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AULA 2 DIREITO ADMINISTRATIVO

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CURSO ON‐LINE – PROFESSOR: ARMANDOMERCADANTE
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www.pontodosconcursos.com.br
DDiir reei it to o AAd dmmi inni issttrra atti iv vo o - - e exxe errc cííc ciio os s 
TTRRF F 1 1ª ª RREEGGIIÃÃO O - - a annaalliisstta a j juuddiicciiáárriio o 
((jju uddi icci iáár ri ia a e e e exxe eccu uççã ão o d de e m maan ndda addo oss) ) 
((aau ul la a 2 2 – – 221 1//002 2//22001 111) ) 
Prezado(a) aluno(a), 
Nessa aula serão abordadas as seguintes matérias: 
• Atos administrativos: conceitos, requisitos, atributos, classificação e espécies. Invalidação 
dos atos administrativos. Revogação e anulação. Efeitos decorrentes. 
Qualquer dúvida utilize-se do fórum disponibilizado pelo Ponto dos Concursos. 
Aproveito a oportunidade para apresentar duas erratas relacionadas à aula 1: 
Pág. 21: na fonte de onde retirei a questão o gabarito é errada, com o qual eu concordo.
Contudo, o gabarito oficial indica questão correta, o que é um tremendo absurdo, pois a
segunda parte da assertiva não é consequência da primeira. 
(CESPE/2009/TRT17/ANALISTA JUDICIÁRIO/ÁREA JUDICIÁRIA/EXECUÇÃO DE
MANDADOS) As sociedades de economia mista e as empresas públicas que prestam
serviços públicos estão sujeitas ao princípio da publicidade tanto quanto os órgãos que
compõem a administração direta, razão pela qual é vedado, nas suas campanhas
publicitárias, mencionar nomes e veicular símbolos ou imagens que possam caracterizar
promoção pessoal de autoridade ou servidor dessas entidades. (correta) 
Pág. 54 
(JUIZ FEDERAL 5ª REGIÃO/2009/CESPE) A Lei n.º 9.873/1999, que não se aplica às
infrações de natureza funcional nem aos processos e procedimentos de natureza tributária,
dispõe que o prazo prescricional da ação punitiva da administração pública, no exercício do
poder de polícia, é de cinco anos, contados da data em que o ato tornou-se conhecido. 
(errada, pois conta-se da data da prática do ato ou, no caso de infração permanente ou
continuada, do dia em que tiver cessado, conforme art. 1º da referida lei). 
Grande abraço e ótima aula, 
Armando Mercadante 
mercadante@pontodosconcursos.com.br 
 
 
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PPOONNTTO O 33 
AATTOOS S AADDMMIINNIISSTTRRAATTIIVVOOS S 
1. (TRE/PI - FCC) Sobre o conceito de atos administrativos, é INCORRETO afirmar que 
a) os contratos também podem ser considerados atos jurídicos bilaterais. 
b) particulares no exercício de prerrogativas públicas também editam ato administrativo. 
c) os atos administrativos são sempre atos jurídicos. 
d) os Poderes Judiciário e Legislativo não editam ato administrativo. 
e) os atos administrativos são sempre passíveis de controle judicial. 
Em que pese a diversidade de conceitos na doutrina, é possível sintetizá-los com a seguinte
definição: 
Declaração unilateral da Administração Pública ou de quem lhe faça às vezes, regida
pelo regime jurídico de direito público (regime jurídico administrativo), que produza
efeitos jurídicos imediatos visando à satisfação do interesse público. 
Co si de açon id - C ns er õera es ceçõ s a er a dac rc ca o c nc itco ce do on o ei to 
Adotando-se para os propósitos deste tópico o último conceito, seus elementos serão
separados e acompanhados de breves comentários: 
I) “declaração”: 
Alguns autores, ao formularem seus conceitos de atos administrativos, ao invés de
“declaração”, usam a expressão “manifestação”. Portanto, na sua prova, pode aparecer no
conceito de ato administrativo tanto a expressão “declaração unilateral” como “manifestação
unilateral”. 
De qualquer forma, já chamo sua atenção para um detalhe importantíssimo: o silêncio
administrativo não é ato administrativo, mas sim fato administrativo, pois não há
declaração de vontade da Administração Pública. 
Fique atento(a) para essa informação nas questões envolvendo atos administrativos. Repito:
SILÊNCIO ADMINISTRATIVO, apesar de produzir efeitos jurídicos, não é ato administrativo! 
 
 
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Um exemplo de silêncio administrativo consta do art. 66, §3°, CF, cujo conteúdo prescreve que
decorrido o prazo de 15 dias, o silêncio do Presidente da República importará sanção do
projeto de lei enviado para sua apreciação. 
Observe que o silêncio do Presidente da República produzirá como efeitos jurídicos a sanção
do projeto de lei. 
Algumas bancas cobram a diferença entre atos e fatos administrativos e é importante você
conhecê-las... 
Os fatos administrativos, que por si sós são desprovidos de conteúdo de Direito, revelam-se
como toda realização material da Administração que produzem resultado jurídico
relevante para o Direito Administrativo, podendo, inclusive, gerar direitos para os
particulares (ex. um médico do SUS – agente público - realiza com imperícia uma cirurgia – fato
administrativo – causando seqüelas ao paciente, gerando para este o direito de pleitear a
indenização cabível). 
(CESPE/TITULAR DE SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTRO DO TJDFT/2000 -
adaptada) Nem todos os atos do Poder Executivo são atos administrativos; fatos da
administração podem gerar direitos para os particulares. (correta) 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPRS/2003) Todo ato jurídico praticado pela Administração é
ato administrativo. (errada) 
Não se confundem com os atos administrativos, pois enquanto os fatos administrativos são
acontecimentos (realizações materiais da Administração, como, por exemplo, a construção de
um viaduto), em geral resultante de um ato administrativo preexistente, aqueles se revelam
manifestações (declarações) da Administração. Para ilustrar: enquanto a apreensão de
determinada mercadoria é fato administrativo (acontecimento), o respectivo auto de apreensão
é ato administrativo (manifestação); enquanto a interdição de estabelecimento por falta de
alvará de funcionamento é fato administrativo, o respectivo auto de interdição é ato
administrativo. 
Grave também para sua prova que os fatos administrativos não gozam dos atributos dos
atos administrativos (presunção de legitimidade e veracidade, autoexecutoriedade,
imperatividade e tipicidade), além de não estarem sujeitos à anulação ou à revogação. 
 
 
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II) “Declaração unilateral”: 
Sendo unilaterais os atos administrativos, para sua existência bastará a declaração de
vontade da Administração Pública. 
A título de exemplo, um fiscal da vigilância sanitária que se depara com estabelecimento
comercial que não atende às normas regulamentares tem a prerrogativa de lavrar auto de
interdição, sendo indiferente para a existência deste ato administrativo – o auto de interdição –
a participação de qualquer representante da empresa autuada 
III) “da Administração Pública ou de quem lhe faça às vezes”: 
Os sujeitos da manifestação de vontade são os agentes da Administração e os particulares
em exercício de função pública (investidos em prerrogativas estatais). 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPRS/2003) Nem todo ato administrativo é praticado pela
Administração. (correta) 
(ESAF/CGU 2006/AFC/AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO) Provém do Estado ou de quem
esteja investido em prerrogativas estatais. (correta) 
(FUNIVERSA/2009/PC-DFAgente de Polícia) A prática de atos administrativos está
exclusivamente afeta às pessoas jurídicas de direito público. (errada) 
Consideram-se agentes da Administração todos aqueles que integrem a estrutura funcional
da Administração Direta (União, Estados, Distrito Federal e Municípios) e Indireta (autarquias,
fundações públicas, empresas públicas e sociedades de economia mista). 
É importante aqui recordar que não interferirá na caracterização do ato administrativo saber de
qual Poder (Executivo, Judiciário ou Legislativo) faz parte o agente público, pois o essencial é
identificar se o mesmo está exercendo função administrativa. Em tese, todo e qualquer agente
público está apto aexercer função administrativa e, por conseqüência, praticar atos
administrativos, independentemente de qual Poder integre. 
Com base nessa explicação, pode-se afirmar que a assertiva D da questão apresentada para
comentário está incorreta. 
Já os particulares em exercício de função pública, apesar de editarem atos administrativos,
não integram a Administração Pública, pois não estão vinculados funcionalmente às entidades
integrantes da Administração Direta ou Indireta. 
 
 
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Dessa frase você pode extrair a conclusão que nem todo ato administrativo é praticado pela
Administração Pública. 
Na realidade, esses particulares atuam por delegação concedida pelo Poder Público, como
ocorre, por exemplo, com as concessionárias e as permissionárias de serviços públicos. 
Vale a pena destacar que apenas os atos praticados pelos agentes dessas entidades no
exercício de função pública é que serão considerados atos administrativos. 
(TJ do Estado do Piauí/2009/Analista Judiciário/Administrativa/Analista Judicial/FCC)
Quanto aos atos administrativos, é correto afirmar que 
a) não podem ser praticados nas Mesas Legislativas. 
b) não podem ser praticados por dirigentes de autarquias e das fundações. 
c) cabem exclusivamente aos órgãos executivos. 
d) podem ser emanados de autoridades judiciárias. 
e) sua prática é vedada aos administradores de empresas estatais e serviços delegados. 
IV) “regida pelo regime jurídico de direito público (regime jurídico administrativo)”: 
Outro ponto fundamental para a caracterização de um ato como administrativo diz respeito à
presença do regime jurídico de direito público (ou regime jurídico administrativo). 
(ESAF/CGU 2006/AFC/AUDITORIA E FISCALIZAÇÃO) É exercido no uso de prerrogativas
públicas, sob regência do Direito Público. (Gabarito: correta) 
(UnB/CESPE/MMA/agente administrativo/2009) Todo ato praticado no exercício de
função administrativa é considerado ato administrativo. (errada) 
É crucial que o Poder Público, ao praticar um ato administrativo, coloque-se em posição de
supremacia perante o particular destinatário do ato, em clara posição de verticalidade. A
inexistência dessa superioridade estatal não permitirá a qualificação do ato como
administrativo, passando a ser considerado um ato privado da Administração (espécie de ato
da Administração). 
Tome-se como exemplo um auto de apreensão de mercadorias, ato administrativo por meio do
qual o Poder Público impõe sua vontade diante do particular em inquestionável demonstração
de verticalidade na relação. Por outro lado, em caminho diverso, cite-se uma compra e venda
de um imóvel firmada entre União e um particular. Aqui a relação caracterizar-se-á pela
horizontalidade, em contradição à verticalidade existente no ato administrativo, uma vez que a 
 
 
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União não poderá impor a sua vontade fixando unilateralmente, por exemplo, o valor da
operação. 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPRS/2003) Todo ato jurídico praticado pela Administração é
ato administrativo. (errada) 
(UNB/CESPE/MMA/AGENTE ADMINISTRATIVO/2009) Todo ato praticado no exercício de
função administrativa é considerado ato administrativo. (errada) 
Quanto a este tema, segue o magistério de Raquel Melo Urbano de Carvalho: 
“Com efeito, só é ato administrativo aquele que se rege por normas típicas do regime
jurídico de direito administrativo, o qual exorbita o direito comum. Atos privados, realizados
sem fundamento em prerrogativa especial ou restrição específica de natureza pública,
mesmo se originados no Estado, não se qualificam como atos administrativos propriamente
ditos.” 
V) “que produza efeitos jurídicos imediatos”: 
Para a caracterização do ato administração é imprescindível a produção de efeitos jurídicos
imediatos, retirando da definição diversos atos praticados pelo Poder Público que serão
classificados como atos da Administração, tais como as certidões (atos de conhecimento) e os
pareceres (atos de opinião). 
(ESAF/CGU 2006 – AFC – Auditoria e Fiscalização) O ato administrativo trata-se de
declaração jurídica unilateral, mediante manifestação que produz efeitos de direito.
(adaptada) (correta) 
É importante destacar que em diversos livros esses atos aparecem como exemplos de atos
administrativos enunciativos. 
Portanto, numa prova, se a banca não levantar qualquer questionamento sobre o fato dos atos
citados serem ou não considerados “atos administrativos”, você pode se posicionar que são
atos administrativos enunciativos. 
VI) “visando à satisfação do interesse público”: 
Todo ato administrativo praticado pela Administração Pública tem como fim mediato atender
aos interesses da coletividade (finalidade em sentido amplo), bem como o resultado
específico que o ato deve produzir (finalidade em sentido restrito). 
 
 
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O ato de demissão, por exemplo, tem como finalidade em sentido amplo atender aos
interesses da coletividade e em sentido restrito punir o servidor faltoso. 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPRS/2003) Atendendo o ato administrativo o interesse
público é irrelevante o cumprimento dos fins que a lei lhe destinou. (errada) 
2. (FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) Dentre outras
peculiaridades, NÃO é próprio da competência do ato administrativo ser 
a) imprescritível, uma vez que o não exercício da competência, durante qualquer tempo, não a
extingue. 
b) intransferível, embora seu exercício possa ser parcial e temporariamente delegado, 
conforme a lei. 
c) imodificável pela vontade do agente, pois sempre decorre da lei. 
d) irrenunciável, apesar de seu exercício ser suscetível de delegação, observada a lei. 
e) de exercício facultativo para os órgãos e agentes públicos. 
Essa questão aborda o elemento “competência” (sujeito) do ato administrativo. 
Com base nas explicações abaixo você concluirá que apenas a assertiva “e” está incorreta,
pois o exercício da competência pelo agente público não é facultativa, mas sim obrigatória. 
Maria Sylvia Di Pietro prefere fazer referência a “sujeito”. Para renomada autora, “sujeito é
aquele a quem a lei atribui competência para a prática do ato”. 
 
No Direito Administrativo, o agente, além de ter capacidade (aptidão para ser titular de direitos
e obrigações) para praticar determinado ato administrativo, deve ter também competência,
sendo esta conceituada como o conjunto de atribuições conferido pela lei às pessoas
jurídicas, órgãos e agentes públicos. 
José dos Santos Carvalho Filho define competência como “o círculo definido por lei dentro
do qual podem os agentes exercer legitimamente sua atividade”. 
Já Hely Lopes Meirelles diz que “o poder atribuído ao agente da Administração para o
desempenho específico de suas funções”. 
Dentre as suas características, merecem destaque: 
 
 
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• decorre necessariamente de lei: apenas não se esqueça que a competência também
pode se originar da Constituição Federal; 
(UnB/CESPE/PCES/agente da polícia civil/2009) A competência é requisito de validade do
ato administrativo e se constitui na exigência de que a autoridade, órgão ou entidade
administrativa que pratique o ato tenha recebido da lei a atribuição necessária para praticá-
lo. (correta) 
• é inderrogável, seja pela vontade das partes ou da Administração: a competência somente
pode ser modificada por lei; 
• é improrrogável: um órgão incompetente ao praticar determinado ato administrativo não se
torna competente para aquela prática; 
• pode ser objeto de delegação e avocação: ressaltando que delegar e avocar não significa
transferir a competência, pois essa expressão – transferir – traz em si um caráter de
definitividade. Tanto delegação quanto avocação são temporárias e serão estudadas mais
adiante;(JUIZ/TRT 9/2003) Para a prática do ato administrativo a competência é condição primeira
de sua validade. A competência administrativa é intransferível e improrrogável pela vontade
dos interessados. (correta) 
• não pode ser alterada por acordo entre a Administração e os administrados interessados:
somente a lei pode alterar a competência; 
• é imprescritível: o não exercício da competência pelo seu titular não implica em sua
extinção; 
• é irrenunciável: o agente público não pode abdicar de sua competência; 
• é elemento sempre vinculado. 
Outro ponto que deve ser estudado para a sua prova diz respeito aos critérios que são
levados em conta pelo legislador para a fixação da competência: 
• matéria (exs. Ministério da Educação e Ministério do Meio Ambiente); 
• hierarquia (a distribuição leva em conta o maior ou menor grau de complexidade e
responsabilidade); 
 
 
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• lugar (associado à descentralização territorial, como as delegacias regionais de órgãos 
federais); 
• tempo (no caso, por exemplo, de calamidade pública); 
• fracionamento (distribuição por órgãos diversos nos casos de procedimentos e de atos 
complexos). 
(Tribunal Regional Eleitoral do Amazonas/2010/Analista Judiciário/Judiciária/FCC)
São critérios para a distribuição da competência, como requisito ou elemento do ato
administrativo, dentre outros: 
a) delegação e avocação. 
b) conteúdo e objeto. 
c) matéria, forma e sujeito. 
d) tempo, território e matéria. 
e) grau hierárquico e conteúdo. 
Quanto à DELEGAÇÃO e à AVOCAÇÃO de competência, é oportuna a reprodução dos arts. 
12 a 17 da Lei 9.784/99, com a inserção de destaques (negrito) nos pontos que merecem a sua 
atenção: 
Art. 12. Um órgão administrativo e seu titular poderão, se não houver impedimento legal,
delegar parte da sua competência a outros órgãos ou titulares, ainda que estes não lhe
sejam hierarquicamente subordinados, quando for conveniente, em razão de
circunstâncias de índole técnica, social, econômica, jurídica ou territorial. 
Parágrafo único. O disposto no caput deste artigo aplica-se à delegação de competência
dos órgãos colegiados aos respectivos presidentes. 
Art. 13. Não podem ser objeto de delegação: 
I - a edição de atos de caráter normativo; 
II - a decisão de recursos administrativos; 
III - as matérias de competência exclusiva do órgão ou autoridade. 
Art. 14. O ato de delegação e sua revogação deverão ser publicados no meio oficial. 
§ 1º O ato de delegação especificará as matérias e poderes transferidos, os limites da
atuação do delegado, a duração e os objetivos da delegação e o recurso cabível,
podendo conter ressalva de exercício da atribuição delegada. 
§ 2º O ato de delegação é revogável a qualquer tempo pela autoridade delegante. 
§ 3º As decisões adotadas por delegação devem mencionar explicitamente esta
qualidade e considerar-se-ão editadas pelo delegado. 
Art. 15. Será permitida, em caráter excepcional e por motivos relevantes devidamente
justificados, a avocação temporária de competência atribuída a órgão hierarquicamente
inferior. 
Art. 16. Os órgãos e entidades administrativas divulgarão publicamente os locais das
respectivas sedes e, quando conveniente, a unidade fundacional competente em matéria de
interesse especial. 
Art. 17. Inexistindo competência legal específica, o processo administrativo deverá
ser iniciado perante a autoridade de menor grau hierárquico para decidir. 
 
 
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Da leitura do art. 12 é possível extrair importantes conclusões sobre delegação: 
• a regra é a possibilidade de delegar. 
• só se admite delegação parcial de competências. 
, pois a norma faz referência à conveniência da delegação. • trata-se de ato discricionário 
Veja questões que já foram cobradas em concursos públicos abordando esses dispositivos 
legais: 
(ESAF/PROCURADO DO BACEN/2002) É possível a delegação de competência de um
órgão administrativo a outro, ainda que este não lhe seja subordinado, desde que não
haja impedimento legal. Esta hipótese, legalmente prevista em nosso ordenamento
jurídico, pode ocorrer quando a delegação for conveniente em razão de certas
circunstâncias estabelecidas na norma. Assinale, no rol abaixo, entre as naturezas
das circunstâncias que podem amparar tal procedimento, aquela não prevista na
norma legal para esta delegação de competência: 
a) de ordem técnica 
b) de ordem social 
c) de ordem territorial 
d) de ordem política 
e) de ordem jurídica 
(Cespe/Técnico Judiciário/TST/2003) Apesar de a competência, um dos requisitos
essenciais do ato administrativo, ser irrenunciável, ela pode ser delegada ou avocada nas
situações que a lei permitir, sendo exercida pelos órgãos a que foi atribuída como própria;
entretanto, as decisões proferidas em sede de recursos administrativos não podem ser
delegadas. (correta) 
(CESPE/ACE-TCU/2004) Em sendo o órgão colegiado competente para decidir sobre
recursos administrativos, ele poderá, por força de disposição legal, delegar essa
competência ao respectivo presidente. (errada) 
(UnB/CESPE/PCES/AGENTE DA POLÍCIA CIVIL/2009) Para que haja a avocação não é
necessária a presença de motivo relevante e justificativa prévia, pois esta decorre da
relação de hierarquia existente na administração pública. (errada) 
(CESPE/MIN. PÚBLICO DO TCU 2004) Um órgão administrativo e seu titular não podem,
sem previsão legal expressa, delegar parte de sua competência a outros órgãos ou titulares.
(errada, pois a delegação é regra, não dependendo de autorização legal expressa) 
Exemplo de delegação consta do art. 84, parágrafo único, da CF, que permite ao Presidente 
da República delegar competências listadas no citado artigo (incisos VI, XII e XXV, primeira 
parte) a Ministros de Estado, Procurador Geral da República e Advogado Geral da União. Eis 
as competências delegáveis: 
 
 
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• dispor mediante decreto, sobre organização e funcionamento da administração federal,
quando não implicar aumento de despesas nem criação ou extinção de órgãos públicos (VI, 
a), e extinção de funções ou cargos públicos, quando vagos (VI, b); 
• conceder indulto e comutar penas, com audiência, se necessário, do órgãos instituídos em
lei (XII); 
• prover cargos públicos federais, na forma da lei, entendendo o STF que a competência para
prover abrange a para desprover, sendo possível, portanto, delegar competência para
demitir (XXV, primeira parte). 
Não se admite no ordenamento jurídico pátrio a delegação de competências entre os Poderes,
salvo nos casos permitidos na própria Constituição, como, por exemplo, no caso da lei
delegada (art. 68, CF). 
Da mesma forma, é vedada a delegação de atos de natureza política, como o poder de tributar,
a sanção e o veto de projetos de leis. 
Hely Lopes Meirelles sustenta que a delegação não pode ser recusada pelo subordinado
quando originária de superior hierárquico. 
Quanto ao exemplo de avocação, cite-se o art. 103-B, §4º, da CF, que prevê a possibilidade
de avocação pelo Conselho Nacional de Justiça de processos disciplinares em curso,
instaurados contra membros ou órgãos do Poder Judiciário. 
(ESAF/TRF/2002-2) A avocação é um fenômeno, inerente ao poder hierárquico,
aplicável ao processo administrativo, pelo qual a autoridade pode em certos casos,
como assim previsto na Lei nº 9.784/99: 
a) delegar competência a órgão inferior 
b) rever decisão em instância recursal 
c) exercer delegação de órgão superior 
d) exercer competência atribuída a órgão inferior 
e) rever suas próprias decisões 
VÍCI S DOutro importante ponto relacionado ao elemento competência, diz respeito aos V ÍCIO DE OS E 
CCOMPPE ÊNOM ET TÊ CINC IAA.. 
Quando a regra da competência não é observada pelo agente público, ou seja, quando ele
extrapola os limites de sua competência, o ato administrativo praticadoserá eivado de
ilegalidade, sendo passível de anulação pela própria Administração Pública ou pelo Poder
Judiciário. 
É o que a doutrina denomina de abuso de poder na modalidade excesso de poder. 
 
 
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Vou dar um exemplo bem absurdo para facilitar a sua compreensão: imagine uma operação da
Polícia Federal no combate à sonegação fiscal. Em determinada diligência, um policial federal,
ao constatar que os empregados da empresa sonegadora não possuem carteira de trabalho,
lavra um auto de infração multando a empresa por essa prática. Pergunto para você: policial
federal tem competência para multar empresa por manter empregados sem assinatura de
carteira de trabalho? Daqui ouvi sua resposta. Obviamente que não! Portanto, ao praticar um
ato sem competência o agente agiu além dos seus poderes, ou seja, agiu com excesso de
poder. 
(ESAF/AFC/SFC/2000) O ato administrativo pode apresentar diversos vícios.
Tratando-se de vício relativo ao sujeito, temos que, quando o agente público
extrapola os limites de sua competência, ocorre: 
a) desvio de poder b) função de fato c) excesso de poder 
d) usurpação de função e) desvio de finalidade 
(ESAF/TC RN 2000) A figura do excesso de poder classifica-se como vício em relação
ao seguinte elemento do ato administrativo 
a) forma b) motivo c) finalidade d) competência e) objeto 
Os outros vícios relacionados à competência são: 
• usurpação de função pública 
• função de fato 
Quanto a esses dois vícios, dê uma lida nos ensinamentos da mestre Maria Sylvia Di Pietro: 
“A usurpação de função é crime definido no artigo 328 do CP: “usurpar o exercício de
função pública”. Ocorre quando a pessoa que pratica o ato não foi por qualquer modo
investida no cargo, emprego ou função; ela se apossa, por conta própria, do exercício de
atribuições próprias de agente público, sem ter essa qualidade. 
( ... ) 
A função de fato ocorre quando a pessoa que pratica o ato está irregularmente investida no
cargo, emprego ou função, mas a sua situação tem toda a aparência de legalidade.
Exemplos: falta de requisito legal para investidura, como certificado de sanidade vencido;
inexistência de formação universitária para função que a exige, idade inferior ao mínimo
legal; o mesmo ocorre quando o servidor está suspenso do cargo, ou exerce funções depois
de vencido o prazo de sua contratação, ou continua em exercício após a idade-limite para a
aposentadoria compulsória. 
Ao contrário do ato praticado por usurpador de função, que a maioria dos autores considera
inexistente, o ato praticado por funcionário de fato é considerado válido, precisamente pela
aparência de legalidade de que se reveste; cuida-se de proteger a boa-fé do administrado”. 
Por fim, só um detalhe também extraído das lições da festejada autora. É importante destacar
que nas hipóteses de impedimento e suspeição previstas na Lei 9.784/99, não há vícios de
competência, mas sim vícios de capacidade do agente público. 
 
 
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3. (FCC/TCE/AUDITOR/05) A doutrina administrativista afirma, como regra, a
necessidade de motivação dos atos administrativos. Na hipótese em que a motivação
seja devida, sua ausência caracteriza, pelo critério da Lei 4.717/65, o vício de: 
a) incompetência 
b) forma 
c) ilegalidade do objeto 
d) inexistência dos motivos 
e) desvio de finalidade 
De acordo com Hely Lopes Meirelles, é “o revestimento exteriorizador do ato
administrativo” 
Para José dos Santos Carvalho Filho “é o meio pelo qual se exterioriza a vontade”. 
Enquanto no Direito Privado a liberdade de forma é a regra, no Direito Público é a
exceção. 
Os atos administrativos, em regra, são formais, motivo pelo qual são escritos, em que pese o
ordenamento jurídico admitir a manifestação administrativa por meio de outros meios, como
gestos (ex. guardas de trânsito), palavras (ordens verbais de superiores hierárquicos) ou sinais
(placas de trânsito). 
Sobre os atos administrativos não escritos, Hely Lopes Meirelles leciona que apenas são
admissíveis “em casos de urgência, de transitoriedade da manifestação da vontade
administrativa ou de irrelevância do assunto para a Administração”. 
A forma é classificada como elemento vinculado, em que pese existir na doutrina moderna
vozes sustentando que tal elemento não é sempre vinculado, como ocorre na norma veiculada
pelo art. 22 da Lei 9.784/99 preceituando que “os atos do processo administrativo não
dependem de forma determinada senão quando a lei expressamente a exigir”. 
 
 
 
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Outro exemplo é o art. 621 da Lei 8.666/90 que permite, nos casos nela previstos, a
substituição do instrumento de contrato por nota de empenho de despesa, autorização de
compra ou ordem de execução de serviço. 
Importante também destacar que quando a lei determina que certa forma é essencial para a
validade do ato a sua inobservância acarretará a anulação do ato administrativo. Em caso
contrário, em hipótese que a forma não seja essencial, e diante de sua não observância, o
ordenamento admite a convalidação do ato administrativo. 
Tenha também atenção com a diferença existente entre forma do ato (meio de exteriorização
de vontade) e procedimento administrativo (seqüencia ordenada de atos). 
A existência de defeito em um ou outro é caracterizada como vício de forma, por isso a
omissão ou a observância incompleta ou irregular de formalidades indispensáveis à validade
do ato constituem vícios de forma. 
(FJG/CONTROLADOR DE ARRECADAÇÃO/RIO DE JANEIRO/2002) O vício de forma
do ato administrativo, como definido no direito positivo brasileiro, consiste na: 
a) expedição de ordens verbais 
b) lavratura de termos em instrumentos não padronizados 
c) contratação de compras, obras ou serviços por meio de notas de empenho 
d) omissão ou na observância incompleta ou irregular de formalidades
indispensáveis à existência ou seriedade do ato 
Para encerrar a questão, a sua resposta: considerando-se que a motivação integra o
elemento forma e está ligada ao princípio da publicidade, a sua ausência ou deficiência
implica em vício de forma. Portanto, letra B é a resposta correta. A motivação será estudada
na questão 5. 
4. (TCE-CE, FCC - Auditor - 2006) O “mérito administrativo” mostra-se compatível com o
poder 
a) discricionário e com o elemento “competência” do ato administrativo. 
b) discricionário e com o elemento “motivo” do ato administrativo. 
1 “O instrumento de contrato é obrigatório nos casos de concorrência e de tomada de preços, bem como
nas dispensas e inexigibilidades cujos preços estejam compreendidos nos limites destas duas
modalidades de licitação, e facultativo nos demais em que a Administração puder substituí-lo por outros
instrumentos hábeis, tais como carta-contrato, nota de empenho de despesa, autorização de compra ou
ordem de execução de serviço.” 
 
 
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c) vinculado e com o elemento “forma” do ato administrativo. 
d) vinculado e com o elemento “finalidade” do ato administrativo. 
e) vinculado e com o elemento “objeto” do ato administrativo. 
Apresentei essa questão, cuja resposta correta é letra B, para tratar do elemento objeto, que na
assertiva E é apresentado como elemento vinculado, o que constitui equívoco. 
O mérito administrativo, indicado na assertiva, é justamente o aspecto do ato administrativo
que diz respeito à conveniência e oportunidade de sua prática, estando presente apenas nos
atos discricionários. O mérito está associado aos elementos motivo e objeto. 
O objeto é o resultado imediato que o agente público produz com a prática do ato
administrativo. 
Maria Sylvia Di Pietro ensina que objeto ou conteúdo “é o efeito jurídico imediato queo ato
produz”. 
Há autores que não aceitam a utilização das expressões “objeto” e “conteúdo” como sinônimas.
Dentre eles, segue magistério de Raquel Melo Urbano de Carvalho, adotando as lições de
Celso Antônio Bandeira de Mello: 
“Entende-se que a noção de conteúdo distingue-se da idéia de objeto do ato administrativo.
O conteúdo é o que o ato prescreve. O objeto é a coisa ou a relação jurídica sobre a qual
recai o conteúdo. O conteúdo do ato de desapropriação é a aquisição originária de um bem
pelo Poder Público com a extinção da propriedade alheia. É isso que o ato dispõe; aquisição
pública e perda dominial daquele que sofre a intervenção. O objeto é o bem sobre o qual o
conteúdo (desapropriação) recai. Assim, se um Município desapropria um prédio para
construir uma escola (fundado em utilidade pública), o conteúdo é a aquisição originária do
imóvel pelo ente político e o objeto é o prédio objeto da desapropriação”. 
Se o ordenamento jurídico confere ao agente público apenas um comportamento, o objeto será
elemento vinculado. 
Todavia, caso o agente tenha liberdade de escolha, o objeto será considerado discricionário. 
Nos atos discricionários objeto e motivo formam o denominado mérito do ato
administrativo. 
 
 
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José dos Santos Carvalho Filho, ilustrando esta lição, cita exemplo de objeto vinculado a
licença para exercer profissão, pois se o interessado preenche todos os requisitos legais para o
exercício da profissão em todo o território nacional, não pode o agente público negá-la ou
restringir o âmbito do exercício da profissão. Quanto ao objeto discricionário, seu exemplo é de
autorização para funcionamento de um circo em praça pública, em que o ato pode fixar o limite
máximo de horário em certas circunstâncias, ainda que o interessado tenha formulado pedido
de funcionamento em horário além do que o ato veio a permitir. 
Haverá vício de objeto quando o resultado perseguido pelo agente com a prática do ato
importar em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo. 
(FJG/2002/CONTROLADOR DE ARRECADAÇÃO/PREF. RJ) O vício de objeto do ato
administrativo, como definido no direito positivo brasileiro, ocorre quando: 
A) o interesse público a atender é mediato 
B) o interesse público coincide com o interesse privado no conteúdo do ato 
C) o administrador deixa de explicitar as razões e os fundamentos da decisão 
D) o resultado do ato importa em violação de lei, regulamento ou outro ato normativo 
5. (Tribunal Regional Eleitoral do Alagoas/2010/Técnico Judiciário/Administrativa/FCC) 
Sobre o motivo, como requisito do ato administrativo, é INCORRETO afirmar que 
a) motivo e móvel do ato administrativo são expressões que não se equivalem. 
b) motivo é o pressuposto de fato e de direito que serve de fundamento ao ato administrativo. 
c) a sua ausência invalida o ato administrativo. 
d) motivo é a causa imediata do ato administrativo. 
e) motivo e motivação do ato administrativo são expressões equivalentes. 
O motivo é o pressuposto de fato ou de direito que justifica a pratica do ato
administrativo, sendo que o pressuposto de fato corresponde ao acontecimento que levou a
Administração Pública a praticar o ato, enquanto o pressuposto de direito é o dispositivo legal
em que se baseia o ato. 
É a matéria de fato ou de direito em que se fundamenta o ato administrativo, sendo
também denominado de causa. 
Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo citam os seguintes exemplos de motivo: “na concessão
de licença paternidade, o motivo será sempre o nascimento do filho do servidor; na punição do
servidor, o motivo é a infração por ele cometida; na ordem para demolição de um prédio, o 
 
 
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motivo é o perigo que ele representa, em decorrência de sua má conservação; no tombamento, 
o motivo é o valor histórico do bem; etc.”. 
Da mesma forma que o objeto, o motivo pode ser tanto elemento discricionário como vinculado. 
Haverá vício de motivo quando a matéria de fato ou de direito em que se fundamenta o ato for 
materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado pretendido pelo agente 
público com a prática do ato. 
(ESAF/MPOG/2002) Quando a matéria, de fato ou de direito, em que se fundamenta o
ato administrativo é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao
resultado obtido, estamos diante de vício quanto ao seguinte elemento do ato
administrativo: 
a) forma b) competência c)motivo d) objeto e) finalidade 
(FJG/CONTROLADOR DE ARRECADAÇÃO/RIO DE JANEIRO/2002) O vício de motivo
do ato administrativo, como definido no direito positivo brasileiro, se verifica quando: 
a) a autoridade praticou o ato contrariamente ao parecer de órgão técnico 
b) a relação custo-benefício proporcionada pelo ato for inferior ao resultado esperado 
c) a autoridade avaliou incorretamente as circunstâncias determinantes da ação
administrativa 
d) a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato, é materialmente
inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado obtido 
(Tribunal de Justiça do Estado do Amapá/2009/Analista Judiciário/Judiciária/FCC) A
situação na qual a matéria de fato ou de direito, em que se fundamenta o ato
administrativo, é materialmente inexistente ou juridicamente inadequada ao resultado
obtido caracteriza o vício dito pela Lei 
a) ilegalidade do objeto. 
b) desvio de finalidade. 
c) desvio de poder. 
d) inexistência dos motivos. 
e) ausência de motivação. 
(Tribunal de Justiça do Estado do Amapá/2009 – Técnico Judiciário – Judiciária)
Suponha que um servidor público pratique um ato, de boa-fé, fundamentando tal ato
na ocorrência de um fato, fato esse que, posteriormente, se comprove não ter
existido. Essa situação caracteriza o que a lei chama de 
a) desvio de finalidade, que constitui um vício do ato administrativo. 
b) inexistência dos motivos, que constitui um vício do ato administrativo. 
c) ilegalidade do objeto, que constitui um vício do ato administrativo. 
d) incompetência, que não necessariamente constitui um vício do ato administrativo. 
e) falta de motivação, que não necessariamente constitui um vício do ato administrativo. 
Respondendo à questão apresentada para análise: não se deve confundir motivo com 
motivação (gabarito: letra E). Esta é a explicação por escrito do motivo, isto é, a exposição dos 
motivos que embasaram a prática do ato administrativo. 
 
 
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(CESPE PROCURADOR INSS 1999) A motivação de um ato administrativo deve
contemplar a exposição dos motivos de fato e de direito, ou seja, a regra de direito
habilitante e os fatos em que o agente se estribou para decidir. (correta) 
A motivação integra o elemento forma e está ligada ao princípio da publicidade. 
A motivação pode ser prévia ou contemporânea (simultânea) à prática do ato. 
O art. 50 da Lei 9.784/90 lista quais atos administrativos deverão conter motivação: 
“Art. 50. Os atos administrativos deverão ser motivados, com indicação dos fatos e dos
fundamentos jurídicos, quando: 
I - neguem, limitem ou afetem direitos ou interesses; 
II - imponham ou agravem deveres, encargos ou sanções; 
III - decidam processos administrativos de concurso ou seleção pública; 
IV - dispensem ou declarem a inexigibilidade de processo licitatório; 
V - decidam recursos administrativos; 
VI - decorram de reexame de ofício; 
VII - deixem de aplicar jurisprudência firmada sobre a questão ou discrepem de pareceres,
laudos, propostas e relatórios oficiais; 
VIII - importem anulação, revogação, suspensão ou convalidação de ato administrativo.” 
Amparando-se nesse dispositivo legal, José dos Santos Carvalho Filho sustenta que nem todos 
os atos administrativos dependem de motivação, só se podendo “considerar a motivação 
obrigatória se houver norma legal expressa nestesentido”. 
Contudo, Maria Sylvia Di Pietro, discordando do citado mestre, sustenta posição mais acertada, 
sendo a que você deve seguir na sua prova: 
“Entendemos que a motivação é, em regra, necessária, seja para os atos vinculados, seja
para os atos discricionários, pois constitui garantia de legalidade que tanto diz respeito ao
interessado como à própria Administração Pública; a motivação é que permite verificação, a
qualquer momento, da legalidade do ato, até mesmo pelos demais Poderes do Estado”. 
Raquel Melo Urbano de Carvalho segue pelas mesmas trilhas de Di Pietro: 
“Em face da Constituição de 1988, não remanesce a possibilidade de se falar em ato
administrativo desprovido de fundamentação. Na medida em que o contraditório e a ampla
defesa encontram-se erigidas como garantias no artigo 5º, LV, da Lei Maior, inadmissível
que a atuação administrativa surja desacompanhada das razões fáticas e jurídicas que a
justificaram, sob pena de, ausente a motivação, afigurar-se impossível o exercício
democrático das citadas garantias constitucionais”. 
(CESPE/MIN. PÚBLICO DO TCU/2004) Todo ato administrativo exige motivação, sob pena
de invalidade, podendo esta ser declarada pela autoridade hierárquica superior. (errada) 
 
 
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Nessa linha, a regra é a motivação dos atos administrativos, constituindo-se em exceções as
hipóteses em que a lei dispensar (ex. nomeação e exoneração de servidores para cargos em
comissão) ou quando a natureza do ato for com ela incompatível (ex. placas de trânsito). 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPRS/2003) O ato administrativo vinculado dispensa a
motivação. (errada) 
Por fim, uma expressão que você precisa conhecer: motivação aliunde. Trata-se da
motivação prevista no art. 50, §1º, da Lei 9.784/90 (trecho destacado): 
 
“§ 1º A motivação deve ser explícita, clara e congruente, podendo consistir em
declaração de concordância com fundamentos de anteriores pareceres, informações,
decisões ou propostas, que, neste caso, serão parte integrante do ato.” 
(ESAF/Analista MPU/2004) Um dos elementos essenciais à validade dos atos
administrativos é a motivação, que consiste na indicação dos seus pressupostos
fáticos e jurídicos, o que porém é preterível, naqueles que: 
a) importem anulação ou revogação de outro anterior 
b) dispensem ou declarem inexigível licitação 
c) apliquem jurisprudência indicada em parecer adotado 
d) importem ou agravem encargos ou sanções 
e) neguem, limitem ou afetem direitos 
(particularmente discordo dessa questão, pois considero que nesse caso houve sim
motivação, a denominada motivação aliunde) 
Por fim, associada ao motivo, apresenta-se a TEORIA DOS MOTIVOS DETERMINANTES, por
meio da qual a validade do ato administrativo vincula-se aos motivos apresentados com
seu fundamento. 
Dessa forma, se o agente indica um motivo falso ou inexistente será conseqüência inevitável a
nulidade do ato administrativo praticado. 
(JUIZ/TRT 9/2003) Sobre a teoria dos "motivos determinantes", pode-se afirmar que: 
I - Quando os atos administrativos tiverem sua prática motivada, ficam vinculados aos
motivos expostos, para todos os efeitos jurídicos. (correta) 
II - Havendo desconformidade entre os motivos determinantes e a realidade, o ato é
inválido. (correta) 
III - Quando a Administração motiva o ato, mesmo que a lei não exija a motivação, ele será
válido mesmo se os motivos não forem verdadeiros. (errada) 
(CESPE/SEJUS/ES/2009) O ato administrativo, quando motivado, somente é válido se os
motivos indicados forem verdadeiros, mesmo que, no caso, a lei não exija a motivação. 
 
 
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6. (Tribunal Regional Eleitoral do Alagoas/2010/Técnico Judiciário/Administrativa/FCC)
O ato administrativo praticado com fim diverso daquele objetivado pela lei ou exigido 
pelo interesse público caracteriza 
a) excesso de poder. 
b) desvio de finalidade. 
c) perda da finalidade. 
d) mera inadequação da conduta. 
e) crime de desvio de poder. 
Todo ato administrativo praticado pela Administração Pública tem como fim mediato atender
aos interesses da coletividade (finalidade em sentido amplo), bem como o resultado
específico que o ato deve produzir (finalidade em sentido restrito). 
(PROMOTOR DE JUSTIÇA/MPRS/2003) Atendendo o ato administrativo o interesse
público é irrelevante o cumprimento dos fins que a lei lhe destinou. 
(FJG/2005/AUXILIAR DE FISCAL/SMTU) O zelo da autoridade pelo fiel atendimento ao
interesse público corresponde ao seguinte elemento do ato administrativo: 
A) forma B) objeto C) finalidade D) competência 
O requisito da finalidade vincula-se à noção de permanente e necessária satisfação do
interesse público. 
(ESAF/TFC/SFC/2000) O requisito do ato administrativo que se vincula à noção de
permanente e necessária satisfação do interesse público é: 
a) objeto b) finalidade c) competência d) motivo e) forma 
(TÉCNICO DA RECEITA FEDERAL/05TECNOLOGIA DA INFORMAÇÃO/ESAF) Entre os
requisitos ou elementos essenciais à validade dos atos administrativos, o que mais
condiz, com o atendimento da observância do princípio fundamental da
impessoalidade, é o relativo à/ao 
a) competência. b) forma. c) finalidade. d) motivação. e) objeto lícito. 
A finalidade do ato administrativo é aquela que a lei indicada expressa ou implicitamente. 
A sua inobservância acarreta o vício denominado desvio de finalidade (desvio de poder),
que constitui espécie de abuso de poder. Por isso, a resposta da questão apresentada é letra 
B. 
 
 
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Portanto, na remoção de servidor como forma de punição está presente o desvio de finalidade, 
pois a lei não regula o instituto da remoção com este propósito, mas sim como meio de atender 
a necessidade de serviço. Outros exemplos: desapropriação de imóvel de desafeto político do 
prefeito municipal; aplicação de verba em educação quando a lei determina a sua aplicação na 
área de saúde. 
(ESAF/PFN/2003) A remoção de ofício de servidor público como punição por algum
ato por ele praticado caracteriza vício quanto ao seguinte elemento do ato
administrativo: 
a) motivo b) forma c) finalidade d) objeto e) competência 
(ESAF/ASSISTENTE JURÍDICO/AGU/99) Quando a autoridade remove servidor para
localidade remota, com o intuito de puni-lo, 
a) incorre em desvio de poder 
b) pratica ato disciplinar 
c) age dentro de suas atribuições 
d) não está obrigada a instaurar processo administrativo 
e) utiliza-se do poder hierárquico 
(AFRFB/2005/TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA/ESAF) Analise o seguinte ato
administrativo: O Governador do Estado Y baixa Decreto declarando um imóvel
urbano de utilidade pública, para fins de desapropriação, para a construção de uma
cadeia pública, por necessidade de vagas no sistema prisional. Identifique os
elementos desse ato, correlacionando as duas colunas. 
1- Governador do Estado 2- Interesse Público 
3- Decreto 4- Necessidade de vagas no sistema prisional 
5- Declaração de utilidade pública 
( ) finalidade ( ) forma ( ) motivo ( ) objeto ( ) competência 
a) 4/3/5/2/1 b) 4/3/2/5/1 c) 2/3/4/5/1 d) 5/3/2/4/1 e) 2/3/5/4/1 
(FJG/2005/AGENTE DE INSPEÇÃO/PREF. RJ) Se a autoridade competente declara de
utilidade pública, para fins de expropriação, fazenda de propriedade de inimigo político,
visando a afrontá-lo, embora invocado motivo de interesse público, caracteriza- se: 
a) tredestinação 
b) desvio de poder ou de finalidade 
c) ato eivado de abuso de autoridade 
d) exercício de poder político, imune de controle judicial 
7. (2007/FCC/TRE-PB/Analista Jud-Administrativa) A presunção de legitimidade é relativa 
ou juris tantum. 
Uma vez editado o ato administrativo há presunção, até prova em contrário (daí caracterizar-se 
como presunçãorelativa – presunção iuris tantum -, e não presunção absoluta), de que o 
mesmo foi confeccionado de acordo com a lei (presunção de legitimidade) e de que os fatos 
nele indicados são verdadeiros (presunção de veracidade). 
 
 
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Por essa explicação já foi possível concluir que a assertiva apresentada é verdadeira. 
(CESPE ATENDENTE JUDICIÁRIO TJBA 2003) O ato administrativo nulo pode produzir
seus efeitos enquanto não for declarada sua invalidade em razão da presunção de
legitimidade, atributo inerente a todos os atos administrativos. 
(CESPE/PROCURADOR INSS 1999) Os atos administrativos são dotados de presunção de
legitimidade e veracidade, o que significa que há presunção relativa de que foram emitidos
com observância da lei e de que os fatos alegados pela administração são verdadeiros.
(correta) 
(ESAF/AGU/98) O ato administrativo, a que falte um dos elementos essenciais de
validade, 
a) é considerado inexistente, independente de qualquer decisão administrativa ou judicial 
b) goza da presunção de legalidade, até decisão em contrário 
c) deve por isso ser revogado pela própria Administração 
d) só pode ser anulado por decisão judicial 
e) não pode ser anulado pela própria Administração 
(FISCAL DE RENDAS/ISS/RIO DE JANEIRO/2002) A presunção de legitimidade e de
veracidade, com que nascem os atos administrativos, é de natureza: 
a) absoluta e não admite prova que a desconstitua 
b) relativa e admite prova em contrário que a desconstitua 
c) excepcional, somente sendo afastável por lei específica 
d) mista, dependendo a sua desconstituição do tipo de prova que a Administração produza 
(AFC/2003/2004/ESAF) A presunção de legalidade dos atos administrativos, dotados do
atributo de imperatividade, impõe-lhes a coercibilidade, mesmo sendo ilegais, enquanto não
invalidados. (correta) 
(FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) O ato administrativo, em razão da supremacia de
poder pertinente à Administração Pública, é dotado da presunção jure et de jure de
legitimidade. (errada) 
(FJG/2002/FISCAL DE TRIBUTOS/PREF. RJ) A presunção de legitimidade e de
veracidade, com que nascem os atos administrativos, é de natureza: 
a) absoluta e não admite prova que a desconstitua 
b) relativa e admite prova em contrário que a desconstitua 
c) excepcional, somente sendo afastável por lei específica 
d) mista, dependendo a sua desconstituição do tipo de prova que a Administração produza 
(2007/FCC/TRE-PB/Analista Jud-Administrativa) A presunção de legitimidade tem o
conceito de que os fatos alegados pela Administração supõem-se como verdadeiros.
(errada – presunção de veracidade) 
A presunção de legitimidade e de veracidade decorre do princípio constitucional da legalidade 
(art. 37, CF), não dependendo de lei expressa, pois deflui da própria natureza do ato, como ato 
emanado de agente integrante da estrutura do Estado. 
Maria Sylvia Di Pietro lista três conseqüências desse atributo: 
 
 
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• enquanto não decretada a invalidade do ato pela própria Administração ou pelo Judiciário,
ele produzirá efeitos da mesma forma que o ato válido, devendo ser cumprido; 
(FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) Enquanto não for decretada a invalidade, o ato
administrativo nulo pode ser executado em razão da presunção de legitimidade. (correta) 
• o Judiciário não pode apreciar de ofício (ex officio) a validade dos atos administrativos; 
• a presunção de veracidade inverte o ônus da prova, cabendo ao administrado
destinatário do ato provar a sua ilegalidade. 
(ESAF/Contador Recife/2003) A inversão do ônus da prova, característica do direito
administrativo, relaciona-se com o seguinte atributo do ato administrativo: 
a) imperatividade 
b) autoexecutoriedade 
c) presunção de legitimidade 
d) exigibilidade 
e) coercibilidade 
Pode-se acrescentar como conseqüências: 
• possibilidade de a decisão administrativa ser executada imediatamente 
(autoexecutoriedade); 
• constitui o particular em obrigações unilateralmente, ou seja, independentemente de sua
concordância (imperatividade). 
(ESAF/ Especialista em Pol. Públ. e Gest. Gov./ MPOG/2000) No âmbito do regime
jurídico-administrativo, a presunção de legitimidade dos atos da Administração
Pública não se caracteriza por: 
a) classificar-se como presunção absoluta 
b) admitir a execução imediata da decisão administrativa 
c) ter o efeito de inverter o ônus da prova 
d) criar obrigações para o particular, independentemente de sua aquiescência 
e) admitir prova em contrário 
8. (FCC/2010/AL-SP/Agente Técnico Legislativo Especializado) A imperatividade,
enquanto atributo do ato administrativo, traz como consequência a 
a) produção de efeitos do ato, enquanto não decretada a sua invalidade ou nulidade. 
b) imposição a terceiros, independentemente de sua concordância, dos atos que
estabelecem obrigações. 
 
 
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c) possibilidade de execução pela própria Administração, independentemente da
intervenção do Poder Judiciário. 
d) não necessidade de enquadramento do ato em determinada forma pré-estabelecida. 
e) aplicação, em situações concretas, do princípio da supremacia do interesse público
sobre o privado. 
Pelo atributo da imperatividade a Administração Pública impõe sua vontade aos
administrados independentemente da concordância destes. Ou seja, os administrados
serão constituídos unilateralmente em obrigações pela Administração. 
(CESPE FISCAL INSS 2001) De acordo com a teoria dos motivos determinantes, é lícito
à administração pública impor um ato administrativo seu a terceiros, independentemente da
concordância do afetado. (errada) 
(CESPE/PROCURADOR INSS 1999) Imperatividade é o atributo pelo qual os atos
administrativos se impõem a terceiros, independentemente de sua concordância. (correta) 
(2007/FCC/TRE-PB/Analista Jud-Administrativa) A imperatividade ocorre naqueles atos
em que impõem obrigações a terceiros, independentemente de sua concordância. (correta) 
Decorre do poder extroverso do Estado, que permite ao Poder Público editar provimentos que
vão além da esfera jurídica do sujeito emitente, ou seja, que interferem na esfera jurídica de
outras pessoas, constituindo-as unilateralmente em obrigações. 
(ESAF/AFRF/2003) O denominado poder extroverso do Estado ampara o seguinte
atributo do ato administrativo: 
a) imperatividade b) presunção de legitimidade c) exigibilidade 
d) tipicidade e) executoriedade 
(FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) A autoexecutoriedade decorre do denominado
poder extroverso do Estado. (errada) 
Tal atributo não está presente em todos os atos administrativos, mas tão somente naqueles
que impõe obrigações. Desta forma, inexiste, por exemplo, nos atos enunciativos (certidões,
atestados, pareceres) e nos negociais (licenças, permissões, autorizações). 
(FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) Sendo seu atributo, todos os atos administrativos
têm imperatividade. (errada) 
(FUNIVERSA/2009/PC-DF/Agente de Polícia) Classificados como atos administrativos, os
pareceres jurídicos, conforme recente decisão do Supremo Tribunal Federal, podem ser
alvo de mandado de segurança. (incorreta) 
Vale ressaltar que mesmo nos casos em que o ato administrativo esteja sendo questionado
administrativa ou judicialmente pelo particular, ainda assim o ato poderá ser imposto 
 
 
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imediatamente, salvo nas hipóteses de impugnação ou recurso administrativo com efeito
suspensivo ou decisão judicial que impeça a sua aplicação. 
Analisando a questão escolhida para comentário, temos que a letra “a” se refere à presunção
de legitimidade e de veracidade; letra “b”, resposta correta, pois se refere à imperatividade; e
letra “c”, refere-se ao atributo da autoexecutoriedade. As letras “d” e “e” não guardam relação
com atributosdos atos administrativos. 
9. (FCC/ANALISTA DO MINISTÉRIO PÚBLICO/DIREITO /SE/2009) A Administração
Pública pode editar atos administrativos e cumprir suas determinações sem
necessidade de oitiva ou autorização prévia do Poder Judiciário ou de qualquer outra
autoridade. Tem-se aí a definição de um dos atributos do ato administrativo, consistente
na 
a) inexorabilidade de seus efeitos. 
b) inafastabilidade do controle jurisdicional. 
c) presunção de legitimidade. 
d) autoexecutoriedade. 
e) insindicabilidade. 
Por meio do atributo da autoexecutoriedade, resposta da questão acima, o ato administrativo
pode ser posto em execução independentemente de manifestação do Poder Judiciário. Como
exemplo, o agente da fiscalização não depende de ordem judicial para interditar um
estabelecimento comercial que não possua alvará de funcionamento. 
(FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) É atributo do ato
administrativo, dentre outros, 
a) a competência. 
b) a forma. 
c) a finalidade. 
d) a autoexecutoriedade. 
e) o objeto. 
(FJG/2005/AUXILIAR DE FISCAL/SMTU) A possibilidade de o ato administrativo ser
imediatamente exigível sem a necessidade de intervenção do Poder Judiciário é
garantida pelo seguinte atributo: 
a) tipicidade 
b) autoexecutoriedade 
c) presunção de veracidade 
d) presunção de legitimidade 
 
 
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(2007/FCC/TRE-PB/Analista Jud-Administrativa) O ato administrativo pode ser praticado
pela própria Administração Pública, independentemente da intervenção do Poder Judiciário,
em face da autoexecutoriedade. (correta) 
Da mesma forma que os demais atributos do ato administrativo, a autoexecutoriedade decorre
do princípio da supremacia do interesse público, típico do regime jurídico administrativo. 
(CESPE/DEFENSOR PÚBLICO UNIÃO 2001) O atributo da autoexecutoriedade do ato
administrativo decorre do princípio da supremacia do interesse público, típico do regime de
direito administrativo. (correta) 
(FUNIVERSA/2009/ADASA/Advogado) Os atributos de imperatividade e da
autoexecutoriedade confundem-se. (errada) 
A autoexecutoriedade não está presente em todos os atos administrativos, como ocorre na
cobrança de multas resistida pelo particular (atentar para o fato de que a aplicação da multa
é auto-executória). 
(FUNIVERSA/2009/PC-DF/Agente de Polícia) Como decorrência da prerrogativa da
autoexecutoriedade dos atos administrativos, tem-se que as ações do Estado como
demolição de obra, destruição de bens impróprios ao consumo e cobrança de multas são
auto-executáveis. (errada) 
Quanto à cobrança de multa, Marcelo Alexandrino e Vicente Paulo apresentam exceção, ou
seja, situação em que a cobrança de multa será auto-executória. Trata-se da hipótese prevista
no art. 80, inciso III, da Lei 8.666/80, que permite à Administração Pública reter da garantia
oferecida pelo particular o valor equivalente à multa administrativa devida por este pelo
descumprimento do contrato administrativo. 
Muito valiosa a lição da consagrada Maria Sylvia Di Pietro ao indicar as duas hipóteses em que
estará presente a autoexecutoriedade: 
• quando expressamente prevista em lei; 
• quando se tratar de medida urgente que, caso não adotada de imediato, possa ocasionar
prejuízo maior para o interesse público (nesse caso, a autoexecutoriedade não estará
prevista expressamente na lei). 
(CESPE/MIN. PÚBLICO DO TCU/20004) A autoexecutoriedade, atributo inerente aos atos
administrativos, só não está presente quando vedada expressamente por lei. (errada) 
Com efeito, Celso Antônio Bandeira de Mello não adota a expressão “autoexecutoriedade”,
mas sim executoriedade e exigibilidade. 
 
 
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Conceitua executoriedade como “a qualidade pela qual o Poder Público pode compelir
materialmente o administrado, sem precisão de buscar previamente as vias judiciais, ao
cumprimento da obrigação que impôs e exigiu”. 
Quando à exigibilidade, assim se pronuncia: “é a qualidade em virtude da qual o Estado, no
exercício da função administrativa, pode exigir de terceiros o cumprimento, a observância, das
obrigações que impôs. Não se confunde com imperatividade, pois, através dela, apenas se
constitui uma dada situação, se impõe uma obrigação. A exigibilidade é o atributo do ato pelo
qual se impele à obediência, ao atendimento da obrigação já imposta, sem necessidade de
recorrer ao Judiciário para induzir o administrado a observá-la”. 
A diferença entre executoriedade e exigibilidade consiste no fato de esta não garantir, por si só,
a possibilidade de coerção material, o que leva à conclusão de que há atos dotados de
exigibilidade, mas que não possuem executoriedade. No exemplo de Celso Antônio Bandeira
de Mello, a Administração pode exigir que o administrador comprove estar quite com os
impostos municipais relativamente a um imóvel para expedir o alvará de construção, mas não
pode obrigar o administrado, por meios próprios, a pagar o imposto. 
Quando a executoriedade está presente, a Administração pode compelir materialmente o
administrado, como o faz na apreensão de mercadorias, interdição de estabelecimento
comercial, dissolução de passeata e etc.. 
10. (Técnico Judiciário/TRT 21ª Região/2003/FCC) Considere os seguintes
atributos do ato administrativo: 
I - Determinados atos administrativos que se impõem a terceiros, independentemente
de sua concordância; 
II - O ato administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei
como aptas a produzir determinados resultados; 
a) imperatividade e à tipicidade 
b) autoexecutoriedade e à legalidade 
c) exigibilidade e à legalidade 
d) legalidade e à presunção de legitimidade 
e) tipicidade e à imperatividade 
 
 
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TIO último atributo do ato administrativo é a T IPIC PI IDCI ADDA E.DE . 
É atributo corolário (consequência) do princípio da legalidade, significando que o ato
administrativo deve corresponder a figuras definidas previamente pela lei como aptas à
produção de efeitos. Para cada pretensão da Administração Pública há um ato definido em lei,
o que impede a prática de atos inominados. 
Como exemplos: se o Poder Público vai realizar um concurso público precisa divulgá-lo, a lei
prevê a figura do edital como ato administrativo que atenda a esse objetivo; se vai realizar um
pregão, a lei prevê a utilização do aviso. 
Dessa forma, alternativa correta letra A. 
11. (FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Tendo em vista a
classificação dos atos administrativos, é correto afirmar que os atos vinculados são
aqueles 
a) destinados a vincular um servidor a uma determinada repartição ou órgão. 
b) para os quais a lei estabelece alguns requisitos deixando ao arbítrio do agente a escolha de
outros. 
c) para os quais a lei estabelece todos os requisitos e condições para sua realização. 
d) para cuja prática o administrador tem liberdade de escolha quanto à conveniência e
oportunidade. 
e) baixados pela autoridade maior do órgão público e que são de cumprimento obrigatório
pelos funcionários subordinados. 
O ato administrativo vinculado é também denominado de regrado. Está presente quando a
lei regula todos os aspectos da atuação estatal. Ou seja, diante de determinada situação, o
agente publico não terá opções em sua conduta, pois a lei já regulou exaustivamente a prática
do ato. Simplesmente executará o ato de acordo com o único possível comportamento definido
na legislação. 
(CESPE/FISCAL INSS/97) Caso exista norma jurídica válida, prevendo que o atraso no
recolhimento de contribuição previdenciária enseja multa de 5% calculada sobre o valor
devido, a aplicação desse dispositivo legal será definida como atividade discricionária. 
(errada) 
 
 
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(ESAF/AFC/STN/2008) Oato administrativo será discricionário quando a lei não deixar
margem de liberdade para a atuação do administrador e fixar a sua única maneira de agir
diante do preenchimento de determinados requisitos. (errada) 
Como exemplo, qualquer espécie de aposentadoria para servidor público, pois, se o
interessado preencheu os requisitos legais, a autoridade competente fica obrigada a deferir o
pedido. Diante desse pedido, a autoridade não terá opções, pois a lei regrou completamente o
seu modo de atuar. 
Outros exemplos: licença para exercer profissão regulamentada; licença para
funcionamento de estabelecimento comercial; licença de servidor civil federal para
exercer atividade política (Lei 8.112/90, art. 81, IV); remoção de servidor civil federal para
acompanhar cônjuge ou companheiro, também servidor público civil ou militar, que foi
deslocado no interesse da Administração (Lei 8.112/90, art. 36, III, a) e exoneração de
servidor em estágio probatório. 
Portanto, na questão apresentada, resposta é letra “c”. 
12. (FCC/TRT16/ANALISTA JUD/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2009) Quando se fala em ato
administrativo discricionário, quer dizer que a lei deixa certa margem de liberdade de decisão
para a autoridade, diante do caso concreto, de forma que ela poderá optar por uma dentre
várias soluções possíveis. 
Diferentemente do que ocorre no ato vinculado, no discricionário, em que pese o agente
público também estar adstrito à lei, esta não regula inteiramente a atuação estatal,
deixando certa margem de liberdade para decisão diante do caso concreto. Dessa
explicação já é possível concluir que a assertiva acima está correta. 
(ESAF/ANALISTA EM PLANEJAMENTO, ORÇAMENTO E FINANÇAS PÚBLICAS/2009) 
Ato administrativo discricionário é aquele em que a lei não deixou opções, estabelecendo
que, diante de determinados requisitos, a Administração deve agir de tal ou qual forma.
(Gabarito: errada) 
(CESPE/AFCE/TCU/1998) O poder discricionário de que o poder público é eventualmente
titular decorre da ausência de lei disciplinando sua atuação. (Gabarito: errada) 
(ESAF/TÉCNICO/RECEITA/2005) O ato administrativo, – para cuja prática a Administração
desfruta de uma certa margem de liberdade, porque exige do administrador, por força da
maneira como a lei regulou a matéria, que sofresse as circunstâncias concretas do caso, de
tal modo a ser inevitável uma apreciação subjetiva sua, quanto à melhor maneira de
proceder, para dar correto atendimento à finalidade legal, – classifica-se como sendo 
a) complexo. b) de império. c) de gestão. d) vinculado. e) discricionário. 
 
 
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(FCC/TRT16/Anal. Jud/execução de mandados/2009) Quando se fala em ato
administrativo discricionário, quer dizer que 
a) o controle judicial é impossível, pois, a autoridade tem liberdade de atuação na prática
do ato administrativo. 
b) a lei deixa certa margem de liberdade de decisão para a autoridade, diante do caso 
concreto, de forma que ela poderá optar por uma dentre várias soluções possíveis. 
c) a autoridade competente tem arbitrariedade para atuar, podendo, desde que
justificadamente, ultrapassar os limites estabelecidos na lei. 
, em sentido estrito, do ato d) a autoridade tem liberdade de atuação quanto à finalidade
administrativo. 
e) na parte referente à conveniência, a autoridade não tem liberdade de escolha, devendo
obedecer ao que dispõe a lei. 
A escolha do agente público, que se pautará em critérios de conveniência e de oportunidade, 
deverá ser aquela que propicie melhores resultados para o interesse público. 
(ESAF/AFRF/2001) Em relação à discricionariedade, tem por fundamento o binômio
“conveniência e oportunidade” (correta) 
(ESAF/AGU/98) Quando a valoração da conveniência e oportunidade fica ao talante da
Administração, para decidir sobre a prática de determinado ato, isto consubstancia
na sua essência 
a) a sua eficácia b) a sua executoriedade c) a sua motivação 
d) o poder vinculado e) o mérito administrativo 
O mérito é justamente o aspecto do ato administrativo que diz respeito à conveniência e 
oportunidade de sua prática, estando presente apenas nos atos discricionários. 
(ESAF/TRF/2002-2) O mérito é aspecto do ato administrativo que, particularmente, diz
respeito à (ao): 
a) conveniência de sua prática b) sua forma legal c) sua motivação fática 
d) princípio da legalidade e) poder vinculado 
(AFRFB/2005/TRIBUTÁRIA E ADUANEIRA/ESAF) Motivo e objeto formam o denominado
mérito do ato administrativo. (correta) 
Portanto, a discricionariedade administrativa decorre da possibilidade legal de o agente público 
poder escolher entre mais de um comportamento, desde que analisados os aspectos de 
conveniência e oportunidade. 
(FCC/TRT16/ANAL. JUD/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2009) Quando se fala em ato
administrativo discricionário, quer dizer que na parte referente à conveniência, a autoridade
não tem liberdade de escolha, devendo obedecer ao que dispõe a lei. (Gabarito: errada) 
(ESAF/Analista MPU/2004) A discricionariedade manifesta-se, exclusivamente, quando a
lei expressamente confere à administração competência para decidir em face de uma
situação concreta. (errada – competência é elemento vinculado do ato administrativo) 
 
 
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(ESAF/AFRF/2001) Em relação à discricionariedade, somente ocorre quando a lei
expressamente confere à Administração o poder de exercê-la. (errada) 
Assim, são exemplos de atos administrativos discricionários: nomeação e exoneração de 
ocupantes de cargos em comissão (conhecidas como nomeação ad nutum e exoneração ad 
nutum); autorização de porte de arma (enquanto as licenças são exemplos de atos 
vinculados, as autorizações são exemplos de discricionários); gradação de penalidades 
disciplinares (fixação, por exemplo, dos dias em que determinado servidor ficará suspenso) e 
conversão da penalidade de suspensão de servidor em multa, na base de 50% por dia de 
vencimento ou remuneração (Lei 8.112/90, art. 130, §2º). 
(ESAF/ASSISTENTE JURÍDICO/AGU/1999) Assinale a letra que contenha a ordem que
expresse a correlação correta: 
1 – ato vinculado 
2 – ato discricionário 
( ) aposentadoria compulsória por implemento de idade 
( ) gradação de penalidade em processo administrativo 
( ) nomeação de servidor para cargo em comissão 
( ) exoneração de servidor em estágio probatório 
( ) concessão de alvará para atividade comercial 
a) 2/1/1/2/2 b) 1/2/2/1/1 c) 2/2/2/1/1 d) 1/2/1/2/1 e) 1/1/2/2/2 
(UnB/CESPE/SEPLAG/DETRAN/DF/2009) Considere a seguinte situação hipotética. José
é deputado distrital e foi nomeado secretário de obras do Distrito Federal (DF), onde
exerceu suas atribuições por dois anos. Ocorre que o governador do DF decidiu exonerá-lo.
Nessa situação, por ser um ato administrativo vinculado, a exoneração de José deve
necessariamente ser motivada. (errada) 
(ESAF/ADVOGADO/IRB/2006) Assinale a opção que contemple dois exemplos de atos
administrativos que não são passíveis de extinção por revogação. 
a) Autorização para porte de arma/ licença para o exercício de profissão regulamentada. 
b) Autorização para uso de bem público/ edital que declare abertas as inscrições para 
concurso público. 
c) Edital de licitação na modalidade de concorrência/ alvará de autorização de
funcionamento. 
d) Posse candidato aprovado em concurso público e previamente nomeado/ atestado
médico emitido por servidor público médico do trabalho. 
e) Homologação de concurso público/ ato que declare dispensa de licitação. 
Tomando-se como referência os elementos do ato administrativo (competência, forma, motivo, 
objeto e finalidade), pode-se afirmar que mesmo nos atos discricionários os elementos 
competência, forma (há exceções) e finalidade permanecerão vinculados, enquanto motivo e 
objeto serão discricionários. 
(ESAF/ANALISTA MPU/2004) O poderdiscricionário pode ocorrer em qualquer elemento
do ato administrativo. (errada) 
 
 
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(CESPE/AFCE/TCU/1998) Caracteriza o pode discricionário a faculdade que se outorga ao
administrador para escolher a forma pela qual o ato será praticado. (errada – a forma, em
regra, é elemento vinculado) 
(CESPE/AFCE/TCU/1998) Em qualquer ato administrativo, considerar-se-ão sempre
vinculados os elementos da competência, finalidade e forma (a forma pode ser
discricionária em alguns atos administrativo, como nos praticados de acordo com a Lei 
9.784/99, que rege o processo administrativo no âmbito da administração pública federal). 
(CESPE/PAPILOSCOPISTA/PF/2000) Quando a lei admite que a autoridade administrativa
pratique ato administrativo com base no poder discricionário, a autoridade poderá
estabelecer a competência para a prática do ato. (errada) 
(ESAF/AFRF/2001) Em relação à discricionariedade, jamais se manifesta em relação ao
sujeito do ato administrativo. (correta) 
(ESAF/AFRF/2001) Em relação à discricionariedade, não está presente em todos os
elementos do ato administrativo. (correta) 
(FCC/TRT16/ANAL. JUD/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2009) Quando se fala em ato
administrativo discricionário, quer dizer que a autoridade tem liberdade de atuação quanto
à finalidade, em sentido estrito, do ato administrativo. (errada) 
(ESAF/ANALISTA JURÍDICO/CE/2006) Assinale a opção que contenha os elementos do
ato administrativo passíveis de reavaliação quanto à conveniência e oportunidade no caso
de revogação. 
a) Competência/finalidade b) Motivo/objeto c) Forma/motivo 
d) Objeto/finalidade e) Competência/forma 
(ESAF/TÉCNICO ADMINISTRATIVO/ANEEL/2004) Relativamente à vinculação e
discricionariedade dos atos administrativos, correlacione as colunas apontando como
vinculado ou discricionário cada um dos elementos do ato administrativo e assinale a opção
correta. 
1. Vinculado 2. Discricionário 
( ) Competência. ( ) Forma. ( ) Motivo. ( ) Finalidade. ( ) Objeto. 
a) 1 / 1 / 2 / 1 / 2 
b) 2 / 2 / 1 / 1 / 2 
c) 1 / 1 / 1 / 2 / 2 
d) 2 / 2 / 2 / 1 / 1 
e) 1 / 2 / 2 / 1 / 2 
(FJG/2005/FISCAL DE TRANSPORTES/PREF. RJ) Atos administrativos discricionários são
aqueles em que há valoração quanto aos seguintes elementos: 
a) competência e forma 
b) finalidade e motivo 
c) forma e finalidade 
d) motivo e objeto 
(FCC/2010/TRF/4ª REGIÃO/Analista Judiciário/Taquigrafia) Tendo em vista os
requisitos do ato administrativo, observa- se que, quanto aos atos discricionários, o
núcleo do que costuma ser denominado pela doutrina de mérito administrativo é
formado pelos elementos 
a) competência e objeto, os quais não podem ser apreciados pelo Judiciário. 
b) motivo e objeto, os quais não estão sujeitos, em princípio, à apreciação judicial. 
c) finalidade e motivo, os quais sempre devem ser apreciados pelo Judiciário. 
d) objeto e forma, ambos suscetíveis de apreciação judicial em qualquer hipótese. 
e) finalidade e competência, ambos insuscetíveis de apreciação pelo Judiciário. 
 
 
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Daí estar correta a afirmação de que nos atos discricionários a discricionariedade não é
absoluta, mas sim relativa, pois nem todos os seus elementos são discricionários; ao
passo que nos atos vinculados a vinculação é absoluta, porque todos os elementos são
vinculados. 
(ESAF/AFC/STN/2008) A discricionariedade presente num ato administrativo nunca é total,
pois, em geral, ao menos a competência, a forma e a finalidade são elementos definidos em
lei e, portanto, vinculados. (correta) 
Importante também destacar que discricionariedade não se confunde com arbitrariedade,
pois essa constituiu ofensa a ordem jurídica. Agindo dessa forma um agente público
inevitavelmente terá seu ato anulado por conta de sua ilegalidade. 
Da mesma forma, é errado afirmar que discricionariedade significa ausência de lei
disciplinando a atuação do agente público, bem como que a discricionariedade só se faz
presente quando a lei expressamente confere à Administração Pública a prerrogativa para
exercê-la. 
Por fim, vale destacar que os atos discricionários têm como limite a lei, e não os critérios
conveniência e oportunidade. Não se pode esquecer que a liberdade que o agente público
possui para a prática do ato administrativo é concedida e delimitada pela lei. 
(FCC/TRT16/ANAL. JUD/EXECUÇÃO DE MANDADOS/2009) Quando se fala em ato
administrativo discricionário, quer dizer que a autoridade competente tem arbitrariedade
para atuar, podendo, desde que justificadamente, ultrapassar os limites estabelecidos
na lei. (Gabarito: errada) 
(ESAF/ESPECIALISTA EM POL. PÚBL. E GEST. GOV./MPOG/2002) O ato
administrativo discricionário tem por limite: 
a) a consciência do administrador 
b) os costumes administrativos 
c) a norma legal 
d) os critérios de conveniência e oportunidade 
e) a decisão do juiz quanto ao mérito do ato 
Dessa necessária conformação do ato administrativo com o ordenamento jurídico decorre a
possibilidade de o Poder Judiciário exercer controle sobre a legalidade da discricionariedade
administrativa, preservando-se, contudo, a liberdade assegurada pela lei ao agente público. 
Para o exercício de tal controle, o Poder Judiciário deverá confrontar o ato discricionário
com a lei e com os princípios administrativos, em especial com os da razoabilidade e da
proporcionalidade, o que lhe propiciará aferir a legalidade do ato. 
 
 
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(ESAF/ANALISTA MPU/2004) O princípio da razoabilidade é o único meio para se verificar
a extensão da discricionariedade no caso concreto. (errada) 
13. (FCC/2010/TRE-AC/Técnico Judiciário/Área Administrativa) Sobre a anulação do ato
administrativo, considere: 
I. A anulação é a declaração de invalidação de um ato administrativo ilegítimo ou ilegal, feita
pela própria Administração ou pelo Poder Judiciário. 
II. Em regra, a anulação dos atos administrativos vigora a partir da data da anulação, isto é,
não tem efeito retroativo. 
III. A anulação feita pela Administração depende de provocação do interessado.
Está correto o que se afirma APENAS em 
a) I. b) I e II. c) II. d) II e III. e) III. 
Após o estudo das explicações abaixo você chegará à conclusão de que apenas a assertiva III
está incorreta, pois a anulação pela Administração, decorrente do exercício da autotutela, pode
ser realizada de ofício ou mediante provocação. 
 
A anulação ocorre quando o ato administrativo é extinto sob o fundamento de ser ilegal. 
(TJ/RJ/ANALISTA/2008/CESPE) O vício contido em decreto pode ser reconhecido pelo
próprio governador que o editou, que deverá revogar o referido decreto, por vício de
ilegalidade. (adaptada) (Gabarito: errada - anular) 
(CESPE PROCURADOR INSS 2000) Uma decisão administrativa de realizar uma licitação
pode ser anulada pelo superior hierárquico de quem a tomou, por entender que a abertura
de licitação não é conveniente naquele momento. (errada) 
(ESAF/ANALISTA RECIFE/2003) O ato administrativo que contenha vício insanável de
legalidade: 
a) deve ser anulado, com efeito retroativo. 
b) deve ser revogado, respeitado o direito adquirido. 
c) pode ser anulado, respeitado o direito adquirido. 
d) pode ser anulado, com efeito ex nunc. 
e) pode ser revogado, com efeito retroativo. 
(CESPE/FISCAL INSS/97) Não cabe ao Judiciário indagar do objeto visado pelo agente
público ao praticar determinado ato, se verificar que o administrador atuou nos limites de
sua competência. (errada) 
(TCU/Analista de Controle externo/05/06) Assinale entre os atos administrativos
abaixo aquele que não está viciado. 
. a) Ato de remoção de servidor para localidade distante como forma de punição 
b) Portaria de presidente de autarquia rodoviária declarando imóvel de utilidade pública
para fins de desapropriação.

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