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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE MARINGÁ CENTRO DE CIÊNCIAS EXATAS DEPARTAMENTO DE FÍSICA Associação de resistores Engenharia Química – Física Experimental III Maringá, PR 12/03/2014 INTRODUÇÃO Os resistores muitas vezes aparecem nos circuitos em vários arranjos. Analisando tais circuitos, é útil substituir um arranjo de resistores por uma única resistência equivalente, cujo valor é escolhido de tal forma que a operação do circuito não é alterada, os circuitos podem ser arranjados em série, paralelo e de forma mista, nesses casos a resistência equivalente pode algumas vezes ser encontrada pelo particionamento do problema em unidades menores. O objetivo deste experimento foi dimensionar um circuito e estudar as características de circuitos em série e paralelo, no que se refere à tensão, corrente e potência. FUNDAMENTAÇÃO TEÓRICA Associação de resistores em série e paralelo Uma característica importante do fluxo de corrente de elétrons é que eles deixam a fonte de tensão no terminal positivo e voltam para a fonte no terminal negativo (Sentido Usual). Isso pode ser visto na Figura 2.1. Quando se acompanhar o caminho da corrente de elétrons, é preciso sempre começar no terminal positivo na fonte de tensão e terminar no terminal negativo. Se você puder completar o caminho, tem um circuito fechado. Se você não puder chegar ao terminal negativo, terá, então, um circuito aberto. O processo de seguimento do caminho de elétrons é chamado de acompanhamento de circuito. Figura 2.1 – Caminho da Corrente de Elétrons Na Figura 2.1, as setas indicam que a corrente se divide no ponto A e parte desta corrente flui através dos resistores R1 e R2. Diz-se que esses resistores estão em paralelo. No ponto B, as correntes de elétrons se unem e fluem através dos resistores R3 e R4, para, então, poder voltar ao terminal negativo. Diz-se que esses resistores estão em série. Como existe um caminho completo para a corrente, temos um circuito fechado. Para um circuito de resistores em série, os valores de tensão, resistência e corrente elétricas equivalentes são: + ... + Rn(2.1) = ... = In (2.2) + ... + Vn (2.3) Para um circuito em paralelo de resistores, os valores de tensão, resistência e corrente elétricas equivalentes são: corrigir ... + 1/Rn(2.4) +... (2.5) = .... (2.6) A potência nominal de um resistor de porcelana é determinada pelo seu tamanho físico. A potência é dissipada por um resistor, na forma de calor, este efeito é conhecido como efeito Joule. Seu valor é calculado com a fórmula abaixo, e sua unidade é o Watt(W): (2.7) Combinando com a Lei de Ohm (8), obteremos outras variações: (2.8) (2.9) (2.10) O efeito Joule Quando um condutor é aquecido ao ser percorrido por uma corrente elétrica, ocorre a transformação de energia elétrica em energia térmica. Este fenômeno é conhecido como Efeito Joule, em homenagem ao Físico Britânico James Prescott Joule (1818-1889). Esse fenômeno ocorre devido o encontro dos elétrons da corrente elétrica com as partículas do condutor. Os elétrons sofrem colisões com átomos do condutor, parte da energia cinética (energia de movimento) do elétron é transferida para o átomo aumentando seu estado de agitação, consequentemente sua temperatura. Assim, a energia elétrica é transformada em energia térmica (calor). MÉTODO DE INVESTIGAÇÃO Materiais Utilizados Multímetro, fonte de tensão, resistores de porcelana, jacaré e placa de Bornes. Procedimentos Associação em paralelo. Mediram-se os valores de quatro resistores e anotou-se na Tabela 4.1. Foi feito o dimensionamento para uma tensão de 10 V, foi necessário retirar um dos resistores do circuito, pois sua potência dissipada ultrapassa a nominal. Associaram-se os três resistores em paralelo e montou-se o circuito da Figura 3.1. Figura 3.1 Ligou-se a fonte de tensão regulando a para 10 V (medidos com o voltímetro), aferiram-se as quedas de tensão, por fim, mediu-se a corrente total e em cada resistor, anotando na Tabela 4.1. Associação em série. Foi feito um dimensionamento para três resistores em série calculando a potência dissipada em cada um para uma tensão de 10 V. Associando-os em série, mediram-se as resistências e a resistência equivalente. Montou-se o circuito da Figura 3.2. Figura 3.2 Ligou-se a fonte regulando a tensão para 10 V (no voltímetro), realizaram-se as medidas de queda de tensão em todos os resistores. Introduziu-se o amperímetro em série no circuito, mediu-se a corrente em cada resistor e anotaram-se todos os valores acima na Tabela 4.2. RESULTADOS Tabela 4.1 – Associação dos resistores em paralelo Resistência experimental (Ω) Potência (W) Tensão Corrente Nominal Dissipada V (Volts) i (mA) R1 = (671±1) (Não Utilizada) 0,125 0,149 (10,00±0,01) - R2 = (1479±1) 0,125 0,068 (10,00±0,01) (6,80±0,01) R3 = (2650±10) 0,125 0,038 (10,00±0,01) (3,77±0,01) R4 = (3340±10) 0,125 0,003 (10,00±0,01) (2,99±0,01) Req(2,3,4) = (740±6) 0,109 (10,00±0,01) (13,53±0,01) Tabela 4.2 – Associação dos resistores em série Resistência experimental (Ω) Potência (W) Tensão Corrente Nominal Dissipada V (Volts) i (mA) R1 = (671±1) 0,125 0,003 (1,399±0,001) (2,08±0,01) R2 = (1479±1) 0,125 0,007 (3,06±0,01) (2,08±0,01) R3 = (2650±10) 0,125 0,012 (5,54±0,01) (2,08±0,01) Req = (4800±10) 0,022 (9,99±0,01) (2,08±0,01) ANÁLISE DOS RESULTADOS No dimensionamento da associação em paralelo, um dos resistores não pode ser utilizado, pois sua potência dissipada ultrapassou o valor nominal, quando isto acontece o resistor superaquece e queima. A associação em paralelo possui um rendimento muito melhor e, como a potência dissipada está intimamente ligada ao efeito joule, percebe-se que este tipo de associação é melhor para circuitos onde é preciso o aquecimento de algum objeto. Já a associação em série é útil em circuitos onde este efeito não é desejado. RESPOSTAS ÀS PERGUNTAS FEITAS Pela análise da Tabela 4.1, quais são as características de uma associação em paralelo de resistores, no que se refere à resistência equivalente, tensão e corrente. O valor da resistência equivalente desse tipo de circuito elétrico é sempre menor do que o valor de qualquer uma das resistências que compõem o circuito. A tensão permanece constante no circuito e a corrente equivalente é igual a soma das correntes medidas em cada resistor. Pela análise da Tabela 4.2, idem para a associação em série. A resistência equivalente, para esse tipo de associação, é dada pela soma de todas as resistências que fazem parte do circuito. A diferença de potencial total aplicada no circuito é igual à soma das ddps de cada resistor e a corrente permanece constante. Para a associação em série obtenha o valor teórico da corrente, compare com o valor medido e ache o desvio percentual. Para a associação em paralelo, proceda de mesma forma, em relação à corrente total. Nos circuitos utilizados, em série e paralelo, verifique a conservação de energia. Associação em série: P1 + P2 + P3 = 0,022 = Pt Pt = V * I => Pt = 9,99 * 0.00208 = 0,021 % = 0,022 – 0.021 * 100 = 4,76% 0,021 Associação em paralelo: P1 + P2 + P3 = 0,109 = Pt Pt = V * I => Pt = 10,00 * 0,01353 = 0,1353 W % = 0,109 – 0.1353 * 100 = 19,44% 0,1353 Considere a associação de resistores: R1 = 10Ω; R2 = 20Ω; R3 = 30Ω; R4 = 40Ω; R5 = 50Ω; V = 100Volts. - + i R4 R1 R3 R5 R2 Associação mista de resistores. Calcule: A tensão em cada resistor. A intensidade da corrente em cada resistor. A potência total. Calculando a resistência equivalente para R1 e R2, R4 e R5. E em seguidaa resistência equivalente e a corrente do circuito todo. 1/Req1 = 1/R1 + 1/R2 => Req = 6.66 1/Req2 = 1/R4 + 1/R5 => Req = 22.22 Req = Req1 + Req2 + R3 = 58.88 I = V/Req = 100/58.88 = 1.7 A a) Tensão em Req1 = R1 = R2 V = Req1 * I = 11.3v Tensão em Req2 = R4 = R5 V = Req2 * I = 37.7v Tensão em R3 V = R3 * I = 51v b) I1 = V1 / R1 = 1.13 A I2 = V2 / R2 = 0.565 A I3 = V3 / R3 = 1.7 A I4 = V4 / R4 = 0.94 A I5 = V5 / R5 = 0.75 A c) Pt = V * I = 100 * 1.7 = 170 W BIBLIOGRAFIA [1] HALLIDAY, D.; RESNICK, R.; KRANE, K. S. Física 3. 5ª Ed. Rio de Janeiro, Editora LTC, 2011. [2] CAVALCANTI, P. J. M. Fundamentos de eletrotécnica. 17ª Ed. Rio de Janeiro, Livraria Freitas Bastos S.A. [3] HENNIES/GUIMARÃES/ROVERSI/VARGAS. Problemas Experimentais em Física. Vol. II. Editora da Unicamp.
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