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2ª FASE – AUDITOR da RFB “Eu gosto do impossível porque lá a concorrência é menor.” Walt Disney ESAF – 2014 AUDITOR FISCAL Em tempos de globalização o comércio internacional adquire importância cada vez maior no cenário econômico mundial. A administração aduaneira deve se manter constantemente atualizada no intuito de não se tornar obstáculo desnecessário ao comércio lícito, tampouco em incentivo a práticas ilícitas. Partindo dessa premissa, nos termos da legislação aduaneira, é possível a atuação do Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil além da linha de fronteira terrestre do Brasil? Justifique e fundamente sua resposta em um mínimo de 20 (vinte) e em um máximo de 40 (quarenta) linhas, a qual deverá abordar, obrigatoriamente, os seguintes tópicos: a) Definição de território aduaneiro; e b) Abrangência da jurisdição dos serviços aduaneiros. (Mínimo de 20 e máximo de 40 linhas) RESPOSTA A Legislação Aduaneira encontra-se regulamentada no Direito brasileiro pelo Decreto nº 6759/09. Segundo o qual, estabelece que o território aduaneiro corresponde ao território nacional e abrange a zona primária e zona secundária. A primeira compreende os portos, aeroportos e pontos de fronteiras alfandegárias (art. 3º, I). A segunda corresponde ao restante do território nacional, incluindo espaço aéreo sobrejacente e o mar territorial (art. 3º, II). Contudo, segundo o Regulamento Aduaneiro, a jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se às Áreas de Controle Integrado (ACI) nas regiões limítrofes de países do MERCOSUL com o Brasil, denominados, pelo Código Aduaneiro do Mercosul como enclaves / exclaves. Isto é, a abrangência da jurisdição dos serviços aduaneiros vai além do território nacional, as zonas primária e secundária, segundo prevê o art. 3º, 5º, do Decreto 6759/09. Em relação às Áreas de Controle Integrado (ACI), estas foram criadas pelo Acordo de Alcance Parcial para Facilitação do Comércio - Acordo de Recife, celebrado em 1994 e 2001 com os países do MERCOSUL. Tem como objetivo aumentar a eficácia da repressão e combate aos delitos das fronteiras entre os signatários do Acordo celebrado no MERCOSUL, por meio da cooperação entre autoridades alfandegárias e aduaneiras dos países vizinhos signatários do Acordo de Recife. Conclui-se, conforme exporto, que o Auditor - fiscal da Receita Federal atuará além da linha de fronteira terrestre do Brasil, uma vez que, além de atuar nas zonas primárias e secundárias do território nacional, estará autorizado a atuar em países vizinhos signatários do Acordo de Recife, nas regiões que forem demarcadas como Áreas de Controle Integrado (ACI). TEORIA 1. JURISDIÇÃO ADUANEIRA e TERRITÓRIO ADUANEIRO • Decreto n. 6.759/2009 REGULAMENTO ADUANEIRO Art. 3o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se por todo o território aduaneiro e abrange: I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local: a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados; b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; e II - a zona secundária, que compreende a parte restante do território aduaneiro, nela incluídas as águas territoriais e o espaço aéreo. 1o Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação, referidas no art. 534, constituem zona primária. 2o Para a demarcação da zona primária, deverá ser ouvido o órgão ou empresa a que esteja afeta a administração do local a ser alfandegado. 3o A autoridade aduaneira poderá exigir que a zona primária, ou parte dela, seja protegida por obstáculos que impeçam o acesso indiscriminado de veículos, pessoas ou animais. 4o A autoridade aduaneira poderá estabelecer, em locais e recintos alfandegados, restrições à entrada de pessoas que ali não exerçam atividades profissionais, e a veículos não utilizados em serviço. 5o A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil (Acordo de Alcance Parcial para a Facilitação do Comércio no 5 - Acordo de Recife, aprovado pelo Decreto Legislativo no 66, de 16 de novembro de 1981, e promulgado pelo Decreto no 1.280, de 14 de outubro de 1994; e Segundo Protocolo Adicional ao Acordo de Recife, Anexo - Acordo de Alcance Parcial de Promoção do Comércio no 5 para a Facilitação do Comércio, art. 3o, alínea “a”, internalizado pelo Decreto no 3.761, de 5 de março de 2001 • Jurisdição aduaneira (art. 3º ) é o PODER de fiscalização e controle sobre as operações do comércio exterior • Território Aduaneiro (art. 2º ) compreende todo o território aduaneiro nacional, onde é exercida a jurisdição aduaneira Art. 2º , RA. O território aduaneiro compreende todo o território nacional. • Abrangência da jurisdição aduaneira (art.3º ): a) Zona Primária b) Zona Secundária Obs: ambas integram o território aduaneiro c) Áreas de controle integrado. 1.1. Zona primária (art. 3º , I, RA) I - a zona primária, constituída pelas seguintes áreas demarcadas pela autoridade aduaneira local: a) a área terrestre ou aquática, contínua ou descontínua, nos portos alfandegados; b) a área terrestre, nos aeroportos alfandegados; e c) a área terrestre, que compreende os pontos de fronteira alfandegados; • É o primeiro ponto de entrada/ saída de veículos, bens e pessoas no Brasil; • Alfandegado ponto em que a Receita Federal do Brasil instalou uma unidade aduaneira. (art. 5º ao 7º e 13 ao 14, RA) 1.3. Alfandegamento de portos, aeroportos e pontos de fronteiras Art. 6º, RA O alfandegamento de portos, aeroportos ou pontos de fronteira será precedido da respectiva habilitação ao tráfego internacional pelas autoridades competentes em matéria de transporte. Parágrafo único. Ao iniciar o processo de habilitação de que trata o caput, a autoridade competente notificará a Secretaria da Receita Federal do Brasil. Art. 7º, RA O ato que declarar o alfandegamento estabelecerá as operações aduaneiras autorizadas e os termos, limites e condições para sua execução. IMPORTANTE!!!! Somente os portos e aeroportos que são alfandegados compõe a zona primária, ou seja, NEM TODO PORTO ou aeroporto é alfandegado. Art. 5º , RA. Os portos, aeroportos e pontos de fronteira serão alfandegados por ato declaratório da autoridade aduaneira competente, para que neles possam, sob controle aduaneiro: I. Estacionar ou transitar veículos procedentes do exterior ou a ele destinados; II. Ser efetuadas operações de carga, descarga, armazenagem ou passagem de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinados; III. Embarcar, desembarcar ou transitar viajantes procedentes do exterior ou a ele destinados. Art. 8o Somente nos portos, aeroportos e pontos de fronteira alfandegados poderá efetuar-se a entrada ou a saída de mercadorias procedentes do exterior ou a ele destinadas. Há EXCEÇÕES: dutos, linhas de transmissão, ambos ligados ao exterior, e hipóteses estabelecidas pela Receita Federal do Brasil em ato normativo (art.8º , II, RA). Ex: importação de gás boliviano por gasoduto, importação de energia elétrica paraguaia. NÃO ENTRAM PELA ZONA PRIMÁRIA!! • Procedimento: artigos 5º ao 7º e 13 e 14 do Regulamento Aduaneiro. Art. 13. O alfandegamento de portos, aeroportos e pontos de fronteira somente poderá ser efetivado: I - depois de atendidas as condições de instalação do órgão de fiscalização aduaneira e de infra-estrutura indispensável à segurança fiscal; II - se atestada a regularidade fiscal do interessado; III - se houver disponibilidade de recursos humanos e materiais; e IV - se o interessado assumir a condição de fiel depositário da mercadoria sob sua guarda. 3o O alfandegamento poderá abranger a totalidade ou parte da área dos portos e dos aeroportos. 1.3. Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) • Regime aduaneiro aplicado em áreas especiais (art. 534 a 541, RA), de livre comércio de importação e exportação; • Destinadas à instalação de empresas voltadas para a produção de bens a serem comercializados no exterior; • É zona secundária • Visam à redução de desequilíbrios regionais, bem como o fortalecimento do balanço de pagamentos, promover a difusão tecnológica e o desenvolvimento socioeconômico do Brasil. • A empresa que pretende se instalar em uma ZPE deverá assumir um compromisso de exportação; • ZPE não é zona primária para todos os efeitos, mas apenas para o efeito de fiscalização: Art. 3º, 1º, RA Para efeito de controle aduaneiro, as zonas de processamento de exportação, referidas no art. 534, constituem zona primária. DEPOIS DE 30 ANOS, SÓ DUAS ZPES FUNCIONAM Data de publicação: 04/03/2016 O Brasil tem, hoje, apenas duas Zonas de Processamento de Exportação (ZPEs) em atividade. Dos outros 18 projetos, apenas um está perto de entrar em funcionamento. Se estivessem prontas todas as ZPEs desenhadas desde 1988 - quando o decreto-lei 2.452 foi estabelecido, dando início ao programa - 17 estados brasileiros contariam com as áreas de fomento à exportação. Porém, vinte e oito anos depois, apenas os estados do Ceará e do Acre viram a ideia virar realidade: as ZPEs de São Gonçalo do Amarante (CE) e Senador Guiomard (AC) são as únicas que operam no País. "A quantidade de zonas de processamento é pequena e o número de empresas que participam delas é ainda menor", atestou José Augusto de Castro, presidente da Associação de Comércio Exterior do Brasil (AEB). Em nota enviada ao DCI, o Ministério do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior (MDIC), informou que "somente após a edição da Lei 11.508 de 2007, com a constituição de um marco legal mais adequado, foi possível a retomada do interesse do setor privado pela implantação de projetos industriais em ZPE", conforme noticiado pelo jornal DCI. Fonte: DCI Disponível em: http://www.aduaneiras.com.br/Materias?email=true&origemEm ail=resenha_comex&guid=e1250449b3aef8846b86202b1d943 ca3. Acesso em: 12 de março de 2016. 1.4. Áreas de Controle Integrado (ACI) • Acordo de Recife (2000) MERCOSUL • Facilitação do comércio internacional; • Concentração de uma grande autoridade de autoridades fiscais, sanitárias, de transporte e imigração em um único ponto da fronteira, podendo ser em território brasileiro ou de seu vizinho. Haverá extensão da jurisdição brasileira em território estrangeiro. Art. 3º, 5º , RA. A jurisdição dos serviços aduaneiros estende-se ainda às Áreas de Controle Integrado criadas em regiões limítrofes dos países integrantes do Mercosul com o Brasil 1.5. Zona de vigilância aduaneira • Pertencem à zona secundária; • Demarcadas pelo Ministro da Fazenda orla marítima ou faixa de fronteira permanência de mercadorias ou a sua circulação, assim como a de pessoas, animais e de veículos se sujeitarão às exigências fiscais e proibições estabelecidas Art. 4º, RA. O Ministro de Estado da Fazenda poderá demarcar, na orla marítima ou na faixa de fronteira, zonas de vigilância aduaneira, nas quais a permanência de mercadorias ou a sua circulação e a de veículos, pessoas ou animais ficarão sujeitas às exigências fiscais, proibições e restrições que forem estabelecidas 2o Na orla marítima, a demarcação da zona de vigilância aduaneira levará em conta, além de outras circunstâncias de interesse fiscal, a existência de portos ou ancoradouros naturais, propícios à realização de operações clandestinas de carga e descarga de mercadorias. 3o Compreende-se na zona de vigilância aduaneira a totalidade do Município atravessado pela linha de demarcação, ainda que parte dele fique fora da área demarcada. (IMPORTANTE!!!!) • Não é ponto de entrada e saída de mercadorias; • Áreas estratégias; • Local mais propício à ocorrência de fraude 1as normas de fiscalização; • Ato de demarcação: Art. 4º, 1º, RA. O ato que demarcar a zona de vigilância aduaneira poderá: I - ser geral em relação à orla marítima ou à faixa de fronteira, ou específico em relação a determinados segmentos delas; II - estabelecer medidas específicas para determinado local; e III - ter vigência temporária. 1.6. RECINTOS ALFANDEGADOS Art. 9º , RA Os recintos alfandegados serão assim declarados pela autoridade aduaneira competente, na zona primária ou na zona secundária, a fim de que neles possam ocorrer, sob controle aduaneiro, movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de: I - mercadorias procedentes do exterior, ou a ele destinadas, inclusive sob regime aduaneiro especial; II - bagagem de viajantes procedentes do exterior, ou a ele destinados; e III - remessas postais internacionais. Parágrafo único. Poderão ainda ser alfandegados, em zona primária, recintos destinados à instalação de lojas francas • Podem ser localizados tanto na ZONA PRIMÁRIA quanto na ZONA SECUNDÁRIA • Visam à movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias, bagagens dos viajantes e remessas postais internacionais. • São recintos alfandegados dentro de unidades alfandegadas. No caso, um aeroporto possui vários recintos, os quais nem todos são alfandegados, como por exemplo, o setor de voos domésticos, estacionamento, setor da Receita Federal que trata apenas sobre o controle pessoal e o de solicitação de benefícios fiscais. • Zonas primárias quando alfandegadas, lojas de duty free shop; aeroportos alfandegados • Zonas secundárias Portos Secos (só existem em zonas secundárias) Portos Secos: • Mesma finalidade dos portos, mas “secos” por não se localizarem na orla marítima. • São locais de uso público, explorados por concessão ou permissão (REGRA) de serviço público, precedidos de uma licitação pública. Será o regime de concessão pública precedida da execução de obra pública quando localizado em área pública da UNIÃO; • Somente compõe a ZONA SECUNDÁRIA, não podendo ser instalados em zonas primárias, tais quais: portos e aeroportos alfandegados. • Objetivo: armazenagem e movimentação de mercadorias; • Poderão possuir autorização para operar com carga de importação, de exportação ou ambas, tendo em vista as necessidades e as condições locais. • Podem ser instalados em ponto de fronteira alfandegado • Natureza de recintos alfandegados Art. 11, RA. Portossecos são recintos alfandegados de uso público nos quais são executadas operações de movimentação, armazenagem e despacho aduaneiro de mercadorias e de bagagem, sob controle aduaneiro. 1o Os portos secos não poderão ser instalados na zona primária de portos e aeroportos alfandegados. 2o Os portos secos poderão ser autorizados a operar com carga de importação, de exportação ou ambas, tendo em vista as necessidades e condições locais. • Regimes de Operação em um porto seco: a)Comum; b)Suspensivos; c)Entrepostagem aduaneira na importação e na exportação; d)Admissão temporária; e)Trânsito aduaneiro; f)Exportação temporária, inclusive para aperfeiçoamento passivo; g)Depósito Alfandegado Certificado (Dac-Dub); h)Depósito Especial Alfandegado. • 63 Portos Secos no Brasil: a) Franca; b) Brasília; c) Santos; d) Uruguaiana; e) Cuiabá; f) Belém; g) Manaus; h) Betim; i) Itajaí; j) Foz do Iguaçu k) Salvador IMPORTANTE!!!! Área de Controle Integrado e os conceitos de ENCLAVE e EXCLAVE no CAM Art. 3º , CAM Enclave aduaneiro: a parte do território de um Estado não integrante do MERCOSUL na qual se permite a aplicação da legislação aduaneira do MERCOSUL, nos termos do acordo internacional que assim o estabeleça. Exemplo: Bolívia, apesar de NÃO ser membro do MERCOSUL, possui Áreas de Controle Integrado com o Brasil Exclave: Entende-se por exclave aduaneiro, a parte do território do MERCOSUL, em cujo âmbito geográfico não se aplica a legislação aduaneira comunitária. Art. 4º , Código Aduaneiro Argentino Enclave é a área submetida à soberania de outro Estado, na qual, em virtude de um convênio internacional, permite-se a aplicação da legislação aduaneira nacional. Exclave é a área submetida à soberania da Nação Argentina, na qual, em virtude de um convênio internacional, permite-se a aplicação da legislação aduaneira de outro Estado. DICA DE MESTRE 3. DESPACHO ADUANEIRO DE IMPORTAÇÃO 3.1. CONCEITO Art. 542, RA. Despacho de importação é o procedimento mediante o qual é verificada a exatidão dos dados declarados pelo importador em relação à mercadoria importada, aos documentos apresentados e à legislação específica. (IMPORTANTE!!!) 3.2. OBJETO Art. 543, RA. Toda mercadoria procedente do exterior, importada a título definitivo ou não, sujeita ou não ao pagamento do imposto de importação, deverá ser submetida a despacho de importação, que será realizado com base em declaração apresentada à unidade aduaneira sob cujo controle estiver a mercadoria. Parágrafo único. O disposto no caput aplica-se inclusive às mercadorias reimportadas e às referidas nos incisos I a V do art. 70. Art. 70, RA. Considera-se estrangeira, para fins de incidência do imposto, a mercadoria nacional ou nacionalizada exportada, que retorne ao País, salvo se: I - enviada em consignação e não vendida no prazo autorizado; II - devolvida por motivo de defeito técnico, para reparo ou para substituição; III - por motivo de modificações na sistemática de importação por parte do país importador; IV - por motivo de guerra ou de calamidade pública; ou V - por outros fatores alheios à vontade do exportador. Parágrafo único. Serão ainda considerados estrangeiros, para os fins previstos no caput, os equipamentos, as máquinas, os veículos, os aparelhos e os instrumentos, bem como as partes, as peças, os acessórios e os componentes, de fabricação nacional, adquiridos no mercado interno pelas empresas nacionais de engenharia, e exportados para a execução de obras contratadas no exterior, na hipótese de retornarem ao País. 3.3. Procedimento 1º registro da Declaração de Importação (DI), salvo quando há declaração sem registro no SISCOMEX, assim como o licenciamento de importação; 2º seleção da mercadoria para conferência; 3º conferência aduaneira, acaso seja selecionada a mercadoria; 4º desembaraço aduaneiro; 5º entrega da mercadoria ao importador. ATENÇÃO!!!!!! Art. 544, RA. O despacho de importação poderá ser efetuado em zona primária ou em zona secundária, 3.4. MODALIDADES DE DESPACHO DE IMPORTAÇÃO Exceção 1: Há situações em que o registro da DI precede a chegada da carga, conforme previsto no art. 17 da IN SRF n. 680/2006, configurando o despacho antecipado. Tal modalidade é prevista para mercadorias a granel, mercadorias inflamáveis, plantas e animais vivos, frutas frescas, papel para impressão, etc. Exceção 2: Despacho com entrega fracionada (IN SRF n. 680/2006, arts. 61 e 62), quando a mercadoria é transportada por vários veículos e um grande volume, devendo ser registradas nas Observações da DI, sendo desembaraçada no Siscomex após a última conferência de veículo. Exceção 3: Despacho sumário e prioritário de urna funerária, o qual exige do transportador, apenas, a apresentação do conhecimento de carga e a manifestação da autoridade sanitária, dispensando o preenchimento da DI. Art. 548, RA. O despacho de importação de urna funerária será realizado em caráter prioritário e mediante rito sumário, logo após a sua descarga, com base no respectivo conhecimento de carga ou em documento de efeito equivalente. Parágrafo único. O desembaraço aduaneiro da urna somente será efetuado após a manifestação da autoridade sanitária competente. 3.4.1. Despacho para consumo – IN SRF n. 680/2006 Art. 2º O despacho aduaneiro de importação compreende: I. Despacho para consumo, inclusive da mercadoria: a) Ingressada no país com o benefício de drawback; b) Destinada à ZFM, à Amazônia Ocidental ou a Área de Livre Comércio (ALC); c) Contida em remessa postal internacional ou expressa ou, ainda, conduzida por viajante, se aplicado o regime de importação comum; d) Admitida em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, na forma do disposto no inciso II, que venha a ser submetida ao regime comum de importação. Ou seja, o despacho para consumo é aquele em que a mercadoria é nacionalizada, isto é, importada em definitivo. No caso da alínea ‘a’, trata-se de despacho para consumo especial, já que menciona o regime aduaneiro especial de drawback; Quanto a alínea ‘b’, se a mercadoria conter benefícios, o despacho será para admissão, caso contrário, será despacho para consumo. Em face a alínea ‘c’, as remessas postais poderão ser submetidas ao regime de tributação simplificada ou ao regime de importação comum, sendo despacho para consumo, apenas, quando for aplicado o despacho de importação comum. Por fim, em relação a alínea ‘d’, se a mercadoria entra no país em regime aduaneiro especial, ocorrendo o despacho para consumo, ela será importada em definitivo, ou seja, será nacionalizada (ex: mercadoria por regime de entreposto aduaneiro). 3.4.2. Despacho para admissão – IN SFR n. 680/2006 Art. 2º , II. Despacho para admissão em regime aduaneiro especial ou aplicado em áreas especiais, de mercadoria que ingresse no país nessa condição. 3.4.3. DESPACHO DE INTERNAÇÃO – IN SRF n. 242/2002 ATENÇÃO!!!! NÃO É APLICÁVEL PARA IMPORTAÇÕES.É um despacho que ocorre nas saídas das mercadorias da Zona Franca de Manaus (ZFM) e das Áreas de livre comércio, com destino ao território aduaneiro nacional. Exemplos: Mercadoria que foi importada pela ZFM, com benefício fiscal, é embarcada para São Paulo há o despacho para internação, devendo ser fiscalizada, evitando fraude. Art. 1º. A internação de mercadorias da Zona Franca de Manaus (ZFM) para o restante do território nacional deverá ser realizada mediante procedimento ordinário ou simplificado, conforme estabelecido nesta Instrução Normativa. 1º O disposto no caput aplica-se às internações promovidas por empresas comerciais e industriais sediadas na ZFM, nas seguintes modalidades: I. Produtos estrangeiros importados com ou sem a utilização dos benefícios fiscais previstos no Decreto-Lei n. 288, de 28 de fevereiro de 1967; II. Produtos industrializados na ZFM com insumos estrangeiros, importados com suspensão dos impostos incidentes, por empresa que tenha projeto aprovado pela Superintendência da Zona Franca de Manaus (Suframa) e cumpra o Processo Produtivo Básico (PPB) para ele definido; III. Produtos industrializados com insumos estrangeiros, importados com suspensão dos impostos incidentes, por empresa que não possua projeto industrial reprovado pela Suframa, ou que não cumpra, no todo ou em parte, o PPB para ele definido; IV. Produtos industrializados na ZFM, com insumos integralmente nacionais ou nacionalizados. Art. 2º A internação de mercadorias da ZFM para qualquer outra área do território nacional, somente poderá ser realizada mediante prévia autorização da Secretaria da Receita Federal (SRF). 1º A autorização referida no caput fica condicionada: I. À apresentação das mercadorias em recintos alfandegados ou em outros locais previamente autorizados pelo Inspetor da Alfândega do Porto de Manaus; II. Ao registro da Declaração para Controle de Internação (DCI) para processamento do correspondente despacho de internação de cada operação de saída de mercadorias da ZFM, conforme a respectiva Nota Fiscal. 3.5. INÍCIO e PRAZO Art. 545, RA. Tem-se por iniciado o despacho de importação na data do registro da declaração de importação. 1o O registro da declaração de importação consiste em sua numeração pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, por meio do SISCOMEX. 2o A Secretaria da Receita Federal do Brasil disporá sobre as condições necessárias ao registro da declaração de importação e sobre a dispensa de seu registro no SISCOMEX • Ou seja, o início do despacho aduaneiro de importação ocorre na data do registro da declaração de importação, mediante numeração pela Secretaria da Receita Federal do Brasil, via SISCOMEX, conforme condições e dispensas normatizadas pela SFRB. • Prazos: a) 90 dias APÓS descarga em recinto de zona primária; Havendo descarga em recinto de zona primária, após transcorrido o lapso temporal de 90 dias haverá o início do despacho aduaneiro de importação com o registro da declaração de importação. a) 45 dias APÓS esgotado o prazo de permanência em recinto de zona secundária; Como fim do prazo de permanência na zona secundária, começa a correr o lapso temporal de 45 dias, cujo no termo final ocorrerá o registro da declaração de importação e o início do despacho aduaneiro de importação. c) 90 dias do recebimento de aviso de chegada de remessa postal; Ao receber o AR, correrá o prazo de 90 dias, cujo termo final procederá o registro da declaração de importação e o respectivo despacho aduaneiro. Art. 546, RA. O despacho de importação deverá ser iniciado em: I - até noventa dias da descarga, se a mercadoria estiver em recinto alfandegado de zona primária; II - até quarenta e cinco dias após esgotar-se o prazo de permanência da mercadoria em recinto alfandegado de zona secundária; e III - até noventa dias, contados do recebimento do aviso de chegada da remessa postal. 3.6. DISPENSA DE DESPACHO ADUANEIRO Art. 547, RA. Está dispensada de despacho de importação a entrada, no País, de mala diplomática, assim considerada a que contenha tão-somente documentos diplomáticos e objetos destinados a uso oficial. 1o A mala diplomática deverá conter sinais exteriores visíveis que indiquem seu caráter e ser entregue a pessoa formalmente credenciada pela Missão Diplomática. 2o Aplica-se o disposto neste artigo à mala consular. Art. 548, RA. O despacho de importação de urna funerária será realizado em caráter prioritário e mediante rito sumário, logo após a sua descarga, com base no respectivo conhecimento de carga ou em documento de efeito equivalente 4.7. CONFERÊNCIA ADUANEIRA IN SRF n. 680/2006, Art. 22. As declarações de importação selecionadas para conferência aduaneira serão distribuídas para os AFRF responsáveis, por meio de função própria do Siscomex. • Auditor – Fiscal da Receita Federal do Brasil procederá a conferência, de forma aleatória ou dirigida ou o analista, sob supervisão do auditor. IN SRF n. 680/2006, Art. 24. A conferência aduaneira será iniciada depois do registro da DI e da vinculação do dossiê prevista no 1º do art. 19. 4.7.1. Objetivo: apurar a regularidade da importação, por meio da verificação da documentação entregue pelo importador e a mercadoria verificada fisicamente. Art. 564, RA. A conferência aduaneira na importação tem por finalidade identificar o importador, verificar a mercadoria e a correção das informações relativas a sua natureza, classificação fiscal, quantificação e valor, e confirmar o cumprimento de todas as obrigações, fiscais e outras, exigíveis em razão da importação. Art. 572, RA. Quando se tratar de mercadoria sujeita a controle especial, a depósito ou a pagamento de qualquer ônus financeiro ou cambial, o desembaraço aduaneiro dependerá do prévio cumprimento dessas exigências. 4.7.2. Três etapas: exame documental, verificação da mercadoria e aplicação de procedimento especial de controle aduaneiro (NÃO são todas as mercadorias que passão por todas as etapas!!): a) Exame documental: a Receita verificará se há, entre os dados dos documentos e os informados, coincidência (art. 25, IN SRF n. 680/2006); b) Verificação das mercadorias: verificação física da mercadoria, feita em estabelecimento do importador ou em outro local (art. 29, IN SRF n. 680/2006) e art. 566, RA: Art. 566, RA. A verificação da mercadoria, no curso da conferência aduaneira ou em outra ocasião, será realizada por Auditor-Fiscal da Receita Federal do Brasil, ou sob a sua supervisão, por Analista-Tributário, na presença do viajante, do importador ou de seus representante. 1o Na hipótese de mercadoria depositada em recinto alfandegado, a verificação poderá ser realizada na presença do depositário ou de seus prepostos, dispensada a exigência da presença do importador. 2o A verificação de bagagem ou de outra mercadoria que esteja sob a responsabilidade do transportador poderá ser realizada na presença deste ou de seus prepostos, dispensada a exigência da presença do viajante ou do importador. Poderá ser realizada, a verificação física da mercadoria, por meio de seleção e amostragem, sendo dispensável o procedimento de verificação integral da carga, além da solicitação de perícia. c) Aplicação de procedimentoespecial de controle aduaneiro no caso de houver indício objetivo de fraude detectada na DI registrada, será direcionada, a mercadoria, ao canal cinza, pelo Siscomex, podendo ficar retira pelo prazo temporal de 90 dias, prorrogável por igual período (IN RFB n. 1.168/2011, art. 1º ) 4.7.3. CANAIS DE SELEÇÃO Art. 564, RA. Parágrafo único. A fim de determinar o tipo e a amplitude do controle a ser efetuado na conferência aduaneira, serão adotados canais de seleção. • IN SRF n. 680/2006, art. 21 CANAIS POR CORES: a) CANAL VERDE AUTOMÁTICO. Ocorrerá a dispensa da verificação da mercadoria e do exame da documentação, SALVO se houver indício de irregularidade. b) CANAL AMARELO EXAME da DOCUMENTAÇÃO Haverá o exame da documentação e, caso seja constatada a regularidade, haverá a dispensa da verificação da mercadoria. c) CANAL VERMELHO: Ocorrerá o exame documental e a verificação da mercadoria. d) CANAL CINZA: Ocorrerá o procedimento especial de controle aduaneiro, consistindo nas três etapas, cuja finalidade é a verificação de indícios de fraude, inclusive referentes ao preço declarado da mercadoria. 4.7.4. CRITÉRIOS DE SELEÇÃO IN SRF n. 680/2006, art. 21, 1º I. Regularidade fiscal do importador; II. Habitualidade do importador; III. Natureza, volume ou valor da importação; IV. Valor dos impostos incidentes ou que incidiriam na importação; V. Origem, procedência e destinação da mercadoria; VI. Tratamento tributário; VII. Características da mercadoria; VIII. Capacidade operacional e econômico financeira do importador; IX. Ocorrências verificadas em outras operações realizadas pelo importador. ATENÇÃO!!!!!! Art. 565. A conferência aduaneira poderá ser realizada na zona primária ou na zona secundária. 1o A conferência aduaneira, quando realizada na zona secundária, poderá ser feita: I - em recintos alfandegados; II - no estabelecimento do importador: a) em ato de fiscalização; ou b) como complementação da iniciada na zona primária; ou III - excepcionalmente, em outros locais, mediante prévia anuência da autoridade aduaneira. 2o A Secretaria da Receita Federal do Brasil estabelecerá termos e condições para a realização da conferência aduaneira em recinto não-alfandegado de zona secundária, na forma do inciso III do 1o 4.7.5. Dispensa da conferência Art. 567, RA. A bagagem dos integrantes de missões diplomáticas e de repartições consulares de caráter permanente não está sujeita a verificação, salvo se existirem fundadas razões para se supor que contenha bens. I - destinados a uso diverso do previsto nas respectivas Convenções de Viena sobre Relações Diplomáticas e Consulares; ou II - de importação proibida. Parágrafo único. A verificação da bagagem, havendo as fundadas razões a que se refere o caput, deverá ser realizada na presença do interessado ou de seu representante formalmente autorizado. ATENÇÃO!!!!!! Despacho aduaneiro DISPENSADO MALAS DIPLOMÁTICAS Conferência DISPENSADA BAGAGEM dos INTEGRANTES ZONA FRANCA DE MANAUS 1. Conceito Art. 504, RA. A Zona Franca de Manaus é uma área de livre comércio de importação e de exportação e de incentivos fiscais especiais, estabelecida com a finalidade de criar no interior da Amazônia um centro industrial, comercial e agropecuário, dotado de condições econômicas que permitam seu desenvolvimento, em face dos fatores locais e da grande distância a que se encontram os centros consumidores de seus produto. • DL n. 288/1967; • Art. 40, ADCT, CF/88 EC n. 83/2014: estendeu por mais 50 (cinquenta) anos; • ZFM até o ano de 2073. 2. Benefício a) Importação de mercadorias estrangeiras na ZFM, destinadas ao consumo interno, industrialização em qualquer grau, inclusive beneficiamento, agropecuária, pesca, instalação e operação de indústrias e serviços de qualquer natureza, bem como a estocagem para reexportação, a qual será isenta dos impostos de importação (II) e de produtos industrializados (IPI), conforme prevê o art. 505, RA. Exceções (Art. 505, RA) 1o Excetuam-se da isenção de que trata este artigo as seguintes mercadorias: I - armas e munições; II - fumo; III - bebidas alcoólicas; IV - automóveis de passageiros; e V - produtos de perfumaria ou de toucador, e preparados e preparações cosméticas, salvo os classificados nas posições 3303 a 3307 da Nomenclatura Comum do Mercosul, se destinados, exclusivamente, a consumo interno na Zona Franca de Manaus ou quando produzidos com utilização de matérias- primas da fauna e da flora regionais, em conformidade com processo produtivo básico. 2o A isenção de que trata este artigo fica condicionada à efetiva aplicação das mercadorias nas finalidades indicadas e ao cumprimento das demais condições e requisitos estabelecidos pelo Decreto-Lei nº 288, de 1967,e pela legislação complementar. IMPORTANTE!!! 3o Os produtos nacionais exportados para o exterior e, posteriormente, importados pela Zona Franca de Manaus, não gozarão dos benefícios referidos neste artigo. IMPORTANTE!!! A entrada das mercadorias com isenção é permitida, somente, em portos, aeroportos ou recintos alfandegados na cidade de MANAUS. Art. 505, 5º, RA. A entrada das mercadorias a que se refere o caput será permitida somente em porto, aeroporto ou recinto alfandegados, na cidade de Manaus. • Importação de bens para a ZFM; • Vendas de produtos nacionais para a ZFM; • Exportações de bens pela ZFM; • Vendas de bens da ZFM para o restante do território nacional. b) Compras de bens por empresas situadas na ZFM equivalem a exportações brasileiras, não ocorrendo incidência tributária, neste caso, já que são isentas as exportações. c) INTERNAÇÃO: Já na internação do bem importado pela ZFM, haverá a exigência integral do imposto de importação (II) e do imposto sobre produtos industrializados (IPI), cujo objetivo é evitar fraude. Excetuando-se o previsto nos incisos do parágrafo único do art. 509, RA: Art. 509, RA. As mercadorias estrangeiras importadas para a Zona Franca de Manaus, quando desta saírem para outros pontos do território aduaneiro, ficam sujeitas ao pagamento de todos os impostos exigíveis sobre importações do exterior. Parágrafo único. Excetuam-se do disposto no caput, relativamente ao pagamento dos impostos, as seguintes hipóteses, observado o disposto nos arts. 511, 512 e 516: I - bagagem de viajante; II - internação de produtos industrializados na Zona Franca de Manaus com insumos estrangeiros; III - saída, para a Amazônia Ocidental, de produtos compreendidos na pauta a que se refere o art. 516; e IV - saída de mercadorias para as áreas de livre comércio localizadas na Amazônia Ocidental. IMPORTANTE!!! Não se deve confundir internação com saída temporária da ZFM para o resto do território aduaneiro nacional (Declaração de Saída Temporária) , regime que proporcionará a suspensão da exigibilidade dos tributos incidentes, devendo constar em Termo de Responsabilidade para que seja executado, no caso de descumprimento do prazo para regresso da mercadoria (IN RFB n. 300/2003).Ademais, este preceito também se aplica à saída temporária de bens da Amazônia Ocidental e Áreas de Livre Comércio. • IMPOSTO DE IMPORTAÇÃO Art. 512, RA. Os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, quando dela saírem para qualquer ponto do território aduaneiro, estarão sujeitos ao pagamento do imposto de importação relativo a matérias-primas, produtos intermediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e outros insumos de origem estrangeira neles empregados, calculado o tributo mediante coeficiente de redução de sua alíquota ad valorem, desde que atendam a nível de industrialização local compatível com processo produtivo básico para produtos compreendidos na mesma posição e subposição da Nomenclatura Comum do Mercosul. Haverá incidência do imposto de importação proporcionalmente à participação do insumo estrangeiro no produto industrializado, por meio do coeficiente de redução da alíquota, o qual incide sobre o que deixou de se arrecadar na sua importação. Calcula-se o coeficiente de redução, conforme prevê o art. 512, 1º, RA, quando na internação de bens de informática e de veículos automóveis, tratores e outros veículos terrestres. 1o O coeficiente de redução do imposto de importação será obtido mediante a aplicação de fórmula que tenha: I - no dividendo, a soma dos valores de matérias-primas, produtos intermediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e outros insumos de produção nacional, e da mão- de-obra empregada no processo produtivo; II - no divisor, a soma dos valores de matérias-primas, produtos intermediários, materiais secundários e de embalagem, componentes e outros insumos de produção nacional e de origem estrangeira, e da mão-de-obra empregada no processo produtivo. Nos demais casos, a alíquota ad valorem será de 88%: 5o Para os produtos industrializados na Zona Franca de Manaus, salvo os bens de informática e os veículos de que trata o 2o, cujos projetos tenham sido aprovados pelo Conselho de Administração da Superintendência da Zona Franca de Manaus até 31 de março de 1991 ou para seus congêneres ou similares, compreendidos na mesma posição e subposição da Nomenclatura Comum do Mercosul, constantes de projetos que venham a ser aprovados no prazo de que trata o art. 40 do Ato das Disposições Constitucionais Transitórias, a redução referida no caput será de oitenta e oito por cento. • IMPOSTO SOBRE PRODUTOS INDUSTRIALIZADOS (IPI) NÃO há exigibilidade proporcional, tal como ocorre com o imposto de importação (II) Art. 513. Estão isentas do imposto sobre produtos industrializados todas as mercadorias produzidas na Zona Franca de Manaus que se destinem: I - ao seu consumo interno; ou II - à comercialização em qualquer ponto do território aduaneiro, observados os requisitos estabelecidos para o processo produtivo básico de que trata o art. 512. Parágrafo único. A isenção de que trata o caput não se aplica às mercadorias referidas no 1o do art. 505 • Bagagem procedente da ZFM Decreto n. 1455/1976: Art. 6º O Ministro da Fazenda poderá aplicar as disposições deste Decreto-lei à bagagem de passageiro procedente da Zona Franca de Manaus, podendo, no caso, alterar termos, limites e condições. Portaria do Ministério da Fazenda n. 786/1991: Mercadorias estrangeiras: até US$ 2mil Caso exceda o valor, ocorrerá a cobrança do imposto de importação (II), na alíquota de 50% sobre o excesso. Para que não seja aplicada a pena de perdimento, o valor da bagagem não poderá exceder em US$4.800 mil (IN RFB n. 32/1991) Mercadorias nacionais industrializadas com insumos estrangeiros: só há incidência tributária em relação aos insumos, não ocorrendo em relação aos bens que saírem da ZFM compreendidos como bagagem, na quantidade de duas unidades para cada espécie (IN SRF n. 75/1985) • Amazônia Ocidental Mercadorias que passem pela ZFM e sejam destinadas à Amazônia Ocidental (art. 1º, Decreto-lei n. 356/1968). Art. 516, RA. 1o A Amazônia Ocidental é constituída pelos Estados do Amazonas, do Acre, de Rondônia e de Roraima. Art. 516. Os benefícios fiscais concedidos pelo Decreto-Lei nº 288, de 1967, estendem-se às áreas pioneiras, zonas de fronteira e outras localidades da Amazônia Ocidental, quanto aos seguintes produtos de origem estrangeira, segundo pauta fixada pelos Ministros de Estado da Fazenda e do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior: I - motores marítimos de centro e de popa, seus acessórios e pertences, bem como outros utensílios empregados na atividade pesqueira, exceto explosivos e produtos utilizados em sua fabricação; II - máquinas, implementos e insumos utilizados na agricultura, na pecuária e nas atividades afins; III - máquinas para construção rodoviária; IV - máquinas, motores e acessórios para instalação industrial; V - materiais de construção; VI - produtos alimentares; e VII - medicamentos. REGIME DE ENTREPOSTO INDUSTRIAL SOB CONTROLE ADUANEIRO INFORMATIZADO (RECOF) Art. 420, RA. O regime de entreposto industrial sob controle aduaneiro informatizado - RECOF é o que permite a empresa importar, com ou sem cobertura cambial, e com suspensão do pagamento de tributos, sob controle aduaneiro informatizado, mercadorias que, depois de submetidas a operação de industrialização, sejam destinadas a exportação. IN RFB n.1.291/2012: Art. 2º O Recof permite a empresa beneficiária importar ou adquirir no mercado interno, com suspensão do pagamento de tributos, mercadorias a serem submetidas a operações de industrialização de produtos destinados à exportação ou ao mercado interno. • Indústria aeronáutica, automotiva, semicondutores, informática e telecomunicações (art. 2º ); • Permite vender e comprar de outros habilitados (co-habilitação e compartilhamentos); • Serviços de acondicionamento; • Exige aquisição e manutenção do sistema informatizado homologado; • Movimentação simplificada para o exterior. 1. DRAWBACK X RECOF 1.1. Competência Drawback cada plano é concedido pelo DECEX, uma espécie de varejo; RECOF “Drawback de grandes proporções” ou “drawback continuado”, é um incentivo concedido pela Receita Federal do Brasil às exportações. 1.2. Quanto aos tributos Drawback É necessário exportar, mas se colocar, os produtos, no mercado interno, além dos tributos incidentes, serão exigidas as multas e juros; RECOF Produtos podem ser destinados ao mercado interno (despacho para consumo), exigindo-se os tributos suspensos, sem incidência de juros, se ocorrer dentro do prazo do regime. A regra é que sejam exportados, sem tributação. 1.3. Quanto à cobertura cambial Drawback regra: importações COM cobertura cambial, entretanto, há a exceção do drawback sem expectativa de pagamento (SEM cobertura cambial); RECOF COM ou SEM cobertura cambial IN RFB n. 1.291/2012. Art. 3º As importações referidas no art. 2º poderão ser efetuadas com ou sem cobertura cambial. 1.4. Facilitação às importações RECOF art. 22, IN RFB 1.291/2012 Art. 22. As importações ao amparo do regime promovidas por pessoa jurídica habilitada estarão sujeitas ao tratamentode Linha Azul, observados os procedimentos e condições previstos na legislação específica para sua habilitação e operação. Parágrafo único. O regime será concedido mediante o desembaraço aduaneiro das mercadorias constantes da correspondente DI de admissão. • LINHA AZUL Controle aduaneiro: monitoramento constante DRAWBACK NÃO possui 2. HABILITAÇÃO e manutenção Art. 4º A aplicação do regime depende de prévia habilitação da empresa interessada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB). Como era na IN RFB 1.291/2012: Art. 5º Para habilitar‐se ao regime, a empresa interessada deverá atender aos seguintes requisitos: I. cumprir os requisitos de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional, para o fornecimento de certidão conjunta, negativa ou positiva com efeitos de negativa, com informações da situação quanto aos tributos administrados pela RFB e quanto à Dívida Ativa da União (DAU), administrada pela Procuradoria‐Geral da Fazenda Nacional (PGFN); II. possuir patrimônio líquido igual ou superior a R$ 25.000.000,00 (vinte e cinco milhões de reais); III. dispor de sistema informatizado de controle de entrada, estoque e saída de mercadorias, de registro e apuração de créditos tributários devidos, extintos ou com pagamento suspenso, integrado aos sistemas corporativos da empresa no País, que permita livre e permanente acesso da RFB; IV ‐ possuir autorização para o exercício da atividade, expedida pela autoridade aeronáutica competente, se for o caso; V ‐ não ter sido submetida ao regime especial de fiscalização de que trata o art. 33 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, nos últimos três anos; e VI ‐ estar habilitada ao Despacho Aduaneiro Expresso (Linha Azul), em conformidade com a regulamentação específica. Atualmente IN RFB 1.559/2015 • Patrimônio líquido exigido passou de R$ 25 milhões para R$10 milhões; • Volume mínimo de exportação passou de US$ 10 milhões para US$ 5 milhões; • Fim da obrigatoriedade de habilitação prévia na Linha Azul (Despacho Aduaneiro Expresso) Art. 6º A manutenção da habilitação ao regime fica condicionada ao cumprimento pela empresa habilitada das seguintes obrigações: I. exportar produtos industrializados resultantes dos processos mencionado no art. 2º no valor mínimo anual equivalente a cinquenta por cento do valor total das mercadorias importadas ao amparo do regime, no mesmo período, e não inferior a US$ 10.000.000,00 (dez milhões de dólares dos Estados Unidos da América); e II. aplicar anualmente, na produção dos bens que industrializar, pelo menos 80% (oitenta por cento) das mercadorias estrangeiras admitidas no regime. 3. Destinos da mercadoria a) REGRA exportação, SEM tributação, após destinada à submissão à industrialização; b) Despachada para consumo, no estado em que foi importada OU depois de submetida a processo de industrialização HAVERÁ tributação, sem incidência de juros; c) Exportação, reexportação ou destruição no estado em que foi importada, sem industrializar Art. 420, RA. 1o Parte da mercadoria admitida no regime, no estado em que foi importada ou depois de submetida a processo de industrialização, poderá ser despachada para consumo. 2o A mercadoria, no estado em que foi importada, poderá ter ainda uma das seguintes destinações: I - exportação; II - reexportação; ou III - destruição. IMPORTANTE!!!! TODAS AS HIPÓTESES LISTADAS EXINGUEM O REGIME 4. PRAZOS a) REGRA: suspensão de até 1 ano, prorrogável dentro deste período. Art. 423, RA. O prazo de suspensão do pagamento dos tributos incidentes na importação será de até um ano, prorrogável por período não superior a um ano. b) EXCEÇÃO: prorrogação justificada por até 5 anos 1o Em casos justificados, o prazo de que trata o caput poderá ser prorrogado por período não superior, no total, a cinco anos, observada a regulamentação editada pela Secretaria da Receita Federal do Brasil. 5. CUSTÓDIA e GUARDA das MERCADORIAS Art. 423, RA. 2o A partir do desembaraço aduaneiro para admissão no regime, a empresa beneficiária responderá pela custódia e guarda das mercadorias na condição de fiel depositária. Regime Aduaneiro Especial de Entreposto Industrial sob Controle Informatizado do Sistema Público de Escrituração Digital (Recof - Sped) • IN RFB 1.612, de 26 de janeiro de 2016: a) Aproveitamento de novas tecnologias SPED; b) Prazo: 1 ano prorrogável por uma vez por igual período; c) Permite industrialização por encomenda; d) Permite movimentação temporária para o exterior; e) Não é necessário que de atos concessórios para operação, diferentemente do DRAWBACK; f) Requisitos para operar no Regime (Art. 5): • Regularidade fiscal; • Escrituração fiscal digital (EFD); • Habilitação por uma unidade da Receita Federal; Art. 5º Para habilitar-se ao regime, a empresa interessada deverá atender aos seguintes requisitos: I - cumprir os requisitos de regularidade fiscal perante a Fazenda Nacional, para o fornecimento de certidão conjunta, negativa ou positiva com efeitos de negativa, com informações da situação quanto aos tributos administrados pela RFB e quanto à Dívida Ativa da União (DAU), administrada pela Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN); II - estar adimplente com as obrigações de entrega da Escrituração Fiscal Digital (EFD), nos termos da legislação específica em vigor; III - possuir autorização para o exercício da atividade, expedida pela autoridade aeronáutica competente, se for o caso; IV - não ter sido submetida ao regime especial de fiscalização de que trata o art. 33 da Lei nº 9.430, de 27 de dezembro de 1996, nos últimos 3 (três) anos; e V - estar habilitada a operar no comércio exterior em modalidade diversa da limitada, prevista no art. 2º da Instrução Normativa RFB nº 1.288, de 31 de agosto de 2012. 1º A obrigação prevista no inciso II estende-se aos beneficiários não obrigados pela legislação específica da EFD. 2º Os requisitos previstos neste artigo deverão ser mantidos enquanto a empresa estiver habilitada para operar o regime. Art. 6º A manutenção da habilitação no regime fica condicionada ao cumprimento pela empresa habilitada das seguintes obrigações: I - exportar produtos industrializados resultantes dos processos mencionados no art. 2º no valor mínimo anual equivalente a 80% (oitenta por cento) do valor total das mercadorias importadas ao amparo do regime, no mesmo período, e não inferior a US$ 5.000.000,00 (cinco milhões de dólares dos Estados Unidos da América); II - aplicar anualmente, na produção dos bens que industrializar, pelo menos 80% (oitenta por cento) das mercadorias estrangeiras admitidas no regime; e III - entregar regularmente a EFD. 1º Para o cumprimento das obrigações de que trata o caput, a empresa interessada deverá: I - computar as operações realizadas a partir do desembaraço aduaneiro da 1ª (primeira) Declaração de Importação (DI) de mercadorias para admissão no regime; e II - considerar a data de desembaraço da Declaração de Exportação (DE), desde que averbado o embarque ou a transposição de fronteira da mercadoria.2º Serão exigidos da empresa industrial, no 1º (primeiro) ano da sua habilitação, somente 50% (cinquenta por cento) das exportações referidas no inciso I do caput. 5º O percentual previsto no inciso II do caput: I - ficará reduzido a 70% (setenta por cento), para empresas beneficiárias que abasteçam o mercado interno com partes e peças destinadas à manutenção e garantia de seus produtos fabricados; e II - deverá ser calculado: a) mediante a aplicação da fórmula que tenha: 1. no dividendo, o valor aduaneiro do total das mercadorias estrangeiras incorporadas aos produtos industrializados e objeto de destinação na forma prevista nos seguintes dispositivos do art. 23: 1.1. alínea “a” do inciso I do caput; 1.2 inciso II do caput; e 1.3. alínea “a” do inciso III do caput; e 2. no divisor, o valor aduaneiro total das mercadorias estrangeiras destinadas em quaisquer das formas previstas no art. 23; b) desconsiderando-se os valores das operações nas quais a mercadoria tenha sido submetida somente a acondicionamento ou reacondicionamento; e c) computando-se, no período de apuração, a totalidade das operações promovidas pelos estabelecimentos da empresa habilitada autorizados a operar o regime. g) Extinção do Regime Art. 23. A aplicação do regime extingue-se com a adoção, pelo beneficiário, de 1 (uma) das seguintes providências: I - exportação: a) de produto no qual a mercadoria, nacional ou estrangeira, admitida no regime tenha sido incorporada; b) da mercadoria estrangeira no estado em que foi importada; c) da mercadoria nacional no estado em que foi admitida; II - reexportação da mercadoria estrangeira admitida no regime sem cobertura cambial; III - despacho para consumo: a) das mercadorias estrangeiras admitidas no regime e incorporadas a produto industrializado ao amparo do regime; ou b) da mercadoria estrangeira no estado em que foi importada; IV - destruição, sem o recolhimento dos tributos devidos, às expensas do interessado e sob controle aduaneiro, na hipótese de mercadoria importada sem cobertura cambial; ou V - retorno ao mercado interno de mercadoria nacional, no estado em que foi admitida no regime, ou após incorporação a produto acabado, observado o disposto na legislação específica. Art. 24. A aplicação do regime deverá ser extinta no prazo de 1 (um) ano, contado da data do respectivo desembaraço aduaneiro ou aquisição no mercado interno, podendo ser prorrogado 1 (uma) única vez, por igual período, pelo titular da unidade da RFB responsável pela fiscalização de tributos sobre o comércio exterior com jurisdição sobre o domicílio da sede da empresa interessada. Parágrafo único. Não será autorizada a prorrogação do regime se a empresa habilitada tiver sido sancionada com suspensão, no ano anterior, em processo administrativo de aplicação da sanção administrativa, nos termos do art. 11.
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