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Aula 01 Saneamento Básico

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Introdução ao Saneamento Básico 
Olá! Você está iniciando o curso de Saneamento Básico. Durante este 
semestre iremos tratar de assunto que são muito atuais e muito importantes para o nosso 
dia a dia: qualidade das águas, tratamento de águas de abastecimento e tratamento de 
efluentes domésticos (esgoto). Vamos aprender as terminologias, ou seja, os nomes 
corretos a serem usados para se abordar o tema saneamento, os principais órgãos 
regulatórios e legislação que regem os projetos de quem trabalha na área. 
Alguns temas centrais serão foco de nossos estudos, são: 
 Qualidade da água e de efluentes 
 Processos de tratamento de água 
 Processos de tratamento de efluentes domésticos 
 Resíduos sólidos 
Vocês reconhecem estes temas? São capazes de relacioná-los com sua vida 
diária. Faça uma lista mental em qual parte do seu dia estes assuntos se encaixam...fácil, 
não é mesmo? O saneamento está relacionado com quase todas as atividades humanas. 
O texto abaixo é retirado do site da Fio Cruz (http://cee.fiocruz.br/?q=oms-2-
1-bilhoes-de-pessoas-nao-tem-agua-potavel-em-casa-e-mais-do-dobro-nao-dispoem-de-
saneamento-seguro ). Pelos poucos parágrafos publicados, podemos ter uma visão geral 
de como o saneamento é uma questão de extrema importância. 
“CEE-FIOCRUZ - *Publicado originalmente no site da OPAS/OMS Brasil 
Em todo o mundo, cerca de três em cada 10 pessoas (2,1 bilhões) não têm acesso 
a água potável e disponível em casa e seis em cada 10, ou 4,5 bilhões, carecem de 
saneamento seguro, de acordo com novo relatório da Organização Mundial da 
Saúde (OMS) e do Fundo das Nações Unidas para a Infância (UNICEF). 
O relatório do Programa de Monitoramento Conjunto (JMP, na sigla 
em inglês), Progress on drinking water, sanitation and hygiene: 2017 update and 
Sustainable Development Goal baselines, apresenta a primeira avaliação global dos 
serviços de água potável e saneamento com gestão segura. A conclusão é que muitas 
pessoas ainda não têm esse acesso, sobretudo em zonas rurais. 
"A água potável, o saneamento e a higiene em casa não devem ser um privilégio 
apenas daqueles que são ricos ou vivem em centros urbanos", disse Tedros 
Adhanom Ghebreyesus, diretor geral da OMS. "Esses são alguns dos requisitos mais 
básicos para a saúde humana e todos os países têm a responsabilidade de garantir 
que todos possam acessá-los". 
Bilhões de pessoas tiveram acesso a serviços básicos de água e saneamento 
desde 2000, mas esses serviços não fornecem necessariamente água potável e 
saneamento seguro. Em muitas casas, instalações de saúde e escolas ainda faltam 
água e sabão para a lavagem das mãos. Isso coloca todas as pessoas – especialmente 
crianças pequenas – em risco de contrair doenças como a diarreia. 
Como resultado, todos os anos 361 mil crianças com menos de cinco anos 
morrem devido a diarreia. O saneamento deficiente e a água contaminada também 
estão ligados à transmissão de doenças como cólera, disenteria, hepatite A e febre 
tifoide. 
"Água segura, saneamento eficaz e higiene são fundamentais para a saúde de 
cada criança e de cada comunidade e, portanto, são essenciais para a construção de 
sociedades mais fortes, saudáveis e mais equitativas", afirmou Anthony Lake, 
diretor executivo do UNICEF. "À medida que melhoramos esses serviços nas 
comunidades mais desfavorecidas e para as crianças mais desfavorecidas, estamos 
oferecendo-lhes uma oportunidade mais justa para que desfrutem de um amanhã 
melhor”. Desigualdades significativas persistem 
Para diminuir as desigualdades globais, os novos Objetivos de 
Desenvolvimento Sustentável (ODS) querem pôr fim à defecação ao ar livre e 
alcançar acesso universal aos serviços básicos até 2030. 
Das 2,1 bilhões de pessoas que não possuem água gerenciada de forma segura, 
844 milhões não têm nem um serviço básico de água potável. Isso inclui 263 milhões 
de pessoas que precisam gastar mais de 30 minutos por viagem para coletar água de 
fontes distantes de casa e 159 milhões que ainda bebem água não tratada de fontes 
de água superficiais, como córregos ou lagos. 
Em 90 países, o progresso rumo ao saneamento básico é muito lento, o que 
significa que seus habitantes não alcançarão a cobertura universal em 2030. 
Das 4,5 bilhões de pessoas que não possuem saneamento gerenciado de forma 
segura, 2,3 bilhões ainda não têm serviços básicos de saneamento. Isso inclui 600 
milhões de pessoas que compartilham um banheiro ou latrina com outras famílias e 
892 milhões de pessoas – principalmente em áreas rurais – que defecam ao ar livre. 
Devido ao crescimento populacional, a defecação ao ar livre está aumentando na 
África subsaariana e na Oceania. 
Uma boa higiene é uma das formas mais simples e eficazes para evitar a 
propagação de uma doença. Pela primeira vez, os ODS estão monitorando a 
porcentagem de pessoas que têm instalações para lavar as mãos em casa, com água 
e sabão. De acordo com o novo relatório, o acesso à água e ao sabão para a lavagem 
das mãos varia imensamente nos 70 países com dados disponíveis – de 15% da 
população na África subsaariana a 76% no oeste da Ásia Ocidental e na África do 
Norte. 
Entre as principais conclusões do relatório estão: 
• Muitos países carecem de dados sobre a qualidade dos serviços de água e 
saneamento. O relatório inclui estimativas para 96 países sobre água potável 
administrada de forma segura e 84 países em saneamento gerenciado de forma 
segura. 
• Nos países que enfrentam conflitos ou distúrbios, as crianças têm quatro vezes 
menos probabilidades de usar serviços básicos de água e são duas vezes menos 
propensas a usar os serviços básicos de saneamento do que crianças em outros 
países. 
• Existem grandes lacunas no serviço entre áreas urbanas e rurais. Duas em cada 
três pessoas com água potável gerenciada com segurança e três em cada cinco 
pessoas com serviços de saneamento gerenciados de forma segura vivem em áreas 
urbanas. Das 161 milhões de pessoas que utilizam águas superficiais não tratadas 
(de lagos, rios ou canais de irrigação), 150 milhões vivem em zonas rurais.” 
 
Reparem na parte do texto que diz: “A água potável, o saneamento e a higiene em 
casa não devem ser um privilégio apenas daqueles que são ricos ou vivem em centros 
urbanos" (...)"Esses são alguns dos requisitos mais básicos para a saúde humana e 
todos os países têm a responsabilidade de garantir que todos possam acessá-los". 
Vocês imaginam suas vidas sem água na torneira? Descarga no banheiro e coleta 
seletiva de lixo? 
Por isso, o curso de saneamento básico não é apenas importante para vocês, futuros 
engenheiros civis, concluírem seu curso. Mas sim, para tornarem-se cidadãos 
conscientes e engenheiros capacitados.

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