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906V FALENCIA RECUPER DE EMPRESA N1

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906V - FALENCIA RECUPER DE EMPRESA N1
1-Acerca da falência pode-se dizer que
 A falência é dedica aos devedores exercestes de atividade econômica de forma empresarial
Justifique: A falência é uma execução concursal dos bens do devedor empresário, pela qual concorrem todos os credores para o fim de arrecadar o patrimônio disponível, verificar os créditos, liquidar o ativo e solver o passivo, em rateio, observadas as preferências legais.
 2-Sobre FALÊNCIA, não é correto afirmar
D-É chamada pela maioria dos advogados de "execução concursal" e, pressupõe além da inadimplência, o título executivo.
Justifique: O instituto da falência e o processo de execução têm origem remota, cujos princípios surgiram no Direito Romano. O instituto era no Direito Romano, um castigo para quem faltasse com suas obrigações. Assim, tinha um caráter punitivo e extremamente pessoal, já que o devedor ao assumir uma dívida, comprometia sua própria vida, caso não a pagasse na data combinada. A pessoa do devedor era a única garantia do credor e, caso o compromisso não fosse honrado, era a pessoa do devedor que respondia com a própria vida pelo ato, e não o seu patrimônio. O texto nº 6 da Lei das XII Tábuas previa que, em caso de pluralidade de credores, o corpo do devedor poderia ser retalhado para entrega das partes aos credores. Em decorrência da rigidez das leis de execução, no Império Romano, tornou-se comum, a elaboração de um contrato denominado nexus. Por intermédio deste contrato, o devedor que não pudesse saldar suas dívidas, antes de ser iniciada a execução, comprometia-se a prestar serviços ao credor, para pagar a dívida. Tal sistema ocasionou abusos e distorções. Desta forma, chegou-se ao consenso de que não a pessoa do devedor, mas sim os seus bens é que deveriam responder por suas dívidas. Assim, no ano de 428 a.C. foi criada a Lex Poetellia que determinou a proibição do encarceramento, a venda como escravo e a morte do devedor. Apesar dos progressos, foi no direito estatutário italiano, nas cidades do norte da Itália (Gênova, Veneza, Florença e Milão), que surgiu o instituto da falência da maneira que mais se assemelha às normas atuais.
3-Com relação ao foro competente para a apreciação dos processos de falência, não se pode afirmar que:
C- Nas comarcas em que houver mais de um juízo com competência para apreciar o pedido de falência, a distribuirão do primeiro pedido falimentar ou de recuperação judicial não previne a competência para a apreciação dos pedidos seguintes.
Justifique: A competência para a apreciação dos processos de falência, de recuperação judicial e homologação de recuperação extrajudicial é o local onde se encontra o principal estabelecimento do devedor (art. 3º da LF). Por principal estabelecimento entende-se aquele em que a devedora concentra o maior volume de seus negócios (é o mais importante no ponto de vista econômico). Eventualmente, não coincide com a sede estatutária ou contratual da sociedade devedora, mencionada no ato constitutivo, nem o estabelecimento maior física ou administrativamente. Nas Comarcas em que houver mais de um juízo com competência para pedido de falência ou recuperação de empresa, a distribuição do primeiro pedido de falência ou de recuperação judicial previne a competência para a apreciação dos pedidos seguintes. Na Comarca de São Paulo, os foros regionais não têm competência para a falência, mas as Varas Cíveis do foro central são todas competentes. Por exemplo, a distribuição do primeiro pedido de falência contra determinada sociedade, para a 28ª Vara Cível, torna-a competente, por prevenção, para todos os pedidos de falência posteriormente requeridos contra essa mesma sociedade.
4-Não são credores com privilégio especial
A-Nenhuma das alternativas anteriores
Justifique: Esses credores não estão sujeitos a rateio. Na classe dos credores não sujeitos a rateio há duas subclasses: os titulares de garantia real e os credores com de privilégio especial. Esses credores terão seu crédito satisfeito preferencialmente com o produto da venda de determinados bens da sociedade falida garantia real. Se o pagamento dos credores com preferência (extra concursais, empregados e equiparados, com garantia real e fiscais) consumir todos os recursos da massa, os credores com privilégio especial não terão seus direitos satisfeitos. De outro lado, se o produto da venda dos bens sobre os quais recai o privilégio não for bastante para a integral satisfação do crédito privilegiado, a diferença é imediatamente reclassificada como crédito quirografário. O que existe de comum entre eles é a vinculação entre o produto da venda de determinado bem da falida e a satisfação do crédito garantido ou privilegiado. A diferença entre os credores de cada subclasse diz respeito à origem da vinculação. Na hipótese de credor com garantia real, o produto da venda do bem onerado (hipotecado, empenhado, caucionado) é destinado prioritariamente ao pagamento do crédito garantido em decorrência de ato de vontade das partes. Já na hipótese de credor com privilégio especial, a vinculação é determinada pela lei, independente de ato de vontade entre as partes.Na definição do valor do bem sobre o qual recai o privilégio, o administrador judicial deve observar os mesmos parâmetros ditados pela lei para os créditos com garantia real. Assim, se o bem sobre o qual recai o privilégio é vendido junto com outros, não será possível identificar o preço por ele alcançado. Nesse caso, leva-se em consideração o valor da avaliação, aumentando ou diminuindo proporcionalmente em função da variação apresentada pelo bloco como um todo. Não há hierarquia entre as subclasses dos credores não sujeitos a rateio. Se o produto da venda do bem vinculado à satisfação de certo crédito supera o valor deste, o administrador judicial deve utilizar os recursos correspondentes à diferença para atender os credores não sujeitos a rateio. Na situação inversa, o saldo credor, a parte do crédito coberta pelo produto da venda do bem correspondente é imediatamente reclassificado como quirografário (art. 125, § 2º, da LF), concorrendo aos rateios com os demais créditos dessa natureza. Em suma, não há concurso entre credores com garantia real ou privilégio especial, nem entre as subclasses, nem no interior delas.
5-Compete presidir a administração da falência:
O juiz
Justifique: compete ao juiz presidir a administração da falência, supervisionando as ações do administrador judicial. O juiz é o administrador dos bens da falida, cabendo-lhe autorizar a venda antecipada dos bens de fácil deterioração ou custosa conservação, aprovar a prestação de contas do administrador judicial, fixar o pagamento dos salários dos auxiliares do administrador judicial, autorizar o aluguel de bem arrecadado para renda da massa (quando inexistente o Comitê) e etc. Na administração dos bens da massa, o juiz é auxiliado por dois agentes: o promotor de justiça e o administrador judicial.
Com relação ao administrador judicial da falência é incorreto afirmar:
A- o administrador poderá ser pessoa física ou jurídica;
Justifique: O instituto da falência e o processo de execução têm origem remota, cujos princípios surgiram no Direito Romano. O instituto era no Direito Romano, um castigo para quem faltasse com suas obrigações. Assim, tinha um caráter punitivo e extremamente pessoal, já que o devedor ao assumir uma dívida, comprometia sua própria vida, caso não a pagasse na data combinada. A pessoa do devedor era a única garantia do credor e, caso o compromisso não fosse honrado, era a pessoa do devedor que respondia com a própria vida pelo ato, e não o seu patrimônio. O texto nº 6 da Lei das XII Tábuas previa que, em caso de pluralidade de credores, o corpo do devedor poderia ser retalhado para entrega das partes aos credores. Em decorrência da rigidez das leis de execução, no Império Romano, tornou-se comum, a elaboração de um contrato denominado nexus. Por intermédio deste contrato, o devedor que não pudesse saldar suas dívidas, antes de ser iniciadaa execução, comprometia-se a prestar serviços ao credor, para pagar a dívida. Tal sistema ocasionou abusos e distorções. Desta forma, chegou-se ao consenso de que não a pessoa do devedor, mas sim os seus bens é que deveriam responder por suas dívidas. Assim, no ano de 428 a.C. foi criada a Lex Poetellia que determinou a proibição do encarceramento, a venda como escravo e a morte do devedor. Apesar dos progressos, foi no direito estatutário italiano, nas cidades do norte da Itália (Gênova, Veneza, Florença e Milão), que surgiu o instituto da falência da maneira que mais se assemelha às normas atuais.
Sobre a recuperação judicial, além do devedor não ser falido ou ter sentença de falência extinta, também é necessário que:
D-Todas as alternativas acima, de forma cumulativa.
Justifique: O processo da recuperação judicial se divide em três fases distintas. A primeira, que pode ser chamada de fase postulatória. Ela tem início com a petição inicial de recuperação judicial e se encerra com o despacho judicial mandando processar o pedido. A segunda fase, pode ser chamada de deliberativa, após a verificação de crédito, discute-se e aprova-se um plano de reorganização. Tem início com o despacho que manda processar a recuperação judicial e se conclui com a decisão concessiva do benefício. A terceira fase é chamada de fase de execução, compreende a fiscalização do cumprimento do plano aprovado. Começa com a decisão concessiva da recuperação judicial e termina com a sentença de encerramento do processo.
Sobre a recuperação judicial:
D-todos Os créditos existentes na data do pedido, estão sujeitos à recuperação judicial, mesmo aqueles ainda não vencidos
Justifique: Quem se encontra em crise econômico-financeira não pode mais pleitear o favor legal da concordata preventiva. Contudo, o agente econômico que se encontra em regime de concordata preventiva continuando observando as regras da Lei de Falências, se não optar pelo ingresso no sistema da recuperação judicial, ou seja, se possuir os requisitos necessários para tal. O § 2º do art. 192 declara que a existência de pedido de concordata anterior à Lei de Recuperação de Empresas não obsta o pedido de recuperação judicial pelo devedor, desde que este não tenha deixado de cumprir obrigação da concordata. Os créditos submetidos a concordata devem ser inscritos, por seu valor original, na recuperação judicial, abatidas as parcelas pagas pelo concordatário. Nos processos de falência em andamento na data da vigência da Lei de Recuperação de Empresas, não será possível a obtenção de concordata suspensiva, simplesmente porque esta não existe mais, como alternativa legal à falência. Na sistemática da Lei de Recuperação de Empresas, a recuperação judicial só é cabível em caráter preventivo da falência. A LRE aplica-se às falências decretadas em sua vigência com base no art. 162 (convolação de concordata preventiva em falência) da atual Lei de Falências. Ex. Se o juiz decretar a falência do devedor que postulou a concordata, em face da ocorrência de impedimentos, da falta de condições para a concordata ou de inexatidão documental, a falência será regida pela LRE. Da mesma forma, na concordata preventiva em curso com base na lei anterior, a convolação em falência por falta de pagamento de parcela da concordata (art. 175, § 8º da LF) determina a incidência da LRE. Do mesmo modo, quando na concordata preventiva, o juiz declarar a falência do devedor. Claro que nesses casos assiste ao devedor o direito de agravar de instrumento, mas sem efeito suspensivo. O CPC e o CPP são fontes subsidiárias da LRE, o primeiro por força do art. 189, o segundo com base no art. 188, naquilo que forem compatíveis.
A respeito da recuperação extrajudicial assinale a alternativa CORRETA:
A- Os credores trabalhistas, tributários, titulares de posição de proprietário fiduciário de bens móveis ou imóveis, de arrendador mercantil, de proprietário ou promitente vendedor de imóveis cujos respectivos contratos contenham cláusula de irrevogabilidade ou irretratabilidade, e de proprietário em contrato de venda com reserva de domínio e o credor decorrente de adiantamento de contrato de câmbio para exportação, não serão atingidos pelo plano de recuperação extrajudicial;
Justifique: Quem se encontra em crise econômico-financeira não pode mais pleitear o favor legal da concordata preventiva. Contudo, o agente econômico que se encontra em regime de concordata preventiva continuando observando as regras da Lei de Falências, se não optar pelo ingresso no sistema da recuperação judicial, ou seja, se possuir os requisitos necessários para tal. O § 2º do art. 192 declara que a existência de pedido de concordata anterior à Lei de Recuperação de Empresas não obsta o pedido de recuperação judicial pelo devedor, desde que este não tenha deixado de cumprir obrigação da concordata. Os créditos submetidos a concordata devem ser inscritos, por seu valor original, na recuperação judicial, abatidas as parcelas pagas pelo concordatário. Nos processos de falência em andamento na data da vigência da Lei de Recuperação de Empresas, não será possível a obtenção de concordata suspensiva, simplesmente porque esta não existe mais, como alternativa legal à falência. Na sistemática da Lei de Recuperação de Empresas, a recuperação judicial só é cabível em caráter preventivo da falência. A LRE aplica-se às falências decretadas em sua vigência com base no art. 162 (convolação de concordata preventiva em falência) da atual Lei de Falências. Ex. Se o juiz decretar a falência do devedor que postulou a concordata, em face da ocorrência de impedimentos, da falta de condições para a concordata ou de inexatidão documental, a falência será regida pela LRE. Da mesma forma, na concordata preventiva em curso com base na lei anterior, a convolação em falência por falta de pagamento de parcela da concordata (art. 175, § 8º da LF) determina a incidência da LRE. Do mesmo modo, quando na concordata preventiva, o juiz declarar a falência do devedor. Claro que nesses casos assiste ao devedor o direito de agravar de instrumento, mas sem efeito suspensivo. O CPC e o CPP são fontes subsidiárias da LRE, o primeiro por força do art. 189, o segundo com base no art. 188, naquilo que forem compatíveis.
São objetivos da recuperação judicial e extrajudicial: 
Saneamento da crise econômico-financeira e patrimonial;
Justifique: Art. 47, A recuperação judicial tem por objetivo viabilizar a superação da situação de crise econômico-financeira do devedor, a fim de permitir a manutenção da fonte produtora, do emprego dos trabalhadores e dos interesses dos credores, promovendo, assim, a preservação da empresa, sua função social e o estímulo à atividade econômica. LRE 11.101 (Lei de recuperação da empresa) [+] No Brasil, a lei contempla duas medidas judiciais com o objetivo de evitar que a crise na empresa acarreta a falência de quem a explora. De um lado, a recuperação judicial; de outro, A homologação judicial de acordo de recuperação extrajudicial.
Obs.: Não existe mais a concordata empresarial. Esta perspectiva (de recuperação judicial) é de melhoramento, deve ser vista com bons olhos nem sempre a falência deve ser vista com maus olhos, pode haver proveito na falência, quando a empresa está mal estruturada, desorganizada, etc.

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