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Orçamento de Obras e Serviços

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C U R S O D E C A P A C I T A Ç Ã O P A R A 
L I C I T A Ç Õ E S E G E S T Ã O D E C O N T R A T O S D E 
P R E S T A Ç Ã O D E S E R V I Ç O S 
 
 
ORÇAMENTO 
P L A N I L H A S D E Q U A N T I T A T I V O S E 
V A L O R E S U N I T Á R I O S 
 
 
A u t o r e s : A d i l s o n F e r n a n d o D a l l E v e d o v e 
E l z a E m i I t a n i 
V a l é r i a D ' A m i c o 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
2 
SUMÁRIO 
I – ORÇAMENTO................................................................................................... 3 
1 – PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA - CONDIÇÃO OBRIGATÓRIA ......................... 3 
2 – ORÇAMENTO ESTIMADO EM PLANILHAS DE QUANTITATIVOS E 
PREÇOS UNITÁRIOS...................................................................................... 4 
3 – EXEMPLOS DE ORÇAMENTOS DE SERVIÇOS.............................................5 
4 – ADEQUAÇÕES DE ORÇAMENTOS ........85 – O ORÇAMENTO COMO BASE 
PARA DEFINIÇÃO DE FÓRMULA DE REAJUSTE DE PREÇOS UNITÁRIOS
....................................................................................................................... 20 
II – PREÇOS ........................................................................................................ 21 
1 – MERCADO..................................................................................................... 21 
2 – CLASSIFICAÇÃO DE PREÇOS..................................................................... 23 
3 – FORMAÇÃO DO PREÇO............................................................................... 24 
III – COMPOSIÇÃO DE CUSTOS E PREÇOS .................................................... 26 
1 – CONCEITOS IMPORTANTES ....................................................................... 26 
2 – COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS .................................................... 26 
3 – COMPOSIÇÃO DO PREÇO UNITÁRIO.............4 – PREÇOS e CUSTOS NOS 
SERVIÇOS TERCEIRIZADOS....................................................................... 29 
5 – SITUAÇÕES DE PREÇO X CUSTO .............................................................. 32 
ADENDO 
ANÁLISE DE EXEQUIBILIDADE DE PREÇOS PROPOSTOS.............................33 
CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE DE PROPOSTAS PARA OBRAS E 
SERVIÇOS DE ENGENHARIA ............................................................................ 34 
DEFINIÇÃO E CÁLCULO DE QUARTIL .............................................................. 36 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
3 
I – ORÇAMENTO 
1 – PREVISÃO ORÇAMENTÁRIA - CONDIÇÃO OBRIGATÓRIA 
PELA LEI N. 8666/93 
Reproduzimos alguns artigos da Lei n. 8.666/93 que discorrem sobre o 
orçamento: 
“art. 7º - 
parágrafo 2º – as obras e serviços somente poderão ser licitados 
quando: 
I – houver projeto básico aprovado pela autoridade competente e 
disponível para exame dos interessados em participar do processo licitatório; 
II - existir orçamento detalhado em planilhas que expressem a 
composição de todos os seus custos unitários; 
“art. 40 
parágrafo 2º – constituem anexos do edital, dele fazendo parte integrante: 
I – o projeto básico e/ou executivo, com todas as suas partes, desenhos, 
especificações técnicas e outros complementos; 
II – orçamento estimado em planilhas de quantitativos e preços unitários; 
IV – as especificações técnicas complementares e as normas de execução 
pertinentes a licitação.1.1 - Licitação de Serviços 
Apesar do emprego da terminologia "projeto básico" constante da Lei n. 
8.666/93, na licitação de serviços, usualmente, utiliza-se o documento 
"especificação técnica" dentre o conjunto de elementos elencados como 
necessários e suficientes, para caracterização dos serviços objeto da licitação, 
elaborado com base nas indicações de estudos técnicos preliminares, definidos o 
método e o prazo de execução, com isso possibilitando a elaboração do custo dos 
serviços. 
“art. 6º. para fins desta Lei, considera-se: 
IX – Projeto Básico – conjunto de elementos necessários e suficientes, com 
nível de precisão adequado, para caracterizar a obra ou serviço, ou complexo de 
obras ou serviços objeto da licitação, elaborado com base nas indicações dos 
estudos técnicos preliminares, que assegurem a viabilidade técnica e o adequado 
tratamento do impacto ambiental do empreendimento, e que possibilite a 
avaliação do custo da obra e definição dos métodos e do prazo de execução, 
devendo conter os seguintes elementos: 
.............. 
f) orçamento detalhado do custo total da obra, fundamentado em 
quantitativos de serviços e fornecimento propriamente avaliados.” 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
4 
2 – ORÇAMENTO ESTIMADO EM PLANILHAS DE 
QUANTITATIVOS E PREÇOS UNITÁRIOS 
É obrigatório o orçamento constar como anexo do ato convocatório (Edital). 
A exigência legal traduz-se na elaboração de planilhas resumidas com a 
quantificação dos principais itens da obra/serviço e seus respectivos valores 
unitários e total. 
Orçamento é a estimativa do total de gastos necessários para a aquisição 
de um bem, a execução de uma obra ou serviço. 
Para elaborar o orçamento, é necessário definir: 
− o quê (definição do objeto); 
− como (descrição exata dos serviços – especificação técnica); 
− onde (local de execução ou entrega); e 
− quando (prazo de execução ou entrega). 
Com base na exata definição do objeto, método de execução, condições, 
local e prazo pretendido, é possível obter o valor estimado de um bem, de uma 
obra ou serviço que se pretende adquirir/contratar. 
O valor estimado no edital para contratação do serviço, sinaliza o montante 
que a contratante esta disposta a remunerar a contratada para a execução do 
serviço definido no objeto, no local indicado, da maneira descrita nas 
especificações técnicas, na qualidade requerida e no prazo estabelecido. 
O valor estimado é o resultado da composição de todos os custos e 
despesas que envolvem o processo produtivo com as rotinas administrativa, 
comercial, jurídica, financeira, dentre outras, acrescidos das despesas legais e 
fiscais, assim como da incidência de uma taxa de remuneração que seja rentável 
e lucrativa. Representa o somatório de todos os gastos necessários para a 
produção e entrega do bem, obra ou serviço contratado. Exemplo: mão-de-obra, 
materiais, equipamentos, impostos, lucro, etc. 
Portanto, o valor estimado deve obrigatoriamente constar no Edital da 
licitação, em forma de planilha de orçamento, cujos valores (unitários e total) 
servem para indicar valores para critério de aceitabilidade das propostas 
ofertadas. 
Os estudos dos serviços padronizados pela Secretaria do Governo e 
Gestão Estratégica (SGGE) contemplam: 
− especificação técnica dos serviços; 
− unidades de medida; e 
− valores referenciais que espelham a descrição de todos os serviços 
constantes das especificações técnicas. 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
5 
3 – EXEMPLOS DE ORÇAMENTOS DE SERVIÇOS 
3.1 - Limpeza, Asseio e Conservação Predial 
Situação: um órgão pretende inaugurar sua nova sede em um prédio 
situado na Rua A, n.º x99x – São Paulo-SP, que engloba uma área total de 
15.000 m2 e área construída de 11.600 m2. 
O Departamento de Serviços Gerais elaborou o memorial descritivo das 
áreas, classificando-as e especificando os serviços a serem executados, 
encaminhando a documentação ao Departamento de Suprimentos para as 
providências relativas à contratação de serviços de limpeza, asseio e 
conservação predial, para um prazo contratual de 30 (trinta) meses. 
As áreas envolvidas para a limpeza são:− áreas internas – pisos frios (limpeza diária): 10.000 m2; 
− áreas internas – pisos acarpetados (limpeza diária): 1.600 m2; 
− vidros externos s/risco(limpeza externa semestral): 200 m2; 
− áreas externas – pisos pavimentados adjacentes (limpeza diária): 1.000 m2; 
− áreas externas – varrição (limpeza semanal): 2.400 m2; 
 
O objeto é: prestação de serviços de limpeza, asseio e conservação predial 
das instalações do Centro de Controle Operacional XYZ. 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
6 
Modelo – Orçamento Estimado – Planilha de 
Quantitativos e Preços Unitários 
Iº = maio/01 
(*) 
Item Qtde. / un. 
(1) 
Valor unitário 
mensal 
(R$/m2) (2) 
Valor mensal 
(R$) 
(3) = (1) x (2) 
Prazo 
(meses) 
(4) 
Valor Total 
R$ 
(5)=(3 x 4) 
Áreas Internas – Pisos frios 10.000 m2 1,78 17.800,00 30 534.000,00
Áreas Internas – Pisos 
acarpetados 
1.600 m2 1,78 2.848,00 30 85.440,00
Áreas externas – Pisos pavim. 
Adjac./cont. 
1.000 m2 0,88 880,00 30 26.400,00
Áreas externas – áreas verdes 
– freq. Semanal. 
2.400 m2 0,17 408,00 30 12.240,00
Vidros externos – freq. sem.s/ 
risco 
200 m2 0,44 88,00 30 2.640,00
Valor Total (4) 22.024,00 660.720,00
(*) valores referenciais da SGGE (R$/m2). 
No edital haverá necessidade de a empresa apresentar a planilha da 
proposta. 
Modelo de Planilha de Proposta de Preços 
(a ser preenchida pelos proponentes) 
Iº = Maio/2001 
Item Qtde./un.(1) 
 
Valor unitário 
mensal 
(R$/m2) (2) 
Valor mensal 
(R$) 
(3) = (1) x (2) 
Prazo 
(meses) 
(4) 
Valor Total 
R$ 
(5)=(3 x 4) 
Áreas Internas – Pisos frios 10.000 m2 30 
Áreas Internas – Pisos 
acarpetados 
1.600 m2 30 
Áreas externas – Pisos pavim. 
Adjac./cont. 
1.000 m2 30 
Áreas externas – áreas verdes 
– freq. Semanal. 
2.400 m2 30 
Vidros externos s/ risco– freq. 
Sem. 
200 m2 30 
Valor Total (4) 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
7 
3.2 - Vigilância/Segurança Patrimonial 
O objeto deste orçamento é: prestação de serviços de vigilância/segurança 
patrimonial para as instalações da unidade ABC. 
Modelo: Orçamento Estimado – Planilha de Orçamento 
(Quantitativos e Preços Unitários) 
(Io = Maio/2001) 
(*) 
 
Item 
Qtde. de 
posto/dia 
(1) 
Valor 
unitário 
(R$) (2) 
Prazo 
(dias) 
(3) 
Valor total 
(R$) 
(4)=(1)x(2)x(3) 
Posto 44 horas semanais – 
2ª a 6ª feira 
5 73,06 652 238.175,60 
 Posto 12 horas diárias – diurno 
 2ªfeira a domingo 
10 94,50 913 862.785,00 
Posto 12 horas diárias – diurno – 
2ªfeira a domingo 
15 108,44 913 1.485.085,80 
Total 2.586.046,40 
(*) – valores referenciais da SGGE (R$/posto/dia) 
Modelo de Planilha de Proposta de Preços 
(a ser preenchida pelos proponentes) 
(Iº = Maio/2001) 
 
Item 
Qtde.. de 
posto/dia 
(1) 
Preço 
unitário( (R$) 
(2) 
Prazo (dias) 
(3) 
Preço total 
(R$) 
(4)=(1)x(2)x(3) 
 Posto 44 horas semanais – 
 2ª a 6ª feira 
5 652 
 Posto 12 horas diárias – diurno – 
2ªfeira a domingo 
10 913 
 Posto 12 horas diárias – diurno – 
2ªfeira a domingo 
15 913 
Valor total (R$) 
 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
8 
4 – ADEQUAÇÕES DE ORÇAMENTOS 
Os preços referenciais dos serviços terceirizados foram compostos a partir 
de especificações técnicas elaboradas com base em métodos e procedimentos 
comumente praticados em cada segmento do mercado e padronizados quanto ao 
método executivo, produtividade de seus insumos básicos, freqüência média de 
utilização, coeficientes de consumo, jornada de trabalho exigida para cada 
situação, unidade de medida, dentre outros parâmetros. 
Portanto, a composição de seus custos e preços unitários espelha a exata 
observância no cumprimento de todas as etapas, atividades envolvidas para 
execução do serviço. 
As especificidades deverão ser consideradas se devidamente justificadas e 
aprovadas por autoridade competente, quanto a sua excepcionalidade, e, desde 
que pertinentes, adequando-se o conjunto de elementos que norteiam a 
elaboração do orçamento dos referidos serviços. 
Lembramos que o Decreto n. 45.623, de 10/1/2001, em seu artigo 35, 
legisla sobre a obrigatoriedade de cadastramento dos contratos de serviços 
terceirizados e seus valores ajustados aos parâmetros referenciais 
disponibilizados pela SGGE. 
Ressaltamos que, em situações constatadas de aumento de produtividade 
da mão-de-obra ou ganho de escala no consumo de insumos básicos verificados 
na prestação de um determinado serviço, ou até mesmo utilização de 
equipamentos especiais, tais como coletes a prova de balas para vigilância em 
locais de risco, os coeficientes poderão ser adequados nas respectivas 
composições de custos e preços unitários, atentando ao princípio precípuo de 
economicidade. 
Exemplos de adequações: 
a) limpeza, asseio e conservação predial com produtividades diferenciadas; 
b) limpeza, asseio e conservação de áreas de vagões de trens; 
c) posto de vigilância/segurança patrimonial com monitoramento eletrônico; 
d) posto de vigilância/segurança patrimonial com cães de guarda; 
e) transporte de funcionários, sob regime de fretamento contínuo, com 
veículos leves; 
f) portaria 12 (doze) horas noturno de segunda a Domingo. 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
9 
4.1 - EXEMPLOS PRÁTICOS DE ADEQUAÇÃO ORÇAMENTÁRIA 
 
As situações apresentadas de adequações orçamentárias terão como base 
as composições de custos e preços unitários constantes do "Volume 3 - 
Prestação de Serviços de Limpeza, Asseio e Conservação Predial - versão 
maio/01 - revisão 06- Julho/01", que apresenta produtividades 
conservadoras, devendo as mesmas serem adaptadas para situações 
específicas. A seguir apresentamos o resumo da composição de custos e 
preços para "Serviços de limpeza predial - Áreas Internas - Pisos Frios 
- (Produtividade: 550 m²)" extraído do referido trabalho, para 
exemplificação de adequações orçamentárias: 
Limpeza Predial - Áreas Internas - Pisos Frios (Produtividade: 550 m²) 
 
Categoria Coeficiente de 
participação (1/m2) 
(1) 
Preço Homem/mês 
(R$/mês) 
(2) 
TOTAL (R$/mês) 
(1) x (2) 
Faxineiro 1 / 550 938,51 1,71 
Encarregado 1 / ( 30 x 550) 1,141,39 0,07 
Total R$/m2 1,78 
 
Memória de cálculo 
Faxineiro R$ 938,51 x (1 : 550) = R$ 1, 71/m² 
Encarregado de Faxineiro R$ 1.141,39 x [1 : (30 x 550)] = R$ 0,07/m² 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
10
SITUAÇÕES VERIFICADAS 
 
a) Áreas Internas - Pisos Frios (Produtividade: 650 m²) 
 
Categoria Coeficiente de 
participação (1/m2) 
(1) 
Preço Homem/mês 
(R$/mês) (2) 
TOTAL (R$/mês) 
(1) x (2) 
Faxineiro 1 / 650 938,51 1,44 
Encarregado 1 / ( 30 x 650) 1,141,39 0,06 
Total R$/m2 1,50 
 
Memória de cálculo 
Faxineiro R$ 938,51 x 1 : 650 = R$ 1,44/m² 
Encarregado de Faxineiro R$ 1.141,39 x 1 : (30 x 650) = R$ 0,06/m² 
 
 
b) Áreas Internas - Pisos Frios (Produtividade: 800 m²) 
 
Categoria Coeficiente de 
participação (1/m2) 
(1) 
Preço Homem/mês 
(R$/mês) (2) 
TOTAL (R$/mês) 
(1) x (2) 
Faxineiro 1 / 800 938,51 1,17 
Encarregado 1 / ( 30 x 800) 1.141,39 0,05 
Total R$/m2 1,22 
 
Memória de cálculo 
Faxineiro R$ 938,51 x 1 : 800 = R$ 1,17/m² 
Encarregado de Faxineiro R$ 1.141,39 x 1 : (30 x 800) = R$ 0,05/m² 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
11
c) Áreas Internas - Pisos Frios (1vez por semana) 
 
Categoria Coeficiente 
de 
participação 
(1/m2) (1) 
Freqüência/mês 
(hora) 
(2) 
Valor Homem 
/hora 
(R$/hora) 
(3) 
TOTAL 
(R$/m2) 
(1) x (2) x 
(3) 
Faxineiro 1 / 550 4,35 x 8 = 34,8 4,90 0,31 
Encarregado 1 / ( 30 x 550) 4,35 x 8 = 34,8 5,82 0,01 
Total R$/m2 0,32 
 
Memória de cálculo 
1 vez/semana = 1 dia/semana = 4,35 dias/mês 
Qtde de horas/mês = 8 horas/dia x 4,35 dias/mês = 34,8 horas/mês 
Faxineiro R$ 4,90/h x 34,8 h x (1 : 550) = R$ 0,31/m² 
Encarregado de Faxineiro R$ 5,82/h x 34,8 h x [1 : (30 :550)] = R$ 0,01/m² 
 
d) Áreas Internas - Pisos Frios (2 vezes por semana) 
 
Categoria Coeficiente 
de 
participação 
(1/m2) (1) 
Freqüência/mês 
(hora) (2) 
Valor 
Homem 
/hora 
(R$/hora) 
(3) 
TOTAL 
(R$/m2) 
(1) x (2) x (3) 
Faxineiro 1 / 550 8,7 x 8 = 69,6 4,90 0,62 
Encarregado 1 / ( 30 x 550) 8,7 x 8 = 69,6 5,82 0,02 
Total R$/m2 0,64 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
12
Memória de cálculo 
2 vezes/semana = 2 dia/semana = 2 x 4,35 dias/mês = 8,7 dias/mês 
Qtde de horas/mês = 8 horas/dia x 8,7 dias/mês = 69,6 horas/mês 
Faxineiro R$ 4,90/h x 69,6 h x (1 : 550) = R$ 0,62/m² 
Encarregado de Faxineiro R$ 5,82/h x 69,6 h x [1 : (30 :550)] = R$ 0,02/m² 
 
e) Vale-Transporte - 2 viagens/dia a R$ 1,00 por viagem 
 
Cálculo do Custo da Mão-de-obra em função do Vale-Transporte 
Dias de trabalho mensal : 26,1 dias 
Valor do transporte urbano = R$ 1,00 
Quantidade de passagens por dia: 2 
Quantidade de passagens/mês = 52,22 
 
Custo Total do Faxineiro 
 
Faxineiro - Custo Salarial Total R$ 251,05 
Custo de Encargos Sociais (70,81%) R$ 177,77 
 
Benefícios - Vale-Transporte 
Qtde. Viagens (2 viagens/dia x 26,10 dias) 52,22 
Tarifa de ônibus urbano R$ 1,00 
Valor mensal R$ 52,22 
Parcela do empregado (6% do salário base) R$ 15,06 
Custo Mensal - Vale Transporte R$ 37,16 
 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
13
 
Memória de cálculo - Vale Refeição R$ 62,64 
Memória de cálculo - Cesta Básica R$ 25,00 
Memória de cálculo - Seguro Vida/Auxílio Familiar R$ 1,00 
Memória de cálculo - Auxílio Creche R$ 0,05 
Memória de cálculo - Uniformes R$ 17,43 
Material de Limpeza e Equipamentos R$ 90,82 
 
Memória de Cálculo - RESUMO 
Salários R$ 251,05 
Encargos Sociais R$ 177,77 
Vale Transporte R$ 37,16 
Vale Refeição R$ 62,64 
Cesta Básica R$ 25,00 
Seguro de via/Auxílio Funeral/Auxílio Familiar R$ 1,00 
Auxílio Creche R$ 0,05 
Uniformes/Equipamentos R$ 17,43 
Material de Limpeza / Equipamento R$ 37,16 
Custo Total / mês R$ 662,92 
B.D.I. adotado : 24% 
Preço mês do Faxineiro R$ 822,02 
 
Custo Total do Encarregado de Faxineiro 
 
Encarregado de Faxineiro ( 1 : 30) - Custo Salarial Total R$ 362,37 
Custo de Encargos Sociais (70,81%) R$ 231,10 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
14
Benefícios - Vale-Transporte 
Qtde. Viagens (2 viagens/dia x 26,10 dias) 52,22 
Tarifa de ônibus urbano R$ 1,00 
Valor mensal R$ 52,22 
Parcela do empregado (6% do salário) R$ 19,58 
Custo Mensal - Vale Transporte R$ 32,64 
 
Memória de cálculo - Vale Refeição R$ 62,64 
Memória de cálculo - Cesta Básica R$ 25,00 
Memória de cálculo - Seguro Vida/Auxílio Familiar R$ 1,00 
Memória de cálculo - Auxílio Creche R$ 0,05 
Memória de cálculo - Uniformes R$ 18,12 
Material de Limpeza e Equipamentos R$ 90,82 
 
Memória de Cálculo - RESUMO 
Salários R$ 326,37 
Encargos Sociais R$ 231,10 
Vale Transporte R$ 32,64 
Vale Refeição R$ 62,64 
Cesta Básica R$ 25,00 
Seguro de via/Auxílio Funeral/Auxílio Familiar R$ 1,00 
Auxílio Creche R$ 0,05 
Uniformes/Equipamentos R$ 18,12 
Material de Limpeza / Equipamento R$ 107,84 
Custo Total / mês R$ 804,76 
B.D.I. adotado : 24% 
Preço mês do Faxineiro R$ 997,90 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
15
 
Resultado da adequação 
Vale-transporte: 2 viagens/dia a R$ 1,00/viagem 
. Áreas internas - Pisos Frios (Produtividade: 550 m²) 
 
Categoria Coeficiente de 
participação (1/m2) 
(1) 
Preço Homem/mês 
(R$/mês) 
(2) 
TOTAL (R$/mês) 
(1) x (2) 
Faxineiro 1 / 550 822,02 1,49 
Encarregado 1 / ( 30 x 550) 997,20 0,06 
Total R$/m2 1,55 
 
f) Limpeza predial de 2ª Feira a Domingo 
 
Cálculo do Folguista 
Número de dias trabalhados na semana = 7 dias 
Horas de trabalho por semana = 8 h/dia x 7 dias/semana = 56 h/semanais 
Jornada máxima semanal = horas normais = 44 horas semanais 
Número de empregados necessários = 56 h/44 horas = 1,27 
Dias de trabalho mensal: 30,44 dias 
 
Cálculo de Faxineiro - 2ª Feira a Domingo 
 
Memória de Cálculo - Mão-de-obra 
Faxineiro (salário) R$ 251,05 
Folguista (0,27) R$ 67,78 
Custo Salarial Total R$ 318,83 
Custo de Encargos Sociais (71,81%) R$ 225,76 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
16
Benefícios - Vale-Transporte 
Qtde. Viagens (4 viagens/dia x 30,44 dias) 121,76 
Tarifa de ônibus urbano R$ 1,40 
Valor mensal gasto com transporte R$ 170,46 
Parcela do empregado (6% do salário) R$ 19,13 
Custo Mensal - Vale Transporte R$ 151,33 
 
Memória de Cálculo - Benefícios e Material 
Memória de cálculo - Vale Refeição R$ 62,64 x 1,27 R$ 73,06 
Memória de cálculo - Cesta Básica R$ 25,00 x 1,27 R$ 31,75 
Memória de cálculo - Seguro Vida/... R$ 1,00 x 1,27 R$ 1,27 
Memória de cálculo - Auxílio Creche R$ 0,05 x 1,27 R$ 0,07 
Memória de cálculo - Uniformes R$ 17,43 x 1,27 R$ 22,13 
Material de Limpeza e Equipamentos R$ 112,39 
 
Memória de Cálculo - RESUMO 
Salários R$ 318,83 
Encargos Sociais R$ 225,76 
Vale Transporte R$ 151,33 
Vale Refeição R$ 73,06 
Cesta Básica R$ 31,75 
Seguro de via/Auxílio Funeral/Auxílio Familiar R$ 1,27 
Auxílio Creche R$ 0,07 
Uniformes/Equipamentos R$ 22,13 
Material de Limpeza / Equipamento R$ 112,39 
Custo Total / mês R$ 936,59 
B.D.I. adotado : 24% 
Preço mês do Faxineiro R$ 1.161,37 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
17
 
Cálculo de Encarregado de Faxineiro - 2ª Feira a Domingo 
 
Memória de Cálculo - Mão-de-obra 
Encarregado de Faxineiro (salário) (1 : 30) R$ 326,37 
Folguista (0,27) R$ 88,12 
Custo Salarial Total R$ 414,49 
Custo de Encargos Sociais (71,81%) R$ 293,50 
 
Benefícios - Vale-Transporte 
Qtde. Viagens (4 viagens/dia x 30,44 dias) 121,76 
Tarifa de ônibus urbano R$ 1,40 
Valor mensal gasto com transporte R$ 170,46 
Parcela do empregado (6% do salário) R$ 24,87 
Custo Mensal - Vale Transporte R$ 145,59 
 
Memória de Cálculo - Benefícios e Material 
Memória de cálculo - Vale Refeição R$ 2,40 x 30,44 R$ 73,06 
Memória de cálculo - Cesta Básica R$ 25,00 x 1,27 R$ 31,75 
Memória de cálculo - Seguro Vida/Aux.FamR$ 1,00 x 1,27 R$ 1,27 
Memória de cálculo - Auxílio Creche R$ 0,05 x 1,27 R$ 0,07 
Memória de cálculo - Uniformes R$ 18,12 x 1,27 R$ 23,01 
Material de Limpeza e Equipamentos R$ 134,01 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
18
 
Memória de Cálculo - RESUMO 
Salários R$ 414,49 
Encargos Sociais R$ 293,50 
Vale Transporte R$ 145,59 
Vale Refeição R$ 73,06 
Cesta Básica R$ 31,75 
Seguro de via/Auxílio Funeral/Auxílio Familiar R$ 1,27 
Auxílio Creche R$ 0,07 
Uniformes/Equipamentos R$ 23,01 
Material de Limpeza / Equipamento R$ 134,01 
Custo Total / mês R$ 1.116,75 
B.D.I. adotado : 24% 
Preço mês do Encarregadode Faxineiro R$ 1.384,77 
 
Resultado da adequação 
- Limpeza predial - 2ª Feira a Domingo 
 Áreas internas - Pisos Frios (Produtividade: 550 m²) 
 
Categoria Coeficiente de 
participação (1/m2) 
(1) 
Preço Homem/mês 
(R$/mês) 
(2) 
TOTAL (R$/mês) 
(1) x (2) 
Faxineiro 1 / 550 1.161,37 2,11 
Encarregado 1 / ( 30 x 550) 1.384,77 0,08 
Total R$/m2 2,19 
 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
19
g) Limpeza predial de 2ª Feira a Domingo 
 Áreas internas - com espaços livres / Saguão / Hall / Salão 
(Produtividade: 800 m²) 
 
Categoria Coeficiente de 
participação (1/m2) 
(1) 
Preço Homem/mês 
(R$/mês) 
(2) 
TOTAL (R$/mês) 
(1) x (2) 
Faxineiro 1 / 800 1.161,37 1,45 
Encarregado 1 / ( 30 x 800) 1.384,77 0,06 
Total R$/m2 1,51 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
20
5 – O ORÇAMENTO COMO BASE PARA DEFINIÇÃO DE 
FÓRMULA DE REAJUSTE DE PREÇOS UNITÁRIOS 
O orçamento é um instrumento importante para a definição da fórmula 
paramétrica de reajuste de cada contrato, através da decomposição de seus 
custos estratificados conforme parcelas de maior relevância, como mão-de-obra 
direta , inclusos salários, encargos sociais e benefícios ,ou parte deles; materiais, 
equipamentos etc., assim como para definição dos índices e respectivos pesos 
que reflitam a evolução dos custos de produção dos serviços. 
Entidades de pesquisas econômicas apresentam em suas publicações 
periódicas alguns índices especificamente compostos para determinados serviços 
terceirizados, a nível regional, que poderão ser observados e utilizados por 
refletirem a evolução mensal de custos de uma cesta de insumos básicos 
pertinentes a cada serviço, como poderá ser verificado na Revista Conjuntura 
Econômica, publicada pela FGV: 
a) Índice de limpeza, asseio e conservação (Ilac) (exclusive mão-de-obra e 
encargos); 
b) Índice de mão-de-obra de limpeza (Imol); 
c) Índice de setor de vigilância e segurança (ISVS) 
A Lei n. 8666/93, em seu artigo 40, inciso XI, define que o critério de 
reajuste deverá retratar a variação efetiva do custo de produção, admitida a 
adoção de índices específicos ou setoriais. 
Na falta desses, a fórmula paramétrica de reajuste deverá considerar 
índices e respectivos pesos baseados na decomposição dos custos unitários dos 
respectivos serviços. 
Ressalta-se, contudo, que, para os órgãos da Administração Direta e 
Autárquica do Estado de São Paulo, deve-se observar o disposto no Decreto n. 
27.133, que estabelece a variação do índice de serviços gerais com 
predominância de mão-de-obra (Fipe), como base para reajustamento de preços 
contratados. 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
21
II – PREÇOS 
1 – MERCADO 
1.1 - O QUE É PREÇO? 
Numa economia de mercado livre, a oferta e a procura de bens e serviços 
descrevem o comportamento dos vendedores (produtores) e compradores 
(consumidores). Quando esses dois agentes se encontram no mercado, com seus 
desejos e objetivos próprios, estabelecem uma situação de equilíbrio, temporário, 
do qual resulta a determinação dos preços e quantidades de equilíbrio que 
maximizam o bem-estar individual e coletivo. 
A obtenção desse objetivo pressupõe um elevado grau de competitividade 
entre os agentes econômicos envolvidos, em mercados atomizados, de bens e 
serviços homogêneos, informações transparentes e disponíveis etc. 
Porém, essa situação ideal não existe, pois os mercados são, em geral, 
concentrados, pressupondo a presença de uma autoridade econômica 
reguladora, com normas para corrigir imperfeições na alocação de recursos e 
definição de preços equilibrados, 
Assim sendo, as economias são, na grande maioria, mistas, onde uma 
parcela das decisões econômicas ocorrem no mercado e outras no âmbito das 
autoridades econômicas. Do ponto de vista microeconômico, há a presença 
regulamentadora do Estado, com legislações coibindo o abuso do poder 
econômico (código do consumidor). Do ponto de vista macroeconômico, a 
autoridade econômica atua no controle de preços, salários, juros e câmbio, 
objetivando a estabilidade de preços, crescimento econômico e uma melhor 
distribuição de renda, dentre outras metas. 
1.2 - LEI DA OFERTA 
A oferta de determinado produto ou serviço varia na razão direta dos seus 
preços, na unidade de tempo, mantidas as demais variáveis constantes, a partir 
de um nível de preços tal que seja suficiente para fazer face ao custo de produção 
do mesmo, até o limite superior de pleno emprego dos fatores de produção. 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
22
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando o preço reduz, a quantidade ofertada reduz. 
1.3 - LEI DA DEMANDA 
A quantidade procurada de determinado bem ou serviço varia na razão 
inversa de seus respectivos preços, mantidas as demais influências constantes, 
na unidade de tempo. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Quando o preço reduz, a quantidade demandada aumenta. 
1.4 - EQUILÍBRIO DE MERCADO 
Os vendedores (ofertantes) e compradores (demandadores) encontram-se 
no mercado para fazer suas transações, surgindo dessa força de negociação o 
equilíbrio de mercado que define o preço e a quantidade de equilíbrio. 
A maximização do lucro do ofertante depende do mercado – concorrência 
perfeita ou imperfeita. 
Na concorrência perfeita há grande número de vendedores e compradores. 
Os agentes não têm poderes para interferir nos preços, ou seja, cada um aceita o 
preço definido pelo mercado. 
 
Quantidade demandada 
R$ 
Curva de Demanda 
Q 2 
P 2 
Q 1 
 P 1 
Quantidade ofertada 
Preço 
Curva de Oferta 
P 2 
q 2 q 1 
 P 1 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
23
Na concorrência imperfeita (monopólio, oligopólio etc.), os vendedores 
detêm o poder econômico, manipulando os preços, maximizando os lucros e 
alocando quantidades de recursos aquém da concorrência perfeita e impondo 
maior preço aos consumidores. 
Dessa forma, o mercado imperfeito acaba encontrando um poder 
compensador, por meio de normas definidas pela autoridade econômica, 
formação de sindicatos de categorias econômicas/profissionais etc., que 
objetivam coibir o abuso de poder econômico e permitir uma melhor alocação de 
recursos. 
Gráfico da Lei da Oferta e Procura 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2 – CLASSIFICAÇÃO DE PREÇOS 
 
− Preço de mercado: corresponde ao resultado de pesquisa de mercado ou 
consultas junto aos fornecedores. 
− Preço exeqüível: corresponde ao valor “mínimo” suficiente para a execução 
de determinada obra ou serviço, isento da parcela correspondente ao lucro. 
− Preço ofertado ou proposto: é o preço apresentado pelo proponente em uma 
determinada licitação. Para contratação por dispensa ou inexigibilidade de 
licitação é o preço proposto pelo futuro contratado para a realização de 
determinado fornecimento. 
− O preço ofertado reflete o desejo do fornecedor como contrapartida na 
realização da obra ou serviço e é influenciado por vários fatores, tais como: 
conquista de mercado, recuperação de custos fixos, situação econômico-
financeira etc. 
− Preço de referência: é o preço calculado para uma determinada obra ou 
serviço, que reflete o justo equilíbrio entre as exigências estabelecidas na 
especificação técnica. 
Ponto de equilíbrio 
Demanda 
Preço 
Oferta 
Quantidade de equilíbrio 
Valor (R$) 
 Q e 
 P e 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
24
3 – FORMAÇÃO DO PREÇO 
3.1 – DEFINIÇÃO DE PREÇO 
Conceitualmente, pode-se definir "preço"como resultado da soma de todos 
os custos e despesas, sejam elas diretas ou indiretas, fixas ou variáveis, 
envolvidas no processo de produção, controle administrativo e financeiro, 
estrutura de funcionamento, comercialização/vendas, marketing etc., montante 
esse acrescido de uma remuneração dos serviços prestados pela empresa 
contratante a seus proprietários, assim como dos recolhimentos de todas as 
despesas legais e fiscais. Em outras palavras, é a contrapartida financeira paga 
pelo contratante aos proprietários da empresa contratada pela efetiva prestação 
de seus serviços. 
Na formação do preço, teremos a composição dos custos diretos dos 
serviços (mão-de-obra, materiais e equipamentos) como base de incidência dos 
demais custos e despesas indiretas, apropriados através de critérios de rateio, 
assim como a incidência de uma taxa de lucro sobre o total dos custos dos 
serviços. Após esse cálculo, incide-se o recolhimento de todas as taxas legais e 
fiscais pertinentes, como: ISSQN, ICMS, Cofins, dentre outros. 
Isso posto, pode-se demonstrar a decomposição do preço pela seguinte 
fórmula: 
− Preço = Custo Direto + BDI 
− Preço = Custo Direto * (1 + BDI%/100) 
O "BDI – Benefício e Despesas Indiretas" é um coeficiente incidente sobre 
o total dos custos diretos, com o intuito de ressarcir a contratada de todos os seus 
gastos com custos e despesas indiretas, despesas legais, despesas fiscais, 
despesas securitárias e outras, assim como remunerar o retorno de investimento 
aos proprietários das empresas, mediante a aplicação de uma taxa de lucro, pelo 
custo de oportunidade e risco do negócio. Para a contratada essa taxa de lucro é 
variável no tempo face a planejamentos empresariais no tocante a sua 
estruturação de custos operacionais e administrativos, carteira de serviços no 
mercado, conquista de mercado, dentre outras diretrizes empresariais para 
participação e ofertas de propostas comerciais de seus serviços. 
Resumindo, BDI = Preço / custo. 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
25
Os estudos elaborados pela SGGE tiveram seus preços referenciais 
elaborados com base em estudos técnicos dos serviços, possibilitando a 
padronizando das respectivas especificações técnicas dos serviços e, 
consequentemente, promovendo as composições de custos e preços unitários, 
baseadas na identificação, caracterização e quantificação dos principais insumos 
consumidos no processo produtivo, seus correspondentes coeficientes de 
consumo, pesquisa de preços de insumos praticados no mercado, consultas a 
balanços patrimoniais de empresas representativas do segmento de atividade 
extraindo indicadores de lucratividade, parâmetros percentuais para levantamento 
e posterior rateio de despesas indiretas, variáveis que são integrantes da 
composição da taxa de BDI. 
Assim sendo, o preço de referência é obtido com base em composições de 
custos diretos, acrescidas das despesas indiretas, despesas legais e do lucro. É, 
portanto, o resultado da exata definição e especificação do bem ou serviço que se 
pretende adquirir e para que uma determinada empresa prestadora de serviços 
possa formular uma proposta de preço do serviço a ser executado, sendo 
necessário que a contratante tenha a definição exata do objeto que se pretende 
obter. 
Para a administração, a planilha de orçamento representa o produto do 
somatório do "preço de referência" de cada item discriminado multiplicado pelos 
respectivos quantitativos, gerando o valor estimado para a reserva orçamentária e 
limite para o pagamento do objeto que se pretende contratar. Valores propostos 
superiores àqueles serão compulsoriamente desclassificados. Portanto, o preço 
de referência é o parâmetro de aceitabilidade dos preços propostos em uma 
determinada contratação. 
− Decreto N.º 45.623, de 10 de janeiro de 2001 
Artigo 35.Todos os contratos de serviços terceirizados deverão, 
obrigatoriamente, ser registrados no Cadastro de Serviços Terceirizados e seus 
valores ajustados aos parâmetros referenciais disponibilizados pela Secretaria do 
Governo e Gestão Estratégica. 
3.1.1 – Valores Referenciais Existentes 
Estudos de Serviços Terceirizados – Publicações da SGGE – 
(www.cadterc.sp.gov.br) 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
26
III – COMPOSIÇÃO DE CUSTOS E PREÇOS 
1 – CONCEITOS IMPORTANTES 
− Gasto – sacrifício financeiro para produção. 
− Custo – todo gasto envolvido, direta ou indiretamente, na produção. 
− Despesa – todo gasto relacionado com atividades associadas ou não a 
produção. 
− Custo Direto (CD) – todo gasto decorrente de atividade desenvolvida na área 
de execução/prestação dos serviços, perfeitamente caracterizado, identificado 
e quantificado de forma a poder ser diretamente apropriado como custo de 
atividade específica do serviço. 
Ex. mão-de-obra operacional, materiais e equipamentos aplicados ou 
consumidos especificamente em cada atividade ou fase do serviço. 
− Custo Indireto – todo gasto decorrente de atividade desenvolvida diretamente 
na área de prestação de serviços, perfeitamente caracterizado e identificado, 
mas que não tem condições de ser apropriado quantitativamente a uma fase 
ou atividade específica do serviço, neste caso devendo obedecer a um critério 
de rateio. Ex. Administração da sede ou local, comercialização, funcionamento 
da empresa, despesas fiscais e securitárias etc. 
− Apropriação – ato de quantificar os insumos utilizados ou consumidos na 
execução de uma atividade. 
− Atividade – parcela identificável de um serviço. Correspondente à execução de 
parte do produto final. 
− Especificação Técnica – descrição da metodologia a ser aplicada para 
execução do serviço. 
2 – COMPOSIÇÃO DOS CUSTOS DIRETOS 
Os custos diretos deverão ser caracterizados, identificados e quantificados 
de forma que espelhem a especificação técnica dos serviços, aplicando-se todos 
os seus custos com mão-de-obra, materiais e equipamentos diretamente 
utilizados e consumidos na execução de uma atividade. 
Para exemplificarmos, desenvolvemos sucintamente a composição de 
custos e preços de uma pizza:. 
− Primeiro passo: 
Definição do produto a ser adquirido: 
• "Fornecimento semanal aos sábados de 3 (três) pizzas tipo mussarela." 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
27
− Segundo passo: 
Definição da especificação técnica do produto, descrevendo o método de 
produção, insumos a serem utilizados e respectivos coeficientes de consumo, 
embalagem requerida, quantidade, local, prazo e horário para entrega. 
• "O produto deverá ter o formato redondo e, conter no mínimo, 30 cm de 
diâmetro, massa preparada com 250 gramas de farinha de trigo, 300 
miligramas de água e 5 gramas de sal refinado; 150 gramas de molho de 
tomate, conter recheio preparado com, no mínimo, 150 gramas de queijo tipo 
mussarela e 200 gramas de cebola, ingredientes esses que deverão ser 
assados por 5 minutos no forno a lenha. Quando retirados do forno, deverão 
ser acrescidos 50 gramas de azeitonas pretas por cima. Deverá ser 
acondicionado em forma de papelão, acondicionados em recipientes 
herméticos e isotérmicos, transportados e entregues semanalmente aos 
sábados na Rua XXXXXX, 1111 – Pinheiros." 
− Terceiro passo: 
Elabora-se o cálculo do custo direto, dentro das especificações técnicas 
definidas. 
• Para se produzir uma pizza tipo mussarela, são necessários: 
a) Material - gêneros alimentícios 
250 g de farinha de trigo 
300 ml de água 
150 g de mussarela 
 50 g de molho de tomate 
200 g de cebola 
 50 g de azeitona 
 5 g de sal 
b) Mão-de-obra 
0,15 h de pizzaiolo 
0,10 h de ajudante de pizzaiolo 
0,10 h de forneiro 
Obs.: 0,15 e 0,10 hora representam, respectivamente, 9e 6 minutos. 
c) Material - Diversos 
1 un de Embalagem 
Transporte (valor fixo por unidade) 
 
O custo direto da pizza representa a quantidade dos ingredientes ou 
insumos utilizados/consumidos no processo, multiplicada pelos respectivos 
preços unitários, cotados através de pesquisa no mercado. 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
28
3 – COMPOSIÇÃO DO PREÇO UNITÁRIO 
Elencamos alguns custos e despesas que, embora envolvidos diretamente 
na produção, não são passíveis de apropriação quantitativa ao produto, devendo 
ser apropriado através de critério de rateio em função da escala de produção. 
a) Equipamentos: 
Mesa de preparo; 
Faca, espátula, colher, pá de forneiro; 
b) Instalações: 
Forno a lenha; 
Cozinha; 
Área de preparação; 
Salão de vendas. 
Com base na especificação técnica, composição de custos, pesquisa de 
preços dos insumos no mercado, obtém-se o valor do custo direto do produto, que 
será a base de composição do preço unitário da pizza, após a aplicação de uma 
taxa ou coeficiente que ressarça o fornecedor de todos os demais gastos, tais 
como os custos indiretos, despesas indiretas, despesas legais, fiscais, 
securitárias, dentre outras, e também a remuneração dos serviços ao proprietário 
do negócio (BDI). 
 
Pizza tipo Mussarela (IO = ) 
Mão-de-obra 
Item Qtde.. Unidade Custo Unitário 
(R$) 
Custo 
Total (R$) 
Pizzaiolo 0,15 h /hora 
Forneiro 0,10 h /hora 
ajudante de pizzaiolo 0,10 h /hora 
Subtotal de salários 
Encargos Sociais ( %) 
Total da mão-de-obra 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
29
Material - gêneros alimentícios 
Item Qtde.. Unidade Custo Unitário 
(R$) 
Custo 
Total (R$) 
Farinha de trigo 0,250 kg /kg 
Água 0,300 l /l 
Queijo mussarela 0,150 kg /kg 
molho de tomate 0,050 kg /kg 
Cebola 0,200 kg /kg 
Azeitona 0,050 kg /kg 
sal refinado 0,005 kg /kg 
Subtotal de materiais - gêneros alimentícios 
 
Material - diversos 
Item Qtde.. Unidade Custo Unitário 
(R$) 
Custo 
Total (R$) 
Embalagem 1 un /un 
Transporte (valor fixo) 1 un /un 
Subtotal de materiais - diversos 
 
 
 
Total de custos diretos (MO + Materiais) - R$ 
 
 BDI ( %) 
 
Preço Unitário (R$) 
 
4 – PREÇOS e CUSTOS NOS SERVIÇOS TERCEIRIZADOS 
Para efeito de composição de preços, preço é definido como o resultado da 
soma dos custos diretos + custos e despesas indiretas + lucro + encargos fiscais, 
ou seja, é a retribuição paga pelo contratante pela prestação de um serviço para 
uma empresa contratada. 
Preço = custo direto + BDI 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
30
4.1 – CUSTOS NOS SERVIÇOS TERCEIRIZADOS 
Custo é o somatório dos gastos necessários para a produção e 
comercialização de um determinado bem, obra ou serviço. 
Portanto, custo direto é o valor dos insumos utilizados ou consumidos 
diretamente em uma atividade, que pode ser identificado e quantificado 
diretamente na execução, tais como: 
− mão-de-obra (salários diretos, encargos sociais e benefícios); 
− materiais de consumo diretamente aplicados no escopo contratado (produtos 
de limpeza, uniformes etc.); 
− equipamentos diretamente utilizados (aspirador de pó, enceradeiras, 
revólveres, veículos etc.) 
Os custos diretos são produto de composição de custos, cujos valores dos 
insumos componentes do objeto são aferidos mediante pesquisas de mercado. 
− Mão-de-obra 
a) salário 
• piso salarial de cada categoria (acordo/dissídio/convenção coletiva de 
trabalho) ou pesquisa no mercado de trabalho. 
• CF/88 
b) encargos sociais 
• Legislação 
• CLT 
• Acordo/dissídio/convenção coletiva de trabalho 
• CF/88 
c) benefícios 
• CF/88 
• Acordo/dissídio/convenção coletiva de trabalho 
• CLT 
 
− Materiais 
• Pesquisa de preços no mercado (incluso frete e impostos) 
• Consulta em revistas especializadas (incluso frete e impostos) 
 
− Equipamentos 
• Pesquisa de preços no mercado (incluso frete e impostos) 
• Consulta em revistas especializadas (incluso frete e impostos) 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
31
4.2 – PREÇOS UNITÁRIOS NOS SERVIÇOS TERCEIRIZADOS 
Preço = custos + BDI 
4.2.1 – BDI – Benefício e Despesas Indiretas 
O "BDI – Benefício e Despesas Indiretas" é um coeficiente que é aplicado 
aos custos diretos da obra ou serviço que resultará na formação do preço final do 
objeto. 
A taxa de despesas indiretas aplicada sobre os custos diretos visa a 
ressarcir a contratada de todos os gastos com seus custos indiretos, despesas 
diretas e indiretas envolvidas na execução dos serviços. 
A taxa de lucro é a expectativa do benefício ou retorno financeiro esperado 
pelo empreendedor, que pode ser visualizada no balanço da empresa. 
As despesas legais são taxas fiscais e securitárias que incidem sobre o 
faturamento/receita bruta, tais como ISS/ICMS, PIS, Cofins, Seguro de 
Responsabilidade Civil etc. 
As contribuições relativas a PIS/Pasep e Cofins são fixas em termos 
percentuais sobre o faturamento da empresa. 
As alíquotas e a base de cálculo do fato gerador a título de ISS e ICMS são 
variáveis de acordo com a região e o produto. Essas taxas diferentes influenciam 
no preço a ser ofertado. 
Custos indiretos ou despesas indiretas são aqueles gastos cujo somatório 
é rateado de forma proporcional nas diversas frentes de trabalho que a empresa 
encontra-se atuando, tais como custos da administração, treinamentos, 
supervisão, medicina e segurança do trabalho etc. 
As despesas indiretas são obtidas pela média percentual de incidência 
calculadas sobre os custos diretos. Geralmente podem ser extraídos dos 
balanços financeiros das empresas do ramo. 
Assim sendo, as despesas indiretas, pela razão de não poderem ser 
diretamente apropriadas, incorporam o coeficiente do "BDI – Benefício e 
Despesas Indiretas". 
BDI 
 
Preço = custo direto + despesas indiretas + lucro + despesas legais 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
32
5 – SITUAÇÕES DE PREÇO X CUSTO 
− Preço maior que o Custo 
Em função da fixação do preço e comparada a relação preço e custo 
teremos as suas possibilidades e sua análise com relação às empresas 
prestadoras e contratantes. 
E a situação normal. Dentro de uma economia normal de mercado livre, os 
fornecedores sempre objetivarão a minimização dos custos e maximização dos 
lucros. 
− Preço igual ao Custo 
Ocorre em situações em que o fornecedor pretende conquistar novos 
mercados, procurando colocar maiores quantidades e “zerando” o lucro. 
− Preço menor que o Custo 
Ocorre em ocasiões de redução de demanda, de recessão econômica. O 
fato de o preço ser menor que o custo não implica, necessariamente, prejuízo 
financeiro, pois alguns itens de custo, tais como despesas de depreciação, 
previsão de encargos fiscais, aprovisionamento dos encargos sociais e 
trabalhistas etc. não são monetários, isto é, não implicam saída de caixa. No 
entanto, essa situação acarretará prejuízo econômico (deterioração de 
equipamentos e instalações, estagnação tecnológica etc.) 
Para situação de reequilíbrio econômico – financeiro. 
 
 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
33
ADENDO 
ANÁLISE DE EXEQÜIBILIDADE DE PREÇOS PROPOSTOS 
2.1) Diligenciar a proponente para comprovação da exeqüibilidade. 
2.2) Comparar a composição demonstrada pelo proponente com as composições 
de custos unitários e BDI da contratante. 
2.3) Verificar se os valores dos insumos (salários, encargos sociais, benefícios, 
materiaisde consumo etc.) adotados são compatíveis com o mercado. 
2.4) Verificar se os quantitativos dos insumos (mão-de-obra, materiais, 
equipamentos etc.) adotados são compatíveis com a execução do objeto. 
2.5) Verificar os encargos legais (alíquotas de ISS/ICMS, PIS, Cofins, Seguro de 
Responsabilidade Civil); 
ORÇAMENTO 
 
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34
ADENDO 
CRITÉRIOS DE ACEITABILIDADE DE PROPOSTAS PARA OBRAS 
E SERVIÇOS DE ENGENHARIA (§ 1º acrescido ao artigo 48 - 
inciso II pela Lei n. 9.648, de 25/5/98) 
− Critério de exeqüibilidade : – menor preço – art. 48 – inciso II – parágrafo 1º 
• 1º passo: calcular o valor de 70 % de: 
a.) média aritmética dos valores propostos superiores a 50% do valor orçado: 
a.1) desconsiderar propostas cujos valores sejam menores que 50% do valor de 
referência; 
a.2) desconsiderar propostas cujos valores sejam maiores que o valor orçado; 
a.3) das propostas restantes, calcular a média aritmética. 
 
Valor orçado pela Administração 
(Valor referencial) 
média aritmética 
das propostas 
 
50% Valor orçado pela Administração 
 
 
 
 
 
a.4) calcular 70% média aritmética obtida no item anterior, que será considerado 
como o 1º limite de exeqüibilidade das propostas. 
Valor orçado pela Administração 
(Valor referencial) 
 
70% da média 
aritmética 1º limite de 
das propostas exeqüibilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Valores de 
propostas 
desconsideradas 
ORÇAMENTO 
 
Adilson Fernando Dall Evedove / Elza Emi Itani / Valéria D'Amico 
35
b) valor orçado pela administração 
Valor orçado pela Administração 
(Valor referencial) 
70% Valor orçado = 
 2º limite de exeqüibilidade 
 
 
 
 
 
b.1) o valor encontrado de 70% do valor orçado pela administração (valor 
referencial estabelecido) será considerado o 2º limite de exeqüibilidade: 
• 2º passo : comparar os 2 limites de exeqüibilidade ( a.4 e b.1); 
• 3º passo : o menor valor encontrado será utilizado como critério de 
desclassificação de propostas por serem considerados manifestamente 
inexeqüíveis. 
 
 
 2º limite de 
1º limite de < ibi exeqüibilidade 
exeqüibilidade 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO 
 
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36
ADENDO 
 
DEFINIÇÃO E CÁLCULO DE QUARTIL 
 
Quartil é uma medida de tendência central que divide uma série de valores 
ordenados de forma crescente em quatro partes iguais. 
 
Para comparar os preços praticados entre serviços comuns, os itens foram 
classificados e separados em amostras distintas e, então, aplicados ao recurso 
estatístico dos quartis, em que as amostras são divididas em quatro partes e 
ordenadas de forma crescente de preços unitários contratados. 
 
 
25% - 1ª parte 
 
 
25% - 2ª parte 
 
25% - 3ª parte 
 
25% - 4ª parte 
 1º Quartil 2º Quartil 3º Quartil 4º Quartil 
 
 
Isso posto, convencionou-se para fins de controle dos contratos terceirizados 
que: 
- a primeira parte (25% ou um quarto dos contratos) é o 1º quartil; 
- a segunda parte (25% ou segundo quarto dos contratos) é o 2º quartil; 
- a terceira parte (25% ou terceiro quarto dos contratos) é o 3º quartil; 
- a quarta parte (últimos 25% dos contratos) é o 4 quartil. 
 
 
O valor situado no limite superior do 2º quartil é a mediana; 
 
O valor situado no limite superior do 3º quartil é o máximo aceitável para limite 
aceitável . 
 
Os valores da amostra, coletada e ordenada de forma crescente, que estão 
situados entre a mediana e o 3º quartil representam o 3º quartil. 
 
O limite superior do 3º quartil aponta que 75% dos valores da amostra está igual 
ou abaixo desse valor. 
 
 
 Mediana Limite do 3º quartil 
 
 
 
25% - 1ª parte 
 
 
25% - 2ª parte 
 
25% - 3ª parte 
 
25% - 4ª parte 
 1º Quartil 2º Quartil 3º Quartil 4º Quartil 
ORÇAMENTO 
 
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37
 
Se 75% dos contratos possuem preços unitários abaixo do limite do 3º 
quartil, demonstrando-se economicamente viáveis, por que admitir preços 
acima desse limite ? 
 
 
Portanto, os preços dos 25% dos contratos situados acima do limite do 3º 
quartil devem ser objeto de reavaliação, negociação ou devidamente 
justificados (especificidades). 
 
 
EXEMPLO: 
 
Valores unitários de Limpeza Predial - Áreas Internas - Pisos Frios (R$/m²) 
 
 Valores unitários Valores unitários 
 (Amostra) em ordem crescente 
1,08 1º 0,98 
1,10 2º 1,05 
0,98 3º 1,08 
1,45 4º 1,10 
1,78 5º 1,11 
1,58 6º 1,14 
1,60 7º 1,28 
1,05 8º 1,30 
1,14 9º 1,32 
1,28 10º 1,40 
1,30 11º 1,45 
1,40 12º 1,46 
1,55 13º 1,55 
1,32 14º 1,58 
1,46 15º 1,60 
1,11 16º 1,78 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
ORÇAMENTO 
 
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Distribuição dos valores em quatro partes iguais (QUARTIS) 
 
 0,98 
1º Quartil 1,05 
 1,08 
 1,10 
 1,11 
2º Quartil 1,14 
 1,28 
 1,30 
 1,32 
3º Quartil 1,40 
 1,45 
 1,46 
 1,55 
4º Quartil 1,58 
 1,60 
 1,78 
 
 
 
Mediana = (1,30 + 1,32) / 2 = 1,31 
Valor limite do 3º quartil

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