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SUMÁRIO
31	INTRODUÇÃO	�
42	As mudanças políticas e econômicas, edições de leis, decretos e medidas provisórias, e suas influências no mundo dos negócios e no universo contábil.	�
53	Medidas macroeconômicas e medidas microeconômicas	�
64	A influência da microeconomia no mundo dos negócios e no universo contábil	�
75	Os benefícios socioeconômicos das mudanças na microeconomia	�
86	Carga tributária no Brasil	�
97	causas da mortandade precoce das Micro e Pequenas empresas no Brasil	�
128	Conclusão	�
13REFERÊNCIAS	�
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INTRODUÇÃO
Apesar de possuir empresas, empresários e um abrangente mercado, atualmente o ambiente de negócios do Brasil é considerado ruim. Pois temos um alto nível de inflação, carga tributária, taxas de juros e nível de corrupção. Mesmo assim, o Brasil também vive um momento em que suas empresas têm grande potência nacional e estão buscando se expandir para outros lugares do mundo
De acordo com estudos, “Melhorando o ambiente de negócios do Brasil: Ações para reduzir a burocracia.”, realizados pelo Sistema FIRJAM em janeiro de 2014. “O excesso de burocracia e a falta de transparência nos serviços prestados pela administração pública aos cidadãos, pessoas físicas e jurídicas, geram enormes perdas que afetam diretamente a competitividade brasileira. Ao longo dos últimos anos, foram criados instrumentos para simplificar processos, aumentar a transparência e melhorar o atendimento ao público, que representaram um importante avanço no processo de desburocratização.”
As mudanças políticas e econômicas, edições de leis, decretos e medidas provisórias, e suas influências no mundo dos negócios e no universo contábil.
As mudanças políticas e econômicas e as edições de leis, decretos e medidas provisórias refletem principalmente em dois fatores importantíssimos para a empresa:
A continuidade: o panorama econômico, político e normativo do país, afeta as possibilidades de negócios e a sobrevivência da empresa, governos incompetentes e incapazes de gerir a economia do país de forma a estimular um bom ambiente de mercado e de negócios tende a comprometer a sobrevivência e, portanto, a continuidade das empresas no país;
Valores dos ativos e das ações: em um ambiente político, econômico e normativo desfavorável ao mercado e aos negócios, os ativos e as ações das empresas tendem a perder valor.
Quanto ao universo contábil, as mudanças políticas e econômicas e as edições de leis, decretos e medidas provisórias refletem na mudança de critérios e de técnicas de escrituração contábil, bem como nos valores dos resultados apurados. Dois  exemplos disso são:
A recente incorporação das normas contábeis internacionais às normas contábeis brasileiras, que resultou em mudanças importantes na forma de escriturar a Contabilidade;
As diversas leis, decretos e medidas provisórias que alteraram alíquotas, bases de cálculo e formas de apuração de impostos.
Medidas macroeconômicas e medidas microeconômicas
A Macroeconomia preocupa-se com o comportamento da Economia como um todo, considerando variáveis globais como consumo agregado, renda nacional e investimentos globais. tambem estuda a estrutura institucional do sistema bancário, intermediários financeiros, o Tesouro Nacional e as políticas econômicas de que o Governo Federal dispõe para controlar satisfatoriamente o nível de atividade econômica dentro da economia.
A microeconômica preocupa-se com a formação de preços de bens e serviços (por exemplo, soja, automóveis) e de fatores de produção (salários, aluguéis, lucros) em mercados específicos. Tambem estuda o funcionamento da oferta e da demanda na formação do preço no mercado, isto é, o preço obtido pela interação do conjunto de consumidores com o conjunto de empresas que fabricam um dado bem ou serviço.
A influência da microeconomia no mundo dos negócios e no universo contábil 
O peso da indústria de transformação na economia nacional já foi na ordem de 30% nos anos 1970, hoje está na ordem de 20% nas avaliações mais otimistas. Proporcionalmente ao encolhimento da indústria junto ao PIB brasileiro, assiste-se ao crescimento da economia baseada em produtos primários. A pauta de exportações brasileira é feita, sobretudo, de produtos básicos, de commodities e mercadorias de baixa tecnologia, por outro lado, cresce a pauta de importação de bens manufaturados.
Economia desindustrializada significa perda de competitividade no mercado internacional. É na indústria de transformação que se desenvolve pesquisa e tecnologia o que possibilita ganhos para o conjunto da economia de um país. Por outro lado, a desindustrialização precariza o mercado de trabalho. Os melhores salários encontram-se na indústria de bens manufaturados, é nesse setor que as categorias de trabalhadores e os seus sindicatos conquistam convenções coletivas mais avançadas, o que a pauta de reivindicações do conjunto dos trabalhadores. 
A microeconomia preocupa-se em explicar como é gerado o preço dos produtos finais e dos fatores de produção num equilíbrio, geralmente perfeitamente competitivo. Divide-se em: Teoria do Consumidor: Estuda as preferências do consumidor analisando o seu comportamento, as suas escolhas, as restrições quanto a valores e a demanda de mercado. A partir dessa teoria se determina a curva de demanda. Teoria da Firma: Estuda a estrutura econômica de organizações cujo objetivo é maximizar lucros. Organizações que para isso compram fatores de produção e vendem o produto desses fatores de produção para os consumidores. Estuda estruturas de mercado tanto competitivas quanto monopolísticas. A partir dessa teoria se determina a curva de oferta.  Teoria da Produção: Estuda o processo de transformação de fatores adquiridos pela empresa em produtos finais para a venda no mercado. Estuda as relações entre as variações dos fatores de produção e sua conseqüência no produto final. Determina as curvas de custo. 
Os benefícios socioeconômicos das mudanças na microeconomia 
Do ponto de vista da cultura e do imaginário social, acreditava-se que o Brasil estava a caminho de se tornar uma nação moderna, principalmente ao adotar um padrão de vida ao mesmo tempo muito diferente da vida rural e muito próximo ao modelo consumista do capitalismo norte-americano. No cotidiano das donas de casa estavam presentes toda a sorte de “aparelhos moderna” como liquidificadora, batedeira, fogão a gás, televisores, enceradeiras, sem contar os produtos industrializados como alimentos, bebidas, artigos de higiene pessoal e beleza etc. Além disso, os meios de comunicação como o cinema, a televisão e o rádio difundiam-se cada vez mais, sendo fundamental na disseminação de um pensamento nacionalista e da ideologia de um país rumo ao progresso. 
O aumento no valor do benefício Bolsa Família no mês de março foi uma das poucas medidas que fugiram desse cenário. Com o aumento da Bolsa Família, o governo procurava fugir da pecha de governo fiscalista, amenizando as repercussões negativas da postura inflexível do governo com o não aumento do salário mínimo e, por outro, cumprir a promessa de "erradicar a miséria" no país. Os investimentos em infra-estruturar, retomada do PAC 2, Programa Brasil Maior, redução da taxa de juros, redução de IPI de bens manufaturados foram, entre outras, medidas voltadas à retomada e aquecimento da economia. 
Carga tributária no Brasil
 O Brasil é um dos países com maior carga tributária no mundo, cerca de 36% do PIB é representado pelos impostos, principalmente o IPI e o ICMS. Em um estudo realizado pelo Instituto Brasileiro de Planejamento Tributário (IBPT) constatou-se que a carga tributária no preço final dos medicamentos é de 35,07%, taxa elevadíssima se comparado com o preço de outros produtos menos necessários à sobrevivência, como por exemplo, flores (18,91%). Os três principais tributos cobrados dos medicamentossão ICMS, COFINS e Contribuição Previdenciária (INSS). Além desses, são cobrados outros tributos sobre vendas (PIS, IPI e ISS), imposto de renda, tributos sobre o patrimônio (IPTU e IPVA), taxas federais, estaduais e municipais, tributos financeiros (CPMF e IOF), tarifas de importação etc. Desse total o ICMS é o que mais pesa, com alíquota de 17,5% em boa parte dos estados, podendo chegar até os 19% como é o caso do Rio de Janeiro.
Todo esse acumulo de tributos em cima dos medicamentos, pesa principalmente no bolso dos idosos e no orçamento das famílias brasileiras, segundo o levantamento do IBPT, as famílias que sobrevivem com ate um salário mínimo comprometem cerca de 3,09% com remédios, no outro extremo, as famílias com renda superior a 6 mil usam 1,33% dos ganhos para essa finalidade.
A altíssima carga tributaria é um entrave ao crescimento do país. E no caso especifico dos medicamentos, um obstáculo enorme á ampliação do acesso da população aos produtos indispensáveis á qualidade de vida. Enquanto em alguns países o imposto sobre medicamentos é zero, o Brasil é considerado o país que mais cobra tributos no mundo sobre os produtos direcionados á proteção da vida e manutenção da saúde, ainda que a Constituição Federal pregue a preservação da vida e saúde do cidadão.
 causas da mortandade precoce das Micro e Pequenas empresas no Brasil
 Estudo feito pelo SEBRAE (2004) identificou as causas que levaram ao insucesso as empresas no Brasil, evidenciando que um dos principais fatores que tem contribuído para essa situação é a falta de capital de giro (51% das respostas), elemento crucial para o fechamento das empresas segundo os empresários, vindo a seguir a elevada carga tributária (34%), fator apontado em outras pesquisas correlatas do SEBRAE. Acrescentando aos dois fatores problemas financeiros, concorrência muito forte, existência de maus pagadores, falta de clientes, localização inadequada, recessão econômica e ausência de habilidades para gerenciar o negócio.
A pesquisa SEBRAE afirma que "a alta mortalidade das empresas no Brasil está fortemente relacionada, em primeiro lugar, a falhas gerenciais na condução dos negócios, seguida de causas econômicas conjunturais e tributárias" (SEBRAE, 2004, p.16).
Outro estudo do SEBRAE-SP (2008) verificou que, em geral, as causas do fenômeno de mortalidade sofrem pouca variação. A cada novo estudo, constatou-se também que não é possível atribuir a um único fator a causa da mortalidade das empresas. Dentre os fatores contribuintes para o encerramento prematuro dos negócios de empresas paulistas, foram identificados a ausência de um comportamento empreendedor, falta de planejamento prévio, gestão deficiente do negócio, insuficiência de políticas de apoio, flutuações na conjuntura econômica e problemas pessoais dos proprietários.
Chér (1991) atribui a mortalidade das pequenas empresas aos seguintes fatores: a) Inexperiência no ramo de negócios: falta de informação e conhecimento prévio ocasiona falta de competência administrativa, falta de resistência e incapacidade de assumir riscos; b) efeito sanduíche: as empresas compram de grandes fornecedores e vendem para grandes clientes e dessa forma, os preços acabam sendo impostos tanto por parte do fornecedor, com a matéria-prima, quanto pelos compradores com o produto final. Nessa situação, a empresa acaba sendo "devorada"; c) Legislação Tributária; d) baixo volume de crédito e financiamento; e) mão-de-obra desqualificada; f) atendimento excessivo de objetivos pessoais; g) obsolescência de métodos, equipamentos e mentalidade empresarial; h) falta de comunicação entre sócios, funcionários, fornecedores, clientes.
Degen (2005) observou que a falta de conhecimento e habilidades administrativas, mercadológicas, financeiras e tecnológicas são principais razões para o insucesso empresarial. Sendo razões mais importantes: Falta de experiência empresarial; Conhecimento inadequado do mercado; Insuficiência de disponibilidade de capital para iniciar o negócio; Problemas de qualidade de produto; Localização errada; Erros gerenciais no desenvolvimento do negócio; Capitalização excessiva em ativos fixos; Inadimplência de credores; Ineficiência de marketing e vendas; Excessiva centralização gerencial do empreendedor; Crescimento mal planejado; Atitude errada do empreendedor para com o negócio; Erro na avaliação da reação do concorrente; Rápida obsolescência do produto; Abordagem incorreta de vendas; Problemas de produção do produto; Escolha do momento errado para iniciar o empreendimento; Falta ou erros de planejamento do empreendimento, como na projeção de vendas, de custos e do fluxo de caixa.
Felippe et al (2000), numa investigação com empresários que tiveram empresas fechadas em São José dos Campos, estado de São Paulo, concluiu os principais fatores que interferiram na gestão dos empreendimentos: falta de clientes, escassez de capital de giro, carga tributária elevada, ponto inadequado, recessão econômica do país e inadimplência. Neste estudo, o fechamento das empresas parece estar associado à falta de conhecimento sobre o mercado atuante como também a falta de conhecimentos sobre a própria gestão administrativa financeira, pois parcela importante dos proprietários das empresas que se extinguiram não possuía experiência anterior no ramo de atividade onde estava atuando. Além disso, apenas 17,64% dos proprietários entrevistados possuíam formação na área de negócios, fator considerado relevante, exercendo impacto significativo na sobrevivência das empresas.
Yonemoto (1998) observou a influência dos fatores externos e internos no sucesso ou fracasso nas empresas de pequena dimensão, verificando que empreendedores, em geral, entram nos mercados despreparados, e que técnicas e habilidades administrativas são áreas decisivas para o sucesso. Para o autor, as causas de insucesso estariam relacionadas a fatores externos (política, economia, instabilidade de mercado, etc.), fatores internos (fluxo de caixa, finanças, aperfeiçoamento de produto, divulgação, vendas, comercialização, não busca assessoria técnica/profissional, etc.) e fatores relacionados ao perfil do empreendedor (falta de capacitação, competência gerencial, problemas de sucessão, etc.).
Conclusão
Este trabalho foi importante, pois deu pra compreender a importância do conhecimento sobre os negócios do Brasil. Estes estão relacionados, entre outros fatores, as mudanças políticas e econômicas; a carga tributária que é muito elevada em comparação a outros países; a sobrevivência e mortalidade de empresas em especial as Micro e pequenas empresas.
Convêm lembrar que para melhorar o ambiente de negócios no Brasil, é necessário reformas nas macro e microeconomias para construirmos e consolidarmos um ambiente estimulante, desburocratizado, com carga tributária adequada e com fácil acesso ao crédito produtivo e à tecnologia.
REFERÊNCIAS
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Sistema de Ensino Presencial Conectado
Ciências contábeis.
nome do autor: Pablo araújo e silva.
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Castanhal – PA.
2014.
nome do autor: Pablo araújo e silva
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Trabalho de portfólio apresentado à Universidade Norte do Paraná - UNOPAR, como requisito parcial para a obtenção de média bimestral nas disciplinas de Contabilidade Geral, Fundamentos da Administração, Economia, Homem, Cultura e Sociedade.
Orientador: Alcides José da Costa Filho, Mônica Lúcia Sanches, Regina Malassisi, Sérgio de Goes Barboza. 
Castanhal – PA.
2014.

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