Buscar

91 - direito previdenciario rfb auditor fiscal 2 ordf fase extensivo aula 01

Prévia do material em texto

DIREITO PREVIDENCIÁRIO 
Bernardo Machado 
 
 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
• Emp/Av – 1%, 2% ou 3% x Rem (GILRAT) 
 
“Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, 
destinada à Seguridade Social, além do 
disposto no art. 23, é de: 
 
II - para o financiamento do benefício previsto 
nos arts. 57 e 58 da Lei nº 8.213, de 24 de 
julho de 1991, e daqueles concedidos em 
razão do grau de incidência de incapacidade 
laborativa decorrente dos riscos ambientais 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
do trabalho, sobre o total das remunerações 
pagas ou creditadas, no decorrer do mês, aos 
segurados empregados e trabalhadores 
avulsos: 
a) 1% (um por cento) para as empresas em 
cuja atividade preponderante o risco de 
acidentes do trabalho seja considerado leve; 
b) 2% (dois por cento) para as empresas em 
cuja atividade preponderante esse risco seja 
considerado médio; 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
c) 3% (três por cento) para as empresas em 
cuja atividade preponderante esse risco seja 
considerado grave.” 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
RECURSO EXTRAORDINÁRIO. 
PREVIDENCIÁRIO. SEGURO ACIDENTE DE 
TRABALHO. RISCOS ACIDENTAIS DO 
TRABALHO. FATOR ACIDENTÁRIO DE 
PREVENÇÃO. CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA. MAJORAÇÃO DE 
ALÍQUOTA. RESOLUÇÃO DO CONSELHO 
NACIONAL DE PREVIDÊNCIA SOCIAL. 
PRECEDENTES DO SUPREMO. MATÉRIA 
INFRACONSTITUCIONAL. OFENSA 
REFLEXA. NEGATIVA DE SEGUIMENTO. 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
1. A repercussão geral pressupõe recurso 
admissível sob o crivo dos demais requisitos 
constitucionais e processuais de 
admissibilidade (art. 323 do RISTF). 
2. Precedente do Plenário do Supremo, no 
julgamento do Recurso Extraordinário nº 
343.446, Relator Ministro Carlos Velloso, 
reconhecendo a validade da instituição do 
Seguro Acidente de Trabalho - SAT, dos 
Riscos Ambientais do Trabalho - RAT e a 
aplicação do Fator (multiplicador) Acidentário 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
de Prevenção - FAP, regulamentados por 
decreto, atendendo ao caráter parafiscal 
dessas contribuições: CONSTITUCIONAL. 
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO: SEGURO DE 
ACIDENTE DO TRABALHO - SAT. Lei 
7.787/89, arts. 3º e 4º; Lei 8.212/91, art. 22, II, 
redação da Lei 9.732/98. Decretos 612/92, 
2.173/97 e 3.048/99. C.F., artigo 195, 4º; art. 
154, II; art. 5º, II; art. 150, I. 
I. - Contribuição para o custeio do Seguro de 
Acidente do Trabalho - SAT: Lei 7.787/89, art. 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
3º, II; Lei 8.212/91, art. 22, II: alegação no 
sentido de que são ofensivos ao art. 195, 4º, 
c/c art. 154, I, da Constituição Federal: 
improcedência. Desnecessidade de 
observância da técnica da competência 
residual da União, C.F., art. 154, I. 
Desnecessidade de lei complementar para a 
instituição da contribuição para o SAT. 
II. - O art. 3º, II, da Lei 7.787/89, não é ofensivo 
ao princípio da igualdade, por isso que o art. 
4º da mencionada Lei 7.787/89 cuidou de 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
tratar desigualmente aos desiguais. 
III. - As Leis 7.787/89, art. 3º, II, e 8.212/91, art. 
22, II, definem, satisfatoriamente, todos os 
elementos capazes de fazer nascer a 
obrigação tributária válida. O fato de a lei 
deixar para o regulamento a complementação 
dos conceitos de "atividade preponderante" e 
"grau de risco leve, médio e grave", não 
implica ofensa ao princípio da legalidade 
genérica, C.F., art. 5º, II, e da legalidade 
tributária, C.F., art. 150, I. 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
IV. - Se o regulamento vai além do conteúdo 
da lei, a questão não é de 
inconstitucionalidade, mas de ilegalidade, 
matéria que não integra o contencioso 
constitucional. 
V. - Recurso extraordinário não conhecido. 
(DJ 04/04/03). No mesmo sentido, AGR-RE nº 
376.183, Relator Ministro Celso de Mello, 
Segunda Turma, DJ 21/11/03 e AGR-RE nº 
598.739, Relator Ministro Eros Grau, Segunda 
Turma, DJ 04/06/10. 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
3. A violação reflexa e oblíqua da 
Constituição Federal decorrente da 
necessidade de análise de malferimento de 
dispositivo infraconstitucional torna 
inadmissível o recurso extraordinário. 
Precedentes: RE 596.682, Rel. Min. Carlos 
Britto, Dje de 21/10/10, e o AI 808.361, Rel. 
Min. Marco Aurélio, Dje de 08/09/10. 
4. In casu, o Tribunal Regional Federal da 4ª 
Região desproveu o recurso de apelação 
mediante acórdão assim fundamentado: 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
TRIBUTÁRIO. CONTRIBUIÇÃO DESTINADA 
AO SAT/RAT. LEI Nº 10.666/2003. 
CONSTITUCIONALIDADE. DECRETO Nº 
3.048/1999. FAP. LEGALIDADE. 
1. O artigo 22, inciso II, da Lei n. 8.212/91 
instituiu o tributo e fixou as alíquotas máxima 
e mínima, enquanto o art. 10 da Lei 10.666/03 
estabeleceu a redução em 50% ou o aumento 
em 100%, na forma do que dispuser o 
regulamento. 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
Reconhecida a constitucionalidade da 
delegação da tarefa de determinar o que seja 
atividade preponderante e risco leve, médio e 
grave, como já decidiu o Supremo Tribunal 
Federal, certamente o é a que delega a 
função de definir o que seja desempenho da 
empresa em relação à respectiva atividade 
econômica a partir dos índices de frequência, 
gravidade e custo. 
2. O art. 10 da Lei n.º 10.666/2003 consagrou 
hipótese de delegação técnica, delineando os 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
critérios a serem observados, remetendo ao 
regulamento - Decreto nº 3.048/1999 - a 
aferição do desempenho da empresa em face 
da respectiva atividade econômica, levando 
em consideração os resultados obtidos a 
partir da valoração dos índices de frequência, 
gravidade e custo (FAP). 
5. Recurso extraordinário a que se nega 
seguimento. 
Financiamento da Seg. Social 
Enquadramento da GILRAT 
• Auto enquadramento 
• Mensalmente 
• Atividade preponderante na empresa – 
aquela que engloba o maior número de 
segurados empregados e trabalhadores 
avulsos 
• Anexo V do RPS 
• Enquadramento por empresa e não por 
estabelecimento 
• Súmula 351 do STJ 
 
 
Financiamento da Seg. Social 
Enquadramento da GILRAT 
Súmula 351 do STJ: “A alíquota de 
contribuição para o Seguro de Acidente do 
Trabalho (SAT) é aferida pelo grau de risco 
desenvolvido em cada empresa, 
individualizada pelo seu CNPJ, ou pelo grau 
de risco da atividade preponderante quando 
houver apenas um registro.” 
 
Financiamento da Seg. Social 
Enquadramento da GILRAT 
IN RFB nº 971/09: 
 
“Art. 72. As contribuições sociais 
previdenciárias a cargo da empresa ou do 
equiparado, observadas as disposições 
específicas desta Instrução Normativa, são: 
 
 1º A contribuição prevista no inciso II do 
caput será calculada com base no grau de 
risco da atividade, observadas as seguintes 
regras: 
 
Financiamento da Seg. Social 
Enquadramento da GILRAT 
I - o enquadramento nos correspondentes 
graus de risco é de responsabilidade da 
empresa, e deve ser feito mensalmente, de 
acordo com a sua atividade econômica 
preponderante, conforme a Relação de 
Atividades Preponderantes e 
Correspondentes Graus de Risco, elaborada 
com base na CNAE, prevista no Anexo V do 
RPS, que foi reproduzida no Anexo I destaInstrução Normativa, obedecendo às 
seguintes disposições: 
 
Financiamento da Seg. Social 
Enquadramento da GILRAT 
c) a empresa com mais de 1 (um) 
estabelecimento e com mais de 1 (uma) 
atividade econômica deverá apurar a 
atividade preponderante em cada 
estabelecimento, na forma da alínea “b”, 
exceto com relação às obras de construção 
civil, para as quais será observado o inciso III 
deste parágrafo.” 
Financiamento da Seg. Social 
Enquadramento da GILRAT 
Solução de Consulta COSIT nº 71/2014: 
 
“40. Com base no exposto, concluiu-se que: 
40.1 Com o advento do Ato Declaratório 
PGFN nº 11, de 2011, e do Parecer PGFN/CRJ 
nº 2.120, de 2011, e tendo em vista o que 
preceitua o 3º do art. 202 do RPS, é 
facultado à consulente optar entre dois 
procedimentos, no cálculo do percentual 
referente à contribuição previdenciária de 
que trata o inciso II do art. 22 da Lei nº 8.212, 
 
 
 
Financiamento da Seg. Social 
Enquadramento da GILRAT 
Solução de Consulta COSIT nº 71/2014: 
 
de 1991: 
a) com base na atividade preponderante da 
empresa como um todo - tal como prescreve 
o 3º do art. 202 do RPS, cuja produção de 
efeitos até então se mantém, resultando daí a 
aplicação de um único grau de risco para a 
pessoa jurídica; ou 
b) com base na atividade preponderante de 
cada um dos seus estabelecimentos inscritos 
Financiamento da Seg. Social 
Enquadramento da GILRAT 
Solução de Consulta COSIT nº 71/2014: 
 
no CNPJ, atualmente disciplinada no art. 72 
da IN RFB nº 971, de 2009, com a redação 
dada pela IN RFB nº 1.453, de 2014, 
correspondendo, desse modo, à aplicação do 
grau de risco por estabelecimento.” 
Financiamento da Seg. Social 
Fator Acidentário de Prevenção 
• Alíquota da GILRAT 
Majorada em até 100% 
Reduzida em até 50% 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
• Cooperativa de trabalho – 15% x NFS 
 
“Art. 22. A contribuição a cargo da empresa, 
destinada à Seguridade Social, além do 
disposto no art. 23, é de: 
 
IV - quinze por cento sobre o valor bruto da 
nota fiscal ou fatura de prestação de 
serviços, relativamente a serviços que lhe 
são prestados por cooperados por 
intermédio de cooperativas de trabalho.” 
 
 
 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
STF declara inconstitucional contribuição 
sobre serviços de cooperativas de trabalho 
 
O Plenário do Supremo Tribunal Federal 
(STF), por unanimidade, deu provimento a 
recurso e declarou a inconstitucionalidade de 
dispositivo da Lei 8.212/1991 (artigo 22, 
inciso IV) que prevê contribuição 
previdenciária de 15% incidente sobre o valor 
de serviços prestados por meio de 
cooperativas de trabalho. A decisão foi... 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
tomada na sessão desta quarta-feira (23) no 
julgamento do Recurso Extraordinário (RE) 
595838, com repercussão geral reconhecida, 
no qual uma empresa de consultoria 
questiona a tributação. 
A Lei 9.876/1999, que inseriu a cobrança na 
Lei 8.212/1991, revogou a Lei Complementar 
84/1996, na qual se previa a contribuição de 
15% sobre os valores distribuídos pelas 
cooperativas aos seus cooperados. No 
entendimento do Tribunal, ao transferir o... 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
recolhimento da cooperativa para o prestador 
de serviço, a União extrapolou as regras 
constitucionais referentes ao financiamento 
da seguridade social. 
Segundo o relator do recurso, ministro Dias 
Toffoli, com a instituição da nova norma 
tributária, o legislador transferiu sujeição 
passiva da tributação da cooperativa para as 
empresas tomadoras de serviço, 
desconsiderando a personalidade da... 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
cooperativa. “A relação não é de mera 
intermediária, a cooperativa existe para 
superar a relação isolada entre prestador de 
serviço e empresa. Trata-se de um 
agrupamento em regime de solidariedade”, 
afirmou o ministro. 
Além disso, a fórmula teria como resultado a 
ampliação da base de cálculo, uma vez que o 
valor pago pela empresa contratante não se 
confunde com aquele efetivamente 
repassado pela cooperativa ao cooperado. 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
O valor da fatura do serviço inclui outras 
despesas assumidas pela cooperativa, como 
a taxa de administração. 
Para o ministro, a tributação extrapola a base 
econômica fixada pelo artigo 195, inciso I, 
alínea “a”, da CF/88, que prevê a incidência 
da contribuição previdenciária sobre a folha 
de salários. Também viola o princípio da 
capacidade contributiva e representa uma 
nova forma de custeio da seguridade, a qual 
só poderia ser instituída por LC. 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
ATO DECLARATÓRIO INTERPRETATIVO 
RFB Nº 5, DE 25 DE MAIO DE 2015 
 
Dispõe sobre a contribuição previdenciária 
devida pelo contribuinte individual que presta 
serviço a empresa por intermédio de 
cooperativa de trabalho. 
O SECRETÁRIO DA RECEITA FEDERAL DO 
BRASIL, no uso das atribuições que lhe 
conferem os incisos III e XXVI do art. 280 do 
Regimento Interno da Secretaria da Receita 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
Federal do Brasil, aprovado pela Portaria MF 
nº 203, de 14 de maio de 2012, e tendo em 
vista o disposto no art. 21 da Lei nº 8.212, de 
24 de julho de 1991, bem como a declaração 
de inconstitucionalidade, pelo Supremo 
Tribunal Federal, nos autos do Recurso 
Extraordinário nº 595.838 - São Paulo, com 
repercussão geral reconhecida, da 
contribuição prevista no inciso IV do art. 22 
da mesma Lei, recurso no qual, com base no 
art. 19, inciso IV e 4º da Lei nº 10.522, de 19 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
de julho de 2002, a Procuradoria-Geral da 
Fazenda Nacional não mais contestará e 
recorrerá, conforme Nota/PGFN/CASTF nº 
174, de 2015, declara: 
Art. 1º O contribuinte individual que presta 
serviço a empresa por intermédio de 
cooperativa de trabalho deve recolher a 
contribuição previdenciária de 20% (vinte por 
cento) sobre o montante da remuneração 
recebida ou creditada em decorrência do 
serviço, observados os limites mínimo e 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
máximo do salário de contribuição. 
Art. 2º A Secretaria da Receita Federal do 
Brasil não constituirá crédito tributário 
decorrente da contribuição de que trata o 
1º do art. 1º da Lei nº 10.666, de 8 de maio de 
2003, que instituiu contribuição adicional 
àquela prevista no inciso IV do art. 22 da Lei 
nº 8.212, de 1991, para fins de custeio de 
aposentadoria especial para cooperados 
filiados a cooperativas de trabalho. 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
Art. 3º Ficam modificadas as conclusões em 
contrário constantes em Soluções de 
Consulta ou em Soluções de Divergência 
emitidas antes da publicação deste ato, 
independentemente de comunicação aos 
consulentes. 
 
JORGE ANTONIO DEHER RACHID 
Financiamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
RESOLUÇÃO Nº 10, DE 2016 
 
Suspende, nos termos do art. 52, inciso X, da 
Constituição Federal, a execução do inciso IV 
do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 de julho de 
1991. 
O Senado Federal resolve: 
Art. 1º É suspensa, nos termos do art. 52, 
inciso X, da Constituição Federal, a execução 
do inciso IV do art. 22 da Lei nº 8.212, de 24 
de julho de 1991, declarado inconstitucionalFinanciamento da Seg. Social 
Empresa (Convencional) 
por decisão definitiva proferida pelo Supremo 
Tribunal Federal nos autos do Recurso 
Extraordinário nº 595.838. 
Art. 2º Esta Resolução entra em vigor na data 
de sua publicação. 
Senado Federal, em 30 de março de 2016 
 
Senador RENAN CALHEIROS 
Presidente do Senado Federal 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
• Salário-maternidade 
• Férias e respectivo adicional 
constitucional 
• 13 salário, exceto para o cálculo do salário 
de benefício 
• Diárias, quando excedentes a 50% da 
remuneração mensal do empregado 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
DIREITO TRIBUTÁRIO E PREVIDENCIÁRIO. 
INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA SOBRE O SALÁRIO-
MATERNIDADE. RECURSO REPETITIVO 
(ART. 543-C DO CPC E RES. 8/2008-STJ). 
Incide contribuição previdenciária a cargo da 
empresa sobre os valores pagos a título de 
salário-maternidade. De fato, o art. 201, 11, 
da CF estabelece que "os ganhos habituais 
do empregado, a qualquer título, serão 
incorporados ao salário para efeito de 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
contribuição previdenciária e consequente 
repercussão em benefícios, nos casos e na 
forma da lei". Ademais, no âmbito 
infraconstitucional, o art. 22, I, da Lei 
8.212/1991 (redação dada pela Lei 9.876/1999) 
prescreve que: a contribuição a cargo da 
empresa, destinada à Seguridade Social 
incide "sobre o total das remunerações 
pagas, devidas ou creditadas a qualquer 
título [...] destinadas a retribuir o trabalho, 
qualquer que seja a sua forma, inclusive as 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
gorjetas, os ganhos habituais sob a forma de 
utilidades e os adiantamentos decorrentes de 
reajuste salarial, quer pelos serviços 
efetivamente prestados, quer pelo tempo à 
disposição do empregador ou tomador de 
serviços [...]". Posto isso, deve-se observar 
que o salário-maternidade, para efeitos 
tributários, tem natureza salarial, e a 
transferência do encargo à Previdência 
Social (pela Lei 6.136/1974) não tem o condão 
de mudar sua natureza. Nos termos do art. 3º 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
da Lei 8.212/1991, "a Previdência Social tem 
por fim assegurar aos seus beneficiários 
meios indispensáveis de manutenção, por 
motivo de incapacidade, idade avançada, 
tempo de serviço, desemprego involuntário, 
encargos de família e reclusão ou morte 
daqueles de quem dependiam 
economicamente". O fato de não haver 
prestação de trabalho durante o período de 
afastamento da segurada empregada, 
associado à circunstância de a maternidade 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
ser amparada por um benefício 
previdenciário, não autoriza conclusão no 
sentido de que o valor recebido tenha 
natureza indenizatória ou compensatória, ou 
seja, em razão de uma contingência 
(maternidade), paga-se à segurada 
empregada benefício previdenciário 
correspondente ao seu salário, possuindo a 
verba evidente natureza salarial. Não é por 
outra razão que, atualmente, o art. 28, 2º, da 
Lei 8.212/1991 dispõe expressamente que o 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
salário maternidade é considerado salário de 
contribuição. Ademais, sem embargo das 
posições em sentido contrário, não há indício 
de incompatibilidade entre a incidência da 
contribuição previdenciária sobre o salário 
maternidade e a CF, a qual, em seu art. 5º, I, 
assegura a igualdade entre homens e 
mulheres em direitos e obrigações. Por seu 
turno, o art. 7º, XX, da CF assegura a 
proteção do mercado de trabalho da mulher, 
mediante incentivos específicos, nos termos 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
da lei, e, no que se refere ao salário-
maternidade, por opção do legislador 
infraconstitucional, a transferência do ônus 
referente ao pagamento dos salários, durante 
o período de afastamento, constitui incentivo 
suficiente para assegurar a proteção ao 
mercado de trabalho da mulher. Assim, não é 
dado ao Poder Judiciário, a título de 
interpretação, atuar como legislador positivo, 
a fim de estabelecer política protetiva mais 
ampla e, desse modo, desincumbir o 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
empregador do ônus referente à contribuição 
previdenciária incidente sobre o salário-
maternidade, quando não foi esta a política 
legislativa. Precedentes citados: AgRg nos 
EDcl no REsp 1.040.653-SC, Primeira Turma, 
DJe 15/9/2011; e AgRg no Ag 1.424.039-DF, 
Segunda Turma, DJe 21/10/2011. REsp 
1.230.957-RS, Rel. Min. Mauro Campbell 
Marques, julgado em 26/2/2014. 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
DIREITO TRIBUTÁRIO E PREVIDENCIÁRIO. 
NÃO INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA SOBRE O TERÇO 
CONSTITUCIONAL DE FÉRIAS GOZADAS. 
RECURSO REPETITIVO (ART. 543-C DO CPC 
E RES. 8/2008-STJ). Não incide contribuição 
previdenciária a cargo da empresa sobre o 
valor pago a título de terço constitucional de 
férias gozadas. Nos termos do art. 7º, XVII, da 
CF, os trabalhadores urbanos e rurais têm 
direito ao gozo de férias anuais remuneradas 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
com, pelo menos, um terço a mais do que o 
salário normal. Com base nesse dispositivo, 
o STF firmou orientação no sentido de que o 
terço constitucional de férias tem por 
finalidade ampliar a capacidade financeira do 
trabalhador durante seu período de férias, 
possuindo, portanto, natureza 
"compensatória/indenizatória". Além disso, 
levando em consideração o disposto no art. 
201, 11 (incluído pela EC 20/1998), da CF 
("os ganhos habituais do empregado, a 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
qualquer título, serão incorporados ao salário 
para efeito de contribuição previdenciária e 
consequente repercussão em benefícios, nos 
casos e na forma da lei"), o STF pacificou que 
somente as parcelas incorporáveis ao salário 
do servidor sofrem a incidência da 
contribuição previdenciária. Cumpre 
observar que esse entendimento refere-se a 
casos em que os servidores são sujeitos a 
regime próprio de previdência, o que não 
justifica a adoção de conclusão diversa em 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
relação aos trabalhadores sujeitos ao Regime 
Geral da Previdência Social - RGPS. Isso 
porque a orientação do STF se ampara, 
sobretudo, nos arts. 7º, XVII, e 201, 11, da 
CF, sendo que este último preceito 
constitucional estabelece regra específica do 
RGPS. Cabe ressaltar que a adoção desse 
entendimento não implica afastamento das 
regras contidas nos arts. 22 e 28 da Lei 
8.212/1991, tendo em vista que a importância 
paga a título de terço constitucional de férias 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
não se destina a retribuir serviços prestados 
nem configura tempo à disposição do 
empregador. Desse modo, é imperioso 
concluir que a importância paga a título de 
terço constitucional de férias possui natureza 
indenizatória/compensatória, e não constitui 
ganho habitual do empregado, razão pela 
qual sobre ela não é possível a incidência de 
contribuição previdenciária. Precedentes 
citados do STJ: AgRg nos EREsp 957.719-SC, 
Primeira Seção, DJe de 16/11/2010; e EDcl no 
Salário de Contribuição 
Parcelas Integrantes do SC 
AgRg no AREsp 16.759-RS, DJe 19/12/2011. 
Precedentes citados do STF: AgR no AI 
710.361-MG, Primeira Turma, DJe 8/5/2009; eAgR no RE 587.941-SC, Segunda Turma, DJe 
21/11/2008. REsp 1.230.957-RS, Rel. Min. 
Mauro Campbell Marques, julgado em 
26/2/2014. 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
• Benefícios previdenciários, salvo o 
salário-maternidade 
• Parcelas indenizatórias 
• Parcelas ressarcitórias 
• Conquistas sociais, quando pagas em 
conformidade com a lei 
• Outras conquistas, quando extensivas a 
todos 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
DIREITO TRIBUTÁRIO E PREVIDENCIÁRIO. 
INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA SOBRE O AVISO PRÉVIO 
INDENIZADO. RECURSO REPETITIVO (ART. 
543-C DO CPC E RES. 8/2008-STJ). Não 
incide contribuição previdenciária a cargo da 
empresa sobre o valor pago a título de aviso 
prévio indenizado. A despeito da atual 
moldura legislativa (Lei 9.528/1997 e Decreto 
6.727/2009), as importâncias pagas a título de 
indenização, que não correspondam a 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
serviços prestados nem a tempo à 
disposição do empregador, não ensejam a 
incidência de contribuição previdenciária. A 
CLT estabelece que, em se tratando de 
contrato de trabalho por prazo 
indeterminado, a parte que, sem justo motivo, 
quiser a sua rescisão, deverá comunicar a 
outra da sua intenção com a devida 
antecedência. Não concedido o aviso prévio 
pelo empregador, nasce para o empregado o 
direito aos salários correspondentes ao 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
prazo do aviso, garantida sempre a 
integração desse período no seu tempo de 
serviço (art. 487, 1º, da CLT). Desse modo, o 
pagamento decorrente da falta de aviso 
prévio, isto é, o aviso prévio indenizado, visa 
reparar o dano causado ao trabalhador que 
não fora alertado sobre a futura rescisão 
contratual com a antecedência mínima 
estipulada na CF (atualmente regulamentada 
pela Lei 12.506/2011). Dessarte, não há como 
se conferir à referida verba o caráter 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
remuneratório, por não retribuir o trabalho, 
mas sim reparar um dano. Ressalte-se que, 
se o aviso prévio é indenizado, no período 
que lhe for correspondente o empregado não 
presta trabalho algum, nem fica à disposição 
do empregador. Assim, por ser não coincidir 
com a hipótese de incidência, é irrelevante a 
circunstância de não haver previsão legal de 
isenção em relação a tal verba. Precedentes 
citados: AgRg no REsp 1.218.883-SC, 
Primeira Turma, DJe de 22/2/2011; e AgRg no 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
REsp 1.220.119-RS, Segunda Turma, DJe de 
29/11/2011. REsp 1.230.957-RS, Rel. Min. 
Mauro Campbell Marques, julgado em 
26/2/2014. 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
(REsp 662.241/CE) RECURSO ESPECIAL. 
AUXÍLIO-ALIMENTAÇÃO. DEPÓSITO NA 
CONTA-CORRENTE DOS EMPREGADOS. 
INCIDÊNCIA DE CONTRIBUIÇÃO 
PREVIDENCIÁRIA. MATÉRIA PACIFICADA NA 
PRIMEIRA SEÇÃO DESTA CORTE. Prevalece 
nesta Corte Superior de Justiça o modo de 
julgar segundo o qual "o pagamento in natura 
do auxílio-alimentação não possui natureza 
salarial, de modo que não sofre incidência da 
contribuição previdenciária, sendo o 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
empregador inscrito ou não no Programa de 
Alimentação ao Trabalhador (PAT)" (AGA 
388.617/RS, da relatoria deste Magistrado, DJ 
2.2.2004). Por outro lado, a egrégia Primeira 
Seção desta colenda Corte pacificou o 
entendimento de que, "quando o auxílio 
alimentação é pago em dinheiro ou seu valor 
creditado em conta-corrente, (...), em caráter 
habitual e remuneratório, integra a base de 
cálculo da contribuição previdenciária" 
(EREsp 603.509/CE, Rel. Min. Castro Meira, 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
DJ 8.11.2004). Na espécie, o pagamento da 
ajuda alimentação deu-se sob a forma de 
depósito em conta-corrente bancária, razão 
pela qual, na linha de raciocínio da 
jurisprudência deste Tribunal, deve incidir a 
contribuição previdenciária. Recurso especial 
improvido. 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
Súmula 67 da TNU: “O auxílio-alimentação 
recebido em pecúnia por segurado filiado ao 
Regime Geral da Previdência Social integra o 
salário de contribuição e sujeita-se à 
incidência de contribuição previdenciária.” 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
EMENTA: RECURSO EXTRORDINÁRIO. 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. 
INCIDÊNCIA. VALE-TRANSPORTE. MOEDA. 
CURSO LEGAL E CURSO FORÇADO. 
CARÁTER NÃO SALARIAL DO BENEFÍCIO. 
ARTIGO 150, I, DA CONSTITUIÇÃO DO 
BRASIL. CONSTITUIÇÃO COMO 
TOTALIDADE NORMATIVA. 
1. Pago o benefício de que se cuida neste 
recurso extraordinário em vale-transporte ou 
em moeda, isso não afeta o caráter não 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
salarial do benefício. 
2. A admitirmos não possa esse benefício ser 
pago em dinheiro sem que seu caráter seja 
afetado, estaríamos a relativizar o curso legal 
da moeda nacional. 
3. A funcionalidade do conceito de moeda 
revela-se em sua utilização no plano das 
relações jurídicas. O instrumento monetário 
válido é padrão de valor, enquanto 
instrumento de pagamento sendo dotado de 
poder liberatório: sua entrega ao credor 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
libera o devedor. Poder liberatório é 
qualidade, da moeda enquanto instrumento 
de pagamento, que se manifesta 
exclusivamente no plano jurídico: somente 
ela permite essa liberação indiscriminada, a 
todo sujeito de direito, no que tange a 
débitos de caráter patrimonial. 
4. A aptidão da moeda para o cumprimento 
dessas funções decorre da circunstância de 
ser ela tocada pelos atributos do curso legal 
e do curso forçado. 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
5. A exclusividade de circulação da moeda 
está relacionada ao curso legal, que respeita 
ao instrumento monetário enquanto em 
circulação; não decorre do curso forçado, 
dado que este atinge o instrumento 
monetário enquanto valor e a sua instituição 
[do curso forçado] importa apenas em que 
não possa ser exigida do poder emissor sua 
conversão em outro valor. 
6. A cobrança de contribuição previdenciária 
sobre o valor pago, em dinheiro, a título de 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
vales-transporte, pelo recorrente aos seus 
empregados afronta a Constituição, sim, em 
sua totalidade normativa. 
Recurso Extraordinário a que se dá 
provimento. (RE 478410) 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
TRIBUTÁRIO. EMBARGOS DE DIVERGÊNCIA. 
CONTRIBUIÇÃO PREVIDENCIÁRIA. VALE-
TRANSPORTE. PAGAMENTO EM PECÚNIA. 
NÃO-INCIDÊNCIA. PRECEDENTE DO 
SUPREMO TRIBUNAL FEDERAL. 
JURISPRUDÊNCIA DO STJ. REVISÃO. 
NECESSIDADE. 
1. O Supremo Tribunal Federal, na assentada 
de 10.03.2003, em caso análogo (RE 
478.410/SP, Rel. Min. Eros Grau), concluiu 
que é inconstitucional a incidência da 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
contribuição previdenciária sobre o vale-
transporte pago em pecúnia, já que, qualquer 
que seja a forma de pagamento, detém o 
benefício natureza indenizatória. Informativo 
578 do Supremo Tribunal Federal. 
2. Assim, deve ser revista a orientação desta 
Corte que reconhecia a incidência da 
contribuição previdenciária na hipótese 
quando o benefício é pago em pecúnia, já 
que o art. 5º do Decreto 95.247/87expressamente proibira o empregador de 
Salário de Contribuição 
Parcelas Não-Integrantes do SC 
efetuar o pagamento em dinheiro. 
3. Embargos de divergência providos.(Resp 
nº 816.829)

Continue navegando