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Ensino de qualidade focado em concursos. 
 
1 
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 Ensino de qualidade focado em concursos. 
 
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SUMÁRIO 
 
LÍNGUA PORTUGUESA 
COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE TEXTOS .............................................................................. 5 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ............................................................................................ 6 
FONOLOGIA .......................................................................................................................................... 11 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 14 
SEMÂNTICA .......................................................................................................................................... 16 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 18 
ORTOGRAFIA ........................................................................................................................................ 20 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 22 
PROCESSO DE FORMAÇÃO DAS PALAVRAS .................................................................................... 25 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 26 
MORFOLOGIA ....................................................................................................................................... 28 
SUBSTANTIVO .................................................................................................................................. 28 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 31 
ADJETIVO .......................................................................................................................................... 32 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 34 
VERBO ............................................................................................................................................... 36 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 41 
PRONOME ......................................................................................................................................... 43 
PREPOSIÇÃO .................................................................................................................................... 49 
CONJUNÇÃO ..................................................................................................................................... 49 
INTERJEIÇÃO .................................................................................................................................... 54 
ADVÉRBIO ......................................................................................................................................... 55 
ARTIGO .............................................................................................................................................. 58 
NUMERAL .......................................................................................................................................... 60 
CONCORDÂNCIA NOMINAL E CONCORDÂNCIA VERBAL ................................................................. 61 
CONCORDÂNCIA NOMINAL ............................................................................................................. 61 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 62 
CONCORDÂNCIA VERBAL ............................................................................................................... 63 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 67 
 Ensino de qualidade focado em concursos. 
 
3 
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REGÊNCIA NOMINAL E REGÊNCIA VERBAL ...................................................................................... 70 
REGÊNCIA NOMINAL ........................................................................................................................ 70 
REGÊNCIA VERBAL .......................................................................................................................... 70 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 73 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIOES ............................................................................................. 74 
CRASE ................................................................................................................................................... 76 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIOES ............................................................................................. 79 
SINTAXE: A FUNÇÃO DAS PALAVRAS NA FRASE ............................................................................. 81 
TERMOS ESSENCIAIS DA ORAÇÃO: ............................................................................................... 82 
O SUJEITO E O PREDICADO ............................................................................................................ 82 
CLASSIFICAÇÃO DO SUJEITO ......................................................................................................... 82 
PREDICADO ...................................................................................................................................... 83 
TERMOS INTEGRANTES DA ORAÇÃO: ........................................................................................... 85 
OBJETOS DIRETO E INDIRETO, COMPLEMENTO NOMINAL E AGENTE DA PASSIVA ................ 85 
TERMOS ACESSÓRIOS DA ORAÇÃO: ADJUNTOS ADNOMINAL E ADVERBIAL E APOSTO ........ 86 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 88 
PERÍODO COMPOSTO...................................................................................................................... 90 
PERÍODO COMPOSTO POR SUBORDINAÇÃO ............................................................................... 91 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 94 
PONTUAÇÃO......................................................................................................................................... 95 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES .......................................................................................... 99 
 
 
 
 
 
 
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MATEMÁTICA 
OPERAÇÃO COM NÚMEROS INTEIROS, FRACIONÁRIOS E DECIMAIS ......................................... 103 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ........................................................................................ 104 
PROPORÇÃO ...................................................................................................................................... 107 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ........................................................................................ 108 
REGRA DE TRÊS ................................................................................................................................110 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIOES ........................................................................................... 111 
PORCENTAGEM ................................................................................................................................. 113 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ........................................................................................ 113 
JUROS ................................................................................................................................................. 116 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ........................................................................................ 116 
MÉDIAS ............................................................................................................................................... 118 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ........................................................................................ 119 
EQUAÇÕES DO 1º E DO 2º GRAU ..................................................................................................... 121 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ........................................................................................ 122 
GEOMETRIA ........................................................................................................................................ 124 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ........................................................................................ 124 
FUNÇÕES DO 1º E DO 2º GRAU ........................................................................................................ 129 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ........................................................................................ 130 
PROGRESSÕES ................................................................................................................................. 133 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ........................................................................................ 134 
RELAÇÕES MÉTRICAS NO TRIÂNGULO RETÂNGULO .................................................................... 136 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES ........................................................................................ 137 
REDAÇÃO 
REDAÇÃO DISSERTATIVA ............................................................................................................. 141 
PARTES ESSENCIAIS DE UMA REDAÇÃO .................................................................................... 142 
PROJETO DE DISSERTAÇÃO: FACA NA CAVEIRA! ...................................................................... 145 
MÁSCARAS...................................................................................................................................... 146 
 
 
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COMPREENSÃO E INTERPRETAÇÃO DE 
TEXTOS 
 
São etapas diferentes na leitura. 
 
Compreensão Interpretação 
Leitura objetiva do texto Leitura subjetiva do texto 
Informação explícita – está 
no texto. 
Informação implícita – está 
além do texto; 
“Lê-se no texto que...” 
“Infere-se/deduz-se/ 
depreende-se do texto...” 
“O texto diz/informa que...” “A intenção do autor...” 
“Está no texto...” “É possível subentender...” 
 
 
BIZU: 
 
1) Primeiramente, faça uma breve leitura das 
questões; 
 
2) Leia o texto, grifando as partes consideradas 
relevantes de acordo com o que esta pedindo as 
questões. 
 
Esses simples BIZUS farão que você ganhe 
velocidade na resolução das questões. Com isso, 
será necessário apenas uma leitura, fazendo com que 
você economize tempo. 
 
 
Tipologia Textual 
Descrição: foto textual, exposição de seres. 
Exploração dos sentidos e predomínio semântico dos 
adjetivos. 
 
Narração: filme textual, exposição de fatos. 
Apresenta um enredo de fatos reais ou não, 
desenvolvidos por um narrador num tempo, entre 
certos personagens. Predomínio verbal. 
 
Dissertação: exposição e discussão de ideias. 
Explora a argumentação e a retórica, emprego de 
conectivos e conjunções. 
 
É hora de praticar, combatente! 
 
1) Classifique os trechos abaixo. Marque (N) 
Narração, (De) Descrição, (Di) Dissertação. 
 
( ) O rapaz varou a noite inteira conversando com 
os amigos pela Internet. O pai, quando acordou às 6 
horas, percebeu a porta do escritório fechada e a luz 
acesa. O filho ainda estava no computador e não 
havia ido dormir. Sem que ele percebesse, trancou a 
porta por fora. Meia hora depois, o filho queria sair e 
teve que chamar o pai, que abriu a porta. 
 
( ) O reality show divide a opinião dos brasileiros, 
alimentando uma antiga discussão sobre a 
programação de nossas emissoras, especialmente no 
gênero entretenimento. No debate, é costume focar-
se na questão que envolve a exposição demasiada 
da vida dos participantes, apelo sexual e conflitos por 
uma vaga na final, com a chance de se faturar uma 
premiação excepcional em dinheiro, principal objetivo 
dos integrantes. 
 
( ) Darcy tinha a pele clara, olhos negros e curiosos, 
lábios finos e trazia em seu rosto marcas de quem já 
deixou sua marca na história, as quais 
harmoniosamente faziam-lhe inspirar profunda 
confiança. Apesar de diabético e lutar contra dois 
cânceres, não fez disso desculpa para o comodismo 
ante os seus ideais maiores, ele sabia o que queria, e 
não mediu esforços para consegui-lo. 
 
( ) Ele morava numa cidadezinha do interior. Tinha 
nascido ali, conhecida todo mundo. Era muito dado, 
dado demais para o gosto da mulher, que estava 
sempre de olho nos salamaleques que ele vivia 
fazendo para a mulherada do lugar. 
 
 
Erros Comuns de Interpretação de Textos 
 
Extrapolação: apresenta informação que não pode 
ser comprovada pelo texto; nem por dedução lógica, 
coerente. 
 
Redução: a informação, neste caso, está no texto, 
mas o item não apresentará a ideia solicitada na sua 
totalidade, como aparece no texto ou na questão. 
 
Contradição: o item apresentará informação 
contrária àquela do texto. 
 
 
Vamos praticar, combatente! 
 
Texto: 
Já sobre a fronte vã se me acinzenta 
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O cabelo do jovem que perdi. 
Meus olhos brilham menos. 
Já não tem jus a beijos minha boca. 
Se me ainda amas por amor, não ames: 
Trairias-me comigo. 
(Ricardo Reis/ Fernando Pessoa). 
 
Responda à questão, assinalando: 
 
(RC) resposta correta (R) erro de redução 
(E) erro de extrapolação (C) erro de contradição 
 
O texto nos mostra: 
 
a. ( ) um amante que encontra uma antiga paixão, 
dos seus tempos de mocidade. 
b. ( ) um amante que fica lembrando as emoções 
no papel e confessa que nunca a esqueceu. 
c. ( ) um amante que já está com os cabelos 
grisalhos em sua fronte. 
d. ( ) um amante pedindo que o amor continue, 
como antes, senão ele vai ser traído. 
e. ( ) a autodescrição do amante, revelando o seu 
envelhecimento e sua perda de vitalidade. 
 
 
Palavra-Chave e Ideia-Chave 
 
Palavras-chave são as palavras de maior destaque 
de cada parágrafo de um texto e que estabelecem 
referência central à ideia desenvolvida. 
 
Ideia-chave é a síntese das ideias expressas em um 
parágrafo. 
 
Texto: 
 
É universalmente aceito o fato de que sai mais cara a 
reparação das perdas por acidentes de trabalho do 
que o investimento em sua prevenção. 
Mas, então, por que eles ocorremcom tanta 
frequência? 
Falta, evidentemente, fiscalização. Constatar tal fato 
exige apenas o trabalho de observar obras de 
engenharia civil, ao longo de qualquer trajeto por 
ônibus ou por carro na cidade. E quem poderia suprir 
as deficiências da fiscalização oficial – os sindicatos 
patronais ou de empregados – não o fazem; se não 
for por um conformismo cruel, a tomar por fatalidade 
o que é perfeitamente possível de prevenir, terá sido 
por nosso baixo nível de organização e escasso 
interesse 
pela filiação a entidades de classe, ou por desvio 
dessas de seus interesses primordiais. 
Falta também educação básica, prévia a qualquer 
treinamento: com a baixíssima escolaridade do 
trabalhador brasileiro não há compreensão suficiente 
da necessidade e benefício dos equipamentos de 
segurança, assim como da mais simples mensagem 
ou de um manual de instruções. 
E há, enfim, o fenômeno recente da terceirização, que 
pode estar funcionando às avessas, ao propiciar o 
surgimento e a multiplicação de empresas fantasmas 
de serviços, que contratam a primeira mão de obra 
disponível, em vez de selecionar e de oferecer 
especialistas. 
 
Assinale a opção que apresenta as palavras-chave do 
texto. 
 
a. Aceitação universal – constatação – benefício – 
escolaridade. 
b. Investimento em prevenção – deficiências – 
entidades – equipamentos. 
c. Falta de fiscalização – organização – benefício – 
mão de obra. 
d. Prevenção de acidentes – fiscalização – 
educação – terceirização. 
e. Crescimento – conformismo – treinamento – 
empresas. 
 
 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 
 
Texto: (questões 1 a 4) 
 
 
Segurança Pública Começa em Casa 
A segurança pública começa na família, 
quando pequenos gestos e ações dos pais vão 
determinar o comportamento dos filhos na 
coletividade. Não nos preocupamos em observar o 
que fazemos na frente de nossos filhos, achamos 
engraçado quando pronunciam um palavrão e 
mostramos como se fosse um prémio a falta de 
educação, a nossa e a deles. 
Esquecemos que somos modelos para as 
nossas crianças, ao deixar de usar o cinto de 
segurança, desrespeitar um sinal fechado, fumar 
onde não devemos e atirar lixo pela Janela do carro. 
Aceitamos quando eles não arrumam o quarto e não 
querem para auxiliar na limpeza da casa, dizemos 
tudo bem, eles são crianças. 
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Somos pais que não se preocupam em pedir 
licença, dizer obrigado e solicitar por favor quando 
conversamos com nossos familiares, numa onda de 
desrespeito que se reflete num comportamento 
equivocado de nossas crianças na idade tenra, 
quando desrespeitam os pais e avós dentro de casa. 
Também, erroneamente, procuramos dar a 
eles tudo que pedem, sem impor limites, deixamos 
que façam o que querem dentro de casa, rolem no 
chão quando pedem um brinquedo no supermercado 
e rimos da situação, quando na verdade faltou-nos 
autoridade, mas não nos preocupamos. Afinal, a 
escola e os professores vão dar um jeito nisso. 
Chegando à escola, uma nova realidade, uma 
turma de novos colegas, uma professora impondo 
regras, horários, responsabilidade, quanta coisa para 
nossos pobres filhos. Nao acompanhamos os 
cadernos, não auxiliamos na realização dos 
trabalhos, nem criamos horários para que estudem. 
Afinal, são crianças e devem brincar. Passado o 
tempo, vamos lá, nas avaliaçbes, reclamar das notas 
baixas de nossos filhos. Afinal, a culpa é da escola, 
dos professores e da direção, que não souberam 
ensinar as nossas crianças. 
Adiante, os nossos filhos passam a andar 
com 
amigos estranhos, que não gostam de ir para a 
escola, mas isto não é problema nosso, nossos filhos 
apenas andam com esses amigos. Chega um dia que 
nos pedem um ténis importado, estranhamos. Afinal, 
não temos dinheiro para comprar e dizemos não. 
Então, no dia seguinte, aparecem com o que queriam. 
Perguntamos como conseguiram, dizem que 
ganharam de presente de algum amigo. Que 
maravilha um amigo que gosta de nossos filhos, que 
cuida deles enquanto trabalhamos. 
Um dia, um telefonema. Nosso filho foi preso 
roubando outro ténis importado. 
 
(FRANQUILIN, Paulo. Segurança pública começa em 
casa, Zero Hora, Porto Alegre, 21 23. Adaptado). 
 
1) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PM-ES Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
A frase “Segurança pública começa em casa”, do 
ponto de vista de quem escreveu, pode ser entendida 
como: 
a) Os professores sabem educar. 
b) Uma ironia na exposição da ideia. 
c) Uma dúvida sobre como educar. 
d) Intensificação poética da ideia de educar. 
e) Os pais são os responsáveis por educar. 
 
2) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PM-ES Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
Embora “Segurança” represente um drama particular, 
é possível entrever nele um debate de natureza: 
a) social. 
b) econômica. 
c) regional. 
d) linguística. 
e) hierárquica. 
 
3) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PM-ES Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
Os fragmentos abaixo estão corretamente associados 
a atitudes da família em relação aos filhos, EXCETO: 
a) “Esquecemos que somos modelos para as nossas 
crianças, ao deixar de usar o cinto de segurança, 
desrespeitar um sinal fechado [...]” (transgressão) 
b) “[...] procuramos dar a eles tudo que pedem, sem 
impor limites [...]” (permissividade) 
c) “Não acompanhamos os cadernos, não auxiliamos 
na realização dos trabalhos [...]” (negligência) 
d) “Afinal, a culpa é da escola, dos professores e da 
direção, que não souberam ensinar as nossas 
crianças” (comprometimento) 
e) “Afinal, não temos dinheiro para comprar e 
dizemos não.” (autoridade) 
 
4) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PM-ES Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
Dentre os seguintes ditos populares, qual 
corresponde à primeira parte do segundo parágrafo? 
a) “Filho que os pais amargura, jamais conte com 
ventura.” 
b) “Quem meu filho beija, minha boca adoça.” 
c) “Os filhos do ferreiro não têm medo de fagulhas. ” 
d) “Um grama de exemplos vale mais que uma 
tonelada de conselhos.” 
e) “Quem tem telhado de vidro não atira pedra no do 
vizinho.” 
 
Texto: (questões 5 a 6) 
 
Apenas um tiroteio na madrugada 
 
São 2:30 da madrugada e eu deveria estar dormindo, 
mas acordei com uma rajada de metralhadora na 
escuridão. É mais um tiroteio na favela ao lado. 
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Além dos tiros de metralhadora, outros tiros se 
seguem, mais finos, igualmente penetrantes, 
continuando a fuzilaria. Diria que armas de diversos 
calibres estão medindo seu poder de fogo a uns 
quinhentos metros da minha casa. 
 
No entanto, estou na cama, tecnicamente dormindo. 
Talvez esteja sonhando, talvez esteja ouvindo o 
tiroteio de algum filme policial. Tento em princípio 
descartar a ideia de que há uma cena de guerrilha ao 
lado. Aliás, é fim de ano, e quem sabe não estão 
soltando foguetes por aí em alguma festa de rico? 
 
Não. É tiroteio mesmo. Não posso nem pensar que 
são bombas de São João, como fiz de outras vezes, 
procurando ajeitar o corpo insone no travesseiro. 
 
Estou tentando ignorar, mas não há como: é mais um 
tiroteio na favela ao lado. [...] 
 
O tiroteio continua e estamos fingindo que nada 
acontece. 
 
Sinto-me mal com isso. Me envergonho com o fato de 
que nos acostumamos covardemente a tudo. Me 
escandalizo queesse tiroteio não mais me 
escandalize. Me escandaliza que minha mulher 
durma e nem ouça que há uma guerra ao lado, 
exatamente como ela já se escandalizou quando em 
outras noites ouvia a mesma fuzilaria e eu dormia 
escandalosamente e ela ficava desamparada com 
seus ouvidos em meio à guerra. 
 
Sei que vai amanhecer daqui a pouco. E vai se repetir 
uma cena ilustrativa de nossa espantosa capacidade 
de negar a realidade, ou de diminuir seu efeito sobre 
nós por não termos como administrá-la. Vou passar 
pela portaria do meu edifício e indagar ao porteiro e 
aos homens da garagem se também ouviram o 
tiroteio. Um ou outro dirá que sim. Mas falará disso 
como de algo que acontecesse inexplicavelmente no 
meio da noite. 
 
No elevador, um outro morador talvez comente a 
fuzilaria com o mesmo ar de rotina com que se 
comenta um Fia - Flu. E vamos todos trabalhar. As 
crianças para as escolas. As donas de casa aos 
mercados. Os executivos nos seus carros. 
 
Enquanto isso, as metralhadoras e as armas de todos 
os calibres se lubrificam. Há um ou outro disparo 
durante o dia. Mas é à noite que se manifestam mais 
escancaradamente. Ouvirei de novo a fuzilaria. 
Rotineiramente. É de madrugada e na favela ao lado 
recomeça o tiroteio. Não é nada. 
 
Ouvirei os ecos dos tiros sem saber se é sonho ou 
realidade e acabarei por dormir. Não é nada. É 
apenas mais um tiroteio de madrugada numa favela 
ao lado. 
 
Affonso Romano de Sant'Anna. Porta de colégio. São 
Paulo. Ática, 1995, p. 69-71. 
 
5) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PM-RO Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
O que o narrador quer dizer com a expressão 
“tecnicamente dormindo”, no terceiro parágrafo? 
a) Ele está deitado em sua cama, dormindo 
profundamente, ao lado da mulher. 
b) Ele está deitado em sua cama, em um estado de 
sonolência, mas tem consciência em relação aos 
tiros. 
c) Ele sabe que deveria estar dormindo, pois 
precisará acordar cedo para o trabalho no dia 
seguinte. 
d) Ele percebe que a mulher finge que dorme e tenta 
conversar com ela, porque não consegue dormir. 
e) Ele prefere não estar dormindo para que possa 
vela r o sono da mulher que dorme profundamente. 
 
 
6) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PM-RO Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
O que deixa o narrador mais indignado quanto ao 
comportamento das pessoas e quanto ao próprio 
comportamento em relação ao que ocorre? 
a) A presença tão próxima de uma favela onde as 
pessoas estão se defendendo a tiros. 
b) O fato de sua mulher continuar dormindo em vez 
de lhe fazer companhia durante a noite de insônia. 
c) O fato de as pessoas agirem com naturalidade, no 
dia seguinte, indiferentes à violência. 
d) A violência na favela se repetir diariamente e ele 
nunca conseguir dormir com tranqüilidade. 
e) Sua surpresa com o fato de estar havendo tanta 
violência na favela e a polícia não chegar a tempo de 
solucionaro problema. 
 
 
 
 
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Texto: (questões 7 a 8) 
 
Esquadrão de quatro patas 
 Dia do show de Madonna. Ruas fechadas, 
policiamento ostensivo, pessoas revistadas, gente 
para todo lado. Mas foi no palco, antes de a cantora 
dar boa-noite aos cariocas, que uma cena chamou 
atenção. Enquanto os ávidos fãs da diva do pop 
chegavam ao Parque dos Atletas, na Barra, o soldado 
Boss, da PM do Rio, comandava seus amigos Scot e 
Brita numa varredura completa em busca de qualquer 
objeto suspeito no perímetro onde a estrela 
americana iria se apresentar. Caixas, camarim, 
backstage, tudo foi vasculhado. Nada encontrado. 
Sinal verde para começar o espetáculo. 
 Boss é um labrador de 6 anos. Ele e seus colegas 
rottweilers, pastores e malinois vêm atingindo 
números excepcionais no que diz respeito ao 
combate ao crime. Na quarta passada foram 
divulgados índices atualizados, já incluindo a primeira 
semana de dezembro - constata-se, por exemplo, que 
a quantidade de drogas apreendidas graças ao faro 
dos cachorros é vinte vezes maior em relação a 2010. 
O desempenho da equipe incomoda de tal maneira os 
líderes do tráfico que, há algumas semanas, a ordem 
partida do comando do crime era atirar diretamente 
nos cachorros. “Foi um momento de tensão”, revela o 
tenente-coronel Marcelo Nogueira, do Batalhão de 
Ação com Cães (BAC). Bem que tentaram, mas 
nenhum foi atingido. Os 69 animais do BAC 
continuam de pé, em quatro patas. 
 Meliantes se desesperam, autoridades se 
regozijam. “Os cães são uma ótima alternativa no 
combate ao crime, têm uma atuação fantástica”, 
elogia o secretário de Segurança Pública, José 
Mariano Beltrame. Desde o início da instalação das 
Unidades de Polícia Pacificadora (UPP), em 2008, a 
tropa canina sempre esteve envolvida. E também se 
destaca em qualquer grande evento que o Rio 
receba, além de acompanhar as principais 
personalidades que desembarcam na cidade. Em 
2011, foram os cachorros policiais que vasculharam o 
carro de Barack Obama e toda a frota presidencial 
americana. 
 Seu quartel-general, o BAC, fica em Olaria, na 
Zona Norte do Rio. Os animais trabalham seis horas 
por dia, fazem duas refeições - 250 gramas de ração 
por vez - , dormem à tarde e só entram na piscina 
quando não há mais operações previstas. Desde 
muito cedo é possível identificar os filhotes mais 
corajosos, ágeis e que gostam de buscar objetos. 
Para a turma boa de olfato e que caça bem, os 
policiais atrelam ao seu brinquedo favorito como uma 
bolinha, o cheiro de uma droga ou de pólvora. Assim, 
toda vez que o bicho sobe uma favela, para ele é 
nada mais, nada menos que uma possibilidade de 
“divertimento”. Por sua vez, o grupo destinado a 
intervenções (que ataca sob ordens dadas em 
português, inglês e alemão) passa por um 
treinamento físico mais rígido e por variadas 
simulações de busca por reféns, procura de bandidos 
e invasões a locais de difícil acesso. A carreira é 
curta: se com 1 ano e 8 meses o animal está 
formado, com 8 anos é aposentado e encaminhado 
para adoção. 
 Os primeiros cães policiais chegaram ao Rio em 
1955, vinte no total, vindos de um criadouro em São 
Paulo. Hoje pode-se dizer que a maior parte da tropa 
é nascida no canil de Olaria. As raças se alternam ao 
longo do tempo. Se no começo era o pastor-alemão 
que combatia os ladrões do mundo inteiro, nas 
décadas seguintes o dobermann e o rottweiler 
ganharam fama de maus na caça aos criminosos. De 
dez anos para cá, destacam-se o pastor-holandês e 
os temidos malinois, estes com participação 
fundamental na ação contra o terrorista Bin Laden. 
Por aqui, logo após o episódio do ônibus 174, em 
2000, o treinamento intensivo com cães para resgate 
de reféns foi reforçado. “Se acontecesse hoje, o 
seqüestrador teria sido imobilizado por um cão e 
nenhum inocente sairia ferido”, ressalta o tenente-
coronel Nogueira. 
 Até a Copa de 2014 está prevista a aquisição de 
oitenta cães europeus já treinados, o que vai permitir 
que cada soldado tenha seu próprio cachorro 
(atualmente existe um revezamento). Com vistas à 
Olimpíada de 2016, serão intensificados os 
intercâmbios com a polícia de Espanha, Suíça e 
França - aliás, uma força parisiense esteve aqui na 
semana passada para mais uma etapa de 
aprimoramento dos trabalhos com animais. “Em três 
anos, teremos uma das melhores companhias do 
mundo”, aposta o major Victor Valle, do BAC. Ali, 
existe uma máxima: o melhor amigo do homem está 
se tornando o inimigo número1 do crime. 
 
(Renan França, in Revista Veja Rio, 19/12/2012) 
 
7) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PM-SE Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
Assinale a única opção que tem base no texto. 
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a) O grande problema da utilização de cães no 
combate ao crime é o fato de, depois de adestrados, 
sua expectativa de vida passar para 8 anos. 
b) No show da cantora Madonna, chamou a atenção 
o fato de os cães policiais estarem no palco enquanto 
ela se apresentava. 
c) A colaboração dos cães policiais no combate ao 
crime tem contribuído para a elevação dos índices de 
criminalidade no Rio. 
d) Os líderes do tráfico se sentiram ameaçados pelas 
habilidades demonstradas pelos cães policiais no 
combate ao crime. 
e) De acordo com dados atualizados recentemente, 
vários cães policiais foram mortos, vítimas de 
meliantes que receberam ordens para atirar nos 
cachorros. 
 
8) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PM-SE Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
De acordo com a leitura do texto, pode-se inferir que: 
a) os animais brasileiros, treinados no exterior, têm 
participação fundamental no combate ao crime, como 
no caso da ação contra o terrorista Bin Laden. 
b) por não confiar em sua própria tropa, o Brasil 
importará cães policiais de países como Espanha, 
Suíça e França para fazer o policiamento na 
Olimpíada de 2016. 
c) a utilização de cães policiais bem treinados tem 
colaborado para que as ações de resgate de reféns 
alcancem maior êxito. 
d) apesar da alternância de raças de cães no 
combate ao crime, o pastor-alemão continua 
demonstrando ser o mais adequado para a tarefa. 
e) a utilização de cães no policiamento do Rio é o 
principal fator responsável pela diminuição da 
criminalidade no Brasil. 
 
 
Texto: (questões 9 a 10) 
 
A Repartição dos Pães 
 
 Era sábado e estávamos convidados para o 
almoço de obrigação. Mas cada um de nós gostava 
demais de sábado para gastá-lo com quem não 
queríamos. Cada um fora alguma vez feliz e ficara 
com a marca do desejo. Eu, eu queria tudo. E nós ali 
presos, como se nosso trem tivesse descarrilado e 
fôssemos obrigados a pousar entre estranhos. 
Ninguém ali me queria, eu não queria a ninguém. 
Quanto a meu sábado - que fora da janela se 
balançava em acácias e sombras - eu preferia, a 
gastá-lo mal, fechá-la na mão dura, onde eu o 
amarfanhava como a um lenço. À espera do almoço, 
bebíamos sem prazer, à saúde do ressentimento: 
amanhã já seria domingo. Não é com você que eu 
quero, dizia nosso olhar sem umidade, e soprávamos 
devagar a fumaça do cigarro seco. A avareza de não 
repartir o sábado, ia pouco a pouco roendo e 
avançando como ferrugem, até que qualquer alegria 
seria um insulto à alegria maior. 
 
 Só a dona da casa não parecia economizar o 
sábado para usá-lo numa quinta de noite. Ela, no 
entanto, cujo coração já conhecera outros sábados. 
Como pudera esquecer que se quer mais e mais? 
Não se impacientava sequer com o grupo 
heterogêneo, sonhador e resignado que na sua casa 
só esperava como pela hora do primeiro trem partir, 
qualquer trem - menos ficar naquela estação vazia, 
menos ter que refrear o cavalo que correria de 
coração batendo para outros, outros cavalos. 
 
 Passamos afinal à sala para um almoço que não 
tinha a bênção da fome. E foi quando surpreendidos 
deparamos com a mesa. Não podia ser para nós... 
 
 Era uma mesa para homens de boa-vontade. 
Quem seria o conviva realmente esperado e que não 
viera? Mas éramos nós mesmos. Então aquela 
mulher dava o melhor não importava a quem? E 
lavava contente os pés do primeiro estrangeiro. 
Constrangidos, olhávamos. 
 
 A mesa fora coberta por uma solene abundância. 
Sobre a toalha branca amontoavam-se espigas de 
trigo. E maçãs vermelhas, enormes cenouras 
amarelas [...]. Os tomates eram redondos para 
ninguém: para o ar, para o redondo ar. Sábado era de 
quem viesse. E a laranja adoçaria a língua de quem 
primeiro chegasse. 
 
 Junto do prato de cada mal-convidado, a mulher 
que lavava pés de estranhos pusera - mesmo sem 
nos eleger, mesmo sem nos amar - um ramo de trigo 
ou um cacho de rabanetes ardentes ou uma talhada 
vermelha de melancia com seus alegres caroços. 
Tudo cortado pela acidez espanhola que se 
adivinhava nos limões verdes. Nas bilhas estava o 
leite, como se tivesse atravessado com as cabras o 
deserto dos penhascos. Vinho, quase negro de tão 
pisado, estremecia em vasilhas de barro. Tudo diante 
de nós. Tudo limpo do retorcido desejo humano. Tudo 
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como é, não como quiséramos. Só existindo, e todo. 
Assim como existe um campo. Assim como as 
montanhas. Assim como homens e mulheres, e não 
nós, os ávidos. Assim como um sábado. Assim como 
apenas existe. Existe. 
 
 Em nome de nada, era hora de comer. Em nome 
de ninguém, era bom. Sem nenhum sonho. E nós 
pouco a pouco a par do dia, pouco a pouco 
anonimizados, crescendo, maiores, à altura da vida 
possível. Então, como fidalgos camponeses, 
aceitamos a mesa. 
 
 Não havia holocausto: aquilo tudo queria tanto ser 
comido quanto nós queríamos comê-lo. Nada 
guardando para o dia seguinte, ali mesmo ofereci o 
que eu sentia àquilo que me fazia sentir. Era um viver 
que eu não pagará de antemão com o sofrimento da 
espera, fome que nasce quando a boca já está perto 
da comida. Porque agora estávamos com fome, fome 
inteira que abrigava o todo e as migalhas. [...] 
 
 E não quero formar a vida porque a existência já 
existe. Existe como um chão onde nós todos 
avançamos. Sem uma palavra de amor. Sem uma 
palavra. Mas teu prazer entende o meu. Nós somos 
fortes e nós comemos. 
 
 Pão é amor entre estranhos. 
 
LISPECTOR, Clarice. A legião estrangeira. Rio de 
Janeiro: Rocco, 1999. 
 
9) Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: SEGEP-MA 
Prova: Agente Penitenciário 
 
Sobre o texto leia as afirmativas a seguir. 
I. O conto começa em tom de mistério sem apontar 
sentimentos dos personagens acerca da ação que 
realizam. 
II. Os convidados, além de seguirem o que manda a 
tradição, estabelecem uma relação de solicitude e 
aproximação entre si. 
III. O sábado para a narradora é um dia de obrigação, 
que encerra em si, tudo que é peso, amarras e prisão. 
Além disso, o almoço não passa de um ritual que 
acarreta desconforto. 
IV. Em meio a sentimentos negativos, ligados ao 
encontro da partilha efetuado ritualmente no sábado, 
apenas uma pessoa concebe-o de forma diferente, 
sacralizada: a dona da casa. 
 
Está correto apenas o que se afirma em: 
a) I, III e IV. 
b) III e IV. 
c) II, III e IV. 
d) I, II e III. 
e) IV. 
 
10) Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: SEGEP-MA 
Prova: Agente Penitenciário 
 
No sentido literário, epifania é a percepção de uma 
realidade atordoante quando os objetos mais simples, 
os gestos mais banais e as situações mais cotidianas 
comportam iluminação súbita na consciência das 
personagens. 
No texto, o objeto que funciona dessa forma para a 
narradora é a(o): 
a) cigarro seco. 
b) sábado. 
c) mesa. 
d) dona da casa. 
e) cavalo. 
 
 
 
GABARITO: 
 
1 – E 5 – B 9 – B 
2 – A 6 – C 10 – C 
3 – D 7 – D 
4 - D 8 - C 
 
 
FONOLOGIA 
 
A Fonologia é a parte da gramática que estuda os 
sons da língua, sua capacidadede combinação e sua 
capacidade de distinção. Ela se ocupa da função dos 
sons dentro da língua, os quais permitem aos falantes 
formar palavras e distinguir significados. 
 
Fonema é a menor unidade sonora da palavra e 
exerce duas funções: formar palavras e distinguir uma 
palavra da outra. É mais simples do que parece: 
quando os fonemas se combinam, formam palavras, 
ou seja, C + A + S + A = CASA. Percebeu? Quatro 
fonemas (sons) se combinaram e formaram uma 
palavra. Se substituirmos agora o som S por P, 
haverá uma nova palavra, certo? CAPA. A 
combinação de diferentes fonemas permite a 
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formação de novas palavras com diferentes sentidos. 
Portanto, os fonemas de uma língua têm duas 
funções bem importantes: formar palavras e 
distinguir uma palavra da outra. 
Ex.: cal / Gal / mal / sal / tal... 
 
Com a troca de fonemas, novas palavras surgiram, 
com sentidos diferentes. 
 
Letra é um símbolo que representa um som, é a 
representação gráfica dos fonemas da fala. É bom 
saber dois aspectos da letra: pode representar mais 
de um fonema ou pode simplesmente ajudar na 
pronúncia de um fonema. Como assim? Por 
exemplo, a letra X pode representar os sons X 
(enxame), Z (exame), S (têxtil) e KS (sexo; neste 
caso a letra X representa dois fonemas – K e S = KS). 
Ou seja, uma letra pode representar mais de um 
fonema. 
 
O dígrafo constitui-se de duas letras representando 
um só fonema. Por exemplo, se dissermos caro, o R 
terá um som diferente de RR, em carro. 
Há dois tipos: 
Consonantais: gu, qu, ch, lh, nh, rr, ss, sc, sç, xc, 
xs. 
Ex.: guerreiro, queda, chave, lhama, nhoque, 
arrastão, assado, descendente, cresça, excitado. 
 
Vocálicos ou nasais: a, e, i, o, u seguidos de m ou n 
na mesma sílaba (!) 
Ex.: campo, anta/empresa, entrada/imbatível, 
caindo/ombro, onda/umbigo, untar. 
Chamamos de dífono o som KS representado pela 
letra X. Ex.: tóxico (tóksico), complexo (complekso), 
tórax (tóraks)... 
 
 
Classificação Dos Fonemas 
 
Os fonemas são de três tipos: vogais, semivogais e 
consoantes. 
 
Vogais 
 
São fonemas produzidos livremente, sem 
obstrução da passagem do ar. São mais tônicos, ou 
seja, têm a pronúncia mais forte que as semivogais. 
São o centro de toda sílaba. Podem ser orais (timbre 
aberto ou fechado) ou nasais (indicadas pelo ~, m, 
n). 
 
Semivogais 
Os fonemas semivocálicos (ou semivogais) têm o 
som de I e U (apoiados em uma vogal, na mesma 
sílaba). São menos tônicos (mais fracos na 
pronúncia) que as vogais. pai: note que a letra I 
representa uma semivogal, pois está apoiada em uma 
vogal, na mesma sílaba. 
 
 
Sílaba 
 
A sílaba é, normalmente, um grupo de fonemas 
centrados numa vogal. Toda sílaba é expressa 
numa só emissão de voz, havendo breves pausas 
entre cada sílaba. Isso fica mais perceptível quando 
pronunciamos uma palavra bem pausadamente. Por 
isso, intuitivamente, a melhor maneira de separar as 
sílabas é falar bem pausadamente a palavra. 
Exemplo: FO...NO... LO... GI... A. Percebeu? 
 
Fique sabendo que a base da sílaba é a vogal e, 
sem ela, não há sílaba, ok? Há palavras com apenas 
uma vogal formando cada sílaba: aí, que se 
pronuncia a-í (duas sílabas). 
 
Quanto ao número de sílabas, as palavras 
classificam-se em: 
• Monossílabas (uma vogal, uma sílaba): mão. 
• Dissílabas (duas vogais, duas sílabas): man-ga. 
• Trissílabas (três vogais, três sílabas): man-guei-ra. 
• Polissílabas (mais de três vogais, mais de três 
sílabas): man-guei-ren-se. 
 
Quanto à tonicidade, há sílaba tônica (alta 
intensidade na pronúncia) e átona (baixa intensidade 
na pronúncia). Sempre há apenas uma (1) sílaba 
tônica por palavra, ok? Ela se encontra em uma 
das três sílabas finais da palavra (isto é, se a 
palavra apresentar três sílabas). Bizu: se houver 
acento agudo ou circunflexo em uma das vogais, 
aí estará a sílaba tônica da palavra. 
Quanto à posição da sílaba tônica, as palavras só 
podem ser: 
• Oxítonas (última sílaba tônica): condor. 
• Paroxítonas (penúltima sílaba tônica): rubrica. 
• Proparoxítonas (antepenúltima sílaba tônica): 
ínterim. 
 
 
 
 
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Encontros Vocálicos 
 
Como o nome sugere, é o contato entre fonemas 
vocálicos. Há três tipos: 
 
 
 
Hiato 
 
Ocorre hiato quando há o encontro de duas vogais, 
que acabam ficando em sílabas separadas (V – V), 
porque só pode haver uma vogal por sílaba. 
Ex.: sa-í-da, ra-i-nha, ba-ús, ca-ís-te, tu-cu-mã-í, su-
cu-u-ba, ru-im, jú-ni-or... 
 
Ditongo 
 
Existem dois tipos: crescente ou decrescente (oral ou 
nasal). 
Crescente (SV + V, na mesma sílaba): 
Ex.: magistério (oral) (nasal), cinquenta (nasal) 
 
Decrescente (V + SV, na mesma sílaba): 
Ex.: item (nasal), , caule (oral), ouro (oral), veia (oral), 
 
Tritongo 
 
O tritongo é a união de SV + V + SV na mesma 
sílaba; pode ser oral ou nasal. 
Ex.: saguão (nasal), Paraguai (oral), enxáguem 
(nasal), averiguou (oral). 
 
Encontros Consonantais 
 
É a sequência de consoantes numa palavra. Existem 
os perfeitos (inseparáveis, pois ficam na mesma 
sílaba) e os imperfeitos (separáveis, pois não ficam 
na mesma sílaba). 
 
Separação Silábica 
 
Trata da adequada separação das sílabas de uma 
palavra. Lembre-se: toda sílaba tem de apresentar 
uma vogal. 
 
Separam-se: 
 
Os hiatos: va-ri-a-do, car-na-ú-ba, pa-ra-í-so, ru-í-na. 
 
Os dígrafos (rr, ss, sc, sç, xc, xs): car-rei-ra, cas-sa-
ção, nas-cer, des-ça, ex-ces-so. 
 
Os encontros consonantais que não iniciam 
imediatamente as palavras (pç, bd, cc, cç, tn, bm, bst, 
bt, sp, ct, pt, sp, sc, sf, mn, br etc.): op-ção, ab-di-car, 
oc-ci-pi-tal, fic-ção, ét-ni-co, sub-me-ter, abs-tra-to, 
ob-ten-ção, trans-por-te, in-tac-to, ap-ti-dão, ins-pi-rar, 
cons-purcar, obs-cu-ro, at-mos-fe-ra, am-né-sia, ab-
rup-to... 
A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, 
trans, super, ex, inter etc.), quando seguida de 
vogal, junta-se a ela: bi-sa-vó, di-sen-te-ri-a, su-bem-
pre-go, ci-sal-pi-no, transa-tlân-ti-co. 
 
 
Não se separam: 
 
Ditongos e tritongos: a-rac-nói-de-o 
(proparoxítona!), cau-sa, doi-do, a-fei-to, pleu-ra. 
Dígrafos (lh, nh, ch, qu, gu): ve-lho, ba-nhei-ra, mar-
cha, quei-jo, guer-ra... 
 
Encontros consonantais perfeitos no início de 
palavras, normalmente: gno-mo, mne-môni-co. 
 
A última consoante dos prefixos (bis, dis, sub, cis, 
trans, super, ex, inter etc.), se seguida de consoante, 
não formará nova sílaba com ela: bis-ne-to, dis-cor-
dân-cia, sub-li-nhar . 
 
 
Acentuação Gráfica 
 
A Acentuação Gráfica trata da correta colocação de 
sinais gráficos nas palavras. 
 
Acentuação das proparoxítonas 
 
Todas são acentuadas. 
Ex.: álcool, réquiem, máscara, zênite, álibi, plêiade, 
náufrago, duúnviro, seriíssimo... 
 
Acentuação das monossílabas tônicas 
Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s). 
Ex.: má(s), trás, pé(s), mês, só(s), pôs... 
 
Acentuação das oxítonas 
 
Acentuam-se as terminadas em -a(s), -e(s), -o(s), -
em(-ens). 
Ex.: sofá(s), axé(s)*, bongô(s), vintém(éns)... 
 
 
 
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Acentuação das paroxítonasAcentuam-se as terminadas em ditongo crescente 
ou decrescente (seguido ou não de s), ã ou ão. 
X/L/R PS/I/N/US 
Ex: Farmácia, imã, órfão, tórax, amável, revolver, táxi, 
éden, vênus. 
 
 
Acentuação dos hiatos tônicos (u e i) 
 
Acentuam-se com acento agudo as vogais U e I 
tônicas (segunda vogal do hiato!), isoladas ou 
seguidas de S na mesma sílaba, quando formam 
hiatos. Ex: Saúde, saída, país. 
 
Acentuação dos ditongos abertos 
Acentuam-se os ditongos abertos ÉI, ÓI, ÉU, 
seguidos ou não de S, somente quando for oxítonos. 
Ex.: céu, méis, Góis, coronéis, troféu(s), herói(s), 
Méier, destróier, aracnóideo... 
 
Acentos diferenciais 
 
Os acentos diferenciais servem para marcar algumas 
distinções de classe gramatical, pronúncia e/ou 
sentido entre algumas palavras. 
 
1) Permanece o acento diferencial em pôde/pode. 
Pôde é a forma do passado do verbo poder (pretérito 
perfeito do indicativo), na 3.a pessoa do singular. 
Pode é a forma do presente do indicativo, na 3.a 
pessoa do singular. 
Ex.: Ontem ele não pôde sair mais cedo, mas hoje 
ele pode. 
 
2) Permanece o acento diferencial em pôr/por. Pôr é 
verbo. Por é preposição. 
Ex.: Vou pôr o livro na estante que foi feita por mim. 
 
3) Permanecem os acentos que diferenciam o 
singular do plural dos verbos ter e vir, assim como de 
seus derivados (manter, deter, reter, conter, convir, 
intervir, advir etc.). 
Ele tem duas lanchas. / Eles têm duas lanchas. 
Ele vem de Mato Grosso. / Eles vêm de Mato 
Grosso. 
Ele mantém sua palavra. / Eles mantêm sua palavra. 
Ele intervém em todas as reuniões. / Eles intervêm 
em todas as reuniões. 
 
 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 
 
1) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PM-SE Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
Das opções abaixo, apenas uma das palavras foi 
acentuada seguindo regra diferente das demais. 
Indique-a. 
a) espetáculo 
b) perímetro 
c) fantástica 
d) possível 
e) ávidos 
 
2) Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: EMSERH 
Prova: Técnico em Radiologia 
 
Assinale a opção em que a palavra destacada foi 
acentuada segundo a mesma regra de acentuação de 
saúde. 
a) Aquele instrumento é muito versátil. 
b) Ela tirou todas as coisas de dentro de um baú . 
c) Ele chegou sóbrio à casa dos pais. 
d) Esse animal é um réptil. 
e) Esse é um recurso muito útil. 
 
3) Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: Prefeitura de 
Anápolis – GO Prova: Técnico em Enfermagem 
 
Assinale a opção que apresenta duas palavras que 
justificam a seguinte regra: “Acentuam-se as 
paroxítonas terminadas em ditongo crescente.” 
a) práticas-últimos 
b) supérfluos-é 
c) descartáveis-cálculos 
d) sábios-mês 
e) milionário – bancária 
 
4) Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: Faceli Prova: 
Técnico Administrativo 
 
São acentuadas por diferentes razões: 
a) crônica, página. 
b) clichês, pé. 
c) família, irreconhecível. 
d) lírico, rápida. 
e) inútil, irrecuperável. 
 
5) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PRODAM-AM 
Prova: Auxiliar de Motorista 
 
Assinale a palavra do texto que apresenta dígrafo. 
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a) Outro 
b) aqui 
c) luar 
d) alvas 
e) torpe 
 
6) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PRODAM-AM 
Prova: Auxiliar de Motorista 
 
Assinale a opção em que a palavra foi corretamente 
separada em sílabas. 
a) en-lua-ra-das 
b) col-chõ-es 
c) de-sceu 
d) a-via-dor 
e) ve-e-men-tes 
 
7) Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: PC-AC Prova: 
Perito Criminal - Análises de Sistemas 
 
Sobre as formas destacadas e numeradas nos 
segmentos “Da vez, Jó Joaquim foi quem a deparou, 
em péssima hora: (1)traído e (2)traidora.7 “mediante 
(3) revólver.”, é correto afirmar que: 
a) as três palavras são paroxítonas com ditongo. 
b) a palavra 1 é acentuada por ser paroxítona e a 3 
por ser proparoxítona. 
c) na palavra 1, acentua-se o "i" tônico que forma o 
hiato com a vogal anterior, estando ele sozinho na 
sílaba. 
d) o vocábulo 2 também deveria ser acentuado pelo 
mesmo motivo do 1. 
e) as duas palavras acentuadas recebem acento pelo 
mesmo motivo. 
 
8) Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: Faceli Prova: 
Professor - Língua Portuguesa 
 
Na palavra anja, tal qual a pronúncia que é indicada, 
no segundo parágrafo, é acertado dizer que 
apresenta: 
a) um ditongo, já que há aí o encontro de duas vogais 
em uma única sílaba. 
b) um hiato, uma vez que as vogais excluem-se em 
sílabas distintas. 
c) um ditongo crescente, dada a semivogal em 
primeira posição silábica. 
d) um ditongo decrescente, pela última posição do 
encontro ser ocupado por semivogal. 
e) um ditongo crescente, no qual a semivogal encerra 
o encontro vocálico. 
 
9) Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: FUNASG 
Prova: Psicólogo 
 
Assinale a alternativa que contém afirmação correta, 
considerando a acentuação das palavras equilíbrio, 
indício e impotência. 
a) A maioria das proparoxítonas terminadas em A, E 
e O são acentuadas. 
b) Não deveriam estar acentuadas, pois, não se 
acentuam proparoxítonas terminadas em A ou O. 
c) Ainda recebem acento as paroxítonas terminadas 
em ditongos crescentes. 
d) Todas as palavras de duas ou mais sílabas 
possuem uma sílaba tônica, sobre a qual recai o 
acento estilístico. 
e) Os ditongos, sempre que tiverem pronúncia 
fechada, exigem acentuação da vogal da sílaba 
anterior. 
 
10) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PM-RO 
Prova: Primeiro Tenente - Psiquiatra 
 
As palavras saíra e possuía, retiradas do texto, 
recebem acento porque, de acordo com a norma 
culta, deve-se acentuar: 
a) o ditongo, sempre que houver pronúncia aberta em 
palavras paroxítonas. 
b) o “i” tônico quando forma hiato com a vogal 
anterior. 
c) toda proparoxítona terminada em “a”, seguida ou 
não de “s”. 
d) a paroxítona formada por ditongo crescente. 
e) a maioria das paroxítonas terminadas em -a, -e, -o, 
-em. 
 
11) Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: EMSERH 
Prova: Auxiliar Operacional de Serviços Gerais 
 
Assinale a opção em que as duas palavras foram 
corretamente separadas em sílabas. 
a) in-cóg-ni-to; trans-tor-no 
b) in-co-ns-ci-en-te-men-te; é-bria 
c) em-pa-li-de-ce-u; a pa-i-xo-na-da 
d) tu-mul-tuo-sa-men-te; e- ni-gma 
e) re-ti-cên-ci-as; em-pe-cil-ho 
 
12) Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: CRF-RO 
Prova: Assistente Administrativo 
 
Apenas uma opção apresenta palavras acentuadas 
segundo a mesma regra. Assinale-a. 
a) época-além 
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b) vírus-última 
c) séria-até 
d) saúde-país 
e) também-técnica 
 
13) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PM-ES Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
Adivisão silábica está correta em: 
A) o-bser-var 
B) har-mo-nio-sa 
C) er-ro-ne-a-men-te 
D) es-tran-ha-mos 
E) au-xi-lia-mos 
 
14) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PM-ES Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
A palavra, cuja acentuação gráfica obedece à regra 
diferente das demais, é: 
a) insuportável. 
b) hierárquicas. 
c) máximo. 
d) árvores. 
e) súbita. 
 
15) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PM-ES Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
Assinale a alternativa em que a grafia de todas as 
palavras está correta. 
a) excessão - consciência - púdico - fragelo. 
b) enchente - rúbrica - monge - ascensão. 
c) esplêndido - detenção - imprecindível - piscina.d) concessão - marron - pichação - ascensão. 
e) canjica - tigela - regimento - necessidade. 
 
16) Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: CRC-RO 
Prova: Assistente Administrativo 
 
São acentuadas pela mesma razão: 
a) vê e circunferência. 
b) é e através. 
c) há e lágrimas. 
d) mármore e já. 
e) bússola e porém. 
 
 
 
 
 
 
GABARITO: 
 
1 – D 5 – B 9 – C 13 – C 
2 – B 6 – E 10 – B 14 – A 
3 – E 7 – C 11 – A 15 – E 
4 - C 8 - C 12 - D 16 – B 
 
 
SEMÂNTICA 
 
A semântica trata da significação das palavras, que 
podem estar isoladas ou contextualizadas. 
 
Denotação e Conotação 
A essa altura do campeonato, você já percebeu que o 
contexto é determinante para que atribuamos este ou 
aquele sentido a uma palavra, certo? É por aí que os 
conceitos de denotação e conotação passeiam (usei 
o verbo passear com sentido conotativo, percebeu?). 
 
A denotação trata do significado básico e objetivo de 
uma palavra; uma palavra com sentido denotativo 
está no seu sentido literal, primário, real. 
– Gosto de estudar à noite. 
 
A conotação é o avesso, pois trata do sentido 
figurado, simbólico, não literal das palavras. 
– Há dias que amanhecem noite. 
Note que o verbo amanhecer também está no sentido 
figurado, porque dias não amanhecem. O ato de 
amanhecer não depende de ser algum, pois 
amanhecer é um fenômeno natural. 
 
Sinonímia 
 
Trata de palavras diferentes na forma, mas com 
sentidos iguais ou aproximados, ou seja, sinônimos. 
Não se iluda: não existe sinônimo perfeito. Tudo 
depende do contexto e da intenção do falante. 
A sinonímia não trata apenas do léxico (palavra ou 
expressão), mas da frase também. Neste sentido, o 
uso de sinônimos é muito importante dentro de um 
texto – com eles, evitamos a repetição de vocábulos, 
porque eles servem para substituir palavras. 
Exemplos de sinonímia vocabular: 
– A multidão teve de clamar em protesto. Ela só 
bradou devido ao descaso dos políticos. 
– Graças a Deus conseguimos extinguir nossas 
dívidas. Se não as saldássemos, não sei o que 
faríamos. 
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– O jogo vai atrasar em virtude do temporal. Devido 
a isso, teremos de aguardar. 
Ademais, como já foi dito, existe sinonímia frasal, ou 
seja, uma frase pode ser reescrita com outras 
palavras sem alteração de sentido. 
– Ela construiu esta casa. = Esta residência foi 
edificada por ela. 
– Parece que tu estás certo sobre o assunto. = 
Aparentemente a verdade sobre a questão está 
contigo. 
 
Antonímia 
 
Trata de palavras, expressões ou frases diferentes na 
forma e com significações opostas, excludentes, ou 
seja, antônimos. Normalmente ocorre por meio de 
palavras de radicais diferentes, com prefixo negativo 
ou com prefixos de significação contrária. Veja estes 
exemplos: 
– O chegar e o partir são dois lados cruciais da vida. 
– Você é meu amigo ou meu inimigo? 
– Há menos imigrantes do que emigrantes no 
Brasil. 
– Ela se molhou de cima a baixo. 
Há antonímia frasal, desde que o conteúdo de uma 
frase ou oração esteja em conflito com o de outra: 
– Por ter ficado calado durante anos, aturando 
todos os tipos de maus-tratos, resolveu berrar sem 
parar em ataque a tudo e a todos. 
 
 
Homonímia 
 
Trata de palavras iguais na pronúncia e/ou na grafia, 
mas com significados diferentes, ou seja, 
homônimos. Veja: 
– São Jorge já foi cantado por muitos artistas. 
– Os alunos daqui são estudiosos. 
– Finalmente o garoto ficou são. 
Existem três tipos de vocábulos homônimos: 
homófonos, homógrafos e perfeitos. 
Veja: 
Homófonos: apresentam pronúncia igual e grafia 
diferente. 
Acender (iluminar, pôr fogo em) / Ascender (subir, 
elevar) 
Caçar (perseguir, capturar a caça) / Cassar (anular, 
revogar, proibir) 
Cela (aposento de religiosos ou de prisioneiros) / 
Sela (arreio de cavalo) 
Censo (recenseamento – estatística) / Senso (juízo 
claro, percepção) 
Cerrar (fechar) / Serrar (cortar) 
Concerto (apresentação musical) / Conserto (ato ou 
efeito de consertar, reparar) 
 
Homógrafos: apresentam grafia igual e pronúncia 
diferente. 
Almoço (timbre fechado: refeição) / Almoço (timbre 
aberto: forma do verbo almoçar) 
Conserto (timbre fechado: reparação, correção) / 
Conserto (timbre aberto: forma do verbo consertar) 
Colher (timbre fechado: verbo) / Colher (timbre 
aberto: instrumento usado para comer) 
Edito (decreto, lei) / Édito (ordem judicial) 
Gosto (timbre fechado: sabor) / Gosto (timbre aberto: 
forma do verbo gostar) 
Jogo (timbre fechado: recreação) / Jogo (timbre 
aberto: forma do verbo jogar) 
 
Perfeitos: apresentam grafia e pronúncia iguais. 
Casa (lar, moradia) / Casa (forma do verbo casar) 
Janta (refeição) / Janta (forma do verbo jantar) 
Cedo (advérbio) / Cedo (forma do verbo ceder) 
Livre (liberto, solto) / Livre (forma do verbo livrar) 
Lima (ferramenta) / Lima (forma do verbo limar) 
Manga (fruta) / Manga (parte da camisa) / Manga 
(forma do verbo mangar) 
Somem (forma do verbo somar) / Somem (forma do 
verbo sumir) 
 
Paronímia 
 
Trata, normalmente, de pares de palavras parecidas 
tanto na grafia quanto na pronúncia, mas com 
sentidos diferentes. Veja: 
Abjeção (baixeza, degradação) / Objeção 
(contestação, obstáculo) 
Absolver (absolvição) / Absorver (absorção) 
Acidente (ocorrência casual grave) / Incidente 
(episódio casual sem gravidade, sem importância) 
Aferir (conferir) / Auferir (colher, obter) 
Amoral (descaso com as regras de moral) / Imoral 
(contrário à moral) 
Arrear (colocar arreios em) / Arriar (abaixar) 
Cível (relativo ao Direito Civil) / Civil (cortês, 
civilizado, polido; referente às relações dos cidadãos 
entre si) 
Comprimento (uma das medidas de extensão – 
largura e altura) / Cumprimento (ato de 
cumprimentar alguém, ou cumprir algo) 
Cavaleiro (homem a cavalo) / Cavalheiro (homem 
gentil) 
Conjetura (suposição) / Conjuntura (momento) 
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Deferimento (concessão, atendimento) / Diferimento 
(adiamento, demora, discordância, distinção) 
 
Polissemia 
 
Trata da pluralidade significativa de um mesmo 
vocábulo, que, a depender do contexto, terá uma 
significação diversa. Em palavras mais simples: a 
palavra polissêmica é aquela que, dependendo do 
contexto, muda de sentido (mas não muda de classe 
gramatical!). 
Por exemplo, veja os sentidos de “peça”: “peça de 
automóvel”, “peça de teatro”, “peça de bronze”, “és 
uma boa peça”, “uma peça de carne” etc. Só de 
curiosidade: a palavra ponto é a mais polissêmica da 
nossa língua! Consulte o dicionário e veja. 
Agora, observe mais estes exemplos: 
– Desculpe o bolo que te dei ontem. 
– Comemos um bolo delicioso na casa da Jéssica. 
– Tenho um bolo de revistas lá em casa. 
 
 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 
 
1) Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: Faceli Prova: 
Professor - Língua Portuguesa 
 
Em qual alternativa produz-se evidente equívoco de 
leitura, quando se afirma que o fragmento transcrito 
do texto foi usado em sentido conotativo? 
a) “ela leva afivelada uma espécie de sorriso 
permanente” 
b)“puxou para si uma folha de papel e começou a 
escrever a primeira carta deste dia.” 
c) “o que ela traz à vista é um esgar de sofrimento” 
d) “É impossível, disse a morte à gadanha silenciosa” 
e) “não se poderá dizer que um trabalho destes sejade matar, mas a verdade é que a morte chegou ao 
fim exausta.” 
 
2) Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: FUNASG 
Prova: Nutricionista 
 
A opção em que a palavra destacada encontra-se em 
sentido figurado ou conotativo é: 
a) "Ou ainda vemos nos acidentes e no sofrimento 
dos outros um aviso do perigo” 
b) “pode encerrar uma sutil defesa ou até uma 
vingança.” 
c) "Por que sentimos a dor e o mal-estar daquele que 
cospe sangue” 
d) "Seria necessário refletir sobre isso seriamente” 
e) “O acidente do outro nos toca” 
 
3) Ano: 2011 Banca: FUNCAB Órgão: Prefeitura de 
Várzea Grande – MT Prova: Contador 
 
Dos sinônimos sugeridos para as palavras 
destacadas nos seguintes fragmentos do texto, o 
único adequado ao contexto é: 
a) “...confiava-me sua dor pela separação...” 
(contava-me) 
b) “tomando o exemplo do amor...” (Criticando) 
c) “justamente, era como se a falta do namorado...” 
(Contrariamente) 
d) “pois bem, nunca sei se as declarações...” (Às 
vezes) 
e) “...nossa verborragia amorosa atropela o outro.” 
(criatividade) 
 
4) Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: Faceli Prova: 
Professor - Língua Portuguesa 
 
As palavras destacadas em “a sua vida terminará no 
prazo irrevogável e Improrrogável de uma semana” 
podem ser substituídas, sem alteração do sentido 
assumido no contexto, respectivamente, por: 
a) incontestável e inadiável. 
b) indispensável e inexpugnável. 
c) irrelevante e urgente. 
d) imutável e impreterível. 
e) anulável e protelável. 
 
5) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PM-SE Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
As palavras tráfico e tráfego são consideradas 
parônimas porque são muito parecidas, mas têm 
sentidos diferentes. Assinale a opção que deve ser 
preenchida com a primeira palavra entre parênteses. 
a) Quem___________o rapaz? (dilatou-delatou) 
b) Fizeram uma___________do suspeito, (discrição - 
descrição) 
c) O rapaz foi pego em ___________. (fragrante - 
flagrante) 
d) Eles _____________ o réu. (absorveram - 
absolveram) 
e) O soldado pediu ____________ do serviço. 
(dispensa - despensa) 
 
6) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: Prefeitura de 
Rio Branco – AC Prova: Agente administrativo 
 
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Em qual das opções a frase deve ser completada 
com a primeira palavra entre parênteses? 
a) A reunião foi transferida, portanto, precisamos 
____________ o horário da circular que foi entregue 
hoje cedo. (retificar - ratificar) 
b) Fui ao teatro ontem e fiquei encantado com o 
____________. (conserto - concerto) 
c) O homem era educado, um verdadeiro 
____________. (cavaleiro - cavalheiro) 
d) Eu respondi respeitosamente ao ___________ do 
general, (comprimento - cumprimento) 
e) O delegado pressentiu o perigo _______________ 
(eminente - iminente) 
 
7) Ano: 2015 Banca: FUNCAB Órgão: FUNASG 
Prova: Nutricionista 
De acordo com a significação das palavras, leia os 
itens e assinale a alternativa correta. 
 
I - Rodamos tanto com os carros, que em uma 
mesma viagem conseguimos parar no sinal, no 
semáforo, na sinaleira e no farol. (Revista 
Superinteressante). Sinonímia. 
 
II - De 5000 a.C. em diante, as pessoas começaram a 
erguer verticalmente as pedras para marcar a 
passagem do sol. O grande monumento megalítico de 
Stonehenge, em Salisbury Plain, Inglaterra, está 
perfeitamente alinhado com o nascer do sol no 
solstício de verão. (Ideias que mudaram o mundo – 
Fernandez Armesto). Denotação. 
 
III - Pimenta nos olhos dos outros é refresco. 
(Provérbio). Conotação. 
 
IV - Infligir / infringir, ratificar / retificar, descrição / 
discrição. Parônimos. 
 
V - Cabo (posto militar) / cabo (acidente geográfico), 
real (verdadeiro) / real (de rei). Homônimos. 
 
a) Todos os itens estão corretos. 
b) Apenas I, II e III estão corretos. 
c) Apenas II, III, IV e V estão corretos. 
d) Apenas I, III e V estão corretos. 
 
8) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PM-ES Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
Considere o fragmento “[...] fazendo-nos admitir que 
tal ofício não é vão ou desnecessário.” 
O fragmento teria o sentido alterado, se a palavra 
ofício fosse substituída por: 
a) trabalho. 
b) profissão. 
c) desempenho. 
d) atividade. 
e) tarefa. 
 
9) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PM-ES Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
A palavra em destaque que está empregada em 
sentido conotativo ocorre em: 
A) “A segurança pública começa na FAMÍLIA [...]” 
B) “[...] ao deixar de usar o cinto de segurança [...]” 
C) “Aceitamos quando eles não arrumam o quarto 
D) “[...] quando pronunciam um palavrão [...]” 
E) “[...] de nossas crianças na idade tenra [...]” 
 
10) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: PC-ES Prova: 
Escrivão de Polícia 
 
A relação semântica existente entre o nome 
substantivo ou adjetivo em destaque e aquele que se 
lê adiante está indicada equivocadamente na 
alternativa: 
a) com que sorte de cogitações eu ia passando 
esses dias / espécie: polissemia 
b) Tinha-se […] em grande conta a força do doutor / 
conta (de umcolar): homonímia 
c) e o doutor Castro um simples preposto / proposto: 
paronímia 
d) nunca compreendi tanto a avareza como naqueles 
dias / prodigalidade: antonímia 
e) proveniente de estreitas relações que mantinha / 
oriundo: sinonímia 
 
11) Ano: 2013 Banca: FUNCAB Órgão: Prefeitura de 
Vassouras – RJ Prova: Auditor de Tributos Fiscais 
 
Há evidente equívoco na caracterização da relação 
semântica entre as palavras em destaque na seguinte 
alternativa: 
a) absolveu o ex-presidente (parágrafo 1) / absorveu 
a água (paronímia) 
b) um consenso tácito (parágrafo 2) / implícito na lei 
(sinonímia) 
c) até nos revoltamos sem razão (parágrafo 4) / 
motivo para brigas (polissemia) 
d) de que se tem pena (parágrafo 4) / pena de cauda 
de pavão (homonímia) 
e) resulta em desânimo (parágrafo 5) /advém da 
impunidade (antonímia) 
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GABARITO: 
 
1 – B 4 – D 7 – A 10 – A 
2 – E 5 – E 8 – A 11 - C 
3 - A 6 – A 9 – D 
 
 
 
 
ORTOGRAFIA 
 
Fatos e Dificuldades da língua Culta 
 
Por que / Porque / Por quê / Porquê 
 
Porquê > substantivo MOTIVO. Se der para substituir 
pela palavra motivo é ele! 
– Não sei o por quê (motivo) dessa zorra! 
 
Por quê > Final de oração. Esse sempre vem no 
final. 
Essa zorra está acontecendo por quê? (final) 
 
Porque > conjunção POIS. Você consegue substituir 
sem prejuízo pela conjunção pois. 
–Estamos muito felizes porque (pois) passamos no 
concurso. 
 
POR QUE > (resto) se não for nem um dos outros 
casos acima. 
–Está foi a trajetória por que (nem um dos anteriores) 
passamos 
– Por que (nem um dos anteriores) está tão triste? 
– Diga por que (nem um dos anteriores) está 
cansado. 
 
Há / A 
 
Há > Passado, tempo decorrido. 
a > por sua vez, indica tempo futuro ou distância. 
– Há meses venho fazendo provas de concurso. 
– É por isso que você está a anos luz de mim. 
 
Se não / Senão 
 
A forma se não é constituída de conjunção 
condicional se + o advérbio de negação não 
(iniciando orações subordinadas adverbiais 
condicionais – normalmente os verbos dessa oração 
estão no modo subjuntivo e/ou indicando hipótese). 
BIZU: se puder tirar o não da frase, usa-se se não 
(separado). E mais: podemos, neste caso, substituirse não por caso não. 
– Se não estudar, não passará. (Se estudar, passará. 
/ Caso não estude, não passará.) 
A forma se não é constituída de conjunção integrante 
se + o advérbio de negação não. 
– Ele perguntou se não iríamos à festa. (Ele 
perguntou se iríamos à festa.) 
A forma senão é usada nos seguintes casos: 
– Nada pode derrubar minha confiança senão as 
palavras de minha amada, pois que coisa sou eu 
senão seu escravo? (= exceto, salvo, a não ser) 
– Não quero seu amor, senão sua amizade. (= mas 
sim) 
– Meu amigo, não só estudo, senão trabalho; não 
tenho esta vida fácil. (= mas também) 
– Ele apontou não só um senão, mas vários senões 
na tramitação do processo. (= problema, falha) 
– Estude, senão será reprovado! (= do contrário; 
Estude, se não estudar, será reprovado) 
– Fala três línguas, senão quatro. (= ou; Fala três 
línguas, se não falar quatro) 
Há um caso facultativo: quando o senão, indicando 
alternativa, incerteza, imprecisão, equivaler a ou. 
Nestes casos, pode-se interpretar que o verbo está 
subentendido. 
– É muito difícil, senão (se não (for)) impossível, 
prever o resultado. 
– João é rico, senão (se não (for)) riquíssimo. 
– Comprarei duas TVs, senão (se não (comprar)) 
três. 
– Compareceu a maioria dos convidados, senão (se 
não (compareceu)) todos. 
 
Onde / Aonde 
 
Aonde = Para onde 
Onde = resto 
 
– Vocês virão aonde (para onde) foi Julia? 
– Onde (resto) você mora? 
 
Mal / Mau 
 
Mal x bem 
Mau x bom 
Mais / Mas 
 
A forma mais (normalmente advérbio ou pronome 
indefinido) está ligada à ideia de quantidade, 
intensidade ou tempo (neste caso, quando vem 
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depois de uma negação). Mas é uma conjunção 
coordenativa adversativa, quando equivale a porém; é 
uma conjunção coordenativa aditiva, quando antes 
vêm as expressões “não só/não apenas/não 
somente”. 
– Sou mais feliz quando estou com você, mas você 
nunca está aqui. (advérbio de intensidade, conjunção 
coordenativa adversativa) 
– Dedique mais tempo a sua esposa, e ela não vai 
mais cobrar nada de você. (pronome indefinido – 
quantidade –, advérbio de tempo) 
Afim / A fim de 
 
A forma afim é um adjetivo que significa afinidade, 
semelhança, parentesco; a fim de é uma locução 
prepositiva que indica finalidade, propósito, intenção. 
 
– Apesar de ele ser meu parente afim, nós não temos 
ideias afins. 
– Comecei a estudar a fim de fazer aquela 
famigerada prova. 
 
Em vez de / Ao invés de 
 
A forma ao invés de é usada com termos antônimos 
na frase em que aparece; já em vez de equivale a no 
lugar de. 
– Em vez de estudar para a prova do TSE, estudou 
para a do AFT. 
– Ao invés de ser elogiado pelo que disse, foi vaiado 
efusivamente. 
 
Acerca de / Há cerca de / (a) cerca de 
 
A primeira forma equivale a sobre (assunto); a 
segunda indica número aproximado ou tempo 
decorrido aproximado; a terceira indica distância 
aproximada, tempo futuro aproximado ou quantidade 
aproximada. 
– Falamos acerca de futebol e de política. 
– Há cerca de vinte mil pessoas habitando aquele 
bairro. 
– Há cerca de uns anos venho estudando com 
vontade. 
– Estou (a) cerca de um mês para a prova. 
– Cerca de cem amigos presentearam-no quando se 
casou. 
De encontro a / Ao encontro de 
 
A forma de encontro a está ligada à ideia de 
“choque, colisão, divergência, oposição”. A segunda 
forma (ao encontro de) está relacionada à ideia de 
“algo favorável, aproximação positiva, pensamento 
convergente”. 
– Nunca fui de encontro às ideias dele, pois são 
ótimas. 
– Resolvi ir ao encontro dela, uma vez que valia a 
pena. 
 
De mais / Demais 
 
De mais (contrário de ‘de menos’) é uma locução 
adjetiva; normalmente essa expressão se liga a um 
substantivo. Já demais (equivale a ‘em excesso’ ou 
‘outros’) é um advérbio de intensidade ou um 
pronome indefinido. 
– Eles têm dinheiro de mais. 
– O professor fala demais. 
– Precisamos explicar os demais assuntos. 
 
Tampouco / Tão pouco 
 
Tampouco é, tradicionalmente, um advérbio e 
equivale a “também não, nem”; tão pouco é uma 
expressão formada por advérbio de intensidade + 
advérbio de intensidade/pronome indefinido, 
indicando quantidade, normalmente. 
– O que você fez não foi certo, tampouco justo. 
– Estudei tão pouco, mesmo assim, por sorte, me 
classifiquei. 
 
A princípio / Em princípio 
 
A princípio equivale a “no início, inicialmente”. Em 
princípio equivale a “em tese, conceitualmente”. Em 
alguns momentos, uma ou outra expressão dará 
conta daquilo que se quer transmitir, portanto, nas 
duas últimas frases abaixo, o propósito do falante no 
discurso vai determinar o uso da expressão. 
Nenhuma delas, pois, estará equivocada. Dependerá 
do contexto. 
– Vou abordar apenas questões gramaticais a 
princípio. 
– Em princípio, as gramáticas de ensino médio não 
deveriam polemizar. 
– Em princípio não estamos interessados em vender 
este imóvel. 
– A princípio não estamos interessados em vender 
este imóvel. 
Ao nível de / Em nível de 
 
A primeira expressão (ao nível de) tem a ideia de “à 
mesma altura”; a segunda (em nível de) exprime 
“hierarquia”. A expressão “a nível de” é um equívoco. 
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– Este artigo está ao nível dos melhores. 
– Isto foi resolvido em nível de governo estadual. 
– Isto foi resolvido a nível de governo estadual 
(errado!) 
 
 
 
 
À medida que / Na medida em que 
 
A locução conjuntiva à medida que indica proporção 
e equivale a “à proporção que, ao passo que”. Por 
outro lado, na medida em que indica causa e 
equivale a “visto que, já que, tendo em vista que”. 
– À medida que o líder russo crescia no palco 
político, o mundo ia se habituando à sua 
personalidade descomunal. 
– Do ponto de vista político, este ato é desastrado, na 
medida em que exprime um conflito entre o Estado e 
a Igreja. 
 
 
QUESTÕES DE PROVAS ANTERIORES 
 
1) Ano: 2014 Banca: FUNCAB Órgão: PM-MT Prova: 
Soldado da Polícia Militar 
 
Assinale a única frase em que a palavra destacada foi 
corretamente grafada. 
a) O comandante fez o discurso em nome de todos. 
b) Ele analizou o caso e não concorda com o chefe. 
c) Que estratégea fol empregada nessa missão? 
d) Por essa perpectiva, você está certo. 
e) Aqui há um enorme continjente de policiais 
militares. 
 
2) Ano: 2017 Banca: MPE-GO Órgão: MPE-GO 
Prova: Secretário Auxiliar - Cachoeira Dourada 
 
Complete as lacunas, usando adequadamente 
mas/mais/mal/mau: 
Pedro e João, _______ entraram em casa, 
perceberam que as coisas não estavam bem, pois 
sua irmã caçula escolhera um momento _________ 
para comunicar aos pais que iria viajar nas férias; 
_________ seus dois irmãos deixaram os pais 
_______ sossegados quando disseram que a jovem 
iria com as primas e a tia. 
 a) mal – mau – mas – mais 
 b) mal – mal – mais – mais 
 c) mau – mal – mais – mas 
 d) mal – mau – mas – mas 
 e) mau – mau – mas – mais. 
 
3) Ano: 2016 Banca: FUNCAB Órgão: PC-PA Prova: 
Escrivão de Polícia Civil 
Tal como ocorre com “interpretaÇÃO ” e 
“dissimulaÇÃO”, grafa-se com “ç” o sufixo de ambas 
as palavras arroladas em: 
a) apreenção do menor - sanção legal. 
b) detenção do infrator ascenção ao posto. 
c) presunção de culpa coerção penal.

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