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Modulo 2 3ª série Sociologia

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SOCIOLOGIA
MÓDULO 3 – 1º SÉRIE
SUMÁRIO
O TRABALHO NO CONTEXTO CONTEMPORÂNEO.
1. AS DIFERENTES VISÕES SOBRE O TRABALHO HUMANO.
2. NOVAS TECNOLOGIAS E O PROCESSO DE TRABALHO NO CONTEXTO CAPITALISTA.
3. PROCESSOS DE TRABALHO E A REESTRUTURAÇÃO PRODUTIVA.
4. TRABALHO, INTEGRAÇÃO SOCIAL E DESENVOLVIMENTO.
APRESENTAÇÃO
A compreensão humana sobre trabalho tem uma relação intima com as transformações sociais. E para compreender as diversas visões de trabalho necessitamos fazer uma viagem a cada realidade humana de acordo com o seu tempo. “
1 AS DIFERENTES VISÕES SOBRE TRABALHO 
O capitalismo é o sistema social existente em diversos países, em que a maioria das pessoas vende sua força de trabalho em troca de um salário. No capitalismo, o lucro resulta da venda de bens e serviços. Os produtos da produção capitalista para venda significa uma economia de mercado livre.
Adam Smith, um dos mais conhecidos como o percurso do liberalismo econômico, a sua visão sobre lucro é diferente da de renda. A renda tem pouca flexibilidade e vem quase sempre em mesma proporção, enquanto o lucro é sempre expansivo, 
Para Max Weber, em 1903, a catalisação do capitalismo ocorreu na Inglaterra no século XVII. Neste período, os puritanos, membros de uma seita religiosa sob a influência de João Calvino, estabeleceu como ética o trabalho duro, reinvestimento, vida simples, tendo essas atitudes forte influência na Nova Inglaterra.
No entanto, nesse mesmo viés, em relação ao trabalho e investimentos, judeus e japoneses praticaram as mesmas atitudes sem nenhuma influência calvinista. Além disso, na Escócia, no século XVII foi simultaneamente ortodoxo calvinista e com a economia estagnada. O ser humano para suprir as suas necessidades é preciso intervir na natureza (biológica). 
Essa intervenção transforma a natureza constitui o que se chama de trabalho. A história do trabalho  demonstra que o modo de produção determina as relações sociais de produção, o modo de conceber o trabalho e a distribuição da produção. 
O trabalho social compõe o processo produtivo de determinada sociedade e desenvolvido socialmente. Já o modo de produção é a maneira como se organiza a produção material em um dado estágio de desenvolvimento social. Os bens são todas as coisas materiais produzidas para satisfazer as necessidades das pessoas.
As forças produtivas (os meios de produção + trabalho humano) são a maneira como se organiza a produção. Os meios de produção são as máquinas, ferramentas, etc que são transformadas pela força do trabalho humano. O trabalho humano manual ou intelectual é uma força empreendida na produção para a geração de bens e serviços com finalidade de atender as necessidades dos próprios trabalhadores assim como de toda a sociedade.
A forma das relações de produção é aquela estabelecida entre os proprietários dos meios de produção e os trabalhadores, a partir de um regime de trabalho entre esses, comunal primitivo, escravo, servil (servil), capitalista (assalariado) e comunista, todos compuseram a história do trabalho no contexto mundial. 
O trabalho humano possui valor em decorrência da ação de transformar matéria-prima em um produto para consumo. Isso, portanto, envolve a aplicação de tempo e experiência adquirida pelo trabalhador que reflete na aplicação na produção de um produto, ou “valor de uso”, agrega o valor que o trabalho possui no produto final.
A mais-valia, segundo Karl Marx, refere-se ao processo de exploração da mão de obra assalariada que é utilizada na produção de mercadorias. Trata-se de um processo de extorsão por meio da apropriação do trabalho excedente pelo empregador.
A concretização da mais-valia relativa estaria na não diminuição da jornada de trabalho e na manutenção do valor do trabalho aplicado ao produto independentemente do aumento da produção mediante ao avanço tecnológico.
Para Marx, o capitalismo baseia-se na relação entre trabalho assalariado e capital. Na produção do capital, por meio da expropriação do valor do trabalho do proletário pelos donos dos meios de produção acumula lucro e riqueza.
OBSERVE O QUADRO DE EVOLUÇÃO HISTÓRICA DOS REGIMES DE TRABALHO.
	REGIME DE TRABALHO
	CARACTERÍSTICAS
	RELAÇÃO SOCIAL 
	Comunal Primitivo
	O primeiro modo de produção em que o homem buscava saciar suas necessidades básicas através das comunidades primitivas que impulsionou avanços das ferramentas de trabalho (pedra, espinhos e pedaços de lascas de arvore). Por volta de 10.000 A.C. a espécie humana começou a cultivar a terra, produzindo cereais, verduras, legumes e frutos. Passou também a criar alguns tipos de animais.
	Na sociedade primitiva havia relações iguais de trabalho e toda produção era para o bem de toda a comunidade. Na comunidade primitiva, as pessoas trabalhavam em conjunto. o principal meio de produção era terra que em conjunto com os frutos do trabalho formavam propriedade coletiva e comunal, ou seja, todos eram proprietários de tudo.
	TRANSIÇÃO
	O desenvolvimento agrícola/ fixação do homem no espaço/nova ralação de poder.
	Modo de produção escravista 
	A economia escravista era basicamente agrária. 
Na sociedade escravista, os meios de produção (terras e instrumentos de produção) e os escravos eram propriedade do senhor. O escravo era considerado um instrumento, um objeto, como um animal ou uma ferramenta de trabalho na construção de palácios, atividades doméstica na casa do seu senhor. Este tipo de trabalho perdurou do período Antigo e Império Romano do Ocidente, e no Brasil por muitos anos.
	Com o avanço de novas formas de trabalho surgem novas  relações de poder. Os que detinham o poder tornaram-se senhores dos escravos. Assim, no modo de produção escravista, as relações de produção eram relações de domínio e de sujeição a um pequeno número de senhores que explorava a massa de escravos, que sem nenhum direito.
	TRANSIÇÃO
	Avanço na Europa das tribos bárbaras/Queda do Império Romano/Controle da Igreja Medieval
	Modo de Produção Feudal - Servil
	Os servos mantinham o sistema com e produziam com pouca tecnologia e parte da colheita entregava ao senhor feudal. O trabalho do servo era vinculado ao senhor feudal. O senhor feudal provia ao seu servo proteção militar, enquanto os servos cuidavam das terras deles.
	O trabalho servo era braçal. O clero cuidava da espiritualidade e intelectualidade; os nobres governavam e davam proteção aos servos. Esta sociedade era formada por estamentos sociais. A obrigação era cultivar as terras do senhor, o servo tinha pouco tempo disponível para trabalhar para si mesmo.
	TRANSIÇÃO
	Comercio de Produtos Indianos na Europa/surgimento de oficinas/Classe burguesa/artesãos/salário.
	Modo de produção capitalista comercial
	Considerada a primeira fase do capitalismo, aumento do comercio e o surgimento de novas técnicas e oficinas, corporações de oficio, contribuiu para a transição entre Feudalismo para o Capitalismo, para a reurbanização das cidades; decorrência disto, para a consolidação do capitalismo mercantil, origem de várias formas de trabalho e avanço socioeconômico.
	Com o avanço ultramarino, buscou-se novas rotas para a Ásia. No novo sistema capitalista além de nobres, clero surge a burguesia comercial, marinheiros, banqueiros entre outras tantas profissões; pequenas manufaturas e expansão ultramarina com Portugal, depois Espanha, Inglaterra e outros povos europeus o mundo não ficou mais restrito a Europa.
	TRANSIÇÃO
	Avanço industrial Inglês/surgimento capitalista e operário/transição da vida no campo para cidade.
	Modo de produção capitalista Industrial
	A segunda face do capitalismo surge com o avanço da indústria na Inglaterra. As forças de trabalho constituídas de modo desigual entre patrão e empregado. Pequenas manufaturas dos mais variados produtos tornam-se grandes indústrias. Surge o trabalho assalariado.
	Trabalhadores do campo, ao perder as suas terras, iam trabalhar na cidade recebendo baixos salários. Aparecem novas técnicasde cultivo aumentando a produtividade dos alimentos no campo, mas os lucros ficavam para os novos produtores. Luta de classe entre patrão e empregado.
	TRANSIÇÃO
	Consolidação dos Estados Nacionais/Independência da América/Surgimento da classe operária.
	Modo de produção capitalista Financeiro
	A terceira e ultima forma de capitalismo que aparece no século XX. Mantido através das grandes corporações multinacionais, bancos, que sustenta a pirâmide social, ciclo de consumo, o trabalho assalariado continua sendo a base da força de trabalho na economia a partir de novas estratégia de dominação: a luta entre burgueses x trabalhadores
	A consolidação dos estados nacionais e o processo de independência da América os tipos de trabalho variam por categorias: empresarial, bancário, comercial, industrial. As novas tecnologias interferiram nas relações sociais e constituíram novas formas de exploração.
A transição de métodos de produção artesanais para a produção por máquinas transformou a fabricação de novos produtos químicos, novos processos de produção de ferro. Foi potencializado também pela maior eficiência energética da água, o vapor, além do desenvolvimento das máquinas-ferramentas.
Na industrialização iniciada durante o século XVIII, à divisão do trabalho e a linha de montagem foram determinantes para o aumento da produção industrial. Na linha de montagem, o operário sem necessariamente conhecer todo o processo produtivo, mas apenas a atividade que lhe cabia, cada um era responsável por uma atividade específica dentro na produção. Esse sistema de trabalho trouxe como consequência a redução do tempo de trabalho e o aumento da produtividade. 
A divisão manufatureira do trabalho precedeu a cooperação fabril necessária à industrialização. Uma das consequências foram o aumento da produção e a liberdade de comércio imprescindível ao escoamento dessa produção. 
O artesanato caracterizava-se pelo trabalho manual, diferente daquele recorrente nas indústrias atuais, na qual se utiliza em grande ou toda parte do processo máquinas. O artesão realiza todo processo produtivo, desde a criação do produto até o seu acabamento, inclusive na sua venda, em que o processo de produção em série contribuiu a diversificação de produtos diferentes.
A Revolução teve início na Inglaterra da segunda metade do século XIX e em poucas décadas se espalhou para a Europa Ocidental e os Estados Unidos. Esse processo desencadeou uma maciça migração de pessoas do campo para as cidades industrializadas, de modo que as áreas urbanas tornaram-se o palco de grandes transformações sociais. 
As principais classes que surgiram foram à burguesia e os trabalhadores assalariados no momento da industrialização. Os primeiros eram proprietários privados dos meios de produção, enquanto os segundos vendiam sua força e capacidade de trabalho em troca de um salário.
Nesse sentido, o principal impacto da Revolução Industrial foi à divisão do trabalho e o aumento da produtividade, que passou a influenciar diversos outros âmbitos da vida social. No interior das fábricas, os trabalhadores eram submetidos a jornadas de trabalho de até 16 horas por dia, dentre esses, mulheres e crianças a partir de 5 anos de idade, que atuavam na linha de produção mediante o pagamento de baixos salários.
Expandiram-se as empresas multinacionais ou transnacionais nos países subdesenvolvidos. Surgiram, no século XIX, as estradas de ferro para o transporte dos produtos manufaturados, tomando-os mais baratos e colaborando para a Revolução Industrial. O capitalismo mercantil criou inicialmente uma forma comercial mais aberta à concorrência, pautando nestes princípios as políticas nacionais.
Atualmente o que está posto como desafio? Superar a experiência de fragmentação do trabalho com flexibilização de direitos. Na prática seria forma de empoderar mais os ricos no seu processo de dominação de classe e enfraquecer a organização dos trabalhadores no que tange a pautas mais gerais, como, por exemplo, saúde do trabalhador e valorização do salário, para se eleger práticas de negociação por empresa; aumento da jornada de trabalho, terceirização entre outras coisas. 
Na sociedade capitalista, o trabalhador assalariado vende a outra pessoa/empresa (capitalista) a sua capacidade de trabalho. O trabalhador produz os objetos e o empresário determina seu fim e como deve produzi-lo. No fim das contas, tanto a atividade quanto o produto pertencerão ao comprador da força de trabalho, acumulando altos lucros.
No interior da sociedade capitalista, de acordo com Ferreira, os trabalhadores que produzem ficam com uma ínfima parte da riqueza produzida por suas próprias mãos. O autor ainda afirma que a produção aparece mesmo como algo separado da sua existência individual, algo independente.
EXERCÍCIO
CLASSE
“A palavra "trabalho" tem suas origens e raízes no vocábulo latino TRIPALIUM três "tri" e "palus" pau, em formato de uma cruz e com um significado um pouco assustador sendo denominado um instrumento de tortura, onde o "tripaliare" aquela pessoa que torturava com esse método trabalhar significava ser torturado no TRIPALIUM. As pessoas torturadas eram escravos e pobres, aqueles que não podiam pagar seus tributos destituídas de posse e excluídas da sociedade.” 
De acordo com a definição acima da palavra “Trabalho”, podemos identificar com que imagem abaixo: 
“As transformações sofridas pela natureza”, através do emprego das técnicas no processo produtivo, são um fenômeno social, representado pelo trabalho, e as relações de produção mudam conforme as leis, as quais implicam a formação econômico-social e, por conseguinte, as relações entre a sociedade e a natureza. Outros problemas ambientais foram trazidos com a Revolução Industrial. A Revolução Industrial consistiu em um conjunto de mudanças tecnológicas com profundo impacto no processo produtivo em nível econômico e social. Iniciada na Grã-Bretanha em meados do século XVIII expandiu-se pelo mundo a partir do século XIX. Ao longo do processo (que, de acordo com alguns autores, registra-se até os nossos dias), a era agrícola foi superada, a máquina foi suplantando o trabalho humano, uma nova relação entre capital e trabalho se impôs novas relações entre nações se estabeleceram e surgiu o fenômeno da cultura de massa, entre outros eventos. ” Uma das principais causas da deterioração do meio ambiente é o individualismo, a alienação e a falta de compromisso do homem com o meio em que ele vive. Karl Marx utiliza o termo alienação para designar: 
o processo em que os indivíduos contribuem com as suas potencialidades, com os objetos por eles criados. 
a criatividade humana em produzir cultura através da arte, materiais inéditos e conhecimento. 
as relações humanas de consumo, lazer e relações sócio afetivas, como o amor e a felicidade.
a venda do trabalho humano como mercadoria, tornando o homem escravo do capitalismo. 
o isolamento do indivíduo na sociedade, impossibilitado de interagir com o meio ambiente em que vive.
CASA
Assinale a alternativa que apresenta uma afirmação incorreta:
A burguesia é uma classe social que possui a propriedade dos meios de produção.
O sistema socialista ou de economia planificada é adotado atualmente por um número cada vez maior de países.
Na fase do capitalismo financeiro ocorrem crises que levam o Estado a intervir na economia.
O proletariado vende sua força de trabalho para a burguesia em troca de um salário.
UE, NAFTA e APEC são blocos econômicos que caracterizam a Nova Ordem Mundial.
(UEL - 2008) Analise o texto.
O capitalismo vê a força de trabalho como mercadoria, mas é claro que não se trata de uma mercadoria qualquer. Ela é capaz de gerar valor. “[...] O operário é o indivíduo que, nada possuindo, é obrigado a sobreviver da sua força de trabalho”. (COSTA, 2005).
Segundo Karl Marx, a força de trabalho é alugada ou comprada por meioda Mais-valia.
do Lucro.
do Salário.
da Alienação.
das Relações políticas.
Como Karl Marx determina o “valor de uso” ao falar sobre mais-valia?
Valor de uso é o valor que o dono do capital estipula arbitrariamente para seus produtos.
Valor de uso é o valor que é determinado pelas leis de mercado.
Valor de uso é o conceito que Karl Marx usa para explicar a forma utilitária pela qual o trabalho é visto pelo dono do capital.
Valor de uso é o valor de um produto determinado pela quantidade de trabalho aplicada em sua produção.
ENEM
A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura. Um desses estágios foi o artesanato, em que se
trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada.
trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção em série.
empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas.
realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado.
faziam interferência do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de produção.
(Uenp) Analise o texto.
“Tá vendo aquele edifício, moço, ajudei a levantar.
Foi um tempo de aflição, eram quatro condução,
Duas pra ir, duas pra voltar.
Hoje depois dele pronto, olho pra cima e fico tonto,
Mas chega um cidadão e me diz desconfiado:
Tu tá aí admirado, ou tá querendo roubar.
Meu domingo tá perdido, vou pra casa entristecido,
Dá vontade de beber E pra aumentar o meu tédio, eu nem posso olhar pro prédio,
Que eu ajudei a fazer.
Tá vendo aquele colégio, moço, eu também trabalhei lá.
Lá eu quase me arrebento, pus massa, fiz cimento,
Ajudei a rebocar.
Minha filha, inocente, vem pra mim toda contente
Pai quero estudar.
Mas me diz um cidadão:
Criança de pé no chão aqui não pode estudar.
Esta dor doeu mais forte.
Porque eu deixei o Norte, eu me pus a me dizer.
Lá a seca castigava, mas o pouco que eu plantava,
Tinha direito de comer.
Tá vendo aquela Igreja, moço, onde o padre diz amém.
Pus o sino e o badalo, enchi minha mão de calo,
Lá eu trabalhei também.
Lá sim, valeu a pena, tem quermesse, tem novena,
E o padre me deixa entrar.
Foi lá que Cristo me disse:
Rapaz, deixe de tolice, não se deixe amedrontar.
Fui eu que criei a terra, enchi os rios, fiz a serra, não deixei nada faltar.
Hoje o homem criou asas, e na maioria das casas,
Eu também não posso entrar”.
(Música “Cidadão”, escrita por Zé Geraldo em 1981.)
Sobre a Mais-Valia, conceito de Karl Marx, o que é correto afirmar?
Karl Marx não tematizou a mais-valia e, sim, afirmou que ela era própria do período medieval, quando as pessoas viviam nos feudos medievais.
A mais-valia é o lucro que o burguês tem no final do mês, diferença entre receitas e despesas.
A mais-valia depende da capacidade administrativa de um proletário, que administra as rendas obtidas através da exploração do seu empregado burguês.
Karl Marx nunca falou em mais-valia e, sim, os marxistas que, equivocadamente, atribuem a Marx o termo.
É a diferença entre o valor da força de trabalho e o valor do produto do trabalho, sem a qual não existiria o capitalismo.
(UERJ) Livre-se desta indiferença estúpida, sonolenta e preguiçosa [...]. Em que caminho da vida pode estar um homem que não se sinta estimulado ao ver a máquina a vapor de Watt?
YOUNG, Arthur. Viagens na Inglaterra e no País de Gales. Apud Hobsbawm, Eric J.  A era das revoluções. Rio de janeiro: Paz e Terra, 1981.
Apesar do otimismo do autor do texto acima, o processo da Revolução Industrial, que se iniciou por volta da década de 1760, na Inglaterra, promoveu uma série de transformações na sociedade inglesa, tais como:
mudança no significado da palavra trabalho, passando a expressar dor e desprestígio social.
ampliação da divisão do trabalho, buscando maior produtividade e controle sobre os operários.
declínio das atividades agrícolas, provocando arrendamento das propriedades rurais e desvalorização da terra.
aumento das exigências tecnológicas, levando à capitalização industrial e ao abandono das técnicas artesanais.
(UEL - 2008) Analise o texto.
O capitalismo vê a força de trabalho como mercadoria, mas é claro que não se trata de uma mercadoria qualquer. Ela é capaz de gerar valor. [...] O operário é o indivíduo que, nada possuindo, é obrigado a sobreviver da sua força de trabalho”. (COSTA, 2005).
Segundo Karl Marx, a força de trabalho é alugada ou comprada por meio
da Mais-valia.
do Lucro.
do Salário.
da Alienação.
das Relações políticas.
2 O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO: IMPACTO SOBRE O TRABALHO, A PRODUÇÃO E SUA ORGANIZAÇÃO.
As revoluções a Industrial e Francesa deram grande impulso à expansão do capitalismo, quando surge a sociologia como ciência. A revolução industrial desencadeou uma crescente industrialização e urbanização, e como consequência disso, houve modificações nas condições de existência e nas formas habituais de vida das pessoas. 
No século XX, a ciência e as tecnologias se desenvolveram e promoveram impactos significativos nas relações sociais, culturais, política e econômica. Embora, nos períodos que marcaram a história da tecnologia na sociedade sustentasse que antes desse período, ainda que rudimentares, o homem teve experiência com a tecnologia nas primeiras comunidades humanas.
Serviu, inclusive, como legado para as sociedades vindouras, criadas pelas experiências com a natureza e os desafios da sobrevivência, a exemplo da descoberta do fogo e formas de acendê-lo. 
No entanto, a “Sociedade da Informação” é um acontecimento mais concreto na década de 1990, quando um maior número de pessoas acessam as tecnologias de informação e comunicação, por exemplo, ao PC, a internet e os sites de redes sociais e informação. Nesse sentido, quando se fala em impactos quer dizer: as novas tecnologias produzem mudanças em várias partes da vida na sociedade, na economia, na saúde, na educação, no comportamento, determinando novas formas de viver, de trabalhar e interagir, em tempos principalmente de globalização.
O estudioso das trajetórias tecnológicas J. Schumpeter, o intenso “[...] movimento da máquina capitalista decorre de novos bens de consumo, dos novos métodos de produção ou transporte, dos novos mercados, das novas formas de organização industrial que a empresa capitalista cria” (p.112). Assim o autor destacou que o desenvolvimento econômico é impulsionado por um conjunto de inovações, que ele chama de “destruição criativa” nos mercados. (FUCK e VILHA, 2012)
Uma ideia simples para esse conceito de “destruição criativa”, pois, ao mesmo tempo que se cria, se destrói – produzindo uma contínua mutação industrial que revoluciona a estrutura econômica, destruindo a velha, criando uma nova (SHUMPETER. 1984 p.113). Ou seja, a nova economia tem como centro o lucro com a perda de direitos dos trabalhadores, e a inserção de novas tecnologias no processo produtivo.
Mas é preciso esclarecer o que significa inovação tecnológica e invenção tecnológica. Começando por esta, a invenção tecnológica é um potencial criativo ou uma ideia que pode se tornar ou não uma inovação tecnológica. Para Fuck e Vilha (2012), a invenção representa uma ideia, um esboço ou mesmo um modelo para um novo dispositivo, produto, serviço, processo ou sistema; e a inovação se concretiza quando ocorrem transações comerciais envolvendo a mesma, gerando lucro para as empresas. 
A globalização vem transformando as sociedades e impondo um modelo de desenvolvimento social em que as novas tecnologias de informação são parte da vida das pessoas. Com isso estabelecem novas formas de se comunicar, de se produzir conhecimento e riqueza.
2.1 O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS SOBRE O TRABALHO
A tecnologia implica o emprego de métodos (caminhos e instrumentos), oriundos das ciênciasfísicas e naturais, das matemáticas e dos mais diversos ramos do conhecimento humano. Nesse sentido, os avanços atuais da ciência e da tecnologia se misturam como, por exemplo, o celular, o computador, os robôs, a microeletrônica com o desemprego. (CARVALHO, 2010)
Nos últimos anos, o capitalismo contemporâneo vem provocando profundas mudanças no mercado de trabalho. Tais mudanças se explicam:
Pela globalização das finanças; 
Pela elevada precarização das relações de trabalho; 
Pelas taxas elevadas de desemprego; 
Pelo deslocamento geográfico das empresas absorvedoras de mão-de-obra;
Pela eliminação de postos de trabalho.
A inserção de novas tecnologias no processo de trabalho afetaram os trabalhadores e a sua organização. Alguns efeitos e mudanças, na década de 1990, tornaram-se visíveis nos processos de trabalho, principalmente com a inserção da microeletrônica e robótica na produção, pois a necessidade: 
da qualificação da força de trabalho para demandas do novo mercado; 
de melhores condições de trabalho; 
de promoção da saúde do trabalhador; e 
do emprego e as condições para desenvolver os processos de trabalhos. 
O uso de novas tecnologias desencadeou a diminuição da oferta do trabalho e de massas de operários e mudança na organização dos processos de trabalho.
O desemprego decorreu das dificuldades dos trabalhadores acompanharem as mudanças do mercado. A falta da nova qualificação profissional exigida constituiu um problema social, desde quando centenas de pessoas nos países subdesenvolvidos e desenvolvidos ficaram desempregadas. No mundo todo, aumentou a demanda por mão-de-obra qualificada e a competitividade entre os profissionais no mercado de trabalho. (CARVALHO, 2010)
Considera-se que o capitalismo contemporâneo apresenta nova agenda global que afetam o processo de trabalho. As tecnologias ressignificaram o processo de trabalho e a necessidade de requalificação profissional para enfrentar o processo produtivo.
A tecnologia provocou impactos extraordinários no local de trabalho, a automação de muitos empregos, resultou em problemas de desemprego. Além disso, o controlar e monitoramento de que o modo o trabalho é realizado. O computador rastreia os custos, as performances, o tempo e a lucrabilidade das diversas formas de trabalho. (CARVALHO, 2010)
2.2 O IMPACTO DAS TECNOLOGIAS SOBRE A PRODUÇÃO E A ORGANIZAÇÃO DA PRODUÇÃO
Na década de 1990, cresceu o uso da tecnologia, os seus efeitos para o trabalhador e a competitividade em todas as atividades econômicas. 
Os trabalhadores substituídos por máquinas, às novas tecnologias aumentam a massa dos desempregados. Denominado pelos empresários como a Segunda Revolução Industrial vislumbrando a aceleração do crescimento da economia global, o uso de robôs industriais e da automação integral nas linhas de produção, que apenas um substituiria entre 20 a 30 trabalhadores, alterou o contexto produtivo no setor industrial e a realidade dos trabalhadores.
O consumidor mais exigente aumenta a concorrência, reduz os custos melhora a qualidade dos produtos e serviços, tudo isso impactando na competitividade.
A palavra automação foi cunhada por então trabalhador da General Motors, D. S. HARDER, nos EUA, em 1936, para designar “a passagem automática das peças pelas fases consecutivas do processo de produção”. (CARVALHO, 2010, p. 12).
A automação transforma as linhas de montagem e altera radicalmente o esquema funcional da produção. Tudo passou a ser medido e controlado por dados processados por computadores sofisticados. A automação constitui-se o estágio de modernização industrial, iniciado pela mecanização e recentemente pelo controle automático. 
A primeira revolução industrial teve como efeito a substituição da força física do homem pela máquina. Todavia, a segunda consistiu na substituição da capacidade do homem processar a informação de modo mais automático.
Isso implica dizer que o preço da produção é feito pelos limites das empresas, independente das fronteiras territoriais. Instalam-se filiais em várias partes do mundo, para explorar nessas localidades matéria-prima, mão de obra barata e mercado consumidor, pois, tudo isso agregado gera mais lucros, sem preocupações com o território nacional e o seu povo.
No período da Revolução Industrial. O homem deixa de viver no campo e passa a morar nas grandes cidades, em busca de empregos nas fábricas. 
Houve algumas reações sociais ao processo de inserção das tecnologias ao processo produtivo:
	O movimento Ludista
	Representou o primeiro uma reação a essa situação, em que as máquinas são quebradas como forma de protesto. 
	Socialismo, anarquista e sindicalismo.
	Em decorrência disso surgem o socialismo utópico, o socialismo científico, o anarquismo e os primeiros sindicatos. É um período de grande acúmulo de capitais por uma minoria.
	O período neocolonialista
	As grandes potências expandem seus negócios, acumula capital e a necessidade de expansão os mercados colocam os países da Europa em guerra.
Durante as duas grandes guerras, a ciência avança e as contradições do capitalismo contribuíram a implantação do socialismo na Rússia, provocaram a crise econômica de 1929 além do surgimento do fascismo em vários países. 
Nesse sentido, período posterior às guerras, destaca-se a bipolarização do mundo. O socialismo propõe uma nova forma de organização do trabalho e divisão de riquezas. Em contrapartida o capitalismo se propõe a ampliar os seus lucros a partir de dominação de territórios com potencial de recursos energético para atender a produção. 
No pós-guerra, a acelerada mecanização no campo e as novas tecnologias melhoram as condições e a expectativa de vida da população, mas também aumentaram as desigualdades sociais. 
A automação modificou o trabalho industrial. Como consequência originou o desemprego estrutural, obrigando os trabalhadores a ter uma melhor qualificação para não perderem o emprego, tornando-os aptos a participar das diferentes partes da produção. Portanto, para cada novo instrumento de trabalho, o homem conquista e adota um comportamento diferente, pois o impacto tecnológico como, por exemplo, causado pelo computador, demonstra que o homem explicitamente a dependência à tecnologia.
EXERCÍCIOS
CLASSE
Analise a imagem.
O argumento presente na charge consiste em uma metáfora relativa à teoria evolucionista e ao desenvolvimento tecnológico. Considerando o contexto apresentado, verifica-se que o impacto tecnológico pode ocasionar
o surgimento de um homem dependente de um novo modelo tecnológico.
a mudança do homem em razão dos novos inventos que destroem sua realidade.
a problemática social de grande exclusão digital a partir da interferência da máquina.
a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social.
a invenção de equipamentos que dificultam o trabalho do homem, em sua esfera social.
Leia o texto.
A prosperidade induzida pela emergência das máquinas de tear escondia uma acentuada perda de prestígio. Foi nessa idade de ouro que os artesãos, ou os tecelões temporários, passaram a ser denominados, de modo genérico, tecelões de teares manuais. Exceto em alguns ramos especializados, os velhos artesãos foram colocados lado a lado com novos imigrantes, enquanto pequenos fazendeiros-tecelões abandonaram suas pequenas propriedades para se concentrar na atividade de tecer. Reduzidos à completa dependência dos teares mecanizados ou dos fornecedores de matéria-prima, os tecelões ficaram expostos a sucessivas reduções dos rendimentos.
THOMPSON, E. P. The making of the english working class. Harmondsworth: Penguin Books, 1979 (adaptado).
Com a mudança tecnológica ocorrida durante a Revolução Industrial, a forma de trabalhar alterou-se porque
a invenção do tear propiciou o surgimento de novas relações sociais. 
os tecelões mais hábeis prevaleceram sobre os inexperientes. 
os novos teares exigiam treinamento especializado paraserem operados.
os artesãos, no período anterior, combinavam a tecelagem com o cultivo de subsistência. 
os trabalhadores não especializados se apropriaram dos lugares dos antigos artesãos nas fábricas.
Leia o texto.
A introdução de novas tecnologias desencadeou uma série de efeitos sociais que afetaram os trabalhadores e sua organização. O uso de novas tecnologias trouxe a diminuição do trabalho necessário que se traduz na economia líquida do tempo de trabalho, uma vez que, com a presença da automação microeletrônica, começou a ocorrer a diminuição dos coletivos operários e uma mudança na organização dos processos de trabalho.
A utilização de novas tecnologias tem causado inúmeras alterações no mundo do trabalho. Essas mudanças são observadas em um modelo de produção caracterizado
pelo uso intensivo do trabalho manual para desenvolver produtos autênticos e personalizados.
pelo ingresso tardio das mulheres no mercado de trabalho no setor industrial.
pela participação ativa das empresas e dos próprios trabalhadores no processo de qualificação laboral.
pelo aumento na oferta de vagas para trabalhadores especializados em funções repetitivas.
pela manutenção de estoques de larga escala em função da alta produtividade.
CASA
Até o século XVII, as paisagens rurais eram marcadas por atividades rudimentares e de baixa produtividade. A partir da Revolução Industrial, porém, sobretudo com o advento da revolução tecnológica, houve um desenvolvimento contínuo do setor agropecuário.
São, portanto, observadas consequências econômicas, sociais e ambientais inter-relacionadas no período posterior à Revolução Industrial, as quais incluem
a) a erradicação da fome no mundo. 
b) o aumento das áreas rurais e a diminuição das áreas urbanas. 
c) a maior demanda por recursos naturais, entre os quais os recursos energéticos.
d) a menor necessidade de utilização de adubos e corretivos na agricultura.
e) o contínuo aumento da oferta de emprego no setor primário da economia, em face da mecanização.
A Inglaterra pedia lucros e recebia lucros. Tudo se transformava em lucro. As cidades tinham sua sujeira lucrativa, suas favelas lucrativas, sua fumaça lucrativa, sua desordem lucrativa, sua ignorância lucrativa, seu desespero lucrativo. As novas fábricas e os novos altos-fornos eram como as Pirâmides, mostrando mais a escravização do homem que seu poder.
DEANE. P. A Revolução Industrial. Rio de Janeiro: Zahar, 1979 (adaptado)
Qual relação é estabelecida no texto entre os avanços tecnológicos ocorridos no contexto da Revolução Industrial Inglesa e as características das cidades industriais no início do século XIX?
A facilidade em se estabelecer relações lucrativas transformava as cidades em espaços privilegiados para a livre iniciativa, característica da nova sociedade capitalista. 
O desenvolvimento de métodos de planejamento urbano aumentava a eficiência do trabalho industrial. 
A construção de núcleos urbanos integrados por meios de transporte facilitava o deslocamento dos trabalhadores das periferias até as fábricas. 
A grandiosidade dos prédios onde se localizavam as fábricas revelava os avanços da engenharia e da arquitetura do período, transformando as cidades em locais de experimentação estética e artística. 
O alto nível de exploração dos trabalhadores industriais ocasionava o surgimento de aglomerados urbanos marcados por péssimas condições de moradia, saúde e higiene.
A evolução do processo de transformação de matérias-primas em produtos acabados ocorreu em três estágios: artesanato, manufatura e maquinofatura.
Um desses estágios foi o artesanato, em que se 
a) trabalhava conforme o ritmo das máquinas e de maneira padronizada. 
b) trabalhava geralmente sem o uso de máquinas e de modo diferente do modelo de produção em série. 
c) empregavam fontes de energia abundantes para o funcionamento das máquinas.
d) realizava parte da produção por cada operário, com uso de máquinas e trabalho assalariado. 
e) faziam interferências do processo produtivo por técnicos e gerentes com vistas a determinar o ritmo de produção.
ENEM
Leia o texto
Homens da Inglaterra, por que arar para os senhores que vos mantêm na miséria? 
Por que tecer com esforços e cuidado as ricas roupas que vossos tiranos vestem? Por que alimentar, vestir e poupar do berço até o túmulo esses parasitas ingratos que exploram vosso suor — ah, que bebem vosso sangue?
SHELLEY. Os homens da Inglaterra. Apud HUBERMAN, L. História da Riqueza do Homem. Rio de Janeiro: Zahar, 1982.
A análise do trecho permite identificar que o poeta romântico Shelley (1792-1822) registrou uma contradição nas condições socioeconômicas da nascente classe trabalhadora inglesa durante a Revolução Industrial. Tal contradição está identificada
a) na pobreza dos empregados, que estava dissociada da riqueza dos patrões. 
b) no salário dos operários, que era proporcional aos seus esforços nas indústrias. 
c) na burguesia, que tinha seus negócios financiados pelo proletariado.
d) no trabalho, que era considerado uma garantia de liberdade.
e) na riqueza, que não era usufruída por aqueles que a produziam.
Leia o texto.
Os cercamentos do século XVIII podem ser considerados como sínteses das transformações que levaram à consolidação do capitalismo na Inglaterra. Em primeiro lugar, porque sua especialização exigiu uma articulação fundamental com o mercado. Como se concentravam na atividade de produção de lã, a realização da renda dependeu dos mercados, de novas tecnologias de beneficiamento do produto e do emprego de novos tipos de ovelhas. Em segundo lugar, concentrou-se na inter-relação do campo com a cidade e, num primeiro momento, também se vinculou à liberação de mão de obra.
RODRIGUES, A. E. M. Revoluções burguesas. In: REIS FILHO, D. A. et al(Orgs.) O Século XX, v.I. Rio de Janeiro: Civilização Brasileira, 2000 (adaptado).
Outra consequência dos cercamentos que teria contribuído para a Revolução Industrial na Inglaterra foi o
aumento do consumo interno. 
congelamento do salário mínimo. 
fortalecimento dos sindicatos proletários. 
enfraquecimento da burguesia industrial. 
desmembramento das propriedades improdutivas.
Leia o texto.
As relações sociais, produzidas a partir da expansão do mercado capitalista - e o sistema de fábrica é seu “estágio superior” -, tornaram possível o desenvolvimento de uma determinada tecnologia, isto é, aquela que supõe a priori a expropriação dos saberes daqueles que participam do processo de trabalho. Nesse sentido, foi no sistema de fábrica que uma dada tecnologia pôde se impor, não apenas como instrumento para incrementar a produtividade do trabalho, mas, muito principalmente, como instrumento para controlar, disciplinar e hierarquizar esse processo de trabalho.
DECCA, E. S. O Nascimento das Fábricas. São Paulo: Brasiliense, 1986 (fragmento)
Mais do que trocar ferramentas pela utilização de máquinas, o capitalismo, por meio do “sistema de fábrica”, expropriou o trabalhador do seu “saber fazer”, provocando, assim, 
a desestruturação de atividades lucrativas praticadas pelos artesãos ingleses desde a Baixa Idade Média. 
a divisão e a hierarquização do processo laboral, que ocasionaram o distanciamento do trabalhador do seu produto final. 
o movimento dos trabalhadores das áreas urbanas em direção às rurais, devido à escassez de postos de trabalho nas fábricas. 
a organização de grupos familiares em galpões para elaboração e execução de manufaturas que seriam comercializadas.
a associação da figura do trabalhador à do assalariado, fato que favorecia a valorização do seu trabalho e a inserção no processo fabril.
Leia o texto.
Parece-me bastante significativo que a questão muito discutida sobre se o homem deve ser “ajustado” à máquina ou se a máquina deve ser ajustada à natureza do homem nunca tenha sido levantada a respeito dos meros instrumentos e ferramentas.E a razão disto é que todas as ferramentas da manufatura permanecem a serviço da mão, ao passo que as máquinas realmente exigem que o trabalhador as sirva, ajuste o ritmo natural do seu corpo ao movimento mecânico delas.
ARENDT, H. Trabalho, Obra e Ação. In: Cadernos de Ética e Filosofia Política 7. São Paulo: EdUSP, 2005 (fragmento)
Com base no texto, as principais consequências da substituição da ferramenta manual pela máquina são
o adestramento do corpo e a perda da autonomia do trabalhador.
a reformulação dos modos de produção e o engajamento político do trabalhador.
o aperfeiçoamento da produção manufatureira criativa e a rejeição do trabalho repetitivo.
a flexibilização do controle ideológico e a manutenção da liberdade do trabalhador.
o abandono da produção manufatureira e o aperfeiçoamento da máquina.
3 O ESTADO MODERNO: A EFICIÊNCIA DO LEVIATÃ
O Estado Moderno nasceu na segunda metade do século XV, a partir do desenvolvimento do capitalismo mercantil em Portugal, França, Inglaterra e Espanha e Itália. Com o papel de controlar socialmente os indivíduos, o Estado nesses países buscou soluções mediadoras para os problemas sociais decorrentes do sistema capitalista, como, por exemplo, miséria, epidemias, desemprego, fome, exploração entre outros, com vistas em possíveis convulsões sociais. 
O estudo do desenvolvimento do Estado moderno contribui para compreender como os indivíduos se organizavam socialmente para promover as transformações políticas e sociais. O Estado Moderno é uma instituição que mantém um conjunto determinado de relações sociais que se reproduzem, gerando códigos ou maneiras pelas quais pessoas se comportem. 
O Estado é a máxima autoridade na organização da sociedade, das leis, das punições, define o teor do que é legal e ilegal, além dos impostos, etc. Assim como decide sobre a política exterior do nosso país, e garante para o cidadão um sistema de justiça, educação, saúde, entre outros serviços.
No entanto, o Governo é conceitualmente diferente do Estado. O Estado, como uma grande instituição, subdivide-se em várias áreas de interesse e administração da população. O Governo é a ação de grupo político determinado, que se encontra no poder.
Norberto Bobbio, estudioso sobre o Estado, explica que Governo se relaciona com a condução ou o desenvolvimento do poder do Estado. Formam um corpo de funcionários ou às autoridades políticas com a responsabilidade e funções governamentais. 
O Estado, nesse sentido, permanece sendo a instituição incumbida de desenvolver obrigatoriamente um conjunto de atividades procurando as condições apropriadas da sua população. O governo muda de partido político que controla, porque é ocupada temporariamente a função de autoridade máxima, quando sido escolhido democraticamente.
Outro conceito é entre o de Nação. A Nação relaciona-se à população que vive sob um determinado Estado, compartilhando crenças, valores, língua, cultura, história e identidade. 
No entanto, a expressão “Estado-Nação” se refere ao fenômeno histórico de caráter territorial, histórico, político e geográfico. Já o Estado constitui a instituição que organiza a vida de uma Nação. 
O fundamento do poder do Estado está na sua função organizadora da vida social. O poder político na Idade Média era controlado pelos diversos senhores a feudais, que geralmente submetidos ao imperador do Sacro Império e do Papa. A partir disso, se explicita a inexistência de Estados Nacionais que concentrassem o poder de controle na perspectiva moderna.
A classe da burguesia precisava de um governo estável e uma ordem social vislumbrando a ampliação do lucro, e para isso, uma instituição que centralizassem os serviços básicos a população.
As constantes guerras entre os membros da antiga nobreza feudal, para os burgueses, eram fúteis que prejudicavam economia comercial.
Mas havia alguns interesses da burguesia diminuir a quantidade de impostos sobre as mercadorias cobrados pelos vários senhores feudais. A partir de então, observa-se que criação do Estado, acompanhada organização do sistema econômico, controlando a variedade de moedas regionais, como empecilho para os negócios, tudo isso já indicava os interesses estratégico de poder da burguesia.
Para Max Weber, o Estado é visto como entidade de poder e/ou dominação, encontra-se em muitos outros lugares e épocas, ou seja, pode ser encontrado em todas as sociedades em que o dinheiro circule.
Na concepção de Marx e Engels, todas as sociedades se dividem em classes, com exceção daquelas chamadas de sociedades primitivas. Em razão disso, eles acusavam o Estado de ser agente que fortalecia a exploração do capitalista sobre o trabalhador, além de garantir a dominação de uma classe sobre outras. 
A classe dominante e o Estado formam uma forte parceria na manutenção de seus interesses. E para reprimir as classes subalternas em eventual resistência ao sistema, por exemplo, em greves, ocupações, etc, logo os instrumentos de repressão e jurídicos serão utilizados para se manter a ordem do sistema capitalista.
O Estado moderno, para Weber e Marx, apresentam-se visões distintas. Para Marx-Engels, o Estado é uma instituição para manter poder da classe dominante, para diminuir a autonomia das classes sociais menos favorecidas economicamente. Todavia, Weber enfatiza outras dimensões institucionais do Estado, como as formas e modalidades do poder instituído e os mecanismos de burocratização. 
Para Norberto Bobbio, o Estado Moderno é um conceito que permite 
Nesse conceito de Bobbio o Estado tem a função de ordenar e poder determinado. Então, como instituição que aparece na Europa como consequência de um conjunto de acontecimentos históricos que fizeram determinados tipos de poder fossem perdendo influência.
Para exercer o seu poder, o Estado vai ter uma força militar. Em todos os países do mundo, as forças armadas participam de guerras assim como soluciona situações de caráter conflituoso e problemas de ocupações territoriais indevidas. 
Os militares auxiliam a população em casos de grandes emergências, catástrofes naturais ou em situações de descontrole da ordem pública (rebeliões, manifestações de rua, etc.). Todavia, o Estado ao utilizar o seu poder militar deve garantir a população segurança. 
Agir a partir de uma justificativa que coloque em risco da população, tendo em vista que essas são sustentadas com salários do Estado pagos com os impostos recolhidos da população. Para conseguir dinheiro, o Estado tudo isso provém da coleta de impostos para manter os seus funcionários e infraestrutura (rodovias, ruas, caminhos, prestação de serviços de terceiros). 
O Estado moderno também tem o monopólio fiscal, ou seja, é o único que pode cobrar impostos e arrecadá-los para conseguir os meios suficientes para garantir condições específicas para sua população. Por último, o Estado moderno é a única instituição que possui um corpo de funcionários escolhidos de diferentes maneiras (concursados ou indicados por outros), que administram e organizam diversas tarefas; ao mesmo tempo em que são os únicos que têm conhecimento específico sobre as mencionadas ocupações.
A cobrança de impostos à sua população é uma função e um poder unicamente do Estado. Os impostos são de variadas formas seja quando se compra algum produto ou contratando algum serviço como aluguel de roupas para uma cerimonia de casamento. O Estado recolhe e administra de acordo com as necessidades da população.
A função do Estado, portanto, concentra-se na administração dos negócios de interesse coletivo. Assume a gestão da educação, saúde, segurança, economia. É o único responsável no território:
pela administração dos negócios de interesse coletivo, com os indivíduos e com outros Estados; 
pela elaboração das leis que regem a sociedade e o próprio funcionamento do Estado; e 
pela aplicação dessas leis de maneira homogênea a todos oshomens, garantindo a justiça.
Sendo assim, o Estado moderno tem algumas características complexas que se conformaram historicamente. Ele tem a exclusividade da aplicação da força física legitima, assim como o poder para ministrar justiça, é a autoridade máxima à qual todos nos remetemos em casos de conflitos entre pessoas, instituições, companhias, etc. 
O ESTADO ABSOLUTISTA
O absolutismo foi a primeira forma de Estado moderno que resultou da crise da sociedade feudal, a partir do século XIV, na Europa Ocidental. A partir de então, a nobreza e o clero passaram conviver com a ascensão da nova classe social em formação: a Burguesia.
Thomas Hobbes teorizou sobre o Estado absolutista, em que buscou a sua origem, sua razão de ser sua finalidade, que segundo ele, o “Estado Soberano” representava a realização de uma sociedade civilizada racional.
Os desafios do Estado absolutista iniciam com a racionalização do funcionamento do poder político vislumbrando tornar mais eficiente a administração, controle, enfim, o exercício do seu domínio na sociedade civil.
O Estado Absolutista, ainda que favorecesse a nobreza feudal no campo político-militar, tornava-se um Estado burguês, responsável pelas medidas econômicas e políticas que favorecessem a acumulação primitiva do capital.
No Leviatã de Thomas Hobbes (1587-1666), ele parte do princípio de que os homens são egoístas e que o mundo não satisfaz todas as suas necessidades. Em razão disso, ele defende que no Estado Natural, sem a existência da sociedade civil, “há necessariamente competição entre os homens pela riqueza, segurança e glória”.
Tratando-se da estrutura como sociedade organizada, em o seu livro mais famoso Leviatã, Hobbes mostra a extensão de poder em formar um Estado eclesiástico e civil. Todavia, para entender o estado da natureza do homem, que segundo ele, não era um selvagem e sua natureza não mudava com o tempo, esses não eram absolutamente iguais de modo a triunfarem sobre os outros, pois se isso acontecesse caracterizaria uma guerra.
O ESTADO LIBERAL
 
Na Europa, as revoluções burguesas visam o poder econômico. O contexto já indica mudanças no modelo feudal, quando a aristocracia decadente sob a tutela do absolutismo monárquico perdia força. O enfrentamento da burguesia às teses absolutistas ao longo dos séculos XVII e XVIII contribuiu para a consolidação do Estado liberal.
Ao tomar o poder político, a burguesia promoveu duas importantes mudanças tendo como fundamento para os argumentos estudiosos da época. Os princípios do liberalismo de Adam Smith, David Ricardo, entre outros, orientaram a mudanças econômicas instituição da economia de mercado, baseado na livre concorrência. No âmbito político, sob a teoria de John Locke e Rousseau, promove o Estado de direito.
EXERCÍCIO
CLASSE
Analise o a tirinha. 
Da tirinha, podemos deduzir ou entender que:
A história faz uma crítica aos governos que não fazem nada pela sua população.
A história oferece um retrato fiel da maior parte dos governos no mundo.
Eles estão sendo irônicos, já que os governos geralmente trabalham muito e têm muitas responsabilidades a serem desenvolvidas.
A galera da Mafalda está explicando que o governo, pela mesma definição, não é o responsável por cumprir e desenvolver tarefas ou administrar a população.
Surgido no contexto da expansão do mercantilismo, foi implantado primeiro em Portugal.
Adotado em vários países da Europa. Teve seu auge com o Rei Luis XIV da França que dizia “O Estado sou eu” Esse Estado chama-se
Liberal 
Absolutista
Soviético
Comunista
Feudal
Emergiu no Século XVIII como reação ao absolutismo, tendo como valores o individualismo, a liberdade e a propriedade privada. Esse Estado chama-se:
a) Liberal 
b) Absolutista
c) Soviético
d) Comunista
 e) Feudal	
CASA
(UNIOESTE, 2011) Thomas Hobbes é considerado um dos maiores filósofos políticos da Idade Moderna, até Hegel. Escreveu obras políticas fundamentais para a compreensão do Estado Moderno. Sua obra mais conhecida é O Leviatã (1651). Seguindo o pensamento de Hobbes, assinale a alternativa INCORRETA sobre Hobbes e o seu pensamento. 
Para Hobbes o poder do soberano não é absoluto. O poder do governante tem que ser limitado. Ou o poder é limitado, ou continuamos na condição de guerra. 
Thomas Hobbes é considerado um filósofo contratualista, pois se trata de um pensador que viveu entre o século XVI e XVIII, e que afirmava que a origem do Estado e/ou sociedade está num contrato.
Para Hobbes, o poder do Estado tem que ser pleno, absoluto. A autoridade do poder de um rei deve resolver todas as pendências e arbitrar qualquer decisão. 
Segundo Hobbes, do Estado derivam todos os direitos a quem o poder soberano é conferido mediante o consentimento do povo reunido. 
Sua teoria contratual afirma o princípio de preservação da vida na base da política e sustenta a ideia da criação e da manutenção do poder soberano no ato de linguagem implicado na estrutura representativa do pacto político.
(UEL) Analise a figura a seguir. 
NOVAES, Carlos Eduardo. Capitalismo para principiantes. São Paulo: Ática, 1995. p.123. 
A figura ilustra, por meio da ironia, parte da crítica que a perspectiva sociológica baseada nas reflexões teóricas de Karl Marx (1818-1883) faz ao caráter ideológico de certas noções de Estado. Sobre a relação entre Estado e sociedade segundo Karl Marx, é correto afirmar: 
A finalidade do Estado é o exercício da justiça entre os homens e, portanto, é um bem indispensável à sociedade. 
O Estado é um instrumento de dominação e representa, prioritariamente, os interesses dos setores hegemônicos das classes dominantes. 
O Estado tem por finalidade assegurar a felicidade dos cidadãos e garantir, também, a liberdade individual dos homens. 
O Estado visa atender, por meio da legislação, a vontade geral dos cidadãos, garantindo, assim, a harmonia social.
Os regimes totalitários são condição essencial para que o Estado represente, igualmente, os interesses das diversas classes sociais.
(UFU) Segundo Weber, o Estado contemporâneo é uma comunidade humana que, dentro dos limites de um território, reivindica o monopólio do uso legítimo da força física. Com base na afirmação acima, assinale a alternativa INCORRETA. 
a) O Estado consiste em uma relação de dominação entre os homens, sob a condição de que os dominados se submetem à autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores. 
b) O Estado consiste em uma relação de dominação entre os homens, sob a condição de que os dominados se rebelam à autoridade continuamente reivindicada pelos dominadores. 
c) O Estado moderno exige uma dominação burocrático-racional, dada sua eficiência em relação às demais formas de dominação. 
d) O Estado moderno se desenvolve paralelamente ao desenvolvimento da empresa capitalista.
ENEM
(UFNR) O pensamento político e econômico europeu, em fins do século XVII e no século XVIII, apresentou uma vertente de crítica ao Absolutismo e ao Mercantilismo, predominantes na Europa, na Idade Moderna. Qual das ideias abaixo caracteriza essa nova corrente de pensamento?
É necessária a regulamentação minuciosa de todos os aspectos da vida econômica para garantir a prosperidade nacional e o acúmulo metalista.
O Estado, com função de polícia e justiça, deve ser governado por um rei, cuja autoridade é sagrada e absoluta porque emana de Deus.
A fim de proteger a economia nacional, cada governo deve intervir no mercado, estimulando as exportações e restringindo as importações.
O poder do soberano era ilimitado, porque fora fruto do consentimento espontâneo dos indivíduos para evitar a anarquia e a violência do estado natural.
O Estado, simples guardião da lei, deve interferir pouco, apenas para garantir as liberdades públicas e as propriedades dos cidadãos.
O filósofo inglês Thomas Hobbes (1588-1679), autor de “O Leviatã”, acreditavaque a violência generalizada de todos contra todos era a regra geral da política e que, para conter tal violência intestina, era necessária a força de um poder político centralizador e autoritário. Podemos dizer que Hobbes pensava dessa forma, sobretudo por que:
a) não concordava com as ideias liberais de Adam Smith.
b) não concordava com as ideias contratualistas de Jean-Jacques Rousseau.
c) vivia na época das Guerras Civis Religiosas.
d) vivia na época do Terror Revolucionário francês.
e) não concordava com o neocontratualismo de John Rawls.
(Fuvest) “É praticamente impossível treinar todos os súditos de um [Estado] nas artes da guerra e ao mesmo tempo mantê-los obedientes às leis e aos magistrados.” (Jean Bodin, teórico do absolutismo, em 1578).
Essa afirmação revela que a razão principal de as monarquias europeias recorrerem ao recrutamento de mercenários estrangeiros, em grande escala, devia-se à necessidade de:
conseguir mais soldados provenientes da burguesia, a classe que apoiava o rei.
completar as fileiras dos exércitos com soldados profissionais mais eficientes.
desarmar a nobreza e impedir que esta liderasse as demais classes contra o rei.
manter desarmados camponeses e trabalhadores urbanos e evitar revoltas.
desarmar a burguesia e controlar a luta de classes entre esta e a nobreza.
(Ufsm 2013) Sem leis e sem Estado, você poderia fazer o que quisesse. Os outros também poderiam fazer com você o que quisessem. Esse é o “estado de natureza” descrito por Thomas Hobbes, que, vivendo durante as guerras civis britânicas (1640-60), aprendeu em primeira mão como esse cenário poderia ser assustador. Sem uma autoridade soberana não pode haver nenhuma segurança, nenhuma paz. 
Fonte: LAW, Stephen. Guia Ilustrado Zahar: Filosofia. Rio de Janeiro: Zahar, 2008.
Considere as afirmações: 
I. A argumentação hobbesiana em favor de uma autoridade soberana, instituída por um pacto, representa inequivocamente a defesa de um regime político monarquista.
II. Dois dos grandes teóricos sobre o estado de natureza”, Hobbes e Rousseau, partilham a convicção de que o afeto predominante nesse “estado” é o medo.
III. Um traço comum da filosofia política moderna é a idealização de um pacto que estabeleceria a passagem do estado de natureza para o estado de sociedade.
Está(ão) correta(s) 
a) apenas I. 
b) apenas II. 
c) apenas III. 
d) apenas I e II. 
e) apenas II e III. 
4 O ESTADO MODERNO: PODER E POLÍTICA. 
O estudo do Estado moderno contribui para compreender como os indivíduos se organizavam socialmente para promover as transformações políticas e sociais. É uma instituição que se mantém a partir das relações sociais de poder. A política possui um conceito abrangente quando relacionado ao campo das ações dos sujeitos de uma sociedade.
O poder, que é isso?
O conceito de poder político está intimamente ligado à política. O significado de poder indica a capacidade de ação ou de produzir efeito. 
Nesse sentido, duas características delineiam a ideia de poder. Entende-se poder tanto como parte no sentido social, ou seja, como existente nas relações dos seres humanos em sociedade; quanto um elemento instrumental, entendido como a capacidade do ser humano de controlar a natureza e seus recursos. 
O poder, no seu sentido social, associa-se “à possibilidade ou à capacidade geral de agir, à habilidade de um indivíduo de determinar o comportamento de outro indivíduo”. Em outras palavras, o ser humano além de capaz de exercer poder, também é objeto em esse poder é exercido.
Como fenômeno social, o poder é uma relação que só existe nas relações entre os seres humanos, pois somente a capacidade de agir ou influenciar a ação do outro que o poder é exercido.
Política, o que é isso?
O conceito de política associa-se ao campo das ações dos sujeitos de uma sociedade e sem o uso da força. Nesse sentido, toda ação de mediação de conflito realizada na sociedade sem uso da violência física constitui-se num ato político. 
A política se define como ações ou atividades realizadas na esfera de ação do Estado, de um governo ou agrupamento político. Nesse sentido, a mediação de conflitos caracteriza a política.
O poder político se exerce no contexto dos poder Social que envolve as relações dos diferentes grupos na sociedade. Essa noção se insere em um contexto específico no Estado moderno: o monopólio do uso da força. O poder político configura-se pela exclusividade do uso da força em relação a um conjunto de grupos que formam um mesmo contexto social.
O poder político do Estado moderno sustentava-se no domínio exclusivo do uso da violência de forma legítima. Isso não significa que o poder político se configura pela utilização da violência, mas pelo controle da utilização dessa força como forma coativa.
Essa forma coativa resulta de um processo que ocorre em toda a sociedade organizada. Todo o poder de coação individual seja realizado pelo Estado, sendo que a disputa política ocorre pelo controle desse poder agregado na figura da instituição.
Essa ação coativa é legitimada pela população que aceita ou não viver sob suas determinações, constituindo-se em fonte de todo poder de ação legítima. O Estado é a única entidade que possui o poder de uso da força para intervenção nas ações dos sujeitos que estão submetidos à sua jurisdição.
O Poder Político pode ser entendido, portanto, como a capacidade de influenciar as ações dos sujeitos parte de uma sociedade por meio das instituições políticas. 
É considerado poder, a capacidade de agir ou de determinar o comportamento dos outros e perpassam todas as relações sociais. A política é um meio de resolver os problemas na esfera pública, ou seja, no âmbito do Estado. 
Destacam-se três formas predominantes:
a) poder econômico – posse de bens materiais, como os meios de produção.
b) Poder ideológico – se realiza através da manipulação de ideias e informações, influencia o comportamento das pessoas.
c) Poder político – se realiza através de instrumentos e mecanismos como a legislação ou a repressão policial, d modo que determina o comportamento das pessoas.
Formas de exercício e legitimidade do poder para Weber
O exercício do poder pode ser legítimo ou não, a depender do consentimento dos que obedecem. Disso surgem formas que este poder possa ser exercido: 
(a) com base no convencimento e consentimento ou calcado no uso da força; 
(b) exclusivamente com o uso da força, não se considera legítimo.
O controle social pode ser exercido 
de várias formas, por meio de dife-
rentes agentes. A repressão policial 
é um exemplo disso.
Poder econômico Poder ideológico Poder político
Posse de bens materiais, 
como os meios de produção.
Exemplo: o poder dos 
bancos sobre as decisões 
dos governos dos mais 
diversos países.
Através da manipulação 
de ideias e informações, 
influencia o comportamento 
das pessoas. Exemplo: o 
poder das grandes empresas 
de comunicação.
Através de instrumentos 
e mecanismos como a 
legislação ou a repressão 
policial, determina o 
comportamento das 
pessoas.
Para Weber existem três formas distintas de dominação legítima:
	TIPO
	CARACTERIZAÇÃO
	Dominação tradicional
	Essa forma de dominação é legitimada nos valores, normas, regras, costumes, hábitos tradicionais levando os indivíduos ao conformismo. Ainda hoje é comum observar a dominação tradicional no âmbito familiar.
	Dominação carismática
	Essa forma de dominação é legitimada no carisma do indivíduo, a exemplo de líderes religiosos, militares ou heróis revolucionários que conseguem mobilizar seus exércitos a partir do seu heroísmo ou qualidade de líder. 
	Dominação legal
	Essa forma de dominação é legitimada pelos estatutos, códigos de regras criados racionalmente. Ou seja, a dominação convencionada e seguida por todos. A dominação legal é uma das bases do Estado moderno e das relações impessoaisentre os indivíduos e as burocracias estatais. 
Karl Marx faz duras críticas à sociedade burguesa. Segundo ele, uma sociedade fundada na desigualdade econômica e social, as garantias de liberdade e segurança do cidadão, como algo que o Estado deveria suprir, restringe-se a garantia da propriedade. A igualdade burguesa se baseia na igualdade na troca entre o contrato de cidadãos livres e iguais.
EXERCÍCIO
CLASSE
A lei não nasce da natureza, junto das fontes frequentadas pelos primeiros pastores: a lei nasce das batalhas reais, das vitórias, dos massacres, das conquistas que têm sua data e seus heróis de horror: a lei nasce das cidades incendiadas, das terras devastadas; ela nasce com os famosos inocentes que agonizam no dia que está amanhecendo.
FOUCAULT. M. Aula de 14 de janeiro de 1976. In. Em defesa da sociedade. São Paulo: Martins Fontes. 1999
O filósofo Michel Foucault (séc. X) inova ao pensar a política e a lei em relação ao poder e à organização social. Com base na reflexão de Foucault, a finalidade das leis na organização das sociedades modernas é:
a) combater ações violentas na guerra entre as nações.
b) coagir e servir para refrear a agressividade humana.
c) criar limites entre a guerra e a paz praticadas entre os indivíduos de uma mesma nação.
d) estabelecer princípios éticos que regulamentam as ações bélicas entre países inimigos.
e) organizar as relações de poder na sociedade e entre os Estados.
A política foi, inicialmente, a arte de impedir as pessoas de se ocuparem do que lhes diz respeito. Posteriormente, passou a ser a arte de compelir as pessoas a decidirem sobre aquilo de que nada entendem.
VALÉRY, P. Cadernos. Apud BENEVIDES, M. V. M. A cidadania ativa. São Paulo: Ática, 1996.
Nessa definição, o autor entende que a história da política está dividida em dois momentos principais: um primeiro, marcado pelo autoritarismo excludente, e um segundo, caracterizado por uma democracia incompleta.
Considerando o texto, qual é o elemento comum a esses dois momentos da história política?
a) A distribuição equilibrada do poder.
b) O impedimento da participação popular.
c) O controle das decisões por uma minoria.
d) A valorização das opiniões mais competentes.
e) A sistematização dos processos decisórios.
(UNESP/SP) A respeito da formação das monarquias nacionais europeias na passagem da Idade Média para a Época Moderna, é correto afirmar que:
o poder político dos monarcas firmou-se graças ao apoio da nobreza, ameaçada pela força crescente da burguesia;
a expansão muçulmana e o domínio do Mar Mediterrâneo pelos árabes favoreceram a centralização;
uma das limitações mais sérias dos soberanos era a proibição de organizarem exércitos profissionais;
o poder real firmou-se contra a influência do Papa e o ideal de unidade cristã, dominante no Período Medieval;
a ação efetiva dos monarcas dependia da concordância dos principais suseranos do reino.
CASA
(Uema 2012) Qual das alternativas abaixo corresponde à definição de Max Weber sobre o Estado Moderno?
Comitê executivo dos negócios de toda a burguesia. 
Comunidade humana que, dentro dos limites de um determinado território, reivindica o monopólio da força legítima. 
Representante de uma das classes fundamentais. 
Instrumento de dominação de uma classe sobre a outra. 
Representante da burocracia pública.
(Ufu 2011) Na concepção de Weber, a política é uma atividade geral do ser humano. A atividade política se desenvolve no interior de um território delimitado e a autoridade política reivindica o direito de domínio, ou seja, o direito de poder usar a força para se fazer obedecer. Se há obediência às ordens, ocorre uma situação de dominação.
Sobre os tipos de dominação, assinale a alternativa correta.
A dominação legal racional é a mais impessoal, pois se baseia na aplicação de regras gerais aos casos particulares. 
O patrimonialismo é o tipo mais característico de dominação legal racional. 
A forma mais típica de dominação tradicional é a burocracia. 
A dominação carismática constitui um tipo bastante comum de poderio, na medida em que se baseia na crença em qualidades pessoais corriqueiras
Leia o texto 
“Tanto em Estados fortes e hegemônicos como em movimentos pela independência, afirmações como ‘nós sempre fomos um povo’ são, no fundo, apelos que se tornem povos – apelos sem base histórica que na verdade são tentativas de criar a história. O passado, como sempre foi dito, é um país estrangeiro, e nunca nos encontraremos por lá” (In: GEARY, Patrick J. O mito das nações: a invenção do nacionalismo. São Paulo: Conrad, 2005, p. 51).
A partir dessa afirmação, marque a alternativa que melhor representa a formação dos Estados nacionais modernos.
As nações sempre existiram, as coisas não mudam. Sendo assim, sempre existiram brasileiros, argentinos, bolivianos, paraguaios, entre outros
As nações modernas são comunidades imaginadas, pois são, entre outros fatores, a homogeneização de uma série de “passados” que acabam sendo esquecidos em prol da uniformização.
O passado é sempre o mesmo, não existe perspectiva de mudança. Por isso, as nações sempre existiram.
Imaginar a nação no passado é juntar todas as memórias sobre um povo.
A nação histórica nada mais é do que a representação da vontade divina.
 
ENEM
(ENEM 2011) Na década de 1990, os movimentos sociais camponeses e as ONGs tiveram destaque, ao lado de outros sujeitos coletivos. Na sociedade brasileira, a ação dos movimentos sociais vem construindo lentamente um conjunto de práticas democráticas no interior das escolas, das comunidades, dos grupos organizados e na interface da sociedade civil com o Estado. O diálogo, o confronto e o conflito têm sido os motores no processo de construção democrática.
(SOUZA, M. A. Movimentos sociais no Brasil contemporâneo: participação e possibilidades das práticas democráticas. Disponível em: http://www.ces.uc.pt. Acesso em: 30 abr. 2010) (adaptado).
Segundo o texto, os movimentos sociais contribuem para o processo de construção democrática,
porque:
determinam o papel do Estado nas transformações socioeconômicas.
aumentam o clima de tensão social na sociedade civil.
pressionam o Estado para o atendimento das demandas da sociedade.
privilegiam determinadas parcelas da sociedade em detrimento das demais.
propiciam a adoção de valores éticos pelos órgãos do Estado.
(FUVEST) No processo de formação dos estados Nacionais da França e da Inglaterra, podem ser identificados os seguintes aspectos:
Fortalecimento do poder da nobreza e retardamento da formação do estado moderno.
Ampliação da dependência do rei em relação aos senhores feudais e à Igreja.
Desagregação do feudalismo e centralização política.
Diminuição do poder real e crise do capitalismo comercial.
Enfraquecimento da burguesia e equilíbrio entre o Estado e a Igreja.
(UCPEL/RS) O palácio de Versalhes, construído entre 1661 e 1674, abrigava uma corte de seis mil pessoas no reinado de Luís XIV. Era o monumento de um dos mais poderosos Estados da Europa e de um regime político no qual o (a): 
	
burguesia detinha o poder político;
rei governava sem contestação e de forma absoluta;
rei dividia o poder com o parlamento;
constituição estabelecia limites ao poder real;
burguesia era representada pelos cortesãos de Versalhes.
Por volta do século XVI, associa-se à formação das monarquias nacionais europeias
a demanda de protecionismo por parte da burguesia mercantil emergente e a circulação de um ideário político absolutista.
a afirmação político-econômica da aristocracia feudal e a sustentação ideológica liberal para a centralização do Estado.
as navegações e conquistas ultramarinas e o desejo de implantação de uma economia mundial de livre-mercado.
o crescimento do contingente de mão-de-obra camponesa e a presença da concepção burguesade ditadura do proletariado.
o surgimento de uma vanguarda cultural religiosa e a forte influência do ceticismo francês defensor do direito divino dos reis.
QUADRO DE RESPOSTA - MODULO 2 - 3ª SÉRIE
1 TRABALHO E PRODUÇÃO: SIGNIFICADO E SUA EVOLUÇÃO AO LONGO DO TEMPO
CLASSE
1a
2d
3c
CASA
4a
5c
6d
ENEM
7b
8e
9b
10c
2 O DESENVOLVIMENTO TECNOLÓGICO: IMPACTO SOBRE O TRABALHO, A PRODUÇÃO E SUA ORGANIZAÇÃO.
CLASSE
1a
2a
3c
CASA
4c
5e
6b
ENEM
7e
8a
9b
10a
3 O ESTADO MODERNO: A EFICIÊNCIA DO LEVIATÃ.
CLASSE
1a
2b
3a
CASA
4a
5b
6b
ENEM
7e
8c
9d
10c
4 O ESTADO MODERNO: PODER E POLÍTICA.
CLASSE
1a
2c
3d
CASA
4b
5a
6b
ENEM
7c
8c
9b
10a
REFERÊNCIAS
FERREIRA, Bruno. A História do Trabalho. Disponível em:<http://historiabruno.blogspot.com/2013/04/a-historia-do-trabalho.html#ixzz4PvW8OqNe>. Acesso em: 27 out. 2016.
FUCK, Marcos Paulo; VILHA, Anapatrícia Morales. Inovação Tecnológica: da definição à ação. Revista Contemporânea, nº 9, novembro/2011 a abril/2012. Disponível em:<http://www.revistacontemporaneos.com.br/n9/dossie/inovacao-tecnologica.pdf>. Acesso em: 30 out. 2016.
CARVALHO, Agenor Manoel de. O impacto da tecnologia no mercado de trabalho e as mudanças no ambiente de produção. Evidência, Araxá, n. 6, p. 153-172, 2010. Disponível em:< file:///C:/Users/Adroaldo/Downloads/215-812-1-PB.pdf>. Acesso em: 22 out. 2016.
Inserir imagem de máquinas e trabalhadores na linha de montagem
IMAGEM DE MEMBROS DO CLERO
IMAGEM DE NORBERTO BOBBIO
IMAGEM DE MEMBROS DO CLERO
[...] indicar e descrever uma forma de ordenamento político surgida na Europa a partir do Século XIII (…) o Estado moderno europeu nos aparece como uma forma de organização do poder historicamente determinada (BOBBIO, 1998, p 425).
IMAGEM DE BURGOS NA EUROPA
IMAGEM DE THOMAS HOBBES

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