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DENGUE: ● Família: Flaviviridae ● Arbovirus (Arthropod-borne viroses): viroses transmitidas por artrópodes ● 2sp de mosquitos: Aedes aegypti e A. albopictus ● Composto de RNA de fita simples positiva ● Envelopado e com projeções ● 4 sorotipos (DEN – 1,2,3,4) – genótipos/quasispecies ( isso é um problema, pois pode trazer casos mais graves, pq são geneticamente diferentes) ● Principais epítopos: gpE Vírus da dengue: Cada sorotipo produz imunidade especifica por toda a vida e imunidade cruzada( o Ac para aquele sorotipo, pode cruzadamente reagir com outros sorotipos) por curto tempo. Todos os sorotipos podem causar doença severa e fatal. Os vírus da dengue exibem possui uma homologia 65-70% entre eles. Há variação genética dentro dos sorotipos. Algumas variantes genéticas dentro de cada sorotipo parece ser mais virulenta ou ter maior potencial epidêmico. Transmissão O dia 0 é quando o vírus é inoculado (diretamente na corrente sanguínea), vai ter uma viremia, isso vai demorar 5 dias. Após 5 dias começa os sintomas clínicos e após 10-15 dias a doença é solucionada. Existe a transmissão transovariana: quando o Aedes já nasce contaminado pelo vírus, a transmissão ocorre entre o inseto. Ciclo de vida intracelular do vírus da dengue – células alvo: 1. Células do sistema fagocitico-mononuclear (baço, fígado e medula óssea) 2. Monócitos 3. Linfócitos 4. Células de Kupffer( no fígado) 5. Macrófagos alveolares Ciclo de vida intracelular do Vírus daDengue O vírus entra na célula e se replica, no inicio o vírus libera um excesso de proteínas, chamadas de não estrutural 1(NS1), ajuda no diagnostico precoce e também no desenvolver da doença por ajudar na permeabilidade vascular, quando isso ocorre há perda de líquidos causando desidratação. Aedes aegypti: o O vírus da dengue é transmitido pelo mosquito fêmea infectado, o macho é só para reprodução. o Alimenta-se durante o dia (precisa de luz para se movimentar). o Habita ao redor das residências; o Coloca ovos e produz larvas preferencialmente em reservatórios artificiais, precisa de água para colocar os ovos. o A fêmea voa até 1 Km de distancia; o Os ovos podem sobreviver por até 450 dias. Obs: não existe nenhuma vacina ou tratamento especifico, o único tratamento é contra os sintomas. Classificação das áreas do país conforme a taxa de incidência: 1. Áreas de baixa incidência: regiões, estados ou municípios com taxa de incidência menos que 100 casos por 100.000 habitantes. 2. Áreas de media incidência: regiões, estados ou municípios com taxa de incidência entre 100 e 300 casos por 100.000 habitantes. 3. Áreas de alta incidência: regiões, estados ou municípios com taxa de incidência maior que 300 casos por 100.000 habitantes.( qdo tem uma alta incidência, o município não é obrigado a fazer exames para diagnostico especifico para dengue, por causa dos gastos). - casos de dengue graves e óbitos caíram com o passar dos anos, mas o número de casos de dengue aumentou. Manifestações clinicas do Dengue e febre hemorrágica do Dengue: Síndromes clinicas do dengue: ● Febre indiferenciada (infecção inaparente), pode ate ser 50% das pessoas. ● Febre do dengue clássico (DC); intensificação um pouco maior dos sintomas. ● Dengue com complicação (DDC); ● Febre hemorrágica do dengue (FHE); ● Síndrome do choque do dengue (SCD). Febre indiferenciada (infecção inaparente): pode ser a mais comum manifestação do dengue. Estudo prospectivoencontrou que 87% dos estudantes infectados eram assintomáticos ou levemente sintomáticos. Outros estudos prospectivos incluindo grupos de todas as idades também demonstraram transmissão silenciosa. Sintomas característicos do DC: (PI = 3 a 15 dias) ✓ Febre alta (39-40ºC) ✓ Dor de cabeça ✓ Dor retrorbital ✓ Dor muscular e nas juntas( pq ocorre complexação de complexos imunes) ✓ Náuseas/vômitos( é necessário reidratação) ✓ Perda do paladar e apetite ✓ Rash cutâneo ✓ Manifestações hemorrágicas Manifestações da FHD (3% desenvolvem FHD – severa síndrome de permeabilidade vascular aumentada) com: ✓ Hemorragias na pele: petéquias, purpura, equimoses. ✓ Sangramento gengival ✓ Sangramento nasal ✓ Sangramento gastrintestinal: hematêmese, melena, hematoquezia ✓ Hematúria ✓ Diminuição brusca da temperatura ✓ Aumento do fluxo menstrual Definição clinica para FHD (4critérios necessários): 1. Febre ou historia recente de febre aguda; 2. Manifestações hemorrágicas; 3. Contagem de plaquetas baixa; 4. Evidencia objetiva de permeabilidade vascular (hematócrito elevado, albuminemia baixa, derrames cavitários) Sinais perigosos na FHD: 1. Dor abdominal – intensa e sustentada; 2. Vomito persistente; 3. Mudança abrupta de febre para hipotermia, com suor frio e prostração; 4. Agitação ou sonolência. Definição clinica da SCD: ✓ 4critérios para FHD; ✓ 3 – 7 dias precedido de dores abdominais ✓ Evidencia de falha circulatória manifestada indiretamente por: pulso rápido e fraco, diminuição da pressão diferencial ou hipotensão para a idade, frio, pele úmida e estado mental alterado. ✓ Choque é evidencia direta de falha circulatória ✓ Curta duração e pode levar a óbito em 12-24 h Patogênese da doença:Características clinicas da FHD e da SCD ❖ Febre alta ❖ Permeabilidade vascular aumentada ❖ Sangramento ❖ Hepatomegalia ❖ Falha circulatória ❖ Trombocitopenia Principal tropismo do vírus da dengue: monócitos, macrófagos e células dendríticas. Níveis plasmáticos de citocinas pró-inflamatorias e vasoativas (vai aumentar a permeabilidade capilar) estão elevadas em pacientes com FHD antes e no momento de extravasamento de plasma e o grau de elevação correlaciona-se com a severidade da doença (tudo vai depender da intensidade da RI, quanto maior mais agressiva é a doença). Marcadores plasmáticos associados com dengue severa : citocinas (IFN alfa e gama, IL-6, IL-8, IL-10 (diminui a eficácia da RI), CXCL9, CXCL10, CXCL11, MIF, TNF, VEGF), receptores solúveis (CD4 solúvel, CD8 solúvel, receptor TNF solúvel, receptor IL-2 solúvel, antagonista do receptor IL-1), fatores de coagulação ou marcadores celulares endoteliais (fator de Von Willebrand, fator de tecido, inibidor/ativador de plasminogenio, trombomodulina e VCAM1 solúveis, receptor 2VEGF solúvel). Obs: os receptores solúveis colaboram para um quadro grave. Hipóteses na patogênese da doença (hipóteses na patogênese da FHD/SCD): ● Mediada pelo Ac – “intensificação dependente de Ac”: esses são os Ac que tem reação cruzada ● Mediada pelas células ● Fenômeno de “tempestade” de citocinas ● Características genéticas do individuo ● Diferentes cepas de vírus( 1,2,3,4) Funções dos Ac específicos para o vírus da dengue: ● Neutralização da infecção (inibição da ligação a receptores na superfície celular; inibição da fusão viral pós-ligação) ● Acs neutralizantes são dirigidos contra a proteína E ( espiculas na superfície) ● Neutralização requer um mínimo de ocupação dos epítopos avaliados (~30 sítios/vírion): Isso significa que tem que ligar no mínimo 30 Ac no vírus, para neutralizar a partícula viral. ● Receptor Fc do Ac – “intensificação dependente de Ac” (pode ser mediada por Acs específicos para proteína pré-M (envelope) ou pode alterar a resposta celular para a infecção incluindo a produção de IL-10 nos indivíduos geneticamente dispostos). ● Complexos Ac-vírus ou Ac-Ag poderiamativar a via do complemento ● Ac contra proteína E x plasminogenio ( não vai ter a cascata de coagulação funcionando) ● Ac contra proteína NS1 x proteínas de coagulação e expressas nas células endoteliais (esses dois de cima podem ativar a via da coagulação e/ou alterar função das células endoteliais), assimmuda a permeabilidade vascular. A função dos Ac (isso é importante): quando o vírus entra, pode ter Ac que consegue neutralizar o vírus, ou ainda um Ac neutralizando mais de 30 epítopos do vírus, dessas maneiras consegue neutralizar a entrada do vírus no receptor. Porem se tem menos Ac aderido na superfície, esse Ac pode ser reconhecido por um receptor de FC e o vírus entra na célula e não esta neutralizado e vai começar a se replicar. Os Ac que se aderem na superfície do vírus em quantidade pequena, favorece a entrada dentro da célula (ocorre uma intensificação, gerando casos mais graves). Funções das plaquetas - trombocitopenia: plaquetas podem servir como reservatório para replicação do vírus da dengue: citotoxicidade( destruição direta das plaquetas) direta provocada pelo vírus; ligação de Acs específicos nas plaquetas infectadas pelos vírus. -A patogênese é pouco entendida; -A FHD/SCD causada pela infecção primaria ou secundária é provavelmente devido a resposta imune anormal: produção de citocinas ou quimiocinas, ativação de linfócitos T, distúrbio de hemostasia. Fatores que podem influenciar na severidade da doença: ● fatores do hospedeiro; ● sorotipo ou genótipo do vírus; ● seqüência de infecção do vírus ( quando muda a sequencia da infecção pelo vírus. Ex: o individuo pega primeiro o tipo 1 depois o tipo 3, ai ocorre os casos graves) ● diferenças quantitativa e qualitativa no Ac de reação cruzada: Quanto mais Ac de reação cruzada, pior porque ele vai funcionar como facilitador da entrada do vírus nos macrófagos) ● pré-existência de anticorpos anti-dengue: -Infecção prévia (“pecado antigênico original”); -Anticorpos maternos nas crianças (não conseguem neutralizar a entrada do vírus e facilita a entrada do vírus) ● resposta das Células T CD4+ e CD8+. ● 90% dos casos de FHD na infecção heteróloga secundária (na segunda infecção, quando muda o sorotipo). ● 10% na infecção primária – crianças na 2ª metade do 1ºa vida, quando o nível de Ac maternos começaram a cair e esses são facilitadores para a entrada do vírus. Fatores do vírus: ● genótipos diferentes dentro de cada sorotipo; ● glicosilação das proteínas E e NS1, mais glicosilada maior a produção de Ac. ● estado de maturação do vírus. Fatores do hospedeiro: ● fatores genéticos (HLA); ● estado nutricional; ● etnia; ● doença crônica (p.ex. DM); ● sequência de infecção viral ● função das Células Dendríticas. Órgãos com importante função na patogênese da FHC/SCD: ● Sistema Imune; ● Fígado; ● Revestimento endotelial de células dos vasos sanguíneos. Função dos Anticorpos: ● ADE (Intensificação Dependente de Anticorpo): ● Acs específicos para DENV, ou Acs que reagem cruzadamente devido a uma infecção prévia ou níveis subneutralizantes de Acs específicos para um sorotipo, podem interagir com o DENV sem neutralizar o vírus e, por isso, usam o receptor Fcg nos monócitos/macrófagos para aumentar a entrada do vírus nestas células alvo; Hipóteses na Patogênese da FHD – “Teoria de Halstead” (Parte 1) Pessoas que já tiveram uma infecção, desenvolvem anticorpos que podem neutralizar o vírus do dengue do mesmo sorotipo (Ac homólogo). Hipóteses da Patogênese da FHD (Parte 2) Na infecção subsequente, os anticorpos heterólogos pré-existentes formam complexos com o novo sorotipo do vírus infectante, mas não neutralizam o novo vírus. Hipóteses da Patogênese da FHD (Parte 3) Intensificação dependente de Ac é o processo no qual certas cepas do vírus do dengue, complexado com Ac nãoneutralizantes, podem entrar numa grande proporção de células da linhagem mononuclear, aumentando a produção de vírus. Hipótese da Patogênese da FHD (Parte 4) Monócitos infectados liberam mediadores vasoativos, resultando em permeabilidadevascular aumentada e manifestações hemorrágicas que caracterizam a FHD e SCD. DIAGNÓSTICO: Recomendações Gerais para CuidadosMédicos: ● Considerações epidemiológicas: ● Estação do ano; ● História de viagem; ● Diagnóstico; ● Tratamento; ● Seguimento do paciente. Diagnóstico Diferencial do Dengue: ● Gripe ● Sarampo ● Rubéola ● Malária ● Febre Amarela ● Febre Tifóide ● Leptospirose ● Hepatites Virais ● Meningococemia ● Infecções por Ricketsias ● Sépsis Bacteriana ● Outras febres hemorrágicas Avaliação Clínica da Febre do Dengue: ● Pressão sanguínea; ● Evidência de sangramento na pele ououtros sítios; ● Estado de hidratação; ● Evidência de permeabilidade vascularaumentada – efusão pleural, ascite; ● Teste do Torniquete. Teste do Torniquete(Prova do Laço): Inflar o esfignomanômetro até a pressãosanguínea atingir o ponto médio entre a pressãosistólica e diastólica e manter por 5 minutos; Teste Positivo: 20 ou mais petéquias porpolegada (2,5 cm2). Testes Laboratoriais Específicos DENGUE CLÁSSICO: ● Isolamento viral (Cultura _ IFD); ● Detecção de Antígenos virais; ● Detecção de RNA; ● Sorologia (amostras pareadas ou IgM): ● Inibição da Hemaglutinação; ● Fixação de Complemento; ● Neutralização; ● ELISA; ● ELISA captura de IgM (MAC-ELISA). Testes Laboratorias Inespecíficos DENGUE CLÁSSICO: ● Hemograma; FEBRE HEMORRÁGICA DO DENGUE: ● Hemograma; ● Albumina; ● Função hepática (AST/ALT); ● Coagulação; ● Urina – verificar hematúria microscópica ealbuminúria. Coleta e processamento da amostra para diagnostico laboratorial: Tipo de amostra Tempo de coleta Tipo de análise Sangue fase aguda (soro, plasma, antígenos, células e tecidos). 1 a 5 dias após início da doença. Isolamento do vírus e/ou sorologia (NS1) Sangue fase convalescença (soro ou plasma) Entre 6 e 21 dias após inicio da doença Sorologia *quando paciente presente, coletar segunda amostra durante convalescença. Métodos Diretos: Isolamento do Vírus: Cultura de Células ● Inoculação intracerebral de camundongos RN; ● Inoculação em cultura de células de mamíferos; ● Inoculação intratorácica de mosquitos adultos; ● Inoculação em culturas de células de mosquito: ● C6/36 (A. albopictus); ● AP61 ( A. pseudoscutellaris); ● TRA-284 ( Toxorhynchitesamboinensis). Métodos Diretos: Detecção Molecular ● Hibridização de Ácido Nucleico; ● RT-PCR; ● RT-PCR Multiplex; ● NASBA (Amplificação Baseada na Sequência de Ácido Nucléico); ● RT-PCR Tempo Real. Métodos diretos: NS1 ● Pesquisa da Glicoproteína NS1; ● Amostra deve ser coletada nos primeiros 5 diasda doença; ● Metodologias: o ELISA; o Imunocromatografia (TR); ● Não diferencia sorotipo; ● Performance em avaliação. Métodos Indiretos: Diagnóstico Sorológico Teste de ELISA Detecção de IgM: ● após 5° dia – alguns pacientes após 8° dia; ● títulos são maiores na infecção primária do quena secundária; ● pequena % de pacientes tem infecçãosecundária com nenhum IgM detectado; ● não faz identificação de sorotipo. MAC-ELISA: ● ELISA para Captura de Anticorpo IgM; ● Ag – proteínas do envelope do vírus; ● Soro, sangue em papel de filtro e saliva; ● Falso-positivo: malária, leptospirose e infecçãopassada de Dengue; ● Não identifica os sorotipos. GAC-ELISA IgG-ELISA (GAC-ELISA): ● Detecção de infecçãorecente ou passada; ● Ag – proteínas do envelope do vírus; ● Sorologia pareada: o 1ª amostra: fase aguda; o 2ª amostra: fase de convalescença; ● Não identifica os sorotipos. Razão IgM/IgG MAC/GAC-ELISA: ● Infec. Primária: ● proporçãoIgM para IgG ³ 1,2 (soro dopaciente diluído 1/100); ● ou a proporção IgM para IgG ³ 1,4 (soro dopaciente diluído 1/20). ● Infec. Secundária: ● proporçãoIgM para IgG< 1,2 ou 1,4. VIGILANCIA E CONTROLE: Vigilância Ativa - Metas e Objetivos: Obter informação rápida e precisa: ● tempo; ● localização; ● sorotipo do vírus; ● severidade da doença; ● Prever transmissão do dengue e implantarnormas e medidas para controle; ● Ligação entre clínica e vigilância entomológica. Medidas de Controle: ● Notificação de casos suspeitos; ● Investigação do local provável de infecção; ● Busca ativa de casos. OMS preconiza: “Há maior probabilidade de ser deflagrada uma epidemiaquando os índices de infestação predial estão acima de5%” IIP = Nº de imóveis com focos + x 100/ total de imóveis inspecionados Medidas de Controle do Vetor: Controle Químico - Larvicidaspodem ser usados para matarestágios aquáticos imaturos (larvas); ● Ultrabaixo volume (alados) – Malathion; ● Mosquitos podem ter resistência aoaerosol doméstico. Controle Biológico e Ambiental : 1. Controle Biológico: amplamente experimental. Opção: colocar peixes nos reservatóriospara comer as larvas; 2. Controle Ambiental: eliminação dos criadouros. Método mais provavél de ser efetivo alongo prazo. Medidas de Controle ● Melhoria de saneamento básico; ● Participação comunitária (saneamento domiciliar). ● Pesquisas em andamento : 1. Internacional – Contaminação do Aedes sp. com a bactéria Wolbachia – que é natural e encontrada em insetos – atua como uma ‘vacina’ para o mosquito, bloqueando a multiplicação do vírus dentro do inseto. Como consequência, a transmissão da doença é impedida. 2. Brasil está na primeira fase – laboratório. 3. Vacina: Sanofi-Pasteur. TRATAMENTO: DC: ● medicamentos sintomáticos (dipirona ouparacetamol); ● não usar ácido acetil-salicílico e diclofenaco; ● hidratação oral com líquidos usuais; ● repouso; ● prurido:soluções caseiras à base de amido (“papa demaisena”); ● pasta d’água; ● anti-histamínicos (último caso). Dengue com manifestações hemorrágicas ou FHD: Classes 1 e 2 : ● hidratação oral com soro caseiro, soro dereidratação oral ou suco de frutas, com umaestimativa inicial de 50 a 100ml/kg para cada 6horas; Classes 3 e 4 : ● hidratação venosa imediata é fundamentalpara se prevenir o choque e a evolução fatal dadoença ● solução salina: ● soro fisiológico ou ringer lactato para adultos; ● soroglico-fisiológico para as crianças. ● cuidados de terapia intensiva; ● reposição parenteral de líquidos; ● reposição rápida com SF 0,9% ou ringerlactato e oxigenioterapia; ● transfusãode hemácias, plaquetas e plasmafresco congelado - hemorragia abundante FEBRE AMARELA o número de casos tem caído, ano após ano, principalmente pela ampliação de vacinas (a vacina tem validade de 10 anos). ● Existem 45 países endêmicos (isso é uma preocupação): 32 Africanos e 13 América Central e do Sul; ● Aproximadamente 200.000 casos/ano (30.000 óbitos); ● 90% ocorrem na África; ● Fatores: baixa cobertura vacinal, migração para regiões de floresta, urbanização da doença. Vírus da Febre Amarela FamíliaFlaviviridae ● Arbovirus ( Artrhropod-borne viruses) ● 2 mosquitos:- Haemagogus/Sabettes(silvestre); -Aedes aegypti e A. albopictus(urbano); ● Composto de RNA fitasimplespositiva(11 Kb); ● Envelopado e com projeções, medindo60 nm; ● 1 sorotipo; por isso que a única vacina que tem, é a mesma desde quando ela foi produzida. Epidemiologia da Febre Amarela As regiões com maior frequência são as áreas mais quentes, principalmente o hemisfério sul. Pode acontecer a importação de casos de outros países. ● O período do ano onde mais ocorre é o inicio do ano e vai ate junho. ● Epizootipas notificadas (macacos que morrem com suspeitas de febre amarela): Ocorrem no mesmo período que ocorre a febre amarela. ● É raro ter morte causada por febre amarela. Definição de Caso ● Caso confirmado: Pode se confirmar por isolamento do vírus ou por uma técnica de ELISA- MAC (que quer dizer captura de anticorpo IgM, especifico para o vírus). Transmissão Ciclo de Transmissão da Febre Amarela ● febre amarela silvestre (Principal): -ocorre acidentalmente pela penetração do homem no ciclo enzoótico natural; -séria ameaça as populações rurais (porque pode dizimar indivíduos) -risco permanente para introdução do vírus nas grandes cidades e pequenas localidades infestadas pelo Aedes aegypti. -surtos cíclicos de 5 a 7 anos –epizootias em macacos; ● febre amarela urbana ( não ocorre hoje, mas ocorrer o risco de reintrodução, onde o vírus pode vir da área silvestre para dentro das cidades) Ciclo Silvestre Vetores silvestre: ● Haemagogus(Brasil) ● Sabettes(Brasil) ● Aedes(África) A transmissão (ele ñ explicou certinho só disse isso): Ocorre o ciclo silvestre, que envolve o macaco e o mosquito, o homem entra na mata e assim é contaminado. ● Os hospedeiros silvestres podem ser: as espécies de macaco Bugio, macaco aranha, sagui, macaco barrigudo, macaco prego. Ciclo Urbano Vetor Urbano: Aedes aegypti ● 1 dia antes dos sintomas até 3º ou 4º dia da doença, esta pode ser transmitida. ● não se transmite por contato direto nem por objetos contaminados. Manifestações Clínicas Fatores que influenciam na gravidade clínica: - as diferenças entre as cepas dos vírus; - a quantidade dos vírus infectantes; - a exposição anterior a outros flavivírus, inclusive o da dengue Período de incubação: 3 a 6 dias ● Primeira fase: - formas leve e moderada –90%; - quadro clínico inespecífico – febre alta e pulso lento em relação a temperatura (sinal de Faget), mal-estar, cefaléia intensa, dor muscular, tontura, cansaço e calafrios, podendo apresentar diarréia, náusea e vômito; - a maioria melhora após 4 dias com recuperação total; Obs: A maioria melhora após 4-5 dias ● Segunda fase ( a mais grave) - Em 15% dos paciente e geralmente quando o individuo melhora. -forma grave –febre alta, dor epigástrica, diarréia e vômito, que pode ser hemorrágico (vômito-negro), equimoses, epistaxe e gengivorragia; -alterações funções hepáticas; -comprometimento renal – diminuição do volume urinário que evolui para anúria total seguida de coma. - 50% evoluem para óbito (6º ou 7º dia); Patogênese Começa com a picada→ o paciente vai ter viremia→ seguida febre → citocina, interferon → pode acontecer um dano no fígado, que causa uma desregulação nas citocinas( liberação intensa) e levando uma paralização renal, podendo também ter uma disfunção de plaquetas , podendo levar a hemorragia, mal funcionamento do coração, levando a falha de múltiplos órgão e morte. Tratamento Vacina ( esta pode causar dano ao fígado, por causa do vírus atenuado que esta na vacina, e por ser atenuado os problemas podem ser revertidos.)
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