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Exames de imagem - Estomatologia

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Estomatologia 
EEExxxaaammmeeesss dddeee iiimmmaaagggeeemmm 
● Exames de imagem 
Exames de imagem são exames complementares bastante 
conhecidos e que o cirurgião dentista solicita com 
frequência. Contribuem no diagnóstico de alterações 
relacionadas aos dentes (cáries, alterações de número ou 
forma, reabsorções dentárias), lesões presentes no 
complexo maxilo-mandibular ou em estruturas 
circunvizinhas. Além disso, auxiliam na verificação da 
extensão das lesões, orientação de condutas terapêuticas, 
indicação e contraindicação de procedimentos cirúrgicos, 
bem como previsão de possíveis dificuldades a serem 
encontradas. Para que isso seja possível, o profissional deve 
conhecer a anatomia da região de interesse, visando 
diferenciar áreas patológicas de estruturas anatômicas 
normais ou variações no seu padrão. O diagnóstico final é 
obtido após o somatório das informações obtidas a partir 
do exame clínico e dos exames complementares. 
● Radiografias 
São exames bastante utilizados pelo cirurgião-dentista 
clínico geral e eventualmente em Estomatologia. São de 
fácil acesso e baixo custo. Dependendo do objetivo, 
podemos utilizar diversas técnicas radiográficas. 
Radiografias intrabucais: 
 
Radiografias obtidas com o filme radiográfico posicionado 
dentro da cavidade bucal. 
↪ Indicações: relativas a diagnóstico de lesões dentárias e 
estruturas vizinhas. Permite visualizar detalhes nítidos, 
porém limitados a uma pequena área 
↪ .Tipos: Periapical, interproximal1 e oclusal. 
● Radiografia periapical (Figura 1): 14 radiografias 
periapicais são necessárias para buscar uma boa avaliação 
bucal completa. Contudo, na maioria dos casos, são 
solicitadas separadamente para avaliar situações específicas. 
Utiliza filmes de 31 x 41mm, o que permite a avaliação de 
alguns dentes. Contudo, apresenta a vantagem de oferecer 
uma imagem com maior detalhe se comparada a uma 
radiografia panorâmica. 
↪ Indicações: Relação coroa-raiz, anatomia da coroa e da 
raiz, lesões de cárie, lesões apicais, lesões periodontais, 
anquilose, dilacerações, hipercementose, fraturas radiculares, 
dentes retidos, infecções, acompanhamento de reparo 
tecidual no pós-operatório. 
 
 
Figura 1 Radiografia periapical da região de incisivos 
inferiores. Pode-se evidenciar lesão radiolúcida 
multilocular, de limites imprecisos, levando a 
reabsorção das raízes dos incisivos centrais inferiores. 
Fonte: Arquivo do autor (Martins, M.D.) 
● Radiografia oclusal (Figura 2): Pode ser total ou parcial, 
de mandíbula ou maxila. Posicionase o filme horizontalmente 
sobre o arco dentário, pedindo-se para o paciente ocluir 
(morder) para fixar o filme entre a face oclusal dos dentes. 
Filmes maiores (50x70mm). Indicada para uma visão mais 
ampliada do arco, principalmente em pacientes edêntulos, 
para verificar presença e posição de corpos estranhos, 
sialolitos, visualização de áreas patológicas e fendas palatinas. 
As radiografias oclusais totais permitem maior nitidez do 
palato, e em mandíbula facilitam verificar a integridade do 
rebordo vestibular e lingual ósseo. A oclusal parcial desloca 
o filme para o lado direito ou esquerdo, conforme a região 
de interesse. 
Oclusal total de maxila é indicada para casos de dentes 
supranumerários, odontomas e demais processos 
patológicos na região anterior da maxila. Oclusal de 
mandíbula é muito indicada em quadros de lesões 
intraósseas de crescimento expansivo. 
 
Figura 2 Imagem de radiografia oclusal de mandíbula 
mostrando áreas de exostose, ou seja, excesso de 
tecido ósseo na cortical lingual de molares (setas). 
Fonte: Carrard, V. C. et al. Oral ulceration with bone 
sequestration - case report. RFO, v. 14, n. 2, p. 149-152, 
maio/agosto 2009 
 
Radiografias extrabucais 
Radiografia panorâmica: Trata-se de uma técnica chamada 
extrabucal, visto que o filme fica fora da boca. Há completa 
reprodução dos dentes e maxilares com inclusão da ATM 
e seio maxilar, porém com detalhes e nitidez menores, se 
comparada às intrabucais. Técnica barata, de fácil 
execução, único filme, baixa radiação, confortável. Em 
Estomatologia é muito indicada em suspeita de lesões 
intraósseas. Pode também ser indicada para casos em que 
o paciente não consegue abrir a boca. 
 
Figura 3 Radiografia panorâmica onde, entre outras 
alterações, pode ser evidenciada lesão radiolúcida 
contornada por linha de osteogênese 
Tomografia computadorizada 
Exame radiográfico que utiliza o feixe de raio-x, porém ao 
invés de sensibilizar o filme, ele gera fótons que atravessam 
a estrutura do paciente, sendo lidos e quantificados num 
computador. Requer um maior tempo para execução, e 
tem um custo mais elevado. Permite excelente visualização 
das lesões e estruturas anatômicas, reconstrução 
tridimensional da imagem, sendo fundamental para o 
diagnóstico e para o planejamento cirúrgico conclusivo, 
avaliando melhor os limites e extensões da lesão. Além 
disso, possibilita a determinação da quantidade e qualidade 
óssea com precisão. O exame pode apresentar diferentes 
planos de corte (coronal, axial e sagital). 
 
Figura 4 Tomografia computadorizada em corte 
coronal. Nota-se imagem hipodensa em maxila do 
lado direito expansiva (asterisco vermelho) causando 
destruição e invasão do tecido ósseo alveolar, 
parede medial de seio maxilar (asterisco branco) e 
parede lateral de fossa nasal, que leva a reabsorção 
da cortical óssea do palato (seta amarela). Arquivo 
do autor (Martins, M. D.).. Observa-se ainda que a 
lesão reabsorve a cortical óssea do palato (seta 
amarela). 
Arquivo do autor (Martins, M.D.) 
Ressonância magnética 
Permite visualização de tecidos moles, porém requer 
equipamento de alto custo. É uma técnica que apresenta 
longo tempo de execução e que pode causar incômodo 
ao paciente, que deve ficar no interior de uma câmara. Não 
é invasiva, pois não usa radiação ionizante, e sim campo 
eletromagnético. 
Em odontologia, geralmente é utilizada para diagnóstico de 
lesões ou problemas na articulação temporomandibular 
(ATM), podendo auxiliar quando há necessidade de 
intervenção cirúrgica nesta região. 
Ultrassonografia: 
Exame que utiliza ondas ultrassônicas, servindo para 
diferenciar lesões sólidas de líquidas e verificar tipos de 
conteúdo. Não emite radiação ionizante. Muito pouco 
utilizada para região bucal. 
● Considerações finais: 
O melhor exame complementar é aquele que foi indicado 
e realizado após uma pergunta clínica pertinente, ou seja, 
uma hipótese de diagnóstico suportada pelas informações 
clínicas obtidas a partir do exame clínico. O diagnóstico 
definitivo é o somatório das informações coletadas no 
exame clínico associado às obtidas por meio da realização 
de exames complementares. Os exames de imagem são 
muito importantes para avaliar lesões intraósseas, mas não 
costumam ser essenciais para o diagnóstico do tipo de 
câncer mais comum na boca, o carcinoma espinocelular. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Referências 
COLEMAN, C. C.; NELSON, J. F. Princípios de diagnóstico bucal. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 1996. 
MARCUCCI, G. Fundamentos de odontologia: estomatologia. Rio de Janeiro: Editora Guanabara Koogan, 2005.

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