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ATIVIDADES DE PRÁTICA DE PROCESSO PENAL. 01 - Procópio está sendo processado pela prática do delito do artigo 184, "caput", do Código Penal, por Maurício da Silva, autor da obra literária "Minha Vida, Meus Amores". Na inicial, distribuída em 14 de março de 2018, o querelante acusa o querelado de ter-se utilizado de trecho de obra intelectual de sua autoria, sem a devida autorização, em jornal da sociedade de amigos de bairro da qual aquele faz parte, que circulou no mês de dezembro de 2017. A vestibular veio acompanhada tão-somente da procuração que atende os requisitos do artigo 44, do Código de Processo Penal observado as formalidades legais dos crimes contra a honra a inicial foi recebida pelo juízo do Juizado Especial Criminal da Capital - Curitiba, o qual determinou a citação do querelado, tendo sido os autos de processo devidamente instruído, com a designação de audiência de instrução, após houve a concessão do prazo para as partes manifestar-se, tendo a intimação do querelado se efetivado em 13 de maio de 2018 inclusive. Questiona-se: 1 - Qual a denominação da medida judicial cabível e qual o fundamento legal? 2 - Qual tese defensiva deverá ser argüida? 3 - Qual o prazo para apresentação da medida a ser pleiteada, indicando o último dia? 4 - Qual o pedido que deverá ser formulado? 02 - "A" é titular da empresa ABC Produtos Veterinários, que atua na distribuição de medicamentos na cidade de São Paulo. Seus vendedores "B" e "C", contrariando normas da empresa e sem o conhecimento de "A", mediante o uso de notas fiscais falsas, efetuaram vendas de produtos para "D", "E" e "F", recebendo os valores e não entregando as mercadorias. Após regular inquérito policial, o Promotor de Justiça em exercício na 1ª Vara Criminal da Capital denunciou somente "A" por estelionato na forma continuada, porque seria o proprietário da empresa, requerendo o arquivamento em relação à "B" e "C". O Meritíssimo Juiz recebeu a denúncia, estando designado o dia 03 de julho de 2018 para interrogatório. "A" não preenche os requisitos para beneficiar-se da Lei Federal 9.099/95. Qual medida judicial poderá ser adotada em seu favor? Indique o fundamento legal e justifique a adoção da medida escolhida. 03 - Protágoras encontra-se preso há 18 dias em virtude de auto da prisão em flagrante, lavrado por infração ao artigo 250, parágrafo 1º, inciso I, do Código Penal. O laudo do instituto de criminalística ainda não foi elaborado, estando o inquérito policial aguardando a sua feitura. O juízo competente, que se encontra na posse da cópia do auto da prisão em flagrante, indeferiu o pedido de relaxamento desta, por excesso de prazo, sob o fundamento de que a gravidade do fato impõe a segregação de Protágoras. QUESTÃO: Com o objetivo de conseguir a liberdade de Protágoras, indique qual a medida judicial cabível. 04 - Agostinho registra grande número de condenações por crimes contra o patrimônio e já cumpriu parte da pena em regime fechado. Estava em gozo de livramento condicional, veio a ser autuado em flagrante e foi denunciado por roubo simples. Encerrada a instrução probatória, em fase oportuna, o Ministério Público pleiteia a condenação de Agostinho, sustentando que a prova é suficiente para tanto, especialmente pelos maus antecedentes. Permanece preso. Consta dos autos que tem trâmite na 1 a Vara Criminal de Londrina, que Agostinho ingressou na farmácia de Thomas, o qual desconfiou "daquele mal encarado" e avançou contra este imobilizando-o até a chegada da polícia. Agostinho, sempre alegou que fora comprar remédio. QUESTÃO: Como advogado de Agostinho, indique qual a medida judicial pertinente. 05 - João da Silva foi preso em flagrante delito, pois no dia 10 de janeiro do corrente ano, por volta das 10:00 horas, fazendo uso de uma arma de fogo, tentou efetuar disparos contra seu vizinho Antônio Miranda. Foi denunciado pelo representante do Ministério Público como incurso nas sanções do artigo 121 caput, c.c. o artigo 14, inciso II, ambos do Código Penal, porque teria agido com animus necandi. Segundo o apurado na instrução criminal, uma semana antes dos fatos, o acusado, planejando matar Antônio, pediu emprestada a um colega de trabalho, uma arma de fogo e quantidade de balas suficiente para abastecê-la completamente, guardando-a eficazmente municiada. Seu filho, a quem confidenciara seu plano, sem que o acusado percebesse, retirou todas as balas do tambor do revólver. No dia seguinte, conforme já esperava, João encontrou Antônio em um ponto de ônibus e, sacando da arma, acionou o gatilho diversas vezes, não atingindo a vítima, em face de ter sido a arma desmuniciada anteriormente. Dos autos consta o laudo pericial da arma apreendida, a confissão do acusado e as declarações da vítima e do filho do acusado. Por ser primário, o Juiz de primeiro grau concedeu ao acusado o direito de defender-se solto. As alegações finais de acusação foram oferecidas pelo representante do Ministério Público, requerendo a condenação do acusado nos exatos termos da denúncia. A intimação da defesa se deu em 04 de junho de 2018. 1 - Qual a autoridade competente para apreciar a medida a ser pleiteada? 2 - Qual a denominação da medida judicial cabível e qual o fundamento legal? 3 - Qual tese defensiva deverá ser argüida? 4 - Qual o prazo para apresentação da medida a ser pleiteada, indicando o último dia? 5 - Qual o pedido que deverá ser formulado? 06 - José, funcionário público com 38 anos de idade, casado, pai de três filhos, estava trabalhando em presídio da Capital, quando inesperadamente ocorreu uma rebelião. Alguns detentos estavam muito agitados, e por ordem de um superior, José imobilizou dois deles, com ataduras de pano, fazendo-o com o devido cuidado para não os machucar. Após hora e meia, José soltou os detentos, pois estes se mostravam calmos, e foram levados para a realização de exame de corpo de delito, que apurou lesões bem leves, causadas pela própria movimentação dos presos. Mesmo assim, ambos os detentos disseram que foram torturados por José. Diante desses fatos, José foi processado e acabou sendo condenado pelo crime de tortura, previsto na Lei 9.455, de 7 de abril de 1997, artigo 1.º, inciso II, parágrafo 4.º, inciso I, à pena de três anos de reclusão, mais a perda de função pública. José está preso e a r. sentença já transitou em julgado. Agora, um dos condenados foi colocado em liberdade e procurou a família de José, dizendo que foi obrigado pelo outro preso a dizer que tinha sido torturado, mas a verdade é que José inclusive fez de tudo para não os ferir. Como o outro detento não gostava de José, havia inventado toda a história, obrigando-o a mentir. Esta declaração foi colhida numa justificação criminal. Indique qual a medida judicial cabível e justifique sua escolha. 07 - José, advogado, foi denunciado como incurso no artigo 288, parágrafo único, c.c. artigo 157, § 2o, incisos I e II, todos do Código Penal, porque estaria associado com A, B e C para a prática de crimes de roubo de veículos com a utilização de armas. Pela denúncia, a sua participação consistia em estimular os autores materiais dos crimes à prática dos delitos, garantindo-lhes que, com sua atuação profissional, conseguiria livrá-los de eventual prisão e condenação. Oferecida a denúncia, o Promotor de Justiça requereu a sua prisão preventiva para garantia da ordem pública, argumentando que os crimes de roubo, na atualidade, causam grande insegurança social e que o acusado, na sua condição de advogado, não poderia agir de forma a incentivar a prática de tais delitos. O juiz, apenas repetindo os argumentos expostos pelo membro do Ministério Público, decretou a prisão preventiva. José foi preso e colocado em cela comum, com outros presos provisórios, apesar de, em petição, sustentar perante o juiz que isso não podia ocorrer em face de sua condição de advogado. QUESTÃO: Comoadvogado de José, indique qual a peça processual mais adequada à sua defesa, e quais os fundamentos jurídicos a serem elencados. 08 - José, funcionário do Banco do Brasil, moveu ação contra o banco, em razão de descontos ilegais efetuados pela instituição em sua folha de pagamento, no valor de R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais). A ação foi julgada procedente. A sentença transitou em julgado no dia 10 de janeiro de 2018. Já na fase de execução, após dois meses, no dia 11 de março do mesmo ano, José, em virtude de sua atividade no Banco do Brasil, recebera a quantia de R$ 2.500,00 (dois mil e quinhentos reais) para o pagamento de serviços de manutenção do prédio onde o banco estava instalado. Em posse do numerário, resolveu ficar com parte do dinheiro, no valor exato de seu crédito, R$ 1.500,00 (mil e quinhentos reais), utilizando o restante, R$ 1.000,00 (mil reais), para parcial pagamento dos referidos serviços. Em 15 de abril de 2018, José foi denunciado como incurso no artigo 312, “caput”, do Código Penal. A denúncia, sem que José fosse notificado para eventual resposta, foi recebida em 20 de abril de 2018. Na instrução criminal, ouvido José, este confirmou o fato, dizendo, contudo, que somente queria receber seu crédito para cobrir despesas pessoais e familiares. Foram ouvidos, também, funcionários do banco que confirmaram o fato. Superadas as fases de instrução do feito, o MM. Juiz da 2a Vara Criminal da comarca de Maringá condenou José pelo crime de peculato, fixando a pena privativa de liberdade em 2 (dois) anos de reclusão, a ser cumprida em regime aberto, e a de multa em 10 dias-multa, no valor de 1/30 (um trigésimo) do salário mínimo cada. A pena privativa de liberdade foi substituída por duas penas restritivas de direitos (prestação de serviços à comunidade e multa). As partes, Ministério Público e acusado, não apelaram. A decisão transitou em julgado no dia 28 de maio de 2018. Intimado para o cumprimento das penas, José procurou um novo advogado para examinar sua situação e saber o que poderia ser feito. QUESTÃO: Como advogado de José, qual a medida judicial mais adequada à sua defesa, indique o fundamento legal da peça e quais os argumentos de defesa. 09 - Lilico foi denunciado pelo ministério público pela prática do delito de homicídio na forma tentada, a qual foi recebida pelo juiz de direito da 8a vara criminal de Curitiba, constando da denúncia que “no dia 15.11.2017, Lilico conduzia seu veículo modelo gol, placas iij 0009, pela avenida Paraná e na altura do cruzamento com a rua Gago Coutinho, que é transversal e secundária, o ônibus da viação cidade nossa ltda., placas ccc 1001, conduzido por gálio, que o levava vazio de volta à garagem da empresa, avançou a preferencial vindo a colidir levemente com a lateral do carro de Lilico. Após a discussão, Lilico, de posse de uma arma de fogo, marca taurus, calibre 38, de sua propriedade e com porte, apreendida nos autos, visivelmente irritado, disparou três tiros na direção de Gálio, acertando todos os disparos na carroceria do ônibus, na altura do pára-brisas. A intenção de matar foi obstada por motivos alheios à vontade de Lilico...” Interrogado em juízo, o réu reafirmou sua versão no interrogatório do inquérito policial de que não pretendia matar o motorista do ônibus, apenas se irritou pela intransigência de assumir a responsabilidade pelo acidente, e por isso efetuou os disparos contra a carroceria do veículo de gálio, visando apenas causar danos materiais. As testemunhas ouvidas em juízo afirmaram que no momento dos disparos gálio estava afastado uns dez metros do ônibus, que Lilico fez pontaria para cima, na direção da lataria do ônibus, bem como após os disparos, Lilico teria dito ‘agora estamos quites, cada um com o seu prejuízo’. Encerrada a fase de instrução do feito, como advogado de Lilico você é intimado para apresentar suas derradeiras alegações em 08 de maio de 2018. QUESTÃO: Como advogado de Lilico, qual a medida judicial mais adequada à sua defesa, indique o fundamento legal da peça e quais os argumentos de defesa. 10 - Abelardo na Cidade de Marília/Paraná, foi denunciado pela prática do delito tipificado no art. 216- a (5 vezes), ambos do código penal, por ter, em tese, por diversas vezes, na condição de superior hierárquico, constrangido a pessoa da vítima Sicraninha, sua subordinada, assediando-lhe, dirigindo- lhe propostas indecorosas de franca conotação sexual, de tal forma incisiva que a mesma chegou até a abandonar o emprego. Abelardo é tecnicamente primário; possui antecedentes criminais por atentado violento ao pudor (2 vezes respondeu pelo mesmo delito), sem jamais ter sido condenado: é tecnicamente primário; possui residência no mesmo local, no distrito da culpa, a cerca de 05 (cinco) anos; possui uma pequena empresa gráfica, da qual é sócio-gerente; é casado e tem dois filhos. O processo tramita pela 9ª vara criminal da comarca de Marília-Pr. (autos 027/2018). Não tendo sido encontrado para a citação, o réu foi preso antes mesmo do interrogatório. No despacho que acatou a representação ministerial pela custódia preventiva o mm. Juiz criminal referiu que “trata- se de delito contra os costumes, modalidade na qual o denunciado possui antecedentes que não o recomendam. Decreto a prisão preventiva, com base no art. 312,CPP, já que não localizado, o mesmo, para o interrogatório já designado. In. Cumpra-se” (teor integral da decisão). O denunciado apresentou-se antes da data designada para interrogatório, quando tomou ciência do r. Despacho e foi recolhido ao cárcere. Questiona-se: Qual a autoridade competente para apreciar a medida a ser pleiteada? Qual a denominação da medida judicial cabível e qual o fundamento legal? Qual tese defensiva deverá ser arguida? Qual o prazo para apresentação da medida a ser pleiteada, indicando o último dia? Qual o pedido que deverá ser formulado? 11 - Em 25 de janeiro de 2018, João da Silva decide ir ao encontro de seu desafeto, Mario vieira, para cobrar-lhe uma dívida. Ocorre que Mario sempre inventava uma desculpa para não receber o seu credor, evitando, assim, um encontro constrangedor. Após três meses de tentativa, João, enfim, encontra Mario em uma festa organizada por Flávio Vidal, amigo dos dois inimigos. João, surpreso e ao mesmo tempo furioso com Mario, profere uma série de ofensas contra seu devedor, tais como, "você é, além de ladrão, um covarde", "a partir de hoje você vai ser conhecido como o ladrão da cidade", "quando você olha a minha sombra, sai correndo como um rato de esgoto, procurando abrigo", etc. Após ouvir tais ofensas, Mario nada responde, e vai embora, a fim de evitar maior confusão. Cabe ressaltar que na festa estavam muito amigos de Mario, aumentando a sua preocupação em não piorar a discussão. No dia seguinte, inconformado com a situação vexatória pela qual passou, o ofendido procura um advogado para processar o autor das ofensas. Questiona-se: Qual a autoridade competente para apreciar a medida a ser pleiteada? Qual a denominação da medida judicial cabível e qual o fundamento legal? Qual tese defensiva deverá ser arguida? Qual o prazo para apresentação da medida a ser pleiteada, indicando o último dia? Qual o pedido que deverá ser formulado? 12 – Adoniram e Izaias foram presos em flagrante por agentes policiais do 4o distrito policial da capital do estado do Paraná, na posse de um automóvel marca Ford que haviam acabado de furtar. O veículo, quando da subtração, encontrava-se estacionado regularmente em via pública na capital. O Dr. Delegado de policia, que presidiu o auto da prisão em flagrante, capitulou os fatos como incursos no art. 155, 4o , IV, do CP, motivo pelo qual não arbitrou fiança, determinando o recolhimento de ambos ao cárcere e entregando-lhes as notas de culpa. A cópia do auto de prisão em flagrante foi remetida ao juiz da 4a vara criminal da capital.Adoniram e Izaias residem na capital, são primários e trabalhadores. Questiona-se: Qual a autoridade competente para apreciar a medida a ser pleiteada? Qual a denominação da medida judicial cabível e qual o fundamento legal? Qual tese defensiva deverá ser arguida? Qual o prazo para apresentação da medida a ser pleiteada, indicando o último dia? Qual pedido deverá ser formulado? 13 - Sérgio Monja é denunciado pelo delito de homicídio culposo, tendo em vista a morte de Jorge da Silva, operário da empresa "Aço Internacional", que faleceu em decorrência Das lesões provenientes da explosão de uma caldeira. O Promotor de Justiça, na denúncia, não descreve a conduta delituosa de Sérgio, afirmando, somente, ser ele penalmente responsável, já que à época dos fatos era um dos dirigentes da referida empresa. O Juiz, DA PRIMEIRA VARA CRIMINAL DA COMARCA DE LINDIANÓPOLIS, não obstante o acima exposto, recebe a denúncia, designando desde logo data para interrogatório do acusado e a pedido do Ministério Público e sob a argumentação que o réu não reside na Comarca, acaba por decretar a prisão de Sérgio. Sérgio contrata seus serviços profissionais EM DATA DE 20 DE MAIO DE 2018, a fim de que seja patrocinada sua defesa no processo em questão. Questiona-se: Qual a autoridade competente para apreciar a medida a ser pleiteada? Qual a denominação da medida judicial cabível e qual o fundamento legal? Qual tese defensiva deverá ser arguida? Qual o prazo para apresentação da medida a ser pleiteada, indicando o último dia? Qual pedido deverá ser formulado? 14 - Zeferino da Silva, brasileiro, casado, vereador e líder político de sua região, residente e domiciliado na Rua do Ouvidor, 22, centro, na cidade de Jabaguara, neste estado, em data de 19 de fevereiro do corrente ano, viu-se vítima de uma campanha atentatória à sua honra, porquanto Natalina do Espírito Santo, brasileira, casada, comerciante, residente e domiciliada na mesma cidade de Jabaguara, na Rua dos Orixás, 100, bairro das Mandingas, alardeou pela localidade, sobretudo nos pontos mais freqüentados, que Zeferino era um “ladrão”, vez que, “embolsava verbas não só da Câmara Municipal, como também da Prefeitura”. Demais disso, disse ainda “.....que Zeferino, além de ser o maior banqueiro de bicho da cidade, não respeitava seu próprio casamento, pois tinha várias amantes, sendo inclusive, pai biológico de várias crianças nascidas na região”. Tomando conhecimento das afirmações, posto que várias foram as testemunhas que as ouviram, Zeferino, o procura como Advogado, contratando-o para que sejam tomadas as providências legais em Juízo, vez que entendeu você da desnecessidade do inquérito policial. Considera-se necessitado, para os fins legais. Questiona-se: Qual a autoridade competente para apreciar a medida a ser pleiteada? qual a denominação da medida judicial cabível e qual o fundamento legal? qual tese defensiva deverá ser arguida? qual o prazo para apresentação da medida a ser pleiteada, indicando o último dia? qual o pedido que deverá ser formulado? 15 – Laura, em janeiro de 2018, na qualidade de funcionária pública da Empresa Brasileira de Correios e Telégrafo, lotada na agência central de Curitiba/PR, ocupante de cargo de executante operacional (caixa), apropria-se da quantia de R$ 2.000,00 (dois mil reais), relativa a alguns reembolsos postais. Após descoberto pelo gerente do setor, devolveu as quantias de que se apropriara inicialmente, justificando que o fizera para auxiliar no tratamento de saúde do pai, o qual havia falecida no mês de fevereiro. Em data de 25 de abril de 2018, Laura fora denunciada, pelo Procurador da República, junto à Primeira Vara Criminal da Justiça Federal de Curitiba pela prática do delito capitulado no art. 312 do Código Penal. Em data de 30 de abril de 2018, foi notificada para apresentar defesa. Questiona-se: Qual a autoridade competente para apreciar a medida a ser pleiteada? Qual a denominação da medida judicial cabível e qual o fundamento legal? Qual tese defensiva deverá ser arguida? Qual o prazo para apresentação da medida a ser pleiteada, indicando o último dia? Qual pedido deverá ser formulado? 16 - A responde a processo-crime perante a Vara Criminal única da cidade de Jupiapara City-SP. A denúncia refere, em síntese que no dia 10 de março de 2018, com vontade de matar, dolosamente, portanto, o mesmo teria usado de uma faca tipo “peixeira” e desferido uma estocada contra a vítima B, incorrido na prática da figura delitiva do art. 121, caput, c/c art. 14, II, ambos do CP. O auto de exame de lesões corporais confirma uma lesão perfurante, produzida por instrumento cortante, de 5,0 cm, na região torácica, a qual, todavia, não atingiu nenhum órgão, resultando no afastamento das ocupações habituais, da vítima, por cerca de 20 (vinte) dias, conforme atestados médicos de fls. Apresentada a resposta a acusação através de defensor dativo, seguiu-se a audiência de instrução, sendo o denunciado interrogado (o qual corroborou a versão já oferecida no inquérito), de que a vítima teria provocado A durante toda a noite, no bar onde tudo ocorreu. A arma branca utilizada (auto de apreensão de fls.), com 13 cm de lâmina, estava sob o balcão e foi alcançada por A para revidar um bofetão, recebido no rosto, que B teria lhe dado quando discutiam sobre a copa do mundo de futebol. As testemunhas de defesa confirmam a versão do réu e estavam no local. As de acusação são 3: uma não presencial e 2 confirmam a “gratuidade” da agressão sofrida pela vítima, acusando A de ter dado início ao entrevero, são elas esposa e sogra de B. Já foram determinadas e realizadas todas as diligências. OBS: A é primário e não registra antecedentes. É solteiro, e trabalha como moto-taxista na cidade, onde reside há cerca de 08 anos no mesmo endereço. B possui dois antecedentes criminais, um por lesão corporal grave e outro por ameaça, os quais resultaram em composição civil dos danos e transação penal, respectivamente. Questiona-se: Qual a autoridade competente para apreciar a MEDIDA A SER PLEITEADA? Qual a denominação da medida judicial cabível e qual o fundamento legal? Qual tese defensiva deverá ser arguida? Qual pedido deverá ser formulado? 17 - Mario tem intensão de matar Gerônimo por serem inimigos há muitos anos. Para conseguir seu intento, Mario induz o próprio Gerônimo a matar Leônio, afirmando falsamente que Leônio, estava se insinuando para a esposa de Gerônimo. Ocorre que Mario sabia que Leônio é pessoa de pouca paciência e que sempre anda armado. Cego de ódio, Gerônimo espera Leônio sair do trabalho e, ao vê- lo, corre em sua direção portando uma grande faca em punho, a qual direciona na altura do pescoço de Leônio, o qual assustado e sem saber o motivo da injusta agressão, rapidamente saca de sua arma e atira diretamente no peito de Gerônimo, que em seguida vem a óbito. Instaurado inquérito policial para apurar as circunstâncias da morte de Gerônimo, ao final das investigações, o Ministério Público formou sua opinião no seguinte sentido: Leônio deve responder pelo excesso doloso em sua conduta, ou seja, deve responder por homicídio doloso, Artigo 121 “caput” CP; e Mario deve responder como partícipe do referido crime de homicídio. A denúncia foi oferecida perante o Juízo Criminal da comarca de Campo Mourão, local de competência para julgamento do crime; tendo sido os autos distribuído ao Juízo da 2ª Vara Criminal, em data de 28 de janeiro de 2017, sendo recebida em 10 de abril de 2017. A citação dos denunciados para responder aos termos da ação, ocorreu em 14 de junho de 2017 para apresentação da resposta a acusação no prazo legal perante o juízo competente1. Você na qualidade de advogado é contratado por ambos para apresentar a defesa adequada, devendo proceder ao protocolo no último dia do prazo. Ambos os denunciados são brasileiros, casados,autônomos, residentes e domiciliados nesta cidade e Comarca de Campo Mourão, na Rua das Flores, n° s 12 e 14 Bairro Campos Verdes. 18 - Josefina, sentindo-se traída pelo seu marido, decide tirar satisfação com a suposta amante, Lucia. Assim em data de 10 de novembro de 2016, dirigiu-se até sua residência e lá, ao se deparar com Lucia, saindo para o trabalho, passou a proferir palavras de baixo nível, praticando assim o crime de injuria. Inconformada com a situação em data de 06 de janeiro de 2017, Lucia decide ir até a delegacia para lavrar o Termo Circunstanciado em face de Josefina. Após os trâmites preliminares em data de 10 de maio do corrente ano, o advogado de Lucia ajuíza a competente Queixa Crime em face de Josefina. Realizada audiência de conciliação a mesma não se efetivou, tendo sido marcada audiência da instrução. Você na qualidade de advogado de Josefina, irá acompanha-la ao ato, e deverá manifestar-se oralmente, para produzir a defesa prévia conforme determina a Lei 9.099/95. O que você poderá alegar como defesa nesta oportunidade? Justifique e fundamente sua resposta. 19 - Visando abrir um restaurante na cidade de Boa Esperança, Eduardo Cunha solicita a Tomaz Jeferson um empréstimo de R$ 30.000,00 (trinta mil) reais, a juros de 5% (cinco por cento) ao mês, dando como garantia de pagamento da dívida um cheque nominal, com o valor acrescido dos juros do período de 04 (quatro) meses, com vencimento para 09 de setembro do ano de 2014, o qual deverá ser pago em mãos. Na data acordada, Tomaz Jeferson, procura Eduardo Cunha, para efetuar o pagamento e este mediante uma justificativa plausível solicita mais duas semanas para efetuar o pagamento da dívida. Chegada a nova data, 24 de setembro de 2014, Tomaz Jeferson, procura novamente Eduardo Cunha para o recebimento do valor devidamente corrigido, mas este informa que não possui o referido valor, pois o restaurante não está dando o esperado retorno, haja vista, a crise que assola o país. Inconformado com a situação Tomaz Jeferson, retorna no dia seguinte, porém munido de arma de fogo, sendo uma pistola automática e mostra a Eduardo Cunha efetuando novamente a cobrança dos valores com os seguintes dizeres: “Quero o pagamento dos valores que você me deve imediatamente e com as devidas correções, pois se não me pagar agora em dinheiro pagará com a sua própria vida”, em seguida ao sair do interior do estabelecimento danifica uma das portas de blindex, deixando-a em cacos, causando um prejuízo de aproximadamente R$ 2.500,00 reais. Sentindo-se aterrorizado, Eduardo Cunha entra no restaurante e telefona imediatamente para a polícia, que entretanto não encontra Tomaz Jeferson. Posteriormente por orientação dos policiais, Eduardo Cunha relata os fatos a autoridade policial, a qual 1 tomando conhecimento determina a instauração de IPL em face de Tomaz Jeferson, assim concluídas as diligências, inclusive com a oitiva de 02 testemunhas que presenciaram ambos conversando na data do ocorrido os autos são remetidos ao Ministério Público, o qual denuncia Tomaz Jeferson pela prática dos crimes de extorsão qualificada pelo emprego de arma de fogo, capitulado no artigo 158 do Código Penal e pelo crime de dano qualificado, capitulado no artigo 163, inciso IV do Código de Processo Penal. Recebida a denúncia pelo m.m. juiz, este determina a citação do denunciado em data de 22 de maio do corrente ano para que responda aos termos da presente ação penal. Assim, você, deve propor a peça processual respectiva, no último dia do prazo para interposição, como procurador constituído por ele. 20 - ARNILDO DANTAS2, encontra-se sendo processado como incurso nas sanções previstas pelo artigo 217-A, caput do Código Penal, eis que na data de 22 de janeiro do corrente ano, encontrava-se em um bar com outros amigos, e lá conheceu Rosinha, linda jovem, por quem se encantou. Após um bate-papo informal e troca de beijos, decidiram ir para um local mais reservado. Nesse local trocaram carícias, e Rosinha, de forma voluntária, praticou sexo com Arnildo. Depois da noite juntos, ambos foram para suas residências, tendo antes trocado telefones e contatos nas redes sociais. No dia seguinte, Arnildo, ao acessar a página de Rosinha na rede social, descobre que, apesar da aparência adulta, esta possui apenas 13 (treze) anos de idade, tendo Arnildo ficado em choque com essa constatação. O seu medo foi corroborado com a chegada da notícia, em sua residência, da denúncia movida por parte do Ministério Público Estadual, pois o pai de Rosinha, ao descobrir o ocorrido, procurou a autoridade policial, narrando o fato. Por Rosinha ser inimputável e contar, à época dos fatos, com 13 (treze) anos de idade, o Ministério Público Estadual denunciou Arnildo pela prática do crime de estupro de vulnerável, previsto no artigo 217- A, do Código Penal. O Parquet requereu o início de cumprimento de pena no regime fechado, com base no artigo 2º, § 1º, da lei8.072/90, e o reconhecimento da agravante da embriaguez preordenada, prevista no artigo 61, II, alínea l, do CP. O processo teve início e prosseguimento na Vara Criminal da Comarca, a qual pertence a cidade de Juranda. Arnildo, por ser réu primário, ter bons antecedentes e residência fixa, respondeu ao processo em liberdade. Na audiência de instrução e julgamento, a vítima afirmou que aquela foi a sua primeira noite, mas que tinha o hábito de fugir de casa com as amigas para frequentar bares de adultos. As testemunhas de acusação afirmaram que não viram os fatos e que não sabiam das fugas de Rosinha para sair com as amigas. As testemunhas de defesa, amigos de Arnildo, disseram que o comportamento e a vestimenta da Rosinha eram incompatíveis com uma menina de 13 (treze) anos e que qualquer pessoa acreditaria ser uma pessoa maior de 14 (quatorze) anos, e que Arnildo não estava embriagado quando conheceu Rosinha. O réu, em seu interrogatório, disse que se interessou por Rosinha, por ser muito bonita e por estar bem vestida. Disse que não perguntou a sua idade, pois acreditou que no local somente pudessem frequentar pessoas maiores de 18 (dezoito) anos. Corroborou que praticaram o sexo de forma espontânea e voluntária por ambos. A prova pericial atestou que a menor não era virgem, mas não 2 Brasileiro, solteiro, montador de móveis, portador da CI/RG 9.56.888-9, inscrito no CPF/MF 023.455.789-96, residente e domiciliado na Rua 285, vila Gaúcha, na cidade de Juranda-PR.
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