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Falência - Resumo

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Esse resumo é uma junção de algumas doutrinas, vídeo 
aulas, lei seca, casos reais, muitas dúvidas esclarecidas e 
muito esforço. 
 
Antes de Iniciar os estudos serão necessárias algumas 
ressalvas: 
 Sempre que houver esse raio , significa que o artigo 
cai em maior incidência no exame da ordem; 
 Estude junto com a lei seca; 
 Atenção aos prazos! 
 
Qualquer erro, ressalvas, dicas pelo instagram > 
@duvidanossadecadadia 
 
 
 
 
Bibliografia 
LIVROS: 
 GOMES, Fábio Bellote. Manual de Direito Empresarial / 7. ed. ver., atual. e ampl. – 
Salvador: JusPodivm, 2018. (Bibliografia mais utilizada) 
 CRUZ, André Santa. Direito Empresarial / 8. ed. ver. atual. e ampl. – Rio de Janeiro: 
Forense. São Paulo: Método. 2018; 
 TEIXEIRA, Tarcisio. Direito Empresarial Esquematizado / doutrina, jurisprudência e prática: 
8ª ed. São Paulo: Saraiva Educação, 2019; 
 NEGRÃO, Ricardo. Manual de Direito Empresarial – 8º Ed. – São Paulo: Saraiva Educação, 
2018. 
 
SITES: 
 Modelo de Petição Inicial na Falência. JUSBRASIL < 
https://felipehaas.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/349014254/modelo-peticao-inicial-
falencia> 
 Administrador judicial da OGX deve receber R$ 560 milhões pelo caso. 
INFOMONEY < https://www.infomoney.com.br/mercados/administrador-judicial-da-
ogx-deve-receber-r-560-milhoes-pelo-caso/> 
 10 Grandes Empresas que foram a falência. LISTA10 < 
https://lista10.org/diversos/10-grandes-empresas-que-foram-a-falencia/> 
 25 empresas que quebraram ou passaram perto disso em 2013. EXAME < 
https://exame.abril.com.br/negocios/25-empresas-que-quebraram-ou-se-esforcaram-
para-isso-em-2013/> 
 
 
 
 
https://felipehaas.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/349014254/modelo-peticao-inicial-falencia
https://felipehaas.jusbrasil.com.br/modelos-pecas/349014254/modelo-peticao-inicial-falencia
https://www.infomoney.com.br/mercados/administrador-judicial-da-ogx-deve-receber-r-560-milhoes-pelo-caso/
https://www.infomoney.com.br/mercados/administrador-judicial-da-ogx-deve-receber-r-560-milhoes-pelo-caso/
https://lista10.org/diversos/10-grandes-empresas-que-foram-a-falencia/
https://exame.abril.com.br/negocios/25-empresas-que-quebraram-ou-se-esforcaram-para-isso-em-2013/
https://exame.abril.com.br/negocios/25-empresas-que-quebraram-ou-se-esforcaram-para-isso-em-2013/
Sumário 
Contexto Histórico ............................................................................................................................ 5 
Conceito ........................................................................................................................................... 5 
Características ................................................................................................................................... 5 
Legitimidade Ativa (Quem pode pedir a falência?) ........................................................................... 6 
Legitimidade Passiva (Sujeito a qual o credor irá requerer a falência) ............................................... 7 
Inaplicabilidade (Quem não pode pedir falência) ............................................................................... 7 
Exemplo de Empresas foram a Falência......................................................................................... 8 
Competência ..................................................................................................................................... 8 
Não é Exigível ao Devedor ............................................................................................................... 8 
Crimes Falimentares ......................................................................................................................... 9 
Fundamentos da Falência ................................................................................................................ 10 
Efeitos da SENTENÇA Falimentar ................................................................................................. 12 
Exemplo de Remuneração de Administrador Judicial .................................................................. 13 
Fases do Processo Falimentar .......................................................................................................... 15 
Formas de Manifestação do Devedor .............................................................................................. 16 
>> Depósito Elisivo ..................................................................................................................... 16 
Hipóteses Elisivas ........................................................................................................................... 16 
Sentença ......................................................................................................................................... 17 
Termo Legal ................................................................................................................................... 19 
Massa Falida ................................................................................................................................... 20 
Assembleia Geral dos Credores ....................................................................................................... 20 
Ineficácia e Revogação de Atos praticados antes da Falência .......................................................... 22 
Atos Ineficazes, art. 129, lei 11.101/2005 .................................................................................... 22 
Atos Revogáveis, art. 130, lei 11.101/2005 .................................................................................. 23 
Realização do Ativo ........................................................................................................................ 24 
Modalidades de Alienação do Ativo ................................................................................................ 25 
Término da Falência ....................................................................................................................... 25 
 
 
5 
 
Falência 
Lei 11.101, de 9 de Fevereiro de 2005 
Contexto Histórico 
Para iniciarmos os estudos sobre falência é necessário entendermos ela 
historicamente. Segundo diversos autores competentes que tratam do assunto, na Idade 
Média o falido era considerado um criminoso, consequentemente acarretando penas que 
vão de prisões até mesmo a mutilações no devedor, como era de costume naquela época 
aplicar penas com torturas e falência era um delito, não era diferente. Não obstante, nasce 
a falência 
Conceito 
Falência deriva do latim, fallere, significando enganar, fraudar, burlar. Acarretando 
ao inadimplente das obrigações para com os credores uma mancha vexatória que por sua 
vez carrega um estigma social, afinal falando em grosso modo a falência é a morte do 
empresário. 
Conforme Fábio Bellote Gomes, a falência pode ser definida como um processo 
de execução coletiva movido contra o devedor que seja empresário, Empresa 
Individual de Responsabilidade Limitada (EIRELI) ou sociedade empresária, no qual 
todos os seus bens são arrecadados para uma venda forçada por determinação judicial, 
com a distribuição proporcional de seus ativos entre todos os seus credores nos termos da 
lei. 
Características 
1. Somente se aplica ao devedor empresário, sociedade empresária ou EIRELI; 
2. Sua decretação depende de requerimento de um ou mais credores, ou do 
próprio devedor e excepcionalmente decretada pelo juízo da recuperação 
judicial; 
3. Determina o vencimento antecipado das obrigações do devedor e dos sócios 
ILImitada e solidariamente responsáveis; 
 
 
6 
4. Suspende o curso da prescrição e de todas as ações e execuções em face do 
devedor; 
5. Força Atrativa (vis atractiva): com decretação da falência nasce a força atrativa, 
ou seja, mesmo que apenas um dos credores requeira a falência, todos os 
demais credores iram concorrer contra o falido;6. Princípio da Isonomia ou Igualdade entre o Credores (par conditio creditorum): 
Em primeiro momento essa igualdade é absoluta, no entanto, deixa de ser 
quando iniciar a classificação de credores para fins de pagamento. 
Legitimidade Ativa (Quem pode pedir a falência?) 
>>> Empresário Individual; 
>>> Sociedade Empresária; 
 >>> EIRELI; 
>>> O Próprio Devedor (também conhecido como suicídio empresarial); 
>>> Cônjuge sobrevivente, herdeiro do devedor ou inventariante. 
IMPORTANTE:*O empresário irregular pode falir, mas NÃO pode pedir falência*, CREDOR 
só pedirá falência se for empresário REGULAR, devidamente registrado na Junta 
Comercial. 
DISPOSITIVO LEGAL: 
Art. 1º Esta Lei disciplina a recuperação judicial, a recuperação extrajudicial e a 
falência do empresário e da sociedade empresária, doravante referidos simplesmente 
como devedor. 
Art. 105. “O devedor em crise econômico-financeira que julgue não atender aos 
requisitos para pleitear sua recuperação judicial deverá requerer ao juízo sua falência, 
expondo as razões da impossibilidade de prosseguimento da atividade empresarial, 
acompanhadas dos seguintes documentos...” 
Art. 97. Podem requerer a falência do devedor: 
I – o próprio devedor, na forma do disposto nos arts. 105 a 107 desta Lei; 
II – o cônjuge sobrevivente, qualquer herdeiro do devedor ou o inventariante; 
 
 
7 
III – o cotista ou o acionista do devedor na forma da lei ou do ato constitutivo da 
sociedade; 
IV – qualquer credor. 
§ 1º O CREDOR EMPRESÁRIO APRESENTARÁ CERTIDÃO DO REGISTRO 
PÚBLICO DE EMPRESAS QUE COMPROVE A REGULARIDADE DE SUAS 
ATIVIDADES. 
Legitimidade Passiva (Sujeito a qual o credor irá requerer a falência) 
Conforme Fábio Bellote Gomes, 
i) Devedor empresário; 
ii) Empresa individual de responsabilidade limitada devedora; 
iii) Sociedade empresaria devedora; 
iv) Espólio do devedor empresário falecido. 
 
 
Inaplicabilidade (Quem não pode pedir falência) 
>>> Empresa Pública 
>>> Sociedade de Economia Mista 
>>> Instituição Financeira (Bancos) 
>>> Cooperativa de Crédito 
>>> Sociedade de Capitalização 
>>> Operadoras de Consórcio 
>>> Seguro 
>>> Plano de Saúde 
>>> Entidades de Previdência Complementar 
 DISPOSITIVO LEGAL: 
TOTALMENTE EXCLUÍDOS 
Dinheiro Público não vai para lei falimentar!!! 
PARCIALMENTE 
EXCLUÍDOS 
Não podem pedir a falência 
diretamente, mas podem ir 
para Liquidação extrajudicial. 
 
 
8 
Art. 2º Esta Lei não se aplica a: 
I – empresa pública e sociedade de economia mista; 
II – instituição financeira pública ou privada, cooperativa de crédito, consórcio, entidade 
de previdência complementar, sociedade operadora de plano de assistência à saúde, 
sociedade seguradora, sociedade de capitalização e outras entidades legalmente 
equiparadas às anteriores. 
Exemplo de Empresas foram a Falência 
 PARMALAT KODAK VASP 
Competência 
Local do principal estabelecimento do devedor, aquele que tem a principal atividade da 
empresa. E se for uma sociedade com sede no exterior, a competência será na sua filial do 
Brasil. 
DISPOSITIVO LEGAL: 
Art. 3º É competente para homologar o plano de recuperação extrajudicial, deferir 
a recuperação judicial ou decretar a falência o juízo do local do principal 
estabelecimento do devedor ou da filial de empresa que tenha sede fora do Brasil. 
Não é Exigível ao Devedor 
 O que for gratuito; 
 Despesas que o credor tiver para habilitar a falência (SALVO, custos 
processuais decorrentes de litígio com o devedor). 
DISPOSITIVO LEGAL: 
Art. 5º Não são exigíveis do devedor, na recuperação judicial ou na falência: 
I – as obrigações a título gratuito; 
 
 
9 
II – as despesas que os credores fizerem para tomar parte na recuperação judicial ou na 
falência, SALVO as custas judiciais decorrentes de litígio com o devedor. 
LEMBRE-SE: 
EMPRESÁRIO É OBRIGADO A SE REGISTRAR ANTES DE COMEÇAR A ATIVIDADE NA JUNTA 
COMERCIAL. 
QUEM É EMPRESÁRIO??? ESTA PREVISTO NO ARTIGO 966 NO CÓDIGO CIVIL, in verbis: 
Art. 966. Considera-se empresário quem exerce profissionalmente atividade econômica organizada para a 
produção ou a circulação de bens ou de serviços. 
Parágrafo único. Não se considera empresário quem exerce profissão intelectual, de natureza científica, 
literária ou artística, ainda com o concurso de auxiliares ou colaboradores, salvo se o exercício da profissão 
constituir elemento de empresa. 
 
EM SUMA: 
COPA = Circulação de bens e serviços Organizada Produção Atividade 
ALICE*: Artística Literária Intelectual Científica *Exercício da profissão constituir elemento de empresa. 
 
Crimes Falimentares 
Para o crime falimentar deverá ser pleiteada a ação penal pública Incondicionada, ou 
seja não vai depender de representação. 
Não será o juiz empresarial que julgará crimes falimentares, mas sim o Juiz Criminal 
da mesma jurisdição do juiz empresarial que foi competente pelo processo falimentar. 
DISPOSITIVO LEGAL: 
Art. 183. Compete ao juiz criminal da jurisdição onde tenha sido decretada a falência, 
concedida a recuperação judicial ou homologado o plano de recuperação extrajudicial, 
conhecer da ação penal pelos crimes previstos nesta Lei. 
Art. 184. Os crimes previstos nesta Lei são de ação penal pública incondicionada. 
 
Após a sentença do processo de falência o devedor será imediatamente intimado pelo 
Ministério Público, caso haja algum crime falimentar. Havendo crime, o MP dará inicio a 
AÇÃO PENAL OU ABERTURA DE INQUÉRITO POLICIAL. 
 
 
10 
DISPOSITIVO LEGAL: 
Art. 187. Intimado da sentença que decreta a falência ou concede a recuperação 
judicial, o Ministério Público, verificando a ocorrência de qualquer crime previsto nesta Lei, 
promoverá imediatamente a competente ação penal ou, se entender necessário, 
requisitará a abertura de inquérito policial. 
§ 1º O prazo para oferecimento da denúncia regula-se pelo art. 46 do Decreto-Lei nº 
3.689, de 3 de outubro de 1941 - Código de Processo Penal, salvo se o Ministério Público, 
estando o réu solto ou afiançado, decidir aguardar a apresentação da exposição 
circunstanciada de que trata o art. 186 desta Lei, devendo, em seguida, oferecer a 
denúncia em 15 (quinze) dias. 
§ 2º Em qualquer fase processual, surgindo indícios da prática dos crimes 
previstos nesta Lei, o juiz da falência ou da recuperação judicial ou da recuperação 
extrajudicial cientificará o Ministério Público. 
Fundamentos da Falência 
 >>> IMPONTUALIDADE INJUSTIFICADA dos TÍTULOS EXECUTIVOS 
PROTESTADOS que ULTRAPASSE (MAIOR QUE) 40 SALÁRIOS-MÍNIMOS 
(cumulativos). Admitindo litisconsórcio ativo, ou seja, poderá mais de um credor pedir a 
falência. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
11 
Exemplificando um caso em que cabe litisconsórcio ativo para o pedido de falência... 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 >>> EXECUÇÃO FRUSTRADA, nesse caso não há valor mínimo. 
 >>> ATOS DE FALÊNCIA (inciso III, letra A até G do artigo citado a seguir) 
DISPOSITIVO LEGAL: 
Art. 94. Será decretada a falência do devedor que: 
I – sem relevante razão de direito, não paga, no vencimento, obrigação líquida 
materializada em título ou títulos executivos protestados cuja soma ultrapasse o 
equivalente a 40 (quarenta) salários-mínimos na data do pedido de falência; 
II – executado por qualquer quantia líquida, não paga, não deposita e não nomeia à 
penhora bens suficientes dentro do prazo legal; 
III – pratica qualquer dos seguintes atos, EXCETO se fizer parte de plano de 
recuperação judicial: 
 
EMPRESÁRIA MARIA 
possui uma Nota 
Promissória de 20MIL 
JÁ PROTESTADA 
EMPRESÁRIO JOÃO 
possui uma Duplicata 
de 10MIL JÁ 
PROTESTADA 
EMPRESÁRIO JOSÉ 
possui um Cheque de 
30 MIL JÁ PROTESTADO 
CREDORES 
ENTRAM JUNTOS COM 
UM PEDIDO DE 
FALÊNCIA CONTRA A 
DEVEDORA NO FÓRUM 
DO PRINCIPAL 
ESTABELECIMENTO 
EMPRESARIAL DE 
ANTÔNIA(DEVEDORA)DEVEDORA 
EMPRESÁRIA 
ANTÔNIA 
Todos os Títulos de Créditos (ou 
seja, títulos executivos) dos 
empresários da situação foram 
protestados e juntos somam 
mais de 40 Salários Mínimos. 
 
 
 
12 
*ATOS DE FALÊNCIA* 
a) procede à liquidação precipitada de seus ativos ou lança mão de meio ruinoso 
ou fraudulento para realizar pagamentos; 
b) realiza ou, por atos inequívocos, tenta realizar, com o objetivo de retardar 
pagamentos ou fraudar credores, negócio simulado ou alienação de parte ou da totalidade 
de seu ativo a terceiro, credor ou não; 
c) transfere estabelecimento a terceiro, credor ou não, sem o consentimento de todos 
os credores e sem ficar com bens suficientes para solver seu passivo; 
d) simula a transferência de seu principal estabelecimento com o objetivo de burlar a 
legislação ou a fiscalização ou para prejudicar credor; 
e) dá ou reforça garantia a credor por dívida contraída anteriormente sem ficar com 
bens livres e desembaraçados suficientes para saldar seu passivo; 
f) ausenta-se sem deixar representante habilitado e com recursos suficientes para 
pagar os credores, abandona estabelecimento ou tenta ocultar-se de seu domicílio, do 
local de sua sede ou de seu principal estabelecimento; 
g) deixa de cumprir, no prazo estabelecido, obrigação assumida no plano de 
recuperação judicial. 
Efeitos da SENTENÇA Falimentar 
>>> Inabilitação do Empresário 
Sai o empresário e entra o Administrador Judicial. O empresário fica inabilitado 
(bloqueado) de praticar atividades empresariais em qualquer lugar até a sentença das 
obrigações. 
*A falência só atingirá os sócios se forem de SOCIEDADE ILIMITADA.* 
 
 
 
 
13 
>>> Nomeação do Administrador Judicial 
O ADMINISTRADOR JUDICIAL será: 
Profissional Idôneo, preferencialmente 
 Advogado; 
 Economista; 
 Administrador de Empresas; 
 Contados; 
 Pessoa Jurídica Especializada 
Competirá ao juiz: NOMEAR, DESTITUIR E FIXAR A REMUNERAÇÃO DO 
ADMINISTRADOR JUDICIAL. 
A REMUNERAÇÃO DO ADMINISTRADOR JUDICIAL será fixada da seguinte forma... 
 
 
 
 
Exemplo de Remuneração de Administrador Judicial 
“SÃO PAULO – O administrador judicial da OGX Petróleo (OGXP3) deverá 
receber até R$ 560 milhões pelo caso. Isso equivale a 5% do total das dívidas da 
companhia, que atingiram R$ 11,2 bilhões – valor declarado no pedido de 
recuperação judicial. ... A recuperação da OGX é a maior de toda a história da América Latina.” 
Dados do Site Infomoney 
>>> Contratos Bilaterais e Contratos de Concessão 
Nos contratos bilaterais compete ao Administrador judicial decidir se vai reincidir ou 
não. Já os contratos de concessão serão extintos. 
REMUNERAÇÃO 
ATÉ 5% DO VALOR DE VENDA DOS BENS 
ATÉ 2% DO VALOR DE VENDA DOS BENS 
EM CASOS DE MICROEMPRESAS (ME) E 
EMPRESAS DE PEQUENO PORTE (EPP) 
 
 
 
14 
Esquematizando... 
 
CONTRATOS 
BILATERAIS Caberá ao administrador judicial se vai ou não 
reincidir o contrato. 
CONCESSÃO Extingue-se. 
DISPOSITIVO LEGAL: 
Art. 21. O administrador judicial será profissional idôneo, preferencialmente 
advogado, economista, administrador de empresas ou contador, ou pessoa jurídica 
especializada. 
Art. 24. O juiz fixará o valor e a forma de pagamento da remuneração do 
administrador judicial, observados a capacidade de pagamento do devedor, o grau de 
complexidade do trabalho e os valores praticados no mercado para o desempenho de 
atividades semelhantes. 
§ 1º Em qualquer hipótese, o total pago ao administrador judicial não excederá 5% 
(cinco por cento) do valor devido aos credores submetidos à recuperação judicial ou do 
valor de venda dos bens na falência. 
§ 2º Será reservado 40% (quarenta por cento) do montante devido ao administrador 
judicial para pagamento após atendimento do previsto nos arts. 154 e 155 desta Lei. 
§ 3º O administrador judicial substituído será remunerado proporcionalmente ao 
trabalho realizado, salvo se renunciar sem relevante razão ou for destituído de suas 
funções por desídia, culpa, dolo ou descumprimento das obrigações fixadas nesta Lei, 
hipóteses em que não terá direito à remuneração. 
§ 4º Também não terá direito a remuneração o administrador que tiver suas contas 
desaprovadas. 
§ 5º A remuneração do administrador judicial fica reduzida ao limite de 2% (dois 
por cento), NO CASO DE MICROEMPRESAS E EMPRESAS DE PEQUENO PORTE. 
 
 
15 
Art. 102. O falido fica inabilitado para exercer qualquer atividade empresarial a 
partir da decretação da falência e até a sentença que extingue suas obrigações, 
respeitado o disposto no § 1º do art. 181 desta Lei. 
Parágrafo único. Findo o período de inabilitação, o falido poderá requerer ao juiz da 
falência que proceda à respectiva anotação em seu registro. 
Art. 117. Os contratos bilaterais não se resolvem pela falência e podem ser cumpridos 
pelo administrador judicial se o cumprimento reduzir ou evitar o aumento do passivo da 
massa falida ou for necessário à manutenção e preservação de seus ativos, mediante 
autorização do Comitê. 
§ 1º O contratante pode interpelar o administrador judicial, no prazo de até 90 
(noventa) dias, contado da assinatura do termo de sua nomeação, para que, dentro de 10 
(dez) dias, declare se cumpre ou não o contrato. 
§ 2º A declaração negativa ou o silêncio do administrador judicial confere ao 
contraente o direito à indenização, cujo valor, apurado em processo ordinário, constituirá 
crédito quirografário. 
Fases do Processo Falimentar 
A falência, como instituto jurídico, operacionaliza-se por meio de um PROCESSO 
ESPECIAL, a que se aplica subsidiariamente as regras do código de processo civil. 
Conforme Fabio B. Gomes, a falência é dividida em três fases: 
 
 
 
 
 
 
 
 
FASEPRELIMINAR OU 
DECLARATÓRIA 
Inicia-se com a decretação 
da falência, formulado por 
qualquer credor ou pelo 
próprio empresário 
 
FASE DE ARRECADAÇÃO DE BENS 
E CLASSIFICAÇÃO DE CRÉDITOS 
Definição do Ativo e do Passivo do 
devedor, na qual haverá: 
a) Arrecadação e a avaliação dos bens 
integrantes da massa falida; 
b) Habilitação de créditos existentes 
contra o falido; 
c) Elaboração do quadro geral de 
credores 
 
FASE DE LIQUIDAÇÃO 
OU SATISFATIVA 
Venda judicial dos bens 
integrantes do ativo da 
massa falida e o 
pagamento proporcional 
dos credores. 
*A fase de liquidação terá 
fim com o encerramento da 
falência. Devendo, 
posteriormente, ocorrer a 
declaração de extinção das 
obrigações do falido. 
 
 
 
16 
Obs: NA PETIÇÃO INICIAL, o credor deverá descrever os fatos que, a seu ver, 
caracterizam a prática de atos de falência, acompanhado de provas que houver e 
especificando as que serão produzidas que, não obstante, deverão ser evidentes, sob 
pena de insucesso do pedido. 
Formas de Manifestação do Devedor 
Com o pedido de falência efetuado, o devedor será citado, nos termos do art. 98, para 
apresentar a contestação no prazo de 10 (DEZ) DIAS. 
DISPOSITIVO LEGAL: 
Art. 98. Citado, o devedor poderá apresentar contestação no prazo de 10 (dez) dias. 
>> Depósito Elisivo 
Na hipótese de o pedido ser baseado a impontualidade, o devedor poderá, no prazo da 
contestação e independentemente de contestar o feito, depositar o valor em dinheiro 
correspondente ao total do crédito acrescido de correção monetária, juros e honorários 
advocatícios, hipótese em que a falência NÃO será decretada. 
Esse depósito que o credor fará após o pedido de falência dentro do prazo de contestação 
é chamado de DEPÓSITO ELISIVO. Com o depósito do valor pleiteado cessa a 
impontualidade, sendo, assim, elidida (“afastada”) a hipótese de falência. 
Hipóteses Elisivas 
São os fundamentos que o devedor pode utilizar em sua contestação, em casos de 
impontualidade, Art. 96, Lei 11.101/2005, in verbis: 
“Art. 96. A falência requerida com base no art. 94, inciso I do caput, desta Lei, não 
será decretada se o requerido provar: 
I – falsidade de título; 
II – prescrição; 
III– nulidade de obrigação ou de título; 
IV – pagamento da dívida; 
 
 
17 
V – qualquer outro fato que extinga ou suspenda obrigação ou não legitime a cobrança 
de título; 
VI – vício em protesto ou em seu instrumento; 
VII – apresentação de pedido de recuperação judicial no prazo da contestação, 
observados os requisitos do art. 51 desta Lei; 
VIII – cessação das atividades empresariais mais de 2 (dois) anos antes do pedido de 
falência, comprovada por documento hábil do Registro Público de Empresas, o qual não 
prevalecerá contra prova de exercício posterior ao ato registrado.” 
ATENÇÃO: 
A SENTEÇA QUE DECRETA A FALÊNCIA POSSUI NATUREZA 
PREDOMINANTEMENTE DECLARATÓRIA E CONSTITUTIVA. 
Sentença 
DISPOSITIVO LEGAL 
Art. 99. A sentença que decretar a falência do devedor, dentre outras determinações: 
I – conterá a síntese do pedido, a identificação do falido e os nomes dos que forem 
a esse tempo seus administradores; 
II – fixará o termo legal da falência, sem poder retrotraí-lo por mais de 90 
(noventa) dias contados do pedido de falência, do pedido de recuperação judicial ou do 
1º (primeiro) protesto por falta de pagamento, excluindo-se, para esta finalidade, os 
protestos que tenham sido cancelados; 
III – ordenará ao falido que apresente, no prazo máximo de 5 (cinco) dias, relação 
nominal dos credores, indicando endereço, importância, natureza e classificação dos 
respectivos créditos, se esta já não se encontrar nos autos, sob pena de desobediência; 
IV – explicitará o prazo para as habilitações de crédito, observado o disposto no § 
1º do art. 7º desta Lei; 
 
 
18 
V – ordenará a suspensão de todas as ações ou execuções contra o falido, 
ressalvadas as hipóteses previstas nos §§ 1º e 2º do art. 6º desta Lei; 
VI – proibirá a prática de qualquer ato de disposição ou oneração de bens do 
falido, submetendo-os preliminarmente à autorização judicial e do Comitê, se houver, 
ressalvados os bens cuja venda faça parte das atividades normais do devedor se 
autorizada a continuação provisória nos termos do inciso XI do caput deste artigo; 
VII – determinará as diligências necessárias para salvaguardar os interesses das 
partes envolvidas, podendo ordenar a prisão preventiva do falido ou de seus 
administradores quando requerida com fundamento em provas da prática de crime definido 
nesta Lei; 
VIII – ordenará ao Registro Público de Empresas que proceda à anotação da falência 
no registro do devedor, para que conste a expressão "Falido", a data da decretação da 
falência e a inabilitação de que trata o art. 102 desta Lei; 
IX – nomeará o administrador judicial, que desempenhará suas funções na forma do 
inciso III do caput do art. 22 desta Lei sem prejuízo do disposto na alínea a do inciso II 
do caput do art. 35 desta Lei; 
X – determinará a expedição de ofícios aos órgãos e repartições públicas e 
outras entidades para que informem a existência de bens e direitos do falido; 
XI – pronunciar-se-á a respeito da continuação provisória das atividades do falido com 
o administrador judicial ou da lacração dos estabelecimentos, observado o disposto no 
art. 109 desta Lei; 
XII – determinará, quando entender conveniente, a convocação da assembléia-
geral de credores para a constituição de Comitê de Credores, podendo ainda autorizar 
a manutenção do Comitê eventualmente em funcionamento na recuperação judicial 
quando da decretação da falência; 
XIII – ordenará a intimação do Ministério Público e a comunicação por carta às 
Fazendas Públicas Federal e de todos os Estados e Municípios em que o devedor tiver 
estabelecimento, para que tomem conhecimento da falência. 
 
 
19 
Parágrafo único. O juiz ordenará a publicação de edital contendo a íntegra da decisão 
que decreta a falência e a relação de credores. 
DISPOSITIVO LEGAL 
Art. 100. Da decisão que decreta a falência CABE AGRAVO, e da sentença que 
julga a improcedência do pedido CABE APELAÇÃO. 
Termo Legal 
Conforme o autor Fábio B. Gomes, “o termo legal é um lapso temporal considerado pelo 
juiz e antecedente à falência, que coloca sob suspeição todos os atos praticados pelo 
falido durando o período de sua abrangência, podendo tais atos serem considerados 
ineficazes perante a massa falida. 
Deve ser fixado pelo juiz, nos termos do art. 99, II, com a designação da data em que se 
tenha caracterizado o estado falimentar, podendo retroagir até 90 DIAS, contados: 
a) Pedido de Falência; 
b) Do primeiro protesto por falta de pagamento; 
c) Pedido de Recuperação Judicial.” 
A 
 
 
 
 
B 
 
 
 
C 
 
 
Falência 
Pedido de Falência 
VOLTA 90 DIAS 
Falência 
1º Protesto por falta de pagamento 
VOLTA 90 DIAS 
Falência 
VOLTA 90 DIAS 
Pedido de Recuperação Judicial 
 
 
20 
 
 
Massa Falida 
A massa falida é o conjunto de bens e direitos do falido. Portanto, a massa 
falida compreende o Ativo (bens e créditos) e o Passivo (débitos) do falido, que passa a 
ser administrado e representado pelo administrador judicial. 
Assembleia Geral dos Credores 
 
Presidida pelo Administrador Judicial, a assembléia dos credores é um órgão de 
deliberação coletiva, que reúne a maioria das classes de credores. Deve ser convocada 
pelo juiz por edital publicado no Diário Oficial e em jornais de grande circulação, nas 
localidades de sede e filial. Composta pela seguinte classe de credores: 
PAGAMENTO DOS CREDORES 
PRIMEIRO PAGAMENTO 
Pré-Falência 
SEGUNDO PAGAMENTO 
Pós-Falência 
 EXTRACONCURSAL CONCURSAL 
1- Administrador Judicial, Trabalhista e 
Acidente de trabalho* 
(lembrando que: até 5% do valor de venda 
e para ME e EPP ate 2%) 
 
1- Trabalhista (até 150 Salários-
Mínimos) + Acidente de trabalho 
(não tem limites de salários)* 
 
2-Empréstimo credor* 2- Garantia Real (Bancos) 
 
3-Despesas da Administração da massa 3- Tributários 
(a sobra vai para classe 7 – multa) 
 
4-Custas vencidas da massa 4- Privilégios Especiais 
 
 
5-Tributários 
5- Privilégio Geral 
 
6- Quirografários* 
(toda sobra das classes anteriores 
param aqui, exceto tributários) 
 
7- Multas 
 
8- Subordinados (sócios) 
(créditos de sócios, sócios que 
emprestaram dinheiro para a 
sociedade) 
 
 
 
21 
Obs1: Caso o valor a ser pago para a classe trabalhista (Concursal – 1) ultrapasse 150 
Salários Mínimos, o que restou para ser pago excedente de 150 Salários Minimos irá ser 
pago junto com a classe dos Quirografários (Concursal – 6 ) 
Obs2: Se o trabalhista (Concursal – 1) vender o seu crédito a um terceiro, deixará de ser o 
primeiro a receber e passará para o 6º lugar, os quirografários. 
Obs3: No Extraconcursal 1, a parte de trabalhista são aqueles trabalhadores que ficaram 
trabalhando para a empresa com o administrador judicial, mesmo sabendo que iria fali, ou 
seja, continuaram trabalhando para massa falida. 
Obs4: (Extraconcursal – 2 ) Credores quem emprestam dinheiro para massa falida 
No entanto, haverá aqueles que terão preferência sobre tudo e sobre todos, aqueles que 
deverão ser pago antes de tudo, são eles: 
1- Despesas Essenciais (Art. 150) 
Por exemplo: contas de energia que estão atrasadas. 
 
2- Trabalhista (Art. 151) 
Por exemplo: três últimos salários, limitados a 5 salários-mínimos por trabalhador. 
 
3- Restituição (Art. 85) 
O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre em 
poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição 
DISPOSITIVO LEGAL 
Art. 85. O proprietário de bem arrecadado no processo de falência ou que se encontre 
em poder do devedor na data da decretação da falência poderá pedir sua restituição. 
Parágrafo único. Também pode ser pedida a restituição de coisa vendida a crédito e 
entregue ao devedor nos 15 (quinze) dias anteriores ao requerimento de sua falência, se 
ainda não alienada. 
Art. 86. Proceder-se-á à restituição em dinheiro: 
I – se a coisa não mais existir ao tempo do pedido de restituição, hipótese em que o 
requerentereceberá o valor da avaliação do bem, ou, no caso de ter ocorrido sua venda, o 
respectivo preço, em ambos os casos no valor atualizado; 
II – da importância entregue ao devedor, em moeda corrente nacional, decorrente de 
adiantamento a contrato de câmbio para exportação, na forma do art. 75, §§ 3º e 4º , da 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4728.htm#art75%C2%A73
 
 
22 
Lei nº 4.728, de 14 de julho de 1965, desde que o prazo total da operação, inclusive 
eventuais prorrogações, não exceda o previsto nas normas específicas da autoridade 
competente; 
III – dos valores entregues ao devedor pelo contratante de boa-fé na hipótese de 
revogação ou ineficácia do contrato, conforme disposto no art. 136 desta Lei. 
Parágrafo único. As restituições de que trata este artigo somente serão efetuadas após 
o pagamento previsto no art. 151 desta Lei. 
Ineficácia e Revogação de Atos praticados antes da Falência 
Com a preeminência de ser um falido pode o devedor, devido a pressão dos 
acontecimentos, alienar seus bens patrimoniais, seja movido pelo ímpeto de liquidar 
precipitadamente seu ativo, agindo de boa-fé para pagar seus credores, seja pelo desejo 
de obter vantagem patrimonial indevida para si à custa do patrimônio empresarial em vias 
de ser absorvido pela massa falida. 
Diante disso, a Lei de Recuperação Judicial e Falência prevê determinadas medidas 
judiciais com a finalidade de evitar ou reprimir a práticas de tais atos. 
OBS: Não se trata da nulidade ou anulabilidade judicial do ato, pois o ato permanece válido. 
Atos Ineficazes, art. 129, lei 11.101/2005 
I – o pagamento de dívidas não vencidas realizado pelo devedor dentro do termo 
legal, por qualquer meio extintivo do direito de crédito, ainda que pelo desconto do próprio 
título; 
II – o pagamento de dívidas vencidas e exigíveis realizado dentro do termo legal, 
por qualquer forma que não seja a prevista pelo contrato; 
III – a constituição de direito real de garantia, inclusive a retenção, dentro do termo 
legal, tratando-se de dívida contraída anteriormente; se os bens dados em hipoteca forem 
objeto de outras posteriores, a massa falida receberá a parte que devia caber ao credor da 
hipoteca revogada; 
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/LEIS/L4728.htm#art75%C2%A73
 
 
23 
IV – A PRÁTICA DE ATOS A TÍTULO GRATUITO, DESDE 2 (DOIS) ANOS ANTES 
DA DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA; 
V – A RENÚNCIA À HERANÇA OU A LEGADO, ATÉ 2 (DOIS) ANOS ANTES DA 
DECRETAÇÃO DA FALÊNCIA; 
VI – a venda ou transferência de estabelecimento feita sem o consentimento 
expresso ou o pagamento de todos os credores, a esse tempo existentes, não tendo 
restado ao devedor bens suficientes para solver o seu passivo, salvo se, no prazo de 30 
(trinta) dias, não houver oposição dos credores, após serem devidamente notificados, 
judicialmente ou pelo oficial do registro de títulos e documentos; 
VII – os registros de direitos reais e de transferência de propriedade entre vivos, 
por título oneroso ou gratuito, ou a averbação relativa a imóveis realizados após a 
decretação da falência, salvo se tiver havido prenotação anterior. 
OS ATOS INEFICAZES SÃO DECLARADOS EX OFFICIO PELO JUIZ ALEGADA EM 
DEFESA OU PLEITEADA MEDIANTE AÇÃO PRÓPRIA OU INCIDENTALMENTE NO CURSO 
DO PROCESSO. 
Reconhecida a ineficácia ou julgada procedente a ação revocatória, as partes 
retornarão ao seu estado anterior, e o contratante de boa-fé terá direito à restituição dos 
bens ou valores entregues ao devedor. 
Bem como, é garantido ao terceiro de boa-fé, a QUALQUER tempo, propor ação por 
perdas e danos contra o devedor ou seus garantes. 
Conforme art. 136, caput e 136, §2º da Lei 11.101/2005 
Atos Revogáveis, art. 130, lei 11.101/2005 
a) Concluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar; 
b) Efetivo prejuízo sofrido pela massa falida. 
DISPOSITIVO LEGAL 
 
 
24 
Art. 130. São revogáveis os atos praticados com a intenção de prejudicar credores, 
provando-se o conluio fraudulento entre o devedor e o terceiro que com ele contratar e o 
efetivo prejuízo sofrido pela massa falida. 
Caso comprove realmente que houve atos passiveis de revogação, deverá ser 
pleiteada a AÇÃO REVOCATÓRIA perante o juízo que ocorreu a decretação da falência, 
na qual quem tem Legitimidade ativa para a propositura da ação revocatória, no PRAZO 
DE TRÊS ANOS contados da decretação da falência são: 
a) Administrador Judicial; 
b) Qualquer credor; 
c) O representante do Ministério Público. 
A sentença que julgar PROCEDENTE a ação revocatória, determinará o retorno dos 
bens à massa falida em espécie com todos os acessórios, ou o valor de mercado, 
ACRESCIDOS DE PERDAS E DANOS. 
O juiz poderá, a requerimento do autor da ação revocatória, ordenar como medida 
preventiva [periculum in mora / fumus boni iuris], na forma da lei processual civil, o 
SEQÜESTRO DOS BENS retirados do patrimônio do devedor que estejam em poder 
de terceiro. 
Conforme Art. 132, 134 e 135 Lei 11.101/2005 
Realização do Ativo 
A realização do ativo é regida pelo intuito de obter o máximo de dinheiro possível 
com a liquidação do ativo para que o maior número possível de credores possa ser pago 
de acordo com a ordem legal. 
Inicia-se logo após a arrecadação dos bens, com a juntada do respectivo auto ao 
processo de falência. 
A alienação dos bens será realizada de uma das seguintes formas, observada a 
seguinte ordem de preferência: 
1º - alienação da empresa, com a venda de seus estabelecimentos em bloco; 
 
 
25 
2º – alienação da empresa, com a venda de suas filiais ou unidades produtivas 
isoladamente; 
3º – alienação em bloco dos bens que integram cada um dos estabelecimentos do 
devedor; 
4º – alienação dos bens individualmente considerados. 
Conforme Art. 140, Lei 11.101/2005 
Modalidades de Alienação do Ativo 
A) Leilão 
B) Propostas fechadas 
C) Pregão 
Conforme Art. 144, Lei 11.101/2005 
 
Término da Falência 
O término da falência compreende duas fases distintas: 
1- O encerramento do processo falimentar 
Tendo sido concluída a realização de todo o ativo e distribuído o produto entre credores, 
mesmo que este não tenha sido suficiente para o pagamento de todo o passivo, o 
administrador judicial deverá apresentar suas contas ao juízo falimentar no PRAZO DE 30 
DIAS contados do término do pagamento. (art.154) 
2- Extinção das obrigações do falido. 
São causas de extinção das obrigações do falido: 
I – o pagamento de todos os créditos; 
II – o pagamento, depois de realizado todo o ativo, de mais de 50% (cinqüenta por 
cento) dos créditos quirografários, sendo facultado ao falido o depósito da quantia 
 
 
26 
necessária para atingir essa porcentagem se para tanto não bastou a integral liquidação do 
ativo; 
III – o decurso do prazo de 5 (cinco) anos, contado do encerramento da falência, 
se o falido não tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei; 
IV – o decurso do prazo de 10 (dez) anos, contado do encerramento da falência, se 
o falido tiver sido condenado por prática de crime previsto nesta Lei. 
Conforme art. 158, Lei 11.101/2005

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