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EXAME MÉDICO
ADMISSˆO
MÓDULO 1
1.2
ESTE FASCÍCULO SUBSTITUI O DE IGUAL NÚMERO ENVIADO ANTERIORMENTE AOS NOSSOS ASSINANTES.
RETIRE O FASCÍCULO SUBSTITUÍDO, ANTES DE ARQUIVAR O NOVO, PARA EVITAR A SUPERLOTAÇÃO DA PASTA.
EXPEDIÇÃO: 22-08-99
FASCÍCULO 1.2 2
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
SUM`RIO
ASSUNTO PÁGINA
1.2. EXAME MÉDICO........................................................................................................................... 3
1.2.1. INTRODUÇÃO................................................................................................................ 3
1.2.2. PENALIDADES .............................................................................................................. 3
1.2.3. ADMISSIONAL OU PRÉ-ADMISSIONAL...................................................................... 3
1.2.3.1. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL ..................................................... 4
1.2.3.1.1. Conteúdo...................................................................................... 4
1.2.3.1.2. Modelo .......................................................................................... 4
1.2.4. PCMSO........................................................................................................................... 7
1.2.4.1. RELATÓRIO ANUAL...................................................................................... 7
1.2.4.2. ESTRUTURA .................................................................................................. 8
1.2.4.2.1. Conteúdo Mínimo ........................................................................ 8
1.2.4.2.1.1. Empresas Desobrigadas de Manter Médico
Coordenador .......................................................... 8
1.2.4.3. EMPRESAS OBRIGADAS ............................................................................. 8
1.2.4.3.1. Empresas Prestadoras de Serviços .......................................... 8
1.2.4.4. RESPONSABILIDADE DA EMPRESA .......................................................... 8
1.2.4.5. EMPRESAS DESOBRIGADAS DE INDICAR MÉDICO COORDENADOR... 9
1.2.4.6. ATRIBUIÇÕES DO MÉDICO COORDENADOR ............................................ 9
1.2.4.7. EXAMES MÉDICOS........................................................................................ 9
1.2.4.7.1. Periódico ...................................................................................... 9
1.2.4.7.2. De Retorno ao Trabalho.............................................................. 10
1.2.4.7.3. De Mudança de Função .............................................................. 10
1.2.4.7.4. Demissional ................................................................................. 10
1.2.4.8. PRONTUÁRIO OU FICHA CLÍNICA .............................................................. 10
1.2.4.9. DOENÇAS PROFISSIONAIS ......................................................................... 10
1.2.4.10. PRIMEIROS SOCORROS .............................................................................. 11
1.2. EXAME MÉDICO
1.2.1. INTRODUÇÃO
Após a realização do processo de recrutamento e seleção, o próximo passo da empresa é encaminhar o candidato
selecionado à realização do exame médico, quando então vai ser determinada a sua admissão ou não.
O fato de o candidato realizar o exame médico pré-admissional não cria vínculo com a empresa. A contratação
ficará condicionada ao resultado do exame. Caso seja satisfatório, a empresa poderá, se assim desejar, contratar
o empregado. Sendo o candidato considerado inapto, a empresa recorre a um dos demais candidatos já aprovado
no processo de recrutamento e seleção e o encaminha para o exame médico.
A aprovação do candidato no exame médico não obriga a empresa a contratá-lo.
1.2.2. PENALIDADES
As infrações às normas legais e/ou regulamentares sobre medicina do trabalho terão penalidades fixadas
conforme a gravidade e o número de empregados do estabelecimento, sendo estas estabelecidas em UFIR. No
quadro a seguir, as penalidades estão relacionadas de acordo com a infração cometida, sendo representadas
por I1, I2, I3 e I4:
GRADAÇÃO DAS MULTAS (EM UFIR)
MEDICINA DO TRABALHO
Número de
empregados I1 I2 I3 I4
1 – 10 378 – 428 676 – 839 1015 – 1254 1350 – 1680
11 – 25 429 – 498 840 – 1002 1255 – 1500 1681 – 1998
26 – 50 499 – 580 1003 – 1166 1501 – 1746 1999 – 2320
51 – 100 581 – 662 1167 – 1324 1747 – 1986 2321 – 2648
101 – 250 663 – 744 1325 – 1482 1987 – 2225 2649 – 2976
251 – 500 745 – 826 1483 – 1646 2226 – 2471 2977 – 3297
501 – 1000 827 – 906 1647 – 1810 2472 – 2717 3298 – 3618
Mais de 1000 907 – 990 1811 – 1973 2718 – 2957 3619 – 3782
Nos itens a seguir, vamos informar qual a infração cometida pelo descumprimento da norma apresentada,
podendo a empresa, através do quadro demonstrado anteriormente, verificar o valor da multa, sendo que a UFIR
para 1999 está fixada em R$ 0,9770.
1.2.3. ADMISSIONAL OU PRÉ-ADMISSIONAL
O exame médico admissional, como qualquer outro exame, está incluído no Programa de Controle Médico de
Saúde Ocupacional (PCMSO), que tem como objetivo a promoção e preservação da saúde do conjunto de
trabalhadores.
Todos os empregadores estão obrigados a elaborar e implementar o PCMSO (Penalidade I2). Mais adiante,
iremos analisar a organização do PCMSO.
FASCÍCULO 1.2 3
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
O exame médico admissional deve ser realizado antes de o empregado assumir as suas funções
(Penali-dade I1).
Esse exame compreende (Penalidade I1):
a) avaliação clínica, abrangendo anamnese ocupacional e exames físico e mental;
b) exames complementares a critério do médico.
O exame médico pré-admissional deve ser custeado integralmente pela empresa e realizado por médico com
especialização em medicina do trabalho (Penalidade I1). Esse profissional pode ser empregado da empresa,
integrante do seu PCMSO ou não.
1.2.3.1. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL
Para cada exame médico admissional deve ser emitido o “Atestado de Saúde Ocupacional (ASO)”, em
duas vias.
A primeira via do ASO deve ficar à disposição da fiscalização do trabalho, devidamente arquivada no
local de trabalho, inclusive nas frentes de trabalho ou canteiros de obras (Penalidade I2).
A segunda via do atestado deve ser obrigatoriamente entregue ao empregado, mediante recibo na
primeira via (Penalidade I2).
Quando ocorrerem exames complementares, o resultado deve ser comunicado ao empregado, com a
entrega de uma cópia ao mesmo.
1.2.3.1.1. Conteúdo
O atestado médico deverá conter, no mínimo:
_ nome completo do empregado, o número de registro de sua identidade e sua função
(Penalidade I1);
_ os riscos ocupacionais específicos existentes, ou a ausência deles, na atividade do em-
pregado, conforme instruções técnicas expedidas pela Secretaria de Segurança e Saúde
no Trabalho (SSST) (Penalidade I2);
_ indicação dos procedimentos médicos a que foi submetido o empregado, in-
clusive os exames complementares e a data em que foram realizados (Penali-
dade I1);
_ nome do médico coordenador, quando houver, com o respectivo CRM (Penalida-
de I2);
_ definição de apto ou inapto para a função específica que o trabalhador vai exercer, exerce ou
exerceu (Penalidade I2);
_ nome do médico encarregado do exame e endereço ou forma de contato (Penalida-
de I2);
_ data e assinatura do médico encarregado do exame e carimbo contendo seu número de
inscrição no CRM.
Na identificação do trabalhador poderá ser usado o número da identidade ou da CTPS. A
função poderá ser completada pelo setor em que o trabalhador irá exercer suas funções,
devendo contar do “ASO” os riscos passíveis de causar doenças, exclusivamente ocupa-
cionais, decorrentes do exercício da função desempenhada, em consonância com os
exames complementares de controle médico.
1.2.3.1.2. Modelo
Não há um modelo definido para o Atestado Médico deSaúde Ocupacional; assim, o mé-
dico poderá adotar o modelo que melhor atenda às suas necessidades, desde que sejam
observadas as informações mínimas exigidas pela legislação.
A título de ilustração, estamos divulgando um modelo do ASO:
FASCÍCULO 1.2 4
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
Os dados que constam do formulário são fictícios.
FASCÍCULO 1.2 5
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
FASCÍCULO 1.2 6
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
DEFEITO
1.2.4. PCMSO
O PCMSO tem como objetivo a preservação da saúde dos empregados em função dos riscos existentes no
ambiente de trabalho e de doenças profissionais.
As diretrizes e os parâmetros mínimos para funcionamento do PCMSO foram estabelecidos pela NR-7, podendo
essas condições ser ampliadas mediante negociação coletiva do trabalho.
O programa deve ter caráter de prevenção, rastreamento e diagnóstico precoce dos agravos à saúde relacionados
ao trabalho, inclusive de natureza subclínica, além da constatação da existência de casos de doenças
profissionais ou danos irreversíveis à saúde do trabalhador.
O Programa será realizado através de profissional competente que desenvolverá um estudo para reconhecimento
prévio dos riscos ocupacionais existentes em cada local de trabalho.
Trata-se de uma pesquisa de campo feita através de visitas aos locais de trabalho para análise dos processos
produtivos, postos de trabalho, informações sobre ocorrências de acidentes de trabalho e doenças ocupacionais,
atas da CIPA e mapas de risco.
Com base nesse estudo, o médico vai confeccionar o programa e estabelecer os exames clínicos e
complementares específicos para a prevenção ou detecção precoce dos agravos à saúde dos empregados da
empresa.
O médico pode, a qualquer momento, modificar o PCMSO sempre que ocorrerem alterações nos processos de
trabalho, novas descobertas da ciência médica em relação a efeitos de riscos existentes, mudanças de critérios de
interpretação de exames ou ainda reavaliação do reconhecimento dos riscos.
O PCMSO não está sujeito a ser homologado ou registrado na Delegacia Regional do Trabalho, ou em qualquer
órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego.
Enfim, a empresa deverá planejar e implementar o seu PCMSO com base no risco que a atividade desenvolvida
possa provocar à saúde dos seus empregados. A prevenção deve observar a relação saúde e trabalho.
O PCMSO vai resultar em produtividade na empresa, pois com o desenvolvimento do Programa as ausências do
serviço por motivo de doença irão diminuir significativamente.
1.2.4.1. RELATÓRIO ANUAL
O PCMSO deve elaborar um relatório anual com planejamento das ações de saúde a serem
executadas durante o ano. O relatório deve ser feito após decorrido um ano da implementação do
PCMSO (Penalidade I2).
Nesse relatório devem ser discriminados, por setor da empresa, o número e a natureza dos exames
médicos, incluídos avaliações clínicas e exames complementares, estatísticas de resultados
considerados anormais, bem como o planejamento para o próximo ano (Penalidade I1).
O relatório anual deve ser apresentado e discutido nas reuniões da Comissão Interna de Prevenção de
Acidente (CIPA), permanecendo uma cópia do mesmo anexada ao livro de atas quando a empresa
estiver obrigada a manter a referida Comissão (Penalidade I1).
O relatório anual pode ser armazenado sob a forma de arquivo informatizado desde que propicie o
imediato acesso por parte do agente de inspeção do trabalho (Penalidade I1).
Estão dispensadas de elaborar o relatório anual as empresas desobrigadas de indicarem médico
coordenador do PCMSO.
Não há necessidade de registro ou envio do relatório anual à Delegacia Regional do Trabalho, ou a
qualquer órgão vinculado ao Ministério do Trabalho e Emprego.
O relatório anual pode ser elaborado de acordo com o modelo a seguir:
PROGRAMA DE CONTROLE MÉDICO DE SAÚDE OCUPACIONAL
RELATÓRIO ANUAL
Responsável Data:
Assinatura:
Setor Natureza do exame
Nº anual de
exames
realizados
Nº de resultados
anormais
Nº de resultados anormais
x 100
––––––––––––––––––
Nº anual de exames
Nº de exames
para o ano
seguinte
FASCÍCULO 1.2 7
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
1.2.4.2. ESTRUTURA
A legislação não fixou nenhum modelo padrão para a elaboração do programa.
A complexidade do Programa depende basicamente dos riscos existentes em cada empresa, das
exigências físicas e psíquicas das atividades desenvolvidas e das características de cada grupo de
empregados.
Isto significa dizer que, para algumas empresas, o Programa pode se resumir à simples realização de
avaliações clínicas de rotina; em outras, entretanto, poderá ser muito complexo, contendo avaliações
clínicas especiais, exames toxicológicos com curta periodicidade, avaliações epidemiológicas, dentre
outras providências.
1.2.4.2.1. Conteúdo Mínimo
O Programa deve ter, no mínimo, as seguintes informações:
a) identificação da empresa: razão social, endereço, CGC\CNPJ, ramo de atividade de
acordo com o quadro 1 da NR 4 e seu respectivo grau de risco (ver fascículo sobre
“Serviços Especializados em Engenharia de Segurança e em Medicina do Trabalho”
no módulo sobre Segurança e Medicina do Trabalho), número de trabalhadores e sua
distribuição por sexo, e ainda horário de trabalho e turnos;
b) definição, com base nas atividades e processo de trabalho verificados e auxiliados
pelo PPRA e mapeamento de risco, dos critérios e procedimentos a serem adotados
nas avaliações clínicas;
c) programação anual dos exames clínicos e complementares específicos para os
riscos detectados, definindo-se explicitamente quais trabalhadores ou grupos de
trabalhadores serão submetidos a quais exames e quando;
d) outras avaliações médicas especiais.
A critério do médico também podem ser incluídas, opcionalmente, no PCMSO, ações
preventivas para doenças não ocupacionais, como: campanhas de vacinação, diabetes
mellitus, hipertensão arterial, prevenção do câncer ginecológico, prevenção de
DST/AIDS, prevenção e tratamento do alcoolismo, entre outros.
1.2.4.2.1.1. Empresas Desobrigadas de Manter Médico Coordenador
Para as empresas desobrigadas de manter médico coordenador do
PCMSO, a Secretaria de Segurança e Saúde do Trabalho recomenda que
o Programa contenha, no mínimo, as seguintes informações:
a) identificação da empresa: razão social, CGC\CNPJ, endereço, ramo de
atividade, grau de risco, número de trabalhadores distribuídos por sexo,
horário de trabalho e turnos;
b) identificação dos riscos existentes;
c) plano anual de realização dos exames médicos, com programação das
avaliações clínicas e complementares específicas para os riscos
detectados, definindo-se explicitamente quais os trabalhadores ou
grupos de trabalhadores serão submetidos a quais exames e quando.
1.2.4.3. EMPRESAS OBRIGADAS
Todos os empregadores e instituições que admitam trabalhadores estão obrigados a elaborar e
implantar o Programa de Controle Médico de Saúde Ocupacional (PCMSO).
1.2.4.3.1. Empresas Prestadoras de Serviços
A empresa que contratar mão-de-obra por intermédio de empresa prestadora de serviços
deverá informar a esta os riscos decorrentes da execução do trabalho, auxiliando inclusi-
ve na elaboração e implementação do PCMSO no local onde o serviço for prestado.
Isto significa dizer que, quando o serviço for prestado fora da sede da tomadora do servi-
ço, a empresa prestadora do serviço é que vai implementar o PCMSO no local onde ele
está sendo realizado.
1.2.4.4. RESPONSABILIDADE DA EMPRESA
É de inteira responsabilidade do empregador:
a)garantir aelaboraçãoeaefetiva implementaçãodoPCMSO,zelandopelasuaeficácia (Penalidade I2);
b) custear, sem ônus para o empregado, todos os procedimentos relacionados ao PCMSO
(Penalidade I1);
c) indicar, dentre os médicos do Serviço Especializado em Engenharia de Segurança e Medicina do
Trabalho (SESMT) da empresa, um coordenadorresponsável pela execução do PCMSO
(Penalidade I1).
FASCÍCULO 1.2 8
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
No caso de a empresa estar dispensada de manter o SESMT, o médico responsável para coordenar o
PCMSO poderá ser um médico especializado em medicina do trabalho contratado ou não como
empregado (Penalidade I1). Isto significa dizer que, nessa hipótese, o responsável pelo PCMSO da
empresa pode ser um médico não empregado da empresa. No caso da contratação desse serviço, o
PCMSO ficará sob a responsabilidade técnica do médico e não da entidade ou empresa a que o mesmo
esteja vinculado.
Se na localidade onde estiver situada a empresa não existir médico do trabalho, poderá ser contratado
médico de outra especialidade para coordenar o PCMSO (Penalidade I1).
O médico coordenador pode elaborar e ser responsável pelo PCMSO de várias empresas, filiais,
unidades, frentes de trabalho, inclusive em várias Unidades da Federação. Não é demais lembrar que o
PCMSO deve ser elaborado em cada local de trabalho.
1.2.4.5. EMPRESAS DESOBRIGADAS DE INDICAR MÉDICO COORDENADOR
Estão desobrigadas de manter médico coordenador do PCMSO as empresas:
a) com até 25 empregados, desde que enquadradas no grau de risco 1 ou 2;
b) até 10 empregados, desde que enquadradas no grau de risco 3 ou 4.
Mediante negociação coletiva de trabalho, também poderão ficar dispensadas de médico coordenador
as empresas cujo número de empregados esteja compreendido entre:
a) 26 e 50, se enquadradas no grau de risco 1 ou 2;
b) 11 e 20, se enquadradas no grau de risco 3 ou 4.
Na hipótese da letra “b”, a negociação coletiva deverá ser obrigatoriamente assistida por profissional do
órgão competente em segurança e saúde no trabalho.
Todavia, as empresas mencionadas neste item poderão ficar obrigadas à indicação de médico
responsável pelo PCMSO por determinação da Delegacia Regional do Trabalho, com base em parecer
técnico conclusivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do
trabalhador, ou em decorrência de negociação coletiva, quando suas condições de trabalho
representarem potencial de risco grave aos respectivos empregados.
O fato de a empresa estar dispensada de manter médico coordenador do PCMSO não significa dizer
que ela está desobrigada de realizar os exames médicos que analisaremos a seguir.
Essas empresas devem realizar os exames médicos de seus empregados através de médico que
necessariamente conheça o local de trabalho. Isto porque, sem a análise do local de trabalho, é
impossível uma avaliação adequada da saúde do trabalhador.
1.2.4.6. ATRIBUIÇÕES DO MÉDICO COORDENADOR
Ao médico coordenador do PCMSO compete:
• realizar os exames médicos ou encarregar os mesmos a profissional médico familiarizado com os
princípios de patologia ocupacional e suas causas, bem como com o ambiente, as condições de
trabalho e os riscos a que está ou será exposto cada empregado da empresa a ser examinado
(Penalidade I1);
• encarregar dos exames complementares profissionais e/ou entidades devidamente capacitados,
equipados e qualificados (Penalidade I1).
O profissional encarregado pelo médico coordenador de realizar os exames médicos, uma vez que
pratica ato médico e assina o ASO, deve estar registrado no CRM da Unidade da Federação em que
atua.
Quando o médico coordenador do PCMSO delegar a outro profissional a realização dos exames, esse
ato deve ser feito por escrito, devendo este documento ficar arquivado na empresa.
1.2.4.7. EXAMES MÉDICOS
Os empregados da empresa, além do exame admissional ou pré-admissional, ficam ainda sujeitos à
realização dos seguintes exames médicos a cargo do PCMSO, sem ônus para os mesmos
(Penalidade I3):
1.2.4.7.1. Periódico
A avaliação clínica no exame médico periódico deve observar os seguintes prazos:
a) anualmente, para os empregados menores de 18 anos e maiores de 45 anos de idade
(Penalidade I2);
b) a cada 2 anos, para os empregados entre 18 e 45 anos de idade (Penalidade I1).
No caso de trabalhadores expostos a riscos ou situações de trabalho que impliquem o de-
sencadeamento ou agravamento de doença ocupacional, ou ainda, para aqueles que se-
jam portadores de doenças crônicas, os exames devem respeitar a seguinte periodicida-
de:
FASCÍCULO 1.2 9
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
• a cada ano ou a intervalos menores, a critério do médico encarregado, ou se notificado
pelo médico agente da inspeção do trabalho, ou ainda, como resultado de negociação co-
letiva do trabalho (Penalidade I3); e
• a cada 6 meses, para os trabalhadores expostos a condições hiperbáricas (Penalidade I4).
1.2.4.7.2. De Retorno ao Trabalho
O exame médico de retorno ao trabalho somente será obrigatório quando o empregado fi-
car afastado da atividade por período igual ou superior a 30 dias, em virtude de: doença
ou acidente, de natureza ocupacional, ou parto (Penalidade I1).
Esse exame deve ser realizado, obrigatoriamente, no primeiro dia de volta ao trabalho.
1.2.4.7.3. De Mudança de Função
Esse exame somente será obrigatório quando a nova função expor o empregado a riscos
diferentes daqueles a que estava exposto antes da mudança.
O referido exame deverá ser realizado antes de o empregado passar a exercer a nova
função (Penalidade I1).
1.2.4.7.4. Demissional
O exame médico demissional poderá deixar de ser exigido dependendo da data em que o
empregado realizou seu último exame.
Esse exame deve ser realizado, obrigatoriamente, até a data da homologação da resci-
são do contrato de trabalho, desde que o último exame tenha ocorrido há mais de
(Penalidade I1):
• 135 dias, quando se tratar de empresas com grau de risco 1 ou 2, podendo esse prazo
ser ampliado por mais de 135 dias em decorrência de negociação coletiva;
• 90 dias, no caso de empresas enquadradas em grau de risco 3 ou 4; esse prazo também
poderá ser ampliado por até mais de 90 dias, em decorrência de negociação coletiva.
Essa negociação coletiva deverá, obrigatoriamente, ser assistida por profissional indica-
do de comum acordo entre as partes ou por profissional do órgão local competente em
segurança e saúde do trabalho.
Entretanto, as empresas poderão ser obrigadas a realizar o exame médico demissional
independentemente da época de realização de qualquer exame, quando suas condições
representarem potencial de risco grave aos empregados. A realização do exame será por
determinação do Delegado Regional do Trabalho, com base em parecer técnico conclu-
sivo da autoridade regional competente em matéria de segurança e saúde do trabalha-
dor, ou em decorrência de negociação coletiva.
Os órgãos homologadores da rescisão do contrato de trabalho têm exigido no ato da ho-
mologação a apresentação do exame médico demissional.
1.2.4.8. PRONTUÁRIO OU FICHA CLÍNICA
Para cada exame médico realizado pelo PCMSO deverá ser emitido, em duas vias, o Atestado de
Saúde Ocupacional (ASO).
Para todos os exames descritos no item 1.2.4.7, pode ser utilizado o modelo de “ASO” que inserimos a
título de ilustração no item 1.2.2, devendo ser observados os requisitos que constarem do mesmo.
O histórico clínico do empregado deve ser registrado em prontuário individual que ficará sob a
responsabilidade do médico coordenador do PCMSO ou seu sucessor quando for o caso (Penalidades I3
e I4 no caso do sucessor). Esse documento deverá ser arquivado, no mínimo, pelo período de 20
anos, contado a partir do desligamento do empregado (Penalidade I4).
O prontuário médico é um documento que contém informações confidenciais da saúde da pessoa; por
essa razão o seu arquivamento deve ser feito de modo a garantir o sigilo das mesmas.
O arquivamento, a critério do médico coordenador do PCMSO, pode ser na própria empresa ou no
consultório do médico, devendo sempre ser observado o sigilo das informações.
1.2.4.9. DOENÇAS PROFISSIONAIS
Uma vez constatada a ocorrência ou agravamento de doenças profissionais ou sendo verificadas
alterações querevelem qualquer tipo de disfunção de órgão ou sistema biológico, o médico
coordenador ou encarregado do PCMSO deverá tomar as seguintes medidas:
• solicitar à empresa a emissão da Comunicação de Acidentes do Trabalho (CAT) (Penalidade I1);
• indicar, quando necessário, o afastamento do trabalhador da exposição ao risco ou do trabalho
(Penalidade I2);
FASCÍCULO 1.2 10
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
• encaminhar o trabalhador à Previdência Social para estabelecimento de nexo causal, avaliação de
incapacidade e definição de conduta previdenciária em relação ao trabalho (Penalidade I1);
• orientar o empregador quanto à necessidade de adoção de medidas de controle no ambiente de
trabalho (Penalidade I1).
1.2.4.10. PRIMEIROS SOCORROS
Em todos os estabelecimentos deve ser mantido material necessário à prestação de primeiros
socorros, guardado em local adequado sob os cuidados de pessoa devidamente treinada para esse
fim. O equipamento destinado à prestação do socorro deve ser apropriado às características da
atividade desenvolvida na empresa (Penalidade I1).
FUNDAMENTAÇÃO LEGAL: Portaria 3 DNSST, de 1-7-92 (Informativo 29/92); Portaria 8 SSST, de 8-5-96 (Informativo 19/96);
Portaria 24 SSST, de 29-12-94 (Informativo 53/94); Portaria 3.214 MTb, de 8-6-78 – NR-7 (Separata/79).
FASCÍCULO 1.2 11
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
FASCÍCULO 1.2 12
MANUAL DE PROCEDIMENTOS DEPARTAMENTO DE PESSOAL
ANOTAÇÕES
Este fascículo é parte integrante do Manual de Procedimentos do Departamento de Pessoal,
produto da COAD que abrange todos os procedimentos do DP.
Os fascículos são substituídos a cada alteração na legislação. Por isso, o Manual está sempre
atualizado, para tranqüilidade de seus usuários.
É fácil obter mais informações sobre o produto completo:
Tel.: (0XX21) 501-5122
Fax: 0800-227722
E-mail: coad@coad.com.br
Site: www.coad.com.br
	ÍNDICE
	1.2. EXAME MÉDICO 3
	1.2.1. introdução 3
	1.2.2. PENALIDADES 3
	1.2.3. ADMISSIONAL OU PRÉ-ADMISSIONAL 3
	1.2.3.1. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL 4
	1.2.3.1.1. Conteúdo 4
	1.2.3.1.2. Modelo 4
	1.2.4. PCMSO 7
	1.2.4.1. Relatório Anual 7
	1.2.4.2. EstruturA 8
	1.2.4.2.1. Conteúdo Mínimo 8
	1.2.4.2.1.1. Empresas Desobrigadas de Manter Médico Coordenador 8
	1.2.4.3. Empresas Obrigadas 8
	1.2.4.3.1. Empresas Prestadoras de Serviços 8
	1.2.4.4. Responsabilidade da Empresa 8
	1.2.4.5. Empresas Desobrigadas de Indicar Médico Coordenador 9
	1.2.4.6. Atribuições do Médico Coordenador 9
	1.2.4.7. Exames Médicos 9
	1.2.4.7.1. Periódico 9
	1.2.4.7.2. De Retorno ao Trabalho 10
	1.2.4.7.3. De Mu dan ça de Fun ção 10
	1.2.4.7.4. De mis si o nal 10
	1.2.4.8. Prontuário ou Ficha Clínica 10
	1.2.4.9. Doenças Profissionais 10
	1.2.4.10. Primeiros Socorros 11
	SUMÁRIO
	1.2. EXAME MÉDICO 3
	1.2.1. introdução 3
	1.2.2. PENALIDADES 3
	1.2.3. ADMISSIONAL OU PRÉ-ADMISSIONAL 3
	1.2.3.1. ATESTADO DE SAÚDE OCUPACIONAL 4
	1.2.3.1.1. Conteúdo 4
	1.2.3.1.2. Modelo 4
	1.2.4. PCMSO 7
	1.2.4.1. Relatório Anual 7
	1.2.4.2. EstruturA 8
	1.2.4.2.1. Conteúdo Mínimo 8
	1.2.4.2.1.1. Empresas Desobrigadas de Manter Médico Coordenador 8
	1.2.4.3. Empresas Obrigadas 8
	1.2.4.3.1. Empresas Prestadoras de Serviços 8
	1.2.4.4. Responsabilidade da Empresa 8
	1.2.4.5. Empresas Desobrigadas de Indicar Médico Coordenador 9
	1.2.4.6. Atribuições do Médico Coordenador 9
	1.2.4.7. Exames Médicos 9
	1.2.4.7.1. Periódico 9
	1.2.4.7.2. De Retorno ao Trabalho 10
	1.2.4.7.3. De Mu dan ça de Fun ção 10
	1.2.4.7.4. De mis si o nal 10
	1.2.4.8. Prontuário ou Ficha Clínica 10
	1.2.4.9. Doenças Profissionais 10
	1.2.4.10. Primeiros Socorros 11
	indice

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