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TCC DANIELLI - REVISÃO FINAL

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DANIELLI PALERMO BASTOS 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP: 
ESTUDO DE CASO NO BAIRRO JARDIM DO OURO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINOP – MT 
2019
 
 
DANIELLI PALERMO BASTOS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP: 
ESTUDO DE CASO NO BAIRRO JARDIM DO OURO 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado à 
Banca Avaliadora do Departamento de Engenharia 
Civil da Faculdade de Sinop – FASIPE, como 
requisito parcial para a obtenção do título de 
Bacharel em Engenharia Civil. 
 
Coorientador: Profª.Gabriele Wolf 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
SINOP – MT 
2019
 
 
DANIELLI PALERMO BASTOS 
 
 
 
ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP: 
ESTUDO DE CASO NO BAIRRO JARDIM DO OURO 
 
 
 
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado a Banca Avaliadora do Departamento de Engenharia 
Civil da Faculdade de Sinop – FASIPE, como requisito parcial para obtenção do título de Bacharel 
em Engenharia Civil. 
 
 
Aprovado em 10 de julho de 2019. 
 
 
________________________________ 
Stela Maris Schütz Hoffmann 
Professora Orientadora 
Departamento de Engenharia Civil – FASIPE 
 
 
________________________________ 
Gabriele Wolf 
Professora Co-orientadora 
Departamento de Engenharia Civil – FASIPE 
 
 
________________________________ 
Gabriela Di Mateos Garcia 
Professora Avaliadora 
Departamento de Engenharia Civil – FASIPE 
 
 
________________________________ 
Bruno Rodrigues dos Santos 
Coordenador do Curso de Engenharia Civil 
FASIPE - Faculdade de Sinop 
 
 
 
 
 
SINOP - MT 
2019
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
DEDICATÓRIA 
 
 
Dedico primeiramente a Deus que torna todas as 
coisas possíveis. Em segundo lugar a minha 
família, principalmente minha Mãe que sempre 
esteve ao meu lado nos momentos mais difíceis, 
Também a meu namorado Bruno que não mede 
esforço para me ajudar em todas as situações e a 
todos os amigos que colaboraram enriquecendo 
este trabalho.
 
 
AGRADECIMENTOS 
 
 
Agradeço imensamente a minha família e meus amigos por me guiar e ser suporte para 
chegar aqui. Também deixo minha gratidão as minhas professoras Stela e Gabriele que com grande 
destreza, capacidade e dedicação me auxiliaram a lograr êxito neste projeto. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“ Dar o melhor de si é mais importante que ser o 
melhor! ” 
 
Mike Lermer.
 
 
RESUMO 
 
 
Discussões referentes a cerca de saneamento básico ao longo da história da humanidade quase 
sempre estiveram relacionadas com transmissão de doenças. No entanto, com o crescimento 
populacional desenfreado, aumento da produção industrial, produção de resíduos sólidos, junto 
com os descartes inapropriados desses resíduos, o meio ambiente está sendo totalmente degradado. 
Esse assunto tem sido preocupante ao longo do tempo, visto que esses problemas podem ocasionar 
a escassez dos recursos hídricos e também afetar diretamente o bem-estar da população. Observa-
se atualmente uma imensa diferença nos níveis de cobertura entre a distribuição de abastecimento 
de água em relação à coleta e tratamento de esgotamento sanitário. O esgotamento sanitário é 
indispensável em todas as cidades, pois além de garantir que o meio ambiente não sofra com o 
lançamento dos efluentes, também melhora a qualidade de vida de toda a população, além de 
reduzir gastos com internações e melhorar o aspecto estético da cidade, valorizando cada vez mais 
os imóveis. Nesta pesquisa objetivou-se através de uma abordagem quantitativa, fazer um estudo 
de caso no Bairro Jardim do Ouro, dentro do município de Sinop-MT, mostrando qual é a visão 
que a população tem sobre o assunto coleta e tratamento de esgoto, quais os problemas enfrentados 
pela a falta do mesmo e quais benefícios teriam com a implantação de tal recurso. Para esse fim, 
será aplicado um questionário realizado através de entrevistas com moradores de residências 
escolhidas aleatoriamente no bairro Jardim do Ouro, buscando estipular o conhecimento da 
população que reside nesse bairro sobre os seguintes assuntos: saneamento básico; os benefícios 
imediatos, de médio e longo prazos que um sistema de coleta e tratamento de esgoto pode trazer, 
para que seja possível quantificar os resultados e enriquecer ainda mais a presente pesquisa 
científica. 
 
 
Palavras-chaves: Desenvolvimento Sustentável. Esgotamento Sanitário. Qualidade de Vida. 
Saneamento. Saúde e Universalização. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ABSTRACT 
 
 
Discussions regarding basic sanitation throughout human history have almost always been related 
to disease transmission. However, with unbridled population growth, increased industrial 
production, production of solid waste, along with the inappropriate discards of these wastes, the 
environment is being totally degraded. This issue has been worrying over time, as these problems 
can lead to scarcity of water resources and also directly affect the well-being of the population. 
There is now an immense difference in the levels of coverage between the distribution of water 
supply in relation to the collection and treatment of sanitary sewage. Sanitary sewage is 
indispensable in all cities, because in addition to ensuring that the environment does not suffer from 
the release of effluents, it also improves the quality of life of the entire population, as well as 
reducing hospitalization costs and improving the aesthetic aspect of the city, valuing more and 
more real estate. In this research, a case study was carried out in the Jardim do Ouro District, within 
the municipality of Sinop-MT, showing the population's view on the subject of sewage collection 
and treatment. problems faced by the lack of the same and what benefits they would have with the 
implementation of such resource. For this purpose, a questionnaire will be applied through 
interviews with residents of randomly chosen residences in the Jardim do Ouro neighborhood, 
seeking to establish the knowledge of the population that lives in this neighborhood on the 
following subjects: basic sanitation; the immediate, medium and long term benefits that a sewage 
collection and treatment system can bring, so that it is possible to quantify the results and further 
enrich the present scientific research. 
 
Keywords: Sustainable Development. Sanitary sewage. Quality of Life. Sanitation. Health and 
Universalization 
 
 
LISTA DE TABELAS 
 
 
Tabela 1: Brasil: indicadores de déficit de acesso a serviços de saneamento básico, segundo as 
grandes regiões, as unidades federativas e a posição no ranking (2013) ...................................... 23 
Tabela 2: Quadro de internações no SUS e atendimento de água e esgoto no Brasil .................. 32 
Tabela 3: Internações que poderiam ser evitadas com a universalização ..................................... 36 
 
 
LISTA DE FIGURAS 
 
 
Figura 1: Principais direcionamentos da elaboração do PMSB. .................................................. 25 
Figura 2: Unidades componentes do sistema de esgotamento sanitário ...................................... 28 
 
 
LISTA DE QUADROS 
 
 
Quadro 1: Doenças relacionadas com o céu aberto e transmitidas por vetores ........................... 33 
 
 
ABREVIATURAS 
 
 
 
ABNT Associação Brasileiras de Normas Técnicas 
CNBB Conferência Nacional dos Bispos no Brasil 
CONAMA Conselho Nacional do Meio Ambiente 
CP Caixa de Passagem 
EEE Estação Elevatória de Esgoto 
ETE Estação de Tratamento de Esgoto 
FUNASA Fundação Nacional de Saúde 
IBGE Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística 
OMS Organização Mundial da Saúde 
PLANASA Plano Nacional de SaneamentoPNDU Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento 
PV Poço de Visita 
SES Sistema de Esgoto Sanitário 
SUS Sistema Único de Saúde 
TIL Tubo de Inspeção e Limpeza 
TL Terminal de Limpeza 
UFMT Universidade Federal de Mato Grosso 
UNICEF Fundo das Nações Unidas para a Infância 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
1. INTRODUÇÃO ................................................................................................................ 16 
1.1 Problematização................................................................................................................ 17 
1.2 Justificativa ....................................................................................................................... 18 
1.3 Objetivos ............................................................................................................................ 19 
1.3.1 Objetivos Gerais ................................................................................................................. 19 
1.3.2 Objetivos Específicos ......................................................................................................... 19 
2. REVISÃO DA LITERATURA ....................................................................................... 20 
2.1 Saneamento Básico ........................................................................................................... 20 
2.2 Considerações sobre Saneamento Básico ....................................................................... 21 
2.3 Saneamento no Brasil ....................................................................................................... 22 
2.3.1 Plano Nacional de Saneamento .......................................................................................... 24 
2.4 Legislação Brasileira ........................................................................................................ 24 
2.4.1 Plano Municipal de Saneamento Básico – PMSB .............................................................. 25 
2.4.2 Resolução n° 430 - CONAMA, de 13 de maio de 2011. ................................................... 25 
2.4.3 Resguardo pelas NBRs ....................................................................................................... 26 
2.5 Sistema de Esgotamento Sanitário .................................................................................. 26 
2.5.1 Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto ........................................................................ 27 
2.5.2 Fossas Sépticas ................................................................................................................... 29 
2.5.3 Fossas Negras ..................................................................................................................... 30 
2.6 Impactos na Saúde Pública .............................................................................................. 31 
2.7 Meios de propagação de doenças .................................................................................... 33 
2.7.1 Doenças Endêmicas ............................................................................................................ 33 
2.7.2 Doenças Epidêmicas ........................................................................................................... 34 
2.8 Impactos ambientais ......................................................................................................... 34 
2.8.1 Impactos Negativos ............................................................................................................ 34 
2.8.2 Impactos Positivos .............................................................................................................. 35 
2.9 Importância Econômica ................................................................................................... 36 
2.10 Sistema de Esgoto em Mato Grosso ................................................................................ 37 
2.11 Sistema de Esgoto em Sinop ............................................................................................ 37 
 
 
3. METODOLOGIA ............................................................................................................. 40 
3.1 Tipo De Pesquisa ............................................................................................................... 40 
3.2 População e Amostra ........................................................................................................ 41 
3.3 Coleta de Dados ................................................................................................................ 41 
3.4 Cronograma ...................................................................................................................... 42 
REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ...................................................................................... 43 
 
1. INTRODUÇÃO 
 
 
Saneamento Básico constitui um conjunto de medidas que visa promover à população ações 
como esgotamento sanitário, abastecimento de água, drenagem urbana, coleta de lixo e limpeza 
pública. Essas medidas visam proporcionar saúde e bem-estar para toda população, bem como, 
garantir que não sejam escassos os recursos naturais existentes (RIBEIRO e ROOKE, 2010). 
Os relatos sobre as práticas de Saneamento Básico existem desde aproximadamente 2000 
a.C., porém, grandes mudanças foram vistas com o desenvolvimento do Império Romano. Eles 
desenvolveram práticas de higienização pessoal e técnicas para o controle de doenças. Possuíam 
tanto conhecimento que criaram um livro que ficou vigente sem significativas alterações até o 
século XIX (RUBINGER, 2008). 
Ainda de acordo com Rubinger (2008), o grande problema na época era o fato de que vastos 
conhecimentos sobre as técnicas de saneamento ficaram guardadas entre poucas pessoas de maior 
status, fazendo com que este conhecimento ruísse junto com a queda do Império Romano. Logo 
após a queda do Império, houve um gigantesco retrocesso em relação a tais práticas, fazendo com 
que o consumo per capita de água chegasse a incríveis índices de um litro por habitante ao dia. 
Com o crescimento populacional desenfreado, problemas relacionados às epidemias 
passaram a existir por falta de cuidados com o descarte de lixos e dejetos, fazendo com que eles 
começassem a procurar alternativas para evitar proliferação de doenças como cólera, febre tifoide 
e paratifoide, e outras que podem ser causadas por insetos como febre amarela e malária, surgindo 
assim o início do saneamento (SANTOS, 2014). 
O Saneamento Básico começou a ter destaque em território nacional a partir do século 
XVIII. Isso ocorreu devido ao aumento da população, fazendo com que o lançamento dos dejetos 
e detritos aumentasse também, contribuindo para o aumento de doenças epidêmicas e endêmicas. 
No ano de 1857, D. Pedro II assinou um contrato para iniciar a instalação do sistema de 
esgotamento sanitário na capital Rio de Janeiro, fazendo com que os problemas locais relacionados 
a Saúde Pública melhorassem, reduzindo também os impactos ambientais (MACIEL et al., 2015). 
Atualmente, o Saneamento no Brasil possui um sistema de abastecimento de água muito 
abrangente, com altos índices de abastecimento, embora ainda não seja universalizado. Porém, 
quando se trata da coleta e tratamento de esgoto, a realidade é bem distinta, com pouquíssimas 
17 
 
cidades com Saneamento Básico, sem contar nos inúmeros problemas devido ao lançamento 
inadequado (DANTAS et al., 2012). 
De acordo com Dantas et al. (2012), com o passar dos anos, o consumo de água está 
propenso a aumentar cada vez mais, porém, não se pode afirmar o mesmo sobre os recursos hídricos 
existentes na natureza. Desta forma, o Saneamento Básico se torna imprescindível, já que os 
grandes centros tendem a crescer ainda mais, consumindo gradativamente maior quantidade de 
água e despejando cada vez mais poluentesna natureza. Os impasses com relação a Saúde Pública 
e degradação ambiental exigem que a população encontre soluções para problemas em relação a 
abastecimento hídrico, a coleta e o tratamento dos resíduos sólidos e da drenagem de águas das 
chuvas. 
 
1.1 Problematização 
A questão de Saneamento Básico está diretamente associada aos recursos hídricos e no 
Brasil, a população tem sofrido há décadas pela carência do mesmo e em se tratando de sistema de 
esgotamento sanitário esse fato tem ainda mais é agravante. Abastecimento de água e sistema de 
esgotamento sanitário, estão diretamente ligados com políticas públicas, fazendo-se necessário 
uma simplificação nos procedimentos para liberar recursos financeiros para melhorar essas 
condições, pois o Saneamento Básico é considerado um investimento em saúde preventiva e não 
deve ser visto como um custo (WAGNER, 2013). 
O atual cenário brasileiro possui indicadores muito preocupantes, abaixo dos índices 
apresentados por países com desenvolvimento semelhante ao do Brasil. Ligados a isso, o 
crescimento populacional desenfreado contribui para a carência no setor, aumentando a 
probabilidade de internações por doenças ocasionadas pela carência de Saneamento Básico 
(RIBEIRO e ROOKE 2010). 
Nesse contexto, infelizmente em muitas regiões é o entendimento da população é limitado 
em relação aos benefícios que o Saneamento Básico pode trazer. Esses benefícios, em geral, 
revelam-se a médio e longo prazos, porém geram melhorias para a qualidade de vida, contemplando 
uma infraestrutura de operações de coleta, transporte e tratamento de esgoto, permitindo que os 
dejetos tratados sejam devolvidos para o meio ambiente de uma forma que não irá afetar o mesmo 
(WAGNER, 2013). 
18 
 
Diante disso, é relevante ter um sistema de coleta e tratamento de esgoto universalizado 
para toda a população, seja para garantir uma melhor saúde ou para melhorar as condições do meio 
ambiente, turismo e economia. Desta forma, é levantado a seguinte indagação: Qual a perspectiva 
da população local em relação ao sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário, e quais 
benefícios ele pode trazer, sendo que o mesmo é imperceptível aos olhos de pessoas leigas? 
 
1.2 Justificativa 
O presente trabalho trata da temática de apresentar a importância do Saneamento Básico, 
demonstrando quais são os embates fomentados pela ausência do mesmo, que afetam diretamente 
a qualidade de vida da população, principalmente relacionada a questões de saúde e ambiental 
(CAVINATTO, 1992). 
De acordo com o Machado et al. (2007), o Saneamento Básico é primordial para que um 
país possa ser considerado desenvolvido. Quando gerido de forma correta ele traz benefícios 
grandiosos à população e até mesmo às finanças como: a redução de dias fora do serviço, redução 
da mortalidade infantil, valorização do imóvel, redução de gastos com a saúde, aumento do turismo, 
dentre outros. 
Os índices apresentados pelo Brasil nos últimos dez anos evidenciam certa evolução na 
oferta de Saneamento Básico, porém, ainda são inferiores de países com padrão de economia 
semelhante. Estima-se que entre 2015 a 2035 poderia ser economizado aproximadamente 7,2 
bilhões de reais com internações no Sistema Único de Saúde (SUS), permitindo aumetar a 
produtividade no trabalho, além de proporcionar vários outros benefícios já listados (INSTITUTO 
TRATA BRASIL, 2017). 
 Na Região Norte do Brasil, observa-se certa lentidão na evolução dos serviços de 
Saneamento Básico em comparação com as regiões Sul e Sudeste. No Estado do Mato Grosso 
apenas duas cidades figuram no ranking das 100 maiores cidades com saneamento, segundo o 
Instituto Trata Brasil (2018), sendo elas Cuiabá e Várzea Grande, em 67º e 93º, respectivamente e 
mesmo assim nessas cidades o sistema de esgotamento ainda é deficiente. Em Cuiabá a cobertura 
de esgoto alcança apenas 51,39% e em Várzea Grande o sistema de esgoto é ainda mais precário, 
alcançando somente 29,73 da população (DEUS, 2018). 
Em Sinop, em 2010 havia apenas 10,8% de residências com cobertura de esgoto. Hoje a 
cobertura já alcança aproximadamente 23,10%, isso totaliza 12.012 das moradias, tendo como 
19 
 
meta, segundo o Consórcio Ibura responsável pelo gerenciamento e execução das obras, a 
universalização do serviço previsto até 2024 (AEGEA, 2017). 
 
1.3 Objetivos 
1.3.1 Objetivos Gerais 
Estudar e analisar as necessidades de implantação de um sistema de esgoto no município 
de Sinop-MT, enfatizando o bairro Jardim do Ouro, explorando sua necessidade local e os 
benefícios que este trará para o Sistema Público de Saúde, ambiental e econômico no município. 
1.3.2 Objetivos Específicos 
• Apurar a abrangência do sistema de coleta e tratamento de esgoto no município de 
Sinop-MT; 
• Conhecer a forma de destinação de descarte dos dejetos sanitários no município; 
• Estudar os impactos que afetam a vida da população pela falta de um sistema de 
coleta e tratamento de esgoto sanitário; 
• Estudar os impactos positivos e negativos de implantação de um sistema de 
esgotamento sanitário no bairro Jardim do Ouro no município de Sinop-MT em relação à saúde da 
população, meio ambiente e economia do município; 
• Verificar junto à população no Bairro Jardim Ouro, o nível de conhecimento e 
aceitação a respeito da implantação do esgotamento sanitário. 
 
 
2. REVISÃO DA LITERATURA 
 
 
 O presente trabalho traz à tona o processo de evolução a respeito do Saneamento Básico 
desde os primórdios até os dias atuais, mostrando o quanto as evoluções nestes serviços 
melhoraram a vida da sociedade. Seu impacto social e econômico já é de conhecimento geral e 
com o passar dos anos, a população passou a analisar os problemas não só no presente, mas também 
com uma visão no futuro. Existem atualmente exemplos de cidades com excelentes projetos e 
execução de saneamento, como a cidade de Franca-SP que possui um elevado índice de coleta e 
tratamento de esgoto, com 99,6% e 98,03%, respectivamente (INSTITUTO TRATA BRASIL, 
2018). 
Porém, sabe-se que no Brasil a realidade é completamente distinta e na maioria das cidades 
o Saneamento Básico deixa a desejar, contribuindo para a poluição dos recursos naturais e 
prejudicando a saúde da população. No município de Sinop-MT não é diferente e existem muitos 
problemas conhecidos, porém, de acordo com dados fornecidos pela Aegea (2017), já existem 
diversas obras em andamento, inclusive uma Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) em 
funcionamento, além da coleta e tratamento de esgoto em alguns bairros, com previsão de 
universalização até 2024 (AEGEA, 2017). 
 
2.1 Saneamento Básico 
O Saneamento Básico é definido como um conjunto de medidas que visa única e 
exclusivamente buscar a harmonização entre a saúde, o bem-estar e a preservação da natureza 
simultaneamente, incorporando vários aspectos como abastecimento de água, drenagem urbana das 
águas pluviais, esgotamento sanitário e uma série de outras medidas (SOUSA, SOUSA E 
ALVARES, 2015) 
De acordo com a última conferência realizada pelo Fundo das Nações Unidas (UNICEF) e 
Organização Mundial da Saúde (OMS), em 2017, de cada dez pessoas no mundo, três não contam 
com serviços de abastecimento de água tratada para sanar suas necessidades básicas e esse número 
atinge cerca de 2,1 bilhões de habitantes. Quando se trata de sistema de esgoto, de cada dez pessoas, 
seis não possuem os serviços de saneamento seguro próximas às suas residências, correspondendo 
a 4 bilhões de habitantes, evidenciando o quão deficiente é o sistema de esgotamento sanitário em 
21 
 
muitos países, mesmo com tanto conhecimento adquirido ao longo da história sobre o caso 
(UNICEF, 2017). 
Aprofundando um pouco mais esta reflexão, tem-se que dos 2,1 bilhões de habitantes dos 
quais não contam com água devidamente processada, 844 milhões não tem acesso nem mesmo a 
serviços básicos de água, e 2,3 bilhões de habitantesnão tem à disposição serviço básico de esgoto 
sanitário (UNICEF, 2017). 
Ainda de acordo com o estudo realizado pela UNICEF (2017), a ausência de saneamento 
adequado traz prejuízos imensos à população. Estima-se que anualmente aproximadamente 361 
mil crianças com idade inferior a cinco anos morrem devido à diarreia. A falta de esgotamento 
sanitário correto e água tratada acarretam outras doenças gravíssimas à sociedade, como a cólera, 
febre tifoide, hepatite A, entre outros. Além dos dados alarmantes já citados, a pesquisa mostra que 
na maioria dos países investigados o Saneamento Básico evolui de maneira lenta, ou seja, é bem 
provável que não esteja universalizado até 2030. 
 
2.2 Considerações sobre Saneamento Básico 
É notório a necessidade da introdução e avanço do Saneamento Básico remonta às mais 
antigas culturas. Como dito por Cavinatto (1992), alguns povos passados desenvolveram métodos 
aprimorados para época em relação à captação, condução, armazenamento e utilização de água, 
tanto para a agricultura, quanto para as necessidades básicas da população. 
Com a queda do Império Romano, houve um período de transição que se desenvolveu por 
mais de mil anos, no qual os registros de saneamento regrediram. Há relatos de que após a queda 
do Império Romano, as condições de saneamento e de Saúde Pública, em muitos casos, eram 
deploráveis, com dejetos de seres humanos e de animais jogados nas ruas, utilização de água 
poluída e registro de várias epidemias devido ao caos que se instaurou na sociedade da época 
(MAYS, 2000). 
Este regresso, segundo a Fundação Nacional de Saúde (FUNASA, 2004) está diretamente 
relacionado com a falta de difusão do conhecimento sobre as práticas de saneamento. Poucas 
pessoas tinham acesso aos moldes utilizados com sucesso pelo Império Romano, fazendo que esse 
conhecimento ruísse juntamente com o Império. O uso per capta de água nesse período chegou a 
incríveis índices de 1 litro diário por pessoa. 
 
22 
 
2.3 Saneamento no Brasil 
Desde o Período Imperial o sistema de esgoto no Brasil foi um assunto preocupante. Com 
o aumento da população, os dejetos e detritos domésticos foram se acumulando rapidamente, isso 
fez com que algumas medidas fossem criadas para resolver esse problema que provocava mau 
cheiro e proliferação de doenças (BRITO, 2015). 
A partir no século XVIII, segundo Saker (2007), entre 1830 e 1840, houve relatos de uma 
grande epidemia de tifo e cólera, com isso, o diretor-geral de Saúde Pública, Osvaldo Cruz, iniciou 
uma luta para aniquilar essa epidemia. 
De acordo com Britto (2015), D. Pedro II, no ano de 1857, assinou um contrato para dar 
início a instalações de sistema de esgoto sanitário na capital Rio de Janeiro. Tornando-a a segunda 
capital do mundo a possuir esse sistema. Sete anos após a assinatura do contrato iniciaram as obras, 
e com isso os problemas de Saúde Pública e ambiental começaram a melhorar, proporcionando 
benefícios à saúde da população e também ao meio ambiente. 
Segundo Cavinatto (1992), após se iniciar no Rio de Janeiro a luta para acabar com as 
epidemias e melhorar o quadro de saneamento básico, em 1907 o Engenheiro Saturnino de Brito 
criou o sistema de drenagem em Santos - SP, com isso as águas pluviais tiveram destinação correta 
beneficiando a população daquela região. 
Atualmente, o saneamento básico ainda é pouco difundido no Brasil, a realidade que essa 
cobertura seja universalizada está distante. O abastecimento de água melhorou conforme o passar 
dos anos, porém, na coleta e tratamento de esgoto existem sérios déficits em todo país, 
principalmente em bairros mais carentes (BARAT, 1998). A Tabela 1, aponta o déficit de acesso 
de saneamento básico no Brasil no ranking de 2013: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
23 
 
Tabela 1: Brasil: indicadores de déficit de acesso a serviços de saneamento básico, segundo as grandes 
regiões, as unidades federativas e a posição no ranking (2013) 
Regiões Unidades da Federação 
% 
Água 
Posição 
 
% 
Esgoto 
Posição 
Norte Acre 52,73 2º 7,58 12º 
 Amapá 45,46 4º 93,33 2º 
 Amazonas 35,44 5º 73,67 13º 
 Pará 52,06 3º 89,81 4º 
 Rondônia 61,50 1º 93,93 1º 
 Roraima 18,17 16º 84,76 7º 
 Tocantins 21,36 13º 86,54 6º 
Nordeste Alagoas 31,38 7º 78,57 10º 
 Bahia 19,66 15º 54,60 20º 
 Ceará 22,78 12º 67,24 15º 
 Maranhã 34,12 6º 88,35 5º 
 Paraíba 23,29 11º 60,06 18º 
 Pernambuco 23,98 10º 56,35 19º 
 Piauí 27,78 8º 93,00 3º 
 Rio Grande do Norte 13,62 24º 74,87 9º 
 Sergipe 16,46 19º 60,51 17º 
Centro Oeste Distrito Federal 4,89 27º 19,49 26º 
 Goiás 20,69 14º 63,99 16º 
 Mato Grosso 25,39 9º 80,59 8º 
 Mato Grosso do Sul 17,13 18º 75,81 11º 
Sudeste Espirito Santo 16,6 20º 32,49 23º 
 Minas Gerais 13,72 23º 24,63 24º 
 Rio de Janeiro 15,43 21º 23,41 25º 
 São Paulo 4,95 26º 13,27 27º 
Sul Paraná 11,94 25º 46,67 22º 
 Rio Grande do Sul 14,67 22º 51,90 21º 
 Santa Catarina 18,52 17º 70,92 14º 
 
Fonte: Adaptado do PNDU (2013). 
 
A Tabela 1 demonstrada, apresenta insuficiência de acesso a serviços de saneamento básico, 
é possível observar que as regiões que apresentam menores índices de sistema e coleta de 
tratamento de esgoto são a regiões do Nordeste e Norte, mostrando que Rondônia está na posição 
de 1º lugar e Acre em 2º com índices dessa insuficiência. É notório que esses estados apresentam 
uma carência significante em relação aos outros territórios do Brasil, sendo que as primeiras 10 
colocações no ranking são dessas extensões, apresentando maiores porcentagens de déficit de 
cobertura de sistema de coleta e tratamento de esgoto. 
 
 
 
24 
 
2.3.1 Plano Nacional de Saneamento 
O crescimento populacional nos grandes centros a partir de 1960 impulsionou a criação do 
Plano Nacional do Saneamento (PLANASA) e em 1970, caracterizou - se um novo regime no setor. 
É possível afirmar que a criação desse regime se deu por conta da necessidade de fornecimento de 
água potável e coleta de esgoto da população, que crescia em ritmo acelerado. O PLANASA 
baseava-se na lógica de auto sustentação tarifária, no qual as tarifas teriam que cobrir todos os 
gastos com serviços, financiamentos e manutenções, fazendo com que tivesse atuações destacadas 
em locais onde obtivesse retornos mais garantidos, contribuindo significativamente para agravar o 
quadro de desigualdade social no país. Embora fosse reconhecida a contribuição desse regime no 
saneamento, grande parte da população carente ficou excluída das ações implementadas pelo 
PLANASA (REZENE E HELLER, 2002). 
Analisando o modelo PLANASA é possível verificar que o abastecimento de água teve 
muito mais destaque em relação aos serviços de esgotamento sanitário, impossibilitando que a 
cobertura de esgoto obtivesse o mesmo resultado em relação à água tratada. Nota-se ainda que os 
serviços de manejos de dejetos e combate a inundações ficaram a cargo dos municípios, e em alguns 
casos mais esporádicos da União, sem possuírem vínculo algum com as companhias de 
Saneamento Básico (REZENE E HELLER, 2002). 
 
2.4 Legislação Brasileira 
Ao longo das várias fases na história do saneamento básico no Brasil, surgiu a necessidade 
da criação de uma legislação clara, competente que facilitaria a fiscalização e regularização desses 
serviços de saneamento básico. Com a obrigação de se criar uma Lei autônoma e independente 
para desenvolver a fiscalização desses serviços, foi constituído a Lei Nº 11.445/2007 (CORREIA, 
2008), que estabelece as diretrizes nacionais para o saneamento básico e para a política federal de 
saneamento básico. Seu principal objetivo é estabelecer os conceitos sobre abastecimento de água 
potável, drenagem, sistema de esgoto, limpeza pública e descarte de resíduos sólidos, além de 
definir ferramentas para se alcançar o acesso universal ao saneamento básico, entre essas 
ferramentas o Plano Municipal de Saneamento Básico (PMSB). 
 
 
 
25 
 
2.4.1 Plano Municipalde Saneamento Básico – PMSB 
 Este plano estabelece uma diretriz para os municípios, entidades relacionadas ao setor de 
Saneamento Básico e órgãos, para que sejam planejadas propostas para universalização dos 
serviços do setor de saneamento, com inclusão social e ações de sustentabilidade (CORREIA, 
2008). Na Figura 1 demonstra como foi realizado os principais direcionamentos para se elaborar 
o Plano Municipal de Saneamento básico – PMSB: 
 
Figura 1: Principais direcionamentos da elaboração do PMSB. 
 
Fonte: Adaptado Funasa (2012). 
 
A figura ilustrada apresenta de forma sucinta quais as diretrizes que o Plano Municipal de 
Saneamento Básico (PMSB), apresentando as normas e deveres que os municípios precisam 
atender para se enquadrar nesse plano. 
2.4.2 Resolução n° 430 - CONAMA, de 13 de maio de 2011. 
O Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA, 2011), disponibiliza padrões a serem 
seguidos, com o objetivo claro de preservar os corpos receptores de efluentes de esgotos tratados, 
PMSB
Participação 
social efetiva 
em todas as 
face.
Compatível e 
integrado com 
todas as 
políticas e 
planos do 
município.
Toda a área 
do município : 
localidades 
urbanas e 
rurais, 
adensadas e 
dispersas
Revisão a 
cada 4 anos.
Planejamento 
para 20 anos.
Planejamento 
integrado dos 
4 eixos do 
setor de 
saneamento.
26 
 
afim de garantir que medidas sejam tomadas de forma universalizada para evitar a poluição das 
águas que vão receber estes efluentes. Em suas resoluções, são definidos valores mínimos de pH 
para lançamento dos efluentes, temperatura, vazão, e alguns outros parâmetros para que o ciclo 
normal da natureza não seja bruscamente modificado. 
A Declaração de Carga Poluidora deve sempre ser apresentado pelo órgão responsável pela 
fonte poluidora até o prazo máximo do dia 31 de março de cada ano, referente ao último ano. O 
descumprimento das disposições da Resolução n° 430- CONAMA do ano de 2011, sujeitará os 
infratores às sanções previstas por lei referentes à conduta indevida de atividades danosas ao meio 
ambiente. 
 
2.4.3 Resguardo pelas NBRs 
Visando definir padrões a serem seguidos em todo território nacional, a Associação 
Brasileira de Normas Técnicas (ABNT, 1986), criou vários padrões a serem seguidos com o intuito 
principal de minimizar erros e acidentes graves em qualquer área profissional. Um bom exemplo 
disso pode ser visto na Engenharia Civil, onde existem diversas normas técnicas auxiliando o 
profissional a minimizar seus erros e realizar seu trabalho resguardado pela Lei. No Saneamento 
Básico não é diferente, existem normativas obrigatórias para contribuir com o dimensionamento, 
manutenção e lançamento dos efluentes, sendo algumas delas: 
NBR 9648/1986- Estudo de concepção de sistemas de esgoto sanitário: apresenta os 
parâmetros mínimos exigidos nos estudos de concepção de um sistema de esgoto tipo separador. 
NBR 9649/1986- Projeto de redes coletoras de esgoto sanitário: fixa condições mínimas e 
obrigatórias de um projeto hidráulico-sanitário em redes coletoras de esgoto. 
NBR 14486/2000- Sistemas enterrados para condução de esgoto sanitário: projeto de redes 
coletoras com tubos de PVC: auxilia na determinação dos parâmetros para elaboração de projetos 
utilizando tubos de PVC. 
 
2.5 Sistema de Esgotamento Sanitário 
O esgoto sanitário é caracterizado como uma mistura de matérias orgânicas, sendo que o 
volume desse esgoto pode totalizar 99 % líquido, e apenas 1% de matéria sólida, e o tratamento de 
esgoto tem como objetivo principal separar essa mistura (CESAN, 2013). 
27 
 
Os esgotos domésticos oriundos das residências familiares, comércios e afins, são 
compostos por água de banho, detergentes, água de lavagem, restos de comida e dejetos humanos. 
As fezes humanas são compostas por restos de comidas não digeridos, integradas às albuminas, às 
gorduras, às proteínas, o hidrato de carbono, além de uma infinidade de microrganismos 
(FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE, 2004). 
Existem diversos tipos de microrganismos que são eliminados junto às fezes, com destaque 
para os coliformes fecais, que estão presentes em grande escala, podendo chegar até a 1 bilhão por 
grama de fezes (HELLER, 1997). 
Para viabilizar o correto tratamento e descarte do esgoto sanitário no meio ambiente, é 
necessário que o tratamento atenda as condições de descarte previstas nas legislações, e para isso 
devem ser controladas as condições do tratamento para garantir a qualidade do efluente final. 
Existem no mercado diferentes sistemas de tratamento de esgoto adequados à qualidade pretendia 
de efluente final, como lagoas de estabilização, sistema de reator anaeróbio, entre outros, porém 
todos esses sistemas dependem de planejamento e alto investimento para instalação e 
funcionamento (ZUFFO, 2018) 
Pelo fato que o crescimento populacional em grande parte do país se deu de maneira 
desordenada de modo que o acesso ao sistema de esgotamento sanitário não acompanhou esse 
crescimento, em muitas regiões o sistema de esgotamento sanitário utilizado nas residências 
constitui-se de fossas negras, métodos de implantação simples e econômica, porém, irregulares e 
altamente prejudiciais ao meio ambiente e saúde da população. Além disso, algumas regiões esses 
dejetos são descartados diretamente em céu aberto, córregos e valas, agravando e contaminando de 
forma devastadora o meio ambiente e prejudicando a saúde da população (CESAN, 2013). 
A maneira mais viável e segura para se evitar esse problema em regiões onde não possui 
coleta e tratamento de esgoto, são as fossas sépticas e fossas sépticas biodigestoras (SOUSA, 2015). 
 
2.5.1 Sistema de Coleta e Tratamento de Esgoto 
De acordo com Dias (2009), os componentes fundamentais para o funcionamento de um 
sistema de esgoto sanitário, são as seguintes unidades: estação de tratamento de esgoto, rede 
coletora e estação elevatória. Na Figura 2 são mostrados os componentes conforme supracitados: 
 
28 
 
Figura 2: Unidades componentes do sistema de esgotamento sanitário 
 
Fonte: Dias (2009) 
A figura 2 apresentada, mostra como é composta um sistema de esgotamento sanitário, 
inicialmente a rede coletora conduz os efluentes até a estação elevatória, que posteriormente irá 
elevar até a estação de tratamento, após esse tratamento ser realizado esse efluente é devolvido ao 
meio ambiente através do manancial mais próximo. 
Segundo Tsutiya e Sobrinho (2011), os Sistemas de Esgoto Sanitários (SES) devem ser 
projetados para atender a coleta adequada de águas residuais e o transporte seguro dos efluentes 
sem afetar os recursos hídricos, além de promover o tratamento adequado destes efluentes sem que 
haja agressões ao meio ambiente. Desta forma, afim de cumprir todos os requisitos e ter um 
funcionamento eficaz, os sistemas de esgoto devem possuir as seguintes estruturas, conforme 
apresentadas a seguir: 
a) Ramais Prediais: são trechos construídos nas propriedades particulares com intuito 
de coletar e transportar os efluentes até a rede pública de coleta para conduzir os dejetos. Podem 
ser construídas individualmente ou interligadas em outras residências antes de ser conectada com 
a rede coletora. Ramais interligados são usualmente utilizados quando existem vários imóveis em 
um mesmo terreno. 
b) Rede Coletora de Esgoto: é um conjunto de tubulações responsáveis por receber e 
conduzir os efluentes da população. O sistema de esgoto é ligado à rede coletora através de um 
componente denominado coletor predial. A rede coletora pode ser composta por coletores tronco, 
que é o coletor principal de uma bacia de drenagem, e os coletores secundários que são ligados 
diretamente aos coletores troncos. 
29 
 
c) Estação de Tratamento de Esgoto: entende-se por Estação de Tratamento de Esgoto 
(ETE) como uma unidade do sistema responsável por tratar todo o esgoto recolhido da população 
local e dar um tratamento adequado para serdevolvido à natureza sem maiores impactos 
ambientais. 
d) Estação Elevatória de Esgoto (EEE): pode ser compreendida como um conjunto de 
equipamentos montados geralmente, em uma edificação subterrânea, e que tem a função de 
promover recalques na vazão do esgoto ao montante. Geralmente são utilizados apenas quando não 
é possível realizar a condução do esgoto com a ação da gravidade. 
e) Poços de Visita (PV): são poços construídos para limpeza, vistoria e manutenção da 
rede coletora. São construídos nas inflexões das redes, tendo em vista que não existem curvas com 
os tubos, e suas tampas ficam nas vias públicas ou passeio, de acordo com a disposição adotada no 
local. 
f) Tubos de Inspeção e Limpeza (TIL): tem função similar em relação aos poços de 
visita, porém, não permite visitas internas para a realização de manutenção, sendo necessário 
realizar inspeções externas com equipamentos apropriados. Apresenta como vantagem o custo mais 
acessível em relação ao PV. 
g) Terminais de Limpeza (TL): são elementos colocados sempre no ponto de início 
das redes, e que dispensam a utilização de um PV, já que neste ponto ainda não existe algum tipo 
de contribuição da rede. Permitem apenas o uso de equipamentos para limpeza da rede. 
h) Caixa de Passagem (CP): função semelhante com a do PV, porém, fica situado em 
câmaras subterrâneas e sem acesso. Atualmente este item caiu em desuso. 
i) Interceptores: Tubulações com diâmetros elevados, que recolhe os efluentes de 
vários coletores primários ao longo de seu comprimento e os conduz até a Estação de Tratamento 
de Esgoto (ETE). 
j) Emissários: o emissário tem a função de receber o esgoto da rede coletora e transportar até 
a estação de tratamento. 
 
2.5.2 Fossas Sépticas 
Esse modelo de fossa é uma das mais seguras, a mesma já possui cerca de 100 anos de 
existência, sendo comum no Brasil. As fossas sépticas são escavações ou tanques e essas unidades 
complementares são construídas para realizar o tratamento primário do esgoto, são importantes 
30 
 
para evitar o lançamento do esgoto imediato com o solo e evitam também que as águas subterrâneas 
sejam contaminadas. Esse sistema de destinação de dejetos é um tratamento de esgoto doméstico, 
são utilizadas em locais onde não possui um devido sistema de coleta e tratamento de esgoto 
adequado (SOUZA, 2015). 
Segundo ABNT (1993), a fossa séptica deve ser dimensionada conforme a quantidade de 
pessoas que vai residir na habitação é recomendado que essa fossa seja construída em uma distância 
de 4 metros do tanque até a residência, e quando se trata de águas subterrâneas essa distância deve 
ser equivalente a 30 metros, para evitar qualquer tipo de contaminação caso essa fossa tenha um 
vazamento inesperado. 
De acordo Costa e Guilhoto (2014), para a população de regiões rurais é indicada a fossa 
séptica biodigestora, esse sistema de fossa tem a função de substituir o esgoto a céu aberto, método 
muito comum utilizado nas áreas rurais. Esse sistema tem como principal objetivo a reciclagem 
dos dejetos humano, os mesmos são transformados em adubo orgânico por um processo de 
biodigestão. A fossa séptica biodigestora também tem como função de vedação, impedindo vetores 
de doenças, proliferações de insetos e contaminação de águas subterrâneas. 
 
2.5.3 Fossas Negras 
Da mesma forma que é executada a fossa séptica, a fossa negra também é composta por 
uma escavação, porém, sem cobertura e revestimento ela recebe os dejetos sem nenhuma proteção 
para evitar o contato direto com o solo. Conforme o material vai se decompondo, é absorvido 
imediatamente pelo solo e contaminando o lençol freático, essa contaminação é prejudicial para a 
saúde da população e também ao meio ambiente (COSTA, 2014). 
Segundo Teixeira e Heller (2005), foi constatado em uma cidade em Minas Gerais, que a 
água estava sendo contaminada por dejetos descartados pela fossa negra, principalmente de 
substâncias de produtos de limpezas e dejetos humanos. Por esse motivo, algumas regiões desse 
mesmo Estado instituíram o Decreto nº 45.097, de 12 de maio de 2009, ficando proibido o uso de 
fossa negra, por ser um grande poluidor. Nos lugares carentes de sistema de esgoto sanitário, é 
recomendado que as populações construam fossas sépticas, ao invés de fossas negras que são 
causadoras de graves problemas no lençol freático, provocam doenças e a propagação de insetos 
(SOUZA, 2015). 
 
31 
 
2.6 Impactos na Saúde Pública 
De acordo com dados da UNICEF e OMS entre os anos de 2007 a 2015, doenças como 
dengue, diarreia e leptospirose, estão diretamente ligadas à falta de Saneamento Básico e 
aproximadamente 40% das internações hospitalares são de crianças. É primordial que o 
esgotamento sanitário seja universalizado de forma adequada e posso atender aos requisitos básicos 
da população, somente assim irá reduzir esse quadro (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2018). 
Segundo a OMS o acesso a recursos hídricos potáveis e uma cobertura universalizada de 
saneamento básico, principalmente com coleta e tratamento de esgoto, se tornam imprescindíveis 
para reduzir e até mesmo sanar doenças como diarreia, cólera, disenteria, entre outras consideradas 
como infectocontagiosas (INSTITUTO TRATA BRASIL, 2018). 
O sistema de coleta e tratamento de esgoto tem por sua vez como finalidade dar a destinação 
correta dos dejetos humanos, onde visa primordialmente o controle e a prevenção de doenças 
relacionadas a sua não existência (FUNDAÇÃO NACIONAL DA SAÚDE, 2004). 
As soluções a serem empregadas, de acordo com a Fundação Nacional de Saúde (2014), 
têm as seguintes finalidades: 
• Evitar a poluição do solo e dos mananciais; 
• Evitar o contato dos lençóis freáticos com os dejetos humanos; 
• Proporcionar hábitos higiênicos; 
• Promover conforto e melhorar a estética da região; 
• Promover o combate de doenças endêmicas e epidêmicas. 
De acordo com o Instituto Trata Brasil (2013), regiões com menores índices de coberturas 
de esgoto apresentam maiores números de internações ocorridas por doenças acometidas pela falta 
de tratamento adequado de esgoto. Visto que regiões como Norte e Nordeste do Brasil que possuem 
índices abaixo da média nacional, apresentando cerca de até 30% de cobertura de esgoto, são os 
mesmos que apresentam os maiores valores de internações hospitalares. O Instituto Trata Brasil 
(2013), apresenta essas informações, como pode-se visualizar na Tabela 2. 
 
32 
 
Tabela 2: Quadro de internações no SUS e atendimento de água e esgoto no Brasil 
 
 
População 
Estimada 
em 2012 
(IBGE) 
Internação no SUS em 2012 Índice de Atendimento 
(SNIS 2011) Núm. De 
Internações 
x 100.000 
hab 
 
Valor Pago (R$ 
x 100.000 mil 
hab.) 
 
Pop. 
Atendida 
com 
Água 
(%) 
Pop. 
Atendida 
com 
Esgotamento 
Sanitário 
(%) 
Unidade da 
Federação 
 
 
Total 
0 a 
4 
anos 
 
Total 
0 a 4 
anos 
Norte 
Pará 6.341.736 713 300 246.665 106.424 42,0 3,3 
Roraima 337.237 158 102 69.479 46.355 80,8 18,5 
Nordeste 
Bahia 13.214.114 393 122 124.521 42.182 78,6 29,5 
Sergipe 1.817.301 87 38 30.158 13.392 81,6 15,0 
Sudeste 
São Paulo 37.630.106 55 21 20.970 7640,0 95,7 86,7 
Espirito 
Santo 3.155.016 170 64 58.696 22.303 84,6 40,5 
Sul 
Rio Grande 
do Sul 10.309.819 121 38 44.569 13.840 88,2 25,8 
Santa 
Catarina 5.448.736 130 36 51.213 13.722 86,0 17,8 
Centro 
Oeste 
Góias 5.116.462 238 81 77.181 27.620 83,8 38,9 
Distrito 
Federal 2.097.447 77 41 30.852 15.700 99,5 93,7 
Fonte: Instituto Trata Brasil (2013). 
 
A tabela 2 compara os números de internações nas cidades de maior e menor população das 
regiões, evidenciando que as cidades onde o tratamento de esgoto está mais difundido, possuem 
valores muito menores de internações do que em regiões sem tratamento de esgoto, como citado 
anteriormente, mostrando assim, um dosprincipais motivos de se defender a implantação de um 
sistema de tratamento de esgoto, mostrando a influência diretamente no orçamento destinado a 
Saúde Pública. 
De acordo com Freitas (2014), segundo informações do Datasus do ano de 2013, 340 mil 
internações por doenças gastrintestinais foram notificadas em todo país. Aproximadamente 173 
mil por diarreia, 4,6 mil amebíases, shiguelose ou cólera e 162,7 mil por outras doenças causadas 
por infecções intestinais. Essas notificações caíram com o passar do tempo, porém, o saneamento 
no nosso país precisa melhorar, pois com um sistema de esgoto adequado, muitas dessas doenças 
poderiam ser evitadas ou até mesmo sanadas. Entre os anos de 2009 a 2013, 19,3 milhões de 
33 
 
pessoas, passaram a ter coleta e tratamento de esgoto, no entanto esse número é baixo, por que 
somente 48,7% das pessoas tem acesso ao mesmo. 
 
2.7 Meios de propagação de doenças 
Diversas doenças podem ser transmitidas pela falta de coleta e tratamento de esgoto e 
principalmente por lançamento direto em valas a céu aberto, pois esses lançamentos irregulares 
facilitam a proliferação de vetores que transmitem doenças, como insetos (moscas, mosquitos, 
baratas), ratos, aves, entre outros e o contato desses vetores com o ser humano, que é o hospedeiro, 
pode transmitir assim agentes infecciosos de pessoa a pessoa (RIBEIRO E ROOKE, 2010). 
Algumas dessas doenças são apresentadas no quadro 1. 
 
Quadro 1: Doenças relacionadas com o céu aberto e transmitidas por vetores 
Vetores Formas de transmissão Principais Doenças 
Ratos 
Através da mordida, urina, fezes da pulga que 
vive no corpo do rato. 
Peste bubônica, tifo, murino e leptospirose. 
Moscas 
Por via mecânica através das asas, patas, corpo, 
fezes e saliva. 
Febre tifoide, salmonelose, cólera, amebíase, 
disenteria e egiardíase. 
Mosquitos Através da picada da fêmea. 
Maláriae, leishmanios, febre amarela, dengue 
e filariose. 
Baratas 
Por via mecânica através das asas, patas, corpo e 
das fezes. 
Febre tifoide, cólera e giardíase. 
Suínos Pela ingestão de carne contaminada. 
Cisticercose,toxoplasmose, triquinelose e 
teníase. 
Aves Através das fezes. Toxoplasmose. 
Fonte: Adaptada Ribeiro e Rooke (2010). 
 
 O quadro 1 apresenta os tipos de vetores que são responsáveis por transmitir doenças 
relacionadas a regiões que possuem lançamento de esgoto sanitário e resíduos sólidos a céu aberto, 
demonstrando quais doenças esses vetores são capazes de contaminar as pessoas. 
 
2.7.1 Doenças Endêmicas 
São as doenças que podem ser relacionadas pela falta de sistema de esgotamento sanitário 
e acontecem em uma pequena área geográfica, geralmente transmitida por vetores e, em casos 
específicos, não sobrevivem às variações climáticas. Exemplos de doenças endêmicas são a 
34 
 
malária, a esquistossomose, a febre amarela, as leishmanioses, a peste, a doença de Chagas, entre 
outras (MOURA E ROCHA, 2015). 
 
2.7.2 Doenças Epidêmicas 
As doenças consideradas epidêmicas como a cólera a Chikungunya e a Gripe estão 
diretamente relacionadas com a falta de saneamento básico, quando acontecem em escalas muito 
acima da média, podendo alcançar uma área geográfica considerável e são transmitidas em muitos 
casos pelo próprio ser humano. Exemplos epidêmicos são vistos em toda a história da humanidade 
e não deixaram de ocorrer nos dias atuais, tanto com os primeiros povos (MOURA E ROCHA, 
2015). 
 
2.8 Impactos ambientais 
A poluição no meio ambiente é um dos assuntos mais preocupantes no mundo atualmente. 
Ao fazer os despejos dos materiais sem tratamento adequado afeta diretamente a população, quanto 
a qualidade de vida e também na Saúde Pública (SOUZA, 2015). 
 
2.8.1 Impactos Negativos 
Segundo Gouveia (2000), no cenário atual, a população urbana já é maior que a rural, pelo 
fato de urbanização desenfreada ocorrer principalmente nas grandes cidades, a escassez de serviços 
básicos de saneamento básico é relativamente preocupante, principalmente em aspectos 
ambientais. 
A busca pela sustentabilidade nas grandes cidades tem uma dificuldade ambiental 
significativa, pois, por ser acarretado por uma quantidade elevada de pessoas os problemas 
ambientais se tornam superiores, necessitando de maiores cuidados com serviços de saneamento, 
como abastecimento hídrico, coleta de lixo, sistema de coleta e tratamento de esgoto, entre outros 
serviços (PHILIPPI JR, 2002). 
Ainda de acordo com o autor Philippi (2002), é necessário acrescentar estratégias de gestão 
ambiental para fortalecer o desenvolvimento sustentável, principalmente nos grandes centros que 
sofrem mais com a falta de saneamento. Essa gestão deve contar com estratégias de prevenção e 
controle de meios que impactam negativamente o meio ambiente como: poluição dos recursos 
hídricos, uso desenfreado da ocupação do solo, infraestrutura projetada inadequadamente, 
35 
 
principalmente nas periferias das cidades, aonde o esgoto é a céu aberto e o lixo não é coletado de 
maneira correta. 
No Brasil, há duas grandes cidades tidas como péssimos exemplos de impactos negativos 
sobre saneamento. Um desses exemplos é a cidade do Rio de Janeiro, onde, a falta de planejamento 
adequado levou a cidade a uma completa destruição da Baía de Guanabara, local que, passou a 
sofrer muito com o lançamento desordenado de esgotamento sanitário, óleos, lixos, entre outras 
coisas. Tal fato, começou ainda no século XVIII e intensificou-se a partir de 1950 quando a cidade 
começou a crescer de maneira acelerada, juntamente com a criação da Avenida Brasil, fazendo 
com que o comércio na região crescesse de forma significativa, crescendo também a quantidade de 
lixo (COSTA, 2015). 
Já em São Paulo, a má gestão do saneamento causou impactos negativos sobre o Rio Tietê. 
Muito utilizado como meio de transporte para colonizadores e bandeirantes no Período Colonial, 
com o início da urbanização a população passou a utilizar o rio como meio de subsistência, 
utilizando a água para seu benefício e jogando lixos e dejetos no rio sem o consentimento público. 
Formaram-se lagoas dentro do rio devido à extração de metais e areias e a própria prefeitura passou 
a jogar o lixo público e esgoto às margens do rio (JORGE, 2006). 
Tendo como base os diversos tipos de efeitos negativos que a falta de Saneamento Básico 
proporciona, fica ainda mais evidente o quão importante ele é para a sociedade 
 
2.8.2 Impactos Positivos 
O tratamento de efluentes possuem diversos benefícios para o meio ambiente, atualmente 
há uma séria de normas ambientais e leis que servem para regular e aplicar punições para empresas 
que despejam materiais que contaminam o meio ambiente, porém, os dejetos humanos em muitas 
localidades são despejados a céu aberto e não ocorre uma fiscalização efetiva para punir esse tipo 
de ação (SOUSA, 2015). 
Segundo Bovolato (2017), um bom sistema de saneamento traz diversas melhorias para a 
qualidade de vida e economia da população, sendo elas: preservação ambiental, despoluição dos 
rios, preservação dos recursos hídrico, tratamento dos dejetos provenientes de esgoto para 
devolução ao meio ambiente, implementação de hábitos higiênicos na população e maior facilidade 
na execução de limpeza pública. 
 
36 
 
2.9 Importância Econômica 
O Saneamento Básico é primordial para um país ser considerado desenvolvido. Os serviços 
de água tratada e esgoto levam diretamente a uma melhoria na qualidade de vida, melhoria do meio 
ambiente, valorização dos imóveis locais, menor taxa de mortalidade infantil, preservação dos 
recursos naturais, etc. (GARCIA e FERREIRA, 2017). 
Conforme FUNASA (2004), a ocorrência de doenças ocasionadas pela falta de destinação 
correta dos dejetos pode levar o ser humano à inatividade ou reduzir seu potencial para trabalhar. 
Alguns aspectos que podem auxiliar no desenvolvimento econômico, sendo: Aumento da vida útil 
do cidadão, tanto pela qualidade de vida,quanto pela redução da mortalidade infantil; diminuição 
de gastos com doenças que poderiam ser evitadas; diminuição do custo com tratamento de água 
nos mananciais; preservação da fauna, especialmente nos locais onde há criadouros de peixes e; 
promoção do turismo. 
De acordo com Freitas (2014), as internações por doenças por infecções gastrintestinais em 
2013 custaram aos cofres públicos cerca de R$ 355,71 per capita em média nacional, e com valores 
aproximadamente de R$ 121 milhões anual., sendo as regiões Nordeste e Norte as que mais 
sofrem com a falta de um sistema de esgoto. A Erro! Fonte de referência não encontrada. 
apresenta como esses valores poderiam ser economizados: 
 
Tabela 3: Internações que poderiam ser evitadas com a universalização 
 
 
Fonte Freitas (2014). 
 
A tabela apresenta como a universalização do sistema de coleta e tratamento de esgoto 
causaria uma significada redução de custo no orçamento para a saúde do país de340,2 mil para 
265,6 mil e proporcionaria uma economia por ano de aproximadamente 27,3 milhões que poderiam 
ser investidos em saneamento básico. 
Unidades 
da 
Federação
Ocorridas 
em 2013
Economia anual, 
em R$ mil
Norte 57.172 17.745 7.431.041
Nordeste 181.466 14.303.757
Sudeste 46.774 1.478.677
Sul 32.337 2.478.070
Centro 
Oeste
22.493 1.633.336
Brasil 340.242 27.324.881
Internações que 
poderiam ser evitadas
41.971
3.960
6.401
4.569
74.646
37 
 
2.10 Sistema de Esgoto em Mato Grosso 
O Estado do Mato Grosso é um Estado muito rico em recursos naturais e tem a agricultura 
como maior fonte de renda atualmente. Porém, no quesito desenvolvimento em Saneamento Básico 
é indesejável e ligado a isso, apenas duas cidades figuram na lista das 100 melhores cidades com 
Saneamento Básico, que são Cuiabá e Várzea Grande, em 67º e 93º, respectivamente (INSTITUTO 
TRATA BRASIL, 2018). 
Mesmo com estas duas cidades figurando no ranking do Instituto Trata Brasil no ano de 
2018, a coleta e tratamento de esgoto destas é bem deficiente. Cuiabá tem uma cobertura de água 
tratada que atinge 98,13% da população, porém a coleta e tratamento dos efluentes atinge apenas 
51,39%. Já o município de Várzea Grande possui indicadores ainda menos animadores, com 
96,97% de cobertura de água tratada, e apenas 29,73% de cobertura de esgotamento sanitário 
(DEUS, 2018). 
Para reverter este quadro, o Estado fez uma parceria com a FUNASA e a UFMT, e passou 
a ser o primeiro Estado em território nacional a ter 100% dos municípios com plano de esgoto 
sanitário bem estruturado, para que assim sejam erradicadas várias doenças, e melhore a qualidade 
de vida de toda a população (MATO GROSSO ECONÔMICO, 2018). 
 
2.11 Sistema de Esgoto em Sinop 
Sinop-MT é um município que está localizado a aproximadamente 500 km de Cuiabá 
capital do Mato Grosso. Apesar de ter apenas 39 anos de emancipação, é a principal cidade do 
norte do mato-grossense e possui uma população com mais de 139 mil habitantes, sendo intitulada 
como a “Capital do Nortão” (IBGE, 2018). 
Conforme o IBGE (2010), dados coletados no último senso, 10,8% de domicílios tinham 
cobertura de um sistema de esgotamento sanitário adequado. Na atualidade, esse número é de 
aproximadamente 23,10% das habitações contemplando cerca de 15 bairros locais, e com 
expectativa de melhora para 50 % nos próximos anos, segundo dados do Departamento de 
Engenharia da Aegea, responsáveis atualmente pelas obras de esgoto no município de Sinop 
(CONSÓRCIO IBURA, 2018). 
Mesmo apresentando esses dados, ainda se faz necessário aumentar esse número de 
cobertura de sistema de coleta e tratamento de esgoto sanitário, pois com o Saneamento Básico 
38 
 
tem-se uma melhora significativa tanto na saúde da população, melhorias na educação, diminuição 
da mortalidade infantil, preservação ambiental, valorização do município e expansão do turismo 
A Aegea é a empresa que possui a concessão dos serviços de esgotamento sanitário do 
município de Sinop-MT. Atualmente Sinop tem o serviço de coleta e tratamento de esgoto em 15 
bairros, contabilizando 23,10 % da população. Somente após 43 anos de fundação do município de 
Sinop, a cidade começa a se desenvolver na área de serviços de sistema de esgoto, com coleta e 
tratamento adequado, com isso a saúde pública tem um ganho significativo para toda população, 
reduzindo o quadro de doenças, e melhorando a perspectiva da vida das pessoas (AEGEA 2017). 
No ano de 2016, o município de Sinop-MT por meio de sua concessionária de Saneamento 
Básico Águas de Sinop, inaugurou a primeira ETE, nomeado por Curupy, que leva o nome do 
manancial a qual a mesma devolverá o esgoto tratado. Uma obra com aproximadamente 9 mil 
metros quadrados, que iniciou suas atividades com capacidade para atender 60% da população 
local (Aegea, 2016). 
Segundo Aegea (2017) e Consórcio Ibura (2018), o cenário atual de Sinop, quanto ao 
abastecimento de água tratada atende 98% ou seja, aproximadamente 52 mil residências de área 
urbana, entretanto, o sistema de esgoto ainda está em desvantagens em relação a este número com 
aproximadamente apenas 23,10% de residências com cobertura de esgoto. Sendo que no último 
levantamento o município contava com aproximadamente 212.000 metros de rede de esgoto e 
9.643 unidades de ligação de esgoto já sendo devidamente faturadas. 
Para o ano de 2019 estão previstas mais obras relacionadas ao sistema de esgotamento 
sanitário na cidade de Sinop, sendo uma nova Estação de Tratamento de Esgoto que será 
contemplada por uma vazão de 300 l/s, ela mais a ETE Curupy serão capazes de atender toda a 
população do município, também está sendo planejado mais implantações de Estações Elevatórias 
de Esgoto para atender essas duas ETE (ÁGUAS DE SINOP, 2019). A Figura 3 apresenta as obras 
já realizadas no município e demonstra as obras que serão executadas nos próximos anos: 
 
 
 
 
 
 
39 
 
Figura 3: Sistema de Esgotamento Sanitário de Sinop 
 
 
Fonte: Adaptado Águas de Sinop (2019) 
 
A Figura 3 mostra o mapa do município de Sinop-MT, o mesmo apresenta obras do sistema esgotamento 
sanitário já existente e as projeções que serão realizadas nos próximos anos. 
40 
 
3. METODOLOGIA 
 
 
O objetivo deste capítulo será abordar de forma mais clara e detalhada a metodologia 
através da qual serão levantados os impactos que afetam o bairro Jardim do Ouro, pela não 
existência de um sistema de esgotamento sanitário e quais os benefícios da implantação do mesmo 
para a população daquela região. Serão realizados levantamentos quantitativos através de 
questionários pré-definido. 
Primeiramente, a empresa que possui a concessão para a coleta e tratamento de esgoto 
Aegea, será consultada para que seja possível identificar se o bairro em estudo já se enquadra no 
planejamento para implantação de um sistema de coleta e tratamento de esgoto, garantindo que a 
população venha ter melhor qualidade de vida, melhoria na saúde e menor degradação do meio 
ambiente. 
Em seguida, através de um questionário serão realizadas entrevistas com moradores de 
residências escolhidas aleatoriamente no bairro Jardim do Ouro, buscando estipular o 
conhecimento da população que reside nesse bairro sobre os seguintes assuntos: saneamento 
básico; os benefícios imediatos, de médio e longo prazos que um sistema de coleta e tratamento de 
esgoto pode trazer; quais os impactos que a falta desse sistema causam na vida da população 
principalmente relacionados à saúde; quais são os tipos de vetores de doenças encontrados no bairro 
em estudou-se os moradores são afetados por doenças que são provenientes da falta de saneamento 
e a degradação que afeta o meio ambiente. 
 
3.1 Tipo De Pesquisa 
O presente trabalho será produzido através de pesquisas bibliográficas, que, segundo 
Marconi e Lakatos (2003), não se trata de algo novo à sociedade, mas sim, um conjunto de 
informações já adquiridas, munidasde importância, capazes de fornecerem dados técnicos 
suficientes para acrescentar maior relevância ao tema. Portanto, a pesquisa bibliográfica não parte 
do pretexto de reescrever algo, mas sim partir de uma linha de raciocínio existente para poder 
encontrar uma solução. 
A abordagem da pesquisa tem por caráter específico realizar levantamentos quantitativos 
para avaliar a relação existente entre a falta de sistema de coleta de esgoto em funcionamento e a 
41 
 
susceptibilidade de contrair doenças, e como a implantação de um sistema de esgotamento sanitário 
resultaria em melhor qualidade de vida e economia com gastos em Saúde Pública, dessa forma, os 
dados em estudo serão levantados através de ferramentas de auxílio que sejam previamente 
padronizadas e neutras ao estudo (UFRGS, 2009). 
Segundo Gil (1999), os estudos descritivos buscam interpretar a realidade, ou seja, procura 
conhecer as características e os processos do fenômeno estudado e os processos que o constituem, 
estabelecendo relações entre as variáveis para interpretar a realidade, sem que haja interferência 
dos resultados, dessa forma, o objetivo desta pesquisa buscará em caráter descritivo, demonstrar 
quais os impactos diretos e indiretos que afetam a vida da população pela falta de um sistema de 
coleta e tratamento de esgoto sanitário e quais serão os benefícios que as mesmas terão pela 
implantação desse sistema. 
 
 
3.2 População e Amostra 
De acordo com Vergara (1997), população trata do conjunto de elementos que deverá ser 
analisado, enquanto a amostra, significa uma fração da população escolhida para desenvolvimento 
da pesquisa. 
Para o presente trabalho tem-se como população o bairro Jardim do Ouro localizado no 
município de Sinop - MT, onde aleatoriamente serão sorteados para a pesquisa 20 residências, 
caracterizando a amostra da pesquisa. 
 
 
3.3 Coleta de Dados 
Os dados serão obtidos no ano 2019, através da aplicação de questionário em uma única 
etapa, que será dado início no mês de agosto e terminará em novembro, para aplicar esse 
questionário foi escolhido um bairro onde o saneamento básico é pouco difundido e o sistema de 
coleta e tratamento de esgoto é escasso, o motivo da escolha foi para apresentar os problemas que 
ocorrem pela a falta de um saneamento universalizado, esse bairro será Jardim do Ouro, cujo o 
mapa é apresentado em anexo 2. O questionário previamente padronizado e neutro ao estudo, de 
forma a não interferir ou influenciar na resposta do entrevistado, consiste de 20 perguntas de 
múltiplas escolhas. 
 
42 
 
 
3.4 Cronograma 
Atividades/Meses 2019 
 Fev Mar Abr Mai Jun Jul Ago Set Out Nov Dez 
Escolha do Tema e Definição do 
Problema 
x 
 
Levantamento bibliográfico e 
Redação do trabalho 
x x x x x x x x x 
 
Formulação do Projeto x x x x 
Pesquisa de campo x x 
Tabulação de dados x x 
Análise e discussão de dados e 
conclusão 
 x 
 
x x 
 
Entrega versão Final e Banca x 
 
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ANEXO 1 
 
 
Questionário 
Este questionário faz parte do Trabalho de Conclusão de Curso (TCC) do Curso de Engenharia Civil. Tema: 
“ANÁLISE DE IMPLANTAÇÃO DE SISTEMA DE ESGOTO EM SINOP: ESTUDO DE CASO NO BAIRRO 
JARDIM DO OURO” e tem como principal objetivo verificar junto à população o nível de conhecimento e 
aceitação a respeito da implantação do esgotamento sanitário. 
É assegurado o seu anonimato e que a divulgação dos resultados não permitirá sua identificação, tendo em vista 
que os mesmos serão tratados em conjunto com os demais participantes e refletirão as características do grupo 
como um todo e não dos indivíduos separadamente. Reitero que os dados obtidos serão utilizados com fins 
exclusivamente acadêmicos. 
Desde já agradecemos sua valiosa colaboração. 
1. Quantas pessoas moram na Residência? ________________________ 
2. Qual a idade das pessoas que moram na residência? 
 
( ) 0 a 5 anos ( ) 5 a 20 anos ( ) 20 a 40 anos ( ) 40 a 60 anos ( ) 60 a 80 anos ( ) Acima de 80 anos 
3. Para o Sr(a) o que é SANEAMENTO BÁSICO ? 
( ) Coleta de esgoto ( ) Tratamento de agua ( ) Limpeza pública ( ) Coleta de lixo ( ) Limpeza de bueiros 
 
( ) Drenagem Urbana ( ) Não sabe 
 
4. Qual a forma de destinação de descarte dos dejetos sanitários de sua residência? 
 
( ) Fossa séptica ( ) Fossa negra (buraco aberto e sem revestimento) ( ) céu aberto 
 
( ) Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) ( ) Outros_____________________ 
 
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5. Para o (a) Sr(a) qual o nível de importância nos serviços demostrados abaixo? Numere de 1 a 4 em grau de 
importância. Sendo o 1 de maior importância e o 4 de menor importância. 
 
( ) Saúde ( ) Educação ( ) Segurança pública ( ) Saneamento Básico ( ) Não sei 
 
 
6. Sr(a) tem conhecimento qual o destino final do esgoto coletado da sua cidade? 
 
( ) Rio / esgotos ( ) Estação de tratamento ( ) Não sei 
 
7. Qual a sua opinião sobre o serviço prestado no tratamento de água no seu Bairro? 
 
( ) Bom ( ) Ruim ( ) Não sei opinar 
 
8. O Sr(a) tem hábito de fazer algum tipo de cobrança ou exigência para que os serviços de Saneamento Básico 
melhorem? 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
9. Tiveram caso na família de doenças como diarreia, cólera (infecção no intestino), dengue e hepatite A ou E nos 
últimos meses? 
 
( ) Sim ( ) Não 
 
10. É do conhecimento do Sr(a) que segundo dados do

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