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Estruturas de Betão 
Condições Técnicas de Execução 
 
 
 
 
 
 
 
Série MATERIAIS 
joão guerra martins Versão provisória (não revista) 
 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.I 
 
 
 
ÍNDICE 
 
1. Especificações Técnicas dos Materiais 1 
1.1. Materiais para Aterros 1 
1.2. Ligante Hidráulico 1 
1.3. Inertes e Água 5 
1.4. Aditivos para Argamassas e Betões 10 
1.5. Adjuvantes para Betão 11 
1.6. Madeiras 13 
1.7. Derivados de Madeira 15 
1.8. Aço para Armaduras Ordinárias 15 
1.9. Elementos Pré – Fabricados 17 
1.9.1. Critérios de medição 18 
1.9.1.1.Lajes (m2) 18 
1.9.1.2.Barrotes e ripas de cobertura (m2) 18 
1.9.1.3.Madres ou vigas (m.l.) 19 
1.9.1.4.Lajes aligeiradas (m2) 19 
2. Condições Gerais de Execução de Estruturas de Betão 20 
2.1. Argamassas 20 
2.1.1. Componentes 21 
2.2. Betões de Ligante Hidráulico 23 
2.3. Preparação dos Betões 27 
2.4. Betonagem 28 
2.5. Cura do Betão 31 
2.6. Moldes 32 
2.7. Cavaletes de Montagem 34 
2.8. Armaduras de aço para Betão Armado 35 
2.9. Elementos de Betão à Vista 38 
2.10. Pavimentos Térreos 40 
2.10.1. Massames 40 
2.10.2. Perfilagem, regularização e compactação do fundo da caixa 40 
2.10.3. Camada de enrocamento 40 
2.10.4. Betonilha de regularização 41 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.II 
 
3. Condições Especiais de Execução de Fundações 41 
3.1. Abertura de Caboucos 41 
3.2. Betão de Limpeza 43 
4. Condições Especiais de Execução de Muros de Suporte de Terras 43 
4.1. Drenagem 43 
4.2. Aterro 44 
5. Condições Gerais de Execução de Estruturas de Alvenaria Resistente 45 
5.1. Cintagem 45 
6. Isolamento, Preservação e Protecção de Materiais 45 
6.1. Placas de Esferovite em Juntas de Dilatação e Expansão 45 
6.2. Cordões de Mastique em Junta de Dilatação ou Expansão 45 
6.3. Chapa de Borracha de Neoprene 46 
7. Execução de Estruturas Metálicas 47 
7.1. Condições Gerais de Execução da Estrutura 47 
7.2. Materiais 48 
7.2.1. Condições Gerais 48 
7.2.2. Aço Macio Corrente em Perfis e Chapas 48 
7.2.3. Aço em parafusos 49 
7.2.4. Metal de Adição para Soldaduras 49 
7.3. Ligações 50 
7.3.1. Ligações aparafusadas 50 
7.3.2. Ligações soldadas 50 
 7.4 .Execução e Montagem 51 
7.4.1. Regras Gerais de Execução 51 
 7.4.2. Ligações aparafusadas 52 
7.4.2.1. Ligações aparafusadas correntes 52 
7.4.2.2. Ligações aparafusadas pré-esforçadas 52 
7.4.3. Ligações soldadas 53 
7.4.4. Controle de soldadura 55 
7.4.5. Protecção contra a corrosão 56 
7.4.6. Regras gerais de montagem 57 
7.4.7. Descrição geral dos trabalhos e sua sequência 58 
7.4.8. Fabrico 59 
7.4.8.1. Traçagem da estrutura metálica 59 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.III 
 
7.4.8.2. Desempeno 59 
7.4.8.3. Corte 60 
7.4.8.4. Furação 60 
7.4.8.5. Tolerância de fabrico 60 
7.4.9. Montagem 61 
7.4.9.1. Disposições gerais 61 
7.4.9.2. Ligação entre peças 61 
7.4.9.3. Colocação dos parafusos em obra 62 
7.4.9.4. Aperto definitivo dos parafusos 62 
7.4.9.5. Regulação das chaves de aperto 63 
7.5 .Critérios de Medição 63 
7.6. Cimbres, cavaletes e andaimes 64 
7.7. Descimbramento 65 
8. Fiscalização e Condições Gerais dos Ensaios 65 
8.1. Ensaio de Aptidão do Betão 66 
8.2. Ensaios de Qualidade 67 
9. Especificação Instalações, Equipamentos e Obras Auxiliares 68 
 9.1. Trabalhos Preparatórios e Acessórios 68 
9.2. Locais e Instalações Cedidas para a Execução da Obra 69 
9.3. Instalações Provisórias 70 
9.4. Redes de Água, Esgotos e Energia Eléctrica 70 
9.5. Equipamento 70 
10. Disposições Finais e Diversos 71 
10.1. Livro de Registo 71 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.1 
 
 
1 - Especificações Técnicas dos Materiais 
 
1.1. Materiais para Aterros 
1) Os materiais para aterros de fundação de estruturas deverão possuir granulometrias 
apropriadas que permitam a sua trabalhabilidade através de meios de compactação 
mecânica, garantindo simultaneamente boas condições de resistência mecânica e de 
baixa deformabilidade. 
2) Os materiais para estes aterros deverão, assim, possuir baixa percentagem de argila e 
siltes, ser isentos de ramos, raízes, detritos orgânicos ou lixo e não apresentar 
descontinuidades granulométricas. 
3) Prevê-se a possibilidade de utilização dos produtos provenientes das escavações e de 
eventuais zonas de empréstimo, desde que previamente autorizada pela Fiscalização. 
4) Os produtos resultantes das escavações a serem utilizados nos aterros gerais 
compactados deverão ser limitados a uma dimensão máxima de 250 mm. 
 
1.2. Ligante Hidráulico 
1) O ligante hidráulico componente dos betões será cimento Portland normal, satisfazendo 
as normas portuguesas aplicáveis e de a legislação em vigor; 
2) O cimento será de fabrico recente e acondicionado de modo a estar bem protegido 
contra a humidade: 
- será rejeitado todo o cimento que se apresente endurecido, com grânulos ou que se 
encontre mal acondicionado; 
- quando em sacos, não será permitido o armazenamento a céu aberto, sendo rejeitados 
todos os que se apresentem abertos ou com sinais de violação, ou seja, devem ser 
guardados com todos os cuidados seguindo as indicações da Especificação em vigor; 
3) Desde que se verifique não ser possível obter, com o cimento Portland normal preferido 
pelo Empreiteiro, as características estipuladas para os betões neste caderno de 
encargos, poderá o Empreiteiro ser obrigado a utilizar cimentos de outra origem, ou 
cimentos especiais, sem aumento de encargos para o Dono da Obra; 
 
 
 
Universidade Fernando PessoaMateriais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.2 
 
4) O armazém destinado ao cimento deverá ter capacidade suficiente para comportar em 
depósito, além da remessa cuja recepção estiver pendente de ensaios, o cimento 
indispensável para o mínimo de 30 dias de trabalho; 
5) Os sacos de cimento serão arrumados sobre estrado de madeira, por forma a ficar um 
espaço livre entre eles e o pavimento do armazém, e serão dispostos de modo a 
permitirem o fácil acesso para inspecção e identificação de cada uma das remessas; 
6) A Fiscalização tem o direito de manter permanentemente no armazém de cimento um 
agente de sua confiança; 
7) O armazém de cimento pode ser substituído por silos devidamente impermeáveis que 
evitem a deterioração do material; 
8) O cimento fornecido a granel deve ser armazenado em silos equipados com 
termómetros. 
Os ligantes hidráulicos, componentes do betão simples, armado ou pré-esforçado e argamassas, 
classificam-se, conforme a natureza e percentagem dos constituintes (segundo o descrito na 
Norma em vigor), e tendo em vista as diversas aplicações, em quatro tipos: I, II, III e IV, que se 
apresentam no quadro seguinte: 
 
Cimentos. Tipos e Composição 
 
Percentagem em Massa 
Cimentos Constituintes Principais 
Designação Tipo 
Clinquer 
Portland 
K 
Escória 
Alto Forno 
S 
Pozolana 
Natural 
Z 
Cinzas 
Volantes 
C 
Filer 
F 
Constituintes 
em 
Percentagem 
Minoritária 
Cimento Portland I 95 a 100 0 a 5 
Cimento Portland Composto II 65 a 94 0 a 27 0 a 23 0 a 23 0 a16 
Cimento Portland de Escória II-S 65 a 94 6 a 35 0 a 5 
Cimento Portland de Pozolana II-Z 72 a 94 6 a 28 0 a 5 
Cimento Portland de Cinzas 
Volantes 
II-C 72 a 94 6 a 28 0 a 5 
Cimento Portland de Filer II-F 80 a 94 6 a 20 0 a 5 
Cimento de Alto forno III 20 a 64 36 a 80 0 a 5 
Cimento Pozolânico IV ≥ 60 ≤ 40 0 a 5 
 
Para quaisquer dos ligantes são exigidas as seguintes propriedades mecânicas e físicas (segundo 
a Norma em vigor), em que a letra R indica uma classe com elevada resistência aos 2 dias: 
 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.3 
 
Exigências Mecânicas e Físicas 
 
Resistência à Compressão (MPa) 
Resistência aos 
primeiros dias 
Resistência de 
Referência Classes 
2 dias 7 dias 28 dias 
Principio de 
Presa min. 
Expansibilidade
32,5 - ≥ 16 
32,5 R ≥ 10 - 
≥ 32,5 e 
≤ 52,5 
42,5 ≥ 10 - 
42,5 R ≥ 20 - 
≥ 42,5 e 
≤ 62,5 
≥ 60 
52,5 ≥ 20 - 
52,5 R ≥ 30 - 
≥ 52,5 ≥ 45 
≤ 10 
 
A resistência de referência é a resistência à compressão aos 28 dias, determinada segundo a 
Norma em vigor. No quadro seguinte especificam-se os valores para as propriedades químicas 
dos ligantes (segundo a Norma em vigor): 
 
Exigências Químicas 
 
Propriedades Método de Ensaio Tipo de Cimento Classes de Referência 
Valor Especificado 
(1) 
Perda ao Fogo ≤ 5,0 % 
Resíduo Insolúvel 
 
I e III 
 
Todas as Classes ≤ 5,0 % 
32,5 
32,5 R 
42,5 
 
≤ 3,5 % 
 
I II e IV 42,5 R 
52,5 
52,5 R 
 
Sulfatos (expressos 
em SO3) 
NP EN 196-2 
III Todas as Classes 
 
≤ 4,0 % 
Cloretos NP EN 196-21 Todos os Tipos Todas as Classes ≤ 0,10 % (2) 
Pozolânicos NP EN 196-5 IV Todas as Classes Satisfaz ao Ensaio 
 
(1) As percentagens são referidas à massa de cimento. 
(2) O cimento de Alto Forno (Tipo III) pode conter mais que 0,10% de cloretos; neste caso, o teor de cloretos deve ser 
declarado. 
 
 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.4 
 
O valor da resistência aos 2 dias, indicado no § anterior, tem apenas carácter indicativo, não 
implicando a não recepção do cimento, caso se verifiquem as resistências exigidas no mesmo §, 
aos 7 e 28 dias. 
O cimento deve ser de fabrico recente e acondicionado de forma a estar bem protegido contra a 
humidade e impurezas durante o transporte e armazenagem, devendo o local de armazenagem 
ser ventilado. 
Os vários tipos e classes de cimento e as adições devem estar claramente identificadas e 
armazenadas, de forma a excluir qualquer possibilidade de engano. O cimento em sacos deve 
ser armazenado de tal forma que seja utilizado segundo a ordem de entrega. Será rejeitado todo 
o cimento que se apresente endurecido, com grânulos, ou que se encontre mal acondicionado ou 
armazenado. Quando em sacos, será rejeitado todo aquele que seja contido em sacos abertos ou 
com indícios de violação. O cimento rejeitado deve ser identificado e retirado do estaleiro da 
obra. 
A mistura de cimentos e adições, feita no momento da amassadura, deve seguir as 
recomendações da especificação em vigor (Betões - Guia para a utilização de ligantes 
hidráulicos), com vista a obter a durabilidade adequada para o betão. 
As misturas, no momento da amassadura, de cimento e adições, só são admitidas se forem 
constituídas por misturas de cimento tipo I com adições tipo I ou II, em que as percentagens dos 
constituintes de cada mistura, em relação à massa do ligante sejam, no máximo, as apresentadas 
no quadro seguinte: 
 
Composição de Misturas de Cimento Tipo I e Adições 
(em percentagem da massa do ligante) 
 
Cimento 
Tipo I 
Sílica de 
Fumo 
Pozolana 
Natural 
Cinza 
Volante 
Filer 
Calcário 
Escória 
Granulada 
de Alto Forno 
≥ 90 ≤ 10 - - - - 
- ≤ 25 - - - ≥ 75 
- - ≤ 25 - - 
≥80 - - - ≤ 20 - 
≥65 - - - - ≤ 30 
64 a 20 - - - - 36 a 80 
≥ 60 ≤ 40 (3) - - 
 
(3) A percentagem de sílica de fumo não pode exceder 10% 
 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.5 
 
 
O fabricante do cimento enviará sempre que lhe seja pedida, cópia dos resultados de ensaios 
correspondentes a cada fornecimento. Não será permitida a utilização de cimento aluminoso em 
elementos pré-esforçados, e o emprego de cimento siderúrgico deverá ser objecto, em cada 
caso, de justificação especial. 
O controlo do cimento será efectuado de acordo com o Caderno de Encargos para o 
fornecimento e recepção de cimento Portland Normal, sendo a recolha de amostras efectuada de 
acordo com o mesmo caderno de Encargos. 
 
1.3. Inertes e Água 
1) Os inertes e a água componentes dos betões de ligantes hidráulicos obedecerão ao 
estipulado no Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos, sendo obrigatórios todos 
os estudos e ensaios referidos no citado regulamento. 
2) As areias deverão ser naturais e retiradas de local limpo e lavado, enquanto os restantes 
inertes poderão ser de origem natural ou então obtidos por britagemde material 
adequado, exigindo-se, em todos os casos, a aprovação prévia das respectivas 
proveniências pela Fiscalização. 
3) Os elementos individuais do inerte grosso devem ser de preferência isométricos, não 
devendo exceder em mais de 20% do peso total a porção de partículas chatas ou 
alongadas. Considera-se uma partícula chata quando d/b for menor que 1/2 e alongada 
quando L/b for maior que 3/2, sendo b a largura, d a espessura e L o comprimento da 
partícula. 
4) O inerte grosso tem de ser escolhido de modo que o betão possa ser colocado e 
compactado à volta das armaduras sem que haja segregação. A dimensão máxima do 
inerte grosso não deverá exceder 1/4 a 1/5 da menor dimensão da peça a betonar e, na 
zona com armaduras, 5/8 da distância entre varões. 
5) O inerte grosso deverá ser lavado, exigindo-se um cuidado especial no caso de ser godo, 
a areia será convenientemente lavada e cirandada, se tal operação for requerida pela 
Fiscalização. 
6) O Empreiteiro submeterá à aprovação da Fiscalização o plano de obtenção de inertes, 
lavagem e selecção de agregados, transporte e armazenagem, a fim de se verificar a 
possibilidade de fornecimento nas quantidades e dimensões exigidas, bem como a 
garantia de produção com características convenientes e constantes. 
 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.6 
 
 
7) De acordo com o estipulado no Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos, os 
inertes de proveniência e categoria diferentes devem ser armazenados separadamente, 
 Devendo os montes respectivos assentar sobre betonilhas devidamente drenadas, de forma a 
obter condições de armazenamento que possibilitem a uniformização do estado de humidade 
superficial dos inertes. 
 
 
Fonte: www.igm.ptedicoes_onlinediversosind_extractivalisboa.htm 
Figura N.º 1 
 
8) A água a utilizar na obra, tanto na confecção dos betões e argamassas como para a cura 
do betão, deverá na generalidade ser doce, limpa e isenta de matérias estranhas em 
solução ou suspensão, aceitando-se como utilizável a água da qual haja conhecimento 
de que, empregue noutras obras, não tenha produzido eflorescências ou perturbações no 
processo de presa e endurecimento dos betões e argamassas com ela fabricados. 
9) Os inertes dos betões de ligantes hidráulicos a utilizar deverão assegurar as resistências 
especificas, adequada trabalhabilidade e durabilidade aos betões e argamassas com eles 
confeccionados, não devendo conter em quantidades prejudiciais, películas de argila ou 
qualquer outro revestimento que os isole do ligante, partículas moles, friáveis ou 
demasiadamente finas, matéria orgânica ou outras impurezas. Não devem conter 
constituintes prejudiciais, em quantidades tais, que possam afectar a durabilidade do 
betão, ou provocar a corrosão das armaduras. 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.7 
 
10) 
 
Fonte: www.altivopedras.ind.br 
Figura N.º 2 
 
11) Proíbe-se o emprego de inertes que possam conter pirites ou outros sulfuretos. 
Quando não haja antecedentes sobre a utilização dos inertes disponíveis, ou em caso de dúvida, 
deverá comprovar-se que cumprem as condições seguintes: 
 
 
 
Fonte: www.altivopedras.ind.br 
Figura N.º 3 
 
 
 
 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.8 
 
Características e Verificação da Conformidade dos Inertes 
 
 Características Valor a Satisfazer 
Resistência mecânica (4) dos inertes 
grossos medida através de 
- Resistência à compressão da rocha de que é obtido 
o inerte britado; 
- Resistência ao esmagamento; 
- Desgaste de Los Angeles (5) 
- Desagregação pelo sulfato de sódio de magnésio. 
> 50 MPa 
 
< 45 % 
< 50 % 
SO,Na:perdas peso < 10% 
SO,Mg:perdas peso< 15% 
ao fim de 5 ciclos de ensaio 
Absorção de água (1) e massa 
volúmica 
- De inertes grossos 
- De areias 
Absorção ≤ 5 % 
Absorção ≤ 5 % 
Quantidades de partículas ou 
matérias prejudiciais 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Índice volumétrico 
- De matéria orgânica 
- De partículas muito finas e matérias 
 solúveis: 
 
 
 
 
- De partícula de argila 
 
- De partículas friáveis 
 
- De partículas moles 
- De partículas leves (1)(6) 
não prejudicial 
 
• areia natural ≤ 3,0 % 
• areia britada ≤ 10,0 % 
• godo ≤ 2,0 % 
• brita ≤ 3,0 % 
 
≤ 2,0 % da massa do ligante 
 
• areia ≤ 1,0 % 
• godo ou brita ≤ 0,25 % 
 
• godo ou brita ≤ 5,0 % 
• areia ≤ 0,5 % 
• godo ou brita ≤ 1,0 % 
• godo ≥ 0,12 % 
• brita ≥ 0,15 % 
Reactividade potencial com os 
álcalis do 
ligante 
 
 
 
 
 
Reactividade com os Sulfatos (8) 
 
- Processo absorciométrico 
- Processo da barra de argamassa 
 
 
- Análise Petrográfica (7) 
 
- Provete de argamassa: 
 
- Provete de rocha: 
 
 
 
negativo 
extensões de alongamento 
dos 
provetes inferiores a 1,0E-03 
ao 
fim de 6 meses 
negativo 
 
• ausência de fendilhação 
• extensão < 0,5×10-3 
• extensão < 1,0×10-3 ao fim 
de 6 meses 
Teor de Cloretos (9) 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.9 
 
Teor de sulfuretos 
Teor de sulfatos 
Teor de álcalis 
Análise granulométrica 
Baridade 
Teor de água total 
(10) 
(7) 
(7) 
(11) 
(12) 
(13) 
 
________________________________ 
(4) Os valores exigidos por esta característica não se aplicam aos inertes leves. 
(5) Não é significativo para inertes calcários. 
(6) Os ensaios de desagregação pelo sulfato de sódio ou magnésio e da qualificação das partículas leves são exigidos quando o 
betão está sujeito a ambientes em que a temperatura pode atingir, com frequência, valores inferiores a 5ºC, ou se pretendem 
obter betões de elevada resistência à penetração de cloretos. 
 
(7) Na especificação E415 indicam-se os minerais e rochas com formas de sílica potencialmente reactivas ou fornecedoras do 
álcalis. 
(8) O ensaio de reactividade com os sulfatos é exigido quando os betões ficam em contacto com a água do mar, ou com águas, 
ou solos que contenham sulfatos com teores iguais ou superiores aos da água do mar e quando os inertes exibem feldspatos. 
(9) O teor de cloretos dos inertes deve ser somado ao dos outros constituintes do betão, de forma que o teor por massa de 
cimento seja inferior a 1%,0.4%e 0.2%, no caso do betão simples, armado e pré-esforçado, respectivamente. 
(10) O teor de sulfuretos, sulfatos e álcalis dos inertes deve ser somado aos correspondentes teores determinados nos outros 
componentes do betão (com excepção do cimento), e o valor final não deve exceder as seguintes percentagens, referidas à 
massa do cimento e das adições: 
 
Cimento 
sulfuretos 
(expresso em S) 
Sulfatos 
(expresso em SO3) 
Álcalis 
(expresso em Na2O) 
Tipo I 0,2 0,5 0,6 
Tipo II 0,0 0,5 - 
Tipo III 1,0 
Tipo IV 0,2 2,0 - 
 
(11) A classificação dos inertes em classes granulométricas é feita na especificação LNEC E355. 
(12) A baridade é usada para definir ou controlar a composição do betão. 
(13) O teor de água é usado para corrigir, quando necessário, a água de amassadura. 
 
12) No caso da água, quando não houver antecedentes sobre a sua utilização, ou em caso de 
dúvida, a água será analisada, devendo os resultados obtidos satisfazer os limites 
indicados no quadro seguinte, que consta da Especificação em vigor – Água de 
Amassadura para betões. Características e Verificação da conformidade: 
 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.10 
 
Características das Águas para Amassadura de Betões 
 
 Betão 
simples 
Betão armado e pré-
esforçado 
 Expoente em Hidrogénio (pH) ≥ 4 ≥ 4 
- Materiais em suspensão (resíduo suspenso) ( g/litro ) ≤ 5 ≤ 2 
- Sais dissolvidos (resíduo dissolvido) ( g/litro ) ≤ 35 ≤ 10 
- Matéria orgânica (consumo químico de oxigénio) (mg/litro) ≤ 500 ≤ 500 
- Teor de cloretos (mg/litro) ≤ 4500 ≤ 600 (1) 
- Teor de sulfatos (mg/litro) ≤ 2000 ≤ 
- Teor de ortofosfatos (mg/litro) ≤ 100 ≤ 
- Teor de nitratos (mg/litro) ≤ 500 ≤ 
- Teor de sulfuretos (mg/litro) ≤ 100 ≤ 
- Teor de sódio e de potássio (mg/litro) ≤ 1000 ≤ 
 
13) Caso a fiscalização assim o exija, os ensaios a efectuar serão os referidos na 
Especificação em vigor. 
14) Será expressamente proibido o emprego de água do mar. 
 
1.4. Aditivos para Argamassas e Betões 
1) Poderão ser utilizados aditivos nas argamassas e betões, como plastificantes, 
introdutores de ar, ou ambos, ou ainda retardadores de presa e aceleradores, desde que 
aprovados pela Fiscalização. 
2) O emprego de aditivos em relação aos quais não exista experiência de aplicação obriga 
o Empreiteiro a promover, por sua conta, a realização de ensaios que provem a 
eficiência e inocuidade dos mesmos. 
3) Sempre que recorra ao emprego de aditivos, o Empreiteiro obriga-se a observar as 
prescrições de aplicação fixadas pelo Fabricante, particularmente no que respeita à 
dosagem. 
4) Quanto aos elementos agressivos (sulfatos, sulfuretos e cloretos), os aditivos não devem 
contê-los em quantidade tal que, somados com os contidos pelos outros componentes, 
excedam os limites indicados no artigo 12º - Quantidades de halogenetos, de sulfuretos, 
de sulfatos e de álcalis contidos nos componentes - do Regulamento de Betões de 
Ligantes Hidráulicos. 
5) Não serão permitidas misturas de aditivos de diferentes marcas, ainda que da mesma 
natureza. 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.11 
 
6) Não é permitido o emprego de aditivos sem que previamente a fiscalização os tenha 
aprovado. Não estando a sua utilização sancionada pela experiência, serão da conta do 
Empreiteiro todos os ensaios que se tornem necessários para provar a sua eficiência e 
inocuidade. 
7) As adições para betões consideradas pelas normas e regulamentos nacionais são: as 
pozolanas, a escória granulada de alto forno, o fíler calcário e a sílica de fumo. Os 
aditivos para betão, deverão satisfazer as exigências que constam nos seguintes 
documentos: NP em vigor - Cinzas Volantes para Betão. Definições, Especificações e 
Controle da Qualidade; NP em vigor - Pozolanas para Betão. Definições, Especificações 
e Verificação da Conformidade; Esp. em vigor - Escória Granulada de Alto Forno 
Moída para Betões. Características e Verificação da Conformidade; Esp. em vigor - 
Fíler Calcário para Betões. Características e Verificação da Conformidade e Esp. em 
vigor - Sílica de Fumo para Betões - Características e Verificação da Conformidade. 
8) As adições não devem possuir constituintes prejudiciais em quantidades tais, que 
possam afectar a durabilidade do betão, ou provocar a corrosão das armaduras. 
9) Os aditivos à base de cloreto de cálcio ou de outros cloretos, sulfuretos, sulfitos ou 
outros compostos químicos, que possam provocar ou favorecer a corrosão das 
armaduras, não devem ser adicionados ao betão pré-esforçado. 
 
1.5. Adjuvantes para Betão 
• Os adjuvantes a adicionar aos betões, durante a amassadura, têm por objectivo modificar 
as propriedades dos mesmos, tais como, reduzir a dosagem de água sem afectar a 
trabalhabilidade ou, sem modificar a dosagem de água, aumentar a trabalhabilidade; 
aumentar a resistência; acelerar ou retardar a presa, etc.. Os adjuvantes não devem 
possuir constituintes prejudiciais em quantidades tais, que possam afectar a durabilidade 
do betão, ou provocar a corrosão das armaduras. 
• Os adjuvantes a adicionar aos betões de ligantes hidráulicos devem satisfazer as 
exigências expressas na especificação em vigor - Adjuvantes para Argamassas e Betões. 
Características e Verificação da Conformidade. Ficam assim sujeitos aos critérios de 
conformidade e informações exigidas, quanto às suas características de identificação e 
de compatibilidade e características de comportamento, constantes na referida 
Especificação e que se indicam no quadro seguinte: 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.12 
 
Critérios de Conformidade e Informações Exigidas, quanto à Identificação e à 
compatibilidade, para todos os Adjuvantes 
 
Características 
 
·h Segregação e cor Segregação: 
 
 Cor: 
 
 
·h Componente efectivo 
 
Exigências 
 
Não deve ser superior ao valor indicado pelo fabricante. 
 
Deve ser visualmente uniforme e similar à cor da amostra 
padrão. 
 
Os espectros de infravermelhos devem apresentar picos 
característicos correspondentes às mesmas absorções relativas 
da amostra padrão. 
 
h Massa Volúmica 
 
 
 
 
h Teor em sólidos 
 convencional 
 
 
h Valor pH 
 
 
h Tempo de presa para a dosagem máxima recomendada 
 
 
Valor indicado pelo fabricante ± 0.03 kg/dm3, se a massa 
volúmica for superior a 1,10 kg/dm3; 
Idem, ± 0.02 kg/dm3, se a massa volúmica for igual ou 
inferior a 1,10 kg/dm3. 
 
0,95T < X % < 1,05T, sendo: 
T - valor indicado pelo fabricante; 
X – resultadodo ensaio. 
 
Valor indicado pelo fabricante ± 1, ou gama de valores 
indicada pelo mesmo. 
 
Sem especificação, mas devem ser relatados os resultados dos 
ensaios com quatro cimentos, conforme prEN480-1. 
 
 
• A quantidade total de adjuvantes na composição, não deve exceder 50g/kg de cimento e 
não convém que seja inferior a 2g/kg de cimento. Só são permitidas quantidades 
menores de adjuvantes se estes forem dispersos em parte da água de amassadura. A 
quantidade de adjuvantes líquidos deve ser considerada no cálculo de relação A/C, 
sempre que exceda 3 litros/m3 de betão. 
• As condições e o tempo máximo de armazenamento dos adjuvantes em estaleiro devem 
observar as condições estipuladas pelo fabricante. Na ausência destas devem ser 
efectuados ensaios comprovativos de manutenção das características especificadas e 
comprovadas para os adjuvantes. 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.13 
 
• Em caso de dúvida sobre as características dos adjuvantes empregues, ou a sua 
compatibilidade com quaisquer outros componentes do betão, pode a fiscalização 
mandar efectuar os ensaios que entenda por necessários. 
• O Empreiteiro deverá indicar à fiscalização os adjuvantes e as percentagens que 
pretende adoptar na formulação dos diferentes betões, fazendo acompanhar essa 
indicação dos documentos de ensaio em laboratório oficial de todos os requisitos 
impostos na especificação em vigor - Adjuvantes para Argamassas e Betões. 
Características e Verificação da Conformidade. 
• O Empreiteiro deverá contemplar a informação relativa aos adjuvantes com ensaios 
sobre a variabilidade da trabalhabilidade dos betões com eles produzidos na primeira 
hora, e das resistências aos 2, 7 e 28 dias de idade por forma a habilitar a fiscalização 
com os elementos conducentes à aprovação da sua adopção. 
• Os adjuvantes à base de cloreto de cálcio ou de outros cloretos, não devem ser 
adicionados ao betão armado, betão pré-esforçado e betão contendo metal embebido. 
 
1.6. Madeiras 
1) As madeiras a empregar serão bem cerneiras, não ardidas nem cardidas e sem nós 
viciosos, apresentando-se isentas de caruncho e fendas ou falhas, que comprometam a 
sua resistência. 
2) Serão de primeira escolha, isto é, seleccionadas por forma a que mesmo pequenos 
defeitos (nós, fendas, etc.) não ocorram com grande frequência, nem com grandes 
dimensões, particularmente nas zonas das peças onde se encontram instaladas as 
tensões mais elevadas. 
3) Serão de quina viva e perfeitamente desempenadas, permitindo-se em casos a fixar a 
juízo da Fiscalização, o emprego de peças redondas em prumos ou escoras, desde que 
tal não comprometa a segurança ou a perfeição do trabalho. 
4) As tábuas para moldes terão uma espessura não inferior a 2,5cm e serão aplainadas, 
tiradas de linha e a meia madeira. 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.14 
 
 
Fonte:www.nmbuilder.com/ beamsandvigas.html 
Figura N.º 4 
 
5) Os calços ou cunhas a aplicar serão de madeira dura. 
6) Se forem utilizados cavaletes de madeira não será permitido o emprego de peças de 
peso específico excepcionalmente baixo, requerendo-se preferencialmente que seja 
igual ou próximo de 6 o número de anéis de crescimento da madeira, com o limite 
mínimo de 3. 
7) Devem provir de troncos sãos e abatidos na época e com a idade conveniente. 
8) A secagem das peças de madeira deve ter sido feita ao ar, mas ao abrigo do sol e da 
chuva. 
 
Fonte:www.nmbuilder.com/ beamsandvigas.html 
Figura N.º 5 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.15 
 
1.7. Derivados de Madeira 
1) As placas de aglomerado de madeira, contraplacados ou lamelados, deverão apresentar 
espessura, textura e cor uniformes e ser compactadas, sem empolamentos, empenos ou 
quaisquer sinais de desagregação. 
2) Deverão apresentar um grau de humidade relativa inferior a 12%. 
3) Antes da sua utilização serão presentes amostras à Fiscalização. 
 
1.8. Aço para Armaduras Ordinárias 
1) O aço das armaduras para betão armado deverá ser de textura homogénea, de grão fino, 
não quebradiço e isento de zincagem, pintura, alcatroagem, argila, óleo ou ferrugem 
solta, obedecendo escrupulosamente às prescrições do Regulamento de Estruturas de 
Betão Armado e Pré-esforçado. 
2) O aço para armaduras será em varão redondo nervurado (alta aderência), A400 NR ou 
ER e em rede electrossoldada A500 EL, utilizando-se apenas varão liso no caso de 
ligações a estruturas metálicas que precisem de roscamento, se for o caso. Obedecerá às 
seguintes características: 
 
 
 
 Tipo A400 NR Tipo A400 ER 
- Processo de fabrico Laminado a quente Endurecido a frio 
- Configuração da superfície Rugosa Rugosa 
- Características de aderência Alta aderência Alta aderência 
- Tensão de cedência ou tensão limite convencional da proporcionalidade a 
0,2% 
> 4000 kg/cm2 > 4000 kg/cm2 
- Tensão de rotura > 4600 kg/cm2 > 4600 kg/cm2 
- Extensão após rotura (comprimento de referência = 5 Ø) >14 >12 
 
3) Os ensaios a realizar serão de tracção sobre provetes proporcionais longos e por ensaios 
de dobragem, efectuados de acordo com as normas portuguesas em vigor 
(respectivamente NP’as em vigor), conforme estipula o parágrafo do artigo 22º do 
Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado, e ainda os necessários 
para satisfazer o disposto no artigo 79º do mesmo diploma. 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.16 
 
4) As armaduras não devem apresentar fissuras após os ensaios de dobragem simples a 
180ºC e de dobragem a 90ºC, realizados de acordo com as normas do país de origem do 
varão de aço. 
5) A secção equivalente de cada varão não deverá ser inferior a 95ºC da sua secção 
nominal para diâmetros inferiores a 25mm. 
6) Tanto no transporte como no armazenamento, o varão deverá ser adequadamente 
protegido contra chuva, humidade do solo e eventual agressividade da atmosfera, 
devendo ainda ser convenientemente separado por tipos, qualidades, diâmetros e 
procedências. Antes de utilizado deverá verificar-se o seu estado e assegurar-se de que 
não apresenta alterações prejudiciais. 
7) O controlo de qualidade do varão de aço deverá ser feito de acordo com as Normas 
portuguesas aplicáveis. 
8) O preço unitário indicado no orçamento para o betão armado inclui as armaduras e as 
sobreposições e soldaduras (ou qualquersistema de união), os ganchos e ainda o arame 
de atar. 
9) Os varões armazenados no local da obra devem ser adequadamente protegidos da 
corrosão e empilhados em apoios, de modo a estarem suficientemente afastados do solo 
e a não sofrerem deformações permanentes. 
10) Qualquer alteração ou substituição verificada nos tipos de varões ou nas classes de aços 
indicados no Projecto de execução deverá ser mencionada no livro de registo da obra e 
devidamente rubricada pela Fiscalização. 
 
 
Fonte:www.argibetao.ptprod01.htm 
Figura N.º 6 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.17 
 
 
 
Fonte:www.arrakis.es/sicek/MasObras.htm 
Figura N.º 7 
 
1.9. Elementos Pré - Fabricados 
1) A proposta a apresentar pelo empreiteiro sobre todos os elementos pré-fabricados, se 
diferentes dos preconizados no projecto, deverá ser acompanhada das eventuais 
consequentes alterações ao projecto geral de estabilidade, se esse for o caso, situação em 
que será necessária a autorização escrita da Fiscalização. 
2) Do constante no ponto anterior, será obrigatória a apresentação dos documentos de 
homologação do LNEC. 
3) No caso presente, as lajes aligeiradas, que serão constituídas por vigotas pré-esforçadas 
com elementos cerâmicos de enchimento, foi prevista a utilização de lajes do tipo 
“Maprel”. Pode, pois e no entanto, ser utilizada outra marca, desde que devidamente 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.18 
 
 
 
Fonte:www.arrakis.es/~sicek/MasObras.htm 
Figura N.º 8 
 
qualificada pelo LNEC, devendo os esforços resistentes da laje satisfazer os limites do 
modelo referido para as lajes aligeiradas que consta das peças desenhadas. 
Os custos unitários da oferta incluem todos os materiais, mão-de-obra, andaimes e 
equipamentos necessários à perfeita execução dos trabalhos. 
 
1.9.1. Critérios de medição: 
 
1.9.1.1. Lajes (m2) 
Área entre faces anexas de vigas ou paredes 
 
1.9.1.2. Barrotes e ripas de cobertura (m2) 
Área medida em planta compreendida entre faces anexas dos apoios (vigas, cintas, paredes ou 
apoios sobre muretes (excepto junto a caleiras)). 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.19 
 
 
 
Fonte:www.novadutra.com.br/.../n44_2002/ lancamentos_vigas.htm 
Figura N.º 9 
 
1.9.1.3. Madres ou vigas (m.l.) 
Em coberturas para apoio de barrotes, ripas ou sub telha. 
 
1.9.1.4. Lajes aligeiradas (m2) 
Vigotas de betão pré-esforçado, tijoleiras de cimento ou tijolo, betão de resistência em 
enchimento em bandas maciças, reforços, tarugos e lâmina de compressão; armadura em aço 
A235/A400 e/ou malha electrossoldada em aço A500; cofragens em zonas maciçadas e 
escoramentos gerais; todas as sujeições da entrega das vigotas às vigas da estrutura. 
Área medida entre faces de vigas ou paredes. 
 
 
 
 Fonte:www.arrakis.es/~sicek/MasObras.htm 
Figura N.º 10 
Universidade Fernando Pessoa Materiais Construção II 
 
 
Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.20 
 
 
2. Condições Gerais de Execução de Estruturas de Betão 
 
2.1. Argamassas 
Por argamassas entendem-se as misturas íntimas de ligantes, inerte de água, podendo ainda, 
conter aditivos ou adjuvantes e destinadas aos trabalhos correntes de alvenaria e de 
revestimento de paredes e pavimentos. As argamassas correntes são consideradas pertencentes a 
um de dois tipos: tipo I, cuja característica fundamental é uma resistência mecânica mínima, 
enquanto que as restantes se incluem no tipo II. 
 
As argamassas a aplicar serão portanto dos seguintes tipos: 
TIPO I - Argamassa de cimento e areia, com o traço de 300 Kg de cimento e 1000 L de areia, a 
empregar no assentamento dos lancis e passeios. 
TIPO II - Argamassa de cimento e areia, com o traço de 600 Kg de cimento e 1000 L de areia, a 
empregar no assentamento das guardas metálicas, juntas de dilatação e, 
eventualmente, no reboco de superfícies de betão onde, por defeito de execução, se 
torne necessário utilizá-la, com a concordância da Fiscalização. 
Os tipos e as composições das diferentes argamassas a utilizar são os referidos no projecto. 
Sempre que o projecto não especifique as argamassas a empregar entende-se que serão 
argamassas do tipo II e cujas composições são as indicadas nestas cláusulas para os respectivos 
trabalhos em que serão aplicados. 
1. O fabrico de argamassas será feito por meios mecânicos em estrado de madeira. 
Eventualmente, mas só em casos meramente pontuais e autorizados pela Fiscalização, o 
fabrico poderá ser manual mas, nesta hipótese, os materiais devem misturar-se 
primeiramente a seco e só depois se amassarão, juntamente com a água necessária, até 
que a argamassa fique bem homogénea. 
2. As argamassas serão fabricadas na ocasião do seu emprego e na proporção do seu 
consumo, sendo de rejeitar todas as que comecem a fazer presa no amassadouro ou 
sejam remolhadas. 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.21 
 
 
 
Fonte:www.odebrecht.com.brOdbhistoria.asp#nada 
Figura N.º 11 
 
 
 
2.1.1. Componentes 
Os materiais componentes das argamassas hidráulicas correntes deverão satisfazer ao 
especificado nas respectivas CTE, nomeadamente quanto a: 
- inertes naturais e britados; 
- cais; 
- cimentos; 
- aditivos e adjuvantes para betões e argamassa hidráulica; 
- água. 
Os inertes a utilizar deverão ter granulometrias, de acordo com a finalidade das argamassas com 
eles confeccionadas, pertencentes a um dos tipos seguintes: 
 
 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.22 
 
 
 
 
 
Granulometrias tipo A 
Peneiro ASTM Retidos acumulados (%) 
n.º 4 0 
n.º 8 0 a 10 
n.º 16 0 a 30 
n.º 30 20 a 60 
n.º 50 60 a 95 
n.º 100 90 a 100Granulometrias tipo B 
Peneiro ASTM Retidos acumulados (%) 
n.º 8 0 
n.º 16 0 a 10 
n.º 30 0 a 45 
n.º 50 50 a 95 
n.º 100 90 a 100 
 
As granulometrias definidas na cláusula anterior são próprias para inertes com as seguintes 
aplicações: 
‰ Inertes de granulometria tipo A – argamassas para assentamentos de alvenarias, de 
regularização de paredes (emboços e rebocos) e de pavimentos, para assentamentos de 
azulejos e ladrilhos e para camadas de acabamentos projectado; 
‰ Inertes de granulometria tipo B – argamassas para camadas de acabamentos afagados e 
ásperos. 
A máxima dimensão dos inertes destinados a argamassas para camadas de regularização e 
assentamento em revestimentos de ladrilhos e azulejos é limitada a 0,7 da espessura total da 
respectiva camada. 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.23 
 
 
 
Fonte:www.arrakis.es/sicek/MasObras.htm 
Figura N.º 12 
 
2.2. Betões de Ligante Hidráulico 
Os betões a empregar serão dos seguintes tipos, qualidade e classes: 
- Betão B25, com dosagem mínima de ligante de 350 Kg de cimento por m
3
 de 
betão, colocado em obra. 
¾ Em tudo o que diga respeito à composição e fabrico de betões, seguir-se-ão as regras 
estabelecidas pelo Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos e pelo Regulamento 
de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado. 
 
¾ A compactação do betão será feita exclusivamente por meios mecânicos (vibração de 
superfície, vibração dos moldes e pré-vibração), devendo existir, em cada obra, o 
número de vibradores necessários para o cumprimento do plano de trabalhos, com o 
mínimo de dois a funcionar (como se vinculará mais adiante) e outros tantos de reserva, 
para precaver qualquer hipótese de avaria. 
¾ Além do indicado no Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos, o Empreiteiro 
deverá organizar um registo compilador de todos os ensaios de cubos por tipo de betão, 
para em qualquer momento se poder verificar a satisfação das características 
estabelecidas. Complementarmente, deverá ser feito também um registo por obra com 
igual diferenciação por tipo de betão. 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.24 
 
¾ Os ensaios serão feitos no mínimo de três cubos por cada elemento ou troço de obra 
betonado de uma só vez e, no caso de betonagem contínua, deverão preparar-se cubos 
para ensaio, pelo menos, três vezes por semana. 
¾ Os cubos serão executados em moldes metálicos, de acordo com as instruções da 
Fiscalização, devendo apresentar as suas faces perfeitamente desempenadas. 
¾ A Fiscalização poderá executar mais do que uma série de 3 provetes da mesma 
amassadura, pelo que o Empreiteiro deverá dispor de moldes metálicos em número 
suficiente. 
¾ A conservação dos cubos durante o endurecimento será feita conforme determinar a 
Fiscalização e de acordo com as condições climatéricas existentes. 
¾ Os cubos serão transportados devidamente acondicionados para o laboratório oficial de 
comprovação, para que não se deteriorem. 
¾ Os cubos serão sempre feitos do betão de uma amassadura destinada a ser aplicada na 
obra e designada pela Fiscalização. 
¾ Os cubos só poderão ser fabricados na presença da Fiscalização. 
¾ Todos os cubos serão numerados sequencialmente, seja qual for o tipo de betão a que 
digam respeito. 
¾ Em cada cubo será gravado não só o número de ordem mas também a designação 
característica do betão de que é feito, a obra e a data de fabrico. 
¾ Do registo compilador deverão constar os seguintes elementos: 
- Número do cubo; 
- Data de fabrico; 
- Data de ensaio; 
- Idade; 
- Tipo, qualidade e classe do betão; 
- Quantidade de cada categoria do inerte usada na composição do betão; 
- Dosagem do ligante e sua marca; 
- Quantidade de água de argamassa; 
- Relação água/ligante; 
- Local da obra onde se empregou o betão de que o cubo é espécime; 
- Resistência obtida no ensaio; 
- Resistência média dos três cubos ensaiados; 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.25 
 
- Resistência equivalente aos 28 dias de endurecimento, segundo a curva de 
resistência estipulada pelo laboratório oficial onde se estudou o betão cuja 
composição foi aprovada; 
- Peso do cubo; 
- Observações. 
¾ Por cada série de três cubos fabricados ou, no máximo, por cada duas séries, será 
preenchido pela Fiscalização um verbete de ensaio, do qual será entregue um duplicado 
ao Empreiteiro, onde constará o número dos cubos, a data de fabrico, a marca de 
cimento, a dosagem, a granulometria, a água de amassadura, o modo de fabrico, etc. 
¾ Com base no verbete de ensaio e depois da Fiscalização fixar a data em que os cubos 
deverão ser ensaiados, será entregue ao Empreiteiro um ofício-guia da Fiscalização, que 
acompanhará os cubos na entrega ao laboratório oficial onde devem ser feitos os 
ensaios, cabendo ao Empreiteiro tomar as precauções necessárias para se respeitar 
aquela data. 
¾ No caso da Fiscalização determinar a rejeição imediata dos betões que não satisfaçam as 
estipulações fixadas, o acordo a que se refere o parágrafo único do artigo 39º do 
Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos poderá, a seu juízo, ser estabelecido nas 
seguintes condições: 
- Proceder-se-á, por conta do Empreiteiro, à realização de ensaios não destrutivos 
ou de ensaios normais de provetes recolhidos em zonas que não afectem de 
maneira sensível a capacidade resistente das peças. Se os resultados obtidos forem 
indiscutivelmente satisfatórios, a parte da obra a que digam respeito será aceite; 
 
 
- Se os resultados destes ensaios mostrarem, como os ensaios de controlo, 
características do betão inferiores às requeridas, considerar-se-ão ainda dois casos 
distintos: 
• Se as características atingidas (em particular as de resistência em esforços) se 
situarem acima de 80% das exigidas proceder-se-ão a ensaios de carga e de 
comportamento da obra, por conta do Empreiteiro, que, se derem resultados 
satisfatórios, determinarão a aceitação da parte em dúvida; 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.26 
 
• Se as características determinadas forem inferiores a 80% das exigidas, o 
Empreiteiro será obrigado a demolir e a reconstruir de forma conveniente, e de 
sua conta, as peças deficientes. 
¾ O estudo de composição de cada betão deverá ser apresentado pelo Empreiteiro à 
aprovação da Fiscalização com pelo menos 30 dias de antecedência em relação à data debetonagem do primeiro troço da obra em que esse betão seja aplicado. 
¾ O Empreiteiro obriga-se a mandar efectuar, no mesmo laboratório que encarregar do 
estudo das características e composição dos betões, ensaios dos betões que permitam 
quantificar, para além da resistência à compressão, os valores do módulo de elasticidade 
instantâneo e a prazo, da retracção e da fluência para vários níveis de tensão e avaliar a 
respectiva consistência. 
¾ O Empreiteiro entregará à Fiscalização amostras dos mesmos inertes utilizados nos 
estudos dos betões para se comprovar a manutenção das suas características. 
¾ O Empreiteiro obriga-se a encarregar do controlo do fabrico o mesmo laboratório que 
fizer o estudo preliminar dos betões, tendo principalmente em vista as correcções 
acidentais a fazer, em consequência da humidade, da variação da granulometria e de 
outras causas. 
¾ O cimento utilizado também será ensaiado sistematicamente no mesmo laboratório, 
segundo plano a estabelecer, rejeitando-se aquele que não possua as características 
regulamentares ou não permita a obtenção das exigidas aos betões da obra. 
¾ Na composição dos betões poderá o Empreiteiro utilizar, de sua conta e observado que 
seja o disposto no artigo 11º do Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos, 
aditivos cuja necessidade justifique, mormente plastificantes e aceleradores ou 
retardadores de presa. 
 
 
¾ O Empreiteiro deverá submeter à aprovação da Fiscalização, o aditivo que 
eventualmente possa vir a ter necessidade de utilizar, ficando desde já proibida a 
utilização de aditivos com base em cloretos ou quaisquer produtos corrosivos. 
¾ Todos os encargos com o estudo e verificação das características dos betões, aqui 
especificamente mencionados ou não, são de exclusiva conta do Empreiteiro e 
consideram-se incluídos nos preços unitários respectivos. 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.27 
 
¾ O betão de todos os elementos que estejam ou possam estar em contacto com a água 
será hidrofugado. O Empreiteiro submeterá à aprovação da Fiscalização o aditivo 
hidrófugo a utilizar. 
¾ Para efeito de medição, os betões serão considerados pelo volume geométrico das peças 
executadas. 
 
2.3. Preparação dos Betões 
1. Os materiais inertes e o cimento serão sempre doseados em peso. 
2. A preparação dos betões será feita por processos mecânicos, em betoneiras, com um 
período de trabalho, para cada mistura, superior ao triplo do necessário para que a 
mistura feita em saco apareça de aspecto uniforme, se outro não se mostrar mais 
conveniente devido às características especiais das betoneiras. 
3. A consistência normal da massa, a verificar por meio do cone de Abrams ou do 
estrado móvel, deve ser quanto possível de terra húmida e a quantidade de água 
necessária será a determinada nos ensaios prévios e de modo que se consiga 
trabalhabilidade compatível com a resistência desejada e com os processos de 
vibração adoptados para a colocação do betão. 
4. 
 
 
Fonte:www.secil-britas.pt 
Figura N.º 13 
 
 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.28 
 
2.4. Betonagem 
A betonagem deverá obedecer às regras estabelecidas no Regulamento de Betões de Ligantes 
Hidráulicos para o seguinte conjunto de operações: transporte, depósito, colocação e 
compactação do betão. 
- O transporte do betão para as diferentes partes das obras deverá ser feito por processos que 
não facilitem a segregação dos inertes e a colocação em obra será feita por vibração da 
massa, até que a água da amassadura reflua à superfície. 
 
Fonte:www.arrakis.es/sicek/MasObras.htm 
Figura N.º 14 
 
 
- Antes de iniciar a betonagem deverá o Empreiteiro apresentar à aprovação da Fiscalização o 
programa de trabalhos de betonagem a executar, indicando claramente as datas de 
betonagem e a localização das respectivas juntas. 
- Todas as superfícies, sobre ou contra as quais vier a ser colocado o betão, deverão ser 
convenientemente preparadas para o receber, não podendo o Empreiteiro iniciar qualquer 
betonagem sem a aprovação prévia da Fiscalização, que para o efeito deverá ser avisada 
com a antecedência necessária. 
- O betão será aplicado logo após o seu fabrico, apenas com as demoras inerentes à 
exploração normal das instalações. Não se tolerará que o período entre a fabricação do 
betão e o fim da sua vibração exceda uma hora no tempo frio e meia hora no tempo quente, 
podendo estas tolerâncias ser diminuídas quando as circunstâncias o aconselharem. 
- Cada elemento de construção deverá ser betonado de maneira contínua, não sendo 
permitidas interrupções de qualquer betonagem por um período de tempo superior a 30 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.29 
 
minutos. É no entanto permitido reduzir o ritmo do fabrico e colocação do betão durante os 
períodos correspondentes às refeições do pessoal, desde que se tomem as providências 
necessárias para evitar o início da presa superficial do betão. 
- No caso de interrupção por período de tempo superior ao fixado suspender-se-á a 
betonagem, só podendo esta ser retomada 14 horas após a interrupção. Nestas circunstâncias 
considerar-se-á a retoma do trabalho, para efeitos de tratamento da superfície, da sua 
lavagem, molhagem e colocação da argamassa de ligação, como se de uma nova betonagem 
se tratasse. 
- Com chuva não deverá iniciar-se qualquer betonagem a céu aberto. Se o começo da chuva 
se verificar com a betonagem em curso, esta poderá continuar desde que não haja o risco de 
deslavamento do betão e este não tenha começado a presa. Caso contrário o trabalho deverá 
ser suspenso, sendo retomado depois nas seguintes condições: 
a) Para períodos de chuva inferiores a 30 minutos, a betonagem prosseguirá 
imediatamente extraindo-se a água empoçada por meio de seringas apropriadas; 
b) Para um período de tempo superior, a betonagem será interrompida e adoptar-se-
ão as regras de execução indicadas em cima, ou seja, só podendo esta ser retomada 
14 horas após a interrupção. 
- As juntas de betonagem só poderão ser realizadas onde a Fiscalização o permitir, devendo 
localizar-se, tanto quanto possível, nas secções menos esforçadas das peças, com uma 
orientação aproximadamente coincidente com a direcção das tensões principais de tracção. 
Antes de recomeçar a betonagem, as superfícies das juntas serão tratadas convenientemente, 
não só de acordo com as instruções da Fiscalização, mas também como adiante se indica: 
a. As faces do betão formando juntas de betonagem deverão ser tornadas rugosas, de modo 
a que os inertes grossos de betão fiquem a descoberto até uma profundidade de 
aproximadamente 6 mm. Esta operação deverá ser feita ainda com o betão não 
endurecido,aspergindo com água a superfície e renovando a pasta em excesso por meio 
de ligeira escovadela; 
b. Antes da colocação do novo betão, a superfície da junta deverá ser abundantemente 
lavada, de forma a se remover todas as partículas soltas e também o excesso de água 
superficial, devendo a superfície encontrar-se apenas humedecida aquando da colocação 
do betão, contudo a molha desta zona deverá ser de pelo menos 4 horas contínuas, de 
forma a existir uma saturação em teor de água no betão velho, conseguindo-se, deste 
modo, que este não “queime” o betão novo por absorção rápida da água contida neste e 
necessária à sua boa cura e normal retracção; 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.30 
 
c. Será obrigatório o emprego de aditivos de ligação à base de resinas acrílicas, podendo 
contudo, a Fiscalização dispensar esse trabalho se tal não se mostrar absolutamente 
necessário; 
d. Todas as operações relacionadas com a aplicação dos produtos de vedação e/ou remate 
deverão ser executadas em estrita conformidade com as indicações dos fornecedores; 
e. Nas peças de grande secção, as juntas de betonagem deverão dispor de pequenas caixas 
de endentamento e pedras salientes e, ainda, pontas de varão de espera. A colocação das 
pedras e a compactação do betão, para que a ligação seja perfeita, será realizada como se 
estipula no parágrafo do artigo 27º do Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos 
para o caso do betão ciclópico. 
Se uma interrupção de betonagem conduzir a uma junta mal orientada, o betão será demolido na 
extensão necessária, de forma a conseguir-se nova junta convenientemente orientada. Antes de 
se recomeçar a betonagem, e se o betão anterior já tiver começado a fazer presa, a superfície da 
junta será convenientemente picada e limpa, de maneira a não haver inertes mal seguros, sem 
aderência ao betão de que fazem parte ou com tendência a dele se desprenderem. A superfície 
deverá em seguida ser abundantemente molhada, não se iniciando a betonagem enquanto a água 
escorrer ou houver poças consideráveis de água, seguindo-se ainda as recomendações fixadas 
na alínea b) dos pontos anteriores. 
- Deve o betão na altura da sua colocação, e para de todas as peças estruturais, ser 
devidamente agitado com vibradores mecânicos, devendo, pelo menos, existir sempre dois 
em perfeitas condições de funcionamento e em permanente utilização na altura das 
betonagens, por cada 5 m3 de betão a colocar; 
- A compactação do betão deve ser feita por camadas e à custa, sempre que possível, de pré-
vibração. A espessura das camadas dependerá das características do equipamento de 
vibração, sendo normalmente inferior a 500 mm nas peças de betão armado e a 300 mm nos 
betões em massa; 
- A vibração será feita de maneira homogénea e de modo a que o betão fique, ele próprio, 
homogéneo. As características dos vibradores a utilizar serão previamente submetidas à 
aprovação da Fiscalização; 
- As agulhas dos vibradores deverão atravessar toda a espessura da camada, de forma a 
penetrarem na camada inferior do betão fresco, misturando as duas camadas e garantindo 
assim a necessária homogeneidade; 
- Todas as arestas de intersecção de superfícies de betão colocado "in situ" serão 
obrigatoriamente chanfradas a 45º com 10 mm de lado; 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.31 
 
- As juntas de retracção serão normalmente executadas nas betonilhas dos pavimentos 
assentes sobre aterros e nas paredes ou muros, destinando-se a concentrar a fendilhação 
associada à retracção do betão. As juntas serão executadas de acordo com os desenhos de 
construção respectivos, ou na ausência destes, respeitando-se o seguinte conjunto de regras: 
a. Nas paredes e muros submetidos à pressão de água exterior serão aplicadas barras de 
vedação em neoprene, centradas na espessura da junta; 
b. As juntas de retracção das betonilhas, não submetidas à pressão de água exterior, 
reduzem-se apenas à abertura de rasgos que devem ser realizados segundo uma malha 
quadrada com aproximadamente 5,0 a 6,0m de lado, utilizando uma serra circular e no 
prazo máximo de 48 horas após a colocação do betão; 
c. As dimensões destes rasgos serão normalmente de 10 mm × 5 mm, sendo o seu 
preenchimento efectuado com aplicação de barra de vedação; 
d. Nestas juntas, deverá ser apenas interrompida a armadura de distribuição normalmente 
existente (em geral redes de malhasol). 
 
 
 
2.5. Cura do Betão 
1) Empreiteiro deverá submeter à apreciação da Fiscalização as medidas que se propõe 
adoptar para proteger o betão durante a primeira fase do seu endurecimento (duração 
mínima de 10 dias), tendo em vista evitar a evaporação prematura da água necessária à 
hidratação do cimento, durante as fases de presa e endurecimento inicial; 
2) Para tal, e sem prejuízo da adopção de outras medidas complementares que a 
especificidade da obra justifique, deverão ser adoptados, logo após a betonagem, os 
procedimentos indicados nas alíneas seguintes: 
- Proteger o betão, pelo menos nas primeiras setenta e duas horas após a betonagem, 
de temperaturas ambientes inferiores a 5º C; 
- Manter as superfícies do betão protegidas pelos moldes, não retirando estes 
prematuramente; quando os moldes forem permeáveis, conservá-los humedecidos; 
- Revestir as superfícies pelas quais se dá a evaporação com materiais impermeáveis 
ou com materiais humedecidos (no caso de serem permeáveis) ou, ainda, aplicar 
sobre as superfícies por pintura, películas que contrariem a evaporação; 
- Manter continuamente molhadas as superfícies expostas. 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.32 
 
2.6. Moldes 
1) Os moldes e as operações de desmoldagem terão de satisfazer ao especificado no 
Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos, no Regulamento de Estruturas de 
Betão Armado e Pré-esforçado e neste caderno de encargos; 
2) Na execução das cofragens e na colocação de cimbres seguir-se-á o indicado no art.º 
152 do REBAP, devendo ter-se especial atenção no escoramento de todas as cofragens, 
de forma a suprimir quaisquer deformações provenientes do peso a que estas estão 
sujeitas, das que resultem das vibrações a que o betão está exposto durante a betonagem, 
ou outras que por qualquer forma provoquem deslocamentos nas cofragens 
incompatíveis com o rigor do acabamento final pretendido; 
3) Descofragem e descimbramento devem respeitar escrupulosamente os tempos de cura 
do betão conforme o regulamento e as normas aplicáveis, designadamente os art.º 153 e 
165º do REBAP; 
4) Os moldes para as diferentes partes das obras deverão ser montados com solidez e 
perfeição, de forma a que fiquem rígidos durante a betonagem e possam ser facilmente 
desmontados,sem pancadas nem vibrações; 
5) Os moldes serão metálicos ou de madeira, em contraplacado ou em tábuas. Neste último 
caso serão de pinho, utilizando-se exclusivamente na sua confecção tábuas de largura 
constante, aplainadas, tiradas de linha e sambladas a meia madeira, para não permitir a 
fuga da calda de cimento através das juntas e para conferir às superfícies de betão um 
acabamento perfeitamente regular. As tábuas deverão ter espessura uniforme, com o 
mínimo de 26 mm, para evitar a utilização de cunhas ou calços, e os quadros de suporte 
não ficarão afastados de mais de 500 mm. 
No caso de emprego de contraplacado de madeira convirá que a superfície seja tratada 
por forma a facilitar a desmoldagem e a permitir um maior número de reaplicações, a 
sua espessura mínima será de 20 mm. Devem ainda ser garantido o estado de limpeza 
das cofragens, a sua indeformabilidade, estanquidade e outras propriedades que 
garantam a perfeição das peças em fabrico, bem como a sua futura durabilidade; 
6) As cofragens poderão ser realizadas por qualquer material diferentes dos contantes no 
parágrafo anterior desde que este cumpra as necessários requisitos aí expostos e haja a 
concordância da Fiscalização; 
7) Todas as superfícies dos moldes deverão ser pintadas ou protegidas, antes da colocação 
das armaduras, com um produto apropriado para evitar a aderência do betão, o qual 
deverá ser previamente submetido à aprovação da Fiscalização; 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.33 
 
8) As faces inferiores dos moldes das vigas deverão ser construídas de tal modo que as 
escoras possam ficar em posição, mesmo que se removam as faces laterais dos moldes 
da viga e os moldes das lajes contínuas; 
9) Antes da colocação do betão, os moldes deverão ser limpos de todos os detritos e, 
especialmente, das pontas cortadas aos arames de amarração dos varões. O óleo ou 
qualquer outro tipo de produto de desmoldagem, se aplicado, não deve contactar com as 
armaduras. Os moldes em madeira deverão ser abundantemente molhados, removendo-
se, antes da aplicação do betão, toda a água em excesso; 
10) Se as superfícies de betonagem não ficarem perfeitas, poder-se-á admitir, 
excepcionalmente, a sua correcção, se não houver perigo para a resistência e se o defeito 
for facilmente suprimido por reboco ou por qualquer outra forma que a Fiscalização 
determine, sempre à custa do Empreiteiro; 
11) O Empreiteiro obriga-se a estudar cuidadosamente a estereotomia dos moldes das 
superfícies vistas, submetendo os seus estudos à apreciação da Fiscalização, que poderá 
impor a sua alteração, tanto para satisfazer os requisitos de forma exigida pelo aspecto 
geral das obras, como por razões de estabilidade. O estudo aqui estipulado, tendo em 
vista o desejado efeito estético, conterá indicações de pormenor relativas à disposição 
das juntas, das emendas, das pregações, às dimensões e disposições das tábuas, etc; 
12) O Empreiteiro submeterá, ainda, à Fiscalização, o Projecto dos moldes a utilizar nas 
restantes superfícies, incluindo a verificação da sua estabilidade; 
13) A desmoldagem de fundos dos diferentes elementos estruturais só poderá ser realizada 
quando o betão apresente resistências de, pelo menos, 2/3 do seu valor característico e 
nunca antes de três dias após a última colocação de betão; 
14) Os moldes laterais poderão ser retirados passadas 36 horas da última colocação de betão 
nas peças em causa; 
15) Desde que sejam utilizadas técnicas especiais, devidamente comprovadas e aceites pela 
Fiscalização, poderão eventualmente realizar-se desmoldagens em prazos mais curtos; 
16) A reaplicação de moldes carece de prévia aprovação da Fiscalização que, para a dar, 
poderá exigir do Empreiteiro as reparações que, a seu juízo, forem tidas por 
convenientes; 
17) No fim do emprego dos moldes, estes serão pertença do Empreiteiro; 
18) Para efeito de medição dos moldes, considerar-se-á a superfície real das peças 
moldadas, incluindo na medição os que assentam directamente nos cavaletes de 
montagem. 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.34 
 
 
2.7. Cavaletes de Montagem 
1) Os cavaletes de montagem terão a constituição e a robustez necessárias para suportarem, 
sem deformações prejudiciais, o peso das armaduras e do betão antes da presa, do 
equipamento a utilizar na betonagem e das equipas de mão-de-obra; 
2) Projecto dos cavaletes a adoptar, que o Empreiteiro se compromete a apresentar, 
constará de cálculos de estabilidade, deformações, desenhos de conjunto e de pormenor; 
3) Ao Empreiteiro é dada inteira liberdade de escolha do tipo de cavaletes ou cimbres e das 
respectivas fundações, suspensões ou apoios, sistemas de movimentação e material ou 
materiais a adoptar; 
4) No caso de cavaletes metálicos, estes serão dimensionados de acordo com a 
regulamentação nacional aplicável e segundo o especificado no presente caderno de 
encargos; 
5) Se o Empreiteiro preferir o emprego de madeira deverá ter em atenção que as peças não 
serão esforçadas, para além das seguintes tensões limites: 
 
- Flexão: 12,0 MPa 
- Compressão paralela às fibras: 9,0 MPa 
- Compressão normal às fibras, sobre toda a largura: 2,4 MPa 
- Compressão normal às fibras, parcial: 3,6 MPa 
 
6) No caso de serem utilizadas madeiras duras, os valores atrás indicados poderão ser 
excedidos até 50%, desde que devidamente justificados por ensaios; 
7) Deverão ser tidas em conta todas as acções possíveis mais desfavoráveis; 
8) Deverá, ainda, no cálculo das diferentes peças, ter-se em atenção aos deslocamentos 
máximos respectivos (flechas); 
9) As verbas previstas no orçamento contratual resultante da lista de preços unitários que o 
Empreiteiro anexou à sua proposta, para cavaletes de montagem ou cimbres, serão 
consideradas "Global" seja qual for o tipo, o material ou materiais a adoptar para esse 
elemento provisório, e suas montagens e desmontagens, pelo que o Empreiteiro receberá 
a totalidade dessas verbas, estando incluídas todas as despesas inerentes, como 
fundações, travamentos, ripagens, desmontagens, etc. 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.35 
 
2.8. Armaduras de aço para Betão Armado 
1) Os varões de aço a aplicar devem encontrar-se nas melhores condições, isentos de 
oxidações, de acordo com as peças desenhadas e com observação das disposições 
regulamentares; 
2) As armaduras, a empregar nos diferentes elementos de betão serão do tipo e terão as 
secções previstas no Projecto e serão colocadas rigorosamente conforme os desenhos 
indicam, devendo atar-se de forma eficaz para que não se desloquem durante as 
diferentes fases de execução das obras, nomeadamente durante a betonagem e vibração;Fonte:www.arrakis.es/~sicek/MasObras.htm 
Figura N.º 15 
 
3) Utilizar-se-ão pequenos calços pré-fabricados de argamassa ou micro-betão para manter 
os afastamentos das armaduras dos moldes, os quais possuirão arames de fixação, ou 
seja, na colocação das armaduras serão utilizados espaçadores pré-fabricados que 
mantenham os afastamentos e a colocação geométrica das armaduras nas secções dos 
moldes, os quais possuíram arames de fixação na posição e no número suficiente para 
assegurar a sua inamobilidade durante a betonagem; 
4) As armaduras serão cortadas e dobradas a frio com equipamento apropriado e de acordo 
com as curvaturas regulamentares, devendo seguir-se em tudo o preceituado no 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.36 
 
Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado, designadamente no seu 
art.º 155; 
5) A montagem e colocação das armaduras, para além de outras prescrições presentes 
nestas cláusulas, estarão de acordo com o art.º 158 do REBAP; 
6) Na colocação da armadura transversal (designadamente, estribos e cintas) deverá a 
mesma ser devidamente disposta de forma a envolver correctamente a longitudinal, bem 
como ficarem as suas extremidades bem amarradas a um varão desta última armadura, 
cumprindo os raios de curvatura regulamentares; 
7) Os valores dos recobrimentos, salvo disposição especifica nas Peças Desenhadas do 
Projecto, respeitarão os valores indicados no Regulamento de Estruturas de Betão 
Armado e Pré-esforçado, com os mínimos de: 20 mm para os elementos protegidos; 30 
mm para os elementos não protegidos e 40 mm para os elementos em contacto com o 
solo; 
8) Cuidados especiais serão tidos na emenda dos varões da armadura longitudinal, 
efectuando-se as mesmas para que a sua realização se faça por cada varão individual, ou 
pequenos conjunto destes, no sentido de não existir uma concentração excessiva de 
armadura em porções particulares dos elementos estruturais, mas antes uma distribuição 
equilibrada ao longo de toda a sua extensão e em conformidade com o art.º 157 do 
REBAP; 
9) Nas peças sujeitas a tracção ou flexo-tracção não serão permitidas emendas dos varões 
longitudinais, devendo os mesmos correr por completo os elementos estruturais sujeitos 
a este tipo de esforço (casos das linhas de asnas e algumas diagonais, bem como pilares 
de estruturas sujeitas a fortes solicitações horizontais). No caso de pelo seu 
desenvolvimento a dimensão das peças ultrapassar o comprimento máximo dos varões 
correntes, estes deverão ser devidamente soldados e por forma que a área eficaz dos 
cordões de soldadura ultrapassar em 100%, pelo menos, a secção dos varões a soldar; 
10) Na adopção de uma ligação entre a laje aligeirada de vigotas pré-esforçadas e o seu 
elemento de apoio que se estabeleça na continuidade da armadura das vigotas, bem 
como e necessariamente em armadura que se saliente desse elemento, emendando-se 
esta na zona maciça junto do apoio, os varões da vigota devem vir destacados de 
fábrica, tendo já estas vigotas a dimensão correcta para a sua aplicação. Com esta 
condição quer-se vincar e assegurar que não será, de qualquer forma, permitida 
percussão destes elementos em obra. A armadura destas vigotas deverá vir protegida 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.37 
 
contra a possibilidade de oxidação por material que não comprometa a sua posterior 
aderência, como, por exemplo, uma argamassa de betão facilmente destacável; 
11) No caso de elementos de coberturas de suporte das telhas ou similares, estes deverão 
estar devidamente solidários com as peças em que se apoiam, pelo as mesmas deverão 
conter dispositivos adequados à sua imobilização. Nos casos correntes estes acessório 
serão constituídos por um par de varões de 8 mm devidamente inseridos nessas peças 
(como vigas e pernas de asna), e envolvidos por argamassa de betão, formando uma 
cunha de fixação; 
12) Os ganchos, as ligações e as sobreposições estão incluídas no respectivo preço unitário 
orçamental, pelo que o Empreiteiro não tem qualquer direito a reclamar unidades de 
trabalho por esse motivo; 
13) Para efeito da determinação do trabalho realizado, na medição das armaduras estará 
incluída a dobragem e montagem, as sobreposições ou qualquer outro sistema de união, 
as ataduras e os ganchos; 
14) Devem ser rigorosamente respeitados todos os pormenores constantes nas Peças 
Desenhadas, nomeadamente os comprimentos de amarração dos varões e as entregas das 
armaduras nos apoios; 
15) Permite-se o emprego de soldadura eléctrica por contacto, de topo ou com eléctrodos, 
sem redução para efeitos de cálculo da secção útil, mas só depois de cumprido o 
prescrito no n.º 1.5.4 deste Caderno de Encargos e de se comprovar a eficiência das 
máquinas e a competência dos operários soldadores. Em todo o caso a soldadura deverá 
garantir uma capacidade resistente superior a 90% da capacidade dos varões que ela 
unir, não sendo autorizada a soldadura em zonas de dobragem nem como ligação entre 
armaduras cruzadas; 
16) Todos encargos para controlo das características dos aços, especificamente mencionados 
neste Caderno de Encargos, são de exclusiva conta do Adjudicatário, consideram-se 
incluídos nos preços unitários respectivos. 
 
 
 
 
 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.38 
 
 
2.9. Elementos de Betão à Vista 
1) São considerados elementos de betão à vista todos aqueles que não recebam 
posteriormente qualquer outro material de revestimento ou em que este seja apenas uma 
pintura; 
2) Os elementos de betão à vista não devem sofrer correcção após a descofragem e para 
garantia do seu aspecto e textura, para além das especificações já mencionadas, deverão 
ser respeitadas as seguintes condições: 
a) Será favorecida a utilização de moldes metálicos ou, quando absolutamente 
necessário, moldes de madeira com superfícies interiores polidas. Em ambos os 
casos, a modulação dos panos de cofragem será definida pela Fiscalização; 
b) A estanquicidade dos moldes de madeira deverá ser reforçada por ligação das 
tábuas com malhete e a sua feitura melhorada através da utilização de fiadas de 
tábuas de igual largura e emendas regularmente distribuídas e emalhetadas, cuja 
disposição será normalmente concordante com a maior dimensão das peças; 
c) O acabamento interior dos moldes será melhorado por passagem mecânica de lixa 
ou, em alternativa, através do seu revestimento com painéis de contraplacado 
marítimo; 
d) O desempeno dos lados e fundos das peças será assegurado por reforço de 
travessanhos ou grampos, devendo ainda o Empreiteiro adoptar medidas especiais 
que assegurem a retirada, com a desmoldagem, dos elementos detravação 
referidos. As aberturas resultantes serão posteriormente tapadas com argamassa 
hidrofugada rebaixada 25 mm em relação à superfície exterior, sobre a qual será 
aplicado um mastique de vedação que determinará um rebaixo final de 15 mm; 
e) Sempre que possível os elementos de betão à vista serão betonados de uma só vez. 
A não ser isto praticável, a disposição das juntas de betonagem será sujeita 
previamente à aprovação da Fiscalização; 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.39 
 
 
 
Fonte:www.arrakis.es/sicek/MasObras.htm 
Figura N.º 16 
 
f) Os elementos de betão à vista poderão ser protegidos por pintura, de acordo com 
as indicações do Projecto. Não será autorizada a aplicação de produtos à base de 
verniz se tal não vir expressamente previsto na Memória do mesmo. 
 
 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.40 
 
 
2.10. Pavimentos Térreos 
 
2.10.1. Massames 
1) O massame dos pavimentos térreos será aplicado sobre um terreno de "tout-venant" com 
a espessura de 200 mm, sendo a espessura deste massame também de 200 mm; 
2) A superfície do massame será regularizada preferencialmente por meios mecânicos, de 
forma a obter-se uma superfície regular, áspera e isenta de leitada. Só será permitido o 
uso simples de talocha desde que autorizado pela Fiscalização; 
3) A armadura a aplicar nas superfícies do massame, será interrompida sobre as juntas de 
retracção ou de dilatação. 
 
2.10.2. Perfilagem, regularização e compactação do fundo da caixa 
1) Após as operações de escavação e para se atingir as cotas do projecto e compactação do 
aterro, proceder-se-á à preparação do fundo da caixa, para receber a estrutura do 
pavimento térreo do edifício; 
2) A regularização deverá ser executada com tolerância máxima de mais ou menos 1.5 cm 
e a compactação deverá ser executada mecanicamente; 
 
2.10.3. Camada de enrocamento 
1) Sobre as superfícies do terreno assim preparadas, executar-se-á uma camada de 
enrocamento com as espessuras indicadas nos desenhos de pormenor de projecto, depois 
de devidamente compactado; 
2) O material a utilizar terá uma granulometria de 30-50 mm e poderá ser obtido por 
britagem mecânica, ou em depósitos naturais de seixos ou calhaus rolados ,com a 
mesma dimensão mencionada; 
3) A sua colocação em obra será executada de forma a assegurar a estabilidade da camada, 
sendo a sua compactação feita mecanicamente. Para tal, o material será descarregado em 
pequenos montes, espaçados de modo a permitir o seu espalhamento uniforme, feito à 
pá ou mecanicamente, mas sem produzir a sua segregação; 
4) Regularizada a camada, com uma espessura que garanta, após a compactação, a 
espessura definida no projecto, procede-se à sua compactação, de preferência 
mecanicamente. 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.41 
 
2.10.4. Betonilha de regularização 
1) Sobre o enrocamento será aplicada uma betonilha de regularização com 5 (cinco) 
centímetros de espessura para assentamento de um filme de polietileno com 400µ de 
espessura; 
2) .A constituição de betão a utilizar e a sua aplicação obedecerão ao prescrito em 2.3 para 
o betão de limpeza. 
 
3. Condições Especiais de Execução de Fundações 
 Sem prejuízo do assunto ser tratado em capítulo próprio, juntam-se recomendações 
específicas. 
3.1. Abertura de Caboucos 
1) As escavações para fundações só serão iniciadas depois de verificada pela Fiscalização a 
correcta implantação dos caboucos a abrir. As fundações serão executadas sempre sobre 
a camada de saibro granítico, pelo que a Fiscalização indicará a profundidade das 
escavações. Na medição das quantidades de trabalhos foram consideradas profundidades 
médias variáveis conforme a fundação a executar. Todas as superfícies de betão em 
contacto com o solo (sapatas, muros, pilares, etc.) serão pintadas com três demãos de 
flintkote. Caso as superfícies apresentem grande porosidade, a Fiscalização poderá 
obrigar à substituição da pintura por revestimento a chapa hidráulica, sendo o custo do 
aumento deste encargo expressamente incluído no processo de concurso, sem o que 
ocorrerá por conta do Empreiteiro; 
2) As escavações para abertura dos caboucos para fundações directas serão feitas por 
processos ordinários ou por processos especiais que o Empreiteiro entenda aplicar; o 
desmonte a fogo, no entanto, só excepcionalmente poderá ser usado e apenas depois de 
expressamente autorizado pela Fiscalização que, a todo o momento, poderá cancelar 
essa autorização; 
3) Os caboucos serão escavados até à profundidade necessária até ser encontrado terreno 
que assegure a resistência exigida no Projecto ou a cota indicada nos desenhos de 
execução, prosseguindo, neste último caso, a escavação se o terreno não apresentar 
características satisfatórias, a juízo da Fiscalização, até uma profundidade a determinar 
consoante as reais características que forem sendo reveladas; 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.42 
 
4) A escavação será completada por um saneamento cuidadoso, não podendo, porém, em 
qualquer caso, iniciarem-se as operações de betonagem das sapatas sem a autorização 
expressa da Fiscalização, que deverá ser precedida de um exame dos caboucos; 
5) As escavações serão conduzidas devidamente entivadas e, no caso dos pilares, ao abrigo 
de entivações devidamente escoradas. As entivações a estabelecer deverão salvaguardar 
a completa segurança do pessoal a desmoronamentos, bem como assegurar a correcta 
execução das operações de betonagem, procedendo-se, para isso, aos escoramentos e 
drenagens que se reconheçam necessários; 
6) As operações de bombagem serão conduzidas com cuidado para que não seja 
modificado o arranjo intergranular das formações do substrato e, se efectuadas durante a 
betonagem, deverão ser conduzidas ainda com um cuidado mais rigoroso, de forma a 
evitar o arrastamento da leitada do betão; 
7) As escavações serão executadas com observância rigorosa da implantação, forma e 
demais características geométricas indicadas nos desenhos de execução; 
8) Os produtos das escavações serão removidos para local apropriado, que a Fiscalização 
poderá fixar, e serão regularizados no depósito; 
9) No preço unitário contratual das escavações, de montante igual ao indicado pelo 
Empreiteiro na lista de preços unitários anexa à proposta que apresentouno concurso 
para adjudicação da empreitada, ou no total das fundações se aqui estiver incorporado, 
são considerados incluídos todos os trabalhos inerentes à sua completa execução, tais 
como entivações, escoramentos, esgotos e drenagem, ou quaisquer outros, mesmo que 
subsidiários, ficando bem esclarecido que o Empreiteiro se inteirou no local, antes da 
elaboração da sua proposta, de todas as particularidades do trabalho e que nenhum 
direito a indemnização lhe assiste, no caso das características geológicas se revelarem 
também diversas das que inicialmente previra, salvo se ocorrer a modificação do tipo de 
fundação previsto no Projecto; 
10) Para efeito da determinação do trabalho realizado em escavações, estas serão 
consideradas pela medição geométrica do volume escavado sobre os perfis teóricos de 
escavação. 
 
 
 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.43 
 
3.2. Betão de Limpeza 
1) Área correspondente à área de apoio das fundações (incluindo neste artigo a 
regularização das superfícies do terreno); 
2) O betão de limpeza a empregar sob as sapatas, lintéis, lajes betonadas contra o solo, etc., 
será um betão pobre com dosagem (indicado no Caderno de encargos) de cimento; 
3) A camada terá uma espessura mínima indicada no Caderno de encargos; 
4) A compactação deverá ser feita a maço, contra o terreno de fundação. 
 
4. Condições Especiais de Execução de Muros de Suporte de Terras 
 
4.1. Drenagem 
1) A drenagem deve permitir que as águas do aterro suportado se evacuem livremente, 
obstando, assim, a que o muro de suporte seja submetido a um impulso hidrostático; 
2) A drenagem compreende: 
a) Um filtro de drenagem, que poderá ser constituído por pedra arrumada à mão na 
extensão de 400 a 800 mm ou, em obras de média importância, por bloco 
cerâmico com a espessura de 100 a 150 mm; 
b) Um dreno, que será constituído por tubos perfurados ou porosos, dispostos na 
posição mais baixa possível e com uma inclinação mínima de 1%. O diâmetro 
mínimo será de 200 mm. Deverá, ainda, verificar-se a existência de caixas de 
visita, espaçadas de 50 a 70 m no máximo, para permitir a limpeza dos colectores; 
c) Um canalete, cuja inclinação dependerá da quantidade de água superficial prevista 
e que se destina a evitar a infiltração das águas superficiais, em grande quantidade, 
no filtro de drenagem. 
3) As mantas drenantes são colocadas em faixas verticais, sobre a impermeabilização do 
tardoz dos muros de suporte conforme se indica nas peças desenhadas. Serão fixadas na 
parte superior por pregagem ou colagem; 
 
 
4) A própria concepção da manta deverá permitir a sobreposição lateral de pelo menos, 
10cm da tela filtrante de duas faixas adjacentes, em ambas as faces; 
5) O tubo colector será colocado na parte inferior da superfície a drenar e será envolvido 
pela manta; 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.44 
 
6) Não são permitidas emendas horizontais das mantas; 
7) Nos pontos de mudança de direcção serão os tubos colectores ligados por caixas de 
ligação com 0.40m×0.40m. Estas caixas devem ser executadas de acordo com o que 
para elas é especificado nas peças desenhadas e no Caderno de Encargos do projecto de 
Instalações da Rede de Fluídos; 
8) O encosto das terras às mantas na reposição dos solos no tardoz dos muros deve ser 
realizado com o máximo cuidado para não romper, soltar ou de qualquer modo danificar 
as ditas mantas ou qualquer um dos seus componentes; 
9) Se tal se vier a verificar, deverá o empreiteiro proceder à substituição da totalidade da 
faixa da manta afectada, suportando ele todos os custos daí inerentes. 
 
4.2. Aterro 
1) Utilizar-se-á como material de aterro, na parte posterior do muro, o material de 
escavação, se for possível compactá-lo adequadamente e, simultaneamente, manter a 
espessura do filtro de drenagem em altura; 
2) Para evitar comprometer a estabilidade do muro e conservar a eficácia do filtro de 
drenagem devem seguir-se as seguintes regras de boa execução: 
a) aterro deverá ser feito por camadas de 300 mm, no máximo, que devem ser 
compactadas por instrumentos ligeiros; 
b) A compactação só deverá ser feita a partir de uma distância de 1 m do paramento 
interior do muro, devendo ser o mais regular possível para evitar assentamentos 
diferenciais. No topo do muro, no entanto, e na espessura de 1 m, a compactação 
será feita até ao paramento interior; 
c) Deverá ser garantida uma espessura constante para o filtro de drenagem; 
d) A superfície de drenagem deverá ser coberta por uma camada de material menos 
permeável que o material de aterro. 
 
 
 
 
 
 
 
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5. Condições Gerais de Execução de Estruturas de Alvenaria Resistente 
 
5.1. Cintagem 
1) Será executado o perfeito travamento das paredes-mestras, cintando todos os seus 
coroamentos quando a ancoragem das peças de betão armado não possa directamente 
assegurar tal objectivo. 
 
6. Isolamento, Preservação e Protecção de Materiais 
 
6.1. Placas de Esferovite em Juntas de Dilatação e Expansão 
1) As placas de espuma rígida de poliuretano (esferovite), destinadas ao preenchimento de 
juntas de dilatação ou expansão, devem ter espessura igual à largura da junta, com uma 
tolerância para mais de 10%, e terem as seguintes características: 
- Número de células fechadas superior a 90%; 
- Resistência à compressão, a 10% de deformação, igual ou superior a 2.5 MPa; 
- Incombustível, segundo a Norma em vigor; 
- Imputrescível e resistente à acção de fungos; 
- Não apresentarem cavernas à superfície. 
2) O Empreiteiro deverá apresentar à Fiscalização, para aprovação, uma certidão do 
Fabricante onde conste a indicação do material e as características atrás indicadas, 
comprovadas por ensaios em organismos de reconhecida competência. 
 
6.2. Cordões de Mastique em Junta de Dilatação ou Expansão 
1) Se outro não for indicado na Memória Descritiva do Projecto, o elemento de 
refechamento das juntas de dilatação ou expansão é em mastique que deverá possuir as 
seguintes características: 
- Deformabilidade apropriada para acompanhar os movimentos das juntas sem 
prejuízo das suas qualidades elasto-plásticas; 
- Ser de aplicação ao frio; 
- Não fissurar e aderir perfeitamente às paredes da junta mesmo em contacto directo 
e prolongado com a água, constituindo um enchimento estanque; 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçadoPág.46 
 
- Manter a elasticidade que permita a vedação completa da junta, face a grandes 
amplitudes térmicas variando entre -10ºC e +60ºC e agentes atmosféricos, não 
fedendo ou exsudando; 
- Estável face à agressividade química; 
- Resistência ao envelhecimento; 
- Praticamente incombustível. 
2) O mastique deverá ser de fábrica de reconhecida idoneidade e ter as características 
necessárias de forma a satisfazer o fim para que são utilizados. 
3) Poderão ser exigidos ensaios em provetes para verificação de qualidades, obrigando-se o 
adjudicatário a retirar o material da obra todas as vezes que for rejeitado. 
4) Os ensaios incidirão, entre outros aspectos, sobre o módulo de elasticidade, resistência a 
temperatura, tempo de secagem, ligação a materiais, estanquicidade, densidade, ensaios 
de tracção e compressão, rendimento ou “pot-life”. 
5) Os mastiques chegarão a obra em embalagens seladas de origem, rotulados com marca, 
referência, e modo de aplicação e serão armazenados de acordo com as instruções do 
Fabricante ou na sua omissão, protegidos dos agentes atmosféricos, descargas eléctricas, 
calor e frio, excessivos. 
 
6.3. Chapa de Borracha de Neoprene 
1) O neoprene-borracha de policloropreno, deve possuir características mecânicas e 
químicas, aconselháveis a este tipo de aparelhos de apoio, tais como resistência à 
compressão e envelhecimento, elasticidade e recuperação, resistência à abrasão e ao 
corte em estrias. Assim as características deverão ter, no mínimo os seguintes valores: 
 
Módulo de elasticidade transversal 0.7 a 0.9 MPa 
Coeficiente de atrito placa/betão 0.5 
Tensão de rotura à compressão 15.0 MPa 
Tensão de rotura por corte 3.0 a 4.0 MPa 
 
2) Deve ser suficiente flexível, durável e impermeável à água; 
3) É disposto em placas ou perfis pré-fabricados (pré-formados) de 2cm espessura, só 
sendo admissível, outra dimensão se não houver no mercado marca que com a grossura 
atrás imposta consiga satisfazer o ponto 5; 
 
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4) As placas de neoprene serão coladas à superfície de betão previamente seca, com cola 
do tipo resina epoxi; 
5) Deverá responder eficazmente às solicitações e permitir as tolerâncias de deslocamentos 
expressas no Projecto. 
 
7. Execução de Estruturas Metálicas 
 
7.1. Condições Gerais de Execução da Estrutura 
1) A estrutura é fabricada com uma solução cuja qualidade de aço é do tipo Fe360; 
2) As características mecânicas e de soldabilidade do aço estão especificadas nas normas 
portuguesas aplicáveis a estruturas de aço; 
3) Todos os materiais empregues na obra serão objecto de certificado emitido pela 
siderurgia que os fornece; 
4) Os parafusos a aplicar serão, para cada caso, os da classe referida nos desenhos do 
projecto. Todos terão, obrigatoriamente, uma anilha dos lados da porca, sendo esta, nos 
casos indicados nas Peças Desenhadas ou na Memória, de pressão do tipo mola, tendo 
em vista permitir alguma mobilidade da ligação, sobretudo para efeitos de pequenas 
dilatações ou rotações de apoio, sem que com isso se ponha em causa a estabilidade do 
conjunto, sendo tal garantia da responsabilidade do Empreiteiro e do seu Director 
Técnico da obra; 
5) O Empreiteiro deverá apresentar certificados de qualidade dos parafusos nos quais 
constem os ensaios a que foram submetidos; 
6) Antes de iniciar a traçagem das peças metálicas, o Empreiteiro deverá confirmar, no 
local, as dimensões exactas referentes aos elementos da estrutura, incluindo as eventuais 
partes em betão, que sejam condicionantes para a estrutura metálica; 
7) O Empreiteiro deverá assegurar-se que os meios utilizados na montagem e a forma de 
suspensão e união das peças não vão introduzir quaisquer deformações ou tensões 
permanentes significativas; 
8) O Empreiteiro deve ainda submeter à apreciação da Fiscalização um levantamento 
topográfico da geometria das peças após concluído o seu fabrico. Os resultados deste 
levantamento devem respeitar as cotas constantes dos desenhos; 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.48 
 
9) Deverão ser respeitadas todas as especificações relativas a materiais, ao fabrico e à 
protecção anticorrosiva e à montagem dos elementos metálicos. 
 
7.2. Materiais 
 
7.2.1. Condições Gerais 
1) Os aços a utilizar devem possuir textura compacta e homogénea, de grão fino e não ter 
inclusões, fendas ou outros defeitos prejudiciais à sua utilização; 
2) Os perfis laminados e as chapas devem ter as formas prescritas e apresentar-se 
desempenadas, dentro das tolerâncias admitidas, segundo as Normas Portuguesas em 
vigor apresentar superfícies lisas; 
3) No caso de tubos, estes devem respeitar as normas ISO/R36. 
 
7.2.2. Aço Macio Corrente em Perfis e Chapas 
1) O aço a aplicar é macio corrente com as características a seguir apresentadas e 
determinadas em ensaios de tracção e de dobragem de provetes extraídos na direcção da 
laminagem, bem como deverá apresentar as características de soldabilidade a comprovar 
por laboratório oficial, especificadas no R.E.A.E.. 
a) Ensaios de Tracção: 
 
Tensão de cedência (mínima): 
Elementos de espessura inferior a 12 mm 240 Mpa 
Elementos de espessura igual ou superior a 12 mm 220 Mpa 
 
Tensão de rotura: 
Mínima 370 Mpa 
Máxima 450 Mpa 
 
Extensão após a rotura ( mínima ): 
Determinada em provetes proporcionais curtos 25 % 
Determinada em provetes proporcionais longos 22 % 
 
 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.49 
 
b) Ensaios de dobragem: 
• Não deve dar-se o aparecimento de fendas em ensaios de dobragem 
efectuados sobre provetes sem qualquer tratamento e sobre provetes sujeitos 
a tratamento térmico por aquecimento a 900 – 920 graus centígrados seguido 
do arrefecimento em água a 20 graus C. O ângulo de dobragem será de 180 
graus e utilizar-se-á em mandril com diâmetro igual a duas vezes a espessura 
do provete; 
• O aço macio corrente em perfis e chapas a utilizar em estruturas soldadas 
devem ter características de soldabilidade. Em elementos com espessura 
inferior a 20 mm não é necessário realizar ensaios de qualificação de 
soldabilidade. Para espessuras superiores, deverá ser comprovada a 
soldabilidade conforme é especificado no Anexo I do Regulamento de 
Estruturas de Aço para Edifícios. 
 
7.2.3. Aço em parafusos 
1) A qualidade dos parafusos, pernos roscados e porcas a utilizar na estrutura metálica é a 
indicada nas peças desenhadas do projecto. Estes deverão respeitar as normas 
portuguesas NP em vigor. No caso de parafusos das classes 8.8 a 10.9 não serão 
permitidas anilhas de aço com resistência inferior a Fe510e espessura menor do que 
3mm. As dimensões e tolerâncias dos parafusos, porcas e pernos roscados são as 
especificadas nas normas NP em vigor; 
2) Os aços em parafusos do tipo corrente devem possuir as características mecânicas 
seguintes, determinadas em ensaio dos próprios parafusos: 
 
Tensão de rotura (mínima): 370 MPa 
Tensão limite convencional de proporcionalidade a 0,2% (mínima): 210 MPa 
Número de dureza de Rockwell: HRB > = 62 
 
7.2.4. Metal de Adição para Soldaduras 
1) O material de adição para soldadura deverá possuir as características definidas no 
R.E.A.E. ou as correspondentes às normas portuguesas e normalização internacional 
aceite (AWS – ASTM A 233 e AWS – ASTM 559); 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.50 
 
2) O metal de adição para soldaduras em que o metal de base é o aço macio corrente e deve 
apresentar as seguintes características, depois de depositado: 
 
Tensão de rotura: 
Mínima: 440 Mpa 
Máxima: 520 Mpa 
 
 
Tensão de cedência: 
Mínima: 280 Mpa 
 
- Extensão de rotura (mínima), determinada em provetes proporcionais curtos, 
depois de submetidos a tratamento térmico a 250 graus centígrados: 25 %. 
- Resistência a mais de 20 graus C e a – 10 graus C (mínima), determinada em 
provetas com entalhe V: 23,3 KmKV. 
Estes ensaios serão feitos segundo a norma portuguesa aplicável. 
 
7.3. Ligações 
 
7.3.1. Ligações aparafusadas 
1) Quando empregues parafusos correntes, o diâmetro dos furos não poderá exceder em 
mais de 0,2 mm o diâmetro dos parafusos; 
2) A parte não roscada da espiga dos parafusos deve ter comprimento suficiente para 
abranger toda a espessura dos elementos a ligar, isto é, a parte roscada deverá iniciar-se 
na zona correspondente à espessura da anilha; 
3) Para o dimensionamento das ligações aparafusadas deve-se seguir o exposto nos Artigos 
73º e 80º do regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios; 
 
7.3.2. Ligações soldadas 
1) A disposição das soldaduras e a sua ordem de execução devem ser estabelecidas de 
modo a reduzir quanto possível os estados de tensão devidos à operação de soldadura; 
2) Deve evitar-se a concentração excessiva de soldadura numa mesma zona; 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.51 
 
3) Evitar-se-á criar variações bruscas de secção, pela concentração de tensões a que dão 
origem, nomeadamente em elementos que tenham de ser soldados em toda a periferia, 
deve ainda, evitar-se praticar entalhes ou furos de dimensões importantes; 
4) Para a ligação das extremidades de barras as soldaduras devem ser dispostas quanto 
possível equilibradamente em relação ao eixo de cada barra; 
5) Em todas as ligações serão executadas cordões de estanquidade de pequena espessura; 
6) Para o dimensionamento das ligações soldadas levar-se-á em consideração o exposto 
nos artigos 77º e 82º do Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios. 
 
7.4. Execução e Montagem 
 
7.4.1. Regras Gerais de Execução 
1) Os trabalhos devem ser executados segundo as boas normas de construção; 
2) A traçagem será feita com precisão e de acordo com o projecto; 
3) Se no projecto forem indicadas contraflechas, devem estas ser tidas em consideração na 
traçagem e devidamente distribuídas para que a forma final seja a conveniente; 
4) As peças devem ser desempenhadas segundo as tolerâncias especificadas no projecto, 
ou, na falta dessa indicação, as tolerâncias usuais; 
5) Os cortes efectuados a maçarico ou por arco eléctrico serão posteriormente afagados 
sempre que a irregularidade da zona de corte prejudique a execução das ligações; 
6) A abertura dos furos deve, em geral, ser realizada por brocagem; 
7) No caso de ligações importantes a abertura dos furos deve fazer-se: ou por brocagem 
simultânea dos diversos elementos a ligar, ou por brocagem ou por punçoamento de 
diâmetro pelo menos 3 mm inferior ao diâmetro definitivo, e posterior mandrilagem 
realizada com as peças convenientemente ligadas; 
8) Somente se admite a abertura de furos por punçoamento sem posterior mandrilagem no 
caso de furos que não tenham função estrutural importante. 
 
 
 
 
 
 
 
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7.4.2. Ligações aparafusadas 
 
7.4.2.1. Ligações aparafusadas correntes 
1) O roscado dos parafusos deve sobressair pelo menos um filete das respectivas porcas; 
2) O aperto dos parafusos deve ser suficiente para garantir a eficiência das ligações, tendo-
se em atenção que o aperto exagerado produz estados de tensão desfavoráveis nos 
parafusos; 
3) Os parafusos serão, em geral, munidos de anilhas, em cuja espessura deve terminar a 
parte roscada, só se podem dispensar o uso de anilhas desde que as ligações sejam 
pouco importantes e se verifique que a zona lisa da arreigada do parafuso é suficiente 
para transmitir à chapa os esforços secundários nos parafusos; 
4) No caso de superfícies sobre as quais se faz o aperto dos parafusos não serem normais 
ao eixo destes, devem-se colocar anilhas de cunha, de modo que o aperto não introduza 
esforços secundários nos parafusos; 
5) Sempre que se verifiquem condições que possam conduzir ao desaperto dos parafusos 
em serviço, por exemplo vibrações, devem utilizar-se dispositivos que impeçam esse 
desaperto, tais como anilhas de mola ou contraporcas. 
 
7.4.2.2. Ligações aparafusadas pré-esforçadas 
1) Na execução de ligações aparafusadas pré-esforçadas respeitar-se-ão as anteriores 
condições fixadas para as do tipo corrente no que nestas não for contra ou substituído 
aos pontos seguintes; 
2) As superfícies dos elementos a ligar devem ser cuidadosamente limpas de quaisquer 
matérias susceptíveis de provocar uma diminuição do atrito entre as superfícies 
(ferrugem, gordura, pintura, água, etc.). A limpeza será feita a jacto de areia ou à chama, 
de características adequadas, devendo executar-se em curto prazo (algumas horas) a 
montagem da ligação, de modo a evitar que as superfícies se oxidem; 
3) Os parafusos devem ser munidos de anilhas, uma do lado da cabeça e outra do lado da 
porca; mediante justificação, a primeira poderá ser eliminada em parafusos cujas 
cabeças possuam dimensões estudadas de forma que possam transmitir com segurança 
às chapas o pré-esforço instalado dos parafusos. 
 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.537.4.3. Ligações soldadas 
1) Na execução de ligações soldadas empregar-se-á a soldadura por arco eléctrico; 
2) O trabalho de soldadura, no qual deve ser utilizada aparelhagem conveniente, só poderá 
ser executado por pessoal devidamente qualificado segundo a norma NP em vigor: 
Soldadura por arco eléctrico – Qualificação de soldadores para soldadura manual de 
chapa e perfilados; 
3) Os soldadores devem estar devidamente certificados; 
4) As características da corrente, a natureza e o diâmetro dos eléctrodos devem ser 
apropriados à qualidade dos materiais e ao tipo de ligações a efectuar; 
5) As superfícies a soldar devem estar limpas e sem escórias; 
6) No caso do cordão ser obtido por várias passagens, deve proceder-se antes de cada nova 
passagem, à repicagem das escórias por um processo adequado e à limpeza a escova de 
arame; 
7) Tanto as zonas a soldar como os eléctrodos devem estar bem secos; 
8) Os cordões devem ficar isentos de irregularidades, poros, fendas, cavidades, ou outros 
defeitos; 
9) Na realização de soldaduras devem-se tomar as precauções necessárias para procura 
reduzir as tensões devidas às operações de soldadura e para que as peças fiquem nas 
posições pretendidas; 
10) Deve-se procurar reduzir ao indispensável o número de soldaduras a efectuar fora da 
oficina; 
11) Antes de dar inicio às operações de soldadura, deve o Empreiteiro realizar um programa 
de trabalhos indicando os consumíveis e os parâmetros de soldadura (intensidade, tensão 
e velocidade), a preparação dos chanfros, etc.; 
12) Além de dever-se garantir que a soldadura fica sem defeitos, esta terá que possuir as 
dimensões e contornos adequados e ainda ficar precavida a ausência de tensões e 
deformações residuais elevadas; 
13) Deve evitar-se a aplicação excessiva de soldadura num mesmo local, bem como o 
estabelecimento de variações bruscas de secção, nomeadamente em elementos soldados 
em toda a periferia; 
14) A disposição e a ordem de execução devem ser estabelecidos de modo a reduzir-se os 
estados de tensão resultantes da própria operação de soldadura, permitindo também que 
as peças fiquem na posição pretendida; 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.54 
 
15) As soldaduras não serão arrefecidas rapidamente, exigindo-se uma descida gradual e 
lenta da temperatura. Será exigida uma protecção das soldaduras contra o arrefecimento 
brusco provocado pelas condições atmosféricas; 
16) O metal depositado tem que ficar bem ligado aos materiais a soldar sem que se tenha 
queimado o material dos bordos; 
17) A cada passagem, e antes de iniciado o novo cordão, a superfície do cordão realizado 
deve ser cuidadosamente desembaraçada de escórias, utilizando a picadeira e a escova 
de aço ou outro método conveniente. Tomar-se-á os mesmos cuidados quando houver 
que prosseguir um cordão interrompido ou ligar dois já executados; 
18) As superfícies destinadas a receber soldadura deverão encontrar-se não só secas como 
bem limpas, isentas de corpos estranhos, ferrugem, escórias e gorduras; 
19) As soldaduras e as partes contínuas serão picadas e escovadas até ficarem perfeitamente 
limpas, a fim de se verificar a existência de fissuras, poros ou outros defeitos. Todos os 
defeitos aparentes na superfície de um cordão serão removidos. Esta operação será 
executada até completo desaparecimento dos defeitos de compacidade; 
20) Nos cordões de soldadura topo a topo, e sempre que seja possível construtivamente, 
proceder-se-á à esmerilagem da raiz e execução do respectivo cordão; 
21) Em caso de comprovada necessidade, poderá exigir-se o tratamento térmico de peças; 
22) As dimensões dos cordões de soldadura devem satisfazer, além do prescrito nas Peças 
Escritas e Desenhadas do Projecto e da legislação em vigor, aos seguintes 
condicionamentos: 
a) A espessura dos cordões não deve, em qualquer caso, ser inferior a 3 mm; 
b) A espessura dos cordões de ângulo não deve ser superior a 0,7 da menor 
espessura dos elementos a ligar; 
c) Os cordões de topo, contínuos, devem ocupar toda a extensão da justaposição; 
d) Os cordões de ângulo contínuos não devem, em geral, ter comprimento inferior a 
40 mm nem superior a 60 vezes a espessura do cordão; 
e) Nos cordões de topo descontínuos, o comprimento de cada troço não deve ser 
inferior a 4 vezes a espessura do elemento mais fino a ligar e o intervalo entre 
dois troços sucessivos não deve exceder 12 vezes aquela espessura; 
f) Nos cordões de ângulo descontínuos o comprimento de cada troço não deve ser 
inferior a 4 vezes a espessura do elemento mais fino a ligar; 
 
 
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g) O intervalo entre dois troços sucessivos não deve exceder 16 vezes a espessura do 
elemento mais fino, no caso de elementos sujeitos a esforços de compressão e 24 
vezes essa espessura, no caso de elementos sujeitos a esforços de tracção; 
h) Em cordões de ângulo descontínuos, quando os troços estão colocados 
alternadamente de um lado e de outro da aresta de ligação, os intervalos indicados 
são considerados como se os troços estivessem em linha; 
i) Quando se dispõem cordões de soldadura opostos, a chapa intermédia deverá ter a 
espessura mínima de 7 mm; 
j) Os cordões de ângulo, aplicados nos bordos arredondados de perfis, não deverão 
interessar mais do que 75 por cento da espessura do perfil no bordo; 
k) A superfície aparente dos cordões de soldadura deverá ser plana, nunca côncava, 
podendo contudo ser convexa desde que a flecha apresente o limite máximo de 2 
mm; 
l) Poderá ser exigida a aprovação prévia pela Fiscalização da sequência prevista 
para a soldadura tipo dos eléctrodos a utilizar; 
m) Nos pontos que não contrariem o que acima fica dito poderá ser exigido o 
cumprimento do prescrito na norma DIN 4100. 
 
7.4.4. Controle de soldadura 
1) O Empreiteiro deve apresentar à Fiscalização, antes do inicio dos trabalhos, os métodos 
de controlo e a extensão com que os mesmos se devem realizar, para garantia do nível 
de qualidade dos trabalhos de soldadura; 
2) Se for detectada uma soldadura defeituosa, todas as soldaduras existentes no elemento 
serão submetidas a inspecção. Por outro lado, proceder-se-á ao controlo de todas as 
soldaduras refeitas, reconhecidas inicialmente como defeituosas; 
3) A Fiscalização poderá exigir sondagens nos cordões que lhe afigurem defeituosos, os 
quais serão refeitos por soldadura; 
4) As despesas decorrentes dos pontos 2 e 3, deste artigo 8.4.4., correm por conta do 
Empreiteiro. 
 
 
 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.56 
 
7.4.5. Protecção contra a corrosão 
1) Após conclusão do fabrico será aplicado nas peças metálicas o esquemade protecção 
anticorrosiva previsto (nomeadamente por pintura ou metalização); 
2) Os trabalhos de pintura devem respeitar o disposto no R.E.A.E.; 
3) Todo o trabalho de pintura deve ser executado por pessoal especializado e de 
reconhecida competência; 
4) Empreiteiro deverá dispor de equipamento que permita comprovar as espessuras das 
demãos especificadas; 
5) A protecção da parte saliente dos chumbadouros deverá ser feita por galvanização, 
devendo a execução do roscado ter em atenção este tipo de protecção; 
6) As superfícies de rolamento ou escorregamento de aparelhos de apoio, tais como faces 
de rolos ou outras análogas, não devem ser pintadas, mas protegidas por massa grafitada 
ou outro material adequado; 
7) As marcas de tinta a aplicar deverão ser indicadas na proposta; 
8) Verificando-se que a tinta aplicada é de má qualidade a pintura será rejeitada e o 
Empreiteiro fará a limpeza da estrutura e aplicará nova pintura à sua custa; 
9) As tintas a utilizar (primário e acabamento) deverão ser fornecidas por um mesmo 
Fabricante sendo respeitadas escrupulosamente, na aplicação, as instruções deste; 
10) A espessura média da película de qualquer camada deverá ser igual ou superior ao 
especificado para um total de 20 medições realizadas numa mesma área, não sendo de 
tolerar, para qualquer medição, um valor inferior a 80 % dessa espessura ou, para um 
conjunto de 5 medições, um valor médio inferior a 90 %; 
11) O prazo entre demãos não será nunca inferior a 24 h e convirá que não seja superior a 
uma semana. Excedido este prazo, a Fiscalização poderá exigir a lavagem total ou 
parcial das superfícies, o que sempre fará caso seja ultrapassado um mês; 
12) Decapagem: 
a) Todo o material deve ser decapado a jacto húmido, sendo a granulometria da 
areia seleccionada como limite máximo pelo peneiro de 30 por polegada; 
b) O grau de acabamento será em metal branco, como é definido pela normas 
aplicáveis, em que a superfície se apresenta de cor cinzenta clara, uniforme, 
ligeiramente áspera e inteiramente livre de todos os vestígios de cascão, ferrugem, 
etc. 
 
 
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13) Inibidor: 
a) Será juntado à água de molhagem de areia, na percentagem mínima de 1,6% em 
relação à água utilizada, uma mistura na proporção de 4:1 em peso de fosfato de 
diamónio e nitrato de sódio; 
b) Esta mistura também deverá ser empregue na água de lavagem das peças. 
14) Secagem: 
a) Logo após a limpeza a jacto de areia e de lavagem da peça, deverá a secagem ser 
acelerada por aquecimento indirecto, sendo imediatamente aplicada uma demão à 
pistola com a espessura mínima de 10 microns de “wash primer”. 
15) Primário: 
a) Com as superfícies perfeitamente secas e limpas, serão aplicadas duas demãos de 
cromato de zinco com a espessura de 30 microns cada, sendo a primeira demão 
aplicada à trincha e a segunda á pistola; 
b) As duas demãos terão cores diferentes a definir pela Fiscalização; 
c) Alternativamente, pode a Fiscalização preferir o seguinte esquema de protecção 
anticorrosiva: 
- Decapagem mecânica ao grau SA 2.5; 
- Uma demão de primário de epoxy rico em pó de zinco com uma espessura 
mínima de 50 microns; 
- Duas demãos de tinta de acabamento à base de borracha clorada com a 
espessura mínima de 2×60 microns. 
16) Superfícies em contacto com betão 
a) Estas não devem ser pintadas. 
 
7.4.6. Regras gerais de montagem 
1) Na montagem das estruturas deve-se respeitar a regulamentação de segurança em vigor; 
2) Todas as peças devem ser convenientemente marcadas na oficina, de modo a que não 
levantem dúvidas na montagem, quanto à posição que ocupam e a que outros elementos 
se ligam e a forma como o fazem; 
3) As ligações devem efectuar-se sem introduzir esforços importantes nas peças, sejam 
estes provisórios quer residuais; 
 
 
 
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4) Devem-se retocar as pinturas que tenham ficado danificadas durante a montagem; 
5) Os parafusos deverão ser perfeitamente limpos e levarem duas demãos de primário com 
a espessura de 30 microns cada; 
6) Os cordões de soldadura e a área adjacente numa extensão de 15 cm para cada lado 
devem ser limpos e aplicarem-se duas demãos de cromato de zinco com a espessura de 
30 microns cada; 
7) Tanto as vigas principais como as eventuais asnas terão eventualmente de ser 
transportadas em partes. Neste caso, estas partes serão munidas de olhais de montagem, 
para que uma vez feito o aperto destes por parafusos ajustados, as partes fiquem 
correctamente posicionadas para a soldadura de ligação. Esta soldadura terá de ser 
executada em perfeitas condições e ser convenientemente reforçada. A localização 
destas secções está definida no projecto e quando tal não acontecer, será necessária a 
aprovação da Fiscalização; 
8) O empreiteiro deverá fornecer as ferramentas e equipamentos, com gruas, andaimes, 
etc., e todo o material, acessórios para a montagem e removê-lo logo que o trabalho 
esteja concluído; 
9) Todas as estruturas metálicas serão montadas de forma a ficarem convenientemente 
alinhadas, niveladas e aprumadas; 
10) Para resistir às solicitações devidas à elevação e montagem das peças o Empreiteiro 
deve prever, quando necessário, a colocação de contraventamentos provisórios. 
 
7.4.7. Descrição geral dos trabalhos e sua sequência 
1) Preparação dos desenhos e especificação das dimensões necessárias ao fabrico das peças 
metálicas para aprovação da Fiscalização; 
2) Levantamento topográfico rigoroso das eventuais peças de betão onde irão apoiar a 
estrutura metálica; 
3) Aprovisionamento dos materiais necessários ao fabrico das estruturas metálicas e 
realização de ensaios para garantia da sua qualidade; 
4) Fornecimento e montagem de chumbadouros e respectivos "gabarits" de fixação e 
respectiva confirmação de posicionamento; 
5) Fabrico das peças da estrutura metálica; 
6) Pré-montagem em oficina das partes da estrutura; 
 
 
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7) Realização de ensaios de soldaduras; 
8) Controle dimensional com levantamento topográfico, para aprovação da Fiscalização; 
9) Decapagem e aplicação das demãos de primários, ou outros tratamentos especificados 
nestas C.T.E., sobre as superfícies das peças; 
10) Transporte dos elementos da estrutura para o local da obra; 
11) Preparação de todo o equipamento e meios necessários à montagem da estrutura no 
local; 
12) Se necessário, pré-montagem ao nível do pavimento; 
13) Aplicação das demãos de acabamento, aprontamento e reparação das peças danificadas 
pelo transporte; 
14) Montagem da estrutura de acordo com a sequência aprovadapela Fiscalização; 
15) Aprovisionamento, transporte e montagem das chapas de revestimento ou outras, se for 
o caso. 
 
7.4.8. Fabrico 
 
7.4.8.1. Traçagem da estrutura metálica 
1) A traçagem das peças deverá ser feita tendo em vista a obtenção de contornos exactos, 
de acordo com os desenhos, e de modo que os bordos ou os topos se ajustem 
perfeitamente em todo o comprimento das juntas; 
2) Na traçagem das peças a soldar deverão ser tidas em conta as deformações devidas à 
retracção longitudinal e transversal; 
3) Não serão permitidas marcas a escopro ou a punção a frio, que permaneçam no material 
a aplicar em obra; 
4) Antes de iniciar a traçagem das peças o Empreiteiro deve confirmar, no local, se as 
dimensões referentes a outras partes da construção que se ligam com a estrutura a 
fabricar correspondem aos valores previstos nos desenhos do projecto, procedendo aos 
acertos de dimensões necessárias que submeterá à aprovação da Fiscalização. 
 
7.4.8.2. Desempeno 
1) As barras, chapas e perfilados serão desempenados a frio, ou excepcionalmente a quente 
respeitando as regras técnicas adequadas ao aço; 
 
 
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2) O desempeno a frio será, na medida do possível, feito à máquina, por pressão e não por 
choque. 
 
7.4.8.3. Corte 
1) O corte das barras, perfis e tubos serão de preferência feito à serra; 
2) Nos cortes realizados à guilhotina ou a oxicorte, tomar-se-á o cuidados especiais no 
acabamento dos bordos, em particular quando houver que proceder a soldadura. As 
saliências, falhas e rebarbas dos bordos das peças serão removidas à mó de esmeril. 
 
7.4.8.4. Furação 
1) Os furos relativos ao mesmo parafuso, em peças sobrepostas, deverão permitir a livre 
inserção do elemento de ligação das peças, sendo permitida, na excentricidade, a 
tolerância de 1mm, com a condição de se anular esta diferença a mandril; 
2) A tolerância para irregularidades de furação será no máximo de 1mm para a distância de 
um dos furos ao que lhe seguir, e de 2mm para a distância aos furos extremos de uma 
mesma linha; 
3) Os alinhamentos dos furos deverão ser rigorosamente paralelos às secções de corte, 
admitindo-se a tolerância de 1mm; 
4) A furação, quando realizada a saca-bocados ou à broca, que não garanta a forma 
cilíndrica e circular dos furos, será realizada com diâmetro inferior ao valor nominal, no 
mínimo de 2mm, sendo alargada para a do projecto, a mandril, com as peças ligadas na 
sua posição definitiva; 
5) Nas peças em que se tenham realizado furos deverão ser eliminadas as rebarbas das duas 
faces em contacto, para que se ajustem perfeitamente uma sobre a outra. 
 
7.4.8.5. Tolerância de fabrico 
1) Em todas as peças metálicas a fabricar deverão ser respeitadas as seguintes tolerâncias 
dimensionais: 
a) A variação do comprimento L de uma peça, para valores em mm, não poderá ser 
superior a (0.001×L) ×0.5; 
b) A flecha a meio do vão de uma peça empenada terá como limite 0.0015×L; 
 
 
 
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c) Nas operações de traçagem, pré-montagem, soldadura e montagem serão tomadas 
as precauções necessárias para que, depois da montagem definitiva, existam as 
contraflechas previstas no projecto. 
 
7.4.9. Montagem 
 
7.4.9.1. Disposições gerais 
1) Todas as peças devem ser convenientemente marcadas em oficina para que, na 
montagem, não surjam dúvidas quanto à sua posição; 
2) A montagem da estrutura metálica deverá ser feita por pessoal especializado e respeitar 
todas as normas e regulamentos de segurança aplicáveis, em particular os regulamento 
de segurança em vigor e aplicáveis à Construção Civil; 
3) Durante esta operação será respeitados os artigos dos capítulos V e VI do R.E.A.E.; 
4) Os eixos principais e as marcas de desnivelamento necessárias à montagem, serão 
fixados, materializados e referenciados a pontos fixos; 
5) A colocação dos chumbadouros deverá ser feita tomando as necessárias precauções para 
que o seu posicionamento não seja modificado; 
6) Deverão ser respeitadas as indicações do projecto nomeadamente no que respeita à 
eventual aplicação dos parafusos pré-fabricados e/ou pré-esforçados; 
7) As ligações aparafusadas correntes serão executadas de acordo com o artigo 63º do 
R.E.A.E.. 
8) Serão objecto de particular atenção o controle dimensional e a qualidade das ligações; 
9) Antes da colocação dos parafusos a Fiscalização efectuará a vistoria das furações a fim 
de verificar a perfeição do trabalho e proceder às correcções julgadas convenientes. 
 
7.4.9.2. Ligação entre peças 
1) Os parafusos devem ser limpos antes de colocados, para eliminar o excesso de 
lubrificantes de protecção; 
2) As peças são mantidas em posição por parafusos de montagem e parafusos de 
resistência ligeiramente apertados, de tal maneira que se obtenha a coincidência dos 
furos; 
3) Nas superfícies metálicas que ficarão encostadas, será aplicada em oficina apenas uma 
decapagem mecânica, não sendo pintadas com qualquer demão de tinta; 
 
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4) No estaleiro, as superfícies em contacto, anteriormente decapadas, são limpas de poeira 
e da flor da ferrugem, com uma escova metálica macia (não é necessário fazer 
desaparecer a cor da ferrugem); 
5) O emprego de escovas rotativas é proibido e a acção da escova não deve diminuir a 
rugosidade da superfície; 
6) Se as superfícies a ligar, decapadas, vierem de fábrica com revestimento de protecção, é 
interdito o emprego de detergentes ou de produtos derivados do petróleo para a sua 
remoção ou limpeza; 
7) Tal como já mencionado, os parafusos devem ser limpos antes de colocar para eliminar 
o excesso de lubrificante de protecção. 
 
7.4.9.3. Colocação dos parafusos em obra 
1) Depois da verificação do ajustamento das peças a ligar, será colocada a totalidade dos 
parafusos da ligação e apertados a 75% do momento de aperto definitivo e assim devem 
permanecer pelo menos 3 horas. O aperto deverá ser dado na porca, mantendo imóvel a 
cabeça do parafuso; 
2) O Empreiteiro assegura-se que todos os parafusos estão apertados a 75%, assinalando-os 
convenientemente; 
3) O aperto dos parafusos a 75% será efectuado com chave de choque ou chave 
dinamométrica; 
4) O encosto das superfícies em contacto será verificado visualmente, na periferia e nos 
furos de ligação (em caso de necessidade será aplicado um aperto suplementar nas zonas 
onde o encoste parecer duvidoso). 
 
7.4.9.4. Aperto definitivo dos parafusos 
1) O aperto definitivo duma união (a 100%), sempre com a Fiscalização presente, não será 
realizado enquanto todos os parafusosda união não estiverem colocados e apertados a 
75%; 
2) O aperto definitivo será sempre feito com a chave dinamométrica, progressivamente, 
sem pancadas e sem retrocesso; 
3) Os parafusos serão apertados, até 100%, sempre pela mesma ordem, iniciando-se pelos 
parafusos centrais e executado no sentido rotativo dos ponteiros do relógio; 
 
 
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4) Na medida do possível, as uniões do mesmo tipo serão apertadas pela mesma chave, 
para um mesmo diâmetro de parafuso. 
 
7.4.9.5. Regulação das chaves de aperto 
1) A regulação das chaves dinamométricas será feita em laboratório avalizado e 
reconhecido; 
2) A regulação das chaves de choque é efectuada pelo Empreiteiro, sempre com a presença 
da Fiscalização, apertando alguns parafusos directamente nas uniões das peças; 
3) O Empreiteiro assegura-se do bom funcionamento da chave de choque, efectuando em 
cada recomeço de serviço a verificação da regulação por ocasião dos primeiros apertos; 
4) A regulação é corrigida por tentativas e considera-se em condição se forem obtidos bons 
resultados sobre uma série de 30 parafusos; 
5) O processo de verificação do aperto é o seguinte: 
a) Marcação da posição inicial da porca e da cabeça do parafuso (referência em 
relação a uma aresta da porca); 
b) Desaperto da porca de 1/12 de volta mantendo imóvel a cabeça do parafuso; 
c) Aplicação do momento de aperto, com chave dinamométrica, correctamente 
aferida, mantendo a cabeça do parafuso imóvel e fazendo aperto 
progressivamente, sem pancadas e sem retrocesso; 
d) Verificação da não rotação da cabeça do parafuso; 
e) Comparação da posição da paragem da porca, com a posição inicial. 
6) O aperto considera-se correcto quando a aresta da porca se imobiliza numa zona 
compreendida entre 1 mm a 8 mm depois da referência inicial feita na anilha. No 
entanto, se a porca se imobiliza antes da sua posição inicial, deverá ser levada a esta 
posição por um aperto suplementar. 
 
7.5. Critérios de Medição 
1. A medição será realizada em quilogramas (Kg); 
2. O peso a considerar na medição será sempre o da secção nominal dos perfis, ou da 
espessura nominal das chapas, devendo o seu preço incluir todos os demais órgãos de 
ligação como parafusos, porcas, anilhas, etc., além dos eléctrodos para as soldaduras a 
efectuar; 
 
 
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3. A medição indicará, além do elemento estrutural, os tipos e dimensões dos perfis, tubos, 
chapas e outros elementos constituintes; 
4. A determinação das medidas para o cálculo das medições obedecerá às regras 
discriminadas nos seguintes pontos; 
5. No caso dos perfis e tubos, os comprimentos serão determinados em metros e 
convertidos em Kg, de acordo com o seu peso nominal; 
6. No caso das chapas, a área será determinada em m2, a converter em Kg. de acordo com 
o seu peso nominal; 
7. Em elementos de outro formato deverá indicar-se o peso por unidade; 
8. Não serão feitas deduções para entalhes e furos; 
9. Nos perfis cortados obliquamente, a medida será a do maior comprimento do perfil; 
10. As medidas para a determinação da medição de chapas de superfície irregular, serão 
obtidas a partir do menor rectângulo circunscrito a essas superfícies. 
 
7.6. Cimbres, cavaletes e andaimes 
1. O Adjudicatário, submeterá a prévia aprovação da Fiscalização, o tipo das estruturas de 
sustentação dos moldes de betonagem para a execução da obra segundo o processo 
previsto nos desenhos de construção. É obrigação do adjudicatário o fornecimento e 
montagem de todas as estruturas auxiliares necessárias ao bom andamento e adequada 
execução das obras, bem como de todas as plataformas e passadiços para o pessoal, 
satisfazendo as normas em vigor, nomeadamente o que respeita a segurança; 
2. Dá-se inteira liberdade de escolha dos diversos tipos de cavaletes, dentro das condições 
estipuladas, e do material ou materiais a adoptar, obrigando-se o Adjudicatário a 
apresentar à Fiscalização, quando exigido, o respectivo projecto, que consistirá na 
verificação da estabilidade e no cálculo das deformações, e nos desenhos de construção, 
de conjunto de pormenor, m escalas convenientes e devidamente cotados; 
3. Se o cavalete for metálico será calculado de acordo com o Regulamento de Pontes 
Metálicas, o Regulamento de Estruturas de Aço para Edifícios e as especificações deste 
caderno de encargos; 
4. Se o cavalete for de madeira será calculado tendo em conta que as tensões nas peças não 
devem exceder as seguintes tensões unitárias: 
 
 
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- Flexão 12 MPa 
- Compressão paralela ás fibras 9 MPa 
- Compressão normal ás fibras, quando sobre toda a largura 2,4 MPa 
- Compressão parcial normal ás fibras 3,6 MPa 
- Corte· 1,2 MPa 
5. Admite-se para madeiras duras tensões até 50% superiores, quando devidamente 
justificadas por ensaios. Nos cálculos deverão ser tidos em conta todas as combinações 
de acções possíveis mais desfavoráveis, e no cálculo das diferentes peças ter-se-ão em 
atenção as deformações máximas que podem condicionar o seu dimensionamento, 
mesmo que as tensões correspondentes sejam admissíveis; 
6. O cavalete não deverá, sofrer deformações superiores a 2cm em qualquer ponto. Para 
medir os assentamentos e as deformações dos cavaletes serão colocadas pelo 
Empreiteiro marcas de nivelamento preciso, o qual será efectuado pelo adjudicatário, á 
sua custa, e sob a orientação da Fiscalização; 
7. No projecto do cavalete ter-se-á em particular atenção o descimbramento, a facilidade 
de deslocamento e a desmoldagem; 
8. Todos materiais empregues no cavalete, andaimes e outras estruturas auxiliares de 
montagem serão pertença do Adjudicatário, uma vez finda a sua utilização. 
 
7.7. Descimbramento 
 O descimbramento será objecto de um plano a apresentar pelo adjudicatário à aprovação da 
Fiscalização. As operações de descimbramento de todas as peças betonadas, serão realizadas 
com observância do estipulado do Regulamento de Betões de Ligantes Hidráulicos e no 
Regulamento de Estruturas de Betão Armado e Pré-Esforçado e serão sempre precedidas de 
autorização expressa da Fiscalização. 
 
8. Fiscalização e Condições Gerais dos Ensaios 
1) A acção fiscalizadora é exercida tanto na obra, como na oficina ou estaleiros, devendo o 
construtor facilitar essa acção; 
2) É da competência da Fiscalização, além de outras missões, o seguinte: 
- Fazer a verificação da obra; 
- Controlar o Mapa de Trabalhos aprovado; 
 
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- Decidir em caso de dúvidas, qualquer que seja a sua natureza ou origem; 
- Apreciar, aprovar ou rejeitar os materiais, utensílios, equipamento a aplicar; 
- Aceitar ou não sub-empreiteiros ou mais mão-de-obra não pertencentes aos 
quadros do Empreiteiro, ou que a este dizendo respeito não cumpram os 
necessários requisitos para a profissão; 
- Vigiar os processos de execução e o modo como são executados os trabalhos. 
3) O construtor apresentará, quando lhe forem solicitados, os boletins de ensaios 
comprovativos das propriedades dos diferentes materiais utilizados, cuja separação em 
depósito deve ser facilmente identificável, devendo fornecer as amostras indispensáveis 
para a comprovação daquelas propriedades; 
4) No caso de ligações importantes poderá ser exigido o controle das mesmas por métodos 
não destrutivos; 
5) Concluída a execução, deve ser realizada uma inspecção cuidadosa de toda a obra; 
6) Quando estipulado no Projecto ou nestas Condições Técnicas Especiais deve proceder-
se à realização de ensaios com vista a averiguar a segurança da obra; 
7) Os ensaios consistirão, em geral, na aplicação de acções convencionais representativas 
das previstas no projecto (as quais, de preferência, serão atingidas por acréscimos 
graduais) e na medição dos valores, máximos e residuais, de deslocamentos, de 
extensões, distorções e/ou tensões; 
8) A segurança da obra deve ser julgada a partir dos resultados dos ensaios dos materiais 
dos ensaios da estrutura e da sua comparação com os valores previstos no Projecto; 
9) O relatório dos ensaios realizados deverá juntar-se ao Projecto; 
10) A Fiscalização e os Ensaios não diminuem a responsabilidade do Empreiteiro, a qual 
será total durante a obra e o prazo de garantia; 
11) O Empreiteiro obriga-se a efectuar, por sua conta e logo que lhe seja comunicado, 
qualquer correcção que durante o prazo de garantia se tenha mostrado conveniente. 
 
8.1. Ensaio de Aptidão do Betão 
1. Será feito obrigatoriamente antes do início da obra e servir para determinar a 
composição que deverá ter o betão armado para que tenha uma resistência mínima de 
13,3 MPa quando outra coisa não for indicada; 
 
 
 
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2. Nestes ensaios será exigida uma resistência cúbica superior em 15% à da qualidade do 
betão a empregar isto é 15,3 MPa para contar com as eventuais deficiências na sua 
preparação e colocação em obra; 
3. Para que o ensaio corresponda à realidade deverá o betão dos ensaios ser em tudo 
idêntico ao betão da obra (a amassadura do betão para estes ensaios poderá no entanto 
ser manual). 
 
8.2. Ensaios de Qualidade 
1. Serão feitos durante o curso da obra em média, um por 50m3 de betão fabricado sobre 
amostras colhidas nos locais de betonagem; 
2. Estes ensaios servem para verificar se o betão que está a ser posto em obra mantém a 
composição estabelecida e as respectivas qualidades exigidas; 
3. Simultaneamente com estes ensaios serão feitos ensaios de consistência, de acordo com 
as normas, recomendações e regulamentos nacionais ou europeus aplicáveis, obrigando-
se o Empreiteiro a ter na obra os materiais necessários; 
4. Os resultados destes ensaios serão comparados com os dos ensaios de aptidão; 
5. Sempre que os ensaios mostrem que o betão não tem a resistência prevista poderá a 
Fiscalização mandar demolir todos os elementos em que o mesmo tenha sido aplicado; 
6. No caso de elementos de fracas tensões poderá a Fiscalização aceitar eventualmente o 
betão mas fazendo-se no respectivo preço um desconto por cada 0,2 MPa de resistência 
a menos que fixada; 
7. Os provetes para ensaios de comprovação das características de betão, são no geral, 
cubos de 0,20 m de aresta; 
8. O Empreiteiro é obrigado a fabricar, fornecer e mandar ensaiar os provetes que a 
Fiscalização julgar necessários sendo em geral no mínimo 1 ensaio por cada 50m3 de 
betão de cada classe; 
9. Os provetes serão executado em duas camadas de 12 cm de altura devendo-se ter o 
cuidado de dar ao betão dentro do molde uma distribuição uniforme; 
10. Cada camada será apiloada com 55 pancadas dadas com o pilão Standard (1.6 cm de 
diâmetro por 60 cm de altura), sendo as pancadas distribuídas uniformemente em toda a 
superfície e na camada de fundo deverão penetrar em toda a sua espessura. Quando do 
apiloamento resultarem vazios na massa do betão os lados dos moldes serão batidos de 
modo a eliminar esses vazios; 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.68 
 
11. Depois de terminado o apiloamento dos provetes e retirados os caixilhos, alisadas as 
superfícies superiores do betão marcados e numerados os moldes devem ser cobertos 
com uma chapa de vidro ou metálica para evitar que a parte superior exposta ao ar seque 
mais rapidamente que os corpos dos provetes. 
 
9. Especificação Instalações, Equipamentos e Obras Auxiliares 
 
9.1. Trabalhos Preparatórios e Acessórios 
1. O empreiteiro é obrigado a realizar à sua custa todos os trabalhos que, por natureza ou 
segundo o uso corrente, devam considerar-se preparatórios ou acessórios dos que 
constituem objecto do contrato; 
2. Entre os trabalhos a que se refere a cláusula compreende-se, designadamente, e salvo 
determinação expressa em contrário deste Caderno de Encargos: 
- a montagem, exploração e desmontagem do estaleiro, incluindo as correspondentes 
instalações, redes provisórias de água, esgotos, de electricidade e de telefones, vias 
internas de circulação e tudo o mais necessário à execução da empreitada; 
3. A construção de obras de carácter provisório destinadas a proporcionar o acesso ao 
estaleiro e aos locais de trabalho, a garantir a segurança das pessoas empregadas na obra 
e do público em geral, a evitar danos nos prédios vizinhos e a satisfazer os regulamentos 
de segurança e de polícia das vias públicas; 
4. O restabelecimento, por meio de obras provisórias, de todas as servidões e serventias 
que seja indispensável alterar ou destruir para a execução dos trabalhos previstos no 
contrato, salvaguardando todas as ruínas e vestígios arqueológicos; 
5. O levantamento, guarda, conservação e reposição de cabos, canalizações e outros 
elementos encontrados nas escavações e cuja existência se encontre assinalada nos 
documentos que fazem parte integrante do contrato ou pudesse verificar--se por simples 
inspecção do local da obra à data da realização do concurso; 
6. O transporte e remoção, para fora do local da obra ou para local especificamente 
indicado neste Caderno de Encargos, dos produtos de escavação ou resíduos de limpeza, 
devidamente controlados pela Fiscalização; 
 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.69 
 
7. A reconstrução ou reparação dos prejuízos que resultem das demolições a fazer para a 
execução da obra; 
8. Os trabalhos de escoamento de águas que afectem o estaleiro ou a obra e que se 
encontrem previstos no projecto ou sejam previsíveis pelo empreiteiro à data da 
apresentação da proposta, quer se trate de águas de condutas, de valas, de rios ou outras, 
tendo em atenção a preservação de todos os elementos arqueológicos encontrados; 
9. A conversação das instalações que tenham sido cedidas pelo dono da obra ao 
adjudicatário com vista à execução da empreitada; 
10. A reposição dos locais onde se executaram os trabalhos em condições de não lesarem 
legítimos interesses ou direitos de terceiros ou a conservação futura da obra, 
assegurando o bom aspecto geral e a segurança dos mesmos locais; 
11. O estaleiro e as instalações provisórias obedecerão ao que se encontra estabelecido neste 
Caderno de Encargos, devendo o respectivo estudo ou projecto ser previamente 
apresentado ao dono da obra para verificação dessa conformidade, quando tal 
expressamente se exija neste Caderno de Encargos; 
12. A limpeza do estaleiro, em particular no que se refere às instalações e aos locais de 
trabalho e de estada do pessoal, deverá ser organizada de acordo com o que lhe for 
aplicável da regulamentação das instalações provisórias destinadas ao pessoal 
empregado na obra; 
13. A fiscalização poderá exigir que sejam submetidos à sua aprovação, os sinais e avisos a 
colocar no estaleiro e na obra; 
 
9.2. Locais e Instalações Cedidas para a Execução da Obra 
1. Os locais e, eventualmente, as instalações que o dono da obra ponha à disposição do 
empreiteiro devem ser exclusivamente destinados à execução dos trabalhos; 
2. Se os locais referidos não satisfizerem as exigências de implantação da obra, o 
empreiteiro solicitará ao dono da obra a obtenção de terrenos complementares 
necessários, considerando-se, para esses terrenos, tudo o já descrito; 
3. O empreiteiro não poderá, sem autorização do dono da obra, realizar qualquer trabalho 
que modifique as instalações cedidas pelo dono da obra e, se tal lhe for expressamente 
exigido neste Caderno de Encargos, será obrigado a repô-las nas condições iniciais, uma 
vez concluída a execução da empreitada. 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.70 
 
 
9.3. Instalações Provisórias 
1. As instalações provisórias destinadas ao funcionamento dos serviços exigidos pela 
execução da empreitada devem obedecer e serem submetidas à aprovação da 
fiscalização; 
2. Aquela autorização não dispensa o empreiteiro de tomar as medidas adequadas a evitar 
a danificação das partes da obra, tendo em especial atenção ao referido sobre as ruínas e 
vestígios arqueológicos. 
 
9.4. Redes de Água, Esgotos e Energia Eléctrica 
1. O empreiteiro deverá construir e manter em funcionamento as redes de abastecimento 
de água, de esgotos e de energia eléctrica definidas neste Caderno de Encargos ou no 
projecto ou, na sua omissão, que satisfaçam as exigências da obra e do pessoal; 
2. Salvo indicação em contrário deste Caderno de Encargos, a construção, a manutenção e 
a exploração das redes, bem como as diligências necessárias à obtenção das respectivas 
licenças, são de conta do empreiteiro, por inclusão dos respectivos encargos nos preços 
por ele propostos no acto do concurso; 
3. Sempre que na obra se utilize água não potável, deverá colocar-se nos locais 
convenientes, a inscrição "ÁGUA IMPRÓPRIA PARA BEBER"; 
4. As redes provisórias de energia eléctrica deverão obedecer ao que for aplicável da 
regulamentação em vigor; 
5. As redes definitivas de água, esgotos e energia poderão ser utilizadas durante os 
trabalhos. 
 
9.5. Equipamento 
1. Constitui encargo do empreiteiro, salvo estipulação em contrário deste Caderno de 
Encargos, o fornecimento e utilização das máquinas, aparelhos, utensílios, ferramentas, 
andaimes e tudo o mais indispensável à boa execução dos trabalhos; 
2. O equipamento deve satisfazer, quer quanto às suas características, quer quanto ao 
funcionamento, ao estabelecido nas leis e regulamentos de segurança aplicáveis. 
 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.71 
 
 
10. Disposições Finais e Diversos 
1. Serão da responsabilidade do Adjudicatário todos os danos causados no edifício por má 
execução dos trabalhos, quer por infiltrações de qualquer tipo que eventualmente se 
verifiquem, quer por assentamentos de fundações por não confirmação da capacidade 
resistente do solo, ou outros dos quais resultem anomalias que lhe possam ser 
imputáveis; 
2. Não obstante o cumprimento de todos os artigos constantes das presentes condições 
técnicas especiais, o Adjudicatário é responsável pelo bom funcionamento de todos os 
elementos que constituem a presente estrutura, isolada ou conjuntamente, não podendo a 
sua má interpretação justificar qualquer deficiência no seu comportamento, ou mesmo 
os eventuais problemas terem a sua origem na falta dos devidos pedidos de explicações 
ou rectificações, junto da Fiscalização ou do Projectista, por omissões do Projecto. 
 
10.1. Livro de Registo 
1. Na obra existirá, a carga do Empreiteiro, o livro de registo previsto nos regulamentos, o 
qual será rigorosamente escriturado, mantendo-se sempre actualizado. 
2. Este livro será presente à fiscalização sempre que exigido, e serão por esta autenticados 
todos os registos efectuados. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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ANEXO 
 
 
 
 
 
 
 
NORMAS PORTUGUESAS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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Na data de elaboração deste trabalho as normas em vigor eram: 
 
2.2. Ligante Hidráulico 
ƒ Especificação LNEC E 378 e da NP EN 196-7; 
ƒ Norma NP 2064 
ƒ NP EN 196-1 
ƒ LNEC E378 (Betões - Guia para a utilização de ligantes hidráulicos) 
 
2.3. Inertes e Água 
ƒ Especificação LNEC E372 – Água de Amassadura para betões 
 
2.4. Aditivos para Argamassas e Betões 
ƒ NP 450 - Cinzas Volantes para Betão.Definições, 
ƒ Especificações e Controle da Qualidade; 
ƒ NP 4220 - Pozolanas para Betão. Definições, Especificações e Verificação da 
Conformidade; 
ƒ LNEC E375 - Escória Granulada de Alto Forno Moída para Betões. Características e 
Verificação da Conformidade; 
ƒ LNEC E376 - Fíler Calcário para Betões. Características e Verificação da 
Conformidade; 
ƒ LNEC E377 - Sílica de Fumo para Betões - Características e Verificação da 
Conformidade. 
 
2.5. Adjuvantes para Betão 
ƒ LNEC E374 - Adjuvantes para Argamassas e Betões. Características e Verificação da 
Conformidade 
ƒ LNEC E374 - Adjuvantes para Argamassas e Betões. Características e Verificação da 
Conformidade. 
 
2.8. Aço para Armaduras Ordinárias 
ƒ NP-105 e NP-173, conforme o parágrafo do artigo 22º do Regulamento de Estruturas de 
Betão Armado e Pré-esforçado 
 
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Estruturas de Betão Armado e Pré-esforçado Pág.74 
 
 
7.1. Placas de Esferovite em Juntas de Dilatação e Expansão 
ƒ Incombustível, segundo a Norma ASTM 1629-59T 
 
8.2. Materiais 
8.2.1. Condições Gerais 
ƒ Normas Portuguesas 333 a 339 
 
8.2.3. Aço em parafusos 
ƒ NP-343 e NP-1898, qualidade dos parafusos 
ƒ Dimensões e tolerâncias dos parafusos, porcas e pernos roscados são as especificadas 
nas normas NP-110, NP-400 e NP-1895; 
8.4.3. Ligações soldadas 
ƒ NP 434: Soldadura por arco eléctrico – Qualificação de soldadores para soldadura 
manual de chapa e perfilados 
 
 
Artigo 153.º - Desmoldagem e descimbramento 
 
Prazos mínimos de desmoldagem e descimbramento 
 
 
Moldes e escoramentos 
 
 
Tipo de elemento 
Prazo 
(dias) 
 
Moldes de faces laterais 
 
 
Vigas, pilares, paredes 
 
3 (1) 
 
ℓ ≤ 6m 
 
7 
 
Lages (3) 
 
ℓ > 6m 
 
14 
 
 
 
Moldes de faces 
inferiores 
 
 
Vigas 
 
 
14 
 
ℓ ≤ 6m 
 
14 (2) 
 
Lages (3) 
 
ℓ > 6m 
 
21 (2) 
 
 
 
Escoramentos 
 
 
 
 
Vigas 
 
 
21 (2) 
 
(1) Este prazo pode ser reduzido para 12 h se forem tomadas precauções especiais para evitar danificações das superfícies. 
(2) Este prazo deve ser aumentado para 28 dias no caso de lages e vigas que, na ocasião do descimbramento, fiquem sujeitas a acções de 
valor próximo do que, satisfeita a segurança, corresponde à sua capacidade resistente. 
(3) No caso de lages em consola, deve tomar-se como vão, ℓ, o dobro do balanço.

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