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INTEMPERISMO FORMAÇÃO SOLO

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07/10/2015
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INTEMPERISMO E 
FORMAÇÃO DO SOLO
Prof. Ms. Osvaldo Rodrigues Lopes
Ciclo das rochas
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Intemperismo
• Conjunto de processos físicos 
(desagregação) e químicos (decomposição) 
atuantes sobre as rochas na superfície e 
responsáveis por suas modificações 
(morfologia, resistência, textura, 
composição química, estrutura cristalina)
– Produtos
• Rocha alterada 
• Solo (produto final do intemperismo)
Pedogênese
(formação do solo)
• As modificações promovidas na rocha 
pelo intemperismo, além de químicas e 
mineralógicas, tornam-se estruturais, com 
importante reorganização e transferência 
dos minerais formadores do solo.
– Principalmente argilominerais e oxi-hidróxidos 
de ferro e alumínio
– O resultado é o desenvolvimento de um perfil 
de alteração ou perfil do solo
Perfil do solo
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Tipos de Intemperismo
• Físico – desagregação das rochas; 
fragmentação dos minerais; material 
friável
• Químico – decomposição química dos 
minerais; 
– baixa pressão e temperatura; riqueza de água 
e oxigênio
• instabilidade/desequilíbrio – reações químicas
Ação biológica
• Participação de organismos vivos ou da 
matéria orgânica nos processos 
intempéricos
• Intemperismo físico-biológico
– Ação do crescimento das raízes
• Intemperismo químico-biológico
– Aumento da acidez da água
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Intemperismo Físico
• Variações da temperatura – diária e 
sazonal (climática); dilatação e contração 
dos corpos rochosos
• Alívio de pressão – ascensão de corpos 
rochosos; expansão e fraturamento –
juntas de alívio 
• Ação do gelo – congelamento da água em 
fissuras
• Crescimento de raízes de plantas
O soerguimento da região 
ou erosão do material 
sobreposto provoca a 
expansão do corpo 
rochoso devido alívio de 
pressão. As fraturas 
geradas servem de 
caminhos para a 
percolação das águas 
que promovem a 
alteração química. a) 
antes da erosão; b) 
depois da erosão.
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Intemperismo Químico
• Processos químicos – decomposição das 
rochas
– Principal agente – água da chuva; interação 
com o CO2 atmosférico + matéria orgânica 
dos solos – diminuição do pH – acidez 
• Principais reações
– Hidratação – água na estrutura do mineral
– Hidrólise – H+ e OH– dissociados na água
– Dissolução – solubilização completa; calcita
– Oxidação – Fe+ + → Fe+ + +
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Intemperismo Químico
• Resultados do intemperismo químico
– Fase solúvel: são transportados pelas águas 
que drenam o perfil de alteração
– Fase residual: material que permanece no 
perfil
• Minerais primários: resistem a ação intempérica
• Minerais secundários: formados pela precipitação 
química
– Esfoliação esferoidal
Esfoliação esferoidal
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Esfoliação esferoidal
Fatores que controlam a ação 
intempérica
PRINCIPAIS FATORES
• Material de origem (ou material parental)
– tipo de rocha – rocha mãe
• Clima
• Topografia
• Biosfera
• Tempo
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Série de Goldich e estabilidade dos 
minerais em condições atmosféricas
Série de Goldich: 
ordem de
estabilidade frente 
ao intemperismo 
dos minerais mais 
comuns. 
Comparação com a 
série de 
cristalização 
magmática de 
Bowen
Fonte: Decifrando a Terra / 
TEIXEIRA, TOLEDO, FAIRCHILD e 
TAIOLI São Paulo: Oficina de 
Textos, 2000.
CLIMA
• Isoladamente, o que exerce maior 
influência no intemperismo
• Determina o tipo predominante de 
intemperismo
• Determina a velocidade do intemperismo
• Precipitação e temperatura regulam o tipo 
e a velocidade das reações químicas, bem 
como processos físicos (erosão, dilatação 
térmica)
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Intemperismo predominante
• Os processos de intemperismo físico e 
químico não ocorrem isolados, mas 
simultaneamente
• Conforme as condições climáticas, podem 
predominar os processos de intemperismo 
físico ou de intemperismo químico
• Em climas secos (frios ou quentes) 
predomina o intemperismo físico; em climas 
úmidos predomina o intemperismo químico
TOPOGRAFIA
• Regula a velocidade de escoamento 
superficial das águas pluviais, que 
também depende da cobertura vegetal:
– Controla a quantidade de água que se infiltra 
nos perfis
– Influencia na drenagem das águas 
superficiais, refletindo no transporte de 
sedimentos. 
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BIOSFERA
• Matéria orgânica em decomposição –
libera CO2
– Como consequência diminui o pH das águas 
de infiltração
• Raízes das plantas – pH na faixa de 2 a 4
– Reflete na solubilidade dos elementos 
químicos (Al, K, outros)
• Al – pouco solúvel em condições normais de pH e 
muito solúvel em pH abaixo de 4
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TEMPO
• Depende de outros fatores que controlam 
o intemperismo
– Em climas agressivos: 20 a 50 metros por 
Milhão de ano
– Climas Frios: superfícies graníticas cobertas 
de gelo a cerca de 10 000 anos apresentam 
um manto de alteração de poucos milímetros 
de espessura
Sugestões de Leitura
• Decifrando a Terra. Capítulo 8 –
Intemperismo e formação do Solo.
• OLIVEIRA, A. M. S & BRITO, S.N.A (Eds). 
1998. Geologia de Engenharia. São 
Paulo. Associação Brasileira de Geologia 
de Engenharia – ABGE. 586p. 
– Capítulo 6 – Solos em Pedologia
– Capítulo 12 – Caracterização e Classificação 
de Solos
Apêndice
Os horizontes e suas características
Horizonte Características
O
Camada orgânica superficial. É constituído por detritos vegetais e substâncias húmicas 
acumuladas na superfície, ou seja, em ambientes onde a água não se acumula (ocorre 
drenagem). É bem visível em áreas de floresta e distingui-se pela coloração escura e 
pelo conteúdo em matéria orgânica (no mínimo 20%).
A
Camada mineral superficial adjacente à camada O ou H. É o horizonte onde ocorre 
grande atividade biológica o que lhe confere coloração escurecida pela presença de 
matéria orgânica. Existem diferentes tipos de horizontes A, dependendo de seus 
ambientes de formação. Esta camada apresenta maior quantidade de matéria orgânica 
que os horizontes subjacentes B e C.
E
Horizonte situado abaixo do horizonte A. Apresenta menor quantidade de matéria 
orgânica, e acúmulo de compostos de ferro e argilo minerais. Ocorre concentração de 
minerais resistentes, como quartzo em pequenas partículas (areia e silte). 
B
Horizonte situado sob A ou E. O mais importante no diagnóstico para diferenciação das 
classes do solo (classificação). É o horizonte de máximo acúmulo, com bom 
desenvolvimento estrutural.
C
Horizonte relativamente pouco afetado por processos pedogenéticos, formado a partir 
da decomposição das rochas ou sedimentos. Regolito. Saprólito.

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