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ENGENHARIA CIVIL CONSTRUÇÇÃO CIVIL iI Prof. Jarbas Jácome Técnico em Mineração Engenheiro Civil Pós Grad. em Metalurgia Pós Grad. em Gestão da Qualidade Total Mestrando em Ciências da Educação TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Construção Civil II Bibliografia: AZEVEDO, Hélio Alves. O edifício até sua cobertura. São Paulo: Edgard Blucher, 1980. BORGES, Alberto de Campos. Prática das Pequenas Construções. São Paulo: Edgard Blucher, 1996. 1v. SOUZA, Ubiraci Espinelli Lemes de. Projeto e Implantação do Canteiro. São Paulo: O Nome da Rosa, 2000. CARDÃO, Celso. Técnica da Construção. [s.l.]: Edições Arquitetura e Engenharia, 2001. 1 v. BIBLIOGRAFIA COMPLEMENTAR TCPO: Tabelas de Composições de Preços para Orçamentos. São Paulo: Pini, 2008. Revista Techne. São Paulo: Pini, 2009. OBSERVAÇÃO: A participação efetiva das aulas e o acompanhamento sistemático das mesmas através dos slides apresentados em sala, dão uma boa fundamentação para o aprendizado. Carga Horária: 80 h TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME <número> Aglomerantes artificiais: são obtidos por calcinação de mistura de pedras de composição conhecidas, cuidadosamente dosadas. Cimentos artificiais procedentes de mistura de calcário, de argila, pedra, etc. Aglomerantes hidráulicos: forjam tanto ao ar como na água. Contém argila em proporção relativamente importante. Ex: cimento Portland Alguns conceitos e fundamentações - aglomerantes Cimento Portland: É um pó fino acinzentado com propriedades aglomerantes, isto é, quando misturado com água vira uma pasta que funciona como “cola”, envolvendo os outros materiais do concreto, que são a areia e a pedra. Depois de endurecido, torna todo o conjunto resistente, que é o concreto. É o cimento que faz do concreto um material estrutural. Por isso é o mais importante e o mais caro dos ingredientes do concreto. O cimento endurece após misturado com a água, o que se chama hidratação. Cimento hidratado é portanto, cimento “molhado”. TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Esquema de Fabricação do Cimento Portland. Imagem: Internet TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Existem no Brasil vários tipos de cimento portland, diferentes entre si, principalmente em função de sua composição. Os principais tipos oferecidos no mercado da construção civil são: cimento portland comum; cimento portland composto; cimento portland de alto-forno; cimento portland pozolânico. Em menor escala são consumidos, seja pela menor oferta, seja pelas características especiais de aplicação os seguintes tipos de cimento: cimento portland de alta resistência inicial; cimento portland resistente aos sulfatos; cimento portland branco; cimento portland de baixo calor de hidratação; cimento para poços petrolíferos PRINCIPAIS TIPOS DE CIMENTO PORTLAND – FONTE: ABCP TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Clínquer É o cimento em sua forma básica, sem adição de gesso e não pulverizado. Produto obtido por meio artificial, à alta temperatura, a partir de materiais calcários e argilosos, convenientemente dosados. Processo de fabricação do cimento - Portland Retarda o processo de endurecimento é adicionado em quantidades geralmente inferiores a 3% da massa de clínquer. É uma adição obrigatória, presente desde os primeiros tipos de cimento portland. O gesso (CaSO4 • 2 H2O) TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME COMPOSIÇÕES DO CIMENTO PORTLAND TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME <número> COMPOSIÇÕES DO CIMENTO PORTLAND TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Composições dos cimentos Comuns e Compostos – FONTE: PINI TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Composições dos cimentos Comuns e Compostos – FONTE: PINI TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Composições dos cimentos Comuns e Compostos – FONTE: PINI TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Composições dos cimentos Comuns e Compostos – FONTE: PINI TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Composições do Cimento Portland ARI – FONTE: ABCP Possui a peculiaridade de atingir altas resistências nos primeiros dias de aplicação. Para isso utiliza-se de dosagem diferente de calcário e argila na produção do clinquer, bem como pela moagem mais fina do cimento, de modo que, ao reagir com a água, ele adquire elevadas resistências, com maior velocidade. TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME BAIXO CALOR DE HIDR. APLICAÇÃO (NBR 13116) São designados por siglas e classes. Exemplos: CP III-32 (BC) CP IV-25 (BC) Este tipo de cimento tem a propriedade de retardar o desprendimento de calor em grandes peças com grande massa de concreto, evitando o aparecimento de fissuras de origem térmica. OBSERVAÇÃO: Todos os cimentos podem ser RS ou BC, desde que sejam comprovadas as suas propriedades por meio de ensaios. Composições dos cimentos Comuns e Compostos – FONTE: PINI TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Cimentos Portland de Baixo Calor de Hidratação – FONTE: ABCP O cimento ao hidratar-se provoca um aumento da temperatura no interior de grandes estruturas de concreto; Este calor desenvolvido durante a hidratação do cimento pode levar ao aparecimento de fissuras de origem térmica, que podem ser evitadas se forem usados cimentos com taxas lentas de evolução de calor, os chamados cimentos portland de baixo calor de hidratação. Os cimentos portland de baixo calor de hidratação, de acordo com a NBR 13116, são aqueles que geram até 260 J/g e até 300 J/g aos 3 dias e 7 dias de hidratação, respectivamente, e podem ser qualquer um dos tipos básicos. O ensaio é executado de acordo com a norma NBR 12006 -determinação do Calor de Hidratação pelo Método da Garrafa de Langavant. TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Composições dos cimentos Comuns e Compostos – FONTE: PINI TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Cimento Portland Branco– FONTE: ABCP O cimento portland branco se diferencia dos demais pela coloração. A cor branca é conseguida a partir de matérias-primas com baixos teores de óxidos de ferro e manganês e por condições especiais durante a fabricação, especialmente com relação ao resfriamento e à moagem do produto. É regulamentado pela norma NBR 12989, sendo classificado em dois subtipos: cimento portland branco estrutural e cimento portland branco não estrutural, cujas composições são mostradas no Quadro a seguir. O produto é usado freqüentemente com finalidade arquitetônica comum, possuindo alto grau de resistência, similar a dos outros tipos de cimento. TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Este tipo de cimento portland possui aplicação bastante específica, qual seja a cimentação de poços petrolíferos. O cimento para poços petrolíferos (CPP) é regulamentado pela NBR 9831 e na sua composição não se observam outros componentes além do clínquer e do gesso para retardar o tempo de pega. No processo de fabricação do CPP são tomadas precauções para garantir que o produto conserve as propriedades reológicas (plasticidade) necessárias nas condições de pressão e temperatura elevadas presentes a grandes profundidades, durante a aplicação nos poços petrolíferos. Cimento para Poços Petrolíferos– FONTE: ABCP TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Identifique os CIMENTOS TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME As escórias granuladas de alto-forno e os materiais pozolânicos no processo de industrialização dos chamados cimentos PORTLAND DE ALTO FORNO e POZOLÂNICOS, diminuem, em muito, o consumo de energia. Isto foi uma das grandes motivações para o uso destes materiais. CIMENNTO – Informaçções importantes – FONTE: ABCP As escórias apresentam boas propriedades hidráulica, endurecem quando misturadas com água. A pozolana quando reage com o hidróxido de cálcio na presença da água, da origem a compostos com propriedades aglomerantes. TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME OFiller são rochas calcárias finamente moídas que, quando adicionado ao processo diminui a porcentagem de vazios , porque os grãos ou partículas desses materiais têm dimensões adequadas para se alojar entre os grãos ou partículas dos demais componentes do cimento, assim como para melhorar a trabalhabilidade, o acabamento e até elevar a resistência inicial do cimento. (MARTINS et al., 2008) Composições dos Alto Fornos, Pozolânico e Filler – FONTE: ABCP TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME CIMENTOS COMPONENTES DOS CONCRETOS TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Fonte: ITAMBÉ INFLUÊNCIA DOS TIPOS DE CIMENTO NAS ARGAMASSAS E CONCRETOS TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME DESEMPENHO DOS CIMENTOS Fonte: ITAMBÉ TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME O método compreende a determinação da resistência à compressão de corpos-de-prova cilíndricos de 50 mm de diâmetro e 100 mm de altura. Os corpos-de-prova são elaborados com argamassa composta de uma parte de cimento, três de areia normalizada, em massa, e com relação água / cimento de 0,48. CIMENTO PORTLAND – DETERMINAÇÃO DA RESISTÊNCIA À COMPRESSÃO – NBR 7215 MÉTODO DE ENSAIO – CIMENTO PORTLAND TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME TEMPO DE CURA DO CONCRETO Tempo Mínimo de Cura do Concreto conforme a relação a/c CIMENTO FATOR a/c 0,35 0,55 0,65 0,70 CP I e CP II-32 2 dias 3 dias 7 dias 10 dias CP IV-32 CP III-32 2 dias 2 dias 3 dias 5 dias 7 dias 7 dias 10 dias 10 dias CP I e CP II-40 2 dias 3 dias 5 dias 5 dias CP V-ARI 2 dias 3 dias 5 dias 5 dias Fonte: Bardella Apud CAMARINI, 1995 Cura úmida: deve-se manter a superfície do concreto úmida por meio de aplicação de água na sua superfície ou manter o concreto coberto com água ou totalmente imerso em água para evitar que ocorra evaporação da mesma. TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME APLICAÇÕES DO CIMENTO Fonte: ITAMBÉ TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME APLICAÇÕES DO CIMENTO Fonte: ITAMBÉ TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME APLICAÇÕES DO CIMENTO Fonte: ITAMBÉ TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Outras informações sobre o cimento Curiosidade De onde vem o sobrenome do cimento? O cimento foi inventado na Inglaterra, em 1824, e era parecido com as pedras que existiam na ilha de Portland, que fica naquele país, daí o nome com que foi patenteado. Note bem! O cimento “gosta muito” de água. Qualquer contato com a água ou mesmo a umidade do ar, pode iniciar a reação de hidratação, empedrando o cimento no saco. Se isso acontecer o cimento não pode mais ser usado. TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME ARMAZENAGEM CIMENTO PORTLAND NBR 12655.2006 - “Os sacos devem ser empilhados em altura de no máximo 15 unidades, quando ficarem retidos por período inferior a 15 dias, ou em altura de no máximo 10 unidades, quando permanecerem por período mais longo.” TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME ARMAZENAGEM CIMENTO PORTLAND TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Apresentações – Várias formas de apresentação TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME MAIOR CONSUMO DE CIMENTO Maior impermeabilidade ; Maior plasticidade; Maior resistência e durabilidade (se aplicar cura); Maior coesão; Maior calor de hidratação; Maior variação volumétrica (Retração); Menor segregação; Menor exsudação; Menor porosidade capilar. MENOR CONSDUMO DE CIMENTO Mais falha na estrutura, (nichos); Maior porosidade capilar; Maior segregação; Menor plasticidade; Menor aderência, resistência e durabilidade; Menor calor de hidratação; Menor variação volumétrica (Retração); Menor argamassa. INFLUENCIA DO CIMENTO NO CONCRETO TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Aplicações dos diferentes tipos de cimento portland TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME <número> NOTA: (*) Dada a pouca experiência que se tem no Brasil sobre uso do CP III e do CP IV na argamassa armada deve-se consultar um especialista antes de especificá-los para esse uso. TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME <número> Classificação: Quanto à origem: são denominados naturais aqueles que são extraídos da natureza na forma de fragmentos como areia e pedregulho. Algumas informações fundamentais - AGREGADOS Agregados: São materiais rochosos na forma granular. Devem possuir dimensões e propriedades adequadas para o seu uso em construção civil. A areia e pedra são os chamados “agregados do concreto”. TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Classificação: Os artificiais são os materiais que passam por processos de fragmentação, como pedra e areia britada. Classificação: Quanto à densidade: tem-se os agregados leves (pedra pomes, vermiculita, argila expandida, etc.), agregados pesados (barita, magnetita, limonita, etc.) e agregados normais (areia, pedregulhos e pedra britada). Algumas informações fundamentais - AGREGADOS TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Agregados graúdos Brita 0 4,8 a 9,5 mm Brita 1 9,5 a 19 mm Brita 2 19 a 25 mm Brita 3 25 a 50 mm Brita 4 50 a 76 mm Brita 5 76 a 100mm Classificação: Quanto ao tamanho dos fragmentos: Agregado graúdo (diâmetro mínimo superior a 4,8 mm) e agregados miúdo (diâmetro máximo igual ou inferior a 4,8 mm). Algumas informações fundamentais - AGREGADOS TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME areia natural – agregado miúdo seixo rolado – agregado graúdo Agregados miúdos naturais Algumas informações fundamentais - AGREGADOS TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Brita 0 - Pedrisco Brita 1 Brita 2 Algumas informações fundamentais - AGREGADOS TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Brita 2 Brita 3 Agregados graúdos artificiais (Fonte: www.mbv-mineracao.com.br/ Brita%203.htm). Algumas informações fundamentais - AGREGADOS TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Recordando – Pasta, Argamassa e Concreto Simples A pasta resulta das reações químicas do cimento com a água. Quando há água em excesso, denomina-se nata. PASTA CIMENTO + ÁGUA PASTA A argamassa provém da mistura de cimento, água e agregado miúdo, ou seja, pasta com agregado miúdo. ARGAMASSA CIMENTO + ÁGUA + AREIA ARGAMASSA O concreto simples é formado por cimento, água, agregado miúdo e agregado graúdo, ou seja, argamassa e agregado graúdo. CONCRETO SIMPLES CONCRETO SIMPLES CIMENTO + ÁGUA + AREIA + PEDRA TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME Importância Econômica dos agregados no Concreto ARGAMASSA Custo menor que o cimento; Ocupam de 60 a 80% do metro cúbico do concreto. TÉCNICAS DAS CONSTUÇÕES II Prof. JARBAS JÁCOME
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