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A CULTURA PARA MAX WEBER

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Conceito de cultura para Weber
 Max Weber desenvolve um conceito semiótico de cultura, ou seja, sua concepção de cultura refere-se à forma como o indivíduo dá significado a tudo que o cerca. Assim, ele concebe os fenômenos culturais como se fossem produtores de significados. 
 Weber foi além da concepção segundo a qual cultura é toda produção humana dotada de sentido e partilhada pelos indivíduos em sociedade. Assim, a religião, os costumes de um povo, o sistema de produção, a moeda, as leis, etc., são manifestações culturais.
 Essas manifestações culturais são dotadas de valor e pressupõem, para sua existência em comum, um compartilhamento de sentidos, ou seja, uma aceitação tácita e recíproca do seu sentido, por parte dos indivíduos. 
 A ideia de cultura é muito importante para a concepção de sociedade de Weber, pois, para ele, a sociedade constitui-se pelo compartilhamento de sentidos que os indivíduos dão a essas produções culturais. Logo, a sociedade para Weber é um complexo cultural cujo sentido é construído pelos indivíduos em suas relações sociais, o que pressupõe que os sentidos das ações são necessariamente partilhados pelos indivíduos.
 Ao contrário de Durkheim, Weber não enxerga a sociedade como uma força coercitiva exterior ao indivíduo; para ele os padrões, as convenções sociais, as regras, etc. são constituídos e se transformam nas relações sociais estabelecidas entre indivíduos. Portanto têm a ver com as motivações dos mesmos e com o sentido que atribuem às suas ações em relação ao outro com quem interagem, pressupondo reciprocidade. Logo, a sociedade, para Weber, é tecida nas relações sociais.
 Logo, para Weber, as ideias coletivas, como o Estado, o mercado econômico, as religiões, e outras manifestações da cultura, só existem porque muitos indivíduos orientam reciprocamente suas ações nesse sentido, estabelecendo, dessa forma, relações sociais que têm de ser mantidas continuamente pelas ações individuais, pois se elas pessoas passarem a orientar sua conduta de outra forma e atribuir outros sentidos e valores às suas ações, todas essas estruturas desmoronam.
 Por fim, o conceito de cultura é fundamental para a concepção de sociedade Weberiana, já que esta se constitui pelo compartilhamento de sentidos destas produções culturais, daí que, na sua concepção o homem é um animal amarrado a teias de significados que ele mesmo teceu, logo, a cultura é entendida como sendo essas teias e sua análise; portanto, não como uma ciência experimental em busca de leis, mas como uma ciência interpretativa, à procura do significado.

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