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Ecologia Industrial Vista como uma alternativa para alcançar o desenvolvimento sustentável e preservar o ecossistema, a Ecologia Industrial foi desenvolvida com o intuito de criar uma nova abordagem entre a indústria e o meio ambiente, buscando minimizar os impactos negativos que as atividades industriais vêm causando ao longo dos anos no planeta. O que é? Um processo extremamente minucioso e extenso, que possui uma visão diferenciada e integrada de todos os componentes do sistema industrial e suas relações com o ecossistema. Objetivos: Aperfeiçoamento do uso de recursos; Conclusão dos ciclos de materiais e diminuição das emissões; Desmaterialização das atividades; Diminuição e eliminação da dependência de fontes não-renováveis de energia. Maior eficiência energética e hídrica; Diminuição da poluição; Uso mais eficiente dos recursos e matéria-prima; Diminuição do desperdício; Reutilização e reciclagem dos resíduos; Redução dos custos operacionais Simbiose Industrial Em analogia ao conceito ecológico de simbiose, a simbiose industrial pode ser definida como uma interação entre diferentes indústrias, onde todas elas são mais beneficiadas do que se estivessem atuando isoladamente, resultando em transações mutuamente rentáveis e processos muito mais eficazes. Criação de sinergias entre várias indústrias, atividades agrícolas e comunidades para converter resíduos em matérias primas ou produtos; Mapeamento do fluxo de materiais através de várias empresas e então, identificação das sinergias dos subprodutos. Passo a passo: I. Oportunidades internas: a empresa identifica quais tipos de materiais pode compartilhar e quais necessita II. Parceiros: identificação de parceiros com potencial de participação no sistema III. Implantação e avaliação: efetivação da simbiose e avaliação do processo de melhoria IV. Ampliação: busca novos parceiros Desmaterialização O esgotamento dos recursos naturais e os problemas decorrentes da poluição reforçam a necessidade de redução drástica do consumo de recursos naturais e energia. Diante desse quadro, a transição gradual para uma economia desmaterializada se apresenta como uma saída. Aumento da eficácia dos produtos, reutilização e reciclagem, virtualização de produtos e processos são alguns dos princípios a serem incorporados pelos negócios. A desmaterialização se apresenta como uma rota alternativa frente ao atual modelo de produção e consumo, que tem causado o esgotamento dos recursos naturais. Trocar o material para o produto ter uma vida útil maior; Ter um produto mais compacto e que faça o mesmo serviço; Eco-design: bens e produtos que podem ser desmontados facilmente para a reciclagem; Reuso e reciclagem. Série ISO 14.000 – Gestão Ambiental 14.001 : Sistema de Gestão Ambiental A ISO 14001:2015 incorpora além de questões estratégicas, a preocupação com a cadeia de valor, ciclo de vida, entre outras mudanças. Já é sabido que a ISO 14001 na sua versão atual proporciona ganhos econômicos, pois ao reduzir o consumo de recursos, também reduz custos, mas agora esse enfoque ganha forças, o que agregará muito valor para as empresas que conquistarem essa certificação. Sistema de gestão para uma organização utilizada para desenvolver e implementar sua política ambiental e para gerenciar seus aspectos ambientais. Para efeito de certificação, a organização deve estabelecer, documentar, implementar, manter e continuamente melhorar o SGA de acordo com os requisitos: I. Política ambiental II. Planejamento: Objetivos, metas; requisitos legais; aspectos ambientais e programa de gerenciamento ambiental III. Implementação e operação: recursos; funções; responsabilidades; documentação; comunicação; treinamentos; capacitação e atendimento à emergências. IV. Verificação: monitoramento; medição; registros e auditoria V. Análise crítica gerencial VI. Melhoria contínua Sistema de gestão ambiental Parte do sistema de gestão global que inclui estrutura organizacional, atividades de planejamento, responsabilidades, práticas, procedimentos, processos e recursos para desenvolver, implementar, atingir, analisar criticamente e manter a política ambiental. O SGA pode ser implementado dentro do Sistema de Gestão Integrada da empresa, as suas normas precisam incorporar uma visão integrada, o que se iniciou com a ISO 14.006 que indica suas diretrizes de implementação incluindo o Eco-design. ISO 14.006 A ISO 14006 :2011 – Sistemas de Gestão Ambiental – Diretrizes para incorporar a concepção ecológica tem princípios similares com o Design for Environment (DFE), dando diretrizes que visam melhorar a qualidade do produto de forma ambientalmente positiva. A idéia básica é que cada produto ou serviço tem um impacto sobre o meio ambiente durante todas as fases do seu ciclo de vida, desde a extração de recursos até o fim de sua vida útil (do berço ao túmulo). A concepção ecológica também conhecida como Ecodesign, se feita corretamente, deve afetar todas essas etapas, com um resultado positivo de um ponto de vista de gestão ambiental. O objetivo do ecodesign é integrar aspectos ambientais no projeto e desenvolvimento de produtos e serviços de forma a reduzir seus impactos ambientais e melhorar continuamente seu desempenho ambiental durante todo seu ciclo de vida. O resultado: produtos e serviços mais “limpos” e um planeta mais verde. Avaliação do Ciclo de Vida A principal técnica para se quantificarem os impactos do ciclo de vida de um produto é a ACV, cujas abordagens podem ser nas áreas ambientais, sociais e econômicas. Utiliza-se as ISOs 14.040 e 14.044. Se apresenta como a principal técnica para subsidiar a partir da compilação de informações e de avaliações técnicas, além do desenvolvimento do produto, a gestão da produção, pós uso, logística convencional e reversa, ou seja, gestão do ciclo de vida. De acordo com a ABNT: Compilação e avaliação das entradas, saídas e dos impactos ambientais potenciais de um sistema de produto ao longo do seu ciclo de vida. Estrutura I. Definição de metas: objetivos; sistema produto e fronteiras; unidade funcional; propósito II. Análise de Inventário: fluxos de entrada e saída (coleta de dados); balança de massa e energia para cada estágio III. Avaliação de impacto: categorias, características e valores dos impactos ambientais; ponderamento dos impactos IV. Interpretação: identificação das áreas ou oportunidades de melhoria Propósito Durante a fase de planejamento e design do produto e do processo de produção, com vistas ao lançamento de produtos ambientalmente mais adequados. Identificação dentre os existentes, dos produtos preferíveis do ponto de vista ambiental, para efeito de selos ambientais, incentivos governamentais para produção mais limpa, etc. Estudo de referência ou benchmark para fornecer um insight das principais causas dos impactos ambientais relacionados a um certo tipo de produto ou tipologia de indústria. Avaliação dos Impactos Ambientais Impacto Ambiental Diferença entre a situação do meio ambiente (natural e social) futuro modificado pela realização do projeto e a situação do meio ambiente futuro tal como teria evoluído sem o projeto. Resolução CONAMA 001/86 Qualquer alteração das propriedades físicas, químicas e biológicas do meio ambiente, causada por qualquer forma de matéria ou energia resultante das atividades humanas que, direta ou indiretamente, afetem a: saúde, segurança e o bem estar da população (impactos sobre a saúde); as atividades sociais e econômicas (impactos sociais e econômicos); a biota (impacto ambiental p.d.); as condições estéticas e sanitárias do meio ambiente (impactos sociais e ambientais p.d.); a qualidade dos recursos ambientais. Estudo de impacto ambiental - EIA Relatório técnico, elaborado por equipe multidisciplinar independente do empreendedor, profissional e tecnicamente habilitada para analisar os aspectos físicos, biológicos e socioeconômicos do ambiente que, além de atender aos princípios e objetivos da Lei da Política Nacional do Meio Ambiente, deve obedecer diretrizes gerais legais. Conteúdo mínimo do EIA Dimensionamento do problema a ser estudado – refere-se ao conhecimento da atividade a ser implantada para orientar a escolha de métodos e estratégias adequados Descrição geral do empreendimento – identificação do empreendedor; objetivos do empreendimento; identificação do local do empreendimento e justificativas Descrição técnica do empreendimento – detalhamento das tecnologias de implementação do empreendimento na implantação e operação Planos governamentais co-localizados – para mostrar que o empreendimento está de acordo com os planos governamentais Legislação - referente aos recursos naturais, ambientais , ao uso e ocupação do solo Áreas de estudo - áreas de influência direta e indireta: função das características físicas, biológicas e socio-econômicas dos sistemas a serem estudados Diagnóstico ambiental - dos meios físico, biótico e sócio-econômico Identificação e avaliação dos impactos ambientais - decorrentes da implantação do projeto Programas e Planos ambientais - voltados para a proteção ambiental] Referências bibliográficas RIMA – Relatório-resumo do Estudo de Impactos Ambientais EIA, em linguagem objetiva e acessível para não-técnicos Características básicas a. Descrever a ação proposta e as alternativas também b. Prever a natureza e magnitude dos efeitos ambientais c. Identificar as preocupações humanas relevantes d. Listar os indicadores de impacto a serem utilizados e definir sua magnitude e peso A partir dos valores previstos em (d), determinar os fatores de cada indicador de impacto e o impacto ambiental total. Diretrizes I. Contemplar todas as alternativas tecnológicas e de localização do projeto, confrontando-as com a hipótese de não-execução do projeto; II. Identificar e avaliar sistematicamente os impactos ambientais gerados nas fases de implantação e operação; III. Definir os limites da área geográfica a ser direta ou indiretamente afetada pelos impactos, denominada área de influência do projeto considerando em todos os casos a bacia hidrográfica na qual se localiza e riscos; IV. Considerar os planos e programas governamentais propostos e em implantação na área de influência do projeto e sua compatibilidade com os mesmos Relatório de Impacto Ambiental – RIMA Suas informações técnicas devem ser expressas em linguagem acessível ao público – na maioria das vezes a população afetada pelo empreendimento -, ilustradas por mapas com escalas adequadas, quadros, gráficos e outras técnicas de comunicação visual, de modo que se possam entender claramente as possíveis consequências ambientais do projeto e suas alternativas, comparando-se as vantagens e desvantagens de cada uma delas. Aspectos positivos do EIA/RIMA Mudança da visão corretiva para a preventiva Efeito educativo de convivência democrática entre as partes: co-responsabilidade Busca por tecnologias ambientalmente adequadas Mercado de trabalho de consultoria, estímulo na formação de técnicos com visão holística do meio ambiente Progresso no campo institucional e técnico. Fluxograma Solicitação Licença Prévia – Termo de Referência → EIA/RIMA → LP → Plano básico ambiental → Atendimento de condicionantes → Licença de instalação → A.C → Licença de operação Solos Constituição a. Fração mineral: rochas degradadas (areia, silte, argila, cascalhos); b. Fração orgânica: matéria orgânica (restos de plantas e de animais, parcial ou totalmente decompostos, e também por seres vivos); c. Fração água: proveniente da precipitação ( chuva, sereno, neblina, orvalho, degelo); d. Fração gasosa: proveniente do ar da superfície e gases da biodegradação da matéria orgânica (metano, gás carbônico). Perfil - Horizontes Horizonte Características O É o horizonte superficial pode conter mais de 20% de matéria orgânica em diferentes graus de decomposição A Apresenta grande quantidade de material decomposto e misturado com minerais. Sofre perda de minerais pesados como Ferro e Alumínio através da lixiviação B Pouco afetado pela erosão natural e pela ação do homem. Pobre em matéria orgânica e rico em material mineralógico C Chamado de regolito, material decomposto, oriundo da rocha matriz. Propriedades Podemos dizer características do solo de acordo com vários parâmetros: 1) Cor a) Escuro ou orgânico: que indicam grande presença de matéria orgânica e possuem alto valor agrícola; b) Avermelhados e Amarelados: forte presença de óxido de ferro; c) Claro: baixa presença de material orgânico. 2) Textura a) Quanto maiores as partículas, melhor é a drenabilidade, permeabilidade, aeração. b) Quanto menores as partículas, maior a resistência à erosão, retenção de água e nutrientes. Solos arenosos: são mais leves para preparo, com menor capacidade de retenção de água; bem drenados; elevada suscetibilidade à erosão. Solos argilosos: são mais pesados para o preparo e tem elevada retenção de água e menor suscetibilidade à erosão; Solo Siltoso: elevada suscetibilidade à formação de encrostamento superficial, ocorrendo a diminuição da infiltração e dificuldade de emergência de plântas. Exemplo: Latossolo do Cerrado 3) Estrutura Agregação das partículas em unidades maiores (granular, laminar, blocos, prismática e colunar) - capacidade de suporte de cargas, resistência ao cisalhamento. 4) Consistência Capacidade de resistir a um esforço destinado a rompê-lo. 5) Porosidade Espaço no solo ocupado por ar e água. Divide-se em macroporos e microporos. Água no solo I. A água contida nos macroporos escoa por ação da gravidade II. A água retida em volta de partículas terrosas ou nos espaços capilares é facilmente absorvida pelas raízes III. A água fortemente ligada às partículas terrosas não é absorvida pelas plantas Degradação do Solo O principal problema ambiental relacionado ao solo é a erosão superficial ou desgaste, que ocorre em três fases: intemperismo, transporte e sedimentação. A erosão, no solo, constitui na retirada ou transposição dos sedimentos, pela ação dos agentes externos. Os principais agentes que atuam na decomposição do solo são: as chuvas, os ventos, os animais e o homem. Erosão Desgaste causados por diversos agentes, naturais ou antrópicos. São processos erosivos: a. Desmatamento: A retirada da vegetação natural, favorece a quebra do equilíbrio original, favorecendo e desgaste acelerado do solo. b. Queimadas: Provoca a extinção dos nutrientes minerais, orgânicos e gasosos que compõem o solo. c. Exploração excessiva: O solo muito utilizado, principalmente para monocultura, tende a perder nutrientes, pois os vegetais consomem do solo esses elementos. d. Assoreamento: Deposito/acúmulo de sedimentos nos rios, geralmente provocada pela retirada das matas ciliares, para fins de agricultura, o que facilita o desmoronamento do leito. e. Lixiviação: Consiste na varredura dos nutrientes minerais leves, pela água, diminuindo o poder de reestruturação do solo, favorecendo o processo de empobrecimento dosolo. Salinização do solo Entende-se por salinização do solo o processo de excessivo acúmulo de sais minerais, estes geralmente provenientes das águas pluviais, oceânicas ou aquelas utilizadas pela irrigação na agricultura. Trata-se de um problema que vem se acentuando em várias partes do mundo, podendo agravar processos de infertilidade dos solos e até de desertificação. O fenômeno da salinização pode ocorrer naturalmente em diferentes áreas da superfície terrestre – notadamente, nas de clima árido e semiárido –, mas são as ações humanas que ocasionam ou intensificam esse processo, principalmente pela adoção de métodos incorretos na agricultura. Para evitá-lo, é preciso realizar o correto manejo dos solos, empregando práticas de irrigação que não sejam prejudiciais ao meio de plantio. 1. Como ocorre a salinização dos solos? Naturalmente, os recursos hídricos (exceto as águas das chuvas) possuem uma certa quantidade de sais minerais presentes na forma de diferentes íons, todos eles muito importantes tanto para os solos quanto para o consumo humano. O problema é que, quando o índice de evaporação é muito elevado, a água passa para o estado gasoso, enquanto os sais minerais não, o que provoca o seu acúmulo excessivo nos solos e causa o problema da salinização. 2. As causas da salinização dos solos: i) Adoção de métodos incorretos nas práticas agrícolas. Geralmente, utiliza-se o método de irrigação, através do desvio ou adaptação de um curso d'água, para abastecer uma determinada lavoura. No entanto, quando a quantidade de água utilizada é muito alta e não há um controle da salinidade, o processo pode intensificar-se ao longo do tempo até que o solo se torne completamente improdutivo. ii) Subida do nível freático em áreas não irrigadas também em regiões áridas. O acúmulo da água próximo à superfície pode intensificar a sua evaporação, provocando o acúmulo dos íons e, consequentemente, salinizando a superfície. Esse processo é natural e não costuma ocorrer em regiões muito amplas. iii) Intrusão da água salgada nos solos em substituição à água doce superexplorada ou pela contínua evaporação de mares ou lagos de água salgada Acidificação do solo O pH da água pura é 7.0 e este é o valor ideal para o solo. Os solos ácidos têm pH inferior a 7.0 e os alcalinos superiores a esse número. Tanto a acidez quanto alcalinidade são prejudiciais ao solo que precisam de corretivos. Solos ácidos afetam: Disponibilidade de nutrientes/elementos tóxicos; Eficiência dos fertilizantes; Atividade microbiana. Desertificação Fenômeno em que um determinado solo é transformado em deserto, através da ação humana ou processo natural. a vegetação se reduz ou acaba totalmente. Neste processo, o solo perde suas propriedades, tornando-se infértil (perda da capacidade produtiva). Normalmente são áreas degradas por: prática de pecuária; agricultura de sequeiro; pastoreio; irrigação. Poluição A poluição do solo e do subsolo consiste na deposição, disposição, descarga, infiltração, acumulação, injeção ou aterramento no solo ou no subsolo de substâncias ou produtos poluentes, em estado sólido, líquido e gasoso que esteja causando algo de ruim. Contaminação é algum elemento estranho no meio. Regra geral, a contaminação do solo torna-se problema quando: há uma fonte de contaminação; há vias de transferência de poluentes que viabilizam o alargamento da área contaminada; há indivíduos e bens ameaçados por essa contaminação. O problema pode ser resolvido por: remoção dos indivíduos e/ou bens ameaçados; remoção da fonte de poluição; bloqueio das vias de transferência (isolamento da área) Preservação do Solo Remediar: Diminuir os danos de uma área contaminada Maneiras de preservação: Conservação da vegetação nativa Reflorestamento Rotação de cultura Combate à erosão: sistema de curvas de nível. As curvas de nível são valas em sentido circular que são feitas no solo em regiões altas, como serras, montanhas e morros. Essas valas absorvem a água, evitando enxurradas que podem causar desmoronamentos de terra e prejudicar plantações. Atenção com o lixo Medidas de recuperação do solo contaminado 1) Identificação das áreas contaminadas (inventários); 2) Diagnóstico-avaliação das áreas contaminadas; 3) Tratamento das áreas contaminadas: a) descontaminação no local ("in-situ"); b) descontaminação fora do local ("on/off-site"); c) confinamento/isolamento da área contaminada.
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