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Aulão TREs SP e PE DIREITO ADMINISTRATIVO Prof. Herbert Almeida Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo ATOS ADMINISTRATIVOS Ato administrativo - Conceito José dos Santos Carvalho Filho: “[...] a exteriorização da vontade de agentes da Administração Pública ou de seus delegatários, nessa condição, que, sob regime de direito público, vise à produção de efeitos jurídicos, com o fim de atender ao interesse público.” Hely Lopes Meirelles: “[...] é toda manifestação unilateral de vontade da Administração Pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria.” Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Maria Sylvia Zanella Di Pietro: “[...] pode-se definir ato administrativo como a declaração do Estado ou de quem o represente, que produz efeitos jurídicos imediatos, com observância da lei, sob regime jurídico de direito público e sujeita a controle pelo Poder Judiciário.” Ato administrativo - Conceito Ato administrativo Manifestação (declaração) unilateral de vontade Do Estado Ou de quem faça as vezes do Estado Regime de direito público Controle judicial Atos da Administração Atos de direito privado Atos materiais da Administração Atos de conhecimento, de opinião, de juízo de valor Atos políticos ou de governo Contratos e convênios administrativos Atos administrativos propriamente ditos Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Atos políticos ou de governo Atos normativos Fato administrativo FATO ADMINISTRATIVO ATIVIDADE MATERIAL (decorrência de um ato administrativo) Ex.: demolição de um prédio perigoso em consequência da ordem de serviço de demolição EVENTO DA NATUREZA que produza efeito jurídico Ex.: morte do servidor OMISSÃO ADMINISTRATIVA que produza efeito jurídico Ex.: administração não analisa um pedido que, se não analisado no prazo, configure aceitação tácita da Administração 1. (FCC – Técnico/CNMP/2015) Ato administrativo é: a) manifestação bilateral de poder da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir, declarar direitos e impor obrigações aos administrados. b) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que visa impor obrigações aos administrados ou a si própria ou alguma realização material em cumprimento a uma decisão de si própria. c) manifestação unilateral de vontade da Administração pública que, agindo nessa qualidade, tenha por fim imediato adquirir, resguardar, transferir, modificar, extinguir e declarar direitos, ou impor obrigações aos administrados ou a si própria. d) realização material da Administração em cumprimento de alguma decisão administrativa. e) sinônimo de fato administrativo. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Atributos dos atos administrativos Autoexecutoriedade Tipicidade* Imperatividade Presunção de legitimidade e de veracidade*P A T I 2. (Cespe – Agente de Polícia/PC PE/2016) O ato administrativo é uma espécie de ato jurídico de direito público, ou seja, suas características distinguem-no do ato jurídico de direito privado. Os atributos do ato administrativo — ato jurídico de direito público — incluem a a) legalidade, a publicidade e a imperatividade. b) presunção de legitimidade, a imperatividade e a autoexecutoriedade. c) imperatividade, o motivo, a finalidade e a autoexecutoriedade. d) eficiência, a presunção de legitimidade e a continuidade. e) proporcionalidade, a motivação e a moralidade. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Presunção de legitimidade e de veracidade Legitimidade: atos presumem-se lícitos Veracidade: fatos alegados presumem-se verdadeiros Consequência: atos produzem efeitos IMEDIATAMENTE, ainda que viciados Presente em TODOS os atos estatais Presunção relativa (juris tantum) – admite prova em contrário Inversão do ônus da prova IMPERATIVIDADE Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Imperatividade Atos administrativos se impõem a terceiros, independentemente de concordância Poder extroverso do Estado NÃO está presente em todos os atos administrativos Atos que impõem OBRIGAÇÕES e RESTRIÇÕES ESTÁ PRESENTE Atos enunciativos (certidões, atestados, pereceres, etc.) Atos negociais (autorização, permissão) Atos que conferem direitos NÃO ESTÁ PRESENTE 3. (FCC – Analista Ministerial/MPE PB/2015) Considere as seguintes situações hipotéticas envolvendo três Analistas do Ministério Público da Paraíba: I. João emite certidão a administrado; II. Júlio emite parecer em determinado processo administrativo; III. Clara fornece atestado a administrado. A propósito do atributo da imperatividade dos atos administrativos, a) nenhum dos atos é munido de tal atributo. b) apenas o ato de João é munido de tal atributo. c) apenas o ato de Júlio é munido de tal atributo. d) apenas o ato de Clara é munido de tal atributo. e) todos os atos são munidos de tal atributo. 4. (FCC – Técnico Judiciário/TRE PB/2015) A imperatividade que reveste os atos administrativos a) independe da presença dos elementos ou requisitos, visto que se trata de mera exteriorização da vontade da Administração pública, que sempre se impõe ao administrado independentemente de sua vontade. b) substitui a decisão judicial quanto à possibilidade de se fazer válido, dependendo apenas da concordância do destinatário. c) impõe aos destinatários dos mesmos sua obrigatoriedade, como atributo destinado a garantir o interesse público, que é a finalidade de toda a atuação da Administração pública. d) se vincula diretamente à eficácia, esta que enseja auto-executoriedade a todos os atos que predica. e) se relaciona com a eficácia, na medida em que é a exteriorização dos efeitos do ato, mas distingue-se da exequibilidade, que depende de intervenção judicial. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Autoexecutoriedade Prerrogativa para executar DIRETA e IMEDIATAMENTE determinados atos administrativos, sem precisar de ordem ou autorização judicial Uso da força / meios diretos de coação – EXECUTAR o ato! AUTOEXECUTORIEDADE Quando expressamente prevista em lei; Medidas urgentes, que possam causar prejuízos se ñ adotadas imediatamente. ESTÁ PRESENTE Atos contra o patrimônio financeiro do particular (ex.: multas; pagmt. do serv.) Demais atos NÃO ESTÁ PRESENTE Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Autoexecutoriedade AUTOEXECUTORIEDADE EXIGIBILIDADE: utilização de meios INdiretos de coação EXECUTORIEDADE: utilização de meios DIRETOS de coação Tipicidade O ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela LEI como aptas a produzir determinados resultados Decorrência do princípio da legalidade Atos administrativos não podem ser INOMINADOS Impede a prática de atos TOTALMENTE DISCRICIONÁRIOS Característica dos atos unilaterais / NÃO presente nos atos bilaterais (contratos) 5. (FCC – Técnico Judiciário/TRT 9ª Região/2015) O atributo do ato administrativo que permite que ele seja “posto em execução pela própria Administração pública, sem necessidade de intervenção do Poder Judiciário” (PIETRO, Maria Sylvia Zanella Di. Direito Administrativo. 28. ed., São Paulo: Atlas, p. 243), é a a) imperatividade, porque cria obrigações e se impõe independentemente da concordância do destinatário do ato ou de terceiros. b) autoexecutoriedade, que deve estar prevista em lei, como a autorização para apreensão de mercadorias e interdição de estabelecimentos.c) autoexecutoriedade, sempre que a discricionariedade administrativa entender mais útil ou pertinente agir desde logo, sem aguardar a conclusão das diligências em curso. d) imperatividade, que autoriza o emprego de meios próprios de execução dos próprios atos, indiretamente, como a imposição de multas, ou diretamente, com a demolição de construções. e) exigibilidade, que trata apenas de meios diretos de coercibilidade, inclusive materiais, como interdição de estabelecimentos, apreensão de mercadorias e demolição de construções. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Elementos de formação do ato administrativo Competência (sujeito) – poder atribuído ao agente para praticar o ato Finalidade – resultado pretendido / efeito mediato Forma – como o ato se exterioriza Motivo – pressupostos de fato e de direito Objeto – efeito jurídico imediato do ato (conteúdo) ComFiForMOb 6. (Cespe – Técnico Judiciário/TRT 8ª Região/2016) A respeito dos atos administrativos, assinale a opção correta. a) São elementos dos atos administrativos a competência, a finalidade, a forma, o motivo e o objeto. b) Apenas o Poder Executivo, no exercício de suas funções, pode praticar atos administrativos. c) Mesmo quando atua no âmbito do domínio econômico, a administração pública reveste- se da qualidade de poder público. d) Para a formação do ato administrativo simples, é necessária a manifestação de dois ou mais diferentes órgãos ou autoridades. e) Define-se ato nulo como ato em desconformidade com a lei ou com os princípios jurídicos, passível de convalidação. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Competência (sujeito) Poder legal atribuído em lei ao órgão ou agente Características: de exercício obrigatório; irrenunciável; intransferível (inderrogável); imprescritível; improrrogável; imodificável; passível de delegação e avocação Art. 11. A competência é irrenunciável e se exerce pelos órgãos administrativos a que foi atribuída como própria, salvo os casos de delegação e avocação legalmente admitidos. 7. (FCC – Técnico Judiciário/TRT 2ª Região/2008) Sendo um dos requisitos do ato administrativo, a competência é a) modificável por vontade do agente. b) transferível. c) irrenunciável. d) prescritível. e) de exercício não obrigatório. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Delegação Delegação: transferir parte das atribuições para terceiros (subordinados ou não) Publicação oficial; Deve especificar o seu conteúdo, podendo conter ressalvas; Revogável a qualquer tempo Consideram-se editadas pelo DELEGADO Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal, delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Delegação NÃO podem ser objeto de delegação (art. 13): a edição de atos de caráter normativo; a decisão de recursos administrativos; as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. Avocação AVOCAR: atrair para si a competência de um subordinado Medida excepcional, temporária, justificada Não se aplica: competência exclusiva Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente justificados, a AVOCAÇÃO TEMPORÁRIA de competência atribuída a órgão hierarquicamente inferior. 8. (CESPE – Analista Judiciário/TRE PI/2016) A respeito da competência no processo administrativo no âmbito da administração pública federal, assinale a opção correta à luz da Lei n.º 9.784/1999. a) Inexistindo competência legal, o processo será iniciado perante a autoridade de maior grau hierárquico. b) A competência poderá ser delegada a órgão que não seja subordinado ao do delegante. c) A renúncia parcial de competência poderá ser exercida nos limites do interesse público. d) Em situações específicas, elencadas na lei em questão, a decisão acerca de recursos administrativos poderá ser delegada. e) É vedada a inclusão, no ato de delegação, de ressalva de exercício da atribuição delegada. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Finalidade Todo ato administrativo tem por fim o interesse público Princípio da impessoalidade Fim mediato / resultado desejado / invariável Sentido amplo: interesse público / sentido estrito: finalidade específica Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Forma Exteriorização do ato; como ele se apresenta ao mundo Exemplo: decreto, portaria, resolução Em regra: escrita; mas permite forma oral, gestual, sonora, etc. Sentido ESTRITO: como o ato é exteriorizado Sentido AMPLO: (i) o procedimento adotado para formar a vontade da Administração (ii) a forma de exteriorização do ato FORMA Forma Elemento vinculado dos atos administrativos Formalismo moderado Art. 22. Os atos do processo administrativo não dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir. § 1º Os atos do processo devem ser produzidos por escrito, em vernáculo, com a data e o local de sua realização e a assinatura da autoridade responsável. Art. 26. [...] § 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. 9. (CESPE – TCE-SC/2016) O Tribunal de Contas de determinado estado da Federação, ao analisar as contas prestadas anualmente pelo governador do estado, verificou que empresa de publicidade foi contratada, mediante inexigibilidade de licitação, para divulgar ações do governo. Na campanha publicitária promovida pela empresa contratada, constavam nomes, símbolos e imagens que promoviam a figura do governador, que, em razão destes fatos, foi intimado por Whatsapp para apresentar defesa. Na data de visualização da intimação, a referida autoridade encaminhou resposta, via Whatsapp, declarando-se ciente. Ao final do procedimento, o Tribunal de Contas não acolheu a defesa do governador e julgou irregular a prestação de contas. A partir da situação hipotética apresentada, julgue o item a seguir. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 9. (CESPE – TCE-SC/2016) [...] É nula a intimação do governador, por ser obrigatório que seja feita por ciência no processo, via telegrama ou por via postal com aviso de recebimento. Art. 26 [...] § 3º A intimação pode ser efetuada por ciência no processo, por via postal com aviso de recebimento, por telegrama ou outro meio que assegure a certeza da ciência do interessado. [...] § 5º As intimações serão nulas quando feitas sem observância das prescrições legais, mas o comparecimento do administrado supre sua falta ou irregularidade. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Motivo Razões de FATO e de DIREITO para a prática do ato Motivo X Motivação Dever lícito e congruente Regra: motivação, mas nem todo ato precisa ser motivado Objeto Efeito imediato do ato: o seu conteúdo! Exemplos: ato de demissão do servidor: o objeto é a demissão; aplicação da pena de suspensão de 30 dias: o objeto é a suspensão de 30 dias. 10. (CESPE – Técnico Judiciário/STJ/2015) O objeto do ato administrativo deve guardar estrita conformação com o que a lei determina. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Vícios dos atos administrativos Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Vícios Competência: incompetência ou incapacidade INCOMPETÊNCIA Usurpador de função: ato inexistente Excesso de poder: agente atua fora de suas competências Função de fato (teoriada aparência): atos válidos e eficazes para terceiros de boa-fé INCAPACIDADE: impedimento e suspeição 11. (CESPE – Auditor/FUB/2015) Paulo foi aprovado em concurso para analista, que exigia nível superior. Nomeado e empossado, Paulo passou a desempenhar suas funções com aparência de legalidade. Posteriormente, constatou-se que Paulo jamais havia colado grau em instituição de ensino superior, detendo, como titulação máxima, o ensino médio. Considerando essa situação hipotética, julgue o item seguinte. Paulo desempenhou suas funções com excesso de poder. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Vícios Finalidade: desvio de poder ou de finalidade ato praticado com fim diverso do interesse público o do que previsto em lei vício insanável Forma: omissão ou observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à existência ou seriedade do ato não respeitar formalidades, usar portaria quando seria decreto, lançar concorrência por carta- convite, etc. sanável quando a forma não for essencial Vícios Motivo: insanável Inexistente Ilegítimo Inadequado Objeto: insanável Proibido por lei Com conteúdo diverso do que a lei prevê para o caso Impossível Imoral Incerto em relação aos destinatários, às coisas, ao tempo e ao lugar 12. (FCC - Técnico Judiciário/TRT 3ª Região/2015) Marlon, chefe de determinada repartição pública, ao aplicar penalidade ao servidor Milton, equivocou-se, e aplicou pena de advertência, ao invés da pena de suspensão. No caso narrado, há a) mera irregularidade, inexistindo qualquer vício no ato administrativo. b) vício relativo ao objeto do ato administrativo. c) vício de finalidade do ato administrativo. d) vício de motivo do ato administrativo. e) vício relativo à forma do ato administrativo. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 13. (FCC - Analista Judiciário/TRT 9ª Região/2015) Não obstante a presunção de veracidade e de legitimidade de que são predicados os atos administrativos, há vícios que podem eivá-los e, diante deles, as consequências podem ser diversas. MARIA SYLVIA ZANELLA DI PIETRO, ao tratar dos vícios relativos aos atos administrativos, nos traz a seguinte lição: Assim, haverá vício em relação (...) quando qualquer desses requisitos deixar de ser observado, o que ocorrerá quando for: 1. Proibido pela lei; por exemplo: um Município que desaproprie bem imóvel da União; 2. Diverso do previsto na lei para o caso sobre o qual incide; por exemplo: a autoridade aplica a pena de suspensão, quando cabível a de repreensão 3. Impossível, porque os efeitos pretendidos são irrealizáveis, de fato ou de direito; por exemplo: a nomeação para um cargo inexistente; (...) (Direito Administrativo, 28ª edição. São Paulo, Atlas, p. 287). Adequada relação de identificação entre o vício tratado pela autora e a consequência por ele imposta ao ato administrativo é aquela que trata de vício quanto [...] 13. (FCC - Analista Judiciário/TRT 9ª Região/2015) [...] 1. Proibido pela lei; [...] 2. Diverso do previsto na lei para o caso sobre o qual incide [...] 3. Impossível [...] a) ao objeto, que eiva de nulidade o ato, pois são atos insanáveis, na medida em que eventual correção do objeto para hipótese legalmente prevista enseja a prática de ato distinto, não de convalidação. b) à finalidade, que pode ser sanado, com a indicação de uma finalidade válida, ainda que não seja aquela pretendida pela Administração. c) à competência, que, em regra, não pode ser sanado, tendo em vista que a divisão de atribuições e competências não admite delegação, salvo expressa disposição em contrário. d) à forma, que não pode ser sanado em razão do princípio da formalidade que impera no processo administrativo e que se presta a tutelar os direitos e garantias fundamentais dos administrados. e) aos motivos, que podem ser sanados, desde que o resultado obtido seja legalmente previsto, pois é possível conformar a motivação da prática do ato para atingimento daquela finalidade. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 14. (CESPE – Técnico Judiciário/TRE PI/2016) Considere que determinada autoridade do TRE/PI tenha negado pedido administrativo feito por um servidor do quadro, sem expor fundamentos de fato e de direito que justificassem a negativa do pedido. Nesse caso, o ato administrativo praticado pela autoridade do TRE/PI a) não possui presunção de veracidade. b) pode ser editado sob a forma de resolução. c) é considerado, quanto à formação da vontade, ato administrativo complexo. d) classifica-se como ato administrativo meramente enunciativo. e) apresenta vício de forma. Mérito do ato administrativo Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Margem de liberdade Juízo de conveniência e oportunidade Dentro dos limites da lei Valorar motivos / escolher o objeto Mérito do ato administrativo VINCULADO DISCRICIONÁRIO Art. 208. Pelo nascimento ou adoção de filhos, o servidor terá direito à licença-paternidade de 5 (cinco) dias consecutivos. Remoção “para acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, de qualquer dos Poderes da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios, que foi deslocado no interesse da Administração” (art. 36, parágrafo único, III, “a”). Art. 56. A critério da autoridade competente, em cada caso, e desde que prevista no instrumento convocatório, poderá ser exigida prestação de garantia nas contratações de obras, serviços e compras. Art. 130. A suspensão será aplicada em caso de reincidência das faltas punidas com advertência e de violação das demais proibições que não tipifiquem infração sujeita a penalidade de demissão, não podendo exceder de 90 (noventa) dias. Discricionariedade vs. Vinculação Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Vinculação e discricionariedade Elemento Competência Finalidade Forma Motivo Objeto Ato vinculado V V V V V Ato discricionário V V V D D Competência – vinculado Finalidade – vinculado Forma – vinculado (doutrina majoritária) Motivo – vinculado ou discricionário Objeto – vinculado ou discricionário 15. (CESPE – Administrador/PF/2014) Mérito administrativo é a margem de liberdade conferida por lei aos agentes públicos para escolherem, diante da situação concreta, a melhor maneira de atender ao interesse público. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 16. (FCC - Analista Judiciário/TRF 4ª Região/2010) Tendo em vista os requisitos do ato administrativo, observa- se que, quanto aos atos discricionários, o núcleo do que costuma ser denominado pela doutrina de mérito administrativo é formado pelos elementos a) competência e objeto, os quais não podem ser apreciados pelo Judiciário. b) motivo e objeto, os quais não estão sujeitos, em princípio, à apreciação judicial. c) finalidade e motivo, os quais sempre devem ser apreciados pelo Judiciário. d) objeto e forma, ambos suscetíveis de apreciação judicial em qualquer hipótese. e) finalidade e competência, ambos insuscetíveis de apreciação pelo Judiciário. 17. (FCC - Técnico de Controle Externo/TCE AP/2012) O denominado "mérito" do ato administrativo discricionário corresponde a) ao espaço de liberdade de ação da Administração, no que diz respeito à motivação, finalidade e competência para a prática do ato. b) à análise de adequação do ato com os requisitos de validade previstos em lei. c) à avaliação de eficácia e efetividade da ação da Administração em face da situação concreta. d) às razões de conveniência e oportunidade levadas em conta pela Administração para a sua edição. e) aos aspectos passíveis de controle pelo Poder Judiciário, que pode anular o ato que não atenda à conveniência administrativa. Prof. Herbert AlmeidaDireito Administrativo Desfazimento e convalidação dos atos administrativos Extinção de atos administrativos Revogação Anulação Súmula 473 - A administração pode anular seus próprios atos, quando eivados de vícios que os tornam ilegais, porque deles não se originam direitos; ou revogá-los, por motivo de conveniência ou oportunidade, respeitados os direitos adquiridos, e ressalvada, em todos os casos, a apreciação judicial. Art. 55. Em decisão na qual se evidencie não acarretarem lesão ao interesse público nem prejuízo a terceiros, os atos que apresentarem defeitos sanáveis poderão ser convalidados pela própria Administração. Convalidação Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Desfazimento de ato inválido, ou seja, ato com ilegalidade Desfazimento de ato válido, por motivos de conveniência e oportunidade (mérito) Possui efeitos ex tunc (retroativos), retirando os efeitos desde a origem Possui efeitos ex nunc (não retroativos), retirando o ato da revogação em diante Competência Administração (ofício/provocação) Judiciário (provocação) ANULAÇÃO REVOGAÇÃO CONVALIDAÇÃO Correção de ato com vício sanável Possui efeitos ex tunc (retroativos), pois corrige o ato desde a sua origem, preservando todos os seus efeitos Somente a Administração (ofício ou provocação) Somente a Administração (ofício ou provocação) Incide sobre atos vinculados e discricionários (não sobre o mérito) Incide sobre atos discricionários Insanável: anulação é vinculada Sanável, passível de convalidação: anulação é discricionária A revogação é ato discricionário Convalidação é ato discricionário (regra) Incide sobre atos vinculados e discricionários Limitações ao poder de revogar Atos consumados – já exauriram os seus efeitos Atos vinculados (exceto licença para construir, desde que a obra não tenha começado) Atos que geraram direito adquirido Atos que integram um procedimento após a prática do ato seguinte (preclusão administrativa) Quando exaurir a competência em relação ao objeto Atos de conteúdo declaratório (meros atos administrativos): certidões, atestados, pareceres Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo Requisitos para a CONVALIDAÇÃO Não gerar lesão ao interesse público Não gerar prejuízo a terceiros Tratar-se de vício sanável: Vício de COMPETÊNCIA em relação à pessoa (não pode sobre a matéria e exclusiva) Vício de FORMA (desde que não seja essencial) 18. (Cespe – Agente Administrativo/DPU/2016) Caso seja necessário, a administração pública poderá revogar ato administrativo válido e legítimo. 20. (CESPE - Técnico do Seguro Social/INSS/2016) O ato praticado por agente não competente para fazê-lo poderá ser convalidado discricionariamente pela autoridade competente para sua prática, caso em que ficará sanado o vício de incompetência. 19. (Cespe – Técnico do Seguro Social/INSS/2016) Em decorrência do princípio da autotutela, não há limites para o poder da administração de revogar seus próprios atos segundo critérios de conveniência e oportunidade. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 21. (FCC - Técnico Judiciário/TRE SE/2015) Considere as seguintes assertivas: I. O ato administrativo com vício de finalidade admite convalidação. II. A finalidade corresponde ao efeito mediato que o ato produz. III. O ato administrativo com vício de finalidade comporta revogação. IV. Há vício de finalidade quando o ato desvia-se da finalidade pública ou, ainda, quando praticado com finalidade diversa da prevista em lei para o caso. Está correto o que se afirma APENAS em a) III. b) I e III. c) I, II e IV. d) I. e) II e IV. 22. (FCC – Técnico Judiciário/TRE AP/2015) Clodoaldo, servidor público e chefe de determinada repartição pública, decidiu anular ato administrativo, pois detectou vício em um de seus requisitos. Esmeralda, atingida pela anulação do ato, questionou o ocorrido, alegando ser hipótese de convalidação e não de anulação do ato administrativo. Posteriormente, constatou-se que Esmeralda tinha razão. No caso narrado, o ato administrativo em questão continha vício de a) objeto, por ser diverso do previsto na lei para o caso. b) motivo, haja vista conter situação fática que não ocorreu. c) finalidade, pois desviou-se da finalidade pública. d) competência, pois não se tratava de competência outorgada com exclusividade. e) forma, por ser indispensável à existência do aludido ato. Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo 23. (FCC – AJ-OJAF/TRT 14ª Região/2016) Sobre o ato administrativo, considere: I. O ato administrativo nulo não comporta revogação. II. O ato administrativo com vício de competência poderá, em determinadas hipóteses, ser convalidado. III. Em regra, a anulação do ato administrativo ocorre com efeito ex nunc. IV. A anulação do ato administrativo, quando feita pela Administração pública, independe de provocação do interessado. Está correto o que se afirma em a) I, II e IV, apenas. b) I, II, III e IV. c) I e IV, apenas. d) III, apenas. e) II, apenas. Espécies de CONVALIDAÇÃO Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo POR RATIFICAÇÃO: quando o órgão ou autoridade sana um ato inválido, corrigindo a ilegalidade que o vicia (quem praticou ou o superior); POR REFORMA: quando um novo ato suprime a parte inválida do ato anterior, mantendo a sua parte válida – seria uma espécie de “anulação parcial”; POR CONVERSÃO: pelo meio do qual a Administração, depois de retirar a parte inválida do ato anterior, faz a sua substituição por uma nova parte, de modo que o novo ato passe a conter a parte válida anterior e uma nova parte. 24. (Cespe – Analista de Controle Externo/TCE-PR/2016) Assinale a opção correta, acerca da extinção dos atos administrativos. a) A convalidação por ratificação somente pode ser realizada pelo superior hierárquico do agente que praticou o ato anterior. b) A invalidação fulmina todas as relações jurídicas decorrentes do ato inválido, resguardados os direitos de terceiros de boa-fé que não tenham contribuído para a invalidação do ato. c) A cassação é ato discricionário do agente público. d) Por ser a revogação um ato discricionário, ao se revogar um ato revogado, ocorrerá, por consequência lógica, a repristinação do ato originário. e) São passíveis de revogação os chamados atos meramente administrativos, tais como pareceres e certidões. Herbert Almeida Bons estudos! Prof. Herbert Almeida Direito Administrativo
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