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8.Sistemas de planejamento e controle da produção


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19/07/2018 Estácio
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Discplina: Administração da Produção e Operações
Aula 8: Sistemas de planejamento e controle da produção
Apresentação
Ao �nal desta aula, você deverá ser capaz de: Conhecer a Introdução aos Sistemas de
Planejamento e Controle da Produção; compreender as Funções do PCP; compreender as Funções
de Suporte; conhecer as Interfaces do PCP.
Objetivos
Conhecer a Introdução aos Sistemas de Planejamento e Controle da Produção;
Compreender as Funções do PCP;
Identi�car as Funções de Suporte;
Conhecer as Interfaces do PCP.
19/07/2018 Estácio
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Introdução aos sistemas de planejamento e
controle da produção
Como vimos nas aulas anteriores. O planejamento é executado em vários níveis e em
diferentes momentos. Basicamente em qualquer planejamento é a busca da resposta de
perguntas simples e objetivas, cujo propósito é atingir o objetivo. Perguntas tais como:
Como fazer?
Com que recursos?
Com que qualidade?
Com que controle?
Com que velocidade?
O que fazer?
Quando fazer?
As respostas a estes questionamentos nos darão a base para execução não só do
planejamento, mas da atividade propriamente dita. Lembrando que podemos sempre
estar falando de produtos ou de serviços.
Quando chegamos à fase de execução ou operacional, faz-se necessário que o
planejamento tenha uma visão mais detalhada, que incorpore informações que
possibilitem uma melhor execução, que atenda a todos os questionamentos e perguntas
anteriores de forma e�ciente e segura.
Neste sentido, o PCP – Planejamento e Controle da Produção é o que devemos utilizar e
seguir, tendo como apoio em sua estrutura central um Sistema de Informações, cujo papel
principal é centralizar os diversos setores e sistemas para que o gerenciamento possa ser
realizado de forma a atender a demanda e às necessidades de produção, até a última
etapa que é a entrega �nal.
Funções do PCP
Dentro do PCP (Planejamento e Controle da Produção), teremos várias ferramentas que
nos auxiliarão nesta fase, sendo a principal sem dúvida o chamado controle, que irá atuar
continuamente para que a execução seja realizada dentro do planejado.
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Teremos destaques para algumas funções dentro do PCP:
A busca no aumento da e�ciência durante a produção e/ou execução, pois teremos com
isto uma forma de aumentar o resultado �nal de toda a operação. Assim, são gerados
maiores lucros, evitando retrabalhos, economizando recursos e diminuindo prazos.
Ser responsável desde a compra até a distribuição �nal;
Planejar os níveis de estoques;
Programar as atividades de produção;
Controlar as rotinas de produção;
Ser o coração da produção, onde integramos os diversos recursos produtivos (máquinas,
equipamentos, recursos, matéria- prima consumíveis, colaboradores, entre outros).
Funções de suporte
O PCP tem também a tarefa de retroalimentar o sistema, inclusive quando da necessidade
de atender às demandas futuras. Neste sentido ele é peça fundamental, pois todas as
informações reais da produção estão diretamente envolvidas.
Temos ainda todo o fornecimento de instruções para diferentes setores e níveis:
De liberações de ordem de serviço;
De utilização de ferramentas;
De sequência de programação;
De como cada setor produtivo deve ser comportar;
De quanto cada setor de produção deve produzir;
De quanto de estoque devemos utilizar;
De quantos colaboradores, para cada setor, será necessário.
A realidade de todo processo de produção é que todo o planejamento acaba sendo
constantemente atualizado, pois temos sempre realidades diferentes a todo o momento
que nos obriga a este replanejamento.
Nas ações do dia a dia, ou comumente chamado de chão de fábrica, são constantes estes
ajustes, pois temos ali concentradas todas às alterações externas e internas, das quais
temos que rapidamente solucionar e superar, tais como:
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01
Equipamento em manutenção.
02
Equipamento quebrado.
03
Alteração na mão de obra.
04
Alteração na capacidade.
05
Alteração na demanda.
Um bom PCP é o que consegue, de forma clara, objetiva e e�ciente, realizar em ordens e
instruções tudo o que for necessário para a produção e/ou execução de um produto ou
serviço.
É necessário ter no mínimo as seguintes etapas:
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1. Saber exatamente a sua capacidade;
2. Estar alinhado com o objetivo principal;
3. Ter conhecimento da realidade do momento que irá executar;
4. Enxergar o futuro, ou seja, ter a chamada precisão do futuro;
5. Conhecer seus processos;
6. Ter �exibilidade para rápidas alterações e ajustes necessários.
Interfaces do PCP
Iremos abordas várias interfaces e modelos utilizados no PCP, que dentro das
características de cada um, poderão ser empregados.
Serão divididos em:
Planejamento agregado
Programa mestre de produção
MRP – Material Requeriments Planning
MRP II – Manufacturing Resource Planning
ERP – Enterprise Resource Planning
Planejamento agregado
Também conhecido como programação agregada, é muito empregado em períodos de
planejamento de 3 a 15 meses. Utilizamos um balanceamento da produção para atender
às várias demandas.
Será trabalhado em tipos de opções de alterações possíveis, sendo divididas em cinco
opções na Capacidade:
Subcontratação
Trabalho temporário (trabalho em tempo parcial)
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Variação nos colaboradores (contratação e demissão)
Variação nas horas trabalhadas (hora extra)
Mudança nos níveis de estoque
Temos ainda três opções de demanda, sendo:
01
In�uenciar a demanda, com atrativos (preços variáveis, promoções, propagandas).
02
Pedido não atendido de imediato (atrasos propositais, mesmo correndo risco de perda do
cliente).
03
Mix de produtos (aumentar as opções de produtos).
São normalmente realizadas simulações para escolhermos a melhor opção, utilizamos no
cálculo a realidade de estoque, de capacidade, de recursos e de custos. Após as
simulações, temos então a possibilidade de escolha que atenda e se enquadra na melhor
opção.
Uma empresa de produção de postes de concreto possui sua capacidade de produção
diária de 100 postes e tem uma demanda semestral.
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Numa rápida análise, chegamos à conclusão de que temos nos meses de janeiro,
fevereiro e março uma demanda menor que sua capacidade e nos meses de abril, maio e
junho maior que sua capacidade.
Temos, portanto que tomar decisões de como atender e solucionar esta realidade.
Mês Demanda esperada Dias de produção Demanda por dia
Janeiro 1800 22 82
Fevereiro 1400 18 78
Março 1600 21 77
Abril 2400 21 115
Maio 3000 22 137
Junho 2200 20 110
Total 12400 124
(Mostra a particularidades de cada mês, e o seu total)
Se calcularmos a demanda em função da capacidade de produção, teremos esta
realidade.
Mas para atingirmos estes números de produção, temos que optar pelo o que fazer, dentro
das oitoopções que temos para trabalharmos, ou teremos que fazer hora extra, ou
subcontratar, ou não entregar alguns pedidos.
Se a decisão tomada for a de atender, temos que estar atentos, pois teremos também
re�exos no estoque, isto implica em tamanho de estoque, seguro, etc...
Veja como �cará a posição do estoque em relação ao inicial:
Mês Demandaesperada
Dias de
produção
Demanda por
dia
Produção pela
média
Janeiro 1800 22 82 2200
Fevereiro 1400 18 78 1800
Março 1600 21 77 2100
Abril 2400 21 115 2100
Maio 3000 22 137 2000
Junho 2200 20 110 200
Total 12400 124 12400
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Este modelo é muito empregado pelo setor de serviços, de forma automática, sem
conhecimentos técnicos, apenas em razão da necessidade. O problema é que se forem
tomadas decisões sem planejamento, podemos ter a escolha de uma decisão que seja
desfavorável �nanceiramente.
Um nível mais complexo e detalhado deste modelo de planejamento agregado nos levará
ao seguinte modelo.
Mês Demandaesperada
Dias de
produção
Demanda
por dia
Produção
pela média
Saldo de
estoque
Janeiro 1800 22 82 2200 400
Fevereiro 1400 18 78 1800 400
Março 1600 21 77 2100 500
Abril 2400 21 115 2100 -300
Maio 3000 22 137 2000 -800
Junho 2200 20 110 200 -200
Total 12400 124 12400 0
Programa mestre de produção
Também conhecido como planejamento metre de produção, é muito empregado em
períodos de planejamento de 6 a 12 meses. É especi�cado o que tem que ser feito e
quando tem que ser feito, seja um produto acabado ou um item.
Deve estar alinhado ao que chamamos de plano de produção, onde estarão inclusas
todas as variáveis possíveis para produção.
Para se produzir qualquer item, temos que tornar esta tarefa viável e, para atingirmos este
objetivo, os planos devem ser os mais precisos possível.
O PMP nos fornece o que é necessário para se cumprir os prazos e atendermos à
demanda, ele desagrega o chamado plano agregado.
Exemplo:
Plano agregado Meses Janeiro Fevereiro
Total de escadas 1850 1550
Previstas pela
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demanda
Plano mestre de
produção
Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8
Escadas de 2 metros 400 450 320 400
Escadas de 3 metros 350 300 300 250
Escadas de 5 metros 200 180
Escadas de 10 metros 150 100
(Mostra o funcionamento do plano agregado e do plano mestre de produção)

Exemplo
Um fabricante de escadas de alumínio apresenta para a produção, conforme a
previsão de demanda, seu planejamento agregado, transformado em plano mestre
de produção.
Nestas duas interfaces não se de�nem em detalhes como será a fabricação, eles
possuem uma visão mais ampla e totalizadora.
Para que de fato a produção seja executada, realmente temos outras interfaces.
Nestas duas interfaces, não se de�nem em detalhes como será a fabricação, eles
possuem uma visão mais ampla e totalizadora. Para que de fato a produção seja
executada, realmente temos outras interfaces que serão estudadas a seguir.
MRP- Material Requeriments Planning
Também conhecido como planejamento das necessidades de material, é muito
empregado em períodos de planejamento para execução, onde explodimos o item que
será fabricado e listamos todas as peças.
Com estas informações é possível, então, para cada item gerado nesta lista, veri�car o
tempo de fabricação de cada peça, o tempo de suprimento, e com estas informações
saberemos quando devemos disparar um pedido para cada item.
19/07/2018 Estácio
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Podemos também gerar dois documentos diferentes:
Os chamados planos de necessidades brutas, quando não possuímos este item no nosso
estoque, que resultará em uma necessidade de compra (aqui devemos também
considerar o tempo de uma licitação da compra).
Outro documento chamamos de plano de necessidades líquidas, quando possuímos este
item em nosso estoque e apenas é necessário a requisição para envio deste item do
almoxarifado para a produção. Claro que o prazo, neste caso, é bem menor do que o
anterior.
Para uma melhor compreensão, vamos mostrar um farol de automóveis. No exemplo,
temos o que é encontrado nos conhecidos fuscas.
Na visão do MRP, este item (farol) seria explodido e, então, cada peça ou componente
agora, será identi�cado e mapeado. Teremos, para cada item, prazo de fabricação,
localização, tempo de entrega, de distribuição, preço, prazos �nais.
O MRP, então, irá disparar os planos de necessidades brutas e líquidas com uma maior
precisão, viabilizando desta forma a produção do farol de maneira que atenda aos prazos
exigidos.
Quanto mais complexo for o item produzido, mais trabalhoso será o MRP. Com a
atualização dos computadores, este trabalho �ca mais fácil e seu emprego é mais amplo,
o que não impede desta técnica ser utilizada manualmente.
Para uma melhor compreensão, vamos mostrar um farol de automóveis. No exemplo,
temos o que é encontrado nos conhecidos fuscas.
Na visão do MRP, este item (farol) seria explodido e, então, cada peça ou componente
agora, será identi�cado e mapeado. Teremos, para cada item, prazo de fabricação,
localização, tempo de entrega, de distribuição, preço, prazos �nais.
O MRP, então, irá disparar os planos de necessidades brutas e líquidas com uma maior
precisão, viabilizando desta forma a produção do farol de maneira que atenda aos prazos
exigidos.
Quanto mais complexo for o item produzido, mais trabalhoso será o MRP. Com a
atualização dos computadores, este trabalho �ca mais fácil e seu emprego é mais amplo,
o que não impede desta técnica ser utilizada manualmente.
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MRP II – Manufacturing Resource Planning
Também conhecido como planejamento dos recursos da manufatura com a
implementação e emprego da informática, a técnica do MRP foi incrementada com
maiores informações e integração dos departamentos.
Aqui, inclusive, é envolvido setor de �nanças, contabilidade, RH, e qualquer outro que
interesse em obter informações e necessite interagir com o a produção direta ou
indiretamente.
Pois através do MRP II é possível, por exemplo:

Exemplo
Avaliar custo de mão de obra, gerando as informações necessárias para o
fechamento de folha de pagamento. Ou seja, o MRP II emprega não só as
quantidades de itens, mas todas as informações que seja, interligadas com a ação
de produzir.
ERP – Enterprise Resource Planning
Também conhecido como planejamento dos recursos da corporação com a interligação
direta entre fornecedores, clientes, fábrica, escritório, distribuição, entre outros. Sendo
possível com o emprego da era da informação e emprego do chamado EDI – eletric data
interchange, o chamado de intercâmbio eletrônico de dados.
19/07/2018 Estácio
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O ERP permite que todos os envolvidos sejam, automaticamente
informados e possibilita ainda uma total interação de informações e
comandos. Seu emprego nos dias de hoje se torna peça fundamental,
principalmente em se tratando de negócios globalizados e cada vez mais
velozes.
Existem hoje diversos softwares que utilizam deste princípio e estão cada vez mais fortes
no mercado mundial. O mais conhecido e empregado pelas grandes corporações é o SAP,
onde a complexidade de operações e utilização é grande.
19/07/2018 Estácio
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Notas
Referências
P E N D E N T E
Próximos Passos
Administração de Estoques, Conceitos, Classi�cações.
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