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AGENTES PÚBLICOS Curso de Direito – FAESA Direito Administrativo II Prof. Msc. Dalton Santos Morais Fundamentos normativos CF de 1988 e Constituições estaduais. Legislação federal, estadual e municipal vigente e específica. Exemplo: Lei 8.112/90. Conceito São todos aqueles que exercem uma função pública, ainda que temporariamente ou sem remuneração Definições legais Art. 327 CP – Considera-se funcionário público, para os efeitos penais, quem, embora transitoriamente ou sem remuneração, exerce cargo, emprego ou função pública. § 1º - Equipara-se a funcionário público quem exerce cargo, emprego ou função em entidade paraestatal, e quem trabalha para empresa prestadora de serviço contratada ou conveniada para a execução de atividade típica da Administração Pública. Art. 2º Lei 8429/1992 (LIA) - Reputa-se agente público, para os efeitos desta lei, todo aquele que exerce, ainda que transitoriamente ou sem remuneração, por eleição, nomeação, designação, contratação ou qualquer outra forma de investidura ou vínculo, mandato, cargo, emprego ou função nas entidades mencionadas no artigo anterior. Estagiário é agente público? Estagiário de órgão público que, valendo-se das prerrogativas de sua função, apropria-se de valores subtraídos do programa bolsa- família subsume-se perfeitamente ao tipo penal descrito no art. 312, § 1º, do Código Penal – peculato-furto –, porquanto estagiário de empresa pública ou de entidades congêneres se equipara, para fins penais, a servidor ou funcionário público, lato sensu, em decorrência do disposto no art. 327, § 1º, do Código Penal. (STJ, REsp 1303748/AC, Relator Ministro Sebastião Reis Júnior, j. 25.06.2012) Classificação Agentes políticos Agentes Particulares Colaboradores Agentes administrativos (servidores públicos civis, militares e temporários e empregados públicos) Agentes Políticos Para Celso Antônio Bandeira de Mello: “agentes políticos são os titulares dos cargos estruturais à organização política do País. Suas principais características são: 1. Competência prevista na própria Constituição Federal; 2. Não sujeição às regras comuns aplicáveis aos servidores públicos em geral; 3. Normalmente, a investidura em seus cargos é por meio de eleição, nomeação ou designação; 4. Não são hierarquizados, salvo os auxiliares imediatos dos Chefes dos Executivos, sujeitando-se somente às regras constitucionais. Agentes Políticos a) Chefes do executivo b) Membros do Poder Legislativo c) Membros do poder judiciário – divergência – STF entende que Magistrados e Membros do MP são agentes políticos Particulares Colaboradores a) Agentes honoríficos (requisitados ou voluntários) b) Agentes delegados (concessionários e permissionários de obra ou serviço público; delegados de função pública) Agentes honoríficos (requisitados ou voluntários) São cidadãos convocados, designados ou nomeados para prestar, transitoriamente, em razão da sua condição cívica, honorabilidade ou notória capacidade profissional, determinados serviços ao Estado sem qualquer vínculo empregatício ou estatutário, sem remuneração. Ex.: Mesário eleitoral, jurado, etc. Delegados de função pública (legal ou contratual) Por lei ou contrato, recebem a incumbência da execução de determinada atividade, obra ou serviço e realizam em nome próprio, por sua conta e risco, segundo as normas do Estado e sob a permanente fiscalização do delegante. Não são servidores públicos, nem honoríficos, nem representantes do Estado. Exemplo 1: São os concessionários ou permissionários de obras e serviços públicos. Exemplo 2: Serventuários de ofícios e cartórios. Empregados Públicos Aqueles que trabalham para ente estatal com personalidade jurídica de direito privado, cuja relação jurídica de trabalho é revestido de natureza contratual, regido pela Consolidação das Leis do Trabalho. Ex.: empregados da Caixa Econômica Federal, da Petrobrás e da Empresa Brasileira de Correios eTelegráfos (EBCT) Servidores Públicos Ocupam cargos públicos na Administração, podendo ter vinculação permanente, através de concurso público, garantindo a estabilidade, ou caráter transitório, quando a vinculação ocorrer mediante confiança por parte da autoridade. Servidores Públicos Relação de trabalho estatutária, hierarquizada e remunerada com o Estado (Adm. Pública direta e indireta de natureza pública). Segundo a CF/88, atualmente, são submetidos a estatutos de servidores, tal como a Lei 8.112/1990 (geral). “Art. 39. A União, os Estados, o Distrito Federal e os Municípios instituirão, no âmbito de sua competência, regime jurídico único e planos de carreira para os servidores da administração pública direta, das autarquias e das fundações públicas.” Tipologia a) Servidores Públicos Civis (art. 39 e ss CF/88) e Servidores Públicos Militares (art. 42 e 142, parágrafo 3º CF/88); b) Servidores comuns e Servidores Especiais; a) Questão interessante (???) – AGU, PGE e DPU – Capítulo “Função essencial à Justiça”, autonomia financeira e administrativa e art. 135 da CF/88. c) Servidores Estatutários (relação decorre da lei) Servidores Trabalhistas ( não são empregados públicos – art. 39, caput com redação da EC 19/98 e ADI 2.135-4) e Servidores Temporários (art. 37, IX CF/88 e Lei 8.745/1993) Cargo público É o conjunto de atribuições e responsabilidades desempenhadas no âmbito de um posto (lugar no quadro da Administração) na Administração Pública; Vínculo estatutário, de caráter efetivo ou em comissão Cargos distribuem-se em quadros, carreiras - apenas excepcionalmente, criam-se cargos isolados – e classes 1) Classe É o agrupamento de cargos da mesma profissão e com idênticas atribuições, responsabilidades e vencimentos. As classes constituem os degraus de acesso na carreira. Exemplo: Delegados de Polícia de 5.ª Classe (Classe inicial na carreira). 2) Carreira É o agrupamento de classes da mesma profissão escalonados segundo a hierarquia de serviço, por acesso privativo dos titulares dos cargos que a integram. O conjunto de carreiras e de cargos isolados constitui o quadro permanente do serviço dos diversos poderes e órgãos públicos. As carreiras se iniciam e terminam nos respectivos quadros. Exemplo: Carreira de auditor fiscal. 3) Quadro É o conjunto de carreiras, cargos isolados e funções gratificadas de um mesmo serviço, órgão ou Poder. O quadro pode ser permanente ou provisório, mas sempre estanque, ou seja, não admite promoção ou acesso de um para o outro. Exemplo: Quadro próprio do Poder Executivo. Cargo em Comissão É o que só admite provimento em caráter provisório. Por disposição constitucional, são declarados em lei de livre nomeação (sem concurso público) e exoneração (art. 37, II), destinando-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento (art. 37, V). “Art. 37(...) V - as funções de confiança, exercidas exclusivamente por servidores ocupantes de cargo efetivo, e os cargos em comissão, a serem preenchidos por servidores de carreira nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei, destinam-se apenas às atribuições de direção, chefia e assessoramento; (EC 19/98). ” EC 19/98 Cargo em comissão é diferente de função de confiança (funções gratificadas); o preenchimento de uma parcela dos cargos em comissão se dará unicamente por servidores de carreira, nos casos, condições e percentuais mínimos previstos em lei. Casos de totalidade para preenchimento por membros da carreira: PSV 18 no STF Acessibilidade e Nacionalidade “CF/88 - Art. 37 (...) I - os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos brasileiros que preencham os requisitosestabelecidos em lei, assim como aos estrangeiros, na forma da lei; Manifestações da Secretaria de Recursos Humanos – MP Ofício no 252/2008-SRH o NOMEAÇÃO DE ESTRANGEIRO PARA CARGO EM COMISSÃO. “(...) em consonância com a redação dada pela Emenda Constitucional no 19/98 ao art. 37, I , da Constituição Federal de 1988, os cargos, empregos e funções públicas são acessíveis aos estrangeiros na forma da lei, razão pela qual não possui aplicabilidade imediata por carecer de lei que discipline a matéria.” Manifestações da Advocacia-Geral da União PARECER/CONJUR/MTE/No 189/2009 - o Visto em contrato de trabalho de estrangeiro. Investidura em cargo público municipal. Art. 37, I, da Constituição Federal. Norma constitucional de eficácia limitada. Ausência de autorização legal. Pela inviabilidade jurídica. Acessibilidade e proibição de nepotismo SV 13 “A nomeação de cônjuge, companheiro ou parente em linha reta, colateral ou por afinidade, até o terceiro grau, inclusive, da autoridade nomeante ou de servidor da mesma pessoa jurídica investido em cargo de direção, chefia ou assessoramento, para o exercício de cargo em comissão ou de confiança ou, ainda, de função gratificada na administração pública direta e indireta em qualquer dos poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, compreendido o ajuste mediante designações recíprocas, viola a Constituição Federal.” Acessibilidade e Concurso Público “CF/88 - Art. 37 (...) II - a investidura em cargo ou emprego público depende de aprovação prévia em concurso público de provas ou de provas e títulos, de acordo com a natureza e a complexidade do cargo ou emprego, na forma prevista em lei, ressalvadas as nomeações para cargo em comissão declarado em lei de livre nomeação e exoneração;” Exceções ao concurso público 1. agentes políticos que exercem mandato eletivo; 2. cargos em comissão (dotado de regime de livre nomeação e exoneração); 3. ministro do STF, a regra do quinto constitucional, ministros e conselheiros dos Tribunais de Conta Concurso Público princípios da isonomia, impessoalidade, moralidade e legalidade; requisitos para participação em concurso público devem estar previstos em lei e precisam ser compatíveis com a natureza das atribuições desempenhadas pelo cargo; Exame Psicotécnico: A) Deve haver previsão em lei e não apenas no edital (súmula 686, STF); B) Os critérios para aprovação ou reprovação no exame devem ser objetivos; C) Admissão de recurso por parte do candidato reprovado Prazo de validade e direito subjetivo à nomeação “CF/88 – Art. 37(...) III - o prazo de validade do concurso público será de até dois anos, prorrogável uma vez, por igual período; IV - durante o prazo improrrogável previsto no edital de convocação, aquele aprovado em concurso público de provas ou de provas e títulos será convocado com prioridade sobre novos concursados para assumir cargo ou emprego, na carreira;” Atualmente, o STF adota, como regra geral, a ideia de que a aprovação dentro do número de vagas previsto no edital confere ao candidato aprovado o direito subjetivo à nomeação Exceções à regra geral de direito subjetivo à nomeação. A) Superveniência; B) Imprevisibilidade; C) Gravidade; D) Necessidade. Nomeação Previsão nos arts. 9º e 10 da Lei 8.112/90. Art. 9º - A nomeação far-se-á: I - em caráter efetivo, quando se tratar de cargo isolado de provimento efetivo ou de carreira; II - em comissão, inclusive na condição de interino, para cargos de confiança vagos. Art. 10. A nomeação para cargo de carreira ou cargo isolado de provimento efetivo depende de prévia habilitação em concurso público de provas ou de provas e títulos, obedecidos a ordem de classificação e o prazo de sua validade. Nomeação Depois de nomeado, o candidato tem o prazo de 30 (trinta) dias para tomar posse (art. 13, §1º, L. 8.112/90). Após a posse, possui prazo de 15 (quinze) dias para entrar em exercício (art. 15, §1º, L. 8.112/90). Nomeação é um ato discricionário que a Administração pode promover no momento que entender adequado (dentro do prazo de validade do edital) Reserva de Vagas 1) Deficiência Compatibilidade do cargo, emprego, função; Art. 5º, §2º da Lei 8.112/90, que estabeleceu um percentual máximo de 20% (vinte por cento) das vagas; O art. 37 do Decreto nº 3.298/99 estabelece um percentual mínimo de 5% (cinco por cento) das vagas; 2) Cotas para negros Vigência – 10 anos Administração Pública Federal Súmulas Importantes Súmula nº 683 / STF - O limite de idade para a inscrição em concurso público só se legitima em face do art. 7º, XXX, da CF, quando possa ser justificado pela natureza das atribuições do cargo a ser preenchido. Súmula nº 684 / STF - É inconstitucional o veto não motivado à participação de candidato a concurso público. Súmula nº 685 / STF - É inconstitucional toda modalidade de provimento que propicie ao servidor investir-se, sem prévia aprovação em concurso público destinado ao seu provimento, em cargo que não integra a carreira na qual anteriormente investido. Súmulas Importantes Súmula nº 686 / STF - Só por lei se pode sujeitar a exame psicotécnico a habilitação de candidato a cargo público. Súmula nº 266 / STJ - O diploma ou habilitação legal para o exercício do cargo deve ser exigido na posse e não na inscrição para o concurso público. Estabilidade CF/88 – “Art. 41. São estáveis após três anos de efetivo exercício os servidores nomeados para cargo de provimento efetivo em virtude de concurso público.” (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 19, de 1998) Requisitos: Aprovação em concurso público; Nomeação para um cargo efetivo; 3 anos de efetivo exercício. Carvalho Filho define a vitaliciedade como “uma garantia ou prerrogativa e especial, de permanência no serviço publico”. Estabilidade Uma vez adquirida a estabilidade, o servidor público só perderá o cargo nas hipóteses do art. 41 § 1º e art. 169, §4º, ambos da CF/88. “CF – Art. 41 (...) § 1º O servidor público estável só perderá o cargo: I - em virtude de sentença judicial transitada em julgado; II - mediante processo administrativo em que lhe seja assegurada ampla defesa; III - mediante procedimento de avaliação periódica de desempenho, na forma de lei complementar, assegurada ampla defesa. “ Diferença entre estabilidade e vitaliciedade A perda do cargo para quem goza da vitaliciedade se dá apenas por sentença transitada em julgado, aposentadoria compulsória, exoneração a pedido ou morte. “ CF/88 - Art. 95. Os juízes gozam das seguintes garantias: I - vitaliciedade, que, no primeiro grau, só será adquirida após dois anos de exercício, dependendo a perda do cargo, nesse período, de deliberação do tribunal a que o juiz estiver vinculado, e, nos demais casos, de sentença judicial transitada em julgado; “ Estágio Probatório CRFB-88: 2 anos; Art. 20 da Lei. 8.112-90: 2 anos; EC 19-98: 3 anos; STF – STJ – CNJ (2009): 3 anos; Estágio Probatório x Estágio Experimental Art. 41 CRFB x Art. 19 ADCT Desinvestidura do Cargo ou Emprego Público – demissão, exoneração e dispensa Demissão A demissão, portanto, é a pena administrativa máxima, imposta pelo Estado ao servidor, podendo decorrer ou de condenação criminal ou de decisão autônoma da Administração (hipótese de ilícito administrativo). Dois tipos de demissão, de acordo com a falta praticada (?): demissão simples e demissão “a bem do serviço público”. Exoneração 1) Exoneração a pedido do interessado - Nesse caso, desde que não esteja sendo processado judicial ou administrativamente. 2) Exoneração de ofício (ad nutum) – Que ocorre nos cargosem comissão. 3) Exoneração motivada 3.1) Do servidor não estável, para os fins do artigo 169, § 3.º, II, da CF/88; 3.2) Durante o estágio probatório (CF, art. 41, § 4.º); 3.3) Servidor estável, por insuficiência de desempenho (CF, art. 41,§ 1º., III); 3.4) Para observar o limite máximo de gasto com pessoal (art.169, § 4.º da CF). Dispensa Ocorre em relação ao admitido pela CLT (servidor celetista ou empregado público), quando não há a justa causa por esta prevista, sem natureza punitiva, portanto. Segundo a doutrina e o entendimento dos Tribunais Superiores, mesmo no caso da dispensa há necessidade de motivação do ato, expondo-se por escrito sua causa. RECURSO EXTRAORDINÁRIO 589.998 PIAUÍ - MIN. RICARDO LEWANDOWSKI EMENTA: EMPRESA BRASILEIRA DE CORREIOS E TELÉGRAFOS – ECT. DEMISSÃO IMOTIVADA DE SEUS EMPREGADOS. IMPOSSIBILIDADE. NECESSIDADE DE MOTIVAÇÃO DA DISPENSA. RE PARCIALEMENTE PROVIDO. I - Os empregados públicos não fazem jus à estabilidade prevista no art. 41 da CF, salvo aqueles admitidos em período anterior ao advento da EC no 19/1998. Precedentes. II - Em atenção, no entanto, aos princípios da impessoalidade e isonomia, que regem a admissão por concurso publico, a dispensa do empregado de empresas públicas e sociedades de economia mista que prestam serviços públicos deve ser motivada, assegurando-se, assim, que tais princípios, observados no momento daquela admissão, sejam também respeitados por ocasião da dispensa. III – A motivação do ato de dispensa, assim, visa a resguardar o empregado de uma possível quebra do postulado da impessoalidade por parte do agente estatal investido do poder de demitir. IV - Recurso extraordinário parcialmente provido para afastar a aplicação, ao caso, do art. 41 da CF, exigindo-se, entretanto, a motivação para legitimar a rescisão unilateral do contrato de trabalho. Irredutibilidade “formal” de vencimentos servidores públicos em geral gozam da prerrogativa ou do direito à irredutibilidade de vencimentos. Isso impede a diminuição de seus vencimentos e subsídios; CF/88 - Art. 37, XV - o subsídio e os vencimentos dos ocupantes de cargos e empregos públicos são irredutíveis, ressalvado o disposto nos incisos XI e XIV deste artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153, III, e 153, § 2º, I; STF - não garante irredutibilidade material – compensação da perda do poder aquisitivo da moeda. Direito de greve CF/88 - Art. 37, VII - o direito de greve será exercido nos termos e nos limites definidos em lei específica; Jurisprudência do STF sobre direito de greve – direito autoaplicável (possível utilização do MI); possibilidade de restrição total ou parcial para determinadas carreiras públicas; ausência de lei específica aplica, por analogia, Lei 7.783/1999 (artigo professor e PBL 1) Proibição de acumular cargos CF/88 – art. 37, XVI e XVII É vedada a acumulação remunerada de cargos públicos, exceto quando houver compatibilidade de horários: a)dois cargos de professor b) de um cargo de professor com outro técnico ou científico c) dois cargos ou empregos privativos de profissionais de saúde, com profissões regulamentadas Regra aplicável a todos os empregados públicos de pessoas jurídicas de direito privado nas quais o Estado tenha participação acionária, seja diretamente, seja por meio de suas entidades da Administração Indireta, ou participe do capital social da PJ. Súmulas Importantes Súmula Vinculante nº 06 - Não viola a constituição o estabelecimento de remuneração inferior ao salário mínimo para as praças prestadoras de serviço militar inicial. Súmula Vinculante nº 16 - Os artigos 7º, IV, e 39, § 3º (redação da EC 19/98), da Constituição, referem-se ao total da remuneração percebida pelo servidor público. Responsabilidades Responsabilidades de natureza administrativa, cível e penal Das Responsabilidades na Lei 8.112/1990 Art. 121. O servidor responde civil, penal e administrativamente pelo exercício irregular de suas atribuições. Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. (...) Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. Art. 125. As sanções civis, penais e administrativas poderão cumular-se, sendo independentes entre si. Art. 126. A responsabilidade administrativa do servidor será afastada no caso de absolvição criminal que negue a existência do fato ou sua autoria. Independência das instâncias administrativa, cível e penal Servidor absolvido na esfera penal por inexistência do fato ou negativa de autoria – NECESSARIAMENTE será absolvido nas esfera civil e administrativa Das Responsabilidades na Lei 8.112/1990 Art. 126-A. Nenhum servidor poderá ser responsabilizado civil, penal ou administrativamente por dar ciência à autoridade superior ou, quando houver suspeita de envolvimento desta, a outra autoridade competente para apuração de informação concernente à prática de crimes ou improbidade de que tenha conhecimento, ainda que em decorrência do exercício de cargo, emprego ou função pública. Deveres, proibições e penalidades de natureza administrativa Lei 8.112/90 - Art. 116 (deveres), 117 (proibições), 127 (penalidades), 132 (penalidade de demissão), 134 (cassação de aposentadoria), 135 (destituição de cargo em comissão), 136 (indisponibilidade dos bens e o ressarcimento ao erário em certos casos de demissão, sem prejuízo da ação penal cabível), 137 (incompatibilidade do ex-servidor para nova investidura em cargo público federal, pelo prazo de 5 (cinco) anos e incompatibilidade defitiva para o serviço público federal) Processo administrativo disciplinar Lei 8.112/90 - Art. 143 e seguintes; Sindicâncias investigativa e punitiva PAD Responsabilidade civil Art. 122. A responsabilidade civil decorre de ato omissivo ou comissivo, doloso ou culposo, que resulte em prejuízo ao erário ou a terceiros. § 1o A indenização de prejuízo dolosamente causado ao erário somente será liquidada na forma prevista no art. 46, na falta de outros bens que assegurem a execução do débito pela via judicial. § 2o Tratando-se de dano causado a terceiros, responderá o servidor perante a Fazenda Pública, em ação regressiva. § 3o A obrigação de reparar o dano estende-se aos sucessores e contra eles será executada, até o limite do valor da herança recebida. (...) Art. 124. A responsabilidade civil-administrativa resulta de ato omissivo ou comissivo praticado no desempenho do cargo ou função. Responsabilidade civil por improbidade administrativa Lei 8.429/1992 (LIA) - Artigos 9º, 10 e 11 https://noticias.uol.com.br/politica/ultimas-noticias/2017/02/06/forca-tarefa-e-uniao-cobram-na- justica-r-26-bilhoes-de-acusados-da-lava-jato.htm Responsabilidade penal Lei 8.112/1990 - Art. 123. A responsabilidade penal abrange os crimes e contravenções imputadas ao servidor, nessa qualidade. Crimes cometidos por servidores públicos contra a Administração Pública – artigos 312 e ss CP (lei geral); leis específicas (art. 84, § 1º e 89 seguintes Lei 8.666/1993), art. 327, § 2º - aumento de pena da terça parte quando os autores dos crimes previstos neste Capítulo forem ocupantes de cargos em comissão ou de função de direção ou assessoramento de órgão da administração direta, sociedade de economia mista, empresa pública ou fundação instituída pelo poder público; artigos 513 a 518 - rito próprio para o julgamento de funcionáriospúblicos acusados de crimes funcionais.
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