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Microbiologia - Resumo IV - Doenças microbianas do sistema digestivo

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Doenças microbianas do sistema digestivo
Resumo IV - Microbiologia
Tortora
 Introdução
As doenças do sistema digestivo são a segunda doença mais comum nos Estados Unidos.
As doenças do sistema digestivo geralmente resultam da ingestão de microrganismos e suas toxinas no alimento e na água.
O ciclo fecal-oral de transmissão pode ser interrompido pela disposição correta do esgoto, a desinfecção da água potável e o preparo e armazenamento corretos do alimento.
Estrutura e função do sistema digestivo
O trato gastrintestinal (GI), ou canal alimentar, consiste de boca, faringe, esôfago, estômago, intestino delgado e intestino grosso.
Os dentes, língua, glândulas salivares, fígado, vesícula biliar e pâncreas são estruturas acessórias.
No trato GI, com o auxílio mecânico e químico das estruturas acessórias, as moléculas grandes de alimento são degradadas em moléculas menores, que podem ser transportadas através do sangue ou da linfa para as células.
As fezes, os resíduos sólidos da digestão, são eliminadas através do ânus.
Microbiota normal do sistema digestivo
Grandes números de bactérias colonizam a boca.
O estômago e o intestino delgado têm poucos microrganismos residentes.
O intestino grosso é o habitat de Lactobacillus, Bacteroides, E. coli, Enterobacter, Klebsielle e Proteus. 
As bactérias do intestino grosso ajudam a degradar o alimento e sintetizar as vitaminas.
Até 40% da massa fecal consiste de célula microbianas.
Doenças bacterianas da boca
 Cáries dentárias
As cáries dentárias começam quando o esmalte e a dentina dos dentes sofrem erosão e a polpa é exposta á infecção bacteriana.
Streptococcus mutans, encontrado na boca, usa sacarose para formar dextrana a partir de glicose e ácido lático da frutose.
As bactérias aderem aos dentes e produzem dextrana adesiva, formando a placa dentária.
O ácido produzido durante a fermentação dos carboidratos destrói o esmalte do dente no local da placa.
Os bastonetes gram-positivos e as bactérias filamentosas podem penetrar na dentina e na polpa.
Os carboidratos como amido, manitol, sorbitol e xilitol não são usados pelas bactérias cariogênicas para produzir dextrana, e não promovem cárie dentária.
As cáries são prevenidas restringindo a ingestão de sacarose e pela remoção física da placa.
 Doença peri-odôntica
Cáries do cemento e gengivite são causadas por estreptococos, actinomicetes e bactérias aeróbicas gram-negativas.
A doença crônica da gengiva (peri-odontite) pode causar destruição óssea e perda dos dentes; a peri-odontite se deve a uma resposta inflamatória a uma série de bactérias que crescem nas gengivas.
A gengivite ulcerativa necrosante aguda é causada pela Prevotella intermedia e espiroquetas.
Doenças bacterianas do sistema digestivo inferior
Uma infecção gastrintestinal é causada pelo crescimento de um patógeno nos intestinos.
O período de incubação, o tempo necessário para o crescimento das células bacterianas e seus produtos para produzir sintomas, varia de 12 horas a 2 semanas. Os sintomas de infecção geralmente incluem febre.
Uma intoxicação bacteriana resulta da ingestão de toxinas bacterianas pré-formadas.
Os sintomas surgem de 1 a 48 horas após a ingestão da toxina. A febre normalmente não é um sintoma de intoxicação.
As infecções e intoxicações causam diarreia, disenteria ou gastrenterite.
Essas condições geralmente são tratadas com reposição de líquidos e eletrólitos.
 Intoxicação alimentar estafilocócica (êntero-toxicose estafilocócica)
A intoxicação alimentar estafilocócica é causada pela ingestão de uma êntero-toxina produzida em alimentos armazenados incorretamente.
S. aureus é inoculado nos alimentos durante o preparo. As bactérias crescem e produzem êntero-toxina no alimento preservado na temperatura ambiente.
A fervura por 30 minutos não é suficiente para desnaturar a exo-toxina.
Os alimentos com alta pressão osmótica e aqueles que não são cozidos imediatamente antes do consumo são mais frequentemente a fonte da êntero-toxina estafilocócica.
O diagnóstico se baseia nos sintomas. Náuseas, vômitos e diarreia começam de 1 a 6 horas após a ingestão e duram cerca de 24 horas.
A identificação laboratorial de S. aureus de alimentos isolados é usada para detectar a fonte da contaminação.
Existem testes sorológicos para detectar toxinas em alimentos.
 Shigelose (disenteria bacilar)
A shigelose é causada por quatro espécies de Shigella.
Os sintomas incluem sangue e muco nas fezes, cólicas abdominais e febre. As infecções por Shigella dysenteriae resultam em ulceração da mucosa intestinal.
A shigelose é diagnóstica por meio do isolamento e identificação das bactérias por raspado retal.
 Salmonelose (gastrenterite por Salmonella)
A salmonelose, ou gastrenterite por Salmonella, é causada por muitas espécies de Salmonella.
Os sintomas incluem náuseas, dor abdominal e diarreia e começam de 12 a 36 horas após ingerir grandes números de Salmonella. O choque séptico pode ocorrer em lactentes e idosos.
Febre pode ser causada pela endo-toxina.
A mortalidade é inferior a 1%, e a recuperação pode resultar em um estado de portador.
Aquecer o alimento a 68ºC normalmente mata a Salmonella.
O diagnóstico laboratorial e baseado no isolamento e na identificação da Salmonella nas fezes e nos alimentos.
 Febre tifoide
Samonella typhi causa a febre tifoide; as bactérias são transmitidas pelo contato com fezes humanas.
Febre e mal-estar ocorrem após um período de incubação de 2 semanas. Os sintomas duram de 2 a 3 semanas.
Samonella typhi se aloja na vesícula biliar dos portadores.
Existem vacinas para pessoas de alto risco.
 Cólera
Vibrae cholarae O:1 e O:139 produzem uma exo-toxina que altera a permeabilidade da membrana da mucosa intestinal; os vômitos e a diarreia resultantes causam perda dos líquidos corporais.
O período de incubação é de aproximadamente 3 dias. OS sintomas duram poucos dias. A cólera não tratada tem uma taxa de mortalidade de 50%.
O diagnóstico é baseado no isolamento de Vibrio nas fezes.
A reposição de líquido e eletrólitos fornece um tratamento eficaz.
 Vibriões não-coléricos
A ingestão de outros sorotipos de Vibrio cholerae pode resultar em diarreia leve.
A gastroenterite por Vibrio pode ser causada por Vibrio parahaemolyticus e Vibrio vulnificus.
Essas doenças são contraídas ingerindo crustáceos ou moluscos contaminados.
 Gastroenterite por Escheria Coli
A gastroenterite de Escheria coli pode ser causada por linhagens hétero-toxigênicas ou êntero-invasivas de Escheria coli.
A doença ocorre como diarreia epidêmica em enfermarias e como diarreia do viajante.
Em adultos, a doença geralmente é auto-limitada e não requer químio-terapia.
Escheria coli entero-hemorrágica, como a Escheria coli O157:H7, produz toxinas Shiga, que causam inflamação e sangramento do cólon, incluindo colite hemorrágica e síndrome hemolítica-urêmica.
As toxinas Shiga podem afetar os rins, causando síndrome hemolítica-urêmica.
 Gastroenterite por Campylobacter
Compylobacter é a segunda causa mais comum de diarreia nos Estados Unidos.
Compylobacter é transmitido no leite de vaca.
 Úlcera péptica por Helicobacter
Helicobacter pylori produz amônia, que neutraliza o ácido do estômago; as bactérias colonizam a mucosa do estômago e causam úlcera péptica.
O bismuto e vários antibióticos podem ser úteis no tratamento da úlcera péptica.
 Gastroenterite por Yersinia
Yersinia enterocolitica e Yirsinia pseudotuberculosis são transmitidas na carne e no leite.
Yersinia pode crescer em temperaturas de refrigeradores.
 Gastroenterite por Clostridium perfrigens
Clostridium perfringens causa uma gastroenterite auto-limitado.
Os endosporos sobrevivem ao aquecimento e germinam quando os alimentos (geralmente carnes) são armazenadosna temperatura ambiente.
A exo-toxina produzida quando as bactérias crescem nos intestinos é responsável pelos sintomas.
O diagnóstico é baseado no isolamento e identificação das bactérias em amostras de fezes.
 Gastroenterite por Bacillus cereus
A ingestão de alimentos contaminados com o saprófito do solo Bacillus cereus pode resultar em diarreia, náuseas e vômitos.
 
Doenças virais do sistema digestivo
 Caxumba
 
O vírus da caxumba entra e sai do corpo através do trato respiratório.
Cerca de 16 a 18 dias após a exposição, o vírus causa inflamação das glândulas parótidas, febre e dor durante a deglutição. Cerca de 4 a 7 dias depois, pode ocorrer orquite.
Após o início dos sintomas, o vírus é encontrado no sangue, na saliva e na urina.
Existe uma vacina contra o sarampo, a caxumba e a rubéola (MMR).
O diagnóstico é baseado nos sintomas ou em um teste ELISA realizado em vírus cultivados em ovos embrionados ou cultura de células.
 Hepatite
A inflamação do fígado é denominada hepatite. OS sintomas incluem perda de apetite, mal-estar, febre e icterícia.
As causas virais da hepatite incluem os vírus da hepatite, o vírus Epstein-Barr (VEB) e o citomegalovírus (CMV).
 
 Hepatite A
O vírus da hepatite A (HAV) causa hepatite A; pelo menos 50% de todos os casos são sub-clínicos.
O HAV é ingerido em alimento ou água contaminados, cresce nas células da mucosa intestinal e se dissemina para o fígado, rins e baço através do sangue.
O vírus é eliminado nas fezes.
O período de incubação é de 2 a 6 semanas; o período de doença é de 2 a 21 dias, e a recuperação se completa em 4 a 6 semanas.
O diagnóstico é baseado em testes para anticorpos IgM.
Existe uma vacina disponível. A imunização passiva pode fornecer proteção temporária.
 Hepatite B
O vírus da hepatite B (HBV) causa a hepatite B, que frequentemente é séria.
O HBV é transmitido por transfusões de sangue, seringas contaminadas, saliva, suor, leite materno e sêmen.
O sangue é testado para HbsAg antes e ser usado em transfusões.
O período média de incubação é de 3 meses; a recuperação geralmente é completa, mas alguns pacientes desenvolvem uma infecção crônica ou tornam-se portadores.
Existe uma vacina contra o HbsAG.
 Hepatite C
O vírus da hepatite C (HCV) é transmitido pelo sangue.
O período de incubação é de 2 a 22 semanas; a doença geralmente é leve, mas alguns pacientes desenvolvem hepatite crônica.
O sangue é testado para anticorpos anti-HCV antes de ser usado em transfusões.
 Hepatite D (Hepatite Delta)
O vírus da hepatite D (HDV) tem uma fita circular de RNA e usa o HbsAg como revestimento.
 Hepatite E
O vírus da hepatite E (HEV) dissemina-se por via fecal-oral.
 Outros tipos de hepatite
Existem evidências dos tipos de hepatite F e G.
 Gastroenterite viral
A gastroenterite viral é mais frequentemente causada por um rotavírus ou calcivírus humanos, mais conhecido como a família de vírus Norwalk ou norovírus.
Doenças fúngicas do sistema digestivo
Mico-toxinas são toxinas produzidas por alguns fungos.
As mico-toxinas afetam o sangue, o sistema nervoso, os rins ou o fígado.
 Envenenamento por Ergot
O envenenamento por Ergot, ou ergotismo, é causado pela mico-toxina produzida por Clavipecs purpurea.
Os grãos de cereais são os vegetais mais frequentemente contaminados com a mico-toxina do Claviceps
 Envenenamento por Aflatoxina
A aflatoxina é uma mico-toxina produzida por Aspergillus flavus.
O amendoin é a cultura mais frequentemente contaminada com a aflatoxina.
Doenças do sistema digestivo causadas por protozoários
 Giardíase
Giardia lamblia cresce nos intestinos dos seres humanos e animais selvagens, e é transmitida por água contaminada.
Os sintomas da giardíase são mal-estar, náuseas, flatulência, fraqueza e cólicas abdominais que persistem por semanas.
O diagnóstico é baseado na identificação do protozoário no intestino delgado.
Criptosporidiose
Cyrptosporidium parvum causa diarreia; em pacientes imuno-deprimidos, a doença prolonga-se por meses.
O patógeno é transmitido pela água contaminada.
O diagnóstico é baseado na identificação de oocistos nas fezes.
 Infecção diarreica por Cyclospora
Cyclospora cayetanensis causa diarreia; o protozoário foi identificado pela primeira vez em 1993.
Ele é transmitido por produtos vegetais contaminados.
O diagnóstico é baseado na identificação de oocistos nas fezes.
 Desinteria Amebiana (amebíase)
A disenteria amebiana é causada pela Entamoeba histolytica crescendo no intestino grosso.
A ameba se alimenta das hemácias e dos tecidos do trato GI. As infecções severas resultam em abscessos.
O diagnóstico é confirmado observando trofozoítos nas fezes e por meio de vários testes sorológicos.
Doenças helmínticas do sistema digestivo
 Tênias
 
As tênias são contraídas pelo consumo de carne mal-cozida de gado, porco ou peixe, contendo larvas encistadas (cisticercos).
O escólex se fixa á mucosa intestinal dos seres humanos (o hospedeiro definitivo) e amadurece em tênia adulta.
Os ovos são disseminados nas fezes e devem ser ingeridos por um hospedeiro intermediário.
As tênias adultas podem passar despercebidas em um ser humano.
O diagnóstico é baseado na observação de proglótides e ovos nas fezes.
A neuro-cisticercose em seres humanos ocorre quando a larva da tênia do porco encista em seres humanos.
 Hidatidose
Os seres humanos infestados com a tênia Echinococcus granulosus podem ter cistos hidáticos em seus pulmões ou em outros órgãos.
Cães e lobos normalmente são os hospedeiros definitivos, e as ovelhas ou cervos são os hospedeiros intermediários do Echinococcus granulosus.
 Nematódeos
 Vermes oxiúros
Os seres humanos são o hospedeiro definitivo do verme oxiúro Enterobius vermiculares.
A doença é adquirida ingerindo ovos de Enterobius.
 Ancilóstomos
As larvas de ancilóstomos penetram através da pele e migram até o intestino, para amadurecer em adultos.
No solo, as larvas de ancilóstomos eclodem de ovos disseminados nas fezes.
 Ascaridíase
Os adultos de Ascaris lumbricoides vivem no intestino humano.
A doença é adquirida ingerindo ovos de Ascaris.
 Triquinose
As larvas de Trichinella spiralis encistam-se nos músculos dos seres humanos e outros mamíferos, causando triquinose.
O verme é contraído ingerindo carne mal-cozida contendo larvas.
Os adultos amadurecem no intestino e colocam ovos; as novas larvas migram para invadir os músculos.
Os sintomas incluem febre, edema em torno dos olhos e desconforto gastrintestinal.
As amostras de biópsia e testes sorológicos são usados para o diagnóstico.

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