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Vigiar e Punir MichelFoucault

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Vigiar e Punir , História de Violência nas Prisões 	 
Michel Foucault 
 
“É mais fácil desintegrar um átomo do que um preconceito” Albert Einstein
Crime x Literatura 
 
Justificativa 
 
	Na Obra Vigiar e Punir, o autor expõe a evolução histórica e as dificuldades da sociedade e do poder punitivo para encarar a criminalidade, dividindo a obra em quatro partes. A primeira parte, está subdividida em dois capítulos, sendo o primeiro intitulado “O corpo dos condenados” e “Ostentação dos suplícios”. A segunda parte, chamada de “Punição”, também está subdividida em dois capítulos sendo “Punição Generalizada” e “Mitigação das Penas”. A terceira parte, intitulado de “Disciplina” , mostra-se em três subcapítulos; “Os corpos dóceis”, “Os recursos para o bom adestramento” e “Panoptismo”. E finaliza a obra com a quarta parte chamada “Prisão”; também formada por subcapítulos, quais sejam “Instituições completas e austeras”, “Ilegalidade e delinquência” e “Carcerário”. 
 
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Objetos e objetivos da criminologia 
 
			Vigiar e Punir aborda o problema da institucionalização do poder que deixou marcas profundas nas pesquisas históricas e sociológicas. O livro traz a compreensão de que o poder não é só uma força exercida, mas está nas sociedades. Mostra que na Monarquia Absoluta, o rei controla as leis de acordo com sua vontade. A forma de punição era as execuções em lugares públicos, com a população de plateia a fim de demonstrar força e impedir que tais ações se repetissem. Ao condenado, além de ser condenado impiedosamente, era obrigado a assumir sua culpa publicamente e posteriormente eram mortos pelas mesmas armas usadas em seus crimes. Para Foucault a disciplina também se manifesta nas escolas, indústrias e forças armadas modernas, justamente como maneira de exercer o poder de produzir sujeitos.
			O Estado utilizava-se das execuções e torturas para fazer valer seu poder, contudo, essa tal demonstração muita das vezes desencadeava repúdio na população. O que era para ser considerado um exemplo do que não fazer, se tornava repúdio ao governo e ao soberano. Sem a chance de declarar inocente, o réu era condenado sem ter conhecimento dos autos processuais, e quanto as testemunhas, só valeria se fossem nobres, se fossem de outra classe, nada valeria citá-las.
		 
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O autor
Michel Foucault 15 de Outubro de 1926 , Poitiers (França) - 25 de Junho de 1984(57 anos), Paris(França). 
			Michel Foucault tinha uma tensa relação como seu pai, que chegou a interná-lo aos 22 anos de idade acusando-o de ser louco após várias tentativas de suicídio. Na idade adulta, Foucault entrou para a Escola Normal Superior de Paris, onde desenvolveu seu interesse por filosofia e viveu durante o contexto da 2º guerra Mundial, o que fez se interessar ainda mais pelas ciências humanas. Seu pensamento foi muito influente para grupos acadêmicos e para ativistas. Em 1979, renega os modos tradicionais de analisar o poder e procurar realizar suas análises não de forma dedutiva, mas sim indutiva. Passou a interessar-se pelos locais onde a lei realmente era aplicada, como em hospitais psiquiátricos, forças policiais, etc. São locais preferidos do pensador para a compreensão das forças reais e ações como as quais devemos realmente nos preocupar. 
 
Conclusão
			
			Apesar da obra de Michel Foucault ter sido escrita em outra época, pode-se observar que pode ser considerada atual, visto que a preocupação em ter uma pena adequada, uma lei anterior definindo o que é lícito e o que não é, a possibilidade do réu se declarar inocente e assim provar tal fato, é um assunto que até nos tempos atuais é buscado pelo ordenamento. Sua leitura, mostra que é de suma importância buscar sempre a forma humanizada de resolver a lide e ao estudante de direito inspira lutar de forma justa contra as imposições desiguais do Estado aos cidadãos, buscando a igualdade processual e penal. A criação dos Direitos Humanos, a colocação dos princípios nas Constituições, por exemplo a ampla defesa e o contraditório, legalidade entre outros princípios, como fundamentos primários para a criação de leis e decretos, são uma das várias ferramentas que tem como objetivo de evitar tratamentos degradantes às pessoas que se encontrarem como réus na atualidade, e o operador do direito tem que respeitar e procurar sempre seguir esses preceitos que devem ser respeitados nas relações entre as pessoas. A obra de Foucault aborda esse senso de justiça que deve estar nos olhos de quem procura no Direito, meios de igualar a todos, sem olhar a quem o direito se destina, buscando assim um sentimento de justiça nos processos em toda decisão tomada pelo Estado na forma de Jurisdição.
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Referências bibliográficas: 
FOUCAULT, M. "Soberania e disciplina". In: Microfísica do poder. Rio de Janeiro: Graal, 1979. 
GUATTARI, F.; ROLNIK, S. "Cultura:​ um conceito reacionário?".​ In: Micropolítica: cartografias do desejo. Petrópolis: Vozes, 1996. 
MILLER, James. The​ Passion of Michel Foucault . New York: Simon and Schuster, 1993. 
MARSHALL, J. On​ what we may hope: Rorty on Dewey and Foucault. Studies in Philosophy and Education, New York, v. 13, n. 3-4, p. 307-323, Sept. 1994.

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