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EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 1/15 Entropia transformações termodinâmicas A palavra calor vem de caleo que significa estar quente. Instala-se já na origem da Termologia uma permanente confusão entre as propriedades intensiva (temperatura T) e extensiva (entropia S a ser proposta por Clausius bem depois). Galileu inventa o termoscópio e em 1709 Fahrenheit o termômetro a álcool. Lavoisier propõe a conservação da massa das espécies químicas e a existência do calórico (algo como TS, também conservativo). Conde Rumford, fabricando canhões, demonstra que o calórico pode ser produzido a partir de trabalho. A ideia de calórico cai portanto, injustamente, por terra. Mayer e Joule estabelecem o 1º Princípio: W'dQ'ddU EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 2/15 Carnot estabelece o 2º Princípio: T Q'd dS reversível e Clausius intui o ciclo entrópico. Prigogine separa o acúmulo de entropia dS como sendo a troca d’ST mais a produção d’SP que é a irreversibilidade. A produção de entropia é sempre positiva. Em casos limites, denominados reversíveis ela é aproximadamente nula. Mas o que é uma transformação irreversível? Por que ela produz entropia? Exemplo1: Descarga de uma pilha muito rapidamente ou muito lentamente. Tanto faz devagar ou rápido: após descarregar a pilha o processo não pode retornar. Exemplo 2: Uma compressão abrupta sobre um gás ou líquido. O sistema se afasta enormemente do equilíbrio e o processo pode retornar muito pouco. EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 3/15 Exemplo 3: Propagação de uma onda sonora no ar: mesmo se o sistema se afastar muito pouco do equilíbrio, o processo pode retornar apenas parcialmente. Isto é, o eco reverbera muito pouco. Após algumas reflexões a onda sonora se dissipa. Enfim um sermão da montanha nunca será retificado. Eventualmente se o estímulo ultrapassar a velocidade do som uma onda de choque se estabelece: Exemplo 4: liberar um peso sobre um êmbolo: o sistema sai do equilíbrio e o processo reverte apenas parcialmente. EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 4/15 Reversibilidade. Uma transformação real nunca é reversível (100,000%), mas pode se aproximar bastante. Em geral o sistema afasta- se de um estado de equilíbrio o que já é suficiente para torna-la irreversível. Definição: Transformação reversível: 1) passa sempre por estados de equilíbrio 2) pode sempre ser revertida. 3) não contraria nenhuma lei física. Corolário: Uma transformação completamente reversível sequer pode deixar registro de sua ocorrência. Isto é: se for possível determinar se ela ocorreu (ou quantas vezes) ela não é totalmente reversível. Caravaggio apresenta o momento em que Cristo permite a São Tomé verificar a evidência da ressurreição que, portanto não pôde ter sido perfeitamente reversível. Exemplo 5: Comparação de duas transformações entre dois reservatórios térmicos: um a TH = 600K (Hot ou High) e outro a TC = 300 K (Cold). A transformação da esquerda é um corpo condutor que conecta os dois reservatórios. Calor flui livremente do reservatório a TH para o a TC, pelo corpo, a uma taxa de 9000W. Este é denominado um fenômeno de relaxação. O corpo tem interação térmica apenas entre os reservatórios; nas suas laterais ele é adiabático. Considerando o corpo como volume de controle as equações de conservação de energia e entropia são: EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 5/15 0 K W 151530SS K300 W9000 K600 W9000 0S T Q T Q SS dt dS 0WWW9000W90000WQQWQ dt dU PPP C C H H PT ioestacionár estado CH ioestacionár estado Portanto esta transformação é irreversível. { sistema fora do equilíbrio, não revertível} Na transformação da direita os mesmos 9000W fluem por um dispositivo que resiste essa passagem de forma que a entropia não possa ser produzida. As conservações agora ficam: W4500WWW4500W90000WQQWQ dt dU W4500Q K300 Q K600 W9000 00 T Q T Q SS dt dS CH ioestacionár estado C C C C H H 0 PT ioestacionár estado De forma a não produzir entropia o dispositivo deve realizar trabalho já que é também adiabático pelas paredes laterais. O dispositivo é portanto uma máquina e, como apresentado na figura, tem eficiência de 50%. Esta máquina reversível é denominada de máquina de Carnot em homenagem ao seu idealizador. O seu funcionamento baseia-se no aquecimento e resfriamento de um fluido de formas adiabática e isobárica alternadamente. Qualquer fluido pode ser utilizado, mas para melhor entendimento consideraremos que seja um gás perfeito. Já vimos que a energia interna de um gás perfeito é dada por u = cV T. A entropia S não é tão intuitiva quanto a energia interna U. Não obstante a sua função de estado S=S(p. T) pode ser prontamente deduzida dos princípios. Particularmente para o gás perfeito (Z=pv/RT=1; cp=cV+R=cte). A seguir, a título de exercício, deduziremos novamente a entropia de um gás perfeito utilizando apenas os 1º e 2º princípios os quais toda transformação deve obedecer. Seja um sistema fechado numa condição de referência po e To na qual a sua entropia so=s(po, To) é conhecida. Como s=S/N é função de estado suas variações valem para qualquer transformação. Escolhendo uma transformação reversível. A energia interna do gás perfeito é u=U/N=cV T. oo VoVV V PT2 0 P Q'dW'dQ'd T PT1 eequivalentreversívelreal v v lnR T T lncssvlndRTlndc v dv R T dT cds dTc v dv RdsTdv v RT )s'dds(Tpdvs'TdW'dQ'dW'dQ'ddu Esta é a mesma equação obtida pela mecânica estatística: EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 6/15 oo po p p lnR T T lncss Exemplo 6: A máquina de Carnot EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 7/15 EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia8/5/17 pg. 8/15 Exemplo 7: Sejam duas substâncias imiscíveis: {A} com temperatura de ebulição TebA= 1200,00 K e calor latente A[kJ/kg]= 100 e {B} com TebB=200,00 K e B[kJ/kg]= 150. Num recipiente isobárico adiabático estão inicialmente presentes 6kg de A sólido saturado a 1200,01 K em contato com 4kg de B líquido saturado a 199,99 K. Quanta entropia é produzida até que A se solidifique totalmente e simultaneamente B se liquefaça totalmente? Solução: Fluem exatamente 600 J enquanto A se solidifica a ~1200K e B se liquefaz a ~200K. A variação de entropia na mudança de fase isobárica é simplesmente a variação de entalpia dividida pela temperatura da mudança de fase. 0 K J 5,2S K J 5,20,35,0 200 1504 1200 1006 T m T m SSSSSSSSSSSSS J6001006mQ1504mQ0HWQU:totalrecipienteno P ebB BB ebA AA BBFAAFBABFAFFP 0 T AAABBB Vp0 o O que evidencia que a transformação é irreversível. Nasceu entropiada diferença finita de temperatura! Mudança de fase: EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 9/15 Exemplo 8: Sejam dois corpos {D} e {E} com coeficientes de Joule isotérmico nulos (T=0): {D} com calor específico cpD[kJ/(kg.K)]= 2,0 e {E} com cpE[kJ/(kg.K)]= 1,0. Num recipiente isobárico adiabático estão inicialmente presentes 6kg de D a 1200 K em contato com 4kg de E a 200 K. Quanta entropia é produzida até o estado final? Solução: Como então: H=m.cpT e S=m.cpln(T/To). Fluindo quantidades de 300 J de D para E observa-se que HD+HE=cte e que SD+SE atinge um máximo quando TD=TE = 950 K que é o equilíbrio termodinâmico. A entropia produzida é então: SP = 20,29 – 16,52 = 3,77 kJ/K >0. Como o recipiente é adiabático a entalpia permanece constante e a entropia trocada é nula. Assim a entropia total pode apenas aumentar até atingir o equilíbrio. Depois disso não avança mais. EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 10/15 O equilíbrio químico O problema da aula 3: agora com”dissociação”. O potencial Químico de um gás perfeito Para um gas perfeito: pv = RT ; cV = 1,5 R e u = cV T oo po p p lnR T T lncss Mas para qualquer sistema: ...NpVTSU n 1i ii Considerando ji===0 TNcpvTsNNpVTSU Viii Então: i o i io i o io i o i }T{ o po o i o po o i o poVVi Vi plnTR)T( atm1 p lnTR)T( p p lnTR)T( p p lnTR T T lncscpT p p lnR T T lncscpT p p lnR T T lncsTRTTcTspvTc TcpvTs o i Atividade Química De forma a generalizar o cálculo do potencial químico de um gás perfeito para qualquer substância Lewis propõe: Onde a atividade é: T p p iio i i i i o pdv RT 1 exp f f a EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 11/15 n 1i p p Ti T T o pi o fi p p Ti T T o pi o fii n 1i o i o ii n 1i o ii n 1i o ii o oooo T dp T dT csTdpdTch TsTThTgTTG .onde :Ti é o coeficiente de Joule isotérmico (para gases ideais é nulo) e a entropia de formação é tabelada: A entropia de formação aumenta com a complexidade da molécula. EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 12/15 à pressão po constante (dp = 0) e sendo 3 i 2 iii o pi TdTcTbac : n 1i 3 o 3i2 o 2i oi o i o fi 4 o 4i3 o 3i2 o 2i oi o fi io o TT 3 d TT 2 c TTb T T lnasT TT 4 d TT 3 c TT 2 b TTah )T;p(G E a constante de equilíbrio: RT )T;p(G expT o o a é calculada para cada reação química em função da temperatura. Normalmente várias reações são apresentadas num só diagrama: No equilíbrio: n 1i ia iaT Se gases ideais: o i o ii i o i i pp atm1 p y p p a Então: n 1i o iio n 1i i i n 1i i n 1i i n 1i i ii iiii pppypa Condição de equilíbrio químico: n 1i o iio a i pT EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 13/15 2 3 2 111000 5,011 5,03 4400010 5,03 0 5,03 5,01 5,03 1 16 1 N N p)K1800( 3N;5,0;0N0CO1O5,0CO1 5,0 5,0 6,3 15,015,0n 1i o i o i a o 1N 2 0N 2 1N 2 1N i o 2N o 2CO o 2O o CO Uma equação com uma incógnita (0<<1): resolução numérica em planilha eletrônica: 204,128962,48695,515011,0405,799978,0507,490022,04,282 dTcc5011,0c9978,0c0022,05,1105,3939978,00 dTcNK298hdTcN]gmole/kJ[Q 1800 298 o pN o pO o pCO o pCO 283 0 produtos 1800 298 o pieq 0 req 0 reagentes 298 27325 o piCO 222 0,0 1000 0,0 0,90 74 1,44 0,990 7,1 1,567 0,9970 2,12 1,5769 0,99770 1,628 1,578 0,997770 1,5786 1,5780 0,9977700 1,5786 1,5780 0,1 877 0,2 0,91 66 1,45 0,991 6,4 1,568 0,9971 2,05 1,5770 0,99771 1,621 1,578 0,997771 1,5779 1,5780 0,9977701 1,5785 1,5780 0,2 759 0,3 0,92 59 1,47 0,992 5,7 1,570 0,9972 1,98 1,5772 0,99772 1,614 1,578 0,9977721,5772 1,5780 0,9977702 1,5785 1,5780 0,3 645 0,5 0,93 51 1,48 0,993 5,0 1,571 0,9973 1,91 1,5773 0,99773 1,607 1,578 0,997773 1,5765 1,5780 0,9977703 1,5784 1,5780 0,4 537 0,7 0,94 44 1,50 0,994 4,3 1,573 0,9974 1,84 1,5774 0,99774 1,600 1,578 0,997774 1,5758 1,5780 0,9977704 1,5783 1,5780 0,5 433 0,8 0,95 36 1,51 0,995 3,5 1,574 0,9975 1,77 1,5776 0,99775 1,593 1,578 0,997775 1,5751 1,5780 0,9977705 1,5783 1,5780 0,6 335 1,0 0,96 29 1,52 0,996 2,8 1,575 0,9976 1,70 1,5777 0,99776 1,586 1,578 0,997776 1,5744 1,5780 0,9977706 1,5782 1,5780 0,7 242 1,1 0,97 22 1,54 0,997 2,1 1,577 0,9977 1,63 1,5779 0,99777 1,579 1,578 0,997777 1,5736 1,5780 0,9977707 1,5781 1,5780 0,8 155 1,3 0,98 14 1,55 0,998 1,4 1,578 0,9978 1,56 1,5780 0,99778 1,572 1,578 0,997778 1,5729 1,5780 0,9977708 1,5780 1,5780 0,9 74 1,4 0,99 7 1,57 0,999 0,7 1,580 0,9979 1,49 1,5781 0,99779 1,564 1,578 0,997779 1,5722 1,5780 0,9977709 1,5780 1,5780 1,0 0 1,6 1,00 0 1,58 1,000 0,0 1,581 0,9980 1,42 1,5783 0,99780 1,557 1,578 0,997780 1,5715 1,5780 0,9977710 1,5779 1,5780 0,99777085 EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 14/15 NOME: NUSP: ESCOLA POLITECNICA DA UNIVERSIDADE DE SÃO PAULO a b c PQI-3101-FTQ nota: TAREFA: distribuida: entregar: entregue: max(a,b,c)+3= A = a+b+c-A-C+6= B = min(a,b,c)+1= C = com ar em excesso de 20B%= e temperatura inicial do comburente de TE[ o C]=50+70C= Resposta: TA[ o C]= 4 T4 T5 5 A grafite (s) metanol (g) hidrogênio (g) Calcule a temperatura adiabática de chama de conversão completa isobárica TA[ o C] do combustível A inicialmente a 25 o C 2017 8 ferro (s) 9 1 2 3 4 glucose (s) 10 propano (g) acetileno (g) benzeno (l) A 6 enxofre (s) 7 n butano (g) EPUSPQI3101_FTQ-a4 aantunha Notas de estudo entropia 8/5/17 pg. 15/15 Haber & síntese do NH3
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