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Organização da Sala de Vacinação

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Glaucio Giscard Ribeiro Coutinho - 055.032.437-22
 
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IMUNIZAÇÃO 
O tema imunização sempre está presente nas provas de enfermagem, sendo complexo de ser estudado 
em decorrência dos inúmeros detalhes e atualizações constantes. Esta aula proporcionar-lhe-á um 
entendimento completo desse tema com foco nas provas de concursos públicos. 
 
Todas as informações e conteúdos abordados estão atualizados de acordo com a última edição do 
Manual de Imunização do Ministério da Saúde, publicado no fim de 2014 e demais normas, publicadas em 
2015 e 2016. 
 
Atenção: O conteúdo referente à Sala de Vacina foi ATUALIZADO conforme o Manual de Normas e 
Procedimentos para Vacinação (2014), Notas Técnicas de 2015 sobre as vacinas contra HPV e Influenza e Nota 
Informativa do PNI nº 149 de 20/10/2015 (que reformulou o calendário de vacinação para 2016), e Portaria MS 
nº 1.533 DE 18/08/2016. Fique atenta(o), pois algumas bancas podem cobrar regras antigas. 
 
Boa aula! 
 
Profº. Rômulo Passos 
Profª Sthephanie Abreu 
 
 
 
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Vejamos abaixo algumas orientações importantes para fins de concurso sobre a Sala de Vacina: 
Em referência à organização dos imunobiológicos dentro dos equipamentos de refrigeração na sala de 
vacina, considera-se o seguinte: 
 Os serviços que dispõem de câmara refrigerada para o armazenamento e conservação dos 
imunobiológicos podem organizar as vacinas em qualquer prateleira, sem a necessidade de separá-las 
por tipo (atenuada ou inativada, viral ou bacteriana), haja vista que a temperatura é uniforme em 
todos os pontos no interior do equipamento. É importante identificar todos os itens para evitar trocas 
inadvertidas. 
 Para os serviços que ainda utilizam refrigeradores domésticos para o armazenamento e conservação 
dos imunobiológicos, é importante ressaltar que por não atender aos critérios de segurança e 
qualidade, o refrigerador de uso doméstico não é mais recomendado para o armazenamento de 
imunobiológicos. As instâncias que ainda utilizam tais equipamentos devem proceder, no menor prazo 
possível, à substituição gradativa por câmaras refrigeradas cadastradas pela ANVISA, (Manual da Rede 
de Frio/2013 página 69). 
 Em relação aos refrigeradores domésticos utilizados para o armazenamento e conservação dos 
imunobiológicos, observar o seguinte: 
 Monitorar a temperatura do equipamento pelo menos duas vezes ao dia (antes do início e no 
final da jornada de trabalho). 
 Identificar a localização do evaporador ou da entrada de ar refrigerado no interior da câmara 
(é variável de acordo com marca/modelo), NÃO POSICIONAR os frascos de imunobiológicos 
nas proximidades deste(s) ponto(s). Essas regiões sofrem variações de temperatura e, 
eventualmente, podem submeter os insumos à temperatura negativa, comprometendo as 
características certificadas pelo laboratório produtor. 
 Organizar os imunobiológicos por tipo (viral ou bacteriano), acondicioná-los em bandejas 
(perfuradas ou não. Nas perfuradas há a facilidade da circulação do fluxo do ar.) e armazená-
los na segunda e na terceira prateleiras, colocando na frente os produtos com prazo de 
validade mais curto para que sejam utilizados antes dos demais. Atenção especial para não 
colocar próximas as vacinas com rotulagem semelhante, a fim de minimizar os erros de 
imunização com a troca dos produtos. 
 Também não é recomendado armazenar vacinas na porta do refrigerador. 
 Não é necessário retirar a gaveta do compartimento inferior do refrigerador. Neste espaço, 
colocar garrafas contendo água misturada a um corante (azul de metileno, anil, violeta de 
genciana), para auxiliar a manutenção da temperatura no interior do refrigerador. Colocar as 
garrafas dispostas de maneira a permitir a circulação do ar frio entre elas. Não substituir as 
garrafas por bobinas reutilizáveis. 
 Acrescenta-se ainda que o Manual de Normas e Procedimentos para Vacinação (2014) explicita que, 
nos refrigeradores de uso doméstico, os imunobiológicos devem ser acondicionados em bandejas e 
1 - SALA DE VACINA 
 
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estas devem ser colocadas na segunda e terceira prateleiras. Assim, como sugestão para a 
organização dos imunobiológicos, apresenta-se o seguinte: 
 Na segunda prateleira acondicionar bandeja com as vacinas virais tais como a tríplice viral, 
tetra viral, febre amarela, VIP e VOP, varicela, hepatite A, hepatite B, HVP, influenza e raiva 
humana. 
 Na terceira prateleira acondicionar bandeja com as vacinas bacterianas como a BCG, penta, 
DTP, dT, dTpa, pneumo 10, pneumo 23, meningo C. Acondicionar também nesta prateleira os 
diluentes das vacinas. 
 Atenção especial ao acondicionar vacinas com rotulagem semelhante a fim de evitar os erros de 
imunização. Atentar também para o prazo de validade definido pelo laboratório produtor para que 
sejam utilizados os produtos com validade mais próxima. 
 Colocar o equipamento distante de fonte de calor, como estufa e autoclave, e fora do alcance de raios 
solares; 
 Nivelar os equipamentos adequadamente; 
 Afastar o refrigerador da parede, pelo menos 20 cm, de modo a permitir a livre circulação do ar; 
 Usar tomada exclusiva para cada equipamento, é proibido o uso de "T"; 
 Os equipamentos devem permanecer com a temperatura interna preferencialmente de +5ºC, ponto 
ideal, mínima de +2º C e máxima de +8º C. 
 Usar os equipamentos, única e exclusivamente para conservar imunobiológicos; 
 Certificar-se de que a porta está vedando adequadamente. Usando uma tira de papel com 3 cm de 
largura aproximadamente coloca-se entre a borracha da porta e o equipamento, se ao puxar o papel a 
borracha apresentar resistência, a vedação está adequada. Este teste deve ser feito em vários pontos 
da porta, especialmente nos quatro ângulos. 
 
 
 
 
 
 
 
Não é recomendada a utilização de refrigerador ‘duplex’ em sala de vacina, pois este tipo de 
equipamento não mantém a temperatura preconizada, uma vez que os dois compartimentos estão separados 
e a câmara de estoque de imunobiológicos não possui evaporador. 
A limpeza do refrigerador é um procedimento importante para manter as condições ideais de 
conservação dos imunobiológicos. Deve ser feita a cada 15 dias ou quando a camada de gelo do congelador 
atingir 0,5 cm. 
Após a limpeza do refrigerador, as portas devem ser mantidas fechadas por um período de uma a três 
horas (dependendo do tipo de refrigerador). 
Apesar dessa atualização, algumas bancas ainda apresentam as 
regras antigas (1ª prateleira para vacinas virais e 2ª prateleira para 
vacinas bacterianas), por isso precisamos sempre avaliar a melhor 
resposta. Caso, você erre alguma questão desatualizada, faça o 
recuso sempre com embasamento em literatura oficial e detalhada. 
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Em caso de falta de energia elétrica, se a temperatura do refrigerador chegar ≥ 7º C, os 
imunobiológicos devem ser transferidos para caixa térmica. 
Resumo - Sala de Vacina 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Vejamos na figura abaixo, como os imunobiológicos ficam organizados no refrigerador (REGRA ATUAL):Mas, cuidado! Antes de recolocar os imunobiológicos na geladeira, 
deve-se verificar se a temperatura interna está entre +2 ºC e +8 ºC, 
sendo ideal +5 ºC. 
Equipamento distante 
de fonte de calor e 
raios solares; 
 
Afastar o refrigerador 
da parede, pelo menos 
20 cm; 
 
Usar tomada 
exclusiva para cada 
equipamento; 
 
Temperatura interna 
preferencialmente de +5ºC, 
> de +2º C e < de +8º C; 
 
Verificar a temperatura 2 
vezes ao dia; 
Usar os equipamentos 
exclusivamente para 
conservar imunobiológicos. 
 
Refrigerador ‘duplex’ Não é recomendado 
Limpeza do refrigerador feita a cada 15 dias ou camada de gelo 0,5 
cm. 
Falta de energia elétrica temperatura a 7º C, os imunobiológicos em 
caixa térmica 
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Amigo (a), é importante destacar que, na porta e na gaveta da parte de baixo do refrigerador, não se 
deve colocar imunobiológicos, pois quando a porta é aberta estas áreas são as primeiras a sofrerem o impacto 
da temperatura ambiente. 
O controle da temperatura dos equipamentos que armazenam imunobiológicos em todas as instâncias 
da rede de frio é feito mediante a verificação sistemática dos termômetros. 
Na sala de vacinação, nos postos de vacinação fixos e volantes, por ocasião das atividades extramuros 
em campanhas, intensificações e bloqueios, bem como no transporte, os imunobiológicos devem ficar entre 
+2 ºC e +8 ºC (ideal + 5 ºC), que é a temperatura a ser mantida no interior do refrigerador e de caixas térmicas. 
Para verificar e controlar a temperatura, são utilizados os seguintes termômetros: 
 Termômetro analógico de momento e de máxima e mínima (capela); 
 Termômetro digital de momento e de máxima e mínima, com cabo extensor; 
 Termômetro digital de momento e de máxima e mínima, com cabo extensor e dois visores; 
 Termômetro analógico de cabo extensor; 
 Termômetros a laser. 
O termômetro linear fornece apenas a temperatura do momento. Por isso, seu uso não é aconselhável 
para o monitoramento da temperatura no interior dos refrigeradores ou de caixas térmicas. 
O termômetro mais recomendado para ser usado nos equipamentos da rede de frio é o de momento e 
de máxima e mínima, pois pode-se verificar a temperatura máxima, a temperatura mínima ocorrida em um 
espaço de tempo e a temperatura no momento da verificação. 
 A título de exemplo, vamos verificar como funciona o termômetro analógico de momento e de 
máxima e mínima (capela). 
O termômetro analógico de momento e de máxima e mínima (ver figura abaixo) contém duas colunas 
verticais de mercúrio com escalas inversas. É utilizado para verificar as variações de temperatura, num período 
de tempo preestabelecido, oferecendo três tipos de informação: 
 a temperatura mínima (mais fria); 
 a temperatura máxima (mais quente); e 
 a temperatura do momento. 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura - Termômetro analógico de momento e de máxima e mínima – capela (Brasil, 2001). 
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O termômetro de aferição da temperatura máxima e mínima deve permanecer sempre na posição 
vertical. Isso é obvio! 
 
 
A imunização ativa ocorre quando o próprio sistema imune do indivíduo, ao entrar em contato com uma 
substância estranha ao organismo, responde produzindo anticorpos e células imunes (linfócitos T). Esse tipo 
de imunidade geralmente dura por vários anos, às vezes, por toda uma vida. Os dois meios de se adquirir 
imunidade ativa são contraindo uma doença infecciosa e a vacinação. 
A imunização passiva é obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por um animal 
ou outro ser humano. Esse tipo de imunidade produz uma rápida e eficiente proteção, que, contudo, é 
temporária, durando em média poucas semanas ou meses. A imunidade passiva natural é o tipo mais comum 
de imunidade passiva, sendo caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe para o feto através da 
placenta e também pelo leite. Essa transferência de anticorpos ocorre nos últimos 2 meses de gestação, de 
modo a conferir uma boa imunidade à criança durante seu primeiro ano de vida. A imunidade passiva artificial 
pode ser adquirida sob três formas principais: a imunoglobulina humana combinada, a imunoglobulina 
humana hiperimune e o soro heterólogo. A transfusão de sangue é uma outra forma de se adquirir imunidade 
passiva, já que, virtualmente, todos os tipos de produtos sanguíneos (i.e. sangue total, plasma, concentrado de 
hemácias, concentrado de plaquetas, etc.) contêm anticorpos. 
IMUNIDADE 
Ativa 
 Produzida pelo próprio sistema imune do indivíduo; 
 Apresenta duração de vários anos, às vezes, de toda uma vida; 
 Pode ser adquirida, contraindo uma doença infecciosa e pela vacinação. 
Passiva 
 Obtida pela transferência ao indivíduo de anticorpos produzidos por um animal ou 
outro ser humano; 
 Produz uma rápida e eficiente proteção, mas temporária, durando em média poucas 
semanas ou meses. 
 A imunidade passiva natural é caracterizada pela passagem de anticorpos da mãe 
para o feto através da placenta e também pelo leite. 
 A imunidade passiva artificial pode ser adquirida sob três formas principais: 
a imunoglobulina humana combinada, a imunoglobulina humana hiperimune e 
os soros (ex.: soro antiofídico e soro antirrábico). 
 
 
 
 
 
2 - IMUNIDADE 
 
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Vejamos no esquema abaixo as principais informações sobre imunidade: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vacina BCG (bacilo de Calmette e Guerin) é indicada para prevenir as formas graves da tuberculose 
(miliar e meníngea) nos menores de cinco anos, mais frequentemente nos menores de um ano. 
A vacina é administrada nas primeiras 12 horas de vida, preferencialmente na maternidade ou na 
primeira visita do bebê à unidade de saúde, considerando que quanto menor a idade maior a eficácia da 
vacina. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Administrar ao nascimento ou o mais precocemente possível; 
 Criança que chega ao serviço, ainda não vacinada, poderá receber BCG se assintomática e sem 
sinais de imunodepressão; 
 A revacinação não é indicada; 
 A partir dos 5 anos de idade, pessoas portadoras de HIV não devem ser vacinadas, mesmo que 
assintomáticas e sem sinais de imunodeficiência. 
 
 
 
3 – VACINA BCG 
 
Na rotina dos serviços, a vacina é disponibilizada para crianças até 4 anos 
11 meses e 29 dias ainda não vacinadas. 
Crianças vacinadas na faixa etária preconizada que não apresentam cicatriz 
vacinal após 6 meses da administração da vacina, revacinar apenas uma vez. 
A vacina BCG é administrada por via intradérmica. O volume de cada dose 
corresponde a 0,1 ml, rigorosamente, para evitar complicações. 
Como deve ser a vacinação BCG de indivíduos expostos ao HIV? 
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A vacina BCG é utilizada, também, para a pessoa que é comunicante de paciente de hanseníase (contato 
intradomiciliar), com o objetivo de propiciar proteção cruzada contra a doença, adotando esquema 
diferenciado. 
O esquema de vacinação com a BCG corresponde a uma dose, a partir do nascimento. 
 
 Na ausência da cicatriz, é indicada a revacinação seis meses após a primeira dose (intervalo 
mínimo); 
 A revacinação, no entanto, só pode ser feita até uma vez, já que a ausência de cicatriz não 
significa necessariamente que a pessoa não está imunizada; 
 Os recém-nascidos contatos de indivíduos bacilíferos deverão ser vacinados somenteapós o 
tratamento da infecção latente da tuberculose ou a quimioprofilaxia. 
 Ao administrar dose adicional em contato de paciente de hanseníase, respeite o intervalo de seis 
meses da dose anterior. Administre um pouco acima (± 1 cm) da cicatriz existente. 
 Em gestante contato de indivíduo portador de hanseníase, a vacinação com BCG deve ser adiada 
para depois do parto. 
 A realização do teste tuberculínico é dispensável, antes ou depois da administração da vacina 
BCG, inclusive para os contatos de pacientes de hanseníase. 
No caso de contato intradomiciliar de paciente com diagnóstico de hanseníase, que não apresenta 
sinais e sintomas, independente de ser paucibacilar (PB) ou multibacilar (MB), o esquema de vacinação deve 
considerar a história vacinal do contato, da seguinte forma: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Atenção! A administração da vacina BCG deve ser adiada quando a criança 
apresentar peso inferior a 2 kg, devido à escassez do tecido cutâneo (panículo 
adiposo) e quando apresentar lesões graves de pele. 
Menores de 1 ano de idade A partir de 1 ano de idade 
• Não vacinados: administrar uma 
dose de BCG. 
• Comprovadamente vacinados: 
não administrar outra dose de 
BCG. 
• Comprovadamente vacinados 
que não apresentem cicatriz 
vacinal: administrar uma dose de 
BCG seis meses após a última 
dose. 
• Sem cicatriz: administrar uma 
dose 
• Vacinados com uma dose: 
administrar outra dose de 
BCG, com intervalo mínimo de 
seis meses após a dose 
anterior. 
• Vacinados com duas doses: 
não administrar outra dose de 
BCG. 
 
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Para não termos dúvidas, vejamos o esquema abaixo: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Notas sobre a administração da vacina BCG: 
 A administração da vacina é feita na região do músculo deltóide, no nível da inserção inferior, na face 
externa superior do braço direito. 
 O uso do braço direito tem por finalidade facilitar a identificação da cicatriz em avaliações da 
atividade de vacinação. 
 O bisel da agulha deve estar voltado para cima; 
 A seringa deve formar com o braço um ângulo de 15º; 
 A dose da vacina deve ser de 0,1ml, exatamente; 
 O procedimento correto na introdução da agulha no local indicado (formando um ângulo de 15º) e a 
administração da dose exata (0,1ml) previnem complicações. 
 
 
 
“Está estudando? Deixe o celular no silencioso. 
CONCENTRE-SE!” 
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Notas sobre a administração intradérmica: 
 
 Quando necessário, a limpeza da pele deve ser feita com água e sabão; 
 O álcool comum não deve ser utilizado pela sua baixa volatilidade (demora a secar) e pelo baixo 
poder antisséptico; 
 Na injeção intradérmica, especialmente, o uso do álcool não é indicado para evitar uma possível 
interação com o líquido injetável, em face da presença dos poros e pelo fato de o líquido ser 
depositado muito próximo da epiderme. 
 Em situações excepcionais, quando não houver água e sabão (vacinação na zona rural e em 
ambiente hospitalar), utilizar o álcool a 70%; 
 Quando for utilizado o álcool a 70% manter a fricção da pele por 30 segundos e, em seguida, 
esperar mais 30 segundos para a secagem e, só então, administrar o imunobiológico. 
 Para não esquecermos , observe abaixo as principais informações sobre a vacina BCG: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Figura - Visualização da pápula após a 
vacinação com a BCG (SESAB, 2011). 
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Desde o 2º semestre de 2012, a nova vacina pentavalente agregou duas vacinas que eram 
administradas separadamente: a tetravalente (contra difteria, tétano, coqueluche e outras infecções pelo 
Haemophilus influenza tipo b) e a vacina contra a hepatite B. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Além da pentavalente, a criança manterá os dois reforços com a vacina tríplice bacteriana - DTP 
(difteria, tétano, coqueluche). O primeiro reforço deverá ser administrado aos 15 meses e o segundo reforço 
aos 4 anos de idade. Os recém-nascidos continuam a receber a primeira dose da vacina hepatite B nas 
primeiras 24 horas de vida, preferencialmente nas primeiras 12 horas, para prevenir a transmissão vertical. Ou 
seja, há uma dose da vacina hepatite B (monovalente) cujo público alvo são as crianças com até 30 dias de 
vida, bem como outras crianças que já tinham esquema completo para tetravalente, mas não tinham para a 
Hepatite B. 
Como era antes? 
1 - Tetravalente (contra difteria, coqueluche, tétano e outras infecções por Haemophilus influenza b) - 
vacina injetável em três doses (2, 4 e 6 meses). Reforço da tríplice bacteriana - DTP (incluída na tetravalente) 
aos 15 meses e aos 4 anos. 
Segue o antigo calendário da vacina tetravalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da tríplice 
bacteriana (DTP) aos 15 meses -> reforço da DTP aos 4 anos. 
2 - Hepatite B - vacina injetável aplicada ao nascer (ou na primeira visita à unidade de saúde), com 1 
mês de vida e novamente aos 6 meses. 
Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses. 
 
 
 
4 – VACINAS PENTAVALENTE, TRÍPLICE BACTERIANA (DTP), DIFTERIA E 
 TÉTANO (DT) 
“As lutas são grandes, mas você irá conseguir ser aprovado. 
ACREDITE” 
Amigo(a), como é a regra atual do calendário de vacinação da 
pentavente e hepatite B? 
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1 - Pentavalente (contra hepatite B, difteria, coqueluche, tétano e outras infecções por Haemophilus 
influenza b) - vacina injetável aos 2, 4 e 6 meses. Reforço da tríplice bacteriana aos 15 meses e aos 4 anos. 
Segue o calendário da vacina pentavalente: 2 meses -> 4 meses -> 6 meses -> reforço da DTP aos 15 
meses -> reforço da DTP aos 4 anos. 
2 - Hepatite B - com a inclusão na pentavalente, passa a ser aplicada sozinha apenas na criança ao 
nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão vertical. 
Segue o calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da criança. 
Outras três doses dessa vacina foram incluídas na pentavalente (2, 4 e 6 meses). 
 
 
 
 
 
Em síntese, a pentavalente é composta pela vacina adsorvida difteria, tétano, pertussis1, hepatite B 
(recombinante) e Haemophilus influenzae tipo b (conjugada) - DTP/HB/Hib2. 
É indicada para imunização ativa de crianças a partir de 2 meses de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
O Ministério da Saúde adquiriu a vacina pentavalente (DTP/HB/Hib) de dois laboratórios produtores, 
Novartis/Berna e Serum Institute of India Ltd. 
A vacina combinada é inteiramente líquida na forma de suspensão injetável apresentada em frasco ou 
ampola contendo 1 dose de 0,5mL. 
A vacinação básica consiste na aplicação de 3 doses, com intervalo de 60 dias (mínimo de 30 dias), a 
partir de 2 meses de idade. E indicada para a vacinação de crianças menores de 5 anos de idade como dose do 
esquema básico. 
 
1
 Pertússis, coqueluche ou tosse convulsa é uma doença altamente contagiosa e perigosa para crianças causada pelas bactérias Gram-
negativas Bordetella pertussis e Bordetella parapertussis (geralmente com sintomas mais ligeiros), que causa tosse violenta contínua e 
dolorosa. A patologia é prevenível por vacinação. 
2
 Vacina pentavalente (DTP - difteria, tétano e coqueluche + HB - hepatite B + Hib - Haemophilus influenzae tipo b). 
Adolescentee adultos que não apresentam o esquema vacinal completo 
contra hepatite B (três doses) deverão seguir as regras anteriores, ou seja, 
devem receber até três doses. 
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Os dois reforços necessários serão realizados com a vacina DTP (difteria, tétano e pertussis). O primeiro 
reforço aos de 15 meses e o segundo reforço aos 4 anos. A idade máxima para aplicação da DTP é de 6 anos 
11meses e 29 dias. 
Ressalta-se também que fará parte deste esquema, para os recém-nascidos, a primeira dose nas 
primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas, com a vacina hepatite B (recombinante). 
A vacina pentavalente (DTP/HB/Hib) deve ser administrada na dose de 0,5 mL por via intramuscular, no 
vasto lateral da coxa, em crianças menores de 2 anos de idade e na região deltóide nas crianças acima de dois 
anos de idade. 
Deve ser evitada administração na região glútea, em razão da maior quantidade de tecido adiposo, 
situação em que a vacina não é inoculada no interior do músculo. 
 
 
 
 
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis, conhecida como tríplice bacteriana (DTP), é indicada 
para a administração das duas doses de reforço, quando foi usada a vacina pentavalente no esquema básico. 
O objetivo da vacinação é prevenir contra a difteria, o tétano e a coqueluche (ou pertussis). 
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é uma associação dos toxóides diftérico e tetânico com a 
Bordetella pertussis inativada, tendo o hidróxido de alumínio como adjuvante e o timerosal como preservativo. 
A vacinação com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis é indicada para o reforço do esquema 
básico, que, de modo geral, corresponde a uma dose com intervalo mínimo de seis meses depois da vacinação 
básica (pentavalente). Um segundo reforço é dado entre quatro anos e seis anos, 11 meses e 29 dias, 
preferencialmente aos 4 anos. 
 
 
 
 
Ao indicar a vacinação com a vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP), considerar as doses 
administradas anteriormente e não reiniciar o esquema. 
Vejamos algumas observações sobre a DTP: 
 O reforço pode ser administrado em qualquer idade (até os seis anos, onze meses e 29 dias), 
observando-se um intervalo mínimo de seis meses após a última dose da vacinação básica 
(pentavalente); 
 Se o esquema básico não for iniciado ou completado até a idade de seis anos, onze meses e 29 
dias, as doses necessárias serão aplicadas com a vacina adsorvida difteria e tétano adulto (dT) 
em lugar da vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP); 
A vacina pentavalente é indicada para pessoas menores de 5 anos de idade. 
A vacina pentavalente é administrada aos 2, 4 e 6 meses. Em regra, o 
reforço da tríplice bacteriana (DTP) é feito aos 15 meses e aos 4 anos. 
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 Caso a criança esteja com quatro anos ou mais e não tenha recebido o primeiro reforço, não é 
necessário administrar dois reforços, mas apenas um na ocasião do atendimento, seguindo-se o 
esquema de uma dose da vacina difteria e tétano adulto, a cada 10 anos. 
A vacina adsorvida difteria, tétano e pertussis (DTP) é administrada por via intramuscular profunda. 
Em regra, a vacina tríplice bacteriana (DTP) deve ser administrada na dose de 0,5 mL por via 
intramuscular profunda, no vasto lateral da coxa, em crianças menores de dois anos de idade e na região 
deltóide nas crianças acima de dois anos de idade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Em resumo: 
VACINA CALENDÁRIO DOSE VIA OBSERVAÇÕES 
 
DTP 
(difteria, 
tétano, 
pertussis) 
 
Reforço da 
pentavalente 
aos 15 meses e 
aos 4 anos 
 
0,5 ml 
 
Intramuscular 
(IM), no vasto 
lateral da coxa 
em crianças 
menores de 2 
anos e na 
região deltoide 
nas crianças 
acima de 2 anos 
O reforço pode ser 
administrado em qualquer 
idade (até os seis anos, onze 
meses e 29 dias), observando-
se um intervalo mínimo de seis 
meses após a última dose da 
vacinação básica; 
Se o esquema básico não for 
iniciado ou completado até 6 
anos 11 meses e 29 dias, as 
doses necessárias serão 
aplicadas com a vacina 
adsorvida difteria e tétano 
adulto (dT) em lugar da DTP. 
 
 A vacina adsorvida difteria e tétano (dT) adulto é constituída pelos toxóides diftérico e tetânico. É 
indicada a partir dos sete anos de idade, inclusive para adolescentes e adultos conforme calendários 
específicos, com o objetivo de prevenir o tétano e a difteria. A vacinação de mulheres em idade fértil (12 a 49 
anos) e gestantes visa, principalmente, a prevenção do tétano neonatal. 
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A vacina adsorvida difteria e tétano adulto é administrada nos maiores de sete anos para os reforços do 
esquema básico e para aqueles que não tenham recebido as vacinas pentavalente e tríplice bacteriana (DTP), 
ou que tenham esquema incompleto dessas vacinas. 
O esquema básico da adsorvida difteria e tétano adulto (dT) corresponde a três doses com intervalo de 
60 dias entre as doses. Esse esquema é feito para as pessoas que não estiverem com o esquema completo da 
pentavalente e tríplice bacteriana (DTP). 
O reforço da vacina adsorvida difteria e tétano n (dT) adulto é administrado de 10 em 10 anos. 
Em suma, temos o seguinte: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
As vacinas Pentavalente e DTP não são administradas se a criança apresentar quadro neurológico em 
atividade e/ou após dose anterior de vacina com estes componentes, a criança registrar qualquer das 
seguintes manifestações: 
 convulsões até 72 horas após a administração da vacina; 
 colapso circulatório, com estado de choque (DTP) ou com episódio hipotonico-hiporresponsivo 
(EHH), até 48 horas após a administração da vacina; 
 encefalopatia nos primeiros sete dias após a administração da vacina; 
 história de choque anafilático após administração de dose anterior da vacina (Pentavalente). 
 
 
 
A vacina hepatite B (recombinante) sofreu mudanças significativas no Programa Nacional de Imunização 
(PNI). 
Anteriormente ao 2º semestre de 2012, a vacina hepatite B (recombinante) era aplicada ao nascer (ou 
na primeira visita à unidade de saúde), com 1 mês de vida e novamente aos 6 meses. 
Segue o antigo calendário da vacina contra hepatite B: ao nascer -> 1 mês -> 6 meses. 
5 - VACINA HEPATITE 
B 
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Com a inclusão da vacina pentavalente no PNI, desde o 2º semestre de 2012, a vacina hepatite B 
(recombinante) passa a ser aplicada sozinha na criança ao nascer, de forma injetável, para evitar a transmissão 
vertical. 
Segue o atual calendário da hepatite B: ao nascer, podendo ser feita até o primeiro mês de vida da 
criança. Outras três doses dessa vacina foram incorporadas na pentavalente (2, 4 e 6 meses). 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Agora, vamos detalhar o calendário básico da vacina contra hepatite B: 
• Para recém-nascidos, deve-se administrar uma dose ao nascer, o mais precocemente possível, 
nas primeiras 24 horas, preferencialmente nas primeiras 12 horas após o nascimento, ainda 
na maternidade. Esta dose pode ser administrada até 30 dias após o nascimento. O esquema 
de vacinação deve ser completado com a administração da vacina pentavalente, aos 2, 4 e 6 
meses. 
• Para crianças que iniciam esquema vacinal a partir de 1 mês de idade até 4 anos 11 meses e 
29 dias, deve-se administrar três doses da vacina pentavalente, com intervalo de 60 dias entre 
as doses, mínimode 30 dias. 
• Para indivíduos ≥ 5 anos: 
 Sem comprovação vacinal: administrar três doses da vacina hepatite B com intervalo de 
30 dias entre a primeira e a segunda doses e de 6 meses entre a primeira e a terceira 
doses (0, 1 e 6 mês); 
 Em caso de esquema vacinal incompleto, não reiniciar o esquema, apenas completá-lo 
conforme situação encontrada. 
 Para gestantes em qualquer faixa etária e idade gestacional, deve-se administrar três doses 
da vacina hepatite B, considerando o histórico de vacinação anterior. 
Conforme Nota Informativa do PNI nº 149 de 20/10/2015, a vacina Hepatite B que era destinada para 
crianças ≥ 5 anos até 49 anos (quando não vacinadas com a pentavalente) e para grupos prioritários de risco 
(independente da idade), passará, a partir de 2016, a ser realizada em toda a população sem limite de idade. 
Em resumo, será ampliada a oferta da vacina contra Hepatite B para a população independentemente da 
idade e/ou da condição de vulnerabilidade. 
De acordo com o PNI, como a expectativa e a qualidade de vida da população vêm aumentando, os 
idosos representam uma parcela crescente da população, e com frequência de atividade sexual em ascensão, 
com grande resistência ao uso de estratégias de proteção. Com isso, aumenta o risco de contrair doenças 
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sexualmente transmissíveis como a hepatite B. Destaca-se que nessa população a hepatite B apresenta 
características clínicas mais graves, sendo de fundamental importância a vacinação universal. 
A dose será de 0,5 ml até os 19 anos de idade e 1 ml a partir de 20 anos, via intramuscular. 
Na prevenção da transmissão vertical em recém-nascidos, a vacina contra hepatite B deve ser 
preferencialmente administrada nas primeiras 12 horas de nascimento. 
Ademais, em recém-nascidos de mães portadoras da hepatite B, a vacina e a imunoglobulina humana 
anti-hepatite B deve ser administrada, preferencialmente nas primeiras 12 horas, podendo a imunoglobulina 
ser administrada no máximo até 7 dias de vida. 
6 - VACINA ROTAVÍRUS 
A vacina rotavírus humano G1P1 [8] (atenuada) - VORH deve ser administrada preferencialmente aos 2 
e 4 meses de idade. A primeira dose pode ser administrada a partir de 1 mês e 15 dias até 3 meses e 15 dias. A 
segunda dose pode ser administrada a partir de 3 meses e 15 dias até 7 meses e 29 dias. O intervalo mínimo 
entre as doses é de 30 dias. 
 
 
 
 
 
 
A vacina rotavírus é administrada 
exclusivamente por via oral, com a dose 
de 1,5mL, por meio de uma seringa apropriada. 
 Se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar após a 
vacinação, não repetir a dose; 
 Esta vacina é contraindicada para crianças com 
imunodepressão severa ou que tenham histórico de 
invaginação intestinal ou com malformação congênita não 
corrigida do trato gastrointestinal. 
Figura - Administração da Vacina Rotavírus (SESAB, 2011). 
 
 
 
 
Notas sobre a administração da vacina rotavírus: 
 
“Mantenha o FOCO no ESTUDOS!” 
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7 - VACINA MENINGOCÓCICA C 
 
De acordo com o Programa Nacional de Imunização, a vacina meningocócica C (conjugada) deve ser 
administrada preferencialmente aos 3 e 5 meses, com intervalo de 60 dias entre as doses, mínimo de 30 dias. 
Uma dose de reforço deve ser administrada preferencialmente aos 12 meses (podendo ser feito até 4 anos). 
Conforme disposições explicitadas na Nota Informativa 149/2015 do PNI, a dose de reforço da vacina 
meningocócica C (conjugada) foi alterada dos 15 para 12 meses. 
Para crianças entre 12 a 4 anos sem comprovação da vacina, deve-se administrar dose única. 
 Segue o calendário da vacina meningocócica C: 1ª dose aos 3 meses -> 2ª dose aos 5 meses -> reforço 
aos 12 meses. 
A vacina meningocócica C é administrada na dose de 0,5 mL, pela via intramuscular. 
Notas sobre a administração da vacina meningocócica C (conjugada): 
• Para crianças que iniciam o esquema básico após 5 meses de idade, deve-se considerar o intervalo 
mínimo entre as doses e administrar a dose de reforço com intervalo de 60 dias após a última dose; 
• Para crianças entre 12 meses e 4 anos sem comprovação vacinal, deve-se administrar dose única. 
 
Vacina Meningocócica C 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Ressaltamos que as regras descritas acima devem ser seguidas em provas de concursos que tiveram 
editais publicados antes de 10/10/2016. 
Regra para editais publicados a partir de 11/10/2016 -> O Ministério da Saúde anunciou, no dia 10 de outubro 
de 2016, ampliação da vacina meningocócica C para adolescente, ambos os sexos, faixa etária de 12 a 13 anos em 
2017, em dose única ou reforço, conforme situação vacinal. Até 2020, a faixa etária será ampliada gradativamente a 
partir de 9 anos. Maiores detalhes, assista à videoaula de atualização aqui nesta disciplina do Curso Completo de 
Enfermagem. 
 
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8 - VACINA PNEUMOCÓCICA 
 
A vacina pneumocócica 10-valente é constituída por 10 (dez) sorotipos de pneumococos (1, 4, 5, 6B, 7F, 
9V, 14, 18C, 19F, 23F) e conjugada com a proteína D de Haemophilus influenzae para oito de seus sorotipos e 
carreadores de toxóide diftérico (DT) e de toxóide tetânico (TT ou T) usados por dois sorotipos. 
A embalagem possui 10 frascos-ampola de vidro, apresentados em unidose, com 0,5 ml. 
 
 
Figura - Embalagem da Vacina Peneumocócica (Ministério da Saúde, 2010). 
A vacina deve ser administrada por injeção intramuscular (IM) de preferência na área do vasto lateral 
da coxa da criança. 
Nenhum dado está disponível sobre a administração subcutânea da vacina pneumocócica conjugada 10-
valente. 
 
 
 
 
 
Em regra, a primeira dose iniciará a partir de 2 meses de idade. O esquema de vacinação primária 
consiste em três doses de 0,5 ml, com intervalo de pelo menos 1 mês entre as doses, contudo o Programa 
Nacional de Imunização (PNI) adotou o intervalo de 2 meses entre as doses. Desta forma o esquema será de 2 
e 4 meses. 
Uma dose de reforço é recomendada pelo menos 6 meses após a última dose do esquema primário, 
sendo este preferencialmente entre os 12 e 15 meses de idade. 
Segue o calendário da vacina pneumocócica 10-valente: 2 meses -> 4 meses -> reforço aos 12 meses. 
De acordo com a Nota Informativa nº 149/2015 do PNI, a vacina pneumocócica 10-valente segue a 
adoção de esquema básico de duas doses (2 e 4 meses) e reforço, preferencialmente aos 12 meses, podendo 
ser administrado até os 4 anos de idade. Para as crianças entre 12 meses e 4 anos, não vacinadas, administrar 
dose única. 
A Organização Mundial da Saúde recomenda o uso do esquema básico de 2 doses e reforço. A 
efetividade deste esquema de vacinação com 3 doses (2 doses no primeiro ano de vida e reforço no 2° ano) é 
semelhante à do esquema com 4 doses (3 doses no primeiro ano e reforço no segundo ano). Por isso, a 3º 
dose (que era aos 6 meses) foi retirada do calendário de vacinação do PNI. 
 
 
A vacina não deve, sob nenhuma circunstância, ser administrada por 
via endovenosa ou intradérmica. 
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9 - VACINA INFLUENZA 
 
A influenza é uma doença respiratória infecciosa de origem viral, de interesse para a saúde pública no 
Brasil. Apresenta potencial para levar a complicações graves e ao óbito, especialmente nos grupos de alto risco 
(crianças menores de 5 anos de idade, gestantes, adultos com 60 anos ou mais, portadores de doenças 
crônicas nãotransmissíveis e outras condições clínicas especiais). 
A principal intervenção preventiva em saúde pública para este agravo é a vacinação. A campanha anual, 
realizada entre os meses de abril e maio, contribuiu ao longo dos anos para a prevenção da gripe nos grupos 
vacinados, além de apresentar impacto de redução das internações hospitalares, gastos com medicamentos 
para tratamento de infecções secundárias e mortes evitáveis. 
Vamos conhecer os grupos prioritários a serem vacinados e recomendações: 
 
 
 
 
 
 Crianças de 6 meses a menores de 5 anos: deverão receber a vacina influenza. Todas as crianças 
que receberam uma ou duas doses da vacina da influenza sazonal, deveriam receber apenas 1 
dose em 2015. Também deve ser considerado o esquema de duas doses para as crianças menores 
de 9 anos que serão vacinadas pela primeira vez, devendo-se agendar a segunda dose para 30 
dias após a 1ª dose. 
 Gestantes: devem receber a vacina influenza todas as gestantes em qualquer idade gestacional. 
Para este grupo não haverá exigência quanto à comprovação da situação gestacional, sendo 
suficiente para a vacinação que a própria mulher afirme o seu estado de gravidez. 
Nota: a vacinação de gestantes contra a influenza é segura em qualquer idade gestacional. 
A experiência pós-comercialização com a vacina influenza sazonal inativada e com a vacina 
influenza pandêmica (H1N1) 2009 inativada, no Brasil e em outros países, não identificou 
qualquer risco associado ao uso da vacina em gestantes. 
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 Puérperas: mulheres no período de até 45 dias após o parto foram incluídas no grupo alvo de 
vacinação. Para isso, deverão apresentar qualquer documento, durante o período de vacinação 
(certidão de nascimento da criança, cartão da gestante, documento do hospital onde ocorreu o 
parto, entre outros). 
 Trabalhador de Saúde: eleito para vacinação é aquele que exerce atividades de assistência à 
saúde, atuando na recepção, no atendimento, bem como na investigação de casos de infecções 
respiratórias, nos serviços públicos e privados, nos diferentes níveis de complexidade, cuja 
ausência compromete o funcionamento desses. Assim, trabalhadores de saúde que exercem suas 
atividades em unidades que fazem atendimento de pessoas com influenza, bem como 
recepcionistas, pessoal de limpeza, segurança, motoristas de ambulâncias dessas unidades, 
equipes de laboratório responsáveis pelo diagnóstico, profissionais que atuam na vigilância 
epidemiológica, e os que atuam no controle sanitário de viajantes nos postos de entrada dos 
portos, aeroportos e fronteiras deverão ser vacinados. 
 Povos indígenas: a vacinação será indiscriminada (indicada) para a toda população indígena, a 
partir dos seis meses de idade. A programação de rotina é articulada entre o Programa Nacional 
de Imunizações (PNI) e a Secretaria de Atenção a Saúde Indígena (SESAI). 
 Indivíduos com 60 anos ou mais de idade deverão receber a vacina contra influenza. 
 População privada de liberdade: o planejamento e operacionalização da vacinação nos 
estabelecimentos penais deverão ser articulados com as Secretarias Estaduais e Municipais de 
Saúde e Secretarias Estaduais de Justiça (Secretarias Estaduais de Segurança Pública ou 
correlatos), conforme Plano Nacional de Saúde no Sistema Penitenciário, 2.ª edição/ Brasília–DF 
2005 e a NOTA TÉCNICA 121 SISPE/DAPES/SAS – PNI/SVS/MS – DEPEN/MJ, de 1º de agosto de 
2011. 
 Pessoas portadoras de doenças crônicas (conforme listagem definida pelo Ministério da Saúde 
em conjunto com sociedades científicas): a vacinação contra influenza de indivíduos portadores 
de doenças crônicas e outras condições especiais foi incluída na campanha de vacinação de 2013. 
Notas: 
A vacinação deste grupo passa a ser realizada em todos os postos de vacinação e não apenas 
nos Centros de Referência para Imunobiológicos Especiais (CRIE). No entanto, mantém-se a 
necessidade de prescrição médica, que deverá ser apresentada no ato da vacinação. 
Pacientes já cadastrados em programas de controle das doenças crônicas do SUS, devem se 
dirigir aos postos em que estão cadastrados para receber a vacina. Caso no local onde são 
atendidos regularmente não haja um posto de vacinação, devem buscar a prescrição médica 
na próxima consulta que estiver agendada, visando garantir esse documento com 
antecedência, para evitar filas no período da vacinação. 
Pacientes que são atendidos na rede privada, vinculada ou não ao SUS, também devem buscar 
a prescrição médica com antecedência, junto ao seu médico assistente, devendo apresentá-la 
nos postos de vacinação durante a realização da campanha de 2013. 
 
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Agora, veremos o esquema de vacinação e dose da influenza: 
A vacinação é anual, devido às mudanças das características dos vírus influenza decorrentes da 
adversidade antigênica e genômica a cada ano e da efemeridade da proteção. 
Em 2016, foi adotado o seguinte esquema e volume de dose, conforme a situação vacinal da criança. 
 
 
 
 
 
Crianças vacinadas pela primeira vez: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Fonte: CGPNI/DEVEP/SVS/MS 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
“Não deixe de revisar os conteúdos!” 
Todas as crianças de seis meses a menores de nove anos que receberam 
uma ou duas doses da vacina contra a influenza sazonal em 2015, devem 
receber apenas uma dose em 2016. 
Fonte: Campanha nacional contra Influenza. Brasília-DF, 2016. Disponível em: 
http://portalsaude.saude.gov.br/images/pdf/2016/marco/11/informe-tecnico-
campanha-vacinacao-influenza-2016.pdf 
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Vacina Influenza 
 
 
 
Deve-se adotar a via de administração intramuscular. 
Via de administração subcutânea: recomenda-se a administração da vacina por via subcutânea em 
pessoas que apresentam discrasias sanguíneas ou estejam utilizando anticoagulantes orais. Para estas 
situações, recomenda-se utilizar a vacina do laboratório Sanofi Pasteur produzida na França. 
 
10 - VACINA TRÍPLICE VIRAL 
 
A vacina sarampo, caxumba e rubéola (tríplice viral) é uma vacina combinada que contém os vírus vivos 
do sarampo, da caxumba e da rubéola, atenuados em cultivo celular. 
Para indivíduos de 12 meses a 19 anos, deve ser administrada duas doses, conforme situação vacinal 
encontrada. 
A 1ª dose deve ser administrada aos 12 meses com a vacina tríplice viral e a 2ª dose, preferencialmente, 
aos 15 meses de idade com a vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela), para as crianças que já 
tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. A vacina tetra viral será administrada entre os 15 a 23 meses 
e 29 dias, caso a criança tenha recebido a 1ª dose da tríplice viral. 
Para não esquecer: a 1ª dose da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola) continua a ser administrada 
preferencialmente aos 12 meses de idade. As crianças que tiverem tomado a 1ª dose da tríplice viral deverão 
receber a tetra viral entre os 15 a 23 meses e 29 dias (preferencialmente aos 15 meses). 
Para as crianças acima de 15 meses de idade não vacinadas, administrar a vacina tríplice viral 
observando o intervalo mínimo de 30 dias entre as doses. Considerar vacinada a pessoa que comprovar duas 
doses de vacina com componente sarampo, caxumba e rubéola. 
Para indivíduos de 20 a 49 anos de idade, deve-se administrar uma dose, conforme situação vacinal 
encontrada. Considerar vacinada a pessoa que comprovar uma dose de vacina com componente sarampo, 
caxumba e rubéola (tríplice viral)ou sarampo e rubéola (dupla viral). 
 
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A vacina sarampo, caxumba e rubéola é administrada por via subcutânea. O volume correspondente a 
uma dose é de 0,5 ml, podendo variar de acordo com o laboratório produtor. 
A vacina em questão está contraindicada nas ocorrências específicas listadas na sequência: 
 Registro de anafilaxia após recebimento de dose da vacina; 
 Presença de imunodeficiências congênitas ou adquiridas; 
 
 
 
 Uso de corticosteróides em doses imunossupressoras (nessa situação a pessoa deve ser 
vacinada, pelo menos, um mês depois da suspensão do uso da droga); 
 Vigência de quimioterapia imunossupressora; 
 Transplantados de medula óssea; 
 Pessoas que fazem uso de imunoglobulina, sangue total ou plasma, no momento da vacinação 
ou que farão uso em futuro próximo; 
 Na vigência de gravidez. 
Notas sobre a vacina sarampo, caxumba e rubéola (SCR): 
 Indivíduos até 19 anos que não tiver comprovação do recebimento de duas doses da vacina 
sarampo, caxumba e rubéola devem receber duas doses, com intervalo mínimo de 30 dias. 
 Quando houver comprovação das duas doses não é preciso vacinar. 
 A partir dos 20 anos o esquema com a vacina sarampo, caxumba e rubéola é de dose única e 
considera vacinação anterior devidamente comprovada, sendo indicada para 
pessoas de 20 a 49 anos. 
O Ministério da Saúde por meio do Programa Nacional de Imunizações (PNI) ampliou o Calendário Básico 
de Vacinação da Criança em 2013, com a introdução da vacina tetra viral que possibilitará evitar complicações, 
casos graves e óbitos por varicela no grupo alvo da vacinação e a prevenção, controle e eliminação das 
doenças sarampo, caxumba e rubéola. 
Indivíduos com infecção assintomática pelo HIV podem 
ser vacinados. 
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A vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela) substituiu a vacina tríplice viral (sarampo, 
caxumba e rubéola) para as crianças de 15 meses de idade. Assim, com a introdução da vacina tetra viral, o PNI 
visa reduzir o número de injeções em um mesmo momento, bem como buscar uma melhor adesão à vacinação 
e consequentemente, melhoria das coberturas vacinais. 
Essa vacina, desde setembro de 2013, está sendo disponibilizada para as crianças entre 15 a 23 meses e 
29 dias de idade (preferencialmente aos 15 meses), que tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral, nas 
35 mil salas de vacina da rede pública. 
No Brasil, a vacina varicela está disponível desde 2000 nos Centros de Referências para Imunobiológicos 
Especiais (CRIE) para indivíduos susceptíveis em situação de pré-exposição, para pessoas sem história de 
varicela e com maior risco de desenvolver doença grave e ou complicações associadas. Também já é utilizada 
em situação de pós-exposição, para imunocompetentes susceptíveis, comunicantes intra-hospitalares de casos 
de varicela. Esta vacina está também incluída no Calendário de Vacinação dos Povos Indígenas desde 2002. 
Neste contexto, o PNI amplia a oferta de vacinas na rotina de vacinação da criança com a introdução da 
vacina tetra viral (sarampo, caxumba, rubéola e varicela - atenuada), exclusivamente, para as crianças de 15 a 
23 meses de idade, que já tenham recebido a 1ª dose da vacina tríplice viral. 
Para não esquecer: A vacina tetra viral é indicada para a imunização ativa de crianças contra sarampo, 
caxumba, rubéola e varicela. A introdução da vacina tetra viral no PNI ocorre com a administração de uma 
dose aos preferencialmente 15 meses de idade (podendo ser aplicada entre os 15 a 23 meses e 29 dias), para 
crianças que já receberam uma dose da vacina tríplice viral. 
Após a implantação da vacina tetra viral no calendário de vacinação da criança, o Ministério da Saúde 
passou a monitorar a situação epidemiológica da varicela, visando à definição de qual o melhor período para a 
inclusão da uma segunda dose com a vacina varicela nesse calendário. 
As embalagens tetra viral contêm 10 frascos-ampola mais 10 seringas preenchidas com diluente (0,5 mL) 
e 20 agulhas para a reconstituição e administração da vacina. 
 
Figura - Vacina Tetra Viral (Ministério da Saúde, 2013). 
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Em síntese, a vacina tetra viral é disponibilizada na rotina dos serviços públicos de vacinação em 
substituição à segunda dose da vacina tríplice viral aos 15 meses de idade. 
11 - VACINA FEBRE AMARELA 
 
A febre amarela continua sendo um importante problema de saúde pública particularmente nos 13 
países das Américas com áreas endêmicas. Nos últimos trinta anos a atividade do vírus da febre amarela se 
encontra restrita a área enzoótica compreendida por Bolívia, Brasil, Colômbia, Equador, Guiana Francesa, 
Panamá, Peru, Suriname, Trinidad e Tobago e Venezuela. 
A principal estratégia de prevenção é a vacinação. A vacinação contra a febre amarela é recomendada 
para uma grande área do Brasil onde a transmissão é considerada possível, principalmente para indivíduos não 
vacinados e que se expõem em áreas de mata, onde o vírus ocorre. Atualmente, as áreas de vacinação são 
revisadas anualmente, com apoio de especialistas para identificação dos municípios com maior risco de 
transmissão. 
 
A vacina está recomendada na rotina, no Calendário Nacional de Vacinação, na área com recomendação 
de vacina (ACRV) e o esquema constitui em uma 1 dose aos 9 meses de idade, sendo necessária uma dose de 
reforço aos 4 anos de idade. O intervalo mínimo a ser considerado entre a dose do esquema e o reforço é de 
30 dias. A dose é 0,5 ml, via subcutânea. 
 
 
 
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Vamos observar as seguintes situações no que se refere à vacinação contra febre amarela: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
A vacina contra febre amarela é a medida mais importante para prevenção e controle da doença. 
Produzida no Brasil desde 1937, pelo Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos Bio-Manguinhos, é da cepa 
17DD, sendo constituída por vírus vivos atenuados derivados de uma amostra africana do vírus amarílico 
selvagem. Apresenta eficácia acima de 95%. 
A vacina febre amarela é reconhecidamente eficaz e segura. Entretanto, eventos adversos podem 
ocorrer, como reações locais e sistêmicas, tais como febre, dor local, cefaleia (dor de cabeça), mialgia (dor no 
corpo), dentre outros. Atenção especial deve ser dada quando, após administração da vacina de febre 
amarela, a pessoa apresentar dor abdominal intensa. 
Os anticorpos protetores aparecem entre o sétimo e décimo dia após a aplicação, razão pela qual a 
imunização deve ocorrer dez dias antes de se ingressar em área de transmissão. É contraindicada para: 
• Crianças com menos de 6 meses de idade. 
• Pacientes com imunossupressão de qualquer natureza, como: pacientes infectados pelo HIV com 
imunossupressão grave, com a contagem de células CD4 <200 células/mm³ ou menor de 15% do total de 
linfócitos, para crianças com menos de 6 anos de idade. 
• Pacientes em tratamento com drogas imunossupressoras (corticosteroides, quimioterapia, 
radioterapia, imunomoduladores). 
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• Pacientes submetidos a transplante de órgãos. 
• Pacientes com imunodeficiência primária. 
• Pacientes com neoplasia. 
Observação: Nos casos de pacientes com imunodeficiência, a administração desta vacina deve ser 
condicionada a avaliação médicaindividual de risco-benefício e não deve ser realizada em caso de 
imunodepressão grave. 
• Indivíduos com história de reação anafilática relacionada a substâncias presentes na vacina (ovo de 
galinha e seus derivados, gelatina e outros produtos que contêm proteína animal bovina). 
• Pacientes com história pregressa de doenças do timo (miastenia gravis, timona, casos de ausência de 
timo ou remoção cirúrgica). 
 
12 - VACINA PÓLIO 
 
No Brasil, a vacina que vem sendo utilizada com sucesso desde a década de 60 é a vacina oral 
poliomielite (VOP), vacina de vírus atenuados, trivalente, contendo os três tipos de poliovírus (1, 2 e 3). É 
epidemiológica e operacionalmente a melhor vacina para gerar proteção a cada um dos três tipos de vírus da 
poliomielite e tem sido amplamente utilizada, viabilizando a erradicação global da doença. Desde 2016, o PNI 
vem adotando a vacina oral poliomielite (VOP) bivalente, contra os sorotipos 1 e 3. 
As ações de vacinação desenvolvidas contribuíram para a erradicação da poliomielite no País, sendo que 
o último caso ocorreu em 1989. 
Conforme definido no plano global de erradicação, uma região precisa estar sem circulação do vírus da 
poliomielite por três anos, em vigência de um sistema de vigilância para paralisias flácidas agudas funcionante, 
para ser declarada como livre da circulação do poliovírus. 
No entanto, a não ocorrência de pólio no continente americano não é o suficiente, uma vez que a 
doença ainda circula em outros países e pode ser reintroduzida na região através de viajantes infectados em 
regiões que apresentam bolsões de pessoas não vacinadas, por exemplo. 
A vigilância sensível de paralisias flácidas agudas, através da notificação, investigação e coleta oportuna 
de amostras de fezes de todos os casos de paralisias flácidas agudas é fundamental para a garantia de 
detecção rápida de um vírus importado e as altas e homogêneas coberturas vacinais evitam que esses vírus 
circulem. É por isso que o Brasil e outros países da região ainda realizam campanhas de vacinação com a vacina 
oral poliomielite e priorizam a vigilância de paralisias flácidas agudas. 
É inegável o sucesso e a contribuição da utilização da VOP na erradicação da poliomielite. A interrupção 
do seu uso deverá ser cuidadosamente programada e planejada. As principais estratégias a serem 
consideradas após a interrupção da VOP, mundialmente, são uma vigilância ativa e a não interrupção da 
imunização com a vacina poliomielite inativada (VIP). 
Como países desenvolvidos e em desenvolvimento declararam a intenção de continuar com a 
imunização de suas populações, mesmo após a erradicação do poliovírus selvagem, a VIP deverá ser utilizada 
nesses países para prevenir a reintrodução do vírus selvagem e o ressurgimento da poliomielite. 
O Brasil, visando cumprir esta determinação, introduziu, desde agosto de 2012, a vacina inativada 
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poliomielite (VIP) em esquema sequencial com 2 doses de VIP e 2 doses de VOP. As doses da VIP visam 
minimizar o risco, que é raríssimo, de paralisia associada à vacina, e as da VOP, manter a imunidade 
populacional (de rebanho) contra o risco potencial de introdução de poliovírus selvagem através de viajantes 
oriundos de localidades que ainda apresentam casos autóctones da poliomielite, por exemplo. 
Conforme disposições descritas na Nota Informativa do PNI nº 149/2015, a partir de janeiro de 2016, 
ocorreu a substituição da terceira dose, administrada atualmente com a vacina oral poliomielite (VOP), por 
vacina inativada poliomielite (VÏP). 
Nesta situação, o esquema básico deixou de ser sequencial (VIP, VIP, VOP, VOP). Os reforços 
administrados aos 15 meses e 4 anos com vacina VOP permanecem. 
Estudos realizados em todo o mundo permitiram descrever as características da VIP, como a capacidade 
para evitar surtos de poliomielite, de modo que muitos países já a incluíram nos seus calendários de vacinação 
de forma exclusiva ou com esquema sequencial. 
Veja que a tendência é a substituição da vacina oral da poliomielite (VOP) pela vacina inativada 
poliomielite (VIP). No Brasil, atualmente as crianças recebem essas vacinas da seguinte forma: VIP - 1ª, 2ª e 3ª 
doses aos 2, 4 e 6 meses; VOP –reforço aos 15 meses e 4 anos. Além dessas, temos a vacinação com a VOP 
anualmente nas campanhas nacionais para crianças menores de 5 anos. 
 
 
 
 
Vamos agora sintetizar o tema: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
O intervalo entre as doses é de 60 dias, podendo ser de 30 dias, sendo que nos primeiros 6 meses de 
idade o intervalo mínimo de 30 dias só é recomendado se o indivíduo estiver sob risco iminente de exposição à 
circulação viral, como por exemplo, pessoas que se deslocarão a regiões endêmicas ou em situações de surto 
da doença. 
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A via de administração preferencial da VIP é a intramuscular, entretanto, a via subcutânea também 
pode ser usada, mas em situações especiais (casos de discrasias sanguíneas). 
O local de aplicação preferencial para injeção intramuscular em bebês é o músculo vasto-lateral da coxa 
ou região ventroglútea e para crianças maiores o músculo deltóide. 
A dose dessa vacina (VIP) é de 0,5 ml. 
As contraindicações da VIP são as seguintes: 
• Qualquer indivíduo portador de alergia grave (anafilaxia) a qualquer componente da vacina. 
Como a VIP contém vestígios de estreptomicina, neomicina, e polimixina B, existe um risco 
teórico de reações alérgicas em pessoas sensíveis a estes antibióticos; 
• Qualquer pessoa que já apresentou quadro de reação alérgica grave a uma vacinação anterior 
com VIP; 
• Pessoas com quadro clínico de doenças respiratórias superiores leve a moderada, com ou sem 
febre, reação local a uma dose prévia da vacina, terapia antimicrobiana atual e, a fase de 
convalescença de doença aguda não são contraindicações para a vacinação com VIP; 
• A amamentação não interfere com o sucesso da imunização com a VIP. 
A via de administração exclusiva da VOP é a oral, com a dose de duas gotas. 
 
Notas sobre a vacina oral poliomielite (VOP): 
 
 Indivíduos com cinco anos de idade ou mais: 
 Sem comprovação vacinal: administrar 3 doses da VOP, com intervalo de 30 a 60 dias entre elas, 
mínimo de 30 dias; 
 Com esquema incompleto: completar esquema com a VOP; 
 Nesta faixa etária não há necessidade de reforço. 
 Repetir a dose se a criança regurgitar, cuspir ou vomitar. 
 Esta vacina é contraindicada para crianças imunodeprimidas, contato de pessoa HIV positivo ou com 
Aids, bem como que tenham histórico de paralisia flácida associada à dose anterior da VOP. 
A vacina inativada poliomielite (VIP) deverá ser conservada sob refrigeração, à temperatura de +2°C a 
+8°C. Não deve ser congelada. O frasco multidose da vacina, uma vez aberto, pode ser usado por um prazo 
estabelecido pelo laboratório produtor, constante da bula do produto ou das normas do PNI, desde que 
armazenada entre 2º a 8ºC. 
 
13 - VACINA HPV 
 
Foram desenvolvidas duas vacinas contra os tipos de HPV mais presentes no câncer de colo do útero. 
Essas vacinas, na verdade, previnem contra a infecção por HPV. Mas o real impacto da vacinação contra o 
câncer de colo de útero só poderá ser observado após décadas. Uma delas é a quadrivalente, ou seja, previne 
contra quatro tipos de HPV: o 16 e 18, presentes em 70% dos casos de câncer de colo do útero, e o 6 e 11, 
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presentes em 90% dos casos de verrugas genitais. A outra é específica para os subtipos de HPV 16 e 18. 
O Brasilestá disponibilizando a vacina contra o HPV, usada na prevenção de câncer de colo do útero. A 
vacina protege meninas de 9 a 13 anos contra quatro variáveis do vírus. Em 2014, meninas dos 11 aos 13 anos 
receberam as duas primeiras doses necessárias à imunização, a dose inicial e a segunda seis meses depois. A 
terceira dose que ser prevista para ser aplicada cinco anos após a primeira foi retirada do calendário vacinal do 
PNI. Em 2015, foi estendida para as adolescentes de 9 a 11 anos. A partir de 2016, será recomendada para 
meninas de 9 anos. A vacina será produzida por meio de parceria entre Butantan e Merck. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 População-alvo será: meninas de 9 a 13 anos, com esquema vacinal de 2 doses. 
 As doses só serão aplicadas com autorização dos pais ou responsáveis. 
 
 
 
 
No entanto, o Ministério da Saúde está adotando outro esquema (0 e 6 meses): 1ª dose, 2ª dose seis 
meses depois. 
Vejam o esquema vacinal proposto pelo Ministério da Saúde: 
Esquema vacinal: 2 doses: 
1ª dose 
2ª dose: 6 meses após a 1ª dose 
O tipo da vacina é: quadrivalente (subtipos 6, 11, 16 e 18). 
Indicações: 
 Prevenção contra HPV 16 e 18 (responsável por 70% dos casos de câncer de colo do útero) 
 6 e 11 (verrugas genitais - condiloma acuminado) 
 Confere ainda proteção cruzada contra HPV 31, 33,52 e 58 
 Evidências recentes – 56% de redução na prevalência do HPV entre adolescentes apesar de 
apenas 35% de cobertura vacinal nos Estados Unidos. 
 
 
 
O esquema completo de vacinação é composto de 3 doses. O esquema normal da 
vacina (0, 2 e 6 meses) é 1ª dose, 2ª dose após dois meses e 3ª dose após seis meses. 
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Vacina é eficaz em quem ainda não iniciou a vida sexual e, portanto, não teve contato com o vírus HPV. 
A adoção da vacina não substituirá a realização regular do exame de citologia, Papanicolau (preventivo). 
Trata-se de mais uma estratégia possível para o enfrentamento do problema. Ainda há muitas perguntas sem 
respostas relativas a essas vacinas. 
Segundo Informe Técnico do PNI de 2015, a vacina contra o HPV também passou a ser ofertada para as 
mulheres de 14 a 26 anos de idade vivendo com HIV. Esta população foi incorporada como prioritária, 
considerando que as complicações decorrentes do HPV ocorrem com mais frequência em pacientes portadores 
de HIV e da síndrome da imunodeficiência adquirida (AIDS). Esta indicação é reforçada com a recomendação 
da Organização Mundial da Saúde (OMS) e do Comitê Técnico Assessor de Imunizações (CTAI) do Programa 
Nacional de Imunizações (PNI) em conformidade com o Departamento de DST/AIDS e Hepatites Virais, visto 
que a vacina é uma medida de prevenção primária que proporcionará maior proteção à infecção pelo HPV. 
Ressaltamos que as regras descritas acima devem ser seguidas em provas de concursos que tiveram 
editais publicados antes de 10/10/2016. 
Regra para editais publicados a partir de 11/10/2016 -> O Ministério da Saúde anunciou, no dia 10 de outubro 
de 2016, que a vacinação contra HPV será estendida para os meninos. A partir de janeiro 2017, meninos de 12 a 13 
anos também poderão receber a vacina. A faixa etária será ampliada gradualmente até 2020, quando a vacina estará 
disponível para meninos de 9 a 13 anos. Outra mudança é que, a partir de 2017, meninas que chegaram aos 14 anos 
sem a vacina também poderão se vacinar. Maiores esclarecimentos assista ao vídeo de atualização na aula de 
imunização. 
 
14 – PROFILAXIA CONTRA A RAIVA 
A prevenção da Raiva transmitida em áreas urbanas ou rurais, por animais domésticos, é feita mediante 
a manutenção de altas coberturas vacinais nesses animais, por meio de estratégias de rotina e campanhas; 
controle de foco e bloqueio vacinal; captura e eliminação de cães de rua; envio de amostras para exame 
laboratorial, para monitoramento da circulação viral. A profilaxia da Raiva humana é feita com o uso de 
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vacinas e soro, quando os indivíduos são expostos ao vírus rábico pela mordedura, lambedura de mucosas ou 
arranhadura provocada por animais transmissores da Raiva. 
A vacinação antirrábica não tem contraindicação, devendo ser iniciada o mais breve possível e garantir 
o completo esquema de vacinação preconizado. 
R
a
iv
a
 
Prevenção da 
Raiva transmitida 
em áreas urbanas 
ou rurais, por 
animais 
domésticos. 
 Manutenção de altas coberturas vacinais nesses 
animais, por meio de estratégias de rotina e 
campanhas; 
 Controle de foco e bloqueio vacinal; captura e 
eliminação de cães de rua; 
 Envio de amostras para exame laboratorial, para 
monitoramento da circulação viral. 
Profilaxia 
da Raiva 
 É feita com o uso de vacinas e soro, quando os 
indivíduos são expostos ao vírus rábico pela mordedura, 
lambedura de mucosas ou arranhadura provocada por 
animais transmissores da Raiva. 
 A vacina sempre faz parte do esquema de profilaxia; 
 A indicação do soro ocorre quando se trata de um 
acidente de alto risco para desenvolvimento da doença. 
 
Nobre concurseira(o), veja que os instrumentos disponíveis para prevenção e controle da raiva humana 
são a vacina e o soro. 
As vacinas humanas (cultivo celular) são mais potentes, seguras e isentas de risco. São produzidas em 
cultura de células (diploides humanas, células Vero, células de embrião de galinha, etc.), com cepas de vírus 
Pasteur (PV) ou Pittman-Moore (PM) inativados pela betapropiolactona. 
As vias de aplicação são a intramuscular (mais utilizada) e intradérmica (utilizada em casos específicos). 
 Via intramuscular - são apresentadas na dose 0,5ml e 1ml, dependendo do fabricante (verificar 
embalagem e/ou lote). A dose indicada pelo fabricante NAO DEPENDE da idade ou do peso do 
paciente. A aplicação intramuscular deve ser profunda, na região do deltoide ou vasto lateral da 
coxa. Em crianças até 2 anos de idade, está indicado o vasto lateral da coxa. 
 Via intradérmica - a dose da via intradérmica e de 0,1ml. Deve ser aplicada em locais de 
drenagem linfática, geralmente nos braços, na inserção do músculo deltoide. 
 
 
 
 
A vacina antirrábica não deve ser aplicada na região glútea. 
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A vacina contra raiva não tem contraindicação (gravidez, mulheres lactantes, doença intercorrente ou 
outros tratamentos), devido à gravidade da doença que apresenta letalidade de aproximadamente 100%. 
As vacinas contra a raiva produzidas em meios de cultura são seguras. De acordo com os trabalhos 
publicados na literatura, causam poucos eventos adversos e, na quase totalidade dos casos, de pouca 
gravidade. O soro para uso humano (soro heterólogo) é uma solução concentrada e purificada de anticorpos, 
preparada em equídeos imunizados contra o vírus da raiva. 
A dose indicada e de 40UI/kg de peso do paciente. Deve-se infiltrar nas lesões a maior quantidade 
possível da dose do soro (vejam que o soro é aplicado diretamente ao redor das lesões do animal agressor). 
Quando a lesão for extensa e múltipla, a dose do soro a ser infiltrada, pode ser diluída, em soro fisiológico, 
para que todas as lesões sejam infiltradas. Caso a região anatômica não permita a infiltração de toda a dose, a 
quantidade restante, a menor possível, deve ser aplicada por via intramuscular, na região glútea. 
No quadro a seguir, encontra-se o esquema para tratamento profilático antirrábico humano 
Tipo de exposição 
CONDIÇÕES DO ANIMAL AGRESSOR 
Cão ou gato sem 
suspeita deRaiva 
no momento da 
agressão 
Cão ou gato clinicamente 
suspeito de Raiva no 
momento da agressão 
Cão ou gato raivoso 
desaparecido ou morto 
Animais silvestres5 
(Inclusive os 
domiciliados) 
Animais domésticos de 
interesse econômico ou 
de produção 
Contato indireto 
• Lavar com água e 
sabão; 
• Não tratar. 
• Lavar com água e 
sabão; 
• Não tratar; 
• Lavar com água e 
sabão; 
• Não tratar; 
Acidentes leves 
• Ferimentos 
superficiais, pouco 
extensos, geralmente 
únicos, em tronco e 
membros (exceto 
mãos, polpas digitais 
e planta dos pés); 
podem acontecer em 
decorrência de 
mordeduras ou 
arranhaduras 
causadas por unha ou 
dente; 
• Lambedura de pele 
com lesões 
superficiais; 
• Lavar com água e 
sabão 
• Observar o animal 
durante 10 dias 
após exposição1; 
• Se o animal 
permanecer sadio 
no período de 
observação, 
encerrar o caso; 
• Se o animal 
morrer, 
desaparecer ou se 
tornar raivoso, 
administrar 5 doses 
de vacina (dias 0, 3, 
7, 14 e 28). 
• Lavar com água e sabão 
• Iniciar tratamento 
profilático com 2 doses, 
uma no dia 0 e outra no 
dia 3. 
• Observar o animal 
durante 10 dias após 
exposição1; 
• Se a suspeita de Raiva 
for descartada após o 10° 
dia de observação, 
suspender o tratamento 
profilático e encerrar o 
caso; 
• Se o animal morrer, 
desaparecer ou se tornar 
raivoso, completar o 
esquema até 5 doses, 
aplicar uma dose entre o 
• Lavar com água e 
sabão; 
• Iniciar imediatamente 
o esquema profilático 
com 5 doses de vacina 
administradas nos dias 
0, 3, 7, 14 e 28. 
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7° e o 10° dias e uma dose 
nos dias 14 e 28. 
Acidentes graves 
• Ferimentos na 
cabeça, face, pescoço, 
mão, polpas digitais 
e/ou planta do pé; 
• Ferimentos 
profundos, múltiplos 
ou extensos, em 
qualquer região do 
corpo; 
• Lambedura de 
mucosas; 
• Lambedura de pele 
onde já existe lesão 
grave; 
• Ferimento profundo 
causado por unha de 
animal. 
• Lavar com água e 
sabão 
• Observar o animal 
durante 10 dias 
após exposição1,2; 
• Iniciar esquema 
profilático com 2 
doses, uma no dia 0 
e outra no dia 3. 
• Se o animal 
permanecer sadio 
no período de 
observação, 
encerrar o caso; 
• Se o animal 
morrer, desaparecer 
ou se tornar raivoso, 
dar continuidade ao 
esquema profilático, 
administrando o 
soro 3,4 e 
completando o 
esquema até 5 
doses. 
Aplicar uma dose 
entre o 7° e o 10° 
dia e uma dose nos 
dias 14 e 28. 
• Lavar com água e sabão 
• Iniciar o tratamento com 
soro3 e 5 doses de vacina 
nos dias 0, 3, 7, 14 e 28; 
• Observar o animal 
durante 10 dias após 
exposição; 
• Se a suspeita de Raiva 
for descartada após o 10° 
dia de observação, 
suspender o esquema 
profilático e encerrar o 
caso; 
• Lavar com água e 
sabão 
• Iniciar imediatamente 
o esquema profilático 
com soro 3e 5 doses de 
vacina administrada nos 
dias 0, 3, 7, 14 e 28. 
 
1 - É necessário orientar o paciente para que ele notifique imediatamente a Unidade de Saúde se o 
animal morrer, desaparecer ou se tornar raivoso, uma vez que podem ser necessárias novas intervenções de 
forma rápida, como a aplicação do soro ou o prosseguimento do esquema de vacinação. 
2 - É preciso avaliar, sempre, os hábitos do cão e gato e os cuidados recebidos. Podem ser dispensados 
do esquema profilático as pessoas agredidas pelo cão ou gato que, com certeza, não tem risco de contrair a 
infecção rábica. Por exemplo, animais que vivem dentro do domicílio (exclusivamente); não tenham contato 
com outros animais desconhecidos; que somente saem à rua acompanhados dos seus donos e que não 
circulem em área com a presença de morcegos. Em caso de dúvida, iniciar o esquema de profilaxia indicado. 
Se o animal for procedente de área de raiva controlada não é necessário iniciar o esquema profilático. Manter 
o animal sob observação e só iniciar o esquema profilático indicado (soro+vacina) se o animal morrer, 
desaparecer ou se tornar raivoso. 
3 - O soro deve ser infiltrado na(s) porta(s) de entrada. Quando não for possível infiltrar toda dose, 
aplicar o máximo possível e a quantidade restante, a menor possível, aplicar pela via intramuscular, podendo 
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ser utilizada a região glútea. Sempre aplicar em local anatômico diferente do que aplicou a vacina. Quando as 
lesões forem muito extensas ou múltiplas a dose do soro a ser infiltrada pode ser diluída, o menos possível, 
em soro fisiológico para que todas as lesões sejam infiltradas. 
4 - Nos casos em que se conhece só tardiamente a necessidade do uso do soro antirrábico ou quando 
o mesmo não se encontra disponível no momento, aplicar a dose de soro recomendada antes da aplicação da 
3ª dose da vacina de cultivo celular. Após esse prazo o soro não é mais necessário. 
5 - Nas agressões por morcegos deve-se indicar a soro-vacinação independentemente da gravidade 
da lesão, ou indicar conduta de reexposição 
 
15 - INTRODUÇÃO DA VACINA DTPA PARA GESTANTES NO CALENDÁRIO NACIONAL 
DE VACINAÇÃO 
Considerando a situação epidemiológica da coqueluche e a necessidade de proteger contra a doença o 
binômio mãe-filho, a vacina adsorvida de difteria, tétano e coqueluche (pertussis acelular) - dTpa, foi 
introduzida desde de novembro de 2014 no Calendário Nacional de Vacinação para gestantes e profissionais 
de saúde que atendam recém-nascidos nas maternidades e UTIs neonatais, como reforço ou complementação 
do esquema da vacina dupla adulto (difteria e tétano). 
Esta vacina oferece proteção vacinal indireta nos primeiros meses de vida (passagem de anticorpos 
maternos por via transplacentária para o feto) quando a criança ainda não teve a oportunidade de completar o 
esquema vacinal. 
INDICAÇÃO DA VACINA: 
A vacina é indicada para gestantes a partir da vigésima sétima semana (27ª) até a trigésima sexta 
semana (36ª) de gestação, preferencialmente, podendo ser administrada até 20 dias antes da data provável do 
parto. A dTpa adulto deve ser administrada a cada gestação considerando que os anticorpos tem curta 
duração, portanto, a vacinação na gravidez não levará a alto nível de anticorpos protetores em gestações 
subsequentes. Esta vacina deverá ser registrada no cartão do pré-natal ou de vacinação do adulto. 
Para a proteção do RN, além da indicação da vacina para as gestantes, é de fundamental importância a 
vacinação dos profissionais de saúde que atuam em maternidades e em unidades de internação neonatal 
(UTI/UCI convencional e UCI Canguru), atendendo recém-nascidos e crianças menores de um ano. 
ESPECIFICAÇÃO TÉCNICA: 
Caixa com 10 seringas preenchidas monodose de 0,5 mL e 10 agulhas para aplicação intramuscular. 
Esquema recomendado: O esquema recomendado da dTpa adulto é uma dose a cada gestação; 
A depender da situação vacinal encontrada administrar uma dose da vacina dTpa para iniciar o 
esquema, completar ou como dose de reforço. Este esquema deverá ser completada até 20 dias antes da data 
provável do parto com a dT. 
 
 
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RESUMO - DTPA 
 
 
 
 
 
 
16 - VACINA HEPATITE A 
E indicada para a prevenção da infecção causada pelo vírus da Hepatite A. O PNI recomenda a vacinação 
de crianças de 15 meses até menores de 2 anos de idade. 
O PNI recomenda uma dose aos 15 meses (antes era aos 12 meses) de idade na rotina de vacinação. 
Situações individuais específicas podem exigir a adoção de esquema e dosagem diferenciados nos CRIE. 
O volume da vacina a ser administrado e de 0,5 mL.

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