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CURSO DE METODOLIGIA APLICADA

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Pós-graduação 
Segurança da Informação 
 
 
 
 
Metodologia de Pesquisa Aplicada 
Como escrever um artigo científico? 
 
 
 
 
 
Prof. Edilberto Silva 
www.edilms.eti.br 
edilms@yahoo.com 
 
 
 
 
 
 
 
Brasília-DF 
Nov/2010 
 
 
Faculdade de Tecnologia Senac DF 
Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação 
Metodologia de Pesquisa Aplicada 
Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br 
 
www.facsenac.edu.br Página 2 de 34 
 
Sumário 
I. Introdução e apresentação da disciplina .......................................................... 4 
II. Conceitos básicos ............................................................................................ 5 
2.1 O que é um artigo? ........................................................................................................... 5 
2.2 O que é um artigo científico? ........................................................................................... 5 
2.3 O que é uma monografia? ................................................................................................ 6 
III. Estrutura padrão de um artigo ......................................................................... 6 
3.1 Elementos Pré-textuais .................................................................................................... 7 
3.1.1 Título e Subtítulo ......................................................................................................... 7 
3.1.2 Nome(s) do(s) Autor(es) .............................................................................................. 7 
3.1.3 Resumo (Abstract) ...................................................................................................... 8 
3.1.4 Palavras-chave (keywords).......................................................................................... 8 
3.2 Elementos textuais ........................................................................................................... 9 
3.2.1 Introdução ................................................................................................................... 9 
3.2.2 Desenvolvimento ...................................................................................................... 10 
3.2.3 Revisão da Literatura (Estado da Arte) ..................................................................... 10 
3.2.4 Materiais e métodos ................................................................................................. 10 
3.2.5 Resultados ................................................................................................................. 11 
3.2.6 Discussão ................................................................................................................... 11 
3.2.7 Conclusão .................................................................................................................. 12 
3.3 Elementos Pós-textuais .................................................................................................. 12 
3.3.1 Título, e subtítulo em língua estrangeira .................................................................. 12 
3.3.2 Resumo em língua estrangeira ................................................................................. 12 
3.3.3 Palavras-chave em língua estrangeira ...................................................................... 12 
3.3.4 Nota(s) explicativa(s) ................................................................................................. 12 
3.3.5 Referências ................................................................................................................ 13 
3.3.6 Glossário ................................................................................................................... 13 
3.3.7 Apêndice(s) ............................................................................................................... 13 
3.3.8 Anexo(s) .................................................................................................................... 13 
3.3.9 Agradecimentos ........................................................................................................ 14 
3.4 Ilustrações ...................................................................................................................... 14 
3.5 Tabelas ............................................................................................................................ 14 
IV. Estrutura Padrão de uma Monografia ............................................................. 15 
4.1 Organização .................................................................................................................... 15 
4.2 Esqueleto genérico de uma monografia do ponto de vista do conteúdo ...................... 16 
4.2.1 Introdução (Motivação) (Objetivo – O que se pretende apresentar) ....................... 16 
4.2.2 Revisão do estado da arte ......................................................................................... 16 
4.2.3 Análise ....................................................................................................................... 17 
 
Faculdade de Tecnologia Senac DF 
Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação 
Metodologia de Pesquisa Aplicada 
Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br 
 
www.facsenac.edu.br Página 3 de 34 
 
4.2.4 Validação ................................................................................................................... 17 
4.2.5 Conclusões ................................................................................................................ 18 
4.2.6 Referências ................................................................................................................ 18 
4.2.7 Anexos ....................................................................................................................... 18 
V. Características de um bom artigo .................................................................... 19 
5.1 Seu artigo tem algo a dizer? ........................................................................................... 19 
5.2 Seu artigo está bem feito?.............................................................................................. 19 
5.3 Qual a contribuição do seu artigo?................................................................................. 19 
5.4 Está bem escrito? ........................................................................................................... 20 
5.5 Qualidades esperadas de um artigo ............................................................................... 20 
VI. Dicas sobre a redação do texto ....................................................................... 21 
VII. Etapas de desenvolvimento do projeto de pesquisa científica .......................... 22 
7.1 Elaboração da Pergunta de Partida ................................................................................ 23 
7.1.1 Dicas para execução desta etapa: ............................................................................. 23 
7.1.2 Validando a Pergunta de Partida .............................................................................. 24 
7.2 Consolidação da Pergunta de Partida............................................................................. 24 
7.2.1 Dicas para execução desta etapa: ............................................................................. 25 
7.3 Elaboração dos Objetivos ............................................................................................... 26 
7.3.1 Dicas para execução desta etapa: ............................................................................. 27 
7.4 Iniciando a construção dabase teórica: o resumo e a introdução ................................ 27 
7.4.1 Dicas para execução desta etapa: ............................................................................. 28 
VIII. Como referenciar o texto utilizando a NBR 6023:2002 ..................................... 29 
8.1 Autor Pessoal .................................................................................................................. 29 
8.2 Autor entidade ............................................................................................................... 30 
8.3 Monografia no todo ....................................................................................................... 30 
8.4 Monografia no todo em meio eletrônico ....................................................................... 30 
8.5 Parte de monografia ....................................................................................................... 30 
8.6 Parte de monografia em meio eletrônico ...................................................................... 31 
8.7 Publicação periódica ....................................................................................................... 31 
8.8 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico.................................. 31 
8.9 Evento como um todo .................................................................................................... 31 
8.10 Trabalho apresentado em evento .................................................................................. 31 
8.11 Documento jurídico ........................................................................................................ 32 
8.12 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico .................................................... 32 
IX. Dicas gerais para se escrever um bom artigo científico .................................... 33 
9.1 Qualidade das buscas online .......................................................................................... 33 
9.1.1 O que usar? ............................................................................................................... 33 
9.1.2 O que não usar? ........................................................................................................ 33 
X. Referências: ................................................................................................... 34 
 
Faculdade de Tecnologia Senac DF 
Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação 
Metodologia de Pesquisa Aplicada 
Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br 
 
www.facsenac.edu.br Página 4 de 34 
 
I. Introdução e apresentação da disciplina 
Olá prezado(a) aluno(a)! 
Vamos juntos nesta disciplina aprender e aplicar conceitos relacionados à escrita de um 
artigo científico e monografia, abordando a definição do tema, a pergunta de partida e até 
como referenciá-los utilizando a norma ABNT vigente. 
Aprenderemos como realizar levantamentos bibliográficos e procedimentos 
exploratórios que nos ajudarão na construção da problemática, na avaliação e escolha de 
metodologias e modelo de análise do texto. 
O principal objetivo desta disciplina e familiarizá-los com conceitos inerentes a um 
artigo científico e a monografia. Responderemos a perguntas como: O que é um artigo e uma 
Monografia? Qual o objetivo de um artigo científico e de uma monografia? Quais suas partes? 
O que é importante observar ao se escrever um texto? Com referenciar uma produção? 
Como não poderia deixar de ser, como bom analista de sistemas eu mostro, em notação 
de Modelagem de processos, as etapas de desenvolvimento de um projeto de pesquisa 
científica, para melhor visualização e compreensão dos conceitos discutidos. 
Veremos dicas importantes de como escrever bons artigos. E para avaliar nosso 
potencial de escrita e absorção dos conceitos, durante o curso da disciplina, escreveremos um 
artigo, avaliaremos, debateremos e discutiremos aspectos para sua melhoria. 
Esta disciplina os ajudará a atingir os propósitos da disciplina, quais sejam: formar 
especialistas capazes de projetar, implantar e gerenciar soluções de segurança da informação 
nas organizações, com sólidos conhecimentos teóricos e práticos em arquiteturas de redes 
seguras, políticas de segurança, planos de continuidade de negócios, testes de segurança, 
respostas a incidentes e os aspectos jurídicos relacionados. 
Para tanto, todos os profissionais devem ser capazes de realizar pesquisas científicas e 
exploratórias, avaliá-las e descrevê-las na forma escrita. Isto vale para a vida acadêmica – no 
desenvolvimento das tarefas de cada disciplina– e primordialmente para a vida profissional. 
Ademais, ao final da Especialização, todos os alunos devem entregar um Trabalho de 
Conclusão de Curso que consistirá na elaboração de uma monografia ou artigo individual sobre 
tema pertinente ao curso, podendo ser, inclusive, fruto de uma pesquisa de campo sobre o 
tema. 
Então vamos lá! Arregacem as mangas! Abram suas mentes! 
Vamos aprender juntos a escrever bons artigos científicos e monografias trazendo uma 
contribuição significativa para a área de segurança e para nossas vidas! 
Contem comigo! :=D 
Bons estudos 
Prof. Edilberto Silva 
 
Faculdade de Tecnologia Senac DF 
Pós-Graduação Lato Sensu em Segurança da Informação 
Metodologia de Pesquisa Aplicada 
Professor: Edilberto Silva – http://edilms.eti.br 
 
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II. Conceitos básicos 
2.1 O que é um artigo? 
De acordo com o dicionário Michaelis artigo é: 
“(...) 2 Cada um dos assuntos de que se compõe um escrito. (...) 
5 Escrito de jornal, mais extenso que a simples notícia.” 
Ariane Fonseca [1] cita que quanto à finalidade, o artigo toma duas feições: doutrinário 
(destina-se a analisar uma questão da atualidade, sugerindo ao público uma determinada 
maneira de vê-la ou de julgá-la) ou científico (destina-se a tornar público o avanço da ciência, 
repartindo com os leitores novos conhecimentos, novos conceitos). 
De acordo com José Marques de Melo[apud 1], cada espécie de artigo tem suas próprias 
características redacionais. Não há um padrão uniforme para sua concepção, depende da 
natureza do veículo em que se publica. 
“Sendo colaboração espontânea ou solicitação nem sempre remunerada, o artigo confere liberdade 
completa ao seu autor. Trata-se de liberdade em relação ao tema, ao juízo de valor emitido, e também 
em relação ao modo de expressão verbal” – pag. 125.[1] 
 
2.2 O que é um artigo científico? 
O artigo cientifico “é um texto escrito para ser publicado num período especializado e 
tem o objetivo de comunicar os dados de uma pesquisa, seja ela experimental, quase 
experimental ou documental” [3, p.82]. 
De acordo com a ABNT [4, p.2), os artigos podem ser: 
Artigo cientifico: Parte de uma publicação com autoria declarada, que apresenta e 
discute idéias, métodos, técnicas, processos e resultados nas diversas áreas do conhecimento. 
• Artigo de revisão: Parte de uma publicação que resuma, analisa e discute 
informações já publicadas. 
• Artigo original: Parte de uma publicação que apresenta temas ou abordagens 
originais. 
 
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Metodologia de Pesquisa Aplicada 
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2.3 O que é uma monografia? 
De acordo com o dicionário Michaelis monografia é: 
“1 Trabalho escrito, pormenorizado, em que se pretende dar informação completa sobre algum tema 
particular de um ramo de conhecimento, ou sobre personagens, localidades, acontecimentos etc”. 
A professora Mara [5] ensina quemonografia é: 
“...a descrição, através de um texto com formato pré-definido, dos resultados obtidos em um estudo 
aprofundado de um assunto em alguma área, científica ou não. Os objetivos de uma monografia são 
esclarecer um determinado tema e propor formas de organizá-lo e analisá-lo”. 
De acordo com a ABNT 6023:2003: 
“Monografia: Item não seriado, isto é, item completo, constituído de uma só parte, ou que se pretende 
completar em um número preestabelecido de partes separadas”. 
No curso de pós-graduação em Segurança da Informação ao final do curso o aluno deve 
apresentar uma monografia ou artigo, que deve seguir as diretivas do projeto do curso. 
III. Estrutura padrão de um artigo 
Um artigo científico tem a mesma estrutura de um trabalho científico, ou seja, sua 
estrutura é composta de 3 elementos: pré-textuais, textuais e pós-textuais. 
Tabela 1: Elementos de um artigo 
Pré-textuais Textuais Pós-Textuais 
Título e Subtítulo (se houver) Introdução 
Título, e subtítulo em língua 
estrangeira 
Nome do(s) autor (es) 
D
es
en
vo
lv
im
en
to
 Revisão da literatura Resumo em língua estrangeira 
Resumo na língua vernácula1 
do texto 
Material e métodos 
Palavras-chave em língua 
estrangeira 
Palavras-chave na língua 
vernácula do texto 
Resultados Nota(s) explicativa(s) 
 
Discussão Referências 
Conclusão Glossário 
Apêndice(s) 
Anexos 
Agradecimentos 
 
 
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3.1 Elementos Pré-textuais 
3.1.1 Título e Subtítulo 
Título: Palavra, expressão ou frase que designa o assunto ou o conteúdo de um 
documento (ABNT 6023:2003). 
Subtítulo: Informações apresentadas em seguida ao título, visando esclarecê-lo ou 
complementá-lo, de acordo com o conteúdo do documento. (ABNT 6023:2003) 
O título deve conter o menor número possível de palavras que descreva precisamente o 
conteúdo do artigo. Omita todas as palavras desnecessárias do tipo “Um estudo de ...”, 
“Investigações sobre ...”, “Observações a cerca de ...”, etc. 
Serviços de indexação e criação de resumos dependem da acurácia do título,extraindo 
do mesmo palavras-chave que serão úteis na busca de referências e na pesquisa utilizando 
computador. 
Um artigo cujo título foi escolhido de forma inadequada corre o risco de nunca atingir o 
público ao qual foi destinado, portanto seja o mais preciso e específico possível. Se o estudo é 
sobre uma espécie particular ou um determinado composto químico, especifique-o(a) no título. 
Se o estudo foi limitado a uma determinada área, região ou sistema, e as inferências 
(=conclusões) que o artigo contém são igualmente limitadas, então explicite o nome da área, 
região ou sistema no título do artigo. 
O subtítulo é opcional e deve complementar o título com informações relevantes, 
necessárias, somente quando for para melhorar a compreensão do tema. 
Na composição do título deve-se evitar ponto,vírgula, ponto de exclamação e aspas ou 
qualquer outro elemento que interfira no seu significado, exceto o ponto de interrogação, que 
neste momento serve para destacá-lo ou diferenciá-lo dos demais. 
3.1.2 Nome(s) do(s) Autor(es) 
Autor(es): Pessoa(s) física(s) responsável(eis) pela criação do conteúdo intelectual ou 
artístico de um documento (ABNT 6023:2003). 
 
1
 Adj. Próprio de um país ou de uma nação; pátrio, nacional: língua vernácula 
 
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Dependendo do formato é exigido que os autores insiram seus nomes completos com 
email de contato. 
Em alguns padrões após o(s) nome(s) do(s) autor(s) deve ser inserido um breve 
currículo, que o(s) qualifique na área de conhecimento do artigo. Quando é mais de um autor, 
normalmente o primeiro nome é o autor principal, ou 1° autor, sendo sempre citado ou 
referenciado a frente dos demais. 
3.1.3 Resumo (Abstract) 
Resumo: Apresentação concisa dos pontos relevantes de um documento. (ABNT 
6028:2003). 
O resumo deve ressaltar o objetivo, o método, os resultados e as conclusões do 
documento. A ordem e a extensão destes itens dependem do tipo de resumo (informativo ou 
indicativo) e do tratamento que cada item recebe no documento original. 
O resumo deve ser composto de uma seqüência de frases concisas, afirmativas e não de 
enumeração de tópicos. Recomenda-se o uso de parágrafo único. 
A primeira frase deve ser significativa, explicando o tema principal do documento. A 
seguir, deve-se indicar a informação sobre a categoria do tratamento (memória, estudo de 
caso, análise da situação etc.). 
Deve-se usar o verbo na voz ativa e na terceira pessoa do singular. 
Devem-se evitar: 
• Símbolos e contrações que não sejam de uso corrente; 
• Fórmulas, equações, diagramas etc., que não sejam absolutamente necessários; 
quando seu emprego for imprescindível, defini-los na primeira vez que 
aparecerem. 
Quanto a sua extensão os resumos de artigos de periódicos, devem ter de 100 a 250 
palavras. 
3.1.4 Palavras-chave (keywords) 
Palavra-chave: Palavra representativa do conteúdo do documento, escolhida em 
vocabulário controlado. (ABNT 6022:2003). 
 
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As palavras-chave devem figurar logo abaixo do resumo, antecedidas da expressão 
“Palavras-chave:”, separadas entre si por ponto e finalizadas também por ponto. 
Exemplo: 
Palavras-chave: Referências. Documentação. 
3.2 Elementos textuais 
3.2.1 Introdução 
Introdução: Parte inicial do artigo, onde devem constar a delimitação do assunto 
tratado, os objetivos da pesquisa e outros elementos necessários para situar o tema do 
artigo. (ABNT 6022:2003). 
Uma função importante da introdução é estabelecer a significância do seu trabalho que 
está sendo apresentado no artigo: “Por que houve a necessidade e/ou interesse em conduzir 
este trabalho de pesquisa?” Tendo introduzido a literatura pertinente ao assunto e demostrado 
a necessidade e/ou interesse para a realização do estudo a ser apresentado no artigo, você 
deve apresentar de forma clara e precisa a área de abrangência do artigo e os objetivos do 
mesmo. 
A introdução pode terminar com a apresentação dos objetivos, ou como algumas 
pessoas preferem, com uma breve sentença apresentando as principais “descobertas” 
(contribuições) do seu artigo. De uma forma ou outra, o leitor deve ter uma idéia de onde o 
artigo quer chegar para ser capaz de acompanhar o desenvolvimento do mesmo. 
De modo geral, a introdução deve apresentar: 
• O assunto objeto de estudo; 
• O ponto de vista sob o qual o assunto foi abordado; 
• Trabalhos anteriores que abordam o mesmo tema; 
• As justificativas que levaram a escolha do tema, o problema de pesquisa, a 
hipótese de estudo, o objetivo pretendido, o método proposto, a razão de 
escolha do método e principais resultados.” 
 
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3.2.2 Desenvolvimento 
Desenvolvimento: Parte principal do artigo, que contém a exposição ordenada e 
pormenorizada do assunto tratado. Divide-se em seções e subseções, conforme a NBR 
6024, que variam em função da abordagem do tema e do método. (ABNT 6022:2003). 
O elemento textual chamado desenvolvimento é a parte principal do artigo científico, 
caracterizado pelo aprofundamento e análise pormenorizada dos aspectos conceituais mais 
importantes do assunto. É onde são amplamente debatidas as idéias e teorias que sustentam o 
tema (fundamentação teórica), apresentados os procedimentos metodológicos e análise dos 
resultados em pesquisas de campo, relatos de casos, etc... 
O autor deve ter domínio sobre o tema abordado, pois quanto maior for o 
conhecimento a respeito, tanto mais estruturado e completo será o texto. A organização do 
conteúdo deve possuir uma ordem seqüencial progressiva, em função da lógica inerente a 
qualquer assunto, que uma vez detectada, determina a ordem a ser adotada. Muitas vezes 
pode ser utilizada a subdivisão do tema em seções e subseções. 
3.2.3 Revisão da Literatura (Estado da Arte) 
Debate entre autores pesquisados e deles com o autor do artigo, com o objetivo de 
identificar o estado da arte. Esta discussão baseia-se na bibliografia disponível e atualizada, 
especialmente por meio do uso de periódicos científicos.[8] 
3.2.4 Materiais e métodos 
O objetivo principal desta seção é fornecer detalhes suficientes de forma que uma 
pessoa que trabalhe na área do seu artigo possa repetir o estudo apresentado no seu artigo e 
reproduzir os resultados. 
O método científico requer que seus resultados sejam reprodutíveis, e você deve 
fornecer informação suficiente para que outras pessoas possam repetir o estudo. 
Seja claro e preciso na descrição das medidas e inclua as incertezas (=erros) envolvidas 
na medida. Quando você empregar na análise dos seus dados um método estatístico mais usual 
(por exemplo, regressão linear) não é necessário comentários a respeito do mesmo; métodos 
estatísticos avançados ou pouco usuais requerem uma citação da literatura. [10] 
 
 
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3.2.5 Resultados 
Na seção de resultados você apresenta a suas “descobertas”: itens como figuras e 
tabelas são partes importantes nesta seção. Apresente os dados, de forma condensada e 
organizados sistematicamente, com as idéias e tendências mais importantes ressaltadas (em 
destaque) e bem descritas. 
Uma vez que a seção de resultados compreende “o novo conhecimento” que você está 
contribuindo para o mundo, é importante que suas “descobertas” sejam relatadas de forma 
simples e clara. Contudo, cuidado para não ser conciso demais. Não podemos esperar que os 
leitores extraiam as idéias e tendências mais importantes dos dados sem a ajuda do autor. 
Combine o uso de texto, tabelas e figuras para condensar os dados e dar destaque às 
novas idéias e tendências encontradas em suas “descobertas”.[10] 
3.2.6 Discussão 
Na seção de discussão dos resultados, você deve discutir quais idéias e tendências foram 
estabelecidas ou reforçadas com os resultados de seu trabalho; como suas descobertas se 
comparam às descobertas de outros ou às previsões baseadas em trabalhos anteriores, e se 
existem implicações teóricas e/ou práticas do seu trabalho. 
Quando você faz estas perguntas, é crucial que o que você vai escrever na seção 
“discussão” se apóie firmemente nas evidências apresentadas na seção “resultados”. Refira-se 
aos seus resultados para dar suporte às afirmações feitas na seção “discussão”. Não estenda as 
suas conclusões além daquelas que são diretamente sustentadas pelos seus resultados. 
Um parágrafo curto de especulação a respeito do significado (de uma maneira geral) de 
seus resultados é usualmente aceitável, mas não deve de forma alguma formar a principal 
parte da seção “discussão”. Tenha certeza de que você se referiu aos objetivos do seu trabalho 
na seção “discussão” e de que você discutiu a significância dos resultados obtidos. Não deixe o 
leitor pensando: “E daí????”. Termine a seção “discussão” com um breve resumo ou 
conclusão que diga respeito à significância do seu trabalho. 
 
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3.2.7 Conclusão 
Conclusão: Parte final do artigo, na qual se apresentam as conclusões correspondentes 
aos objetivos e hipóteses. (ABNT 6022:2003). 
 
Parte final do artigo, onde o autor apresenta as conclusões da pesquisa, de modo 
sintético, com descobertas fundamentadas nos objetivos que foram apresentados, comprova 
ou refuta as hipóteses, ou confirma as respostas dadas às questões norteadoras, pode 
apresentar sugestões e recomendações para outros trabalhos. 
 
3.3 Elementos Pós-textuais 
3.3.1 Título, e subtítulo em língua estrangeira 
O título, e subtítulo (se houver) em língua estrangeira, diferenciados tipograficamente 
ou separados por dois pontos (:), precedem o resumo em língua estrangeira. (ABNT 6022:2003) 
3.3.2 Resumo em língua estrangeira 
Elemento obrigatório, versão do resumo na língua do texto, para idioma de divulgação 
internacional, com as mesmas características (em inglês Abstract, em espanhol Resumen, em 
francês Résumé, por exemplo). (ABNT 6022:2003) 
3.3.3 Palavras-chave em língua estrangeira 
Elemento obrigatório, versão das palavras-chave na língua do texto para a mesma língua 
do resumo em língua estrangeira (em inglês Keywords, em espanhol Palabras clave, em francês 
Mots-clés, por exemplo). (ABNT 6022:2003) 
3.3.4 Nota(s) explicativa(s) 
Nota explicativa: Nota usada para comentários, esclarecimentos ou explanações, que 
não possam ser incluídos no texto. (ABNT 6022:2003). 
A numeração das notas explicativas é feita em algarismos arábicos, devendo ser única e 
consecutiva para cada artigo. Não se inicia a numeração a cada página. 
 
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Exemplos: No texto 
Os pais estão sempre confrontados diante das duas alternativas: vinculação escolar ou 
vinculação profissional 1 
Na nota explicativa 
1 Sobre essa opção dramática, ver também Morice (1996, p. 269-290). 
3.3.5 Referências 
Referência: Conjunto padronizado de elementos descritivos, retirados de um 
documento, que permite sua identificação individual. (ABNT 6022:2003). 
 
Elemento obrigatório, elaborado conforme a NBR 6023. Veja o tópico “VII. Como 
referenciar o texto utilizando a NBR 6023:2002” para maiores informações. 
3.3.6 Glossário 
Glossário: Lista em ordem alfabética de palavras ou expressões técnicas de uso restrito 
ou de sentido obscuro, utilizadas no texto, acompanhadas das respectivas definições. 
(ABNT 6022:2003). 
 
Elemento opcional, elaborado em ordem alfabética. 
3.3.7 Apêndice(s) 
Apêndice: Texto ou documento elaborado pelo autor, a fim de complementar sua 
argumentação, sem prejuízo da unidade nuclear do trabalho. (ABNT 6022:2003). 
 
Elemento opcional. O(s) apêndice(s) são identificados por letras maiúsculas 
consecutivas, travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras 
maiúsculas dobradas, na identificação dos apêndices, quando esgotadas as 23 letras do 
alfabeto.Exemplo: 
APÊNDICE A – Avaliação da ABNT ISO 27005:2003 
3.3.8 Anexo(s) 
Anexo: Texto ou documento não elaborado pelo autor, que serve de fundamentação, 
comprovação e ilustração. (ABNT 6022:2003). 
 
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Elemento opcional. O(s) anexo(s) são identificados por letras maiúsculas consecutivas, 
travessão e pelos respectivos títulos. Excepcionalmente utilizam-se letras maiúsculas dobradas, 
na identificação dos anexos, quando esgotadas as 23 letras do alfabeto. 
Exemplo: 
ANEXO A – Lei nº 99/2099 sobre BioSegurança 
3.3.9 Agradecimentos 
Agradecimentos e a data de entrega dos originais para publicação. 
 
3.4 Ilustrações 
As ilustrações (quadros, figuras, fotos etc), devem ter uma numeração seqüencial. Sua 
identificação aparece na parte inferior, precedida da palavra designativa, seguida de seu 
número de ordem de ocorrência do texto, em algarismos arábicos, do respectivo título, a 
ilustração deve figurar o mais próximo possível do texto a que se refere. (ABNT. NBR 6022, 
2003, p. 5). 
3.5 Tabelas 
Conforme o IBGE (1993) as tabelas devem ter um número em algarismo arábico, 
seqüencial, inscritos na parte superior, a esquerda da página, precedida da palavra Tabela. 
Exemplo: Tabela 5 ou Tabela 3.5 
Devem conter um Título por extenso, inscrito no topo da tabela, para indicar a natureza 
e abrangência do seu conteúdo e a Fonte deve ser colocada imediatamente abaixo da tabela 
em letra maiúscula/minúscula para indicar a autoridade dos dados e/ou informações da tabela, 
precedida da palavra Fonte. 
 
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IV. Estrutura Padrão de uma Monografia 
4.1 Organização 
Esse estudo normalmente se organiza em uma das seguintes formas: [13][14] 
• Uma revisão bibliográfica abrangente de um determinado assunto. Ex.: O 
paradigma de orientação a objeto nas modernas linguagens de programação; 
• Uma revisão bibliográfica, complementada por um estudo de caso da 
aplicabilidade de uma técnica ou abordagem estudada. Ex.: As primitivas de POO 
no desenvolvimento de um sistema para troca de informações; 
• Uma revisão bibliográfica associada à investigação de formas de solução de um 
determinado problema. Ex.: A implementação da hierarquia múltipla nos novos 
paradigmas OO. 
Não é necessário que uma monografia apresente resultados inéditos (como esperado 
em uma tese de doutorado, ou, em menor grau, em uma dissertação de mestrado). Os 
resultados estão mais associados à organização e análise comparativa e crítica das idéias em 
torno de um determinado assunto. Desta forma, uma revisão bibliográfica das obras mais 
importantes em uma determinada área é parte essencial da construção de uma monografia. 
O texto deve ser pensado como proporcionando ao leitor uma fonte de estudo em um 
assunto, fornecendo desde os conceitos fundamentais da área até uma visão mais 
aprofundada dos conteúdos que a compõem. 
Uma monografia deve ser escrita em uma linguagem clara e objetiva. Um texto 
científico deve ser: objetivo, preciso, imparcial, claro, coerente, e impessoal. Os verbos devem 
ser utilizados na terceira pessoa do singular, evitando-se usar na terceira pessoa do plural e 
nunca primeira pessoa. 
O texto deve ter uma seqüência lógica apresentando com precisão as idéias, as 
pesquisas, os dados, os resultados dos estudos, sem prolongar-se por questões de menor 
importância. 
 
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4.2 Esqueleto genérico de uma monografia do ponto de vista do conteúdo 
A descrição abaixo (tabela 2) fornece uma idéia geral do conteúdo que deve ser tratado 
em cada seção do corpo de uma monografia, sem preocupações com o formato. 
Tabela 2: Elementos de uma Monografia 
Pré-textuais Textuais Pós-Textuais 
Título e Subtítulo (se houver) Introdução 
Título, e subtítulo em língua 
estrangeira 
Nome do(s) autor (es) 
D
es
en
vo
lv
im
en
to
 
Revisão da literatura Resumo em língua estrangeira 
Resumo na língua vernácula2 
do texto 
Análise 
Palavras-chave em língua 
estrangeira 
Palavras-chave na língua 
vernácula do texto 
Validação Nota(s) explicativa(s) 
 
Conclusão Referências 
Glossário 
Apêndice(s) 
Anexos 
Agradecimentos 
 
4.2.1 Introdução (Motivação) (Objetivo – O que se pretende apresentar) 
Apresenta uma introdução geral sobre o assunto do trabalho. Não é apenas uma 
descrição dos conteúdos das seções do texto. Deve resumir o assunto do trabalho e 
argumentar porque é importante, do ponto de vista de ciência da computação, estudar esse 
assunto. 
Pode ser discutida brevemente, a abordagem do trabalho (análise? melhor definição da 
terminologia? comparação entre diferentes metodologias? avaliação da técnica em um caso 
real?). 
4.2.2 Revisão do estado da arte 
Apresentar as idéias principais dos principais autores da área. As idéias são 
apresentadas apenas, mas não discutidas ou criticadas, o que será feito nas próximas seções. 
Não são incluídas as idéias ou experimentos do próprio autor da monografia. 
 
2
 Adj. Próprio de um país ou de uma nação; pátrio, nacional: língua vernácula 
 
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Um ponto importante da revisão é a forma como ela é organizada, o que acaba sendo 
uma das maiores contribuições da monografia. É desejável que os trabalhos anteriores sejam 
descritos segundo uma mesma visão, proposta pelo autor da monografia e não pelo autor dos 
trabalhos revisados. A organização da revisão permite, posteriormente, realizar comparações 
e análises, levando a uma melhor compreensão do assunto. Dependendo dessa, a seção pode 
ser dividida em tantas subseções quanto desejáveis. 
Uma revisão sobre linguagens de programação orientadas a objeto, por exemplo, pode 
organizar as linguagens cronologicamente, por características particulares (implementam 
herança múltipla ou não, são linguagens híbridas, etc), por serem comerciais ou acadêmicas, 
entre outras abordagens. 
Todos os trabalhos revisados devem estar associados à fonte de referência no texto, e 
essa referência deve estar incluída nas referências bibliográficas no final da monografia. 
 
4.2.3 Análise 
Nessa seção, são analisadas as abordagens e técnicas discutidas no capítulo anterior. 
Novamente os critérios de análise são importantes para apontar as principais vantagens ou 
falhas das técnicas analisadas, sua utilização potencial, etc. Quanto mais dados objetivos forem 
utilizados na análise melhor (ao invés de dizer: “o sistema possui uma interface amigável”, 
descreva: “a interface foi analisada por 50 usuários, dos quais 60% mostraram-se satisfeitos, 
35% parcialmente satisfeitos e 5% insatisfeitos com a interação”). 
Nessa seção, tem papel importante a organização das informações em tabelas ou 
figuras que são citadas e analisadas ao longo do texto. (Ou seja, não inclua figuras ou tabelas 
que não sejam analisadas ou citadasno texto!) 
 
4.2.4 Validação 
Se a monografia aborda um estudo de caso, essa seção descreve os excelentes 
resultados de utilizar a técnica ou abordagem avaliada como a melhor na seção anterior. Pode 
também demonstrar porque utilizar outra abordagem não funcionaria ou não teria tão bons 
resultados. A seção deve ser farta em dados objetivos para demonstrar o que afirma no texto 
 
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(menor número de linhas de código, maior satisfação do usuário, viabilidade de integração com 
outros sistemas, etc). 
 
4.2.5 Conclusões 
Basicamente, a conclusão descreve 3 tópicos básicos, as conclusões, o sumário da 
contribuição do texto e estudos futuros. 
Conclusões não são resumos do trabalho, mas das conclusões obtidas no estudo, 
apresentadas de forma objetiva e concisa: a linguagem X é melhor que a Y; a linguagem Z é 
mais adequada do que a J e assim por diante. Basicamente, repete, organiza e reforça os 
resultados da análise e avaliação descritos nas seções 3 e 4. 
A contribuição, se for incluída, pode descrever os critérios de análise e organização 
utilizados e como esses critérios auxiliaram a compreensão e organização do domínio. 
Os trabalhos futuros descrevem estudos que foram considerados interessantes após 
essa pesquisa inicial, mas que, por limitação de tempo ou interesse, não foram realizados nesse 
mesmo trabalho. ( Por exemplo, usar esses mesmos critérios de análise definidos para 
linguagens no paradigma OO, para compará-las com outros paradigmas.) 
 
4.2.6 Referências 
A lista de referências é estreitamente relacionada à revisão do estado da arte onde 
também incluir os trabalhos de onde foram extraídos dados, figuras, tabelas, textos, etc. Todas 
as referências citadas no texto devem ser incluídas na lista de referências. Por outro lado a lista 
de referências não deve incluir trabalhos não citados no texto. 
As referências devem ser listadas no formato ABNT. 
 
4.2.7 Anexos 
Os anexos incluem todo o material que impede uma leitura rápida e compreensível do 
texto da monografia, mas que é necessário para dar suporte a sua análise e conclusões. 
Normalmente são materiais muito detalhados para serem incluídos no texto, como 
formalismos das linguagens, tabelas de resultados de teste, copias de telas de programa, etc. 
 
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V. Características de um bom artigo 
5.1 Seu artigo tem algo a dizer? 
O primeiro e importante requisito é que o artigo deve mostrar que tem algo a dizer com 
o trabalho, e que fez boas escolhas ao fazê-lo. A mensagem a ser transmitida em um artigo 
deve ficar explícita. Escolhas críticas determinam o sucesso de um artigo:[11] 
• A escolha do tema; 
• A escolha da indagação (pergunta que a pesquisa procura responder); 
• A abordagem de pesquisa (como se pretende responder a pergunta); 
• Pertinência da pesquisa e durabilidade do estudo. 
5.2 Seu artigo está bem feito? 
Uma vez determinados o tema, a indagação e abordagem da pesquisa é preciso 
operacionalizar. Isto significa: 
• Conceber o método apropriado; 
• Efetivar com eficácia e qualidade a pesquisa planejada. 
• A pesquisa se propõe a “fazer a coisa certa”? 
• A pesquisa “fez certo o que deveria fazer”? 
5.3 Qual a contribuição do seu artigo? 
Este critério envolve o produto da pesquisa: seus argumentos e o conteúdo final. O 
julgamento da pesquisa abrange: 
• Consistência e Coerência. Até que ponto a pesquisa consegue teorizar, 
argumentar e sustentar coerentemente o argumento principal? 
• Originalidade e Inovação. Qual o nível de ineditismo do argumento, dos 
resultados ou das conclusões? 
• Nível de surpresa. Até que ponto a pesquisa ou resultados é surpreendente ou 
redunda no óbvio, no intuitivo ou esperado? 
• Qual a contribuição para o avanço do conhecimento e de utilidade para 
pesquisas futuras? 
• Qual a utilidade prática dos resultados e da pesquisa? 
 
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5.4 Está bem escrito? 
Não menos importante é o critério de estar bem escrito. Mesmo que o artigo detenha 
um bom tema, resultados impecáveis e uma excelente contribuição, se estiver mal escrito, será 
um artigo ruim. A próxima seção aborda qualidades esperadas em um artigo e a após são 
descritas algumas dicas para redação do texto do artigo. 
 
5.5 Qualidades esperadas de um artigo 
Um bom artigo caracteriza-se por sua qualidade, atualidade e cientificidade, 
considerando-se [3]: 
• Clareza: No resumo, o leitor já deve ter uma noção clara do que trata o artigo, 
que deve primar pela objetividade do seu conteúdo; 
• Concisão: O assunto abordado deve ser descrito, explicado e argumentado com 
poucas palavras, frases curtas e parágrafos breves; 
• Criatividade: O texto deve ser escrito de forma criativa, tendo como principal 
meta atrair os leitores visados. O autor pode utilizar inclusive figuras e títulos 
interrogativos, que chamem atenção. E, ainda, dizer coisas que já sabe, numa 
prova perspectiva; 
• Correção: Logo após a redação, o texto deve passar por uma avaliação 
gramatical, com pontuação adequada, e ser regido conforme as regras da 
redação científica; 
• Encadeamento: Tanto os parágrafos como as partes devem apresentar um 
encadeamento lógico e hierárquico das idéias, guardando inclusive uma simetria 
na sua estrutura dimensão; 
• Consistência: O pesquisador deve optar por um tempo verbal e manter a 
coerência ao longo do texto. 
• Contundência: A redação de ser direta ou objetiva em relação ao assunto, 
evitando a redundância ou o circunlóquio. As afirmações são importantes e são 
responsáveis pelo impacto do texto; 
 
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• Precisão: As informações apresentadas no texto devem verdadeiras e os 
conceitos, universalmente aceitos; 
• Originalidade: O conteúdo abordado precisa ser tratado de forma original, sem o 
uso de frases feitas e lugares comuns. É conveniente evitar modismos 
lingüísticos e o emprego de palavras rebuscadas, que apareçam demonstrar 
erudição; 
• Extensão: O tamanho do artigo vai depender do número de páginas estabelecido 
pela revista ou de folhas, pelo professor em sala de aula; 
• Especificidade: É necessário que o texto especifique e apresente os objetivos 
pretendidos com o estudo, esclarecendo do que trata, desde seu título; 
• Correcão Política: A redação deve observar o uso de termos politicamente 
corretos, evitando o emprego de expressões de conotação racista, etnocentrista 
e de cunho sexista; 
• Fidelidade: O texto deve ser escrito dentro dos parâmetros éticos, com absoluto 
respeito ao objetivo pesquisado, às fontes estudadas e aos leitores; 
VI. Dicas sobre a redação do texto 
 
Para uma boa redação Azevedo [3] descreve alguns lembretes necessários: 
• Não apelar para generalizações (ex.: sabe-se, grande parte); 
• Não repetir palavras, especialmente verbos e substantivos (use sinônimos); 
• Nãoempregar modismos lingüísticos (ex.: em nível de, no contexto, a ponto de); 
• Não apresentar redundâncias (ex.: as pesquisas são a razão de ser do 
pesquisador); 
• Não utilizar muitas citações diretas. De preferência às indiretas, interpretando as 
idéias dos autores pesquisados; 
• Não empregar notas de rodapé desnecessárias que possam interferir no texto, 
sobrecarregando-o; 
• Não usar gírias, abreviaturas, siglas, nomes comerciais e fórmulas químicas, 
exceto se extremamente necessário; 
 
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VII. Etapas de desenvolvimento do projeto de pesquisa científica 
[12] 
 
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7.1 Elaboração da Pergunta de Partida 
As respostas às perguntas de cunho científico não se limitam a soluções do tipo “sim” ou 
“não”. Porém esse pode ser o primeiro passo para se chegar à pergunta de partida. A pergunta 
de partida representa um aprofundamento da curiosidade inicial em direção a uma percepção 
mais ampla do fenômeno e demanda um conhecimento inicial sobre os conceitos relacionados. 
Como por exemplo: 
É possível mapear ataques cibernéticos à redes corporativas ligadas através de Wireless por meio 
da combinação de IDPs - Sistema de Detecção de Intrusão e IPDs - Sistema de Prevenção de 
Intrusão, sem o uso de sistemas firewall? 
Qual foi o processo que ocorreu nesse exemplo? Em primeiro lugar, foi formulada uma 
pergunta ingênua, que apenas traduzia uma curiosidade inicial. Com algum conhecimento 
sobre o tema, somado ao mesmo interesse inicial, a pergunta pode e deve ser melhorada. 
7.1.1 Dicas para execução desta etapa: 
• Proponha uma pergunta “ingênua”. 
• Identifique o tema ligado a essa pergunta. 
• Colete informações básicas sobre esse tema (nessa fase de aproximação, não há 
muito rigor quanto às fontes de tais informações, isto é: wikis e outras fontes 
não-científicas servem apenas nesse momento, para familiarizar o pesquisador 
iniciante com o tema). 
• Separe algumas indicações bibliográficas pertinentes ao seu tema (agora a 
literatura informal não vale mais). O ideal é que você busque materiais mais 
recentes em diferentes tipos de publicação (livros, revistas e teses). 
Provavelmente, você não encontrará nada que dê conta especificamente de seu 
problema. Não se preocupe e lembre-se de que você ainda está compilando 
informações sobre o tema. 
Anote suas respostas para esses pontos de modo sistemático em algum meio separado 
especificamente para esse fim. Um “caderno de pesquisa”, mesmo que não se trate fisicamente 
de um caderno. 
 
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7.1.2 Validando a Pergunta de Partida 
Agora que você já tem uma pergunta de partida é cogente avaliar a pertinência de sua 
pergunta de partida apresentado-a para outras pessoas, de preferência que saibam mais do 
que você sobre o tema. Colegas mais experientes e professores são bons interlocutores nessa 
etapa. 
A sua pesquisa será desenvolvida em algum espaço institucional, que tem interesses e 
abordagens de pesquisa específicas. Isso significa que uma boa pergunta de partida deve ser 
adequada para o local, situação ou momento no qual você está inserido. 
A pergunta: “Como as pirâmides foram construídas sem ajuda de equipamentos de 
engenharia inventados em nosso século XX?” é uma pergunta adequada ao tema histórico no 
ano 2000, por exemplo, e, com certeza, não é uma pergunta adequada a Pós Graduação Lato 
Sensu em Segurança da Informação, da FacSenac, em 2010. 
Por fim, nesta etapa, é cogente realizar sua própria reflexão durante o processo de 
amadurecimento da “pergunta ingênua”, a partir dos novos conhecimentos adquiridos sobre o 
tema. Isto freqüente exige a mudança da pergunta. Nesse caso, é só repetir o processo, 
transformando o que seria o resultado do processo de amadurecimento da “pergunta ingênua” 
em “nova pergunta ingênua”. O processo de reflexão e transformação 
 
7.2 Consolidação da Pergunta de Partida 
Apesar do esforço realizado para a elaboração da pergunta inicial, ainda há um caminho 
a ser percorrido para o estabelecimento dos objetivos da pesquisa, que representam um 
aprimoramento dessa curiosidade, agora mais sistematizada. 
Naquela etapa, a leitura teve apenas um caráter introdutório, com o sentido de 
melhorar a delimitação do problema. Agora se trata de aprimorar a pergunta inicial mediante o 
conhecimento mais aprofundado de trabalhos que já se debruçaram sobre o mesmo tema e 
que, eventualmente, já tenham se aproximado, mesmo que tangencialmente, do problema 
escolhido por você. 
Seguindo a pergunta ingênua, a título de exemplo, temos: 
Como mapear ataques cibernéticos a redes corporativas? 
 
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O contato com a literatura mais específica fez com que você pensasse em algumas 
possíveis respostas, como o controle de log ou a criação de honeynet. 
Estas respostas representam apenas algumas possibilidades e restringem as vastas 
possibilidades abertas pelo termo “como”. A escolha de uma das alternativas identificadas 
como uma provável resposta poderá ser transformada em uma hipótese e, posteriormente, no 
elemento básico da nova pergunta: 
Quais os mecanismos de uma ‘honeynet’ que permitem mapear um ataque cibernético 
a uma rede corporativa? 
Essa segunda pergunta é mais específica do que a primeira, porém pode redundar em 
uma resposta técnica, não adequada a uma pesquisa de cunho científico, como no exemplo de 
nossa primeira “pergunta ingênua”. 
Nesse exemplo, sua nova etapa demandará leituras iniciais sobre honeynet, que, 
provavelmente, não haviam sido contempladas na elaboração da pergunta de partida. O 
processo continua a ser o mesmo de se supor que, ao ampliar seu conhecimento teórico sobre 
a problemática, você comece a ter novas ideias quanto à abordagem prevista para o problema. 
 
7.2.1 Dicas para execução desta etapa: 
• Tenha em mãos (no seu registro do projeto) a “pergunta de partida”. 
• Tente imaginar algumas respostas possíveis e anote-as. 
• Escolha uma dessas respostas. 
• Colete novas informações básicas ligadas ao estreitamento do tema provocado 
por tal resposta (supõe-se que nessa fase você já tenha um conhecimento maior 
das fontes, que permita trabalhar diretamente com material de cunho científico) 
e proceda à leitura desse novo material. 
• Redija uma nova pergunta, incorporando os novos conhecimentos atrelados 
àquela resposta selecionada, que, aqui, se tornará hipótese. 
• Repita o processo sempre que necessário. 
 
 
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7.3 Elaboração dos Objetivos 
Após o encerramento da consolidação da pergunta da partida, você terá elementos 
suficientes para formular o Objetivo Geral do trabalho. 
Basta redigi-locom precisão, concisão e linguagem direta sempre começando com um 
verbo no infinitivo, que indica o que você pretende fazer. Como se trata de um projeto de 
cunho científico - e não uma consultoria técnica -, os verbos relacionados ao conhecimento 
são mais adequados do que aqueles mais técnicos: “compreender”, “estudar”, “analisar”, 
“explicar” são verbos mais pertinentes do que “propor”, “executar”, “aplicar”, “construir”. 
O objetivo da pesquisa ficaria, por exemplo: 
“Analisar a eficácia de uma ‘honeynet virtual’ na redução de intrusões e ação de ‘malware’. 
O aprofundamento na bibliografia sobre o tema também induz a buscar outros 
detalhamentos à questão. Ainda de acordo com nosso exemplo, muitas coisas continuam em 
aberto como: 
a) Como se espera analisar as intrusões de ‘malware’? 
b) Redução das intrusões onde? Em qualquer sistema ou em um tipo específico de sistema? 
c) O que é uma ‘honeynet virtual’? 
d) Por que trabalhar com uma ‘honeynet virtual’? 
Os objetivos específicos devem ser encarados como sub-objetivos para a realização do 
objetivo geral. Ou seja, aquilo que você precisa realizar para atingir sua intenção maior. 
Tome cuidado para não confundir os objetivos específicos com etapas de pesquisa. 
Essas corresponderão às tarefas necessárias para o atingimento dos objetivos específicos. 
Nos objetivos específicos, os verbos relativos à execução de atividades tendem a ser 
adequados, desde que claramente ligados ao atendimento do objetivo geral e não sejam 
configurados como etapas de pesquisa. Os objetivos específicos apontam, ainda, para o 
material empírico – baseado na experiência- no qual a pesquisa será desenvolvida em termos 
concretos; 
Em nosso exemplo, os objetivos específicos poderiam ser: 
a) Customizar uma ferramenta para análise de intrusões de ‘malware’ 
b) Criar uma rede corporativa capaz de simular as intrusões de ‘malware’. 
c) Analisar as intrusões de ‘malware’ na rede coorporativa do Órgão Beta. 
 
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E como exemplo de etapas poder-se-ia ter: 
a) Testar as ferramentas existentes no mercado e adaptar/escolher/criar uma ferramenta 
própria para a pesquisa ; 
b) Criar um Vlan e colher e simular ataques de malwares. 
 
7.3.1 Dicas para execução desta etapa: 
• Tenha em mãos (no seu registro do projeto) a “pergunta de partida 
consolidada”. 
• Faça a redação de seu objetivo geral. 
• Elenque as questões que ficam em aberto na sua pesquisa e selecione aquelas 
que complementam o objetivo geral. 
• Redija os objetivos específicos. 
• Faça o mesmo teste de pertinência das etapas anteriores. 
• Repita o processo sempre que for necessário. 
7.4 Iniciando a construção da base teórica: o resumo e a introdução 
A construção da base teórica é um processo fundamental. Sua existência é um dos 
principais aspectos que diferenciam as pesquisas de cunho científico dos trabalhos técnicos, de 
consultoria ou administrativos. 
Todas as etapas desenvolvidas até aqui demandaram leitura especializada, que, em cada 
passo e em cada revisão de etapa, foi aprofundada. Logo no início você pode ter recorrido a 
referências mais informais, como textos não certificados disponíveis na Internet. 
Com certeza, você já tem informações sobre muitas obras importantes para a sua 
pesquisa, ainda que não as tenha completamente. 
É importante compreender que essa base não pode ser estática. A cada momento você 
estará lendo um pouco mais e ampliando suas referências. Lembre-se de continuar com as 
anotações sistemáticas e considere a possibilidade de manter um controle separado para as 
leituras. 
A introdução é antecedida por um resumo. A função do resumo é apenas indicativa e 
não explicativa. Visa dar uma informação sintética e consistente e não deve ter mais do que 
 
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um parágrafo de cerca de 10 linhas. 200 palavras são mais do que suficientes para a construção 
de um resumo. 
O resumo apenas apresenta o tema da pesquisa, a preocupação principal (expres- sa no 
objetivo geral), as linhas gerais de como ela será realizada, incluindo a indicação da base 
empírica (evidenciada nos objetivos específicos), além de mencionar um ou dois autores (ou 
correntes teóricas) que sustentam teoricamente o trabalho. 
Na introdução, aprofunda-se o resumo. Nessa parte, o texto costuma apresentar 
citações que ajudarão na inserção da pesquisa em uma dada corrente teórica. Tenta-se 
estabelecer um diálogo com os autores que você leu e que serão úteis em sua argumentação. 
Uma boa introdução não é aquela que tem grande quantidade de citações, porém 
aquela que tem as citações suficientes para melhor explicar o que se pretende fazer e que 
articule os propósitos da pesquisa iniciante com ideias relevantes, e já consolidadas, da área. 
É preciso ainda que o texto deixe bem claro quais são as suas ideias e quais são as ideias 
de outrem. Os termos mencionados “diálogo” e “articulação” são fundamentais para 
caracterizar o que se espera de uma boa redação da introdução. Você deve ainda procurar 
apresentar, de modo sucinto, o estado da arte em que se encontra o tema e, se possível, o seu 
problema de pesquisa 
 
7.4.1 Dicas para execução desta etapa: 
• Com base nos seus objetivos, redija um resumo de até 200 palavras e peça a 3 
leitores de formações diversas que o analisem: a) um leitor da mesma área e 
especialidade que você; b) um leitor da mesma grande área que você, porém de 
uma especialidade distinta e c) um pesquisador de uma área completamente 
distinta da sua. Não se esqueça de registra a análise por escrito 
• Refaça esse exercício até ficar satisfeito com o entendimento que os leitores 
terão de seu texto. Lembre-se de que chegará um ponto no qual o não-
especialista em sua área não entenderá sua proposta de pesquisa apenas por 
falta de domínio conceitual. 
 
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• Selecione os temas e conceitos que você julgue importantes para serem 
explicados e faça uma listagem deles. Essa listagem dos conceitos se converterá 
em suas palavras-chave. 
• Associe, para cada tema e conceito, pelo menos duas referências de trabalhos 
que constem em sua base teórica e que você entenda como os mais indicados 
para ajudá-lo a definir tais conceitos, mesmo que você ainda tenha que lê-los 
mais profundamente. 
• Hierarquize tais temas, conceitos e respectivas referências de acordo com a 
sequência que parecer mais lógica para a redação da introdução e construa um 
esquema do que você pretende escrever. 
• Peça a um pesquisador mais experiente para opinar sobre esse esquema. 
• Repita o processo sempre que necessário. 
VIII. Como referenciar o texto utilizando a NBR 6023:2002 
As referências em um artigo deve seguir os preceitos descritos pela norma NBR 
6023:2002 que estabelece os elementos a serem incluídos em referências. Esta Norma fixa a 
ordem dos elementos das referências e estabelece convenções para transcrição e apresentação 
da informação originada do documento e/ou outras fontes de informação.Seguem alguns 
exemplos de como referenciar fontes. 
Seguem alguns exemplos. Paramaiores detalhes sugere-se consultar a norma 
6023:2003. 
8.1 Autor Pessoal 
Exemplo: PASSOS, L. M. M.; FONSECA, A.; CHAVES, M. Alegria de saber: 
matemática, segunda série, 2, primeiro grau: livro do professor. São 
Paulo: Scipione, 1995. 136p 
Quando existirem mais de três autores, indica-se apenas o primeiro, acrescentando-se a 
expressão et al. 
Exemplo: URANI, A. et al. Constituição de uma matriz de contabilidadesocial 
para o Brasil. Brasília, DF: IPEA, 1994. 
 
 
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8.2 Autor entidade 
As obras de responsabilidade de entidade (órgãos governamentais, empresas, 
associações, congressos, seminários etc.) têm entrada, de modo geral, pelo seu próprio nome, 
por extenso. 
Exemplos: ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE NORMAS TÉCNICAS. NBR 
10520:informação e documentação: citações em documentos: 
apresentação. Rio de Janeiro, 2002. 
 SWOKOWSKI, E. W.; FLORES, V. R. L. F.; MORENO, M. Q. Cálculo de 
geometria analítica. Tradução de Alfredo Alves de Faria. Revisão 
técnica Antonio Pertence Júnior. 2. ed. São Paulo: Makron Books do 
Brasil, 1994. 2 v 
8.3 Monografia no todo 
Inclui livro e/ou folheto (manual, guia, catálogo, enciclopédia, dicionário etc.) e 
trabalhos acadêmicos (teses, dissertações, entre outros). 
Os elementos essenciais são: autor(es), título, edição, local, editora e data de 
publicação. 
Exemplo: GOMES, L. G. F. F. Novela e sociedade no Brasil. Niterói: EdUFF, 1998 
 
8.4 Monografia no todo em meio eletrônico 
Exemplo: KOOGAN, André; HOUAISS, Antonio (Ed.). Enciclopédia e dicionário 
digital 98. Direção geral de André Koogan Breikmam. São Paulo: 
Delta: Estadão, 1998. 5 CD-ROM. 
 
8.5 Parte de monografia 
Inclui capítulo, volume, fragmento e outras partes de uma obra, com autor(es) e/ou 
título próprios. 
Exemplo: ROMANO, Giovanni. Imagens da juventude na era moderna. In: LEVI, 
G.; SCHMIDT, J. (Org.). História dos jovens 2. São Paulo:Companhia 
das Letras, 1996. p. 7-16 
 
 
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8.6 Parte de monografia em meio eletrônico 
Exemplo: SÃO PAULO (Estado). Secretaria do Meio Ambiente. Tratados e 
organizações ambientais em matéria de meio ambiente. Entendendo 
o meio ambiente. São Paulo, 1999. v. 1. Disponível em: 
<http://www.bdt.org.br/sma/entendendo/atual.htm>. Acesso em: 8 
mar.1999. 
8.7 Publicação periódica 
Inclui a coleção como um todo, fascículo ou número de revista, número de jornal, 
caderno etc. na íntegra, e a matéria existente em um número, volume ou fascículo de periódico 
(artigos científicos de revistas, editoriais, matérias jornalísticas, seções, reportagens etc.). 
Exemplo: REVISTA BRASILEIRA DE GEOGRAFIA. Rio de Janeiro: IBGE, 1939- . 
Trimestral. Absorveu Boletim Geográfico, do IBGE. Índice acumulado, 
1939-1983. ISSN 0034-723X. 
 
8.8 Artigo e/ou matéria de revista, boletim etc. em meio eletrônico 
Exemplo: SILVA, M. M. L. Crimes da era digital. .Net, Rio de Janeiro, nov. 1998. 
Seção Ponto de Vista. Disponível em: 
<http://www.brazilnet.com.br/contexts/brasilrevistas.htm>. Acesso 
em: 28 nov. 1998. 
8.9 Evento como um todo 
Inclui o conjunto dos documentos reunidos num produto final do próprio evento (atas, 
anais, resultados, proceedings, entre outras denominações). 
Exemplo: REUNIÃO ANUAL DA SOCIEDADE BRASILEIRA DE QUÍMICA, 20.,1997, 
Poços de Caldas. Química: academia, indústria, sociedade: livro de 
resumos. São Paulo: Sociedade Brasileira de Química, 1997. 
8.10 Trabalho apresentado em evento 
Inclui trabalhos apresentados em evento (parte do evento). 
Exemplos: SOUZA, L. S.; BORGES, A. L.; REZENDE, J. O. Influência da correção e 
do preparo do solo sobre algumas propriedades químicas do solo 
cultivado com bananeiras. In: REUNIÃO BRASILEIRA DE FERTILIDADE 
DO SOLO E NUTRIÇÃO DE PLANTAS, 21., 1994, Petrolina. Anais... 
Petrolina: EMBRAPA, CPATSA, 1994. p. 3-4. 
 
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 SILVA, R. N.; OLIVEIRA, R. Os limites pedagógicos do paradigma da 
qualidade total na educação. In: CONGRESSO DE INICIAÇÃO 
CIENTÍFICA DA UFPe, 4., 1996, Recife. Anais eletrônicos... Recife: 
UFPe, 1996. Disponível em: <http://www. propesq. ufpe.br/ 
anais/anais/educ/ce04.htm>. Acesso em: 21 jan. 1997. 
 
8.11 Documento jurídico 
Inclui legislação, jurisprudência (decisões judiciais) e doutrina (interpretação dos textos 
legais). 
Exemplo: BRASIL. Constituição (1988). Emenda constitucional no 9, de 9 de 
novembro de 1995. Dá nova redação ao art. 177 da Constituição 
Federal, alterando e inserindo parágrafos. Lex: legislação federal e 
marginália, São Paulo, v. 59, p. 1966, out./dez. 1995 
 
8.12 Documento de acesso exclusivo em meio eletrônico 
Inclui bases de dados, listas de discussão, BBS (site), arquivos em disco rígido, 
programas, conjuntos de programas e mensagens eletrônicas entre outros. 
Exemplo: MICROSOFT Project for Windows 95: project planning 
software.Version 4.1. [S.l.]: Microsoft Corporation, 1995. 1 CD-ROM 
 
 
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IX. Dicas gerais para se escrever um bom artigo científico 
9.1 Qualidade das buscas online 
Parece óbvio, mas para se escrever sobre um assunto é necessário conhecer sobre este 
assunto. Para tanto use referências confiáveis. 
Enorme quantidade de informação pode ser encontrada online, em buscas pela 
Internet. Com freqüência, é difícil determinar precisão e valor científico destes dados. Os links 
abaixo são alguns exemplos de fontes confiáveis. Não é recomendado utilizar artigos de sites e 
revistas não científicas em que não se possa validar. 
9.1.1 O que usar?
3
 
• Sites de instituições de referências na área; 
• Artigos e textos confiáveis 
Alguns exemplos de sites interessantes para pesquisa: 
• http://scholar.google.com.br/ - Pesquisa por publicações do Google 
• http://books.google.com/bkshp?hl=en&tab=wp – Procura por livros do Google 
• http://portal.acm.org/dl.cfm - Portal da ACM 
• http://qualis.capes.gov.br/webqualis/ - Portal de qualidade da CAPES 
• http://www.scielo.org/php/index.php - SciELO - Scientific Electronic Library Online 
• http://novo.periodicos.capes.gov.br/ - Periódicos da CAPES 
• http://artigocientifico.uol.com.br/ - Portal do UOL 
• http://www.dominiopublico.gov.br/pesquisa/PesquisaObraForm.jsp - Biblioteca digital 
• http://www.openthesis.org/ - Upload e Download de Teses e Dissertações 
• http://www.inatel.br/biblioteca/producao-cientifica/artigos-cientificos - download de 
artigos 
9.1.2 O que não usar? 
• Evite utilizar Wikipédia e similares, bem como blogs e listas não técnicas. A 
maioria dos textos é de livre autoria e sua qualidade muitas vezes não pode ser 
verificada. 
 
3
 Lista não-exaustiva com intuito exemplificativo apenas 
 
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X. Referências: 
[1]. Diário de um repórter. Disponível em http://www.arianefonseca.com/index.php/ 
mundo-academico/afinal-o-que-e-um-artigo (Acesso em 01/nov/2010). 
[2]. ABNT. NBR6023: informação e documentação: elaboração: referências. Rio de Janeiro, 
2002. Disponível em http://www.habitus.ifcs.ufrj.br/pdf/abntnbr6023.pdf. (Acesso em 
01/nov/2010). 
[3]. AZEVEDO, Israel Belo. O prazer da produção científica: descubra como é fácil e 
agradável elaborar trabalhos acadêmicos.10.ed. ver. E atual. São Paulo: Hagnos, 
2001.205p. 
[4]. ABNT. NBR 6022: informação e documentação: artigo em publicação periódica 
científica impressa: apresentação. Rio de Janeiro, 2003. 5 p 
[5]. ABNT. NBR6024: Informação e documentação: numeração progressiva das seções de 
um documento. Rio de Janeiro, 2003. 3p. 
[6]. ABNT. NBR6028: resumos. Rio de Janeiro, 2003. 2 p. 
[7]. Como fazer uma monografia. Disponível em http://www.miniweb.com.br/Educadores/ 
artigos/pdf/monografia1.pdf (Acesso em 01/nov/2010). 
[8]. GONÇALVES, Hortência de Abreu.Manual de Artigos Científicos. São Paulo: Editora 
Avercamp, 2004.86p 
[9]. Manual para Elaboração de Referências ( NBR 6023/ 2002 ). Disponível em 
http://www.unerj.br/unerj/pesquisa/arquivos/REFERENCIAS.pdf (acesso em 
02/nov/2010) 
[10]. ROBERT, Day. How to Write and Publish a Scientific Paper, ISIPress, Philadelphia, 1979. 
[11]. CALDAS, Miguel. Dicas para o trabalho final: Artigo acadêmico. EASP. Fundação Getúlio 
Vargas, 2001 
[12]. LOPEZ, André Porto. Diretrizes para o desenvolvimento de projetos de cunho 
científico, Unb, 2009 
[13]. SALOMON DV. Como fazer uma monografia. 2. ed. Belo Horizonte : Interlivros, 1979. 
apud ABEL, Mara. Como Fazer uma Monografia, Instituto de Informática da UFRGS 
[14]. UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARANÁ. Biblioteca Central. Normas para apresentação 
de trabalhos. 5. ed. Curitiba : Editora da UFPR, 1995. Vol.2 e 6.

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