os 
autores é de fundamental importância o conhecimento da anatomia normal e 
 17
radiológica para que possamos interpretar radiografias da face. Também é citado 
que a identificação do tipo de traumatismo (qualidade de energia transferida ao 
esqueleto) é fundamental para se identificar a região afetada e correta requisição da 
tomada radiográfica. Desta forma é requerido radiografias de boa qualidade e 
correto posicionamento, e se tratando de pacientes traumatizados, devemos 
observar atentamente se o paciente não possui uma suspeita de lesão cervical, 
devido ao posicionamento das radiografias extraorais. 
 
REGIÃO ANATÔMICA 
 
ACHADOS CLÍNICOS 
 
TÉCNICA 
RADIOGRÁFICA 
TERÇO SUPERIOR 
 
NASOETMÓIDE 
 
 
Hematoma periorbital, 
epistaxe, posicionamentos 
dos ossos faciais, desvio do 
septo nasal, rinorréia do fluido 
cérebroespinhal. 
 
Occiptofrontal e lateral. 
 
ÓRBITA 
 
Diplopia, exoftalmia, proptose, 
restrição dos movimentos 
oculares. 
 
Occiptofrontal e lateral 
TERÇO MÉDIO 
COMPLEXO 
ZIGOMÁTICO 
Edema periorbital, hematoma, 
anestesia infraorbital, 
assimetria facial,edema da 
bochecha. 
 
Occiptomental 45º. 
 
ARCO ZIGOMÁTICO 
 
Depressões sobre o arco, 
restrições dos movimentos 
mandibulares. 
 
Submento vertical. 
 
MAXILA 
 LEFORT I 
Edema e inchaço de lábio 
superior e bochechas, 
mobilidade da maxila, dentes 
posicionados posteriormente. 
 
Occiptomental e lateral. 
 
LEFORT II E III 
Severo edema facial, 
hematoma periorbital, face 
 
Occiptomental 45º e 
 18
aparenta estar mais longa, 
mobilidade da maxila, dentes 
posicionados posteriormente. 
lateral. 
 
TERÇO INFERIOR 
MANDÍBULA 
 
Contusões, inchaço, 
sangramento bucal, do ouvido 
ou ambos, parestesia do lábio 
inferior, crepitação ou fratura 
com mobilidade, maloclusão, 
impossibilidade de fechar a 
boca ou ocluir os dentes. 
 
Panorâmica e póstero-
anterior, projeção reversa 
de Towne, lateral e oblíqua 
e P.A. 
 
ABSCESSO 
PERIAPICAL 
Dor facial e edema. Panorâmica e radiografia 
intraoral. 
 
SINUSITE 
Dor facial, edema , descarga 
nasal. 
Occiptomental 45º - 
maxila, 
Occiptofrontal – 
frontal/etmóide. 
 
SIALODENITE 
Dor aguda após comer, 
inchaço das glândulas 
salivares, 
P.A., lateral oblíqua. 
Hodgkinson et al. (1994). 
 
Frederiksen N.L. (1995) realizou um trabalho a respeito da utilização da 
imaginologia diagnostica na implantologia, através de uma revisão de literatura. O 
propósito foi de avaliar diferentes técnicas radiografias, a morfologia do sítio de 
implantação, a qualidade e quantidade óssea, presença de patologias, a inclinação 
do processo alveolar e a relação com estruturas anatômicas descritos na literatura. 
Radiografia intra-oral – as técnicas periapical e oclusal fornecem uma imagem rica 
em detalhes, de fácil obtenção e custo reduzido. Elas são utilizadas para uma 
avaliação inicial do paciente. Por ela fornecer uma imagem da parte do todo se 
devem realizar outras radiografias complementares. 
 19
Radiografia cefalométrica – é possível observar a inclinação do processo alveolar, 
também podendo ser utilizada para mensurar a relação maxilo mandibular e 
posterior espaço protético. A posição do forame mentoniano é observada juntamente 
com a borda inferior da mandíbula. 
Radiografia panorâmica (RP) – vem sendo amplamente utilizada para diagnóstico da 
região oral e maxilofacial, porem deve ser observada cautelosamente devido a 
magnificação de imagem. Ela apresenta a altura do processo alveolar, dentes, 
estruturas anatômicas, porem, para avaliação vestíbulo-lingual deve-se associar 
uma outra técnica radiográfica. 
Oliveira et al.(2006), objetivaram com seu trabalho analisar as estruturas da 
região maxilar de interesse da implantodontia por meio de imagem de tomografia 
computadorizada, buscando uma avaliação qualitativa e quantitativa da densidade 
óssea. Para a realização deste experimento, foram utilizadas 31 tomografias 
computadorizadas, e a delimitação das regiões de interesse na maxila foi utilizado 
um programa de domínio publico Image J. As regiões avaliadas foram o seio 
maxilar, fossas nasais, tuberosidade maxilar e forame nasoalveolar. Através das 
ferramentas de mensuração do programa, foram calculadas as diferenças de 
densidades dos tecidos. Os resultados obtidos foram que as regiões pneumáticas, 
seio maxilar e fossas nasais são semelhantes. Já a tuberosidade é constituída de 
osso alveolar de densidade heterogênea, possuindo uma média de densidade maior 
que o forame nasoalveolar. 
Mota, et al. (2001) realizaram um estudo a respeito dos pacientes vítimas de 
trauma de face atendidos por alunos da especializaçãode cirurgia e traumatologia 
buco-maxilo-facial, da Universidade Federal de Minas Gerais, no Pronto Socorro do 
 20
hospital Municipal Odilon Behrens. A pesquisa constitui avaliar no paciente de 
trauma de face, o sexo, idade, fator etiológico e tipo de lesão observada. Desta 
forma, puderam concluir que o maior número de pacientes são do sexo masculino e 
se encontram na faixa etária de maior atividade no dia-a-dia (20-30 anos), sendo os 
fatores etiológicos mais encontrados àqueles decorrentes da violência dos centros 
urbanos e da imprudência no trânsito. A respeito das estruturas anatômicas, as mais 
envolvidas são aquelas que se localizam na região anterior do processo alveolar 
(fratura alvéolo dentária e de mandíbula). 
Em seu trabalho, Vicci e Capelozza (2002) pretenderam determinar a 
ocorrência de lesões dentárias e ósseas em pacientes atendidos nas clínicas da 
universidade do Sagrado Coração, utilizando RP. A partir do arquivo de 
documentação dos pacientes do curso de odontologia, foram selecionadas 471 
radiografias (com máxima nitidez), de pacientes dentados e desdentados, 
considerando sexo e faixa etária. A interpretação foi sempre em um mesmo 
negatoscópio, com intensidade de luz adequada. As imagens sugestivas de 
anormalidade para este estudo foram : 1-atrofia óssea por desuso; 2- cisto de 
retenção do seio maxilar; 3- dilaceração radicular; 4- displasia cementária periapical; 
5- osteíte condensante; 6- hipercementose; 7- lateroversào; 8- lesão cariosa; 9- raiz 
residual. Seus resultados obtidos foram que a distribuição das anomalias foi maior 
no sexo feminino; e a frequencia das anomalias se deu em: 25.2% tratamento 
endodôntico; 13,2% com lesão apical; 12% atrofia óssea; 12% lateroversão; 6% 
esclerose óssea; 6% tratamento endodôntico com lesão periapical; 4.9% dilaceração 
radicular; 4.3% raiz residual; 4.2% hipercementose; 2.5% espessamento periapical; 
1.8% displasia cementária periapical, 1% lesão cariosa. A ocorrência das anomalias 
entre as diferentes faixas etárias, observou-se que: 10-20 anos – prevalência de 
 21
lateroversão; 21-20 anos- lesões cariosas; 31-40 anos- microdontia; 41-50 anos- 
tratamento endodôntico com lesão periapical; 51-60 anos- raiz residual; 61-70 anos- 
desdentados totais 
Através da avaliação de radiografias panorâmicas, Faria et al.(2003) 
realizaram uma pesquisa com o objetivo de estimar a prevalência de dentes inclusos 
em uma amostra de pacientes atendidos na disciplina de cirurgia do curso de 
Odontologia da Universidade Estadual de Feira de Santana. Foram utilizados 88 
prontuários de pacientes que se submeteram a cirurgia de remoção de dentes 
inclusos.Através de análises estatísticas, os resultados obtidos foram que a média 
da faixa etária da amostra foi de 24,5 anos e com um total de 209 dentes avaliados, 
04 (1,9%) incisivos, 08 (3,8%) caninos superiores, 03 (1,4%) pré-molares superiores, 
77 (36,9%) terceiros molares superiores, 103 (49,3%) terceiros molares inferiores e 
14 (6,7%) supranumerários. Concluindo que o dente incluso com maior freqüência 
foi o terceiro molar inferior. 
Branco et al.(2003) relataram através de um caso clínico a ocorrência de 
sialolitíase do conduto de Wharton. Baseados em vossa revisão de literatura, os 
autores discutiram os aspectos clínicos e radiográficos desta lesão. A sialolitíase 
caracteriza-se pela formação de cálculos nos ductos das glândulas salivares, sendo 
seu diagnóstico clínico e por imagens, podendo-se utilizar radiografias panorâmicas 
e oclusais, sialografia, cintilografia e ultrassonografia. Radiograficamente 
apresentam-se como massas radiopacas. As radiografias oclusais são mais bem 
indicadas que as panorâmicas e periapicais, devido estas apresentarem 
sobreposições. Nem sempre é possível a visualização do cálculo através de RX 
convencional, o que está relacionado com o grau de mineralização, preconizando o 
 22
uso de ultrassonografia nestes casos. O tratamento optado foi excisão cirúrgica do 
cálculo. 
Vasconcelos et al.(2003), realizaram um trabalho apresentando um caso 
clinico a respeito do diagnóstico das fraturas zigomático-orbitárias por tomografia 
computadorizada ou radiografias convencionais. É citado que em pacientes recém 
traumatizados, o diagnóstico é mais obscuro e difícil devido a condição clínica, 
sendo de fundamental importância a obtenção de exames por imagem, para o 
auxílio no diagnóstico e planejamento do tratamento. O cirurgião buco-maxilo-facial 
pode lançar mão das radiografias extra-orais convencionais, Waters, Hirtz e perfil da 
face, e tomografias computadorizadas para obter o diagnóstico de fraturas da região 
zigomático-orbitária. Porém, a incidência de Waters demonstrou-se mais bem 
indicada no diagnóstico de fraturas das seguintes regiões anatômicas: assoalho 
orbitário, corpo do zigomático, ossos nasais, parede medial da órbita, borda infra-
orbitária, sutura fronto-zigomática e sutura zigomático-maxilar. Apesar da excelência 
na qualidade da imagem, a tomografia computadorizada apresenta algumas 
desvantagens como: pequenas alterações na existência de restaurações metálicas 
ou material endodôntico, técnica e equipamento de difícil acesso com altos custos. 
Desta forma concluíram baseados na literatura, a superioridade da tomografia 
computadorizada sobre radiografias convencionais no diagnóstico das fraturas 
zigomático-orbitária. E adicionam que na ausência de um tomógrafo, a radiografia 
convencional deve ser utilizada e que as fraturas devem ser documentadas a 
radiografia convencional, em ao menos dois ângulos diferentes, devido a limitação 
da bidimensionalidade. 
Após a análise de 530 ortopantomografias, Vasconcelos et al.(2003) 
objetivaram apresentar a incidência de dentes impactados (retidos) em pacientes do 
 23
gênero masculino e feminino, com idade entre 21 e 25 anos. Foram diagnosticados 
663 dentes impactados. O critério para seleção das radiografias foi a idade e, como 
método de pesquisa, foram utilizados os laudos radiográficas emitidos pelos 
radiologistas odontológicos, considerando-se impactados os elementos dentários 
que não se apresentaram irrompidos nas radiografias. Após a análise dos dados 
foram encontrados 280 pacientes portadores de dentes impactados (52,83%), sendo 
os dentes mais afetados, pela ordem, terceiros molares inferiores, terceiros molares 
superiores, supranumerários, caninos superiores, segundo pré-molares superiores, 
segundo molares superiores, incisivos centrais superiores, segundos pré-molares 
inferiores, segundo molares inferiores. Não ocorreram retenções em primeiros 
molares superiores, primeiros molares inferiores, primeiros pré-molares superiores e 
inferiores, caninos inferiores, incisivos laterais superiores e inferiores e incisivos 
centrais inferiores. Foram encontrados 13 dentes supranumerários (1,96%). Com 
relação aos arcos dentários ocorreu uma predominância da arco inferior, e em 
relação ao sexo, pelo masculino. Os terceiros molares impactados somados (627) 
foram expressivamente mais freqüentes que os demais grupos (36). 
Segundo Curcio et al.(2004), as fraturas mandibulares, sobretudo dos 
processos condilares, apresentam relativa dificuldade de serem diagnosticadas, em 
especial, as fraturas altas do côndilo e desta forma, eles discutem por meio de relato 
de caso, a eficácia da tomografia computadorizada e das radiografias convencionais 
no diagnóstico e planejamento terapêutico das fraturas dos processos condilares. 
Para a conclusão diagnóstica, é requerida a história pregressa deste paciente, bem 
como a história do traumatismo, exame clínico e exames complementares de 
imagem. Assim foi indagada a eficácia dos métodos radiológicos (no caso P.A de 
Towne) pela sobreposição de estruturasanatômicas (processo mastóide e osso 
 24
zigomático) em detrimento da tomografia, concluindo que o corte coronal da 
tomografia é diagnóstico e conclusivo nas fraturas de côndilo, o mesmo não 
ocorrendo com exames radiológicos convencionais. 
De Sá et al.(2004) realizaram um trabalho baseados em dois casos clínicos a 
respeito do alongamento do processo estilóide (síndrome de Eagle). A síndrome de 
Eagle corresponde a um agregado de sintomas incluindo dor facial recorrente, 
sensação de corpo estranho e disfagia, estando diretamente relacionado ao 
alongamento do processo estilóide ou a calcificação do ligamento estilohioideo. O 
diagnóstico dessa entidade pode ser confirmado clinicamente com a palpação 
cuidadosa da fossa tonsilar, com relato de dor pelo paciente, associado ao encontro 
dos sinais radiológicos sugestivos. O processo estilóide alongado pode ser visto nos 
métodos de imagem em incidências radiográficas da face em perfil, ântero-
posteriores e obliquas. A radiografia panorâmica também fornece importantes 
informações. Porém, a TC é considerada o método de escolha para a avaliação, por 
permitir a aquisição de imagens nos planos axial e coronal, a realização de 
reconstruções multiplanares e 3D, demonstrando não somente as estruturas ósseas 
e os componentes calcificados, como também a relação destas com as demais 
estruturas anatômicas adjacentes, superando a radiologia convencional. 
 Aguiar et al. (2004) realizaram um trabalho sobre o atendimento emergencial 
do paciente com trauma de face, com finalidade didática, baseados em uma revisão 
bibliográfica. De acordo com os autores, os primeiros cuidados conferidos pelo 
profissional da saúde ao politraumatizado de face, exercem caráter decisivo em 
relação ao prognóstico. O diagnóstico pode ser alcançado no meio da análise 
conjunta do exame clínico, radiográfico, avaliação neurológica do paciente e exames 
complementares. Ao exame radiográfico, este assume grande importância, pois o 
 25
edema e os hematomas dificultam a avaliação ao exame clínico. 
Souza et al.(2004) propuseram através da análise de literatura e relato de 
dois casos clínicos, salientar a importância da radiografia panorâmica na detecção 
precoce de ateromas em artéria carótida. Nas radiografias panorâmicas, as placas 
ateromatosas calcificadas da bifurcação da artéria carótida possuem localização e 
aparência característica que as distinguem das demais radiopacidades da região. A 
aparência destes ateromas são calcificações irregulares, heterogêneas podendo ser 
única ou com vários nódulos lineares verticais difusos, localizados freqüentemente 
entre as vértebras cervicais 3 e 4. O clínico deve ser capaz de realizar o diagnóstico 
diferencial entre as calcificações de carótida e estruturas radiopacas anatômicas 
normais, como o osso hióide, a epiglote, o processo estilóide, ou as que se 
encontram em estado patológico, como na glândula submandibular ou tiróide 
calcificadas, os nódulos de calcificação linfáticos e as calcificações nos ligamentos 
estilohioideo e estilomandibular. A possibilidade do cirurgião-dentista realizar um 
diagnóstico de um ateroma em ateria carótida através da analise da radiografia 
panorâmica é de extrema relevância para a saúde do indivíduo. 
Martins et al. (2005) descreveram em seu trabalho, através de relatos de 
casos clínicos, a importância da exata localização de corpos estranhos através da 
modificação das técnicas radiográficas para o sucesso cirúrgico da remoção destes 
objetos indesejados. É comentado que não é necessário apenas o conhecimento da 
radiologia, mas também a localização anatômica, tipo de acesso cirúrgico, o tipo de 
anestesia e a capacidade profissional do cirurgião para a exata localização do corpo 
estranho. Desta forma, é necessário que se combinem técnicas radiográficas intra e 
extra-bucais, com variações de ângulos e incidências, a qualidade dos raios X e 
modificações na posição do filme. Os autores afirmam que é necessário criatividade 
 26
e improviso para se modificar as técnicas convencionais, também conhecimento nos 
fundamentos da radiologia para um profissional que deseja trabalhar com 
emergências maxilofaciais. 
Silveira et al.(2005) objetivaram com seu trabalho apresentar um caso de 
múltiplos sialolitos em glândula submandibular. Foram discutidos métodos de 
diagnóstico como inspeção, palpação, verificação da quantidade e qualidade de 
saliva secretada, exames radiográficos, sialografia, ultrassonografia, tomografia 
computadorizada, cintilografia, ressonância magnética e endoscopia. É relatada a 
utilização de uma radiografia oclusal, sendo suficiente para a localização do cálculo. 
Já as radiografias panorâmicas, laterais obliquas de mandíbula, P.A de crânio, além 
das tangenciais para exame dos tecidos moles da bochecha, são indicadas para a 
pesquisa de calcificações nas glândulas parótidas. A mandíbula por sua vez, pode 
exigir a utilização do método de dissociação de imagens, de maneira a deslocar as 
estruturas sobrepostas. A tomada radiográfica com intuito de pesquisa de 
calcificações em tecidos moles deve ser realizada com ³/4 do tempo de exposição 
tradicional. No caso de cálculos radiotransparentes, pode-se empregar o uso de 
tomografia computadorizada ou de ressonância magnética, excelentes métodos para 
a visualização das glândulas salivares e dos tecidos circundantes, porém são pouco 
utilizadas devido ao seu alto custo, uma vez que o diagnóstico é possível de ser 
realizado por meio de radiografias planas e ultrassonagrafias, obtendo-se grande 
precisão e custo reduzido. Neste caso o tratamento escolhido foi cirúrgico. 
De acordo com Segundo e Vasconcelos, (2005) entende-se por fratura de 
côndilo mandibular o surgimento de solução de continuidade no tecido ósseo no 
nível dos processos condilares da mandíbula, com o diagnóstico baseado em um 
exame clínico criterioso associado a um exame de imagem específico. Quanto ao 
 27
diagnóstico por imagem, as incidências radiográficas utilizadas na pesquisas das 
fraturas são a projeção reversa de Towne e a radiografia panorâmica, além da 
tomografia computadorizada. Porém, a interpretação adequada das radiografias 
exige um profundo conhecimento da anatomia radiográfica da região estudada. 
Ferreira e Freitas (2006) realizaram uma revisão de literatura com intuito de 
contribuir para uma maior divulgação da ultrassonografia (US) como recurso 
imaginológico aplicado a Odontologia, suas aplicações clínicas, vantagens e 
limitações. As US é um método imaginológico barato, indolor, de fácil 
reprodutividade, que não causa efeitos deletérios conhecidos até os dias atuais, 
podendo ser realizado em crianças e gestantes, e é um método rápido. A US tem 
maior aplicação clínica na avaliação dos tecidos moles, sendo capaz de delimitar, 
detectar e avaliar o conteúdo interno do complexo dento-maxilo-cervico-facial (com 
limitação de profundidade). Tem ampla aplicação na avaliação das glândulas 
salivares, dos linfonódos cervicais e em especial no campo da cirurgia e 
estomatologia. As limitações estavam em ser um exame operador-dependente, 
onde a experiência do examinador se faz valiosa, e a impossibilidade de observação 
em planos profundos. 
Os autores Pozza et al. (2005), discutiram exames complementares por 
imagens no diagnóstico e no tratamento de patologias das glândulas salivares. 
Aproximadamente 10-20% dos sialolitos não são radiopacos, o que dificulta sua 
visualização em radiografias convencionais. Sialolitos menores que 3mm geralmente 
não são visualizados em ultrassonografias. 
Radiografias – geralmente é o primeiro exame complementar a ser realizado, devido 
a praticidade, facilidade técnica, baixo custo e aparelhagem disponível. Porém,com 
 28
o advento de novas técnicas de diagnóstico, este recurso tem caído em desuso. 
Tipicamente os sialolitos aparecem como massas radiopacas. 
Sialografia – tem sido utilizada para examinar o sistema de ductos das glândulas 
salivares maiores. É realizada através da injeção de contraste e posterior exposição 
à radiação. Ela também pode ser usada como técnica terapêutica (dilatação sistema 
de ductos). A sialografia está contra-indicada nos casos de sialodenites agudas, pela 
possibilidade de exarcebar e disseminar o processo infeccioso. 
Cintilografia – consiste na injeção intravenosa de isótopo radioativo (contraste), que 
se distribui pelo corpo, sendo que as glândulas salivares e a tireóide têm a 
habilidade de reter e concentrar o contrate. Esta característica permite a 
visualização direta do parênquima glandular e até mesmo a avaliação do fluxo 
sanguíneo. 
Ultrassonagrafia – ela está indicada para avaliar o tamanho das glândulas salivares, 
distinguir doença difusa de focal, avaliar a vascularização glandular e as estruturas 
vasculares adjacentes, também distinguir lesões sólidas de lesões císticas, 
facilitando a aspiração por agulha. 
Imagem e cirurgia – na cirurgia para remoção de sialolitos há um desejo de se 
evitar os procedimentos mais invasivos. É neste contexto que os recursos de 
exames por imagem, além de complementarem o diagnóstico, servem para facilitar a 
localização dos cálculos salivares, permitindo ao cirurgião uma maior precisão 
técnica 
Existem hoje vários métodos e formas para auxiliar o profissional a 
diagnosticar e detectar as fraturas radiculares. Dentre eles, a radiografia periapical, 
as radiografias digitais e seus recursos até a tomografia computadorizada. Assim, 
 29
Borba et al.(2007), objetivaram com vosso trabalho, levantar informações pertinentes 
na literatura científica sobre o diagnóstico radiográfico para fraturas verticais e 
horizontais. Para que aconteça o diagnóstico radiográfico, deve haver uma 
coincidência do feixe de raios X com o plano de fratura, muitas vezes fazendo-se 
necessário a variação da angulação horizontal para detecção de fraturas verticais. 
Devem também ser analisados outros sinais radiográficos como auxiliares no 
diagnóstico, são eles: espessamento do ligamento periodontal, linhas radiolúcidas 
nos traços de fratura, áreas radiopacas representando a superposição das paredes 
fraturadas e presença de deslocamento dentário, além da associação do exame 
clínico. 
Noleto et al. (2007) enfocaram em seu trabalho avaliar os principais aspectos 
radiográficos e epidemiológicos do granuloma central de células gigantes (GCCG). 
Os autores utilizaram uma amostra de 26 lesões diagnosticadas em 22 pacientes. O 
GCCG é uma lesão não-neoplásica dos maxilares, podendo apresentar formas 
radiográficas variadas, como pequenas lesões radiolucidas uniloculares até 
extensas áreas radiolucidas multiloculares. Geralmente é bem delimitado, muitas 
vezes com um limite festonado. As lesões podem apresentar halo radiopaco cortical 
e causar afastamento e reabsorções radiculares. Os resultados obtidos foram que 
com relação ao sexo predominância pelo sexo feminino (72%), a faixa etária media 
de 27 anos, a localização mais comum foi a mandíbula com 75% localizada no corpo 
mandibular. As características radiográficas apresentadas em todas as lesões como 
imagem radiolucidas de contornos bem delimitados. Destas lesões 42% eram 
uniloculares e 58% multiloculares. Todas as lesões causaram expansão de pelo 
menos uma das corticais ósseas, 50% causaram deslocamento dentário e 15% 
reabsorções. 
 30
No referido trabalho, Vieira et. al. (2007). , tiveram por objetivo relatar através 
de um caso clínico, a importância da tomografia computadorizada para o diagnóstico 
e aplicação da terapêutica adequada no caso de um tumor odontogênico 
queratocístico em seio maxilar. Também é citado que vários são os métodos de 
exame por imagem utilizados na odontologia para o diagnóstico de tumores, em 
especial a radiografia panorâmica, seguido da tomografia computadorizada, 
somando-se a estes, a ressonância magnética, ultrassonografia e radiografia 
convencional. Entretanto, a tomografia computadorizada fornece alta qualidade de 
imagem com boa resolução anatômica, podendo avaliar alterações dos tecidos 
moles e ósseos, extensões de lesões, neoplasias e fraturas não registrados por 
raios X convencional. Desta forma os autores concluíram que a TC supera a RP 
como método auxiliar de diagnóstico, sendo o exame tomográfico essencial para o 
planejamento cirúrgico. 
Aquilino et al. (2006) objetivaram descrever através de um caso clínico a 
ocorrência de um cisto nasolabial, apresentando suas características em imagens 
por ressonância magnética (RM) e tomografia computadorizada (TC). Devido ser 
uma lesão de partes moles, não é detectada na radiografia simples, a não ser que 
cause uma erosão óssea importante no osso maxilar. Radiograficamente, a lesão 
pode abaular a parede lateral da fossa nasal, sendo evidenciado em uma radiografia 
oclusal total da maxila. A lesão pode acometer o seio maxilar. Meios de diagnóstico 
como a TC e a RM possibilitam mostrar com maior nitidez e confiabilidade a 
natureza cística da lesão e sua relação com o osso maxilar, facilitando a hipótese 
diagnóstica. Os autores concluíram que a RM evidenciou o conteúdo da lesão de 
forma mais elucidativa que a TC, e que a hipótese de diagnóstico de um cisto 
nasolabial deve ser baseada realizando exames clínicos e por imagens. 
 31
Grempel et al. (2000) realizaram um trabalho com o objetivo de apresentar 
alguns recursos imaginológicos que podem ser utilizados para o diagnóstico de 
neoplasias ósseas malignas. Os autores afirmam que o diagnóstico e plano de 
tratamento das neoplasias malignas deve estar intimamente ligado a um exame 
clínico minucioso, anamnese detalhada, bom conhecimento da semiologia de cada 
neoplasia e exame imaginológico satisfatório que seja ao mesmo tempo acessível. 
Radiograficamente as neoplasias ósseas malignas apresentam, geralmente, 
margens irregulares e destruição óssea sem remodelação, entretanto, estas 
características não podem ser utilizadas como diagnóstico final sendo indispensável 
a realização de uma biopsia. Foram citadas as características da TC, RM e 
radiografia convencional, concluindo os autores que a TC parece ser o recurso 
imaginológico mais indicado para avaliação das neoplasias ósseas do complexo 
bucal e maxilofacial, sendo um exame de valor relevante para o diagnóstico, 
estadiamento e planejamento cirúrgico. As desvantagens da TC ainda são o alto 
custo e grande exposição do paciente a radiação ionizante. 
 Carvalho et al. (2007) realizaram um trabalho com o propósito de medir a 
angulação de terceiros molares inferiores inclusos em relação ao segundo molar 
adjacente, comparando os mesmos dentes em radiografias panorâmicas e 
periapicais. Segundo os autores, o índice de confiança da radiografia panorâmica é 
limitado devido à distorção das imagens, ocasionados por variados fatores: erro no 
posicionamento do paciente, variação nos fatores de ampliação e fatores 
geométricos de formação da imagem. A inclinação dos terceiros molares em relação 
aos segundos molares adjacentes é muito importante para o planejamento de sua 
remoção cirúrgica. Para que fosse realizado este trabalho, foram selecionados 37 
dentes inclusos, em posição horizontal ou mesioangular (na classificação de Winter), 
 32
de 25 pessoas atendidas na clínica de cirurgia da Faculdade de Odontologia de 
Araçatuba. Na mensuração da angulação, foi traçada uma linha passando pelo 
meio da superfície oclusal do terceiro molar e pela bifurcação do segundo molar e 
terceiro molar, formandoum ângulo pela intersecção dos longos eixos, 
demonstrando a inclinação relativa do terceiro molar em relação ao segundo molar. 
Os resultados obtidos foram que 25 dentes apresentavam maior angulação na 
radiografia periapical, 6 dentes apresentavam maior angulação na radiografia 
panorâmica e 6 dentes não apresentavam diferença de inclinação. Desta forma 
puderam concluir que os valores obtidos nas radiografias panorâmicas foram 
menores que nas radiografias periapicais na maioria dos casos. 
Godoy et al. (2008) relatam através de um caso clínico a associação de um 
cisto dentígero a um tumor odontogênico adenomatóide (TOA), discutindo aspectos 
como seus comportamentos biológicos, características radiográficas e curso clínico. 
Os cistos dentígeros apresentam-se por uma lesão radiolúcida unilocular, com 
margens escleróticas bem definidas, associados à coroa de um dente não irrompido. 
Enquanto o TOA pode apresentar-se totalmente radiotransparente, ocasionalmente 
apresentando calcificações em seu interior. No presente trabalho, a enucleação 
cirúrgica e curetagem foram os tratamentos de escolha, com excelente prognóstico. 
Schwengbrer et al.(2008) realizaram um estudo com o objetivo de determinar 
a localização anatômica mais comum das periapicopatias nos maxilares e 
determinar a prevalência de lesões periapicais em relação as arcadas dentárias. 
Neste estudo foram utilizadas 256 radiografias panorâmicas pertencentes ao arquivo 
de pacientes da disciplina de Cirurgia e Traumatologia Buco-maxilo-facial, da 
faculdade de odontologia, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. O critério 
de diagnóstico utilizado para determinar a presença de lesões periapicais baseou-se 
 33
em imagem radiolúcida no ápice radicular de cada elemento dentário associado ao 
rompimento da lâmina dura. A amostra constituinte de 6364 dentes, sendo 3075 
superiores e 3289 inferiores. Na arcada superior, 137 dentes, ou seja, 4, 45%, 
apresentaram lesões periapicais, sendo 1246 anteriores, com 89 dentes (7,14%) 
apresentaram lesão e 1829 posteriores, com 48 (2,62%) apresentando lesões. Na 
mandíbula, 103 (3,13%) dentes apresentavam lesões periapicais, sendo 1450 na 
região anterior, com um total de dentes com lesão de 31 (2,09%) e 1736 posteriores, 
com 72 (3,98%) com lesão. A prevalência de lesão periapical em indivíduos na faixa 
etária de 25 a 50 anos sendo os dentes mais envolvidos, os incisivos laterais 
superiores e primeiros molares inferiores. 
 Nóia et al. (2008) apresentaram através de um caso clínico e revisão de 
literatura descrever a importância de um correto diagnóstico e tratamento para a 
resolução de um odontoma composto. No referido trabalho foram abordados os 
sinais mais comuns, sua localização e a idade mais acometida, enfatizando suas 
características radiográficas, que se apresentam como vários e ocasionalmente 
dezenas de dentes maduros num único aglomerado entre as raízes ou sobre a coroa 
de um dente retido, circundado por uma estreita zona radiotransparente. Os 
odontomas complexos aparecem nas mesmas regiões, porém como massas opacas 
amorfas também envolvidas por uma zona radiotransparente. A importância de um 
diagnóstico precoce se dá afim de evitar maiores complicações, sendo que 
usualmente estes são descobertos por raios X de rotina, devido ao fato de a maioria 
dos casos ocorrerem assintomáticos. O tratamento desse tipo de lesão é 
invariavelmente cirúrgico. 
Santos et al. (2009) desenvolveram um trabalho com o objetivo de avaliar a 
topografia anatômica do canal mandibular em relação aos ápices dos terceiros 
 34
molares através de imagens tomográficas de 25 humanos de um banco de dados , 
bem como a relação do ápice radicular do terceiro molar inferior com a cortical 
superior do canal mandibular. A identificação da posição do nervo mandibular 
através dos exames de imagens é crítica para diversos procedimentos, incluindo 
instalação de implantes exérese de terceiros molares e cirurgia ortognática 
(osteotomia sagital). O presente trabalho tem sua relevância ressaltada, pois foi 
realizado por meio de tecnologia de obtenção de imagem com proporção de 1:1, não 
havendo distorções. A média da distância do ápice do terceiro molar em relação ao 
canal mandibular foi de 1,24mm. Desta forma, concluíram que as tomografias de 
feixe volumétrico foram eficientes para realizar as mensurações propostas no 
presente trabalho. 
 
Muito tem se debatido a respeito do diagnóstico de fraturas faciais em 
pacientes traumatizados. Jodas et al.(2009) elaboraram um artigo com o objetivo de 
determinar o índice de concordância intra e inter observadores na detecção de 
fraturas da face por meio da tomografia computadorizada de pacientes vítimas de 
traumatismos faciais. A maioria das fraturas faciais é detectada no exame clínico, 
mas em alguns casos, este pode ser dificultado por alterações neurológicas, 
lacerações, dor, edema, sangramento e efisema, sendo nestes casos, quando os 
exames por imagens assumem papel importante no diagnóstico final das alterações, 
quantificando e qualificando as lesões (o que é impossível ao exame clínico). Para a 
realização deste, foram utilizadas 40 tomografias computadorizadas de 40 pacientes 
atendidos no Hospital Heliópolis, e estas apresentadas a dois observadores 
(radiologista e cirurgião buco-maxilo-facial) em duas películas, com cortes coronais e 
axiais de fraturas faciais em dois intervalos diferentes. Para análise da concordância 
 35
foi utilizado o índice Kappa. Eles puderam concluir que o mesmo observador 
diagnostica fraturas faciais no mesmo exame de tomografia computadorizada da 
mesma maneira em intervalos diferentes. Na análise inter-observadora confirmou-se 
que há concordância entre os dois observadores. 
 
Nascimento et al. (2009) descreveram, por meio de um caso clínico, a 
ocorrência de um tumor odontogênico epitelial calcificante de maxila (TOEC). O 
TOEC, também conhecido como tumor de Pindborg, é uma neoplasia benigna rara, 
com predileção pela região posterior da mandíbula. Sua apresentação radiográfica 
se dá por uma lesão radiotransparente uni ou multilocular, com margens mal 
definidas, podendo apresentar estruturas calcificadas em seu interior, 
assemelhando-se a flocos de neve. O tratamento constitui na ressecção cirúrgica 
radical. Diferente da localização mais comum descrita pela literatura, este caso de 
tumor de Pindborg se apresentou na maxila, com crescimento de apenas 06 meses. 
Desta forma este trabalho mostra-se de grande valor, demonstrando que não há 
uma regra geral a todos os casos. 
Oliveira et al.(2009) realizaram um estudo com o propósito de destacar as 
possíveis seqüelas na ATM causadas por traumas ocorridos na infância e os 
exames radiográficos pertinentes para o correto diagnóstico.Os traumatismos na 
ATM de crianças estão associados principalmente, a quedas, acidentes 
automobilísticos e acidentes em atividades esportivas. As principais seqüelas 
citadas são assimetria facial, micrognatia, anquilose da ATM, mordida aberta e 
problemas funcionais e psicológicos. Para a avaliação radiográfica, são citados 
vários recursos, dentre eles a radiografia convencional, como: tomadas 
transcranianas, panorâmica, técnica de Towne, técnica de Hirtz, tomografia 
 36
convencional, tomografia computadorizada e ressonância magnética. Os autores 
concluíram que os exames por imagem e um apurado exame clínico, são 
fundamentais no auxilio do correto diagnóstico e planejamento do tratamento, 
ressaltando a tomografia computadorizada para a visualização das estruturas 
ósseas e ressonância magnética para tecidos moles como os exames de escolha. 
Jacome e Abdo (2010) apresentaram através de uma revisão de literatura os 
aspectos radiográficosdas calcificações em tecido mole da região bucomaxilofacial, 
com o objetivo de auxiliar o cirurgião-dentista na identificação e interpretação destas. 
É descrito que estas calcificações ocorrem em aproximadamente 4% dos pacientes. 
Calcificação da artéria carótida / ateroma de carótida – ateromas são placas 
gordurosas fibrosas calcificadas localizadas no interior das artérias. Em radiografias 
panorâmicas essas calcificações apresentam-se como imagens radiopacas 
nodulares únicas ou múltiplas, não contínuas, na altura da junção intervertebral C3 e 
C4, cerca de 1 a 2,5cm infero-posterior ao ângulo da mandíbula. Esta calcificação 
também pode ser visualizada em radiografias cefalométricas laterais. 
Flebolitos – são calcificações idiopáticas de trombos. Na região de cabeça e 
pescoço estão freqüentemente associados a lesões vasculares como hemangiomas 
e mal formações vasculares. Estes podem ser visualizados em radiografias 
panorâmicas e P.A. apresentam-se como múltiplos corpos laminados circulares ou 
ovais com aspecto de “alvo”, radiopacos na periferia e radioluscidos no centro. 
Sialolitos – são calcificações no interior dos ductos das glândulas salivares, 
aparecendo tipicamente como placas radiopacas ovóides ou alongadas ao exame 
radiográfico. Cálculos das glândulas submandibulares são mais bem visualizadas 
em radiografias oclusais, os sialolitos da glândula parótida são mais difíceis de 
 37
serem visualizados, podendo lançar mão da ultrassonografia ou tomografia 
computadorizada. 
Calcificações de nódulos linfáticos – são calcificações distróficas presentes em 
nódulos com processo inflamatório crônico. Os nódulos mais acometidos são os 
submandibulares, os digástricos e os cervicais. Radiograficamente aparecem como 
massas radiopacas ovóides únicas ou múltiplas distribuídas ao longo das cadeias 
ganglionares, possuem bordos mal definidos com aspecto de couve-flor. Podem 
aparecer em panorâmicas ou telerradioigrafias. 
Tonsilolitos – são raras calcificações distróficas nas tonsilas palatinas, devido a 
infecções crônicas ou bacteremia. Em radiografias panorâmicas podem aparecer 
como massas radiopacas sobrepostas ao ramo ascendente da mandíbula, ou como 
pequenas radiopacidades múltiplas, e também podendo ser descobertas em 
telerradiografias. 
Antrolitos – são massas calcáreas presentes nos seios maxilares. Se estiverem nas 
fossas nasais, serão chamados de rinolitos. Podem ser avaliados com combinações 
de técnicas radiográficas como periapicais, oclusais, panorâmicas e P.A. As lesões 
produzem imagem de forma irregular e mal definida, podendo aparecer como 
radiopacidades densas e homogenias ou apresentar anéis concêntricos 
radioluscidos. 
Calcificação do complexo estilohioideo – o alongamento, mineralização ou 
ossificação dos ligamentos estilohioideos e estilomandibular são comuns, sendo 
geralmente assintomáticos, representando achados radiográficos em radiografias 
panorâmicas. Casos assintomáticos são descritos como síndrome de “Eagle”. 
 38
DISCUSSÃO 
 Para que o cirurgião possa interferir, é de fundamental importância o 
conhecimento da anatomia normal, para que haja distinção da patológica, sendo os 
exames de imagens responsáveis por boa parte de tal avaliação. 
 Segundo Frederiksen et al. (1995) , as radiografias intra-orais, oclusal e 
periapicais, são ricas em detalhes, de fácil obtenção e custo reduzidos, porém, por 
fornecerem parte de todo devem ser realizadas outras radiografias complementares. 
Hodgkinson et al. (1994) , indicaram de forma positiva a utilização de radiografias 
periapicais nos casos de abscessos periapicais, assim como Martins et al. (2005) , 
que também ressaltaram a importância do conhecimento da radiologia para 
possíveis variações técnicas radiográficas intra-bucais para a localização de corpos 
estranhos na região maxilo-facial. Jacome e Abdo (2010) salientaram a utilização de 
radiografias intra-orais para detecção de calcificações em glândulas salivares, bem 
como Silveira et al. (2005) , Pozza et al. (2003) e Branco et al. (2003) , todavia, 
esses autores preconizam também a utilização de outros exames por imagens no 
auxílio ao diagnóstico, como: radiografia panorâmica, sialografia, cintilografia, 
ultrassonografia e endoscopia. 
 Diversos autores enfatizaram a importância e a contribuição da radiografia 
panorâmica para a radiologia e cirurgia oral, como: Hodgkinson et al. (1994) , nos 
casos de trauma facial para a avaliação do terço inferior da face do paciente, 
Frederiksen et al (1995) , na avaliação da possibilidade de instalação de implantes 
ósseointegráveis (visualização da altura do processo alveolar), entretanto cuidando 
com a magnificação de imagem. Buscando a excelência em tratamentos 
odontológicos, Oliveira et al. (2005) , realizaram um estudo analisando as estruturas 
 39
de interesse na implantodontia por imagens de tomografia computadorizada, 
avaliando quantidade e qualidade óssea, altura e espessura óssea, demonstrando a 
superioridade da tomografia computadorizada em relação a radiografia panorâmica. 
 Vicci e Capelozza (2002) , Schwengbrer et al. (2008) , utilizaram radiografias 
panorâmicas para determinar a ocorrência de lesões dentárias e ósseas, 
confirmando a boa utilização desta técnica para a avaliação do complexo maxilo-
mandibular como um todo, entretanto Vieira et al (2007) e Aquilino et al (2009) , 
comentam o uso de tomografia computadorizada e ressonância magnética para a 
avaliação de patologias e lesões ressaltando a clara superioridade em localização, 
avaliação do conteúdo e dimensões das lesões. 
 Faria et al. (2003) e Vasconcelos et al. (2003) , determinaram a ocorrência de 
dentes inclusos utilizando radiografias panorâmicas para tal avaliação. 
 Branco et al. (2003) fez uso da radiografia panorâmica para observar a 
ocorrência de um sialolito no conduto de Wharton em um relato de caso clinico. 
 De Sa et al. (2004) e Jacome e Abdo (2010), comentaram sobre o uso da 
radiografia panorâmica para visualização do prolongamento do processo estilóide, 
porém, segundo De Sa et al. (2004) , a tomografia computadorizada é o método de 
escolha para a visualização e conclusão do diagnóstico. 
 Souza et al. (2004) , prepuseram salientar a importância da radiografia 
panorâmica na detecção precoce de ateromas em artéria carótida, bem como 
Jacome e Abdo (2010) . 
 Oliveira et al. (2009) , citaram a radiografia panorâmica como recurso 
imaginológico para avaliação da articulação têmporomandibular, mas para uma 
 40
melhor avaliação deve-se incluir exames radiográficos extra-orais complementares 
e até mesmo a ressonância magnética. 
 Em se tratando de técnicas radiográficas extra-orais, Blaschke e Sanders 
(1979), descreveram a importância da avaliação radiográfica das injúrias por arma 
de fogo na região crânio-facial citando como as principais técnicas utilizadas: raios X 
de crânio, coluna cervical. Dentre as projeções convencionais: projeção lateral Hirtz, 
Waters, Towne reversa e póstero-anterior. 
 Hodgkinson et al. (1994), idealizaram um trabalho a respeito do manejo de 
pacientes com traumatismos faciais sugerindo as principais técnicas radiográficas 
para cada região da face. São elas: traumatismos no terço superior da face – técnica 
occiptofrontal e lateral. Para o terço médio da face – técnica occiptomental 45º e 
submento vertical. Para a maxila – técnica occiptomental, occiptomental 45º e 
lateral. Para a mandíbula radiografia panorâmica, P.A, A.P de Towne, lateral e 
oblíqua de mandibula. 
 Salientando a idéia dos autores acima, Segundo e Vasconcelos (2005) , 
também indicaram as radiografias panorâmica e A.P de Towne, alem da tomografia 
computadorizada para as investigações de fraturas mandibulares,em especial do 
côndilo. Neste mesmo raciocínio Curcio et al. (2004) , focalizaram a dificuldade de 
se diagnosticar fraturas altas do côndilo e em seu trabalho compararam a radiologia 
convencional (A.P de Towne) com a tomografia computadorizada, podendo eles 
concluir que o corte coronal da tomografia computadorizada é diagnóstico e 
conclusivo por não apresentar sobreposições de imagens. 
 Vasconcelos et al. (2003) , compararam em vosso trabalho o diagnóstico de 
fraturas zigomático-orbitárias por tomografia computadorizada versus radiografias 
 41
convencionais. As técnicas convencionais indicadas foram Waters, Hirtz, perfil da 
face. Apesar da excelência de imagem da tomografia computadorizada ela possui 
algumas desvantagens como, pequenas alterações na presença de restaurações 
metálicas ou material obturador endodôntico, técnica e equipamento de difícil acesso 
e custo elevado. Porém, concluíram que a tomografia computadorizada é superior 
no diagnóstico. 
 Na presença de um paciente traumatizado, devemos sempre verificar suas 
funções vitais e limitações antes de encaminharmos o mesmo para o serviço de 
radiologia. Segundo Aguiar et al. (2004) , os primeiros cuidados conferidos pelo 
profissional da saúde ao politramatizado de face, exercem caráter decisivo em 
relação ao prognóstico. 
 Com o ideal de divulgar outros métodos de exames por imagem utilizados na 
odontologia, Ferreira e Freitas (2006) , realizaram um trabalho a respeito da 
ultrassonografia. A aplicação clínica desta técnica se dá na avaliação dos tecidos 
moles, como as glândulas salivares e linfonódos cervicais, atuando em especial no 
campo da estomatologia e cirurgia. Algumas vantagens da ultrassonografia são, 
baixo custo, indolor, sem efeitos deletérios e a desvantagem é de ser um exame 
operador dependente. 
 
 
 
 
 
 42
CONCLUSÃO 
 A radiologia é sem dúvida de suma importância para a cirurgia oral, 
sendo fundamental que o profissional, mesmo que generalista, possua 
conhecimento das possibilidades dos exames por imagens disponíveis na 
Odontologia nos dias atuais, para que este possa lançar mão das novas tecnologias 
a seu favor, servindo-lhe de auxilio. Os exames por imagens, possuem enorme valor 
na avaliação das regiões anatômicas normais e também nas patológicas, com o 
intuito de que o cirurgião possa intervir de maneira segura, confiante, e tranqüila, 
sempre almejando o melhor ao seu paciente. Mas o diagnóstico de lesões orais não 
devem se limitar somente a radiografia ou exames imaginológicos, devem-se 
sempre associar o histórico do caso e os sinais clínicos para a conclusão do 
diagnóstico. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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