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PETICAO INICIAL ACAO DE ALIMENTOS GRAVIDICOS

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EXCELENTÍSSIMO SENHOR DOUTOR JUIZ DE DIREITO DA ___ VARA DE FAMÍLIA DA COMARCA DE FORTALEZA/CE.
MOEMA, brasileira, solteira, desempregada, natural de Fortaleza/CE, portadora do R.G nº x, inscrita no C.P.F sob nº x, endereço eletrônico: moema@12345.com.br, residente e domiciliada sito a rua:____, nº__, bairro___, na cidade de Fortaleza/CE, por seu advogada que esta subscreve, com instrumento de procuração em anexo, vem, respeitosamente, promover a presente:
 AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS
 COM PEDIDO DE ANTECIPAÇÃO DE TUTELA
com fulcro na Lei n. 11.804/2008 (Lei dos Alimentos Gravídicos), art. 1694 do Código Civil e art. 303 da lei 13.105/15 – código de processo civil 
TOMÁS, brasileiro, solteiro, Empresário, natural do Rio de Janeiro, portador do R.G nº x, inscrito no C.P.F sob nº, endereço eletronico: tomas@54321.com.br, residente e domiciliado sito a rua____, nº___, bairro___ na cidade Rio de Janeiro/RJ , pelas razões de fato e +direito adiante articuladas:
I – DOS FATOS
	A autora relata que conheceu Tomás em uma de suas viagens a trabalho para Fortaleza, pois o mesmo era empresário e viajava com frequência à cidade durante todo ano de 2010.
Logo iniciaram um namoro, frequentavam lugares juntos e o Réu sempre a apresentava como sua namorada. Passado um tempo, Moema deparou-se grávida de Tomás. Ao contar para o pai de seu filho sobre a gravidez, ele recusou-se a reconhecer a paternidade, pois simplesmente não queria ser pai naquela ocasião. Dessa forma, também não iria ajudar financeiramente a mãe em sua gravidez e com o sustento da criança, que ficaria ao encargo somente de Moema. 
Ao descobrir sua gravidez, a autora estava desempregada e impossibilitada de custear gastos como o do plano de saúde e das despesas da gestação, que era de risco.
Através de fotos, declarações de amigos e diversos documentos conferem indícios da paternidade de Tomás.
Tendo em vista que o pai se recusa a custear as despesas, a presente demanda se faz necessária.
II – FUNDAMENTOS
Conforme o art. 1694 do Código Civil, é possível cônjuges ou companheiros requererem alimentos uns aos outros, dos quais necessitem para ter uma vida compatível com a sua condição social, como também a fim de suprir a necessidade educacional. Sendo que o valor a ser fixado deve ser proporcional às necessidades de quem os reclama e aos recursos da pessoa obrigada a pagar.
A Lei de Alimentos Gravídicos em seu art. 2º prevê como alimentos aqueles valores necessários para cobrir despesas durante o período de gravidez, os referentes a alimentação, assistência médica, exames, parto, medicamentos, outras prescrições a juízo do médico, etc. Importante destacar no parágrafo único do mesmo artigo, que traz o dever do futuro pai de custear as despesas da mulher grávida.
Com base na Lei supramencionada, em seu art. 6º prevê a possibilidade do juiz fixar alimentos gravídicos, caso esteja convencido da existência de indícios da paternidade, e aqueles perdurarão até o nascimento da criança. Com o nascimento com vida, os alimentos gravídicos são convertidos em pensão alimentícia em favor do menor até que uma das partes solicite a sua revisão. 
O entendimento deste artigo é exposto em um julgado do Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul:
AGRAVO DE INSTRUMENTO. AÇÃO DE ALIMENTOS GRAVÍDICOS. POSSIBILIDADE, NO CASO. O requisito exigido para a concessão dos alimentos gravídicos, qual seja, "indícios de paternidade", nos termos do art. 6º da Lei nº 11.804/08, deve ser examinado, em sede de cognição sumária, sem muito rigorismo, tendo em vista a dificuldade na comprovação do alegado vínculo de parentesco já no momento do ajuizamento da ação, sob pena de não se atender à finalidade da lei, que é proporcionar ao nascituro seu sadio desenvolvimento.
E o seguinte julgado do Tribunal de Justiça do Distrito Federal:
ALIMENTOS GRAVÍDICOS - INDÍCIOS DE PATERNIDADE - CORRETA FIXAÇÃO - GESTANTE - NECESSIDADE PRESUMIDA - COMPROVAÇÃO DAS POSSIBILIDADES - DECISÃO MANTIDA.
1)- NOS TERMOS DO ARTIGO 6º DA LEI Nº 11.804/2008, "CONVENCIDO DA EXISTÊNCIA DE INDÍCIOS DA PATERNIDADE, O JUIZ FIXARÁ ALIMENTOS GRAVÍDICOS QUE PERDURARÃO ATÉ O NASCIMENTO DA CRIANÇA, SOPESANDO AS NECESSIDADES DA PARTE AUTORA E AS POSSIBILIDADES DA PARTE RÉ." 2)- POSSÍVEL A FIXAÇÃO DOS ALIMENTOS GRAVÍDICOS QUANDO, EM AUDIÊNCIA DE JUSTIFICAÇÃO, TESTEMUNHA TRAZ INDÍCIO DE PROVA DA PATERNIDADE DO NASCITURO. 3)- OS ALIMENTOS GRAVÍDICOS COMPREENDEM VALORES SUFICIENTES PARA COBRIR AS DESPESAS REFERENTES AO PERÍODO DE GRAVIDEZ E QUE SEJAM DELA DECORRENTES, UMA VEZ QUE A NECESSIDADE EM CASO DE GESTANTE É PRESUMIDA. 4) - DEMONSTRADAS AS POSSIBILIDADES DO AGRAVANTE EM ARCAR COM OS ALIMENTOS NO IMPORTE FIXADO, NÃO HÁ MOTIVO PARA REFORMA DA DECISÃO ATACADA. 5)- RECURSO CONHECIDO E NÃO PROVIDO.
 De fato a autora da presente ação possui meios de provar o relacionamento com o Réu, através de testemunhas e documentos que demonstram indícios fortes da paternidade de Tomás.
Em conformidade com o art. 4º da Lei de Alimentos (Lei 5.478/68), a parte que não possuir meios para custear o processo, gozará do benefício da gratuidade, através de afirmativa de suas condições perante o juiz. Moema apresenta-se desempregada, portanto, necessita deste benefício.
Destarte, a autora requer a fixação dos alimentos em carater antecipado nos termos do artigo 303 da lei 13.105/15
A ação de alimentos gravídicos é o meio adequado para satisfazer as necessidades da autora e do nascituro.
III – PEDIDO
Por todo o exposto, requer:
a fixação de alimentos desde o despacho inicial no valor equivalente a x salários mínimos; 
a procedência do pedido, para condenar o réu, dentro de suas possibilidades, ao pagamento de prestação alimentícia no valor suficiente para atender as necessidades do autor, valor este, não inferior aos fixados liminarmente;
CITAÇÃO PESSOAL POR OFICIAL DE JUSTIÇA do réu, no prazo de 5 dias, para querendo, contestar a presente ação, sob pena de serem tidos como verdadeiros os fatos alegados na inicial;
Intimação do membro do Ministério Público;
Pretende provar o alegado através de todos os meios de prova em Direito admitidos, em especial a testemunhal e documental. 
Requer o deferimento dos Benefícios da Gratuidade da Justiça, por não ter condições de arcar com as despesas processuais e honorários sem prejuízo do próprio sustento. Junta declaração de carência (doc. x).
Requer a prioridade na tramitação do presente feito, nos termos do artigo 152, § único do ECA.
Ainda requer que o réu seja condenado ao pagamento de custas e honorários advocatícios.
Requer ainda a realização de audiencia de conciliação ou mediação.
		Dá-se à causa o valor de R$ 12.000,00 (doze mil) reais.
	
Termos em que,
Pede Deferimento.
Local e data
_______________
Advogado/oab

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