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102 - legislacao aduaneira rfb auditor fiscal 2 ordf fase extensivo aula 01

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2ª FASE – 
 
AUDITOR da RFB 
“Eu gosto do impossível 
porque lá a 
concorrência é menor.” 
 
Walt Disney 
ESAF – 2014 
 
AUDITOR 
FISCAL 
Em tempos de globalização o comércio internacional 
adquire importância cada vez maior no cenário 
econômico mundial. A administração aduaneira deve se 
manter constantemente atualizada no intuito de não se 
tornar obstáculo desnecessário ao comércio lícito, 
tampouco em incentivo a práticas ilícitas. Partindo 
dessa premissa, nos termos da legislação aduaneira, é 
possível a atuação do Auditor-Fiscal da Receita Federal 
do Brasil além da linha de fronteira terrestre do Brasil? 
 
Justifique e fundamente sua resposta em um mínimo 
de 20 (vinte) e em um máximo de 40 (quarenta) linhas, 
a qual deverá abordar, obrigatoriamente, os seguintes 
tópicos: 
a) Definição de território aduaneiro; e 
 
 
b) Abrangência da jurisdição dos serviços 
aduaneiros. 
 
 
 
(Mínimo de 20 e máximo de 40 linhas) 
 
 
RESPOSTA 
 
A Legislação Aduaneira encontra-se regulamentada 
no Direito brasileiro pelo Decreto nº 6759/09. 
Segundo o qual, estabelece que o território aduaneiro 
corresponde ao território nacional e abrange a zona 
primária e zona secundária. A primeira compreende 
os portos, aeroportos e pontos de fronteiras 
alfandegárias (art. 3º, I). A segunda corresponde ao 
restante do território nacional, incluindo espaço aéreo 
sobrejacente e o mar territorial (art. 3º, II). 
 
Contudo, segundo o Regulamento Aduaneiro, a jurisdição 
dos serviços aduaneiros estende-se às Áreas de Controle 
Integrado (ACI) nas regiões limítrofes de países do 
MERCOSUL com o Brasil, denominados, pelo Código 
Aduaneiro do Mercosul como enclaves / exclaves. Isto é, a 
abrangência da jurisdição dos serviços aduaneiros vai além 
do território nacional, as zonas primária e secundária, 
segundo prevê o art. 3º, 5º, do Decreto 6759/09. 
 
Em relação às Áreas de Controle Integrado (ACI), estas 
foram criadas pelo Acordo de Alcance Parcial para 
Facilitação do Comércio - Acordo de Recife, celebrado em 
1994 e 2001 com os países do MERCOSUL. 
Tem como objetivo aumentar a eficácia da repressão e 
combate aos delitos das fronteiras entre os signatários do 
Acordo celebrado no MERCOSUL, por meio da 
cooperação entre autoridades alfandegárias e aduaneiras 
dos países vizinhos signatários do Acordo de Recife. 
 
Conclui-se, conforme exporto, que o Auditor - fiscal da 
Receita Federal atuará além da linha de fronteira 
terrestre do Brasil, uma vez que, além de atuar nas 
zonas primárias e secundárias do território nacional, 
estará autorizado a atuar em países vizinhos 
signatários do Acordo de Recife, nas regiões que 
forem demarcadas como Áreas de Controle Integrado 
(ACI). 
 
 
 
 
TEORIA 
1. JURISDIÇÃO ADUANEIRA e TERRITÓRIO 
ADUANEIRO 
 
• Decreto n. 6.759/2009 REGULAMENTO 
ADUANEIRO 
 
Art. 3o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo 
o território aduaneiro e abrange: 
I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas 
pela autoridade aduaneira local: 
a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos 
portos alfandegados; 
b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e 
c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira 
alfandegados; e 
 
 
 
II - a zona secundária, que compreende a parte restante 
do território aduaneiro, nela incluídas as águas 
territoriais e o espaço aéreo. 
 1o Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de 
processamento de exportação, referidas no art. 534, 
constituem zona primária. 
 2o Para a demarcação da zona primária, deverá ser 
ouvido o órgão ou empresa a que esteja afeta a 
administração do local a ser alfandegado. 
 3o A autoridade aduaneira poderá exigir que a zona 
primária, ou parte dela, seja protegida por obstáculos 
que impeçam o acesso indiscriminado de veículos, 
pessoas ou animais. 
 4o A autoridade aduaneira poderá estabelecer, em locais e 
recintos alfandegados, restrições à entrada de pessoas que 
ali não exerçam atividades profissionais, e a veículos não 
utilizados em serviço. 
 5o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda 
às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes 
dos países integrantes do Mercosul com o Brasil (Acordo de 
Alcance Parcial para a Facilitação do Comércio no 5 - Acordo 
de Recife, aprovado pelo Decreto Legislativo no 66, de 16 de 
novembro de 1981, e promulgado pelo Decreto no 1.280, de 
14 de outubro de 1994; e Segundo Protocolo Adicional ao 
Acordo de Recife, Anexo - Acordo de Alcance Parcial de 
Promoção do Comércio no 5 para a Facilitação do Comércio, 
art. 3o, alínea “a”, internalizado pelo Decreto no 3.761, de 5 
de março de 2001 
 
• Jurisdição aduaneira (art. 3º ) é o PODER 
de fiscalização e controle sobre as operações 
do comércio exterior 
 
• Território Aduaneiro (art. 2º ) compreende 
todo o território aduaneiro nacional, onde é 
exercida a jurisdição aduaneira 
 
Art. 2º , RA. O território aduaneiro 
compreende todo o território nacional. 
• Abrangência da jurisdição aduaneira (art.3º ): 
 
 
a) Zona Primária 
 
b) Zona Secundária 
 
Obs: ambas integram o território aduaneiro 
 
c) Áreas de controle integrado. 
1.1. Zona primária (art. 3º , I, RA) 
 
I - a zona primária, constituída pelas 
seguintes áreas demarcadas pela autoridade 
aduaneira local: 
 
a) a área terrestre ou aquática, contínua ou 
descontínua, nos portos alfandegados; 
b) a área terrestre, nos aeroportos 
alfandegados; e 
c) a área terrestre, que compreende os 
pontos de fronteira alfandegados; 
 
 
• É o primeiro ponto de entrada/ saída de 
veículos, bens e pessoas no Brasil; 
 
 
 
 
• Alfandegado  ponto em que a Receita 
Federal do Brasil instalou uma unidade 
aduaneira. (art. 5º ao 7º e 13 ao 14, RA) 
1.3. Alfandegamento de portos, aeroportos e pontos 
de fronteiras 
 
Art. 6º, RA O alfandegamento de portos, aeroportos ou 
pontos de fronteira será precedido da respectiva habilitação 
ao tráfego internacional pelas autoridades competentes em 
matéria de transporte. 
Parágrafo único. Ao iniciar o processo de habilitação de 
que trata o caput, a autoridade competente notificará a 
Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
 
 
Art. 7º, RA O ato que declarar o alfandegamento 
estabelecerá as operações aduaneiras autorizadas e os 
termos, limites e condições para sua execução. 
 
 IMPORTANTE!!!! 
 
Somente os portos e aeroportos 
que são alfandegados compõe 
a zona primária, ou seja, NEM 
TODO PORTO ou aeroporto é 
alfandegado. 
 
 
 
Art. 5º , RA. Os portos, aeroportos e pontos de fronteira 
serão alfandegados por ato declaratório da autoridade 
aduaneira competente, para que neles possam, sob 
controle aduaneiro: 
 
I. Estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior 
ou a ele destinados; 
II. Ser efetuadas operações de carga, descarga, 
armazenagem ou passagem de mercadorias 
procedentes do exterior ou a ele destinados; 
III. Embarcar, desembarcar ou transitar viajantes 
procedentes do exterior ou a ele destinados. 
Art. 8o Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira 
alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de 
mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. 
 
Há EXCEÇÕES: dutos, linhas de transmissão, ambos 
ligados ao exterior, e hipóteses estabelecidas pela Receita 
Federal do Brasil em ato normativo (art.8º , II, RA). Ex: 
importação de gás boliviano por gasoduto, importação de 
energia elétrica paraguaia. NÃO ENTRAM PELA ZONA 
PRIMÁRIA!! 
 
 
• Procedimento: artigos 5º ao 7º e 13 e 14 do 
Regulamento Aduaneiro. 
 
Art. 13. O alfandegamento de portos, aeroportos e 
pontos de fronteira somente poderá ser efetivado: 
I - depois de atendidas as condições de instalação do 
órgão de fiscalização aduaneira e de infra-estrutura 
indispensável à segurança fiscal; 
II - se atestada a regularidade fiscal do interessado; 
III - se houver disponibilidade de recursos humanos e 
materiais; e 
IV - se o interessado assumir a condição de fiel 
depositário da mercadoria sob sua guarda. 
 
 3o O alfandegamento poderá abranger a totalidade 
ou parte da área dos portos e dos aeroportos. 
 
1.3. Zonas de Processamento de Exportação 
(ZPEs) 
 
• Regime aduaneiro aplicado em áreas especiais 
(art. 534 a 541, RA), de livre comércio de 
importação e exportação; 
 
• Destinadas à instalação de empresas voltadas 
para a produção de bens a serem 
comercializados no exterior; 
 
• É zona secundária 
• Visam à redução de desequilíbrios regionais, bem 
como o fortalecimento do balanço de pagamentos, 
promover a difusão tecnológica e o desenvolvimento 
socioeconômico do Brasil. 
 
• A empresa que pretende se instalar em uma ZPE 
deverá assumir um compromisso de exportação; 
 
• ZPE não é zona primária para todos os efeitos, 
mas apenas para o efeito de fiscalização: 
 
 Art. 3º, 1º, RA Para efeito de controle aduaneiro, as zonas 
de processamento de exportação, referidas no art. 534, 
constituem zona primária. 
DEPOIS DE 30 ANOS, SÓ DUAS ZPES FUNCIONAM 
Data de publicação: 04/03/2016 
O Brasil tem, hoje, apenas duas Zonas de Processamento de 
Exportação (ZPEs) em atividade. Dos outros 18 projetos, apenas 
um está perto de entrar em funcionamento. 
Se estivessem prontas todas as ZPEs desenhadas desde 1988 - 
quando o decreto-lei 2.452 foi estabelecido, dando início ao 
programa - 17 estados brasileiros contariam com as áreas de 
fomento à exportação. Porém, vinte e oito anos depois, apenas 
os estados do Ceará e do Acre viram a ideia virar realidade: as 
ZPEs de São Gonçalo do Amarante (CE) e Senador Guiomard 
(AC) são as únicas que operam no País. 
"A quantidade de zonas de processamento é pequena e o 
número de empresas que participam delas é ainda menor", 
atestou José Augusto de Castro, presidente da Associação de 
Comércio Exterior do Brasil (AEB). 
 
Em nota enviada ao DCI, o Ministério do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior (MDIC), informou que "somente 
após a edição da Lei 11.508 de 2007, com a constituição de 
um marco legal mais adequado, foi possível a retomada do 
interesse do setor privado pela implantação de projetos 
industriais em ZPE", conforme noticiado pelo jornal DCI. 
Fonte: DCI 
 
 
Disponível em: 
http://www.aduaneiras.com.br/Materias?email=true&origemEm
ail=resenha_comex&guid=e1250449b3aef8846b86202b1d943
ca3. Acesso em: 12 de março de 2016. 
1.4. Áreas de Controle Integrado (ACI) 
 
• Acordo de Recife (2000)  MERCOSUL 
 
• Facilitação do comércio internacional; 
 
• Concentração de uma grande autoridade de autoridades 
fiscais, sanitárias, de transporte e imigração em um único 
ponto da fronteira, podendo ser em território brasileiro ou 
de seu vizinho. Haverá extensão da jurisdição 
brasileira em território estrangeiro. 
 
Art. 3º, 5º , RA. A jurisdição dos serviços aduaneiros 
estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadas em 
regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o 
Brasil 
1.5. Zona de vigilância aduaneira 
 
• Pertencem à zona secundária; 
 
• Demarcadas pelo Ministro da Fazenda  orla marítima 
ou faixa de fronteira  permanência de mercadorias ou a 
sua circulação, assim como a de pessoas, animais e de 
veículos se sujeitarão às exigências fiscais e proibições 
estabelecidas 
 
Art. 4º, RA. O Ministro de Estado da Fazenda poderá demarcar, 
na orla marítima ou na faixa de fronteira, zonas de vigilância 
aduaneira, nas quais a permanência de mercadorias ou a sua 
circulação e a de veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às 
exigências fiscais, proibições e restrições que forem 
estabelecidas 
 2o Na orla marítima, a demarcação da zona de vigilância 
aduaneira levará em conta, além de outras circunstâncias de 
interesse fiscal, a existência de portos ou ancoradouros 
naturais, propícios à realização de operações clandestinas de 
carga e descarga de mercadorias. 
 
 3o Compreende-se na zona de vigilância aduaneira a 
totalidade do Município atravessado pela linha de 
demarcação, ainda que parte dele fique fora da área 
demarcada. (IMPORTANTE!!!!) 
 
• Não é ponto de entrada e saída de 
mercadorias; 
 
• Áreas estratégias; 
 
 
• Local mais propício à ocorrência de fraude 1as 
normas de fiscalização; 
 
• Ato de demarcação: 
 
Art. 4º, 1º, RA. O ato que demarcar a zona de vigilância 
aduaneira poderá: 
 
I - ser geral em relação à orla marítima ou à faixa de fronteira, 
ou específico em relação a determinados segmentos delas; 
 
II - estabelecer medidas específicas para determinado local; e 
 
III - ter vigência temporária. 
 
1.6. RECINTOS ALFANDEGADOS 
 
Art. 9º , RA Os recintos alfandegados serão assim declarados 
pela autoridade aduaneira competente, na zona primária ou na 
zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob 
controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho 
aduaneiro de: 
I - mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, 
inclusive sob regime aduaneiro especial; 
II - bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele 
destinados; e 
III - remessas postais internacionais. 
 
Parágrafo único. Poderão ainda ser alfandegados, em zona 
primária, recintos destinados à instalação de lojas francas 
 
• Podem ser localizados tanto na ZONA PRIMÁRIA 
quanto na ZONA SECUNDÁRIA 
 
• Visam à movimentação, armazenagem e despacho 
aduaneiro de mercadorias, bagagens dos viajantes 
e remessas postais internacionais. 
 
• São recintos alfandegados dentro de unidades 
alfandegadas. No caso, um aeroporto possui vários 
recintos, os quais nem todos são alfandegados, 
como por exemplo, o setor de voos domésticos, 
estacionamento, setor da Receita Federal que trata 
apenas sobre o controle pessoal e o de solicitação 
de benefícios fiscais. 
 
• Zonas primárias  quando alfandegadas, lojas 
de duty free shop; aeroportos alfandegados 
 
 
 
 
• Zonas secundárias  Portos Secos (só 
existem em zonas secundárias) 
 
Portos Secos: 
 
• Mesma finalidade dos portos, mas “secos” por não se 
localizarem na orla marítima. 
 
• São locais de uso público, explorados por concessão 
ou permissão (REGRA) de serviço público, precedidos 
de uma licitação pública. Será o regime de concessão 
pública precedida da execução de obra pública quando 
localizado em área pública da UNIÃO; 
 
• Somente compõe a ZONA SECUNDÁRIA, não 
podendo ser instalados em zonas primárias, tais quais: 
portos e aeroportos alfandegados. 
 
 
• Objetivo: armazenagem e movimentação de 
mercadorias; 
 
• Poderão possuir autorização para operar com 
carga de importação, de exportação ou ambas, 
tendo em vista as necessidades e as condições 
locais. 
 
• Podem ser instalados em ponto de fronteira 
alfandegado 
 
• Natureza de recintos alfandegados 
 
Art. 11, RA. Portossecos são recintos alfandegados de 
uso público nos quais são executadas operações de 
movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de 
mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro. 
 
 1o Os portos secos não poderão ser instalados na 
zona primária de portos e aeroportos alfandegados. 
 
 2o Os portos secos poderão ser autorizados a operar 
com carga de importação, de exportação ou ambas, 
tendo em vista as necessidades e condições locais. 
 
• Regimes de Operação em um porto seco: 
 
a)Comum; 
b)Suspensivos; 
c)Entrepostagem aduaneira na importação e na 
exportação; 
d)Admissão temporária; 
e)Trânsito aduaneiro; 
f)Exportação temporária, inclusive para aperfeiçoamento 
passivo; 
g)Depósito Alfandegado Certificado (Dac-Dub); 
h)Depósito Especial Alfandegado. 
 
 
• 63 Portos Secos no Brasil: 
 
a) Franca; 
b) Brasília; 
c) Santos; 
d) Uruguaiana; 
e) Cuiabá; 
f) Belém; 
g) Manaus; 
h) Betim; 
i) Itajaí; 
j) Foz do Iguaçu 
k) Salvador 
 
IMPORTANTE!!!! 
Área de Controle 
Integrado e os 
conceitos de 
ENCLAVE e 
EXCLAVE no CAM 
 
Art. 3º , CAM 
 
 
Enclave aduaneiro: 
 
a parte do território de um Estado não 
integrante do MERCOSUL na qual se permite 
a aplicação da legislação aduaneira do 
MERCOSUL, nos termos do acordo 
internacional que assim o estabeleça. 
 
 
Exemplo: Bolívia, apesar de NÃO ser membro 
do MERCOSUL, possui Áreas de Controle 
Integrado com o Brasil 
 
 
Exclave: 
 
Entende-se por exclave aduaneiro, a parte do 
território do MERCOSUL, em cujo âmbito 
geográfico não se aplica a legislação 
aduaneira comunitária. 
Art. 4º , Código 
Aduaneiro 
Argentino 
 
 
 Enclave é a área submetida à soberania de 
outro Estado, na qual, em virtude de um 
convênio internacional, permite-se a 
aplicação da legislação aduaneira nacional. 
 
Exclave é a área submetida à soberania da 
Nação Argentina, na qual, em virtude de um 
convênio internacional, permite-se a 
aplicação da legislação aduaneira de outro 
Estado. 
 
DICA DE MESTRE 
3. DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO 
 
 
3.1. CONCEITO 
 
 
Art. 542, RA. Despacho de importação é o procedimento 
mediante o qual é verificada a exatidão dos dados 
declarados pelo importador em relação à mercadoria 
importada, aos documentos apresentados e à legislação 
específica. (IMPORTANTE!!!) 
 
 
 
 
3.2. OBJETO 
 
Art. 543, RA. Toda mercadoria procedente do exterior, 
importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao 
pagamento do imposto de importação, deverá ser 
submetida a despacho de importação, que será realizado 
com base em declaração apresentada à unidade 
aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria. 
 
Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se 
inclusive às mercadorias reimportadas e às referidas 
nos incisos I a V do art. 70. 
Art. 70, RA. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do 
imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que 
retorne ao País, salvo se: 
I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; 
II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para 
substituição; 
III - por motivo de modificações na sistemática de importação por 
parte do país importador; 
IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou 
V - por outros fatores alheios à vontade do exportador. 
Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os 
fins previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os 
veículos, os aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as 
peças, os acessórios e os componentes, de fabricação nacional, 
adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de 
engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas 
no exterior, na hipótese de retornarem ao País. 
 
3.3. Procedimento 
 
1º  registro da Declaração de Importação (DI), salvo 
quando há declaração sem registro no SISCOMEX, assim 
como o licenciamento de importação; 
 
2º  seleção da mercadoria para conferência; 
 
3º  conferência aduaneira, acaso seja selecionada a 
mercadoria; 
 
4º desembaraço aduaneiro; 
 
5º  entrega da mercadoria ao importador. 
 
 
 
ATENÇÃO!!!!!! 
 
 
Art. 544, RA. O despacho de importação 
poderá ser efetuado em zona primária ou em 
zona secundária, 
3.4. MODALIDADES DE DESPACHO DE 
IMPORTAÇÃO 
 
 
Exceção 1: Há situações em que o registro da DI 
precede a chegada da carga, conforme previsto 
no art. 17 da IN SRF n. 680/2006, configurando o 
despacho antecipado. Tal modalidade é prevista 
para mercadorias a granel, mercadorias 
inflamáveis, plantas e animais vivos, frutas 
frescas, papel para impressão, etc. 
Exceção 2: Despacho com entrega fracionada 
(IN SRF n. 680/2006, arts. 61 e 62), quando a 
mercadoria é transportada por vários veículos e 
um grande volume, devendo ser registradas nas 
Observações da DI, sendo desembaraçada no 
Siscomex após a última conferência de veículo. 
 
Exceção 3: Despacho sumário e prioritário de 
urna funerária, o qual exige do transportador, 
apenas, a apresentação do conhecimento de 
carga e a manifestação da autoridade sanitária, 
dispensando o preenchimento da DI. 
Art. 548, RA. O despacho de importação de urna 
funerária será realizado em caráter prioritário e 
mediante rito sumário, logo após a sua descarga, 
com base no respectivo conhecimento de carga 
ou em documento de efeito equivalente. 
 
Parágrafo único. O desembaraço aduaneiro da 
urna somente será efetuado após a manifestação 
da autoridade sanitária competente. 
3.4.1. Despacho para consumo – IN SRF n. 680/2006 
 
Art. 2º O despacho aduaneiro de importação compreende: 
 
I. Despacho para consumo, inclusive da mercadoria: 
 
a) Ingressada no país com o benefício de drawback; 
b) Destinada à ZFM, à Amazônia Ocidental ou a Área de Livre 
Comércio (ALC); 
c) Contida em remessa postal internacional ou expressa ou, 
ainda, conduzida por viajante, se aplicado o regime de 
importação comum; 
d) Admitida em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas 
especiais, na forma do disposto no inciso II, que venha a ser 
submetida ao regime comum de importação. 
 
 
 
Ou seja, o despacho para consumo é aquele em que 
a mercadoria é nacionalizada, isto é, importada em 
definitivo. 
 
No caso da alínea ‘a’, trata-se de despacho para 
consumo especial, já que menciona o regime 
aduaneiro especial de drawback; 
 
Quanto a alínea ‘b’, se a mercadoria conter 
benefícios, o despacho será para admissão, caso 
contrário, será despacho para consumo. 
 
Em face a alínea ‘c’, as remessas postais poderão 
ser submetidas ao regime de tributação simplificada 
ou ao regime de importação comum, sendo 
despacho para consumo, apenas, quando for 
aplicado o despacho de importação comum. 
 
Por fim, em relação a alínea ‘d’, se a mercadoria 
entra no país em regime aduaneiro especial, 
ocorrendo o despacho para consumo, ela será 
importada em definitivo, ou seja, será 
nacionalizada (ex: mercadoria por regime de 
entreposto aduaneiro). 
 
3.4.2. Despacho para admissão – IN SFR n. 
680/2006 
 
 
 
Art. 2º , II. Despacho para admissão em regime aduaneiro 
especial ou aplicado em áreas especiais, de mercadoria que 
ingresse no país nessa condição. 
 
 
 
 
3.4.3. DESPACHO DE INTERNAÇÃO – IN SRF 
n. 242/2002 
 
 
 
 ATENÇÃO!!!! 
 
 
NÃO É APLICÁVEL PARA IMPORTAÇÕES.É um despacho que ocorre nas saídas das 
mercadorias da Zona Franca de Manaus (ZFM) e 
das Áreas de livre comércio, com destino ao 
território aduaneiro nacional. 
 
 
Exemplos: Mercadoria que foi importada pela 
ZFM, com benefício fiscal, é embarcada para São 
Paulo  há o despacho para internação, devendo 
ser fiscalizada, evitando fraude. 
Art. 1º. A internação de mercadorias da Zona Franca de 
Manaus (ZFM) para o restante do território nacional deverá ser 
realizada mediante procedimento ordinário ou simplificado, 
conforme estabelecido nesta Instrução Normativa. 
 
1º O disposto no caput aplica-se às internações promovidas 
por empresas comerciais e industriais sediadas na ZFM, nas 
seguintes modalidades: 
 
I. Produtos estrangeiros importados com ou sem a utilização 
dos benefícios fiscais previstos no Decreto-Lei n. 288, de 
28 de fevereiro de 1967; 
 
 
II. Produtos industrializados na ZFM com insumos 
estrangeiros, importados com suspensão dos impostos 
incidentes, por empresa que tenha projeto aprovado pela 
Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e 
cumpra o Processo Produtivo Básico (PPB) para ele definido; 
 
III. Produtos industrializados com insumos estrangeiros, 
importados com suspensão dos impostos incidentes, por 
empresa que não possua projeto industrial reprovado pela 
Suframa, ou que não cumpra, no todo ou em parte, o PPB para 
ele definido; 
 
IV. Produtos industrializados na ZFM, com insumos 
integralmente nacionais ou nacionalizados. 
Art. 2º A internação de mercadorias da ZFM para qualquer outra 
área do território nacional, somente poderá ser realizada 
mediante prévia autorização da Secretaria da Receita Federal 
(SRF). 
 
1º A autorização referida no caput fica condicionada: 
 
I. À apresentação das mercadorias em recintos alfandegados 
ou em outros locais previamente autorizados pelo Inspetor 
da Alfândega do Porto de Manaus; 
 
II. Ao registro da Declaração para Controle de Internação 
(DCI) para processamento do correspondente 
despacho de internação de cada operação de saída de 
mercadorias da ZFM, conforme a respectiva Nota 
Fiscal. 
3.5. INÍCIO e PRAZO 
 
Art. 545, RA. Tem-se por iniciado o despacho de importação 
na data do registro da declaração de importação. 
 
 1o O registro da declaração de importação consiste em sua 
numeração pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, por 
meio do SISCOMEX. 
 
 2o A Secretaria da Receita Federal do Brasil disporá sobre 
as condições necessárias ao registro da declaração de 
importação e sobre a dispensa de seu registro no 
SISCOMEX 
 
• Ou seja, o início do despacho aduaneiro de 
importação ocorre na data do registro da 
declaração de importação, mediante 
numeração pela Secretaria da Receita 
Federal do Brasil, via SISCOMEX, conforme 
condições e dispensas normatizadas pela 
SFRB. 
• Prazos: 
 
a) 90 dias APÓS descarga em recinto de zona 
primária; 
 
Havendo descarga em recinto de zona primária, após 
transcorrido o lapso temporal de 90 dias haverá o início 
do despacho aduaneiro de importação com o registro 
da declaração de importação. 
 
a) 45 dias APÓS esgotado o prazo de 
permanência em recinto de zona secundária; 
 
Como fim do prazo de permanência na zona 
secundária, começa a correr o lapso temporal de 45 
dias, cujo no termo final ocorrerá o registro da 
declaração de importação e o início do despacho 
aduaneiro de importação. 
 
 c) 90 dias do recebimento de aviso de chegada 
de remessa postal; 
 
Ao receber o AR, correrá o prazo de 90 dias, cujo 
termo final procederá o registro da declaração de 
importação e o respectivo despacho aduaneiro. 
 
Art. 546, RA. O despacho de importação deverá ser 
iniciado em: 
 
I - até noventa dias da descarga, se a mercadoria estiver 
em recinto alfandegado de zona primária; 
 
II - até quarenta e cinco dias após esgotar-se o prazo de 
permanência da mercadoria em recinto alfandegado de 
zona secundária; e 
 
III - até noventa dias, contados do recebimento do aviso 
de chegada da remessa postal. 
 
3.6. DISPENSA DE DESPACHO ADUANEIRO 
 
Art. 547, RA. Está dispensada de despacho de importação a 
entrada, no País, de mala diplomática, assim considerada a que 
contenha tão-somente documentos diplomáticos e objetos 
destinados a uso oficial. 
 1o A mala diplomática deverá conter sinais exteriores visíveis 
que indiquem seu caráter e ser entregue a pessoa formalmente 
credenciada pela Missão Diplomática. 
 2o Aplica-se o disposto neste artigo à mala consular. 
 
Art. 548, RA. O despacho de importação de urna funerária será 
realizado em caráter prioritário e mediante rito sumário, logo 
após a sua descarga, com base no respectivo conhecimento de 
carga ou em documento de efeito equivalente 
 
4.7. CONFERÊNCIA ADUANEIRA 
 
IN SRF n. 680/2006, Art. 22. As declarações de importação 
selecionadas para conferência aduaneira serão distribuídas para 
os AFRF responsáveis, por meio de função própria do Siscomex. 
 
• Auditor – Fiscal da Receita Federal do Brasil 
procederá a conferência, de forma aleatória ou 
dirigida ou o analista, sob supervisão do auditor. 
 
IN SRF n. 680/2006, Art. 24. A conferência aduaneira será 
iniciada depois do registro da DI e da vinculação do dossiê 
prevista no 1º do art. 19. 
 
 
4.7.1. Objetivo: apurar a regularidade da importação, por 
meio da verificação da documentação entregue pelo 
importador e a mercadoria verificada fisicamente. 
 
Art. 564, RA. A conferência aduaneira na importação tem por 
finalidade identificar o importador, verificar a mercadoria e a 
correção das informações relativas a sua natureza, classificação 
fiscal, quantificação e valor, e confirmar o cumprimento de todas 
as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da 
importação. 
 
Art. 572, RA. Quando se tratar de mercadoria sujeita a controle 
especial, a depósito ou a pagamento de qualquer ônus financeiro 
ou cambial, o desembaraço aduaneiro dependerá do prévio 
cumprimento dessas exigências. 
 
 
4.7.2. Três etapas: exame documental, verificação da 
mercadoria e aplicação de procedimento especial de 
controle aduaneiro (NÃO são todas as mercadorias 
que passão por todas as etapas!!): 
 
a) Exame documental: a Receita verificará se há, 
entre os dados dos documentos e os informados, 
coincidência (art. 25, IN SRF n. 680/2006); 
 
b) Verificação das mercadorias: verificação física da 
mercadoria, feita em estabelecimento do importador ou 
em outro local (art. 29, IN SRF n. 680/2006) e art. 566, 
RA: 
 
Art. 566, RA. A verificação da mercadoria, no curso da 
conferência aduaneira ou em outra ocasião, será realizada por 
Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, ou sob a sua 
supervisão, por Analista-Tributário, na presença do viajante, do 
importador ou de seus representante. 
 
 1o Na hipótese de mercadoria depositada em recinto 
alfandegado, a verificação poderá ser realizada na presença 
do depositário ou de seus prepostos, dispensada a exigência 
da presença do importador. 
 
 2o A verificação de bagagem ou de outra mercadoria que 
esteja sob a responsabilidade do transportador poderá ser 
realizada na presença deste ou de seus prepostos, dispensada 
a exigência da presença do viajante ou do importador. 
Poderá ser realizada, a verificação física da 
mercadoria, por meio de seleção e amostragem, 
sendo dispensável o procedimento de verificação 
integral da carga, além da solicitação de perícia. 
 
c) Aplicação de procedimentoespecial de 
controle aduaneiro  no caso de houver indício 
objetivo de fraude detectada na DI registrada, será 
direcionada, a mercadoria, ao canal cinza, pelo 
Siscomex, podendo ficar retira pelo prazo temporal 
de 90 dias, prorrogável por igual período (IN RFB n. 
1.168/2011, art. 1º ) 
4.7.3. CANAIS DE SELEÇÃO 
 
Art. 564, RA. Parágrafo único. A fim de determinar o tipo e a 
amplitude do controle a ser efetuado na conferência aduaneira, 
serão adotados canais de seleção. 
 
• IN SRF n. 680/2006, art. 21  CANAIS POR 
CORES: 
 
 
a) CANAL VERDE  AUTOMÁTICO. 
 Ocorrerá a dispensa da verificação da mercadoria e do 
exame da documentação, SALVO se houver indício de 
irregularidade. 
 
 
 
b) CANAL AMARELO  EXAME da 
DOCUMENTAÇÃO 
 
Haverá o exame da documentação e, caso seja 
constatada a regularidade, haverá a dispensa da 
verificação da mercadoria. 
 
c) CANAL VERMELHO: Ocorrerá o exame 
documental e a verificação da mercadoria. 
 
d) CANAL CINZA: Ocorrerá o procedimento especial 
de controle aduaneiro, consistindo nas três etapas, 
cuja finalidade é a verificação de indícios de fraude, 
inclusive referentes ao preço declarado da mercadoria. 
4.7.4. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO 
 
IN SRF n. 680/2006, art. 21, 1º 
 
I. Regularidade fiscal do importador; 
 
II. Habitualidade do importador; 
 
III. Natureza, volume ou valor da importação; 
 
IV. Valor dos impostos incidentes ou que 
incidiriam na importação; 
V. Origem, procedência e destinação da 
mercadoria; 
 
VI. Tratamento tributário; 
 
VII. Características da mercadoria; 
 
VIII. Capacidade operacional e econômico 
financeira do importador; 
 
IX. Ocorrências verificadas em outras operações 
realizadas pelo importador. 
 ATENÇÃO!!!!!! 
 
Art. 565. A conferência aduaneira poderá ser realizada na 
zona primária ou na zona secundária. 
 1o A conferência aduaneira, quando realizada na zona 
secundária, poderá ser feita: 
I - em recintos alfandegados; 
II - no estabelecimento do importador: 
a) em ato de fiscalização; ou 
b) como complementação da iniciada na zona primária; ou 
III - excepcionalmente, em outros locais, mediante prévia 
anuência da autoridade aduaneira. 
 2o A Secretaria da Receita Federal do Brasil estabelecerá 
termos e condições para a realização da conferência aduaneira 
em recinto não-alfandegado de zona secundária, na forma do 
inciso III do 1o 
 
4.7.5. Dispensa da conferência 
 
Art. 567, RA. A bagagem dos integrantes de missões 
diplomáticas e de repartições consulares de caráter 
permanente não está sujeita a verificação, salvo se existirem 
fundadas razões para se supor que contenha bens. 
 
I - destinados a uso diverso do previsto nas respectivas 
Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e 
Consulares; ou 
II - de importação proibida. 
 
Parágrafo único. A verificação da bagagem, havendo as 
fundadas razões a que se refere o caput, deverá ser realizada na 
presença do interessado ou de seu representante formalmente 
autorizado. 
 
 ATENÇÃO!!!!!! 
 
 
Despacho aduaneiro DISPENSADO  MALAS 
DIPLOMÁTICAS 
 
 
 
Conferência DISPENSADA  BAGAGEM dos 
INTEGRANTES 
ZONA 
FRANCA DE 
MANAUS 
1. Conceito 
 
 
Art. 504, RA. A Zona Franca de Manaus é uma área de 
livre comércio de importação e de exportação e de 
incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade 
de criar no interior da Amazônia um centro industrial, 
comercial e agropecuário, dotado de condições 
econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face 
dos fatores locais e da grande distância a que se 
encontram os centros consumidores de seus produto. 
 
• DL n. 288/1967; 
 
 
• Art. 40, ADCT, CF/88  EC n. 83/2014: 
estendeu por mais 50 (cinquenta) anos; 
 
 
 
• ZFM  até o ano de 2073. 
2. Benefício 
 
a) Importação de mercadorias estrangeiras na 
ZFM, destinadas ao consumo interno, 
industrialização em qualquer grau, inclusive 
beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação 
e operação de indústrias e serviços de qualquer 
natureza, bem como a estocagem para 
reexportação, a qual será isenta dos impostos 
de importação (II) e de produtos industrializados 
(IPI), conforme prevê o art. 505, RA. 
Exceções (Art. 505, RA) 
 
 1o Excetuam-se da isenção de que trata este artigo as 
seguintes mercadorias: 
 
I - armas e munições; 
II - fumo; 
III - bebidas alcoólicas; 
IV - automóveis de passageiros; e 
V - produtos de perfumaria ou de toucador, e preparados e 
preparações cosméticas, salvo os classificados nas posições 
3303 a 3307 da Nomenclatura Comum do Mercosul, se 
destinados, exclusivamente, a consumo interno na Zona Franca 
de Manaus ou quando produzidos com utilização de matérias-
primas da fauna e da flora regionais, em conformidade com 
processo produtivo básico. 
 
 2o A isenção de que trata este artigo fica condicionada à efetiva 
aplicação das mercadorias nas finalidades indicadas e ao 
cumprimento das demais condições e requisitos estabelecidos 
pelo Decreto-Lei nº 288, de 1967,e pela legislação 
complementar. 
 
 
 
IMPORTANTE!!! 
 
 
 
 3o Os produtos nacionais exportados para o exterior e, 
posteriormente, importados pela Zona Franca de Manaus, não 
gozarão dos benefícios referidos neste artigo. 
 
IMPORTANTE!!! 
 
 
A entrada das mercadorias com isenção é permitida, 
somente, em portos, aeroportos ou recintos 
alfandegados na cidade de MANAUS. 
 
 
Art. 505, 5º, RA. A entrada das mercadorias a que se 
refere o caput será permitida somente em porto, aeroporto 
ou recinto alfandegados, na cidade de Manaus. 
 
• Importação de bens para a ZFM; 
 
• Vendas de produtos nacionais para a ZFM; 
 
• Exportações de bens pela ZFM; 
 
• Vendas de bens da ZFM para o restante do 
território nacional. 
 
b) Compras de bens por empresas situadas na ZFM 
equivalem a exportações brasileiras, não ocorrendo 
incidência tributária, neste caso, já que são isentas as 
exportações. 
 
 
c) INTERNAÇÃO: Já na internação do bem 
importado pela ZFM, haverá a exigência integral do 
imposto de importação (II) e do imposto sobre 
produtos industrializados (IPI), cujo objetivo é evitar 
fraude. Excetuando-se o previsto nos incisos do 
parágrafo único do art. 509, RA: 
Art. 509, RA. As mercadorias estrangeiras importadas para a 
Zona Franca de Manaus, quando desta saírem para outros 
pontos do território aduaneiro, ficam sujeitas ao pagamento de 
todos os impostos exigíveis sobre importações do exterior. 
 
Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no caput, 
relativamente ao pagamento dos impostos, as seguintes 
hipóteses, observado o disposto nos arts. 511, 512 e 516: 
 
I - bagagem de viajante; 
II - internação de produtos industrializados na Zona Franca de 
Manaus com insumos estrangeiros; 
III - saída, para a Amazônia Ocidental, de produtos 
compreendidos na pauta a que se refere o art. 516; e 
IV - saída de mercadorias para as áreas de livre comércio 
localizadas na Amazônia Ocidental. 
 
 IMPORTANTE!!! 
 
Não se deve confundir internação com saída temporária 
da ZFM para o resto do território aduaneiro nacional 
(Declaração de Saída Temporária) , regime que 
proporcionará a suspensão da exigibilidade dos tributos 
incidentes, devendo constar em Termo de 
Responsabilidade para que seja executado, no caso de 
descumprimento do prazo para regresso da mercadoria 
(IN RFB n. 300/2003).Ademais, este preceito também 
se aplica à saída temporária de bens da Amazônia 
Ocidental e Áreas de Livre Comércio. 
• IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO 
 
Art. 512, RA. Os produtos industrializados na Zona 
Franca de Manaus, quando dela saírem para qualquer 
ponto do território aduaneiro, estarão sujeitos ao 
pagamento do imposto de importação relativo a 
matérias-primas, produtos intermediários, materiais 
secundários e de embalagem, componentes e outros 
insumos de origem estrangeira neles empregados, 
calculado o tributo mediante coeficiente de redução de 
sua alíquota ad valorem, desde que atendam a nível de 
industrialização local compatível com processo produtivo 
básico para produtos compreendidos na mesma posição e 
subposição da Nomenclatura Comum do Mercosul. 
 
 
 
Haverá incidência do imposto de importação 
proporcionalmente à participação do insumo 
estrangeiro no produto industrializado, por meio do 
coeficiente de redução da alíquota, o qual incide 
sobre o que deixou de se arrecadar na sua 
importação. 
 
Calcula-se o coeficiente de redução, conforme prevê o art. 
512, 1º, RA, quando na internação de bens de informática 
e de veículos automóveis, tratores e outros veículos 
terrestres. 
 
 1o O coeficiente de redução do imposto de importação será 
obtido mediante a aplicação de fórmula que tenha: 
 
I - no dividendo, a soma dos valores de matérias-primas, produtos 
intermediários, materiais secundários e de embalagem, 
componentes e outros insumos de produção nacional, e da mão-
de-obra empregada no processo produtivo; 
 
II - no divisor, a soma dos valores de matérias-primas, produtos 
intermediários, materiais secundários e de embalagem, 
componentes e outros insumos de produção nacional e de origem 
estrangeira, e da mão-de-obra empregada no processo produtivo. 
 
 
Nos demais casos, a alíquota ad valorem será de 
88%: 
 
 5o Para os produtos industrializados na Zona Franca de 
Manaus, salvo os bens de informática e os veículos de que 
trata o 2o, cujos projetos tenham sido aprovados pelo 
Conselho de Administração da Superintendência da Zona 
Franca de Manaus até 31 de março de 1991 ou para seus 
congêneres ou similares, compreendidos na mesma posição 
e subposição da Nomenclatura Comum do Mercosul, 
constantes de projetos que venham a ser aprovados no prazo 
de que trata o art. 40 do Ato das Disposições Constitucionais 
Transitórias, a redução referida no caput será de oitenta e 
oito por cento. 
• IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) 
 
NÃO há exigibilidade proporcional, tal como ocorre com o imposto 
de importação (II) 
 
Art. 513. Estão isentas do imposto sobre produtos industrializados 
todas as mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus que se 
destinem: 
 
I - ao seu consumo interno; ou 
 
II - à comercialização em qualquer ponto do território aduaneiro, 
observados os requisitos estabelecidos para o processo produtivo 
básico de que trata o art. 512. 
 
Parágrafo único. A isenção de que trata o caput não se aplica às 
mercadorias referidas no 1o do art. 505 
 
 
 
• Bagagem procedente da ZFM 
 
 
Decreto n. 1455/1976: 
 
 
Art. 6º O Ministro da Fazenda poderá aplicar as disposições 
deste Decreto-lei à bagagem de passageiro procedente da 
Zona Franca de Manaus, podendo, no caso, alterar termos, 
limites e condições. 
Portaria do Ministério da Fazenda n. 786/1991: 
 
 
 Mercadorias estrangeiras: até US$ 2mil 
 
Caso exceda o valor, ocorrerá a cobrança do 
imposto de importação (II), na alíquota de 50% 
sobre o excesso. 
 
Para que não seja aplicada a pena de perdimento, 
o valor da bagagem não poderá exceder em 
US$4.800 mil (IN RFB n. 32/1991) 
Mercadorias nacionais industrializadas com 
insumos estrangeiros: só há incidência 
tributária em relação aos insumos, não 
ocorrendo em relação aos bens que saírem da 
ZFM compreendidos como bagagem, na 
quantidade de duas unidades para cada 
espécie (IN SRF n. 75/1985) 
• Amazônia Ocidental 
 
 
Mercadorias que passem pela ZFM e sejam 
destinadas à Amazônia Ocidental (art. 1º, 
Decreto-lei n. 356/1968). 
 
 
Art. 516, RA. 1o A Amazônia Ocidental é constituída pelos 
Estados do Amazonas, do Acre, de Rondônia e de Roraima. 
Art. 516. Os benefícios fiscais concedidos pelo Decreto-Lei nº 
288, de 1967, estendem-se às áreas pioneiras, zonas de fronteira 
e outras localidades da Amazônia Ocidental, quanto aos 
seguintes produtos de origem estrangeira, segundo pauta fixada 
pelos Ministros de Estado da Fazenda e do Desenvolvimento, 
Indústria e Comércio Exterior: 
 
I - motores marítimos de centro e de popa, seus acessórios e 
pertences, bem como outros utensílios empregados na atividade 
pesqueira, exceto explosivos e produtos utilizados em sua 
fabricação; 
 
II - máquinas, implementos e insumos utilizados na agricultura, na 
pecuária e nas atividades afins; 
 
III - máquinas para construção rodoviária; 
IV - máquinas, motores e acessórios para 
instalação industrial; 
 
V - materiais de construção; 
 
VI - produtos alimentares; e 
 
VII - medicamentos. 
 
 
 
REGIME DE ENTREPOSTO 
INDUSTRIAL SOB 
CONTROLE ADUANEIRO 
INFORMATIZADO 
 
(RECOF) 
Art. 420, RA. O regime de entreposto industrial 
sob controle aduaneiro informatizado - RECOF 
é o que permite a empresa importar, com ou 
sem cobertura cambial, e com suspensão do 
pagamento de tributos, sob controle aduaneiro 
informatizado, mercadorias que, depois de 
submetidas a operação de industrialização, 
sejam destinadas a exportação. 
 
 
IN RFB n.1.291/2012: 
 
 
Art. 2º O Recof permite a empresa beneficiária importar ou 
adquirir no mercado interno, com suspensão do pagamento de 
tributos, mercadorias a serem submetidas a operações de 
industrialização de produtos destinados à exportação ou ao 
mercado interno. 
• Indústria aeronáutica, automotiva, 
semicondutores, informática e telecomunicações 
(art. 2º ); 
 
• Permite vender e comprar de outros habilitados 
(co-habilitação e compartilhamentos); 
 
• Serviços de acondicionamento; 
 
• Exige aquisição e manutenção do sistema 
informatizado homologado; 
 
• Movimentação simplificada para o exterior. 
 
 
 
1. DRAWBACK X RECOF 
 
 
1.1. Competência 
 
Drawback  cada plano é concedido pelo DECEX, uma 
espécie de varejo; 
 
 
 
 RECOF  “Drawback de grandes proporções” ou 
“drawback continuado”, é um incentivo concedido pela 
Receita Federal do Brasil às exportações. 
1.2. Quanto aos tributos 
 
Drawback  É necessário exportar, mas se 
colocar, os produtos, no mercado interno, além dos 
tributos incidentes, serão exigidas as multas e 
juros; 
 
RECOF  Produtos podem ser destinados ao 
mercado interno (despacho para consumo), 
exigindo-se os tributos suspensos, sem incidência 
de juros, se ocorrer dentro do prazo do regime. A 
regra é que sejam exportados, sem tributação. 
1.3. Quanto à cobertura cambial 
 
 
Drawback  regra: importações COM cobertura 
cambial, entretanto, há a exceção do drawback sem 
expectativa de pagamento (SEM cobertura cambial); 
 
 
 
RECOF  COM ou SEM cobertura cambial 
 
IN RFB n. 1.291/2012. Art. 3º As importações referidas no art. 
2º poderão ser efetuadas com ou sem cobertura cambial. 
1.4. Facilitação às importações 
 
 
RECOF art. 22, IN RFB 1.291/2012 
 
 
Art. 22. As importações ao amparo do regime promovidas por 
pessoa jurídica habilitada estarão sujeitas ao tratamentode 
Linha Azul, observados os procedimentos e condições previstos 
na legislação específica para sua habilitação e operação. 
 
Parágrafo único. O regime será concedido mediante o 
desembaraço aduaneiro das mercadorias constantes da 
correspondente DI de admissão. 
 
• LINHA AZUL  Controle aduaneiro: 
monitoramento constante 
 
 
 
 
DRAWBACK  NÃO possui 
 
 
2. HABILITAÇÃO e manutenção 
 
 
Art. 4º A aplicação do regime depende de prévia habilitação da 
empresa interessada pela Secretaria da Receita Federal do 
Brasil (RFB). 
 
Como era na IN RFB 1.291/2012: 
 
 
Art. 5º Para habilitar‐se ao regime, a empresa interessada 
deverá atender aos seguintes requisitos: 
 
I. cumprir os requisitos de regularidade fiscal perante a 
Fazenda Nacional, para o fornecimento de certidão 
conjunta, negativa ou positiva com efeitos de negativa, com 
informações da situação quanto aos tributos administrados 
pela RFB e quanto à Dívida Ativa da União (DAU), 
administrada pela Procuradoria‐Geral da Fazenda Nacional 
(PGFN); 
 
 
II. possuir patrimônio líquido igual ou superior a R$ 25.000.000,00 
(vinte e cinco milhões de reais); 
 
III. dispor de sistema informatizado de controle de entrada, 
estoque e saída de mercadorias, de registro e apuração de 
créditos tributários devidos, extintos ou com pagamento 
suspenso, integrado aos sistemas corporativos da empresa no 
País, que permita livre e permanente acesso da RFB; 
 
 IV ‐ possuir autorização para o exercício da atividade, expedida 
pela autoridade aeronáutica competente, se for o caso; 
 
V ‐ não ter sido submetida ao regime especial de fiscalização de que 
trata o art. 33 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, nos últimos 
três anos; e 
VI ‐ estar habilitada ao Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul), em 
conformidade com a regulamentação específica. 
 
Atualmente  IN RFB 1.559/2015 
 
 
• Patrimônio líquido exigido  passou de R$ 25 
milhões para R$10 milhões; 
 
• Volume mínimo de exportação  passou de US$ 
10 milhões para US$ 5 milhões; 
 
• Fim da obrigatoriedade de habilitação prévia na 
Linha Azul (Despacho Aduaneiro Expresso) 
Art. 6º A manutenção da habilitação ao regime fica 
condicionada ao cumprimento pela empresa habilitada das 
seguintes obrigações: 
 
 I. exportar produtos industrializados resultantes dos 
processos mencionado no art. 2º no valor mínimo anual 
equivalente a cinquenta por cento do valor total das 
mercadorias importadas ao amparo do regime, no mesmo 
período, e não inferior a US$ 10.000.000,00 (dez milhões de 
dólares dos Estados Unidos da América); e 
 
 II. aplicar anualmente, na produção dos bens que 
industrializar, pelo menos 80% (oitenta por cento) das 
mercadorias estrangeiras admitidas no regime. 
3. Destinos da mercadoria 
 
a) REGRA  exportação, SEM tributação, após 
destinada à submissão à industrialização; 
 
b) Despachada para consumo, no estado em que 
foi importada OU depois de submetida a 
processo de industrialização  HAVERÁ 
tributação, sem incidência de juros; 
 
c) Exportação, reexportação ou destruição  no 
estado em que foi importada, sem industrializar 
Art. 420, RA. 
 
 1o Parte da mercadoria admitida no regime, no estado em 
que foi importada ou depois de submetida a processo de 
industrialização, poderá ser despachada para consumo. 
 
 2o A mercadoria, no estado em que foi importada, poderá 
ter ainda uma das seguintes destinações: 
 
I - exportação; 
 
II - reexportação; ou 
 
III - destruição. 
 
 
IMPORTANTE!!!! 
 
 
 
TODAS AS HIPÓTESES LISTADAS 
EXINGUEM O REGIME 
4. PRAZOS 
 
a) REGRA: suspensão de até 1 ano, prorrogável dentro 
deste período. 
 
Art. 423, RA. O prazo de suspensão do pagamento dos tributos 
incidentes na importação será de até um ano, prorrogável por 
período não superior a um ano. 
 
b) EXCEÇÃO: prorrogação justificada por até 5 anos 
 
 1o Em casos justificados, o prazo de que trata o caput poderá ser 
prorrogado por período não superior, no total, a cinco anos, observada 
a regulamentação editada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 
5. CUSTÓDIA e GUARDA das MERCADORIAS 
 
 
 
Art. 423, RA. 2o A partir do desembaraço 
aduaneiro para admissão no regime, a empresa 
beneficiária responderá pela custódia e guarda 
das mercadorias na condição de fiel depositária. 
Regime Aduaneiro 
Especial de Entreposto 
Industrial sob Controle 
Informatizado do 
Sistema Público de 
Escrituração Digital 
(Recof - Sped) 
• IN RFB 1.612, de 26 de janeiro de 2016: 
 
a) Aproveitamento de novas tecnologias  SPED; 
 
b) Prazo: 1 ano prorrogável por uma vez por igual 
período; 
 
c) Permite industrialização por encomenda; 
 
d) Permite movimentação temporária para o 
exterior; 
 
 
e) Não é necessário que de atos concessórios para 
operação, diferentemente do DRAWBACK; 
 
 
f) Requisitos para operar no Regime (Art. 5): 
 
 
• Regularidade fiscal; 
 
• Escrituração fiscal digital (EFD); 
 
• Habilitação por uma unidade da Receita Federal; 
 
 
Art. 5º Para habilitar-se ao regime, a empresa interessada deverá 
atender aos seguintes requisitos: 
 
I - cumprir os requisitos de regularidade fiscal perante a Fazenda 
Nacional, para o fornecimento de certidão conjunta, negativa ou 
positiva com efeitos de negativa, com informações da situação 
quanto aos tributos administrados pela RFB e quanto à Dívida 
Ativa da União (DAU), administrada pela Procuradoria-Geral da 
Fazenda Nacional (PGFN); 
 
II - estar adimplente com as obrigações de entrega da 
Escrituração Fiscal Digital (EFD), nos termos da legislação 
específica em vigor; 
III - possuir autorização para o exercício da atividade, expedida 
pela autoridade aeronáutica competente, se for o caso; 
 
IV - não ter sido submetida ao regime especial de fiscalização de 
que trata o art. 33 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, 
nos últimos 3 (três) anos; e 
 
V - estar habilitada a operar no comércio exterior em modalidade 
diversa da limitada, prevista no art. 2º da Instrução Normativa 
RFB nº 1.288, de 31 de agosto de 2012. 
 
 1º A obrigação prevista no inciso II estende-se aos beneficiários 
não obrigados pela legislação específica da EFD. 
 
 2º Os requisitos previstos neste artigo deverão ser mantidos 
enquanto a empresa estiver habilitada para operar o regime. 
 
 
Art. 6º A manutenção da habilitação no regime fica 
condicionada ao cumprimento pela empresa habilitada das 
seguintes obrigações: 
 
I - exportar produtos industrializados resultantes dos processos 
mencionados no art. 2º no valor mínimo anual equivalente a 
80% (oitenta por cento) do valor total das mercadorias 
importadas ao amparo do regime, no mesmo período, e não 
inferior a US$ 5.000.000,00 (cinco milhões de dólares dos 
Estados Unidos da América); 
 
II - aplicar anualmente, na produção dos bens que industrializar, 
pelo menos 80% (oitenta por cento) das mercadorias 
estrangeiras admitidas no regime; e 
 
III - entregar regularmente a EFD. 
 
 1º Para o cumprimento das obrigações de que trata o caput, 
a empresa interessada deverá: 
 
I - computar as operações realizadas a partir do desembaraço 
aduaneiro da 1ª (primeira) Declaração de Importação (DI) de 
mercadorias para admissão no regime; e 
 
II - considerar a data de desembaraço da Declaração de 
Exportação (DE), desde que averbado o embarque ou a 
transposição de fronteira da mercadoria.2º Serão exigidos da empresa industrial, no 1º (primeiro) ano 
da sua habilitação, somente 50% (cinquenta por cento) das 
exportações referidas no inciso I do caput. 
 
 
 5º O percentual previsto no inciso II do caput: 
I - ficará reduzido a 70% (setenta por cento), para empresas 
beneficiárias que abasteçam o mercado interno com partes e 
peças destinadas à manutenção e garantia de seus produtos 
fabricados; e 
 
II - deverá ser calculado: 
 
a) mediante a aplicação da fórmula que tenha: 
 
1. no dividendo, o valor aduaneiro do total das mercadorias 
estrangeiras incorporadas aos produtos industrializados e objeto 
de destinação na forma prevista nos seguintes dispositivos do 
art. 23: 
 
1.1. alínea “a” do inciso I do caput; 
1.2 inciso II do caput; e 
 
1.3. alínea “a” do inciso III do caput; e 
 
2. no divisor, o valor aduaneiro total das mercadorias 
estrangeiras destinadas em quaisquer das formas previstas no 
art. 23; 
 
b) desconsiderando-se os valores das operações nas quais a 
mercadoria tenha sido submetida somente a 
acondicionamento ou reacondicionamento; e 
 
c) computando-se, no período de apuração, a totalidade das 
operações promovidas pelos estabelecimentos da empresa 
habilitada autorizados a operar o regime. 
 
 
g) Extinção do Regime 
 
Art. 23. A aplicação do regime extingue-se com a adoção, pelo 
beneficiário, de 1 (uma) das seguintes providências: 
 
I - exportação: 
 
a) de produto no qual a mercadoria, nacional ou estrangeira, 
admitida no regime tenha sido incorporada; 
 
b) da mercadoria estrangeira no estado em que foi importada; 
 
c) da mercadoria nacional no estado em que foi admitida; 
 
II - reexportação da mercadoria estrangeira admitida no regime 
sem cobertura cambial; 
III - despacho para consumo: 
 
a) das mercadorias estrangeiras admitidas no regime e 
incorporadas a produto industrializado ao amparo do regime; ou 
 
b) da mercadoria estrangeira no estado em que foi importada; 
 
IV - destruição, sem o recolhimento dos tributos devidos, às 
expensas do interessado e sob controle aduaneiro, na hipótese 
de mercadoria importada sem cobertura cambial; ou 
 
V - retorno ao mercado interno de mercadoria nacional, no 
estado em que foi admitida no regime, ou após incorporação a 
produto acabado, observado o disposto na legislação 
específica. 
 
 
Art. 24. A aplicação do regime deverá ser extinta no prazo de 1 
(um) ano, contado da data do respectivo desembaraço 
aduaneiro ou aquisição no mercado interno, podendo ser 
prorrogado 1 (uma) única vez, por igual período, pelo titular da 
unidade da RFB responsável pela fiscalização de tributos 
sobre o comércio exterior com jurisdição sobre o domicílio da 
sede da empresa interessada. 
 
Parágrafo único. Não será autorizada a prorrogação do regime 
se a empresa habilitada tiver sido sancionada com suspensão, 
no ano anterior, em processo administrativo de aplicação da 
sanção administrativa, nos termos do art. 11.

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