Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
C i n e s i o l o g i a d a C o l u n a V e r t e b r a l J o y c e M e e h u y s e n C o n s i d e r a ç õ e s I n i c i a i s • F u n ç õ e s d a c o l u n a v e r t e b r a l • 3 3 s e g m e n t o s v e r t e b r a i s 7 c e r v i c a i s 1 2 t o r á c i c a s 5 l o m b a r 5 s a c r a i s 4 c o c c í g e a s Considerações Iniciais • Curvaturas Normais (Cifóticas/Primárias X Lordóticas/Secundárias) Ligamentos da Coluna Vertebral • Função: – Limitar extremos de movimentos – Fornecer suporte a coluna lombar Ligamento Nucal • Espansão do ligamento supraespinhoso • Reforçado com fibras elásticas Ligamento Flavum (Amarelo) • Inserção: entre a superfície anterior de uma lâmina à superfície posterior da lâmina abaixo. • Função: limita flexão em toda a coluna. • “Amarelo”: alto teor de elastina. • Permite 35% de deformação em relação ao seu comprimento original. Ligamentos Supra-espinhoso e Interespinhoso • Inserção: entre os procesos espinhosos de C7 ao sacro • Função: Limita flexão • Na região cervical o lig. Nucal é a extensão do lig. supra-espinhoso. Ligamento Longitudinal Anterior • Inserção: superfície anterior de todos os corpos vertebrais, da base do osso ocipital ao sacro. • Função: limita extensão ou excessiva lordose cervical e lombar. Ligamento Longitudinal Posterior • Inserção: superfície posterior de todos os corpos vertebrais, de C2 ao sacro. • Função: Limita flexão e reforça a porção posterior do disco intervertebral. Ligamento Intertransverso • Inserção: entre os processos transversos adjacentes • Função: limita a flexão lateral contralateral • Mais espessos na região lombar Cápsula Articular • Inserção: Envolve cada articulação apofisária. • Função: fornece suporte e proteção. • Na região cervical: é frouxo para permitir mobilidade. • Na região lombar: é reforçada pelo multífido e pelo lig. falvum Articulações Apofisárias • Função: Guiar o movimento intervertebral • A orientação espacial e conformação das articulações determinam a direção do movimento intervertebral. facetas horizontais rotação facetas verticais plano frontal flexão lateral plano sagital flexão/extensão Orientação das Facetas Vértebras Cervicais • 7 vértebras pequenas com grande mobilidade. • Forâmen transverso para a artéria vertebral. • Vértebras típicas: C3 – C6 • Vértebras atípicas: C1, C2 e C7. Vértebras Cervicais Típicas (C3- C6) • Canal Medular: largo e triangular • Processo espinhoso: espinha bífida. • Processo transverso: termina como tubérculos anterior e posterior. • Facetas: orientadas entre a vertical e a horizontal. Vértebras Cervicais Típicas (C3- C6) • Corpo vertebral: formato retangular com presença do processo unciforme. (articulação de “Luschka”) Vértebras Cervicais Atípicas Atlas (C1) • Corpo vertebral: sem corpo. • Canal Medular: triangular e o mais largo da região cervical. • Processo espinhoso: substituído por um tubérculo posterior • Processo transverso: o maior da região cervical • Facetas: superior – orientada na vertical (plano sagital>frontal); inferior – orientada na horizontal. Vértebras Cervicais Atípicas Axis (C2) • Corpo vertebral: mais espesso com um dente projetado verticalmente (processo odontóide). • Canal Medular: largo e triangular • Processo espinhoso: bífido, o maior da região cervical. • Processo transverso: pequenos formando tubérculos anterior e inferior. • Facetas: superior – orientada na horizontal. inferior – orientadas entre a vertical e a horizontal. Vértebras Cervicais Atípicas C7 • Corpo vertebral: similar a vértebras típicas. • Canal Medular: triangular • Processo espinhoso: grande e proeminente, facilmente palpável. • Processo transverso: Grosso e proeminente, em alguns casos apresenta tubérculo anterior (“costela extra”). • Facetas: superior – similar as vértebras típicas; inferior – Transição para as vértebras torácicas. Ligamento Cruciforme e Alar • Alar: – Extremamente resistente – Auxilia na limitação do deslise posterior do dente do axis – Limita a rotação e flexão lateral • Cruciforme: – Forma de cruz – Auxilia na limitação do deslize posterior Ligamentos Apical do Dente do Axis e Transverso • Transverso: – Limita o deslize posterior do dente do áxis – Membrana Tectória (Continuação da LLP) • Apical do Dente: – Auxilia a manter o posicionamento ideal do dente do axis Artéria Vertebral • 5ª e 6ª semana intra-uterina • Porção proximal (Superfície posterior da a. subclávia) – Entrada no forame transverso de C6, C5 ou C4 • Porção transversa (ponto de entrada a C2) • Porção proximal e transversa mais elásticas e menos musculares Artéria Vertebral • Porção suboccipital (saída do axis a penetração no canal espinhal) – Dentro do forame de C2 passa pelas curvas inferior (quase vertical) e superior (mais horizontal e lateralmente orientada) – Entre C1 e C2 (Coberta pelos mm. Levantador da escápula e obliquo inferior da cabeça) – Forame de C1 (Inclina-se posteriormente e medialmente) – Entre arco posterior do atlas e forame magno (presa por um ligamento restringente e coberta pelos mm. Trapézio, semi- espinhal e reto da cabeça) Artéria Vertebral • Porção Intracraniana – Porção da a. vertebral parte da inserção da dura- mater, no espaço aracnóide no nível do forame magno até a formação da artéria basilar Artrocinemática da Região Cervical Plano Sagital • Extensão cervical Artrocinemática da Região Cervical Plano Sagital • Flexão cervical Artrocinemática da Região Cervical Plano Sagital • Protração e Retração Artrocinemática da Região Cervical Plano Transverso • Rotação Artrocinemática da Região Cervical Plano Frontal • Flexão Lateral Esternocleidomastóideo • Origem: – Esterno e clavícula • Inserção: – Processo mastóideo • Ação: – Flexão coluna cervical (bilateral), flexão lateral e rotação para o lado oposto (unilateral) • Nervo: – Acessório (XI par), 2º e 3º nervos cervicais – C2, C3 Escalenos • Origem: – Processos transversos das vértebras cervicais • Inserção: – 1ª e 2ª costelas • Ação: – Flexão cervical (bilateral) e flexão lateral cervical (unilateral) • Nervo: – Cervical inferior – C4, C5, C6 Levantador da Escápula • Origem: tubérculo posterior do processo transverso das 4 primeiras vértebras cervicais • Inserção: Margem medial da escápula (da espinha ao ângulo superior) • Inervação: n dorsal da escápula (C5) e (C3 eC4) Rombóide Maior e Menor • Origem: Processo espinhoso de C7 a T5 • Inserção: Borda medial da escápula • Invervação: n dorsal da escápula (C4 e C5) Trapézio (Parte Descendente) • Origem: Osso occipital, ligamento nucal Linha nucal, protuberância ocipital externa, lig.da nuca • Inserção: Terço Lateral da clavícula e acrômio • Inervação: n. Acessório (XI nervo craniano, C3 e C4) Trapézio (Parte Transversa) • Origem: Processo espinhoso de C7 a T3 • Inserção: Espinha da escápula • Inervação: n. Acessório (XI nervo craniano, C3 e C4) Trapézio (Parte Ascendente) • Origem:Processos espinhosos T2 a T12 • Inserção: Base da espinha da escápula • Inervação: n. Acessório (XI nervo craniano, C3 e C4) Longo da Cabeça • Origem: – Processo transverso das vértebras C3-C6 • Inserção: – Parte basilar do occipital • Inervação: Ramos dos nervos espinhais cervicais Longo do Pescoço • Origem: – Processo transverso das vértebras cervicais superiores e corpo das vértebras torácicas superiores e cervicais inferiores • Inserção: – Corpo e processos transversos das vértebras cervicais e arco posterior do atlas • Inervação: Ramos dos nervos espinhais cervicais Vértebras Torácicas • 12 vértebras torácicas, região menos flexível e mais estável que a região cervical. • Presença de articulações costovertebrais e costotrasnversais. • Vértebras típicas: T2-T10. • Vértebras atípicas: T1, T11 e T12. Coluna Torácica • Apresenta menor mobilidade – Pequena relação altura do disco X altura do corpo vertebral (1:5) – Presença das costelas – Tamanho e posicionamento dos processos espinhosos – Disco intervertebral mais importante para estabilidade – Resseção da art. Costovertebral e costotransversa associado a discectomia aumentam a amplitude de movimento em 80% Vértebras Torácicas Típicas (T2-T9) • Corpo vertebral: formato circular , com a presença de facetas costais (2° a 9° costelas). • Canal Medular: redondo e menor do que as vértebras da região cervical. • Processo espinhoso: longo e pontudo, inclinado inferiormente. • Processo transverso: projetados na horizontal e posterior com a presença de facetas costais. • Facetas: orientadas na vertical (plano frontal). Vértebras Torácicas Atípicas (T1,T10-T12) • Corpo vertebral: formato circular. T1 – faceta costal completa para 1° costela e incompleta para 2 °costela.T10-12 – cada uma possui faceta costal completa. • Canal Medular: redondo e menor do que as vértebras da região cervical. • Processo espinhoso: longo e pontudo, inclinado inferiormente. • Facetas: orientadas na vertical (plano frontal). • Processo transverso:T10-12 nem sempre apresenta faceta costal. Articulações da Coluna Torácica Ligamento Radiado e Costotransverso • Costotransverso: – Costela ao processo transverso • Radiado: – Costela ao corpo vertevral • Conferem estabilidade as costelas Artrocinemática da Região Torácica Plano Sagital • Total: 50-70º • Flexão: 30-40º Costelas Movimentos – Flexão Artrocinemática da Região Torácica Plano Sagital • Extensão: 20-25º Movimentos – Extensão • 20 a 45o de ADM disponível – Maior na região inferior • Limitada pela: – Rigidez anterior do DIV – Ligamento longitudinal anterior – Contato ósseo dos processos espinhosos – Contato ósseo faceta inferior com lâmina do segmento abaixo Movimentos do Gradil Costal Movimentos do Esterno • Flexão – Inclinação anterior • Extensão – Inclinação posterior • Flexão lateral – Inclina-se para lado homolateral • Durante a inspiração – Manubrio inclina-se posteriormente – Porção inferior inclina-se anteriormente • Durante a expiração – Inverso da Inspiração Artrocinemática da Região Torácica Plano Transverso • Rotação: 30º Artrocinemática da Região Torácica Plano Frontal • Flexão Lateral: 25º Movimentos – Inclinação lateral Movimentos – Inclinação lateral • Inclinação associada a rotação homolateral • Aproximação das costelas homolateral e afastamento das costelas do lado contralateral • 25 a 45o média de 3o para cada segmento Vértebras Lombares L1-l5 • 5 vértebras lombares. • Corpos vertebrais maiores (o peso L1-5 é aproximadamente 2x o peso de C1-7) • Presença de processos mamilares nas facetas superiores. Vértebras Lombares L1-L5 • Corpo vertebral: formato retangular. L5 mais elevada anterior do que posterior • Canal Medular: triangular, protegendo a cauda eqüina • Processo espinhoso: robusto e retangular, projetado na horizontal • Facetas: orientadas na vertical (plano sagital) • Processo transverso: fino e projetado lateralmente Artrocinemática da Região Lombar Plano Sagital • Total: 65º • Flexão: 50º • Flexão limitada por: – Lig. longitudinal posterior – Lig. flavum – Lig. interespinhoso – Lig. Supraespinhoso – Lig. Ílio-lombar(L4-L5) – Cápsulas apofisárias – Músculos posteriores – Fascia toracolombar Artrocinemática da Região Lombar Plano Sagital • Extensão: 15º • Extensão limitada por: – contatos processos espinhoso – Disco Intervertebral – Lig. Longitudinal anterior – Músculos anteriores Artrocinemática da Região Lombar Plano Transverso • Rotação: 5º Artrocinemática da Região Lombar Plano Frontal • Flexão Lateral: 20º Reto abdominal • Origem: – Púbis • Inserção: – Cartilagens costais da 5ª a 7ª costelas • Ação: – Flexão coluna • Nervo: – 7º ao 12º nervos intercostais – T6-T12 Oblíquo externo • Origem: – 7 últimas costelas • Inserção: – Linha alba – Ligamento inguinal – Pubis • Ação: – Flexão – Rotação – Inclinação lateral • Nervo: – Últimos 7 intercostais – Ílio-hipogástrico Oblíquo interno • Origem: – Crista ilíaca – Ligamento inguinal • Inserção: – 3 últimas costelas – Linha alba • Ação: – Flexão – Rotação – Inclinação lateral • Inervação: – 3 últimos nn. intercostais – Ílio-hipogástrico – Ilioinguinal Latíssimo do Dorso • Origem: Processo espinhoso das 6 últimas vértebras torácicas, crista ilíaca, fáscia tóraco- lombar, 3 a 4 costelas inferiores • Inserção: Crista do tubérculo menor e sulco bicipital do úmero • Inervação: n. Toracodorsal (C5 e C6) Quadrado lombar • Origem: – Crista ilíaca • Inserção: – 12ª costela e processos transversos de L2 a L5 • Ação: – Flexão lateral do tronco • Nervo: – 12º nervo torácico e 1º nervo lombar – T12-L1 Iliopsoas • Origem: – Psoas Maior: Processos transversos, corpos e DIV das vértebras lombares – Ilíaco: Fossa Ilíaca • Inserção: – Trocânter Menor • Inervação: – Ramos do plexo lombar e do n. Femoral Diafragma • Origem: – Processo xifóide – Face interna das 6 cartilagens costais inferiores – Lig arqueado lateral e medial e vértebras lombares superiores • Inserção: – Centro tendíneo • Inervação: – Nn. Frênicos Multífidos • Origem: Sacro e todos os processos transversos • Inserção: Porção lateral dos processos espinhosos de L5 a C2 • Inervação: Ramos meníngeos e dorsais dos nn. espinhais Transverso Abdominal • Origem: – Fossa interna das seis últimas cartilagens costais, aponeurose tóraco-lombar, crista ilíaca e lig. Inguinal • Inserção: – Bainha do reto abdominal • Inervação: – 5 últimos intercostais – Ílio-hipogástrico – Ilioinguinal Ritmo Lombo-pélvico • Conceito: é a relação cinemática entre a coluna lombar e os quadris durante o movimento no plano sagital. • Ritmo normal na flexão do tronco: – Início com o balanço (“sway”) posterior da pelve. – Seguido do movimento concorrente predominando no início flexão lombar, terminando com a flexão do quadril. (Esola et al, 1996) – Maior movimento no quadril (70º) em relação a coluna lombar (40º) (Esola et al, 1996) ≅ Ritmonormal durante a extensão do tronco • Na fase inicial: contribuição maior do quadril. • Na fase final: contribuição maior da coluna.
Compartilhar