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DANIELLI PALERMO BASTOS ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP: ESTUDO DE CASO NO BAIRRO JARDIM DO OURO SINOP – MT 2019 DANIELLI PALERMO BASTOS ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP: ESTUDO DE CASO NO BAIRRO JARDIM DO OURO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à Banca Avaliadora do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Sinop – FASIPE, como requisito parcial para a obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Coorientador: Profª.Gabriele Wolf SINOP – MT 2019 DANIELLI PALERMO BASTOS ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP: ESTUDO DE CASO NO BAIRRO JARDIM DO OURO Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Banca Avaliadora do Departamento de Engenharia Civil da Faculdade de Sinop – FASIPE, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel em Engenharia Civil. Aprovado em 10 de julho de 2019. ________________________________ Stela Maris Schütz Hoffmann Professora Orientadora Departamento de Engenharia Civil – FASIPE ________________________________ Gabriele Wolf Professora Co-orientadora Departamento de Engenharia Civil – FASIPE ________________________________ Gabriela Di Mateos Garcia Professora Avaliadora Departamento de Engenharia Civil – FASIPE ________________________________ Bruno Rodrigues dos Santos Coordenador do Curso de Engenharia Civil FASIPE - Faculdade de Sinop SINOP - MT 2019 DEDICATÓRIA Dedico primeiramente a Deus que torna todas as coisas possíveis. Em segundo lugar a minha família, principalmente minha Mãe que sempre esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis, Também a meu namorado Bruno que não mede esforço para me ajudar em todas as situações e a todos os amigos que colaboraram enriquecendo este trabalho. AGRADECIMENTOS Agradeço imensamente a minha família e meus amigos por me guiar e ser suporte para chegar aqui. Também deixo minha gratidão as minhas professoras Stela e Gabriele que com grande destreza, capacidade e dedicação me auxiliaram a lograr êxito neste projeto. “ Dar o melhor de si é mais importante que ser o melhor! ” Mike Lermer. RESUMO Discussões referentes a cerca de saneamento básico ao longo da história da humanidade quase sempre estiveram relacionadas com transmissão de doenças. No entanto, com o crescimento populacional desenfreado, aumento da produção industrial, produção de resíduos sólidos, junto com os descartes inapropriados desses resíduos, o meio ambiente está sendo totalmente degradado. Esse assunto tem sido preocupante ao longo do tempo, visto que esses problemas podem ocasionar a escassez dos recursos hídricos e também afetar diretamente o bem-estar da população. Observa- se atualmente uma imensa diferença nos níveis de cobertura entre a distribuição de abastecimento de água em relação à coleta e tratamento de esgotamento sanitário. O esgotamento sanitário é indispensável em todas as cidades, pois além de garantir que o meio ambiente não sofra com o lançamento dos efluentes, também melhora a qualidade de vida de toda a população, além de reduzir gastos com internações e melhorar o aspecto estético da cidade, valorizando cada vez mais os imóveis. Nesta pesquisa objetivou-se através de uma abordagem quantitativa, fazer um estudo de caso no Bairro Jardim do Ouro, dentro do município de Sinop-MT, mostrando qual é a visão que a população tem sobre o assunto coleta e tratamento de esgoto, quais os problemas enfrentados pela a falta do mesmo e quais benefícios teriam com a implantação de tal recurso. Para esse fim, será aplicado um questionário realizado através de entrevistas com moradores de residências escolhidas aleatoriamente no bairro Jardim do Ouro, buscando estipular o conhecimento da população que reside nesse bairro sobre os seguintes assuntos: saneamento básico; os benefícios imediatos, de médio e longo prazos que um sistema de coleta e tratamento de esgoto pode trazer, para que seja possível quantificar os resultados e enriquecer ainda mais a presente pesquisa científica. Palavras-chaves: Desenvolvimento Sustentável. Esgotamento Sanitário. Qualidade de Vida. Saneamento. Saúde e Universalização. ABSTRACT Discussions regarding basic sanitation throughout human history have almost always been related to disease transmission. However, with unbridled population growth, increased industrial production, production of solid waste, along with the inappropriate discards of these wastes, the environment is being totally degraded. This issue has been worrying over time, as these problems can lead to scarcity of water resources and also directly affect the well-being of the population. There is now an immense difference in the levels of coverage between the distribution of water supply in relation to the collection and treatment of sanitary sewage. Sanitary sewage is indispensable in all cities, because in addition to ensuring that the environment does not suffer from the release of effluents, it also improves the quality of life of the entire population, as well as reducing hospitalization costs and improving the aesthetic aspect of the city, valuing more and more real estate. In this research, a case study was carried out in the Jardim do Ouro District, within the municipality of Sinop-MT, showing the population's view on the subject of sewage collection and treatment. problems faced by the lack of the same and what benefits they would have with the implementation of such resource. For this purpose, a questionnaire will be applied through interviews with residents of randomly chosen residences in the Jardim do Ouro neighborhood, seeking to establish the knowledge of the population that lives in this neighborhood on the following subjects: basic sanitation; the immediate, medium and long term benefits that a sewage collection and treatment system can bring, so that it is possible to quantify the results and further enrich the present scientific research. Keywords: Sustainable Development. Sanitary sewage. Quality of Life. Sanitation. Health and Universalization LISTA DE TABELAS Tabela 1: Brasil: indicadores de déficit de acesso a serviços de saneamento básico, segundo as grandes regiões, as unidades federativas e a posição no ranking (2013) ...................................... 23 Tabela 2: Quadro de internações no SUS e atendimento de água e esgoto no Brasil .................. 32 Tabela 3: Internações que poderiam ser evitadas com a universalização ..................................... 36 LISTA DE FIGURAS Figura 1: Principais direcionamentos da elaboração do PMSB. .................................................. 25 Figura 2: Unidades componentes do sistema de esgotamento sanitário ...................................... 28 LISTA DE QUADROS Quadro 1: Doenças relacionadas com o céu aberto e transmitidas por vetores ........................... 33 ABREVIATURAS ABNT Associação Brasileiras de Normas Técnicas CNBB Conferência Nacional dos Bispos no Brasil CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente CP Caixa de Passagem EEE Estação Elevatória de Esgoto ETE Estação de Tratamento de Esgoto FUNASA Fundação Nacional de Saúde IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística OMS Organização Mundial da Saúde PLANASA Plano Nacional de SaneamentoPNDU Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento PV Poço de Visita SES Sistema de Esgoto Sanitário SUS Sistema Único de Saúde TIL Tubo de Inspeção e Limpeza TL Terminal de Limpeza UFMT Universidade Federal de Mato Grosso UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 16 1.1 Problematização................................................................................................................ 17 1.2 Justificativa ....................................................................................................................... 18 1.3 Objetivos ............................................................................................................................ 19 1.3.1 Objetivos Gerais ................................................................................................................. 19 1.3.2 Objetivos Específicos ......................................................................................................... 19 2. REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................... 20 2.1 Saneamento Básico ........................................................................................................... 20 2.2 Considerações sobre Saneamento Básico ....................................................................... 21 2.3 Saneamento no Brasil ....................................................................................................... 22 2.3.1 Plano Nacional de Saneamento .......................................................................................... 24 2.4 Legislação Brasileira ........................................................................................................ 24 2.4.1 Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB .............................................................. 25 2.4.2 Resolução n° 430 - CONAMA, de 13 de maio de 2011. ................................................... 25 2.4.3 Resguardo pelas NBRs ....................................................................................................... 26 2.5 Sistema de Esgotamento Sanitário .................................................................................. 26 2.5.1 Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto ........................................................................ 27 2.5.2 Fossas Sépticas ................................................................................................................... 29 2.5.3 Fossas Negras ..................................................................................................................... 30 2.6 Impactos na Saúde Pública .............................................................................................. 31 2.7 Meios de propagação de doenças .................................................................................... 33 2.7.1 Doenças Endêmicas ............................................................................................................ 33 2.7.2 Doenças Epidêmicas ........................................................................................................... 34 2.8 Impactos ambientais ......................................................................................................... 34 2.8.1 Impactos Negativos ............................................................................................................ 34 2.8.2 Impactos Positivos .............................................................................................................. 35 2.9 Importância Econômica ................................................................................................... 36 2.10 Sistema de Esgoto em Mato Grosso ................................................................................ 37 2.11 Sistema de Esgoto em Sinop ............................................................................................ 37 3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 40 3.1 Tipo De Pesquisa ............................................................................................................... 40 3.2 População e Amostra ........................................................................................................ 41 3.3 Coleta de Dados ................................................................................................................ 41 3.4 Cronograma ...................................................................................................................... 42 REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................................... 43 1. INTRODUÇÃO Saneamento Básico constitui um conjunto de medidas que visa promover à população ações como esgotamento sanitário, abastecimento de água, drenagem urbana, coleta de lixo e limpeza pública. Essas medidas visam proporcionar saúde e bem-estar para toda população, bem como, garantir que não sejam escassos os recursos naturais existentes (RIBEIRO e ROOKE, 2010). Os relatos sobre as práticas de Saneamento Básico existem desde aproximadamente 2000 a.C., porém, grandes mudanças foram vistas com o desenvolvimento do Império Romano. Eles desenvolveram práticas de higienização pessoal e técnicas para o controle de doenças. Possuíam tanto conhecimento que criaram um livro que ficou vigente sem significativas alterações até o século XIX (RUBINGER, 2008). Ainda de acordo com Rubinger (2008), o grande problema na época era o fato de que vastos conhecimentos sobre as técnicas de saneamento ficaram guardadas entre poucas pessoas de maior status, fazendo com que este conhecimento ruísse junto com a queda do Império Romano. Logo após a queda do Império, houve um gigantesco retrocesso em relação a tais práticas, fazendo com que o consumo per capita de água chegasse a incríveis índices de um litro por habitante ao dia. Com o crescimento populacional desenfreado, problemas relacionados às epidemias passaram a existir por falta de cuidados com o descarte de lixos e dejetos, fazendo com que eles começassem a procurar alternativas para evitar proliferação de doenças como cólera, febre tifoide e paratifoide, e outras que podem ser causadas por insetos como febre amarela e malária, surgindo assim o início do saneamento (SANTOS, 2014). O Saneamento Básico começou a ter destaque em território nacional a partir do século XVIII. Isso ocorreu devido ao aumento da população, fazendo com que o lançamento dos dejetos e detritos aumentasse também, contribuindo para o aumento de doenças epidêmicas e endêmicas. No ano de 1857, D. Pedro II assinou um contrato para iniciar a instalação do sistema de esgotamento sanitário na capital Rio de Janeiro, fazendo com que os problemas locais relacionados a Saúde Pública melhorassem, reduzindo também os impactos ambientais (MACIEL et al., 2015). Atualmente, o Saneamento no Brasil possui um sistema de abastecimento de água muito abrangente, com altos índices de abastecimento, embora ainda não seja universalizado. Porém, quando se trata da coleta e tratamento de esgoto, a realidade é bem distinta, com pouquíssimas 17 cidades com Saneamento Básico, sem contar nos inúmeros problemas devido ao lançamento inadequado (DANTAS et al., 2012). De acordo com Dantas et al. (2012), com o passar dos anos, o consumo de água está propenso a aumentar cada vez mais, porém, não se pode afirmar o mesmo sobre os recursos hídricos existentes na natureza. Desta forma, o Saneamento Básico se torna imprescindível, já que os grandes centros tendem a crescer ainda mais, consumindo gradativamente maior quantidade de água e despejando cada vez mais poluentesna natureza. Os impasses com relação a Saúde Pública e degradação ambiental exigem que a população encontre soluções para problemas em relação a abastecimento hídrico, a coleta e o tratamento dos resíduos sólidos e da drenagem de águas das chuvas. 1.1 Problematização A questão de Saneamento Básico está diretamente associada aos recursos hídricos e no Brasil, a população tem sofrido há décadas pela carência do mesmo e em se tratando de sistema de esgotamento sanitário esse fato tem ainda mais é agravante. Abastecimento de água e sistema de esgotamento sanitário, estão diretamente ligados com políticas públicas, fazendo-se necessário uma simplificação nos procedimentos para liberar recursos financeiros para melhorar essas condições, pois o Saneamento Básico é considerado um investimento em saúde preventiva e não deve ser visto como um custo (WAGNER, 2013). O atual cenário brasileiro possui indicadores muito preocupantes, abaixo dos índices apresentados por países com desenvolvimento semelhante ao do Brasil. Ligados a isso, o crescimento populacional desenfreado contribui para a carência no setor, aumentando a probabilidade de internações por doenças ocasionadas pela carência de Saneamento Básico (RIBEIRO e ROOKE 2010). Nesse contexto, infelizmente em muitas regiões é o entendimento da população é limitado em relação aos benefícios que o Saneamento Básico pode trazer. Esses benefícios, em geral, revelam-se a médio e longo prazos, porém geram melhorias para a qualidade de vida, contemplando uma infraestrutura de operações de coleta, transporte e tratamento de esgoto, permitindo que os dejetos tratados sejam devolvidos para o meio ambiente de uma forma que não irá afetar o mesmo (WAGNER, 2013). 18 Diante disso, é relevante ter um sistema de coleta e tratamento de esgoto universalizado para toda a população, seja para garantir uma melhor saúde ou para melhorar as condições do meio ambiente, turismo e economia. Desta forma, é levantado a seguinte indagação: Qual a perspectiva da população local em relação ao sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário, e quais benefícios ele pode trazer, sendo que o mesmo é imperceptível aos olhos de pessoas leigas? 1.2 Justificativa O presente trabalho trata da temática de apresentar a importância do Saneamento Básico, demonstrando quais são os embates fomentados pela ausência do mesmo, que afetam diretamente a qualidade de vida da população, principalmente relacionada a questões de saúde e ambiental (CAVINATTO, 1992). De acordo com o Machado et al. (2007), o Saneamento Básico é primordial para que um país possa ser considerado desenvolvido. Quando gerido de forma correta ele traz benefícios grandiosos à população e até mesmo às finanças como: a redução de dias fora do serviço, redução da mortalidade infantil, valorização do imóvel, redução de gastos com a saúde, aumento do turismo, dentre outros. Os índices apresentados pelo Brasil nos últimos dez anos evidenciam certa evolução na oferta de Saneamento Básico, porém, ainda são inferiores de países com padrão de economia semelhante. Estima-se que entre 2015 a 2035 poderia ser economizado aproximadamente 7,2 bilhões de reais com internações no Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo aumetar a produtividade no trabalho, além de proporcionar vários outros benefícios já listados (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2017). Na Região Norte do Brasil, observa-se certa lentidão na evolução dos serviços de Saneamento Básico em comparação com as regiões Sul e Sudeste. No Estado do Mato Grosso apenas duas cidades figuram no ranking das 100 maiores cidades com saneamento, segundo o Instituto Trata Brasil (2018), sendo elas Cuiabá e Várzea Grande, em 67º e 93º, respectivamente e mesmo assim nessas cidades o sistema de esgotamento ainda é deficiente. Em Cuiabá a cobertura de esgoto alcança apenas 51,39% e em Várzea Grande o sistema de esgoto é ainda mais precário, alcançando somente 29,73 da população (DEUS, 2018). Em Sinop, em 2010 havia apenas 10,8% de residências com cobertura de esgoto. Hoje a cobertura já alcança aproximadamente 23,10%, isso totaliza 12.012 das moradias, tendo como 19 meta, segundo o Consórcio Ibura responsável pelo gerenciamento e execução das obras, a universalização do serviço previsto até 2024 (AEGEA, 2017). 1.3 Objetivos 1.3.1 Objetivos Gerais Estudar e analisar as necessidades de implantação de um sistema de esgoto no município de Sinop-MT, enfatizando o bairro Jardim do Ouro, explorando sua necessidade local e os benefícios que este trará para o Sistema Público de Saúde, ambiental e econômico no município. 1.3.2 Objetivos Específicos • Apurar a abrangência do sistema de coleta e tratamento de esgoto no município de Sinop-MT; • Conhecer a forma de destinação de descarte dos dejetos sanitários no município; • Estudar os impactos que afetam a vida da população pela falta de um sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário; • Estudar os impactos positivos e negativos de implantação de um sistema de esgotamento sanitário no bairro Jardim do Ouro no município de Sinop-MT em relação à saúde da população, meio ambiente e economia do município; • Verificar junto à população no Bairro Jardim Ouro, o nível de conhecimento e aceitação a respeito da implantação do esgotamento sanitário. 2. REVISÃO DA LITERATURA O presente trabalho traz à tona o processo de evolução a respeito do Saneamento Básico desde os primórdios até os dias atuais, mostrando o quanto as evoluções nestes serviços melhoraram a vida da sociedade. Seu impacto social e econômico já é de conhecimento geral e com o passar dos anos, a população passou a analisar os problemas não só no presente, mas também com uma visão no futuro. Existem atualmente exemplos de cidades com excelentes projetos e execução de saneamento, como a cidade de Franca-SP que possui um elevado índice de coleta e tratamento de esgoto, com 99,6% e 98,03%, respectivamente (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2018). Porém, sabe-se que no Brasil a realidade é completamente distinta e na maioria das cidades o Saneamento Básico deixa a desejar, contribuindo para a poluição dos recursos naturais e prejudicando a saúde da população. No município de Sinop-MT não é diferente e existem muitos problemas conhecidos, porém, de acordo com dados fornecidos pela Aegea (2017), já existem diversas obras em andamento, inclusive uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em funcionamento, além da coleta e tratamento de esgoto em alguns bairros, com previsão de universalização até 2024 (AEGEA, 2017). 2.1 Saneamento Básico O Saneamento Básico é definido como um conjunto de medidas que visa única e exclusivamente buscar a harmonização entre a saúde, o bem-estar e a preservação da natureza simultaneamente, incorporando vários aspectos como abastecimento de água, drenagem urbana das águas pluviais, esgotamento sanitário e uma série de outras medidas (SOUSA, SOUSA E ALVARES, 2015) De acordo com a última conferência realizada pelo Fundo das Nações Unidas (UNICEF) e Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2017, de cada dez pessoas no mundo, três não contam com serviços de abastecimento de água tratada para sanar suas necessidades básicas e esse número atinge cerca de 2,1 bilhões de habitantes. Quando se trata de sistema de esgoto, de cada dez pessoas, seis não possuem os serviços de saneamento seguro próximas às suas residências, correspondendo a 4 bilhões de habitantes, evidenciando o quão deficiente é o sistema de esgotamento sanitário em 21 muitos países, mesmo com tanto conhecimento adquirido ao longo da história sobre o caso (UNICEF, 2017). Aprofundando um pouco mais esta reflexão, tem-se que dos 2,1 bilhões de habitantes dos quais não contam com água devidamente processada, 844 milhões não tem acesso nem mesmo a serviços básicos de água, e 2,3 bilhões de habitantesnão tem à disposição serviço básico de esgoto sanitário (UNICEF, 2017). Ainda de acordo com o estudo realizado pela UNICEF (2017), a ausência de saneamento adequado traz prejuízos imensos à população. Estima-se que anualmente aproximadamente 361 mil crianças com idade inferior a cinco anos morrem devido à diarreia. A falta de esgotamento sanitário correto e água tratada acarretam outras doenças gravíssimas à sociedade, como a cólera, febre tifoide, hepatite A, entre outros. Além dos dados alarmantes já citados, a pesquisa mostra que na maioria dos países investigados o Saneamento Básico evolui de maneira lenta, ou seja, é bem provável que não esteja universalizado até 2030. 2.2 Considerações sobre Saneamento Básico É notório a necessidade da introdução e avanço do Saneamento Básico remonta às mais antigas culturas. Como dito por Cavinatto (1992), alguns povos passados desenvolveram métodos aprimorados para época em relação à captação, condução, armazenamento e utilização de água, tanto para a agricultura, quanto para as necessidades básicas da população. Com a queda do Império Romano, houve um período de transição que se desenvolveu por mais de mil anos, no qual os registros de saneamento regrediram. Há relatos de que após a queda do Império Romano, as condições de saneamento e de Saúde Pública, em muitos casos, eram deploráveis, com dejetos de seres humanos e de animais jogados nas ruas, utilização de água poluída e registro de várias epidemias devido ao caos que se instaurou na sociedade da época (MAYS, 2000). Este regresso, segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA, 2004) está diretamente relacionado com a falta de difusão do conhecimento sobre as práticas de saneamento. Poucas pessoas tinham acesso aos moldes utilizados com sucesso pelo Império Romano, fazendo que esse conhecimento ruísse juntamente com o Império. O uso per capta de água nesse período chegou a incríveis índices de 1 litro diário por pessoa. 22 2.3 Saneamento no Brasil Desde o Período Imperial o sistema de esgoto no Brasil foi um assunto preocupante. Com o aumento da população, os dejetos e detritos domésticos foram se acumulando rapidamente, isso fez com que algumas medidas fossem criadas para resolver esse problema que provocava mau cheiro e proliferação de doenças (BRITO, 2015). A partir no século XVIII, segundo Saker (2007), entre 1830 e 1840, houve relatos de uma grande epidemia de tifo e cólera, com isso, o diretor-geral de Saúde Pública, Osvaldo Cruz, iniciou uma luta para aniquilar essa epidemia. De acordo com Britto (2015), D. Pedro II, no ano de 1857, assinou um contrato para dar início a instalações de sistema de esgoto sanitário na capital Rio de Janeiro. Tornando-a a segunda capital do mundo a possuir esse sistema. Sete anos após a assinatura do contrato iniciaram as obras, e com isso os problemas de Saúde Pública e ambiental começaram a melhorar, proporcionando benefícios à saúde da população e também ao meio ambiente. Segundo Cavinatto (1992), após se iniciar no Rio de Janeiro a luta para acabar com as epidemias e melhorar o quadro de saneamento básico, em 1907 o Engenheiro Saturnino de Brito criou o sistema de drenagem em Santos - SP, com isso as águas pluviais tiveram destinação correta beneficiando a população daquela região. Atualmente, o saneamento básico ainda é pouco difundido no Brasil, a realidade que essa cobertura seja universalizada está distante. O abastecimento de água melhorou conforme o passar dos anos, porém, na coleta e tratamento de esgoto existem sérios déficits em todo país, principalmente em bairros mais carentes (BARAT, 1998). A Tabela 1, aponta o déficit de acesso de saneamento básico no Brasil no ranking de 2013: 23 Tabela 1: Brasil: indicadores de déficit de acesso a serviços de saneamento básico, segundo as grandes regiões, as unidades federativas e a posição no ranking (2013) Regiões Unidades da Federação % Água Posição % Esgoto Posição Norte Acre 52,73 2º 7,58 12º Amapá 45,46 4º 93,33 2º Amazonas 35,44 5º 73,67 13º Pará 52,06 3º 89,81 4º Rondônia 61,50 1º 93,93 1º Roraima 18,17 16º 84,76 7º Tocantins 21,36 13º 86,54 6º Nordeste Alagoas 31,38 7º 78,57 10º Bahia 19,66 15º 54,60 20º Ceará 22,78 12º 67,24 15º Maranhã 34,12 6º 88,35 5º Paraíba 23,29 11º 60,06 18º Pernambuco 23,98 10º 56,35 19º Piauí 27,78 8º 93,00 3º Rio Grande do Norte 13,62 24º 74,87 9º Sergipe 16,46 19º 60,51 17º Centro Oeste Distrito Federal 4,89 27º 19,49 26º Goiás 20,69 14º 63,99 16º Mato Grosso 25,39 9º 80,59 8º Mato Grosso do Sul 17,13 18º 75,81 11º Sudeste Espirito Santo 16,6 20º 32,49 23º Minas Gerais 13,72 23º 24,63 24º Rio de Janeiro 15,43 21º 23,41 25º São Paulo 4,95 26º 13,27 27º Sul Paraná 11,94 25º 46,67 22º Rio Grande do Sul 14,67 22º 51,90 21º Santa Catarina 18,52 17º 70,92 14º Fonte: Adaptado do PNDU (2013). A Tabela 1 demonstrada, apresenta insuficiência de acesso a serviços de saneamento básico, é possível observar que as regiões que apresentam menores índices de sistema e coleta de tratamento de esgoto são a regiões do Nordeste e Norte, mostrando que Rondônia está na posição de 1º lugar e Acre em 2º com índices dessa insuficiência. É notório que esses estados apresentam uma carência significante em relação aos outros territórios do Brasil, sendo que as primeiras 10 colocações no ranking são dessas extensões, apresentando maiores porcentagens de déficit de cobertura de sistema de coleta e tratamento de esgoto. 24 2.3.1 Plano Nacional de Saneamento O crescimento populacional nos grandes centros a partir de 1960 impulsionou a criação do Plano Nacional do Saneamento (PLANASA) e em 1970, caracterizou - se um novo regime no setor. É possível afirmar que a criação desse regime se deu por conta da necessidade de fornecimento de água potável e coleta de esgoto da população, que crescia em ritmo acelerado. O PLANASA baseava-se na lógica de auto sustentação tarifária, no qual as tarifas teriam que cobrir todos os gastos com serviços, financiamentos e manutenções, fazendo com que tivesse atuações destacadas em locais onde obtivesse retornos mais garantidos, contribuindo significativamente para agravar o quadro de desigualdade social no país. Embora fosse reconhecida a contribuição desse regime no saneamento, grande parte da população carente ficou excluída das ações implementadas pelo PLANASA (REZENE E HELLER, 2002). Analisando o modelo PLANASA é possível verificar que o abastecimento de água teve muito mais destaque em relação aos serviços de esgotamento sanitário, impossibilitando que a cobertura de esgoto obtivesse o mesmo resultado em relação à água tratada. Nota-se ainda que os serviços de manejos de dejetos e combate a inundações ficaram a cargo dos municípios, e em alguns casos mais esporádicos da União, sem possuírem vínculo algum com as companhias de Saneamento Básico (REZENE E HELLER, 2002). 2.4 Legislação Brasileira Ao longo das várias fases na história do saneamento básico no Brasil, surgiu a necessidade da criação de uma legislação clara, competente que facilitaria a fiscalização e regularização desses serviços de saneamento básico. Com a obrigação de se criar uma Lei autônoma e independente para desenvolver a fiscalização desses serviços, foi constituído a Lei Nº 11.445/2007 (CORREIA, 2008), que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de saneamento básico. Seu principal objetivo é estabelecer os conceitos sobre abastecimento de água potável, drenagem, sistema de esgoto, limpeza pública e descarte de resíduos sólidos, além de definir ferramentas para se alcançar o acesso universal ao saneamento básico, entre essas ferramentas o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). 25 2.4.1 Plano Municipalde Saneamento Básico – PMSB Este plano estabelece uma diretriz para os municípios, entidades relacionadas ao setor de Saneamento Básico e órgãos, para que sejam planejadas propostas para universalização dos serviços do setor de saneamento, com inclusão social e ações de sustentabilidade (CORREIA, 2008). Na Figura 1 demonstra como foi realizado os principais direcionamentos para se elaborar o Plano Municipal de Saneamento básico – PMSB: Figura 1: Principais direcionamentos da elaboração do PMSB. Fonte: Adaptado Funasa (2012). A figura ilustrada apresenta de forma sucinta quais as diretrizes que o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB), apresentando as normas e deveres que os municípios precisam atender para se enquadrar nesse plano. 2.4.2 Resolução n° 430 - CONAMA, de 13 de maio de 2011. O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2011), disponibiliza padrões a serem seguidos, com o objetivo claro de preservar os corpos receptores de efluentes de esgotos tratados, PMSB Participação social efetiva em todas as face. Compatível e integrado com todas as políticas e planos do município. Toda a área do município : localidades urbanas e rurais, adensadas e dispersas Revisão a cada 4 anos. Planejamento para 20 anos. Planejamento integrado dos 4 eixos do setor de saneamento. 26 afim de garantir que medidas sejam tomadas de forma universalizada para evitar a poluição das águas que vão receber estes efluentes. Em suas resoluções, são definidos valores mínimos de pH para lançamento dos efluentes, temperatura, vazão, e alguns outros parâmetros para que o ciclo normal da natureza não seja bruscamente modificado. A Declaração de Carga Poluidora deve sempre ser apresentado pelo órgão responsável pela fonte poluidora até o prazo máximo do dia 31 de março de cada ano, referente ao último ano. O descumprimento das disposições da Resolução n° 430- CONAMA do ano de 2011, sujeitará os infratores às sanções previstas por lei referentes à conduta indevida de atividades danosas ao meio ambiente. 2.4.3 Resguardo pelas NBRs Visando definir padrões a serem seguidos em todo território nacional, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1986), criou vários padrões a serem seguidos com o intuito principal de minimizar erros e acidentes graves em qualquer área profissional. Um bom exemplo disso pode ser visto na Engenharia Civil, onde existem diversas normas técnicas auxiliando o profissional a minimizar seus erros e realizar seu trabalho resguardado pela Lei. No Saneamento Básico não é diferente, existem normativas obrigatórias para contribuir com o dimensionamento, manutenção e lançamento dos efluentes, sendo algumas delas: NBR 9648/1986- Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário: apresenta os parâmetros mínimos exigidos nos estudos de concepção de um sistema de esgoto tipo separador. NBR 9649/1986- Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário: fixa condições mínimas e obrigatórias de um projeto hidráulico-sanitário em redes coletoras de esgoto. NBR 14486/2000- Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário: projeto de redes coletoras com tubos de PVC: auxilia na determinação dos parâmetros para elaboração de projetos utilizando tubos de PVC. 2.5 Sistema de Esgotamento Sanitário O esgoto sanitário é caracterizado como uma mistura de matérias orgânicas, sendo que o volume desse esgoto pode totalizar 99 % líquido, e apenas 1% de matéria sólida, e o tratamento de esgoto tem como objetivo principal separar essa mistura (CESAN, 2013). 27 Os esgotos domésticos oriundos das residências familiares, comércios e afins, são compostos por água de banho, detergentes, água de lavagem, restos de comida e dejetos humanos. As fezes humanas são compostas por restos de comidas não digeridos, integradas às albuminas, às gorduras, às proteínas, o hidrato de carbono, além de uma infinidade de microrganismos (FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE, 2004). Existem diversos tipos de microrganismos que são eliminados junto às fezes, com destaque para os coliformes fecais, que estão presentes em grande escala, podendo chegar até a 1 bilhão por grama de fezes (HELLER, 1997). Para viabilizar o correto tratamento e descarte do esgoto sanitário no meio ambiente, é necessário que o tratamento atenda as condições de descarte previstas nas legislações, e para isso devem ser controladas as condições do tratamento para garantir a qualidade do efluente final. Existem no mercado diferentes sistemas de tratamento de esgoto adequados à qualidade pretendia de efluente final, como lagoas de estabilização, sistema de reator anaeróbio, entre outros, porém todos esses sistemas dependem de planejamento e alto investimento para instalação e funcionamento (ZUFFO, 2018) Pelo fato que o crescimento populacional em grande parte do país se deu de maneira desordenada de modo que o acesso ao sistema de esgotamento sanitário não acompanhou esse crescimento, em muitas regiões o sistema de esgotamento sanitário utilizado nas residências constitui-se de fossas negras, métodos de implantação simples e econômica, porém, irregulares e altamente prejudiciais ao meio ambiente e saúde da população. Além disso, algumas regiões esses dejetos são descartados diretamente em céu aberto, córregos e valas, agravando e contaminando de forma devastadora o meio ambiente e prejudicando a saúde da população (CESAN, 2013). A maneira mais viável e segura para se evitar esse problema em regiões onde não possui coleta e tratamento de esgoto, são as fossas sépticas e fossas sépticas biodigestoras (SOUSA, 2015). 2.5.1 Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto De acordo com Dias (2009), os componentes fundamentais para o funcionamento de um sistema de esgoto sanitário, são as seguintes unidades: estação de tratamento de esgoto, rede coletora e estação elevatória. Na Figura 2 são mostrados os componentes conforme supracitados: 28 Figura 2: Unidades componentes do sistema de esgotamento sanitário Fonte: Dias (2009) A figura 2 apresentada, mostra como é composta um sistema de esgotamento sanitário, inicialmente a rede coletora conduz os efluentes até a estação elevatória, que posteriormente irá elevar até a estação de tratamento, após esse tratamento ser realizado esse efluente é devolvido ao meio ambiente através do manancial mais próximo. Segundo Tsutiya e Sobrinho (2011), os Sistemas de Esgoto Sanitários (SES) devem ser projetados para atender a coleta adequada de águas residuais e o transporte seguro dos efluentes sem afetar os recursos hídricos, além de promover o tratamento adequado destes efluentes sem que haja agressões ao meio ambiente. Desta forma, afim de cumprir todos os requisitos e ter um funcionamento eficaz, os sistemas de esgoto devem possuir as seguintes estruturas, conforme apresentadas a seguir: a) Ramais Prediais: são trechos construídos nas propriedades particulares com intuito de coletar e transportar os efluentes até a rede pública de coleta para conduzir os dejetos. Podem ser construídas individualmente ou interligadas em outras residências antes de ser conectada com a rede coletora. Ramais interligados são usualmente utilizados quando existem vários imóveis em um mesmo terreno. b) Rede Coletora de Esgoto: é um conjunto de tubulações responsáveis por receber e conduzir os efluentes da população. O sistema de esgoto é ligado à rede coletora através de um componente denominado coletor predial. A rede coletora pode ser composta por coletores tronco, que é o coletor principal de uma bacia de drenagem, e os coletores secundários que são ligados diretamente aos coletores troncos. 29 c) Estação de Tratamento de Esgoto: entende-se por Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) como uma unidade do sistema responsável por tratar todo o esgoto recolhido da população local e dar um tratamento adequado para serdevolvido à natureza sem maiores impactos ambientais. d) Estação Elevatória de Esgoto (EEE): pode ser compreendida como um conjunto de equipamentos montados geralmente, em uma edificação subterrânea, e que tem a função de promover recalques na vazão do esgoto ao montante. Geralmente são utilizados apenas quando não é possível realizar a condução do esgoto com a ação da gravidade. e) Poços de Visita (PV): são poços construídos para limpeza, vistoria e manutenção da rede coletora. São construídos nas inflexões das redes, tendo em vista que não existem curvas com os tubos, e suas tampas ficam nas vias públicas ou passeio, de acordo com a disposição adotada no local. f) Tubos de Inspeção e Limpeza (TIL): tem função similar em relação aos poços de visita, porém, não permite visitas internas para a realização de manutenção, sendo necessário realizar inspeções externas com equipamentos apropriados. Apresenta como vantagem o custo mais acessível em relação ao PV. g) Terminais de Limpeza (TL): são elementos colocados sempre no ponto de início das redes, e que dispensam a utilização de um PV, já que neste ponto ainda não existe algum tipo de contribuição da rede. Permitem apenas o uso de equipamentos para limpeza da rede. h) Caixa de Passagem (CP): função semelhante com a do PV, porém, fica situado em câmaras subterrâneas e sem acesso. Atualmente este item caiu em desuso. i) Interceptores: Tubulações com diâmetros elevados, que recolhe os efluentes de vários coletores primários ao longo de seu comprimento e os conduz até a Estação de Tratamento de Esgoto (ETE). j) Emissários: o emissário tem a função de receber o esgoto da rede coletora e transportar até a estação de tratamento. 2.5.2 Fossas Sépticas Esse modelo de fossa é uma das mais seguras, a mesma já possui cerca de 100 anos de existência, sendo comum no Brasil. As fossas sépticas são escavações ou tanques e essas unidades complementares são construídas para realizar o tratamento primário do esgoto, são importantes 30 para evitar o lançamento do esgoto imediato com o solo e evitam também que as águas subterrâneas sejam contaminadas. Esse sistema de destinação de dejetos é um tratamento de esgoto doméstico, são utilizadas em locais onde não possui um devido sistema de coleta e tratamento de esgoto adequado (SOUZA, 2015). Segundo ABNT (1993), a fossa séptica deve ser dimensionada conforme a quantidade de pessoas que vai residir na habitação é recomendado que essa fossa seja construída em uma distância de 4 metros do tanque até a residência, e quando se trata de águas subterrâneas essa distância deve ser equivalente a 30 metros, para evitar qualquer tipo de contaminação caso essa fossa tenha um vazamento inesperado. De acordo Costa e Guilhoto (2014), para a população de regiões rurais é indicada a fossa séptica biodigestora, esse sistema de fossa tem a função de substituir o esgoto a céu aberto, método muito comum utilizado nas áreas rurais. Esse sistema tem como principal objetivo a reciclagem dos dejetos humano, os mesmos são transformados em adubo orgânico por um processo de biodigestão. A fossa séptica biodigestora também tem como função de vedação, impedindo vetores de doenças, proliferações de insetos e contaminação de águas subterrâneas. 2.5.3 Fossas Negras Da mesma forma que é executada a fossa séptica, a fossa negra também é composta por uma escavação, porém, sem cobertura e revestimento ela recebe os dejetos sem nenhuma proteção para evitar o contato direto com o solo. Conforme o material vai se decompondo, é absorvido imediatamente pelo solo e contaminando o lençol freático, essa contaminação é prejudicial para a saúde da população e também ao meio ambiente (COSTA, 2014). Segundo Teixeira e Heller (2005), foi constatado em uma cidade em Minas Gerais, que a água estava sendo contaminada por dejetos descartados pela fossa negra, principalmente de substâncias de produtos de limpezas e dejetos humanos. Por esse motivo, algumas regiões desse mesmo Estado instituíram o Decreto nº 45.097, de 12 de maio de 2009, ficando proibido o uso de fossa negra, por ser um grande poluidor. Nos lugares carentes de sistema de esgoto sanitário, é recomendado que as populações construam fossas sépticas, ao invés de fossas negras que são causadoras de graves problemas no lençol freático, provocam doenças e a propagação de insetos (SOUZA, 2015). 31 2.6 Impactos na Saúde Pública De acordo com dados da UNICEF e OMS entre os anos de 2007 a 2015, doenças como dengue, diarreia e leptospirose, estão diretamente ligadas à falta de Saneamento Básico e aproximadamente 40% das internações hospitalares são de crianças. É primordial que o esgotamento sanitário seja universalizado de forma adequada e posso atender aos requisitos básicos da população, somente assim irá reduzir esse quadro (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2018). Segundo a OMS o acesso a recursos hídricos potáveis e uma cobertura universalizada de saneamento básico, principalmente com coleta e tratamento de esgoto, se tornam imprescindíveis para reduzir e até mesmo sanar doenças como diarreia, cólera, disenteria, entre outras consideradas como infectocontagiosas (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2018). O sistema de coleta e tratamento de esgoto tem por sua vez como finalidade dar a destinação correta dos dejetos humanos, onde visa primordialmente o controle e a prevenção de doenças relacionadas a sua não existência (FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE, 2004). As soluções a serem empregadas, de acordo com a Fundação Nacional de Saúde (2014), têm as seguintes finalidades: • Evitar a poluição do solo e dos mananciais; • Evitar o contato dos lençóis freáticos com os dejetos humanos; • Proporcionar hábitos higiênicos; • Promover conforto e melhorar a estética da região; • Promover o combate de doenças endêmicas e epidêmicas. De acordo com o Instituto Trata Brasil (2013), regiões com menores índices de coberturas de esgoto apresentam maiores números de internações ocorridas por doenças acometidas pela falta de tratamento adequado de esgoto. Visto que regiões como Norte e Nordeste do Brasil que possuem índices abaixo da média nacional, apresentando cerca de até 30% de cobertura de esgoto, são os mesmos que apresentam os maiores valores de internações hospitalares. O Instituto Trata Brasil (2013), apresenta essas informações, como pode-se visualizar na Tabela 2. 32 Tabela 2: Quadro de internações no SUS e atendimento de água e esgoto no Brasil População Estimada em 2012 (IBGE) Internação no SUS em 2012 Índice de Atendimento (SNIS 2011) Núm. De Internações x 100.000 hab Valor Pago (R$ x 100.000 mil hab.) Pop. Atendida com Água (%) Pop. Atendida com Esgotamento Sanitário (%) Unidade da Federação Total 0 a 4 anos Total 0 a 4 anos Norte Pará 6.341.736 713 300 246.665 106.424 42,0 3,3 Roraima 337.237 158 102 69.479 46.355 80,8 18,5 Nordeste Bahia 13.214.114 393 122 124.521 42.182 78,6 29,5 Sergipe 1.817.301 87 38 30.158 13.392 81,6 15,0 Sudeste São Paulo 37.630.106 55 21 20.970 7640,0 95,7 86,7 Espirito Santo 3.155.016 170 64 58.696 22.303 84,6 40,5 Sul Rio Grande do Sul 10.309.819 121 38 44.569 13.840 88,2 25,8 Santa Catarina 5.448.736 130 36 51.213 13.722 86,0 17,8 Centro Oeste Góias 5.116.462 238 81 77.181 27.620 83,8 38,9 Distrito Federal 2.097.447 77 41 30.852 15.700 99,5 93,7 Fonte: Instituto Trata Brasil (2013). A tabela 2 compara os números de internações nas cidades de maior e menor população das regiões, evidenciando que as cidades onde o tratamento de esgoto está mais difundido, possuem valores muito menores de internações do que em regiões sem tratamento de esgoto, como citado anteriormente, mostrando assim, um dosprincipais motivos de se defender a implantação de um sistema de tratamento de esgoto, mostrando a influência diretamente no orçamento destinado a Saúde Pública. De acordo com Freitas (2014), segundo informações do Datasus do ano de 2013, 340 mil internações por doenças gastrintestinais foram notificadas em todo país. Aproximadamente 173 mil por diarreia, 4,6 mil amebíases, shiguelose ou cólera e 162,7 mil por outras doenças causadas por infecções intestinais. Essas notificações caíram com o passar do tempo, porém, o saneamento no nosso país precisa melhorar, pois com um sistema de esgoto adequado, muitas dessas doenças poderiam ser evitadas ou até mesmo sanadas. Entre os anos de 2009 a 2013, 19,3 milhões de 33 pessoas, passaram a ter coleta e tratamento de esgoto, no entanto esse número é baixo, por que somente 48,7% das pessoas tem acesso ao mesmo. 2.7 Meios de propagação de doenças Diversas doenças podem ser transmitidas pela falta de coleta e tratamento de esgoto e principalmente por lançamento direto em valas a céu aberto, pois esses lançamentos irregulares facilitam a proliferação de vetores que transmitem doenças, como insetos (moscas, mosquitos, baratas), ratos, aves, entre outros e o contato desses vetores com o ser humano, que é o hospedeiro, pode transmitir assim agentes infecciosos de pessoa a pessoa (RIBEIRO E ROOKE, 2010). Algumas dessas doenças são apresentadas no quadro 1. Quadro 1: Doenças relacionadas com o céu aberto e transmitidas por vetores Vetores Formas de transmissão Principais Doenças Ratos Através da mordida, urina, fezes da pulga que vive no corpo do rato. Peste bubônica, tifo, murino e leptospirose. Moscas Por via mecânica através das asas, patas, corpo, fezes e saliva. Febre tifoide, salmonelose, cólera, amebíase, disenteria e egiardíase. Mosquitos Através da picada da fêmea. Maláriae, leishmanios, febre amarela, dengue e filariose. Baratas Por via mecânica através das asas, patas, corpo e das fezes. Febre tifoide, cólera e giardíase. Suínos Pela ingestão de carne contaminada. Cisticercose,toxoplasmose, triquinelose e teníase. Aves Através das fezes. Toxoplasmose. Fonte: Adaptada Ribeiro e Rooke (2010). O quadro 1 apresenta os tipos de vetores que são responsáveis por transmitir doenças relacionadas a regiões que possuem lançamento de esgoto sanitário e resíduos sólidos a céu aberto, demonstrando quais doenças esses vetores são capazes de contaminar as pessoas. 2.7.1 Doenças Endêmicas São as doenças que podem ser relacionadas pela falta de sistema de esgotamento sanitário e acontecem em uma pequena área geográfica, geralmente transmitida por vetores e, em casos específicos, não sobrevivem às variações climáticas. Exemplos de doenças endêmicas são a 34 malária, a esquistossomose, a febre amarela, as leishmanioses, a peste, a doença de Chagas, entre outras (MOURA E ROCHA, 2015). 2.7.2 Doenças Epidêmicas As doenças consideradas epidêmicas como a cólera a Chikungunya e a Gripe estão diretamente relacionadas com a falta de saneamento básico, quando acontecem em escalas muito acima da média, podendo alcançar uma área geográfica considerável e são transmitidas em muitos casos pelo próprio ser humano. Exemplos epidêmicos são vistos em toda a história da humanidade e não deixaram de ocorrer nos dias atuais, tanto com os primeiros povos (MOURA E ROCHA, 2015). 2.8 Impactos ambientais A poluição no meio ambiente é um dos assuntos mais preocupantes no mundo atualmente. Ao fazer os despejos dos materiais sem tratamento adequado afeta diretamente a população, quanto a qualidade de vida e também na Saúde Pública (SOUZA, 2015). 2.8.1 Impactos Negativos Segundo Gouveia (2000), no cenário atual, a população urbana já é maior que a rural, pelo fato de urbanização desenfreada ocorrer principalmente nas grandes cidades, a escassez de serviços básicos de saneamento básico é relativamente preocupante, principalmente em aspectos ambientais. A busca pela sustentabilidade nas grandes cidades tem uma dificuldade ambiental significativa, pois, por ser acarretado por uma quantidade elevada de pessoas os problemas ambientais se tornam superiores, necessitando de maiores cuidados com serviços de saneamento, como abastecimento hídrico, coleta de lixo, sistema de coleta e tratamento de esgoto, entre outros serviços (PHILIPPI JR, 2002). Ainda de acordo com o autor Philippi (2002), é necessário acrescentar estratégias de gestão ambiental para fortalecer o desenvolvimento sustentável, principalmente nos grandes centros que sofrem mais com a falta de saneamento. Essa gestão deve contar com estratégias de prevenção e controle de meios que impactam negativamente o meio ambiente como: poluição dos recursos hídricos, uso desenfreado da ocupação do solo, infraestrutura projetada inadequadamente, 35 principalmente nas periferias das cidades, aonde o esgoto é a céu aberto e o lixo não é coletado de maneira correta. No Brasil, há duas grandes cidades tidas como péssimos exemplos de impactos negativos sobre saneamento. Um desses exemplos é a cidade do Rio de Janeiro, onde, a falta de planejamento adequado levou a cidade a uma completa destruição da Baía de Guanabara, local que, passou a sofrer muito com o lançamento desordenado de esgotamento sanitário, óleos, lixos, entre outras coisas. Tal fato, começou ainda no século XVIII e intensificou-se a partir de 1950 quando a cidade começou a crescer de maneira acelerada, juntamente com a criação da Avenida Brasil, fazendo com que o comércio na região crescesse de forma significativa, crescendo também a quantidade de lixo (COSTA, 2015). Já em São Paulo, a má gestão do saneamento causou impactos negativos sobre o Rio Tietê. Muito utilizado como meio de transporte para colonizadores e bandeirantes no Período Colonial, com o início da urbanização a população passou a utilizar o rio como meio de subsistência, utilizando a água para seu benefício e jogando lixos e dejetos no rio sem o consentimento público. Formaram-se lagoas dentro do rio devido à extração de metais e areias e a própria prefeitura passou a jogar o lixo público e esgoto às margens do rio (JORGE, 2006). Tendo como base os diversos tipos de efeitos negativos que a falta de Saneamento Básico proporciona, fica ainda mais evidente o quão importante ele é para a sociedade 2.8.2 Impactos Positivos O tratamento de efluentes possuem diversos benefícios para o meio ambiente, atualmente há uma séria de normas ambientais e leis que servem para regular e aplicar punições para empresas que despejam materiais que contaminam o meio ambiente, porém, os dejetos humanos em muitas localidades são despejados a céu aberto e não ocorre uma fiscalização efetiva para punir esse tipo de ação (SOUSA, 2015). Segundo Bovolato (2017), um bom sistema de saneamento traz diversas melhorias para a qualidade de vida e economia da população, sendo elas: preservação ambiental, despoluição dos rios, preservação dos recursos hídrico, tratamento dos dejetos provenientes de esgoto para devolução ao meio ambiente, implementação de hábitos higiênicos na população e maior facilidade na execução de limpeza pública. 36 2.9 Importância Econômica O Saneamento Básico é primordial para um país ser considerado desenvolvido. Os serviços de água tratada e esgoto levam diretamente a uma melhoria na qualidade de vida, melhoria do meio ambiente, valorização dos imóveis locais, menor taxa de mortalidade infantil, preservação dos recursos naturais, etc. (GARCIA e FERREIRA, 2017). Conforme FUNASA (2004), a ocorrência de doenças ocasionadas pela falta de destinação correta dos dejetos pode levar o ser humano à inatividade ou reduzir seu potencial para trabalhar. Alguns aspectos que podem auxiliar no desenvolvimento econômico, sendo: Aumento da vida útil do cidadão, tanto pela qualidade de vida,quanto pela redução da mortalidade infantil; diminuição de gastos com doenças que poderiam ser evitadas; diminuição do custo com tratamento de água nos mananciais; preservação da fauna, especialmente nos locais onde há criadouros de peixes e; promoção do turismo. De acordo com Freitas (2014), as internações por doenças por infecções gastrintestinais em 2013 custaram aos cofres públicos cerca de R$ 355,71 per capita em média nacional, e com valores aproximadamente de R$ 121 milhões anual., sendo as regiões Nordeste e Norte as que mais sofrem com a falta de um sistema de esgoto. A Erro! Fonte de referência não encontrada. apresenta como esses valores poderiam ser economizados: Tabela 3: Internações que poderiam ser evitadas com a universalização Fonte Freitas (2014). A tabela apresenta como a universalização do sistema de coleta e tratamento de esgoto causaria uma significada redução de custo no orçamento para a saúde do país de340,2 mil para 265,6 mil e proporcionaria uma economia por ano de aproximadamente 27,3 milhões que poderiam ser investidos em saneamento básico. Unidades da Federação Ocorridas em 2013 Economia anual, em R$ mil Norte 57.172 17.745 7.431.041 Nordeste 181.466 14.303.757 Sudeste 46.774 1.478.677 Sul 32.337 2.478.070 Centro Oeste 22.493 1.633.336 Brasil 340.242 27.324.881 Internações que poderiam ser evitadas 41.971 3.960 6.401 4.569 74.646 37 2.10 Sistema de Esgoto em Mato Grosso O Estado do Mato Grosso é um Estado muito rico em recursos naturais e tem a agricultura como maior fonte de renda atualmente. Porém, no quesito desenvolvimento em Saneamento Básico é indesejável e ligado a isso, apenas duas cidades figuram na lista das 100 melhores cidades com Saneamento Básico, que são Cuiabá e Várzea Grande, em 67º e 93º, respectivamente (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2018). Mesmo com estas duas cidades figurando no ranking do Instituto Trata Brasil no ano de 2018, a coleta e tratamento de esgoto destas é bem deficiente. Cuiabá tem uma cobertura de água tratada que atinge 98,13% da população, porém a coleta e tratamento dos efluentes atinge apenas 51,39%. Já o município de Várzea Grande possui indicadores ainda menos animadores, com 96,97% de cobertura de água tratada, e apenas 29,73% de cobertura de esgotamento sanitário (DEUS, 2018). Para reverter este quadro, o Estado fez uma parceria com a FUNASA e a UFMT, e passou a ser o primeiro Estado em território nacional a ter 100% dos municípios com plano de esgoto sanitário bem estruturado, para que assim sejam erradicadas várias doenças, e melhore a qualidade de vida de toda a população (MATO GROSSO ECONÔMICO, 2018). 2.11 Sistema de Esgoto em Sinop Sinop-MT é um município que está localizado a aproximadamente 500 km de Cuiabá capital do Mato Grosso. Apesar de ter apenas 39 anos de emancipação, é a principal cidade do norte do mato-grossense e possui uma população com mais de 139 mil habitantes, sendo intitulada como a “Capital do Nortão” (IBGE, 2018). Conforme o IBGE (2010), dados coletados no último senso, 10,8% de domicílios tinham cobertura de um sistema de esgotamento sanitário adequado. Na atualidade, esse número é de aproximadamente 23,10% das habitações contemplando cerca de 15 bairros locais, e com expectativa de melhora para 50 % nos próximos anos, segundo dados do Departamento de Engenharia da Aegea, responsáveis atualmente pelas obras de esgoto no município de Sinop (CONSÓRCIO IBURA, 2018). Mesmo apresentando esses dados, ainda se faz necessário aumentar esse número de cobertura de sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário, pois com o Saneamento Básico 38 tem-se uma melhora significativa tanto na saúde da população, melhorias na educação, diminuição da mortalidade infantil, preservação ambiental, valorização do município e expansão do turismo A Aegea é a empresa que possui a concessão dos serviços de esgotamento sanitário do município de Sinop-MT. Atualmente Sinop tem o serviço de coleta e tratamento de esgoto em 15 bairros, contabilizando 23,10 % da população. Somente após 43 anos de fundação do município de Sinop, a cidade começa a se desenvolver na área de serviços de sistema de esgoto, com coleta e tratamento adequado, com isso a saúde pública tem um ganho significativo para toda população, reduzindo o quadro de doenças, e melhorando a perspectiva da vida das pessoas (AEGEA 2017). No ano de 2016, o município de Sinop-MT por meio de sua concessionária de Saneamento Básico Águas de Sinop, inaugurou a primeira ETE, nomeado por Curupy, que leva o nome do manancial a qual a mesma devolverá o esgoto tratado. Uma obra com aproximadamente 9 mil metros quadrados, que iniciou suas atividades com capacidade para atender 60% da população local (Aegea, 2016). Segundo Aegea (2017) e Consórcio Ibura (2018), o cenário atual de Sinop, quanto ao abastecimento de água tratada atende 98% ou seja, aproximadamente 52 mil residências de área urbana, entretanto, o sistema de esgoto ainda está em desvantagens em relação a este número com aproximadamente apenas 23,10% de residências com cobertura de esgoto. Sendo que no último levantamento o município contava com aproximadamente 212.000 metros de rede de esgoto e 9.643 unidades de ligação de esgoto já sendo devidamente faturadas. Para o ano de 2019 estão previstas mais obras relacionadas ao sistema de esgotamento sanitário na cidade de Sinop, sendo uma nova Estação de Tratamento de Esgoto que será contemplada por uma vazão de 300 l/s, ela mais a ETE Curupy serão capazes de atender toda a população do município, também está sendo planejado mais implantações de Estações Elevatórias de Esgoto para atender essas duas ETE (ÁGUAS DE SINOP, 2019). A Figura 3 apresenta as obras já realizadas no município e demonstra as obras que serão executadas nos próximos anos: 39 Figura 3: Sistema de Esgotamento Sanitário de Sinop Fonte: Adaptado Águas de Sinop (2019) A Figura 3 mostra o mapa do município de Sinop-MT, o mesmo apresenta obras do sistema esgotamento sanitário já existente e as projeções que serão realizadas nos próximos anos. 40 3. METODOLOGIA O objetivo deste capítulo será abordar de forma mais clara e detalhada a metodologia através da qual serão levantados os impactos que afetam o bairro Jardim do Ouro, pela não existência de um sistema de esgotamento sanitário e quais os benefícios da implantação do mesmo para a população daquela região. Serão realizados levantamentos quantitativos através de questionários pré-definido. Primeiramente, a empresa que possui a concessão para a coleta e tratamento de esgoto Aegea, será consultada para que seja possível identificar se o bairro em estudo já se enquadra no planejamento para implantação de um sistema de coleta e tratamento de esgoto, garantindo que a população venha ter melhor qualidade de vida, melhoria na saúde e menor degradação do meio ambiente. Em seguida, através de um questionário serão realizadas entrevistas com moradores de residências escolhidas aleatoriamente no bairro Jardim do Ouro, buscando estipular o conhecimento da população que reside nesse bairro sobre os seguintes assuntos: saneamento básico; os benefícios imediatos, de médio e longo prazos que um sistema de coleta e tratamento de esgoto pode trazer; quais os impactos que a falta desse sistema causam na vida da população principalmente relacionados à saúde; quais são os tipos de vetores de doenças encontrados no bairro em estudou-se os moradores são afetados por doenças que são provenientes da falta de saneamento e a degradação que afeta o meio ambiente. 3.1 Tipo De Pesquisa O presente trabalho será produzido através de pesquisas bibliográficas, que, segundo Marconi e Lakatos (2003), não se trata de algo novo à sociedade, mas sim, um conjunto de informações já adquiridas, munidasde importância, capazes de fornecerem dados técnicos suficientes para acrescentar maior relevância ao tema. Portanto, a pesquisa bibliográfica não parte do pretexto de reescrever algo, mas sim partir de uma linha de raciocínio existente para poder encontrar uma solução. A abordagem da pesquisa tem por caráter específico realizar levantamentos quantitativos para avaliar a relação existente entre a falta de sistema de coleta de esgoto em funcionamento e a 41 susceptibilidade de contrair doenças, e como a implantação de um sistema de esgotamento sanitário resultaria em melhor qualidade de vida e economia com gastos em Saúde Pública, dessa forma, os dados em estudo serão levantados através de ferramentas de auxílio que sejam previamente padronizadas e neutras ao estudo (UFRGS, 2009). Segundo Gil (1999), os estudos descritivos buscam interpretar a realidade, ou seja, procura conhecer as características e os processos do fenômeno estudado e os processos que o constituem, estabelecendo relações entre as variáveis para interpretar a realidade, sem que haja interferência dos resultados, dessa forma, o objetivo desta pesquisa buscará em caráter descritivo, demonstrar quais os impactos diretos e indiretos que afetam a vida da população pela falta de um sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário e quais serão os benefícios que as mesmas terão pela implantação desse sistema. 3.2 População e Amostra De acordo com Vergara (1997), população trata do conjunto de elementos que deverá ser analisado, enquanto a amostra, significa uma fração da população escolhida para desenvolvimento da pesquisa. Para o presente trabalho tem-se como população o bairro Jardim do Ouro localizado no município de Sinop - MT, onde aleatoriamente serão sorteados para a pesquisa 20 residências, caracterizando a amostra da pesquisa. 3.3 Coleta de Dados Os dados serão obtidos no ano 2019, através da aplicação de questionário em uma única etapa, que será dado início no mês de agosto e terminará em novembro, para aplicar esse questionário foi escolhido um bairro onde o saneamento básico é pouco difundido e o sistema de coleta e tratamento de esgoto é escasso, o motivo da escolha foi para apresentar os problemas que ocorrem pela a falta de um saneamento universalizado, esse bairro será Jardim do Ouro, cujo o mapa é apresentado em anexo 2. O questionário previamente padronizado e neutro ao estudo, de forma a não interferir ou influenciar na resposta do entrevistado, consiste de 20 perguntas de múltiplas escolhas. 42 3.4 Cronograma Atividades/Meses 2019 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez Escolha do Tema e Definição do Problema x Levantamento bibliográfico e Redação do trabalho x x x x x x x x x Formulação do Projeto x x x x Pesquisa de campo x x Tabulação de dados x x Análise e discussão de dados e conclusão x x x Entrega versão Final e Banca x REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ABNT. Estudo de concepção de Sistemas de Esgoto Sanitário. Rio de Janeiro: [s.n.], 1986. NBR 9648. ABNT. Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário. Rio de Janeiro: [s.n.], 1986. NBR 9649. ABNT. Projeto, construção e operação de sistemas detanques sépticos. Rio de Janeiro: [15 p.], 1993 . NBR 7229. ABNT. Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário - Projeto de redes coletoras com tubos de PVC. Rio de Janeiro: [s.n.], 2000. 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Qual a idade das pessoas que moram na residência? ( ) 0 a 5 anos ( ) 5 a 20 anos ( ) 20 a 40 anos ( ) 40 a 60 anos ( ) 60 a 80 anos ( ) Acima de 80 anos 3. Para o Sr(a) o que é SANEAMENTO BÁSICO ? ( ) Coleta de esgoto ( ) Tratamento de agua ( ) Limpeza pública ( ) Coleta de lixo ( ) Limpeza de bueiros ( ) Drenagem Urbana ( ) Não sabe 4. Qual a forma de destinação de descarte dos dejetos sanitários de sua residência? ( ) Fossa séptica ( ) Fossa negra (buraco aberto e sem revestimento) ( ) céu aberto ( ) Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) ( ) Outros_____________________ 49 5. Para o (a) Sr(a) qual o nível de importância nos serviços demostrados abaixo? Numere de 1 a 4 em grau de importância. Sendo o 1 de maior importância e o 4 de menor importância. ( ) Saúde ( ) Educação ( ) Segurança pública ( ) Saneamento Básico ( ) Não sei 6. Sr(a) tem conhecimento qual o destino final do esgoto coletado da sua cidade? ( ) Rio / esgotos ( ) Estação de tratamento ( ) Não sei 7. Qual a sua opinião sobre o serviço prestado no tratamento de água no seu Bairro? ( ) Bom ( ) Ruim ( ) Não sei opinar 8. O Sr(a) tem hábito de fazer algum tipo de cobrança ou exigência para que os serviços de Saneamento Básico melhorem? ( ) Sim ( ) Não 9. Tiveram caso na família de doenças como diarreia, cólera (infecção no intestino), dengue e hepatite A ou E nos últimos meses? ( ) Sim ( ) Não 10. É do conhecimento do Sr(a) que segundo dados do
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