Buscar

Dengue: Vírus, Transmissão e Manifestações Clínicas

Prévia do material em texto

DENGUE: 
● Família: Flaviviridae 
● Arbovirus (Arthropod-borne viroses): viroses transmitidas por artrópodes 
● 2sp de mosquitos: ​Aedes aegypti​​ e A. albopictus 
● Composto de RNA de fita simples positiva 
● Envelopado e com projeções 
● 4 sorotipos (DEN – 1,2,3,4) – genótipos/quasispecies ( isso é um problema, pois pode trazer casos 
mais graves, pq são geneticamente diferentes) 
● Principais epítopos: gpE 
 
Vírus da dengue: 
Cada sorotipo produz imunidade especifica por toda a vida e imunidade cruzada( o Ac para aquele 
sorotipo, pode cruzadamente reagir com outros sorotipos) por curto tempo. ​Todos os sorotipos podem 
causar doença severa e fatal. 
Os vírus da dengue exibem possui uma homologia 65-70% entre eles. 
Há variação genética dentro dos sorotipos. Algumas variantes genéticas dentro de cada sorotipo parece ser 
mais virulenta ou ter maior potencial epidêmico. 
Transmissão 
 
O ​dia 0 é quando o vírus é inoculado (diretamente na corrente sanguínea), vai ter uma viremia, isso vai 
demorar 5 dias. Após 5 dias começa os sintomas clínicos e após 10-15 dias a doença é solucionada. 
Existe a transmissão transovariana: quando o Aedes já nasce contaminado pelo vírus, a transmissão ocorre 
entre o inseto. 
Ciclo de vida intracelular do vírus da dengue – células alvo: 
1. Células do sistema fagocitico-mononuclear (baço, fígado e medula óssea) 
2. Monócitos 
3. Linfócitos 
4. Células de Kupffer( no fígado) 
5. Macrófagos alveolares 
Ciclo de vida intracelular do Vírus daDengue 
O vírus entra na célula e se replica, no inicio o vírus libera um excesso de proteínas, chamadas de não 
estrutural 1(NS1), ajuda no diagnostico precoce e também no desenvolver da doença por ajudar na 
permeabilidade vascular, quando isso ocorre há perda de líquidos causando desidratação. 
 
Aedes aegypti: 
o O vírus da dengue é transmitido pelo mosquito fêmea infectado, o macho é só para reprodução. 
o Alimenta-se durante o dia (precisa de luz para se movimentar). 
o Habita ao redor das residências; 
o Coloca ovos e produz larvas preferencialmente em reservatórios artificiais, precisa de água para 
colocar os ovos. 
o A fêmea voa até 1 Km de distancia; 
o Os ovos podem sobreviver por até 450 dias. 
Obs: não existe nenhuma vacina ou tratamento especifico, o único tratamento é contra os sintomas. 
Classificação das áreas do país conforme a taxa de incidência: 
1. Áreas de baixa incidência: regiões, estados ou municípios com taxa de incidência menos que 100 
casos por 100.000 habitantes. 
2. Áreas de media incidência: regiões, estados ou municípios com taxa de incidência entre 100 e 300 
casos por 100.000 habitantes. 
3. Áreas de alta incidência: regiões, estados ou municípios com taxa de incidência maior que 300 
casos por 100.000 habitantes.( qdo tem uma alta incidência, o município não é obrigado a fazer 
exames para diagnostico especifico para dengue, por causa dos gastos). 
- casos de dengue graves e óbitos caíram com o passar dos anos, mas o ​número de casos de dengue 
aumentou. 
Manifestações clinicas​​ do Dengue e febre hemorrágica do Dengue: 
Síndromes clinicas do dengue: 
● Febre indiferenciada (infecção inaparente), pode ate ser 50% das pessoas. 
● Febre do dengue clássico (DC); intensificação um pouco maior dos sintomas. 
● Dengue com complicação (DDC); 
● Febre hemorrágica do dengue (FHE); 
● Síndrome do choque do dengue (SCD). 
Febre indiferenciada (infecção inaparente): pode ser a mais comum manifestação do dengue. Estudo 
prospectivoencontrou que 87% dos estudantes infectados eram assintomáticos ou levemente 
sintomáticos. Outros estudos prospectivos incluindo grupos de todas as idades também demonstraram 
transmissão silenciosa. 
Sintomas característicos do DC:​ (PI = 3 a 15 dias) 
✓ Febre alta (39-40ºC) 
✓ Dor de cabeça 
✓ Dor retrorbital 
✓ Dor muscular e nas juntas( pq ocorre complexação de complexos imunes) 
✓ Náuseas/vômitos( é necessário reidratação) 
✓ Perda do paladar e apetite 
✓ Rash cutâneo 
✓ Manifestações hemorrágicas 
Manifestações da FHD (3% desenvolvem FHD – severa síndrome de permeabilidade vascular aumentada) 
com: 
✓ Hemorragias na pele: petéquias, purpura, equimoses. 
✓ Sangramento gengival 
✓ Sangramento nasal 
✓ Sangramento gastrintestinal: hematêmese, melena, hematoquezia 
✓ Hematúria 
✓ Diminuição brusca da temperatura 
✓ Aumento do fluxo menstrual 
Definição clinica para FHD (4critérios necessários): 
1. Febre ou historia recente de febre aguda; 
2. Manifestações hemorrágicas; 
3. Contagem de plaquetas baixa; 
4. Evidencia objetiva de permeabilidade vascular (hematócrito elevado, albuminemia baixa, derrames 
cavitários) 
Sinais perigosos na FHD: 
1. Dor abdominal – intensa e sustentada; 
2. Vomito persistente; 
3. Mudança abrupta de febre para hipotermia, com suor frio e prostração; 
4. Agitação ou sonolência. 
Definição clinica da SCD: 
✓ 4critérios para FHD; 
✓ 3 – 7 dias precedido de dores abdominais 
✓ Evidencia de falha circulatória manifestada indiretamente por: pulso rápido e fraco, diminuição da 
pressão diferencial ou hipotensão para a idade, frio, pele úmida e estado mental alterado. 
✓ Choque é evidencia direta de falha circulatória 
✓ Curta duração e pode levar a óbito em 12-24 h 
Patogênese da doença:​​Características clinicas da FHD e da SCD 
❖ Febre alta 
❖ Permeabilidade vascular aumentada 
❖ Sangramento 
❖ Hepatomegalia 
❖ Falha circulatória 
❖ Trombocitopenia 
Principal tropismo do vírus da dengue​: monócitos, macrófagos e células dendríticas. 
Níveis plasmáticos de citocinas pró-inflamatorias e vasoativas (vai aumentar a permeabilidade capilar) 
estão elevadas em pacientes com FHD antes e no momento de extravasamento de plasma e o grau de 
elevação correlaciona-se com a severidade da doença (tudo vai depender da intensidade da RI, quanto 
maior mais agressiva é a doença). 
Marcadores plasmáticos associados com dengue severa ​: citocinas (IFN alfa e gama, IL-6, IL-8, IL-10 (diminui 
a eficácia da RI), CXCL9, CXCL10, CXCL11, MIF, TNF, VEGF), receptores solúveis (CD4 solúvel, CD8 solúvel, 
receptor TNF solúvel, receptor IL-2 solúvel, antagonista do receptor IL-1), fatores de coagulação ou 
marcadores celulares endoteliais (fator de Von Willebrand, fator de tecido, inibidor/ativador de 
plasminogenio, trombomodulina e VCAM1 solúveis, receptor 2VEGF solúvel). 
Obs: os receptores solúveis colaboram para um quadro grave. 
Hipóteses na patogênese da doença ​ (hipóteses na patogênese da FHD/SCD): 
● Mediada pelo Ac – “intensificação dependente de Ac”: esses são os Ac que tem reação cruzada 
● Mediada pelas células 
● Fenômeno de “tempestade” de citocinas 
● Características genéticas do individuo 
● Diferentes cepas de vírus( 1,2,3,4) 
Funções dos Ac específicos para o vírus da dengue: 
● Neutralização da infecção (inibição da ligação a receptores na superfície celular; inibição da fusão 
viral pós-ligação) 
● Acs neutralizantes são dirigidos contra a proteína E ( espiculas na superfície) 
● Neutralização requer um mínimo de ocupação dos epítopos avaliados (~30 sítios/vírion): Isso 
significa que tem que ligar no mínimo 30 Ac no vírus, para neutralizar a partícula viral. 
● Receptor Fc do Ac – “intensificação dependente de Ac” (pode ser mediada por Acs específicos para 
proteína pré-M (envelope) ou pode alterar a resposta celular para a infecção incluindo a produção 
de IL-10 nos indivíduos geneticamente dispostos). 
● Complexos Ac-vírus ou Ac-Ag poderiamativar a via do complemento 
● Ac contra proteína E x plasminogenio ( não vai ter a cascata de coagulação funcionando) 
● Ac contra proteína NS1 x proteínas de coagulação e expressas nas células endoteliais 
(esses dois de cima podem ativar a via da coagulação e/ou alterar função das células endoteliais), 
assimmuda a permeabilidade vascular. 
A função dos Ac (isso é importante)​​: quando o vírus entra, pode ter Ac que consegue neutralizar o vírus, 
ou ainda um Ac neutralizando mais de 30 epítopos do vírus, dessas maneiras consegue neutralizar a 
entrada do vírus no receptor. Porem se tem menos Ac aderido na superfície, esse Ac pode ser reconhecido 
por um receptor de FC e o vírus entra na célula e não esta neutralizado e vai começar a se replicar. Os Ac 
que se aderem na superfície do vírus em quantidade pequena, favorece a entrada dentro da célula (ocorre 
uma intensificação, gerando casos mais graves). 
Funções das plaquetas - trombocitopenia: plaquetas podem servir como reservatório para replicação do 
vírus da dengue: citotoxicidade( destruição direta das plaquetas) direta provocada pelo vírus; ligação de 
Acs específicos nas plaquetas infectadas pelos vírus. 
-A patogênese é pouco entendida; 
-A FHD/SCD causada pela infecção primaria ou secundária é provavelmente devido a resposta imune 
anormal: produção de citocinas ou quimiocinas, ativação de linfócitos T, distúrbio de hemostasia. 
Fatores que podem influenciar na severidade da doença: 
● fatores do hospedeiro; 
● sorotipo ou genótipo do vírus; 
● seqüência de infecção do vírus ( quando muda a sequencia da infecção pelo vírus. Ex: o individuo 
pega primeiro o tipo 1 depois o tipo 3, ai ocorre os casos graves) 
● diferenças quantitativa e qualitativa no Ac de reação cruzada: Quanto mais Ac de reação cruzada, 
pior porque ele vai funcionar como facilitador da entrada do vírus nos macrófagos) 
● pré-existência de anticorpos anti-dengue: -Infecção prévia (“pecado antigênico original”); 
-Anticorpos maternos nas crianças (não conseguem 
neutralizar a entrada do vírus e facilita a entrada do vírus) 
● resposta das Células T CD4+ e CD8+. 
● 90% dos casos de FHD na infecção heteróloga secundária (na segunda infecção, quando muda o 
sorotipo). 
● 10% na infecção primária – crianças na 2ª metade do 1ºa vida, quando o nível de Ac maternos 
começaram a cair e esses são facilitadores para a entrada do vírus. 
Fatores do vírus: 
● genótipos diferentes dentro de cada sorotipo; 
● glicosilação das proteínas E e NS1, mais glicosilada maior a produção de Ac. 
● estado de maturação do vírus. 
Fatores do hospedeiro: 
● fatores genéticos (HLA); 
● estado nutricional; 
● etnia; 
● doença crônica (p.ex. DM); 
● sequência de infecção viral 
● função das Células Dendríticas. 
Órgãos com importante função na patogênese da FHC/SCD: 
● Sistema Imune; 
● Fígado; 
● Revestimento endotelial de células dos vasos sanguíneos. 
Função dos Anticorpos: 
● ADE (Intensificação Dependente de Anticorpo): 
● Acs específicos para DENV, ou Acs que reagem cruzadamente devido a uma infecção prévia ou 
níveis subneutralizantes de Acs específicos para um sorotipo, podem interagir com o DENV sem 
neutralizar o vírus e, por isso, usam o receptor Fcg nos monócitos/macrófagos para aumentar a 
entrada do vírus nestas células alvo; 
Hipóteses na Patogênese da FHD – “Teoria de Halstead” (Parte 1) 
Pessoas que já tiveram uma infecção, desenvolvem anticorpos que podem neutralizar o vírus do dengue do 
mesmo sorotipo (Ac homólogo). 
Hipóteses da Patogênese da FHD (Parte 2) 
Na infecção subsequente, os anticorpos heterólogos pré-existentes formam complexos com o novo 
sorotipo do vírus infectante, mas não neutralizam o novo vírus. 
Hipóteses da Patogênese da FHD (Parte 3) 
Intensificação dependente de Ac é o processo no qual certas cepas do vírus do dengue, complexado com 
Ac nãoneutralizantes, podem entrar numa grande proporção de células da linhagem mononuclear, 
aumentando a produção de vírus. 
Hipótese da Patogênese da FHD (Parte 4) 
Monócitos infectados liberam mediadores vasoativos, resultando em permeabilidadevascular aumentada e 
manifestações hemorrágicas que caracterizam a FHD e SCD. 
DIAGNÓSTICO: 
Recomendações Gerais para CuidadosMédicos: 
● Considerações epidemiológicas: 
● Estação do ano; 
● História de viagem; 
● Diagnóstico; 
● Tratamento; 
● Seguimento do paciente. 
Diagnóstico Diferencial do Dengue: 
● Gripe 
● Sarampo 
● Rubéola 
● Malária 
● Febre Amarela 
● Febre Tifóide 
● Leptospirose 
● Hepatites Virais 
● Meningococemia 
● Infecções por Ricketsias 
● Sépsis Bacteriana 
● Outras febres hemorrágicas 
Avaliação Clínica da Febre do Dengue: 
● Pressão sanguínea; 
● Evidência de sangramento na pele ououtros sítios; 
● Estado de hidratação; 
● Evidência de permeabilidade vascularaumentada – efusão pleural, ascite; 
● Teste do Torniquete. 
Teste do Torniquete​(Prova do Laço): 
Inflar o esfignomanômetro até a pressãosanguínea atingir o ponto médio entre a pressãosistólica e 
diastólica e manter por 5 minutos; 
Teste Positivo: 20 ou mais petéquias porpolegada (2,5 cm2). 
Testes Laboratoriais Específicos 
DENGUE CLÁSSICO: 
● Isolamento viral (Cultura _ IFD); 
● Detecção de Antígenos virais; 
● Detecção de RNA; 
● Sorologia (amostras pareadas ou IgM): 
● Inibição da Hemaglutinação; 
● Fixação de Complemento; 
● Neutralização; 
● ELISA; 
● ELISA captura de IgM (MAC-ELISA). 
Testes Laboratorias Inespecíficos 
DENGUE CLÁSSICO: 
● Hemograma; 
FEBRE HEMORRÁGICA DO DENGUE: 
● Hemograma; 
● Albumina; 
● Função hepática (AST/ALT); 
● Coagulação; 
● Urina – verificar hematúria microscópica ealbuminúria. 
Coleta e processamento da amostra para diagnostico laboratorial: 
Tipo de amostra Tempo de coleta Tipo de análise 
Sangue fase aguda (soro, 
plasma, antígenos, células 
e tecidos). 
1 a 5 dias após início da 
doença. 
Isolamento do vírus e/ou 
sorologia (NS1) 
Sangue fase convalescença 
(soro ou plasma) 
Entre 6 e 21 dias após 
inicio da doença 
Sorologia 
*quando paciente presente, coletar segunda amostra durante convalescença. 
Métodos Diretos: ​​Isolamento do Vírus: Cultura de Células 
● Inoculação intracerebral de camundongos RN; 
● Inoculação em cultura de células de mamíferos; 
● Inoculação intratorácica de mosquitos adultos; 
● Inoculação em culturas de células de mosquito: 
● C6/36 (​A. albopictus​); 
● AP61 ( ​A. pseudoscutellaris​); 
● TRA-284 ( ​Toxorhynchitesamboinensis​). 
Métodos Diretos​​: Detecção Molecular 
● Hibridização de Ácido Nucleico; 
● RT-PCR; 
● RT-PCR Multiplex; 
● NASBA (Amplificação Baseada na Sequência de Ácido Nucléico); 
● RT-PCR Tempo Real. 
Métodos diretos​​: NS1 
● Pesquisa da Glicoproteína NS1; 
● Amostra deve ser coletada nos primeiros 5 diasda doença; 
● Metodologias: 
o ELISA; 
o Imunocromatografia (TR); 
● Não diferencia sorotipo; 
● Performance em avaliação. 
Métodos Indiretos​​: Diagnóstico Sorológico 
Teste de ELISA 
Detecção de IgM: 
● após 5° dia – alguns pacientes após 8° dia; 
● títulos são maiores na infecção primária do quena secundária; 
● pequena % de pacientes tem infecçãosecundária com nenhum IgM detectado; 
● não faz identificação de sorotipo. 
MAC-ELISA​: 
● ELISA para Captura de Anticorpo IgM; 
● Ag – proteínas do envelope do vírus; 
● Soro, sangue em papel de filtro e saliva; 
● Falso-positivo: malária, leptospirose e infecçãopassada de Dengue; 
● Não identifica os sorotipos. 
GAC-ELISA 
IgG-ELISA (GAC-ELISA): 
● Detecção de infecçãorecente ou passada; 
● Ag – proteínas do envelope do vírus; 
● Sorologia pareada: 
o 1ª amostra: fase aguda; 
o 2ª amostra: fase de convalescença; 
● Não identifica os sorotipos. 
Razão IgM/IgG 
MAC/GAC-ELISA​: 
● Infec. Primária: 
● proporçãoIgM para IgG ³ 1,2 (soro dopaciente diluído 1/100); 
● ou a proporção IgM para IgG ³ 1,4 (soro dopaciente diluído 1/20). 
● Infec. Secundária: 
● proporçãoIgM para IgG< 1,2 ou 1,4. 
VIGILANCIA E CONTROLE: 
Vigilância Ativa - Metas e Objetivos: 
Obter informação rápida e precisa: 
● tempo; 
● localização; 
● sorotipo do vírus; 
● severidade da doença; 
● Prever transmissão do dengue e implantarnormas e medidas para controle; 
● Ligação entre clínica e vigilância entomológica. 
Medidas de Controle: 
● Notificação de casos suspeitos; 
● Investigação do local provável de infecção; 
● Busca ativa de casos. 
OMS preconiza: 
“​Há maior probabilidade de ser deflagrada uma epidemiaquando os índices de infestação predial estão 
acima de5%” 
IIP = Nº de imóveis com focos + x 100/ total de imóveis inspecionados 
Medidas de Controle do Vetor: 
Controle Químico - Larvicidaspodem ser usados para matarestágios aquáticos imaturos (larvas); 
● Ultrabaixo volume (alados) – Malathion; 
● Mosquitos podem ter resistência aoaerosol doméstico. 
Controle Biológico e Ambiental : 
1. Controle Biológico: amplamente experimental. Opção: colocar peixes nos reservatóriospara comer 
as larvas; 
2. Controle Ambiental: eliminação dos criadouros. Método mais provavél de ser efetivo alongo prazo. 
Medidas de Controle 
● Melhoria de saneamento básico; 
● Participação comunitária (saneamento domiciliar). 
● Pesquisas em andamento : 
1. Internacional – Contaminação do ​Aedes sp. ​com a bactéria Wolbachia – que é natural e encontrada 
em insetos – atua como uma ‘vacina’ para o mosquito, bloqueando a multiplicação do vírus dentro 
do inseto. Como consequência, a transmissão da doença é impedida. 
2. Brasil está na primeira fase – laboratório. 
3. Vacina: Sanofi-Pasteur. 
TRATAMENTO: 
DC: 
● medicamentos sintomáticos (dipirona ouparacetamol); 
● não usar ácido acetil-salicílico e diclofenaco; 
● hidratação oral com líquidos usuais; 
● repouso; 
● prurido:soluções caseiras à base de amido (“papa demaisena”); 
● pasta d’água; 
● anti-histamínicos (último caso). 
Dengue com manifestações hemorrágicas ou FHD: 
Classes 1 e 2 ​​: 
● hidratação oral ​​com soro caseiro, soro dereidratação oral ou suco de frutas, com umaestimativa 
inicial de 50 a 100ml/kg para cada 6horas; 
Classes 3 e 4 ​​: 
● hidratação venosa imediata ​​é fundamentalpara se prevenir o choque e a evolução fatal dadoença 
● solução salina: 
● soro fisiológico ou ringer lactato para adultos; 
● soroglico-fisiológico para as crianças. 
● cuidados de terapia intensiva; 
● reposição parenteral de líquidos; 
● reposição rápida com SF 0,9% ou ringerlactato e oxigenioterapia; 
● transfusão​​de hemácias, plaquetas e plasmafresco congelado - hemorragia abundante 
 
FEBRE AMARELA 
o número de casos tem caído, ano após ano, principalmente pela ampliação de vacinas (a vacina tem 
validade de 10 anos). 
● Existem 45 países endêmicos (isso é uma preocupação): 32 Africanos e 13 América Central e do Sul; 
● Aproximadamente 200.000 casos/ano (30.000 óbitos); 
● 90% ocorrem na África; 
● Fatores: baixa cobertura vacinal, migração para regiões de floresta, urbanização da doença. 
 
Vírus da Febre Amarela 
Família​Flaviviridae 
● Arbovirus ( ​Ar​​trhropod-​bo​​rne ​virus​​es) 
● 2 mosquitos:- ​Haemagogus/Sabettes​(silvestre); 
 -​Aedes aegypti ​e ​A. albopictus​(urbano)​; 
● Composto de RNA fitasimplespositiva(11 Kb); 
● Envelopado e com projeções, medindo60 nm; 
● 1 sorotipo; por isso que a única vacina que tem, é a mesma desde quando ela foi produzida. 
Epidemiologia da Febre Amarela 
As regiões com maior frequência são as áreas mais quentes, principalmente o hemisfério sul. Pode 
acontecer a importação de casos de outros países. 
● O período do ano onde mais ocorre é o inicio do ano e vai ate junho. 
● Epizootipas notificadas (​macacos que morrem com suspeitas de febre amarela): Ocorrem no 
mesmo período que ocorre a febre amarela. 
● É raro ter morte causada por febre amarela. 
Definição de Caso 
● Caso confirmado: Pode se confirmar por isolamento do vírus ou por uma técnica de ELISA- MAC 
(que quer dizer captura de anticorpo IgM, especifico para o vírus). 
Transmissão 
Ciclo de Transmissão da Febre Amarela 
● febre amarela silvestre (Principal): 
 -ocorre acidentalmente pela penetração do homem no ciclo enzoótico natural; 
 -séria ameaça as populações rurais (porque pode dizimar indivíduos) 
-risco permanente para introdução do vírus nas grandes cidades e pequenas localidades 
infestadas pelo ​Aedes aegypti. 
 -​surtos cíclicos de 5 a 7 anos –epizootias em macacos; 
● febre amarela urbana ( não ocorre hoje, mas ocorrer o risco de reintrodução, onde o vírus pode vir 
da área silvestre para dentro das cidades) 
Ciclo Silvestre 
Vetores silvestre: 
● Haemagogus​(Brasil) 
● Sabettes​(Brasil) 
● Aedes(África) 
A transmissão (ele ñ explicou certinho só disse isso): Ocorre o ciclo silvestre, que envolve o macaco e o 
mosquito, o homem entra na mata e assim é contaminado. 
● Os hospedeiros silvestres podem ser: as espécies de macaco Bugio, macaco aranha, sagui, macaco 
barrigudo, macaco prego. 
Ciclo Urbano 
Vetor Urbano: Aedes aegypti 
● 1 dia antes dos sintomas até 3º ou 4º dia da doença, esta pode ser transmitida. 
● não se transmite por contato direto nem por objetos contaminados. 
Manifestações Clínicas 
Fatores que influenciam na gravidade clínica: - as diferenças entre as cepas dos vírus; 
 - a quantidade dos vírus infectantes; 
 - a exposição anterior a outros flavivírus, inclusive o da dengue 
Período de incubação: 3 a 6 dias 
● Primeira fase: 
 - formas leve e moderada –90%; 
- quadro clínico inespecífico – febre alta e pulso lento em relação a temperatura (sinal de Faget), mal-estar, 
cefaléia intensa, dor muscular, tontura, cansaço e calafrios, podendo apresentar diarréia, náusea e vômito; 
- a maioria melhora após 4 dias com recuperação total; 
Obs: A maioria melhora após 4-5 dias 
● Segunda fase ( a mais grave) 
- Em 15% dos paciente e geralmente quando o individuo melhora. 
-forma grave –febre alta, dor epigástrica, diarréia e vômito, que pode ser hemorrágico (vômito-negro), 
equimoses, epistaxe e gengivorragia; 
-alterações funções hepáticas; 
-comprometimento renal – diminuição do volume urinário que evolui para anúria total seguida de coma. 
- 50% evoluem para óbito (6º ou 7º dia); 
Patogênese 
Começa com a picada→ o paciente vai ter viremia→ seguida febre → citocina, interferon → pode 
acontecer um dano no fígado, que causa uma desregulação nas citocinas( liberação intensa) e levando uma 
paralização renal, podendo também ter uma disfunção de plaquetas , podendo levar a hemorragia, mal 
funcionamento do coração, levando a falha de múltiplos órgão e morte. 
Tratamento 
Vacina ( esta pode causar dano ao fígado, por causa do vírus atenuado que esta na vacina, e por ser 
atenuado os problemas podem ser revertidos.)

Continue navegando