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CENTRO UNIVERSITÁRIO PRESIDENTE TANCREDO DE ALMEIDA NEVES PLAQUEAMENTO DE AMOSTRAS E TÉCNICA DE COLORAÇÃO GRAM. Camila de Carvalho Elionay Ribeiro Santos Graziele Laís da Silva Jéssica de Assis Silva Cesari Joice Faustino de Souza Luciane Cristina de Carvalho Márjory Nascimento da Trindade Nayara Alexandra Garcia INTRODUÇÃO A contagem total de microrganismos e a análise desses, pode ser realizada através do método de plaqueamento, considerado vantajoso, pois não expõe os microrganismos ao calor do meio fundido, e permite a visualização de características morfológicas e diferentes das colônias. A coloração de Gram é um passo muito importante na caracterização e classificação inicial das bactérias. Esse método de coloração permite que as bactérias sejam visualizadas no microscópio, uma vez que sem a coloração é impossível observá-las ou identificar sua estrutura. O método de coloração de Gram recebeu esse nome em homenagem ao patologista dinamarquês Hans Christian Joachim Gram que realizou a descoberta em 1884 e, aliás, até hoje continua sendo a mais utilizada nos laboratórios de análises clínicas e microbiologia. Através da coloração é possível identificar e diferenciar os dois principais grupos de bactérias, sejam Gram-positivas ou Gram-negativas. O presente relatório apresenta os procedimentos de plaqueamento, e as evidências da estrutura bacteriana, após o método de coloração Gram. OBJETIVOS: Aprender a fazer plaqueamento de diversas amostras aleatórias através da técnica de Swab, analisando por meio da microscopia, os resultados obtidos na prática. Uma segunda prática, envolveu o procedimento de coloração Gram e suas diferenciações. Foi iniciada a aula do dia 9 de Setembro de 2021 com a coleta das seguintes amostras: a do polegar e da tela do celular com auxílio do swab (cotonete) e foram plaqueadas nas Placas de Petri. Para a amostra da tela do celular, dividimos a placa de Petri em dois lados para melhor comparação. Foi coletado também, em três estágios, as bactérias do polegar sendo a primeira com o polegar contaminado, a segunda foi lavada as mãos e a terceira foi higienizada as mãos com álcool em gel. Como a placa foi dividida em quatro repartições, uma delas não será carimbada para usar esse local como controle. Foi utilizado o Bico de Bunsen, onde sairá uma chama. Essa chama será utilizada para evitar a contaminação da placa no ato de abrir e carimbá- la. É de grande importância abrir a placa somente perto da chama. Para que conseguíssemos observar no microscópio as colônias de bactérias formadas foi preciso que aguardássemos até a próxima aula. Figura 1 Fotografada pelas autoras do trabalho. Mostra o ato da contaminação da placa de Petri com as amostras coletadas. Na aula do dia 16 de setembro de 2021 pegamos novamente as placas de petri, já com as colônias de bactérias desenvolvidas e partimos para a etapa da coloração de Gram onde foi possível identificar e caracterizar as bactérias encontradas nas placas. Para iniciarmos a coloração de Gram pegamos as placas contendo as amostras já colonizadas e com o auxílio da alça de inoculação pegamos uma pequena quantidade da colônia e espalhamos o bastante na Lamínula. É muito importante que a placa de petri seja aberta próxima ao Bico de Bunsen no momento da retirada da colônia isolada de bactérias. Em seguida é necessário flambar por alguns segundos, o que significa que iremos pegar a lamínula e pôr em cima do Bico de Bunsen para matar as bactérias que estavam vivas naquele momento. Bactérias mortas, iremos começar a coloração. Em primeiro lugar iremos adicionar uma gota do cristal violeta sobre a colônia na lamínula e aguardar 60 segundos. Passados os segundos foi lavado com água destilada, em seguida adicionado uma gota de Lugol ou iodo chamado de mordente (azul) e aguardar 60 segundos. Foi lavado novamente com água destilada, em seguida lavado com álcool 70º e por fim adicionar a fucsina, deixando- a por 30 segundos, retirando o excesso com água destilada e foram analisadas no microscópio. Figura 2 Fotografada por autoras do trabalho. Placa de Petri contendo dedo polegar com colônias já formadas. Figura 3 Fotografada pelas autoras do trabalho. Materiais citados no relatório para fazer a coloração de Gram. ANÁLISE DAS AMOSTRAS O QUE ACONTECEU COM A MEMBRANA PLASMÁTICA APÓS A COLORAÇÃO DE GRAM? Após feito a coloração de Gram, as bactéria podem apresentar dois grupos: Gram-Positiva ou Gram-Negativa. As bactérias Gram-positivas retêm o cristal violeta devido à presença de uma espessa camada de peptidoglicano (polímero constituído por açúcares e aminoácidos que originam uma espécie de malha na região exterior à membrana celular das bactérias) em suas paredes celulares, apresentando-se na cor roxa. As bactérias Gram-positivas, especialmente os cocos, estão entre os microrganismos mais frequentemente isolados de amostras biológicas humanas em laboratórios de microbiologia. As bactérias Gram-positivas são classificadas pela cor que adquirem após aplicação de um processo químico denominado coloração de Gram. As bactérias Gram-positivas adquirem coloração azul quando essa coloração é aplicada a elas, pois são mais sensíveis à desidratação pelo álcool, que atua fechando os “poros” da parede, retendo no interior da célula o complexo cristal violeta-lugol. Já as bactérias Gram-negativas apresentam o envoltório celular um pouco mais fino, porém mais complexo do que uma bactéria Gram-positiva. Apenas 10 a 20% do envoltório celular consiste em peptidoglicano; o remanescente é formado por vários polissacarídios, proteínas e lipídios. O envoltório celular contém uma membrana externa, que constitui a superfície externa do envoltório, deixando apenas um espaço periplasmático muito estreito. A superfície interna da parede celular é separada da membrana celular por um espaço periplasmático mais largo. As toxinas e as enzimas permanecem no espaço periplasmático em concentrações suficientes para ajudar a destruir substâncias que poderiam prejudicar a bactéria, mas que não prejudicam o organismo que as produz. Se a parede celular for digerida, as bactérias gram-negativas tornam-se esferoplastos, que possuem uma membrana celular e a maior parte da membrana externa. As bactérias gram- negativas não retêm o corante cristal violeta-iodo durante o processo de descoloração, devido, em parte, aos seus envoltórios celulares finos e, em parte, às quantidades relativamente grandes de lipoproteínas e lipopolissacarídios na parede. Então as bactérias Gram-negativas apresenta a coloração róseo-avermelhado, dessa forma que conseguimos identificá-las e diferenciá-las das gram-positivas. QUAL A IMOIRTANCIA DA COLORAÇÃO DE GRAM? A coloração de Gram é um passo muito importante na caracterização e classificação inicial das bactérias. Afinal, esse método de coloração permite que as bactérias sejam visualizadas no microscópio óptico, uma vez que sem a coloração é impossível observá-las ou identificar sua estrutura. Assim, por meio da coloração de Gram é possível verificar, além da forma da bactéria, a cor que adquirem, sendo esse resultado importante para sejam definidas outras estratégias de identificação da espécie bacteriana e para que o médico indique um tratamento preventivo de acordo com as características observadas microscopicamente IMPORTÂNCIA DAS BACTÉRIAS PARA NOSSO ORGANISMO. As bactérias não são apenas causadoras de doenças, mas também são essenciais em várias funções, como por exemplo: na produção de antibióticos e laticínios, além de auxiliarem no funcionamento do nosso organismo. CONSIDERAÇÕES FINAIS A coloração de Gram, é de fato, um método muito importante utilizado já a muitos anos e vem trazendo a mesma eficácia até os dias de hoje. Foi estudada a forma dese fazer a coloração de Gram, materiais necessários e a importância do cuidado e atenção para com as amostras na hora do plaqueamento para menor contaminação exterior à placa, pois o manuseio incorreto pode comprometer todo experimento de forma a ter que refazer toda a pesquisa. Enfim, ao analisarmos as amostras, foi possível observar uma variedade de morfologias em apenas uma pequena parte retirada das colônias de bactérias formadas nas placas. REFERÊNCIAS TAVARES, WalterBactérias gram-positivas problemas: resistência do estafilococo, do enterococo e do pneumococo aos antimicrobianos. Revista da Sociedade Brasileira de Medicina Tropical [online]. 2000, v. 33, n. 3 [Acessado 18 Setembro 2021], pp. 281-301. Disponível em: <https://doi.org/10.1590/S0037-86822000000300008>. Epub 22 Ago 2000. ISSN 1678-9849. https://doi.org/10.1590/S0037-86822000000300008. KASAVI. Coloração de Gram – O que é bactéria Gram-positiva e Gram-negativa?Disponível em: https://kasvi.com.br/bacteria-gram-positiva-gram- negativa/#:~:text=As%20bact%C3%A9rias%20Gram%2Dpositivas%20ret%C3%A9m,aprese ntando%2Dse%20na%20cor%20roxa.. Acesso em: 21 set. 2021. COPYRIGHT.GRAM POSITIVAS. 2008. Disponível em: https://www.anvisa.gov.br/servicosaude/controle/rede_rm/cursos/boas_praticas/modulo4/intr_ sta.htm. Acesso em: 21 set. 2021. G., BJ Microbiologia - Fundamentos e Perspectivas. Guanabara Koogan: Grupo GEN, 2021. 9788527737326. Disponível em: https://integrada.minhabiblioteca.com.br/#/books/9788527737326/. Acesso em: 23 set. 2021. https://doi.org/10.1590/S0037-86822000000300008
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