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UNIVERSIDADE ESTADUAL DO CEARÁ Centro de Ciências da Saúde Nutrição – Bacharelado Microbiologia Geral Professor José Fernando Mourão Cavalcante RELATÓRIO AULA PRÁTICA 1 COLORAÇÃO DE GRAM Equipe: Camila Girão Oliveira Abdala Esmael do Nascimento Gouveia Igor Rodrigues Firmiano Aguiar Vitor Wagner de Sousa Lacerda Setembro/2018 1 SUMÁRIO 1. INTRODUÇÃO .........................................................................................2 2. MATERIAL E MÉTODO ...........................................................................3 3. RESULTADO E DISCUSSÃO ..................................................................4 FOTOS DAS LÂMINAS ANALISADAS.....................................................5 4. CONCLUSÃO ..........................................................................................6 5. REFERÊNCIAS .......................................................................................7 2 INTRODUÇÃO A coloração de Gram é um procedimento simples que permite a identificação e classificação de bactérias devido à composição bioquímica da parede celular que difere, podendo ser Gram-positiva ou Gram-negativa. Atualmente, é muito utilizada em laboratórios de análises clínicas para o rápido diagnostico e escolha do tratamento adequado de patologias e na microbiologia. Hans Christian Gram foi médico bacteriologista, farmacologista, professor e responsável pelo desenvolvimento do método de Gram, publicado em 1884, o que teria sido uma descoberta acidental enquanto ele observava pulmões de pacientes mortos por pneumonia nos quais observou que a coloração ficava retida principalmente nas bactérias. A partir da microscopia eletrônica e do aperfeiçoamento de analises bioquímicas, foi verificado que a diferença entre bactérias Gram-positivas e Gram-negativas era devido a composição de suas paredes celulares que vai influenciar nas ligações iônicas entre a basicidade do corante e a acidez das células e na diferença de permeabilidade da parede ao álcool. A parede celular de certo grupo de bactérias é fundamentalmente composta por uma camada espessa de peptidoglicano, um polímero constituído por açucares e aminoácidos, que retém o corante básico Violeta Cristal apresentando uma cor roxa, essas bactérias são denominadas Gram-positivas. Já bactérias denominadas Gram-negativas pertencem ao grupo no qual a parede celular apresenta uma camada fina de peptidoglicano, porém envolta por uma membrana externa, essa composta consideravelmente por lipídios que durante o tratamento com álcool é retirado e permite a coloração por meio de Fucsina, retendo no final do processo apenas a cor rosa. Os objetivos da prática ao realizar a coloração de Gram foram aprender o fundamento do método, comparar as estruturas das paredes celulares de bactérias, permitir a observação e ter mais afinidade com a microscopia e ao método de preparação do esfregaço. 3 MATERIAL E MÉTODO Inicialmente foi necessário realizar, em uma lâmina, o esfregaço da cultura bacteriana com o auxílio de uma alça de inoculação esterilizada, e assim, realizar a fixação na chama da Lamparina, tomando os devidos cuidados para não torrar o esfregaço. Logo após a fixação da cultura, cobriu-se o esfregaço com corante de Violeta de cristal (corante primário), deixando atuar por um minuto, corando todas as células no final do tempo cronometrado. Após a retirada do excesso de corante, foi necessário lavar a lâmina em preparo, com água destilada, e, seca-la com papel de filtro sem esfregá-lo para que o movimento mecânico não se danifica a Cultura em estudo. Posteriormente a esse processo, adicionou-se à lâmina uma solução de lugol, aplicando o mesmo tempo, a mesma lavagem e secagem do corante Violeta de cristal. O iodo presente na solução de lugol em reação com o corante primário, produziu um complexo insolúvel mais difícil de ser removido das células, e também, intensificando a cor Violeta. Em seguida, adicionou-se gota a gota de álcool a 95° GL (Gay-Lussac) até que não fosse mais possível retirar o corante da lâmina em preparo, e então realizar, novamente, a etapa de lavagem e secagem, com água destilada e papel de filtro, respectivamente. Logo depois, adicionou-se um corante secundário, uma solução de fucsina (cor avermelhada) para que análise de contraste entre as bactérias Gram- e Gram + fosse percebida, porém diferente do outro corante, esse permaneceu por 5 minutos na amostra sob preparo, lavando-a e secando-a como feito anteriormente. Por fim, com a lâmina pronta, uma gota de óleo de imersão foi adicionada, para que a visualização em microscópio óptico na objetiva de 100x pudesse ser feita. 4 RESULTADO E DISCUSSÃO CULTURA ANALISADA GRAM - NEAGATIVA GRAM - POSITIVA FORMATO CELULAR LN - 29 X COCOS LN - 23 X COCOS LN - 17 X COCOS E. COLI X BACILOS LEVEDURAS - - OVOIDE Inicialmente, utilizamos a lente 4X, resultando em uma ampliação de 40X da cultura estudada. Constatamos que o material, quando submetido a lente 4X, não foi possível distinguir a diferenciação dos microrganismos através das cores. No entanto, posteriormente, verificamos a lâmina com a lente 10X, sem o óleo de imersão e percebemos que não apresentou o contraste necessário para a diferenciação dos microrganismos. Adiante, foi aplicada uma gota do óleo, em seguida, foi possível apurar as características da cultura analisada. Conclui-se que o material analisado após ser tratado por tipos diferentes de corante adquiriu tonalidades desiguais. Logo, foi possível descobrir que a lâmina estudada se tratava de uma bactéria gram-negativa com o formato do tipo cocos. Vale ressaltar, que a lâmina (LN-29) compreendida pela equipe desse relatório foi colhida na cidade de Limoeiro do Norte. 5 RESULTADO E DISCUSSÃO Fotos das lâminas analisadas Lâmina com Bactéria Gram-Negativa Fonte: claraealinebioifes Lâmina com Bactéria E. Coli Fonte: portuguese.alibaba Lâmina com Levedura Fonte: bg11e 6 CONCLUSÃO Conclui-se, que o experimento realizado em sala foi de extrema importância, tendo em vista que a técnica é essencial em laboratórios de microbiologia e em analises clínicas. Tal técnica possibilita o estudo e a classificação das bactérias ligadas às infecções, facilitando e melhorando o trabalho clínico. Nesse sentido, é importante ressaltar que para haver a diferenciação das bactérias GRAM positivas e GRAM negativas é necessária aplicar os métodos criado por Hans Gram. Assim, conclui-se que as bactérias coletadas na cidade Limoeiro do Norte, cultura LN-29, são GRAM negativas e possuem o formato cocos. Essa análise é extremamente importante, pois é de baixo custo, rápida e precisa. 7 REFERÊNCIAS Ham? Gram? Disponível em: <https://claraealinebioifes.wordpress.com/tag/microscopia-optica/>. Acesso em: 14/09/2018. Visualização bacteriana e colorações. Disponível em: <http://www.repositorio.ufc.br/bitstream/riufc/16672/1/2015_liv_jlbmoreira.pdf>.Acesso em: 14/09/2018. Coloração de Gram. Disponível em: <https://www.portalsaofrancisco.com.br/biologia/coloracao-de-gram/>. Acesso em: 14/09/2018. Gram, Hans Christian. Disponível em: <http://knoow.net/ciencterravida/biologia/gram-hans-christian/>. Acesso em: 14/09/2018. Coloração de Gram – O que é bactéria Gram-positiva e Gram-negativa? Disponível em: <https://kasvi.com.br/bacteria-gram-positiva-gram-negativa/>. Acesso em: 14/09/2018. Reprodução Assexuada (bolor e leveduras) Disponível em: < http://bg11e.blogspot.com/2009/12/reproducao-sexuada-nas- plantas.html Acesso em: 14/09/2018. Indivíduo Escherichia Coli lâminas de microbiologia preparado microscópio de vidro Mancha Acesso em: 14/09/2018. Disponível em: < https://portuguese.alibaba.com/product-detail/individual- escherichia-coli-smear-prepared-glass-microscope-microbiology-slides- 60498027718.html Acesso em: 14/09/2018.
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