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A CONCEPÇÃO MATERIALISTA DA HISTÓRIA
GHEORGHI VALENTINOVITCH PLEKHANOV
Extrato analítico dos capítulos: 
Da Filosofia da História
Da Concepção Materialista da História
Elaboração: Tiago Sabóia, aluno do Curso de Direito da UCSAL
Coordenação: Prof. Georgeocohama D. A. Archanjo
CAPÍTULO I
Da filosofia da história
A filosofia é uma atividade intelectual vastíssima, que abrange os mais diversos campos do conhecimento, da lógica às artes. Neste leque, é que se encontra a filosofia da história. A partir da síntese do texto de Plekhanov� (um intelectual russo, pertencente à segunda metade do séc. XIX), procuraremos compreender a natureza desta disciplina filosófica, bem como as suas principais teorias.
As sociedades mudam, produzindo história. Isto nos é facilmente observável ao compararmos os costumes, a política, as leis, a economia, da nossa sociedade com as do século passado, por exemplo. Uma vez sabedores de que as coisas mudam, a filosofia da história tem por objetivo o questionamento do porque isso acontece. Assim, para o filósofo da história não interessa apenas saber como a história mudou, mas essencialmente, porque ela muda. Ora, como afirma o próprio Plekhanov, a filosofia da história tem também uma história que iremos percorrer, por meio das suas principais teorias, que dividiremos em dois blocos, os quais possuirão subcategorias, relativas ao seu enquadramento genérico. São as duas grandes vertentes: as filosofias da história idealistas; e as filosofias da história materialistas.
É importante que se esclareça o entendimento sobre o que é idealista e o que é materialista.
O idealismo histórico compreende uma maneira de explicar a realidade, apelando a uma instância anterior e abstrata, imaginária, diferente desta própria realidade, molde perfeito no qual se verificam as respostas para as confusões e acasos do mundo material. Para compreendê-la é necessário sobre o que significa a palavra idealista.
Idealista é o adjetivo que deriva do substantivo “ideal”, usado para designar coisas que não são acessíveis aos sentidos. Assim, tudo aquilo que o ser humano pode tocar, medir, cheirar, pesar, enfim, tudo aquilo que escapa à percepção humana por meio dos sentidos. 
Por oposição a essa idéia, usa-se a palavra “material” que designa tudo aquilo que se pode ver, medir, cheirar, em suma, o que se constitui como realidades, materialidades
Assim é que uma maçã, uma chave ou um lápis são “materiais” enquanto um pensamento, os valores e um sentimento são ideais.
As filosofias idealistas da história
1. A concepção teológica da história
Encontraremos em Santo Agostinho, membro da Igreja Católica (foi bispo na cidade de Hipona), que viveu no séc. V, uma das mais claras e exemplares demonstrações da concepção teológica da história. A nomenclatura desta teoria, logo aponta para o seu principal traço definidor: a vontade de Deus, enquanto razão para explicar os acontecimentos históricos.
Porém, antes de analisarmos a teoria agostiniana em suas minúcias, faz-se necessário esclarecer o que Santo Agostinho entende pela expressão vontade de Deus. Plekhanov escreve que há uma crença, chamada animismo, cujas raízes remontam aos povos mais primitivos da humanidade. Que é esta crença? É a idéia segundo a qual, todos os objetos possuem uma alma, uma dimensão espiritual, mesmo aqueles que acreditamos não ter vida. Assim, por exemplo, as rochas, os rios, o sol, todos esses elementos naturais são tão vivos quantos nós, e conseqüentemente, possuem vontades, desejos, inclinações, enfim. Ora, desta sorte, pode-se concluir que a essencial característica do animismo é a atribuição de uma “alma” ou de uma “vida” aos seres que ordinariamente consideramos inanimados. Plekhanov considera que esta concepção, pelo seu caráter “primitivo e elementar”, pode ser facilmente detectada no raciocínio infantil (perceba que nos desenhos animados, diversos objetos movem-se, bem como vários animais que possuem raciocínios sutilíssimos).
O animismo então pode estar mesclado a qualquer tipo de teoria. Por exemplo, numa explicação sobre as causas que geraram uma catástrofe natural, alguém, pode dizer que a natureza “revidou” àquilo que sofreu do homem. Diz a Bíblia que o “mar prestará contas dos seus mortos a Deus”, o que parece sugerir que o mar possui uma atividade consciente e preordenada�. Logo, o animismo é a expressão da crença de que os eventos ocorrem ou deixam de ocorrem em virtude das vontades dos seres neles envolvidos. Assim, atribuímos “alma” (“uma vontade”) a determinados seres, para melhor compreendermos ou explicarmos a realidade: cremos que as causas que geram tal e qual coisa são motivadas por seres que, normalmente consideramos destituídos de realidade anímica. Voltemos a Agostinho.
Para este filósofo, todo o evento histórico, desde o mais insignificante até os mais vultosos (guerras, acordos comerciais, declínio de um povo, acordos diplomáticos, enfim), só aconteciam pela única e exclusiva vontade de Deus. Como bom cristão, Santo Agostinho acreditava estar nos desígnios divinos toda a sorte e destino da raça humana, como se esta desfilasse aos olhos do Pai Celestial conforme a vontade deste. Assim, ao perguntarmos a Santo Agostinho a causa de um determinado império ter caído em ruína, ou de outro estar no apogeu da sua existência, ele responderá que foi da vontade divina que derivou tal situação, e caso ela mude hoje ou amanhã, isso também deve a sua causa a Deus. Então, a filosofia da história de Agostinho, ao explicar porque a história muda, dirá: “Por causa da vontade divina”. Em uma palavra, todos os povos e grandes impérios que, um após o outro apareceram no cenário da história concorreram por diversos meios para um fim único: o bem da religião cristã e a vontade de Deus. Citando o próprio Agostinho:
 “Do mesmo modo que depende de Deus afligir ou consolar os homens segundo os conselhos da justiça e da sua misericórdia, é ele também quem regulamenta a duração das guerras, quem as abrevia ou as prolonga segundo sua vontade.”�
Concluindo, Santo Agostinho considera que a história é o processo por meio do qual se faz atuar a vontade do Deus Criador, que é sumamente poderoso e capaz de alterar os cursos e rumos da história humana. Daí deriva o nome de tal teoria (do grego théos, que significa Deus), o grande artífice do desenvolvimento da história humana.
Credita-se e esta teoria a denominação de idealista, pois sendo Deus aos sentidos humanos, ele só pode ser acessível pelas vias espirituais, portanto, imateriais. Então, o teologicismo agostiniano é um subproduto do epifenômeno do idealismo 
2. A concepção idealista histórica
Avançando no percurso pelo qual passou a história da filosofia da história, chega-se à concepção idealista histórica. 
Por que se diz que esta concepção é idealista? Citando entre outros exemplos, o de Voltaire, filósofo francês do séc. XVIII, Plekhanov dirá que tal concepção recebe este nome por supor que a história muda por causa das idéias, valores, morais e costumes que vigem em determinada época. Ora, todos estes elementos são de natureza ideal, não perceptível aos sentidos, por isso, chamamos esta concepção de idealista.
Em toda sociedade, a qualquer tempo e/ou lugar, há um sistema de valores, de normas, de uma ou mais religiões, motivos estes que são considerados responsáveis pelas mudanças na história, pois, uma revolução civil, por exemplo, deriva do descontentamento do povo para com o soberano. Ora, o descontentamento é um sentimento, que é ideal, que provocou aquele evento. Assim, são as idéias que movem a história, não mais a vontade de Deus, mas sim, as dos homens. Podemos dizer que as causas da história desceram dos céus, e encontraram o seu novo fundamento nos ideais humanos.
Voltaire, quando diz que uma das principais causas da queda do Império Romano, foi o surgimento e ascensão do cristianismo. Vemos aqui novamente a matriz idealista desta explicação, ao percebermosque foi uma religião (que é também ideal, pois é composta por um conjunto de crenças), a causa da derrocada dos romanos. Cita Plekhanov ainda os nomes de Helvetius e Holbach, ambos iluministas do séc. XVIII, assim como Voltaire.
Outro exemplo citado pelo pensador russo é o do francês do séc. XIX, Augusto Comte, considerado por muitos como o fundador da sociologia. Comte, em uma das suas principais obras, “A lei dos três estágios”, argumenta que a história de toda a sociedade passa por três estágios fundamentais, determinados justamente pelo desenvolvimento intelectual dessas sociedades. Assim, no primeiro estágio, chamado por Comte de “teológico”, os homens explicam aquilo que os cerca com base na vontade dos deuses, em lendas ou mitos. Na segunda fase, a metafísica, os homens passam a explicar com base em causas genéricas como a “razão universal” ou a “causalidade absoluta”. Na terceira, a positiva, os homens passam a explicar a realidade através da ciência. Para Comte, são esses estágios que podem explicar o desenvolvimento das nações, pois, por intermédio deles compreendemos porque temos uma história tão diferente da dos índios, por exemplo, pois estes, no sistema de Comte, encontram-se no primeiro estágio e nós no terceiro.
Tal concepção é também idealista na medida em que explica o porquê das coisas acontecerem, através do desenvolvimento intelectual das sociedades, o que, como percebemos, é de natureza ideal, pois não podemos tocar, ver, ou cheirar uma teoria científica ou uma lenda. 
Em suma, a concepção idealista da história, toma o sistema de valores, idéias, conceitos de uma sociedade, como o principal fundamento sobre o qual se erguem as mudanças na sociedade e, portanto, o acontecer histórico.
3. A filosofia da história pós-revolucionária�
O período que sucede a Revolução Francesa é coroado com um conjunto de historiadores-filósofos, cujos principais traços serão delineados a seguir. Antes disso, cabe lembrar de como fora marcante a Revolução Francesa no espírito dos homens, e como este importante evento que separa o séc. XVIII do subseqüente trouxe profundas alterações na maneira em que os homens viam a história.
A revolução francesa foi obra das massas populares, ainda que estivesse nela envolvida segmentos da elite. Entretanto, as multidões tingiram aquela revolução e a marcaram com o sangue do povo, caracterizando-a como um movimento eminentemente popular. Esta noção da importância do povo, da massa, do conjunto de desconhecidos, fora crucial nas filosofias da história de Saint-Simon e Thierry.
Este último, por exemplo, argumentava que era absurdo pensar que todo o destino de uma nação poderia estar nas mãos de um só homem. Não faz sentido dizer que, por exemplo, “A história do povo judeu foi a obra de um só homem, Moisés”, pois, o povo judeu é bem maior, mais forte do que apenas um homem. Como podemos dizer, portanto, que o destino de um povo curva-se ao de apenas um? Percebemos aqui o impacto que trouxe o arroubo das massas na época da revolução. Contrariamente aos historiadores idealistas que desprezavam as massas e só viam os grandes homens, Augustin Thierry, acreditava estar justamente no povo, na maioria, o destino de um desenvolvimento histórico.
Se assim o é, é-nos lícito perguntar: “porque o povo ‘faz’ a história?” ou “o que os leva a agirem?”. Thierry responde: “elas agem no intuito de garantir os seus interesses”. Sabe-se, porém, que a noção de interesse pode comportar diversos sentidos possíveis, que os interesses são os mais diversos quanto são as mentalidades. É daí que o historiador francês conclui que as massas agem mediante os interesses das suas classes. Numa sociedade como a nossa, onde existem várias classes, deduz-se que há diversos interesses, que geralmente opõem-se. Logo, chega o historiador a conclusão de que a sociedade é perpassada por uma tensão, cuja natureza é composta pelos interesses contrários que lhe configuram.
É assim que Thierry justifica o desenvolvimento de boa parte da história da Europa: a luta entre a aristocracia e a plebe, ou seja, a contradição gestada pelos interesses opostos destas classes foi a principal causa das guerras, acordos, dominações, tratados, enfim. Disto se segue que para o nosso historiador a Revolução Francesa passa a ser um grande e importante capítulo desta luta entre nobres e plebeus. O que dera causa à revolução foram as opiniões contrastantes que derivaram de classes sociais contrastantes. É interessante perceber como se verifica uma mudança radical nas concepções dos séc. XVIII para o século seguinte: na concepção anterior, vimos como os costumes, as crenças, as opiniões são os móbiles, as causas do movimento histórico. Contrariamente, no século de Thierry e Mignet, são as classes sociais que determinam as opiniões dos homens, e é por isso que as classes sociais entram em contradição: por gerarem idéias opostas entre si.
Concluindo, as classes sociais, ou mais precisamente, a diferença ou contradição existente entre elas é o principal motivo da história acontecer dum modo, e não de outro. 
4. A filosofia da história de Schelling (1775-1854)
Filósofo alemão do séc. XIX, Friedrich Wilhelm Joseph Von Schelling, colega de Hegel, procura solucionar uma questão que, entretanto, torna-se sumamente importante no que diz respeito a possibilidade de objetificação do conhecimento histórico. 
Os gregos criam ser impossível uma ciência sobre a história, porque esta é composta pelos homens, que são livres e podem fazer o que lhe aprouverem. Ora, como prever, ou falar cientificamente de algo que depende da vontade de outros homens? Ao contrário das ciências da natureza, onde os fenômenos ocorrem independentemente do nosso querer, a história é um conjunto de vontades, que não podem ser previsíveis, pois se isso fosse verdade, chegar-se-ia à conclusão de que é possível conhecer todos os homens no seu íntimo, o que é uma clara inverdade. Assim, dado que o homem é livre, não se pode prever as suas ações, por oposição à natureza que não tem “vontade, e age por necessidade”. Como na história não há “necessidade”, havendo apenas a “liberdade�”, não há como se falar em “ciência histórica”.
Schelling pretende mostrar não só que “necessidade” e “liberdade” podem coexistir, mas também que uma é impossível sem a outra. Para tornar mais clara o propósito do filósofo, eis, abaixo, um exemplo:
“Suponhamos que estamos num barco a velas, num rio. Sabemos que o barco é movido pela força das águas, e pela direção dos ventos, ambos eventos necessários. Entretanto, se não tivermos o controle desses eventos (com isso quero dizer, se não soubermos guiar as velas adequadamente, ou desconhecermos a intensidade e/ou direção da correnteza), certamente seremos levados a esmo, e não poderemos assumir o controle da situação. Com isso, será impossível exercitar a nossa liberdade levando o barco para onde quisermos; a contrário senso, seremos levados por onde levarmos os ventos e o rio. Entretanto, caso conheçamos como funcionam esses eventos necessários (os ventos e os rios), poderemos controlar o barco, e pô-lo à disposição do nosso querer. Com isso, poderemos levar o barco aonde quisermos, segundo a nossa vontade, exercitando assim, a nossa liberdade.”
Deste modo, chega-se à conclusão de que longe de se oporem, necessidade e liberdade, configuram um binômio indissolúvel, onde a nossa liberdade só pode ser exercitada com o prévio conhecimento dos fenômenos necessários. 
5. A filosofia hegeliana da história
Georg Wilhelm Friedrich Hegel (1770-1831), concordando com Schelling e discordando dos gregos, acredita sim que a história possui um conjunto de leis, e não é um mero espetáculo de vontades individuais agregadas. Portanto, Hegel crê na existência de leis gerais que determinam o desenvolvimento da história. Logo, esta não é um produto do acaso, e sim o resultado da ação de leis universais.
E quais são essas leis universais? Se Hegel afirma a existência de tais leis, cabea ele demonstrar. Diz o filósofo que, ainda que não se tenha consciência da existência de tais leis, elas nem por isso deixam de existir, pois, assim como os planetas seguem suas trajetórias ao redor do sol mediante a existência de leis astronômicas, sem terem consciência de tal fato, na história, os homens agem sob a influência de leis das quais nem sempre têm consciência. 
Assim, há de se perguntar: “que lei é esta?”. O “Espírito Absoluto”, ou a “Razão Universal”? Para Hegel a história muda e acontece de uma determinada forma e não de outra, porque há uma lógica (ou uma razão, ou um sentido), que é superior à vontade de todos os homens, e que determina o destino dos acontecimentos. É isto o que ele chama de Espírito Absoluto: esta lógica que determina os rumos dos acontecimentos históricos. 
A esta altura, alguém, poderia perguntar: “mas isso não é também ‘idealismo’, já que a razão é uma entidade não-material?”. A resposta é sim. Também chamado de idealista, pois faz derivar de algo que não é sensível aos nossos sentidos, o que ocorre na história, o sistema hegeliano é também chamado de idealista racional, dada a alusão à Razão como fonte, ou causa última do funcionamento da história.
Em suma, a existência de uma revolução, do declínio ou ascensão dum império bem como a derrocada daquel’outro, são manifestações duma “lógica”, dum procedimento que visa manifestar um sentido mais oculto que aponta para a existência da profunda Razão Universal. Criticando tal posicionamento, um dos seus mais famosos alunos, alegou que tal explicação é na verdade um “círculo vicioso”, que não chega ao âmago do problema. O nome do aluno: Karl Heinrich Marx.
A filosofia materialista da história
O materialismo enquanto concepção oposta ao idealismo pretende encontrar no mundo material, ou seja, acessível aos sentidos, os fundamentos explicativos do real. O exemplo derivou-se da obra de Karl Heinrich Marx (1818-1883), filósofo alemão, cujas noções básicas acerca do seu sistema explicativo sobre o porque da História será esboçada a seguir.
6. A filosofia da história marxista
Karl Marx, filósofo alemão do séc. XIX, contribuiu para a história da filosofia da história com uma teoria que é chamada de materialismo histórico. Visando, assim com todos os outros pensadores acima mencionados, descobrir as causas do movimento da história, Marx desenvolve um intrincado e complexo sistema teórico, que influenciou a configuração das lutas sociais e políticas em seu tempo, e no futuro.
Assim, para que se compreenda a concepção marxista, cabe reprisar certa noção já desenvolvida acima: a de que a história é produto de uma luta de classes, movidas por interesses opostos. Como sabemos, este é o germe das teorias pós-revolucionárias, cujos principais expoentes foram Thierry e Mignet. Mas, se eles fossem questionados sobre o que determina as classes sociais, eles nos diriam que são os costumes. Ora, Marx discordará deste posicionamento, na medida em que se são as classes sociais que determinam as opiniões e os costumes, estes últimos não podem determinar as classes. Tem-se aqui um circulo vicioso: diz-se que as opiniões ou costumes são determinados pelas classes; mas quando se pergunta qual a causa das classes, eles dizem que são os costumes. Ora, é em busca de uma saída para este “aparente” dilema, é que Marx direciona a sua atenção em seus estudos.
A história é um movimento produzido pelos homens, derivada da contradição entre opiniões que repousam na diferença de classes que estes compartilham. Pergunta-se: “o que determina a diferença de classes?” Responde-se: “em última análise, a luta pela sobrevivência”. 
Antes de qualquer coisa, antes de tudo, deve o homem garantir a sua subsistência, sua sobrevivência. Se isto não é possível, nada mais o é. Logo, a luta pela sobrevivência, ou mais precisamente, a luta pela satisfação das condições que ela exige torna-se a condição necessária que possibilita a existência social dos homens. Assim, chegamos à conclusão de que os homens organizam-se socialmente para, juntos, garantirem a possibilidade da sobrevivência.
Se os homens vivem socialmente, em grupo, para que a “atividade” da luta pela sobrevivência seja bem executada, torna-se imperioso a divisão de determinadas tarefas, para que o trabalho seja executado com sucesso. Um exemplo: imaginemos uma pequena sociedade, composta por 100 pessoas. Poderíamos arranjar a seguinte divisão: os homens mais novos são responsáveis pela caça, e o mais velhos pela segurança, as mulheres pela construção das casas, e as crianças pela organização dos mantimentos, etc. Teríamos, portanto, uma divisão social do trabalho.
Com o aumento populacional do qual se compunha as sociedades, e com os seus conseqüentes problemas, a execução destas tarefas tornam-se mais complexas, que pela sua natureza e complicação, exigem a necessidade da existência de uma classe “diretora” das atividades, com a função de coordenar o desenvolvimento das funções de cada grupo. Neste momento a existência de classes reflete uma sociedade onde alguns detêm o poder (esta classe diretora, ou dirigente) enquanto a outros cabem apenas obedecer.
A classe é, portanto, um conceito socioeconômico que designa a “tarefa” que cada qual deve desempenhar numa determinada sociedade. Na sociedade medieval, por exemplo, que era composta basicamente por três classes, costumava-se dizer que cabia aos nobres (primeira classe), guerrear; ao clero (a segunda) rezar e garantir a proteção espiritual; e ao campesinato, trabalhar. Deste modo, a divisão de classes, tem por fundamento a necessidade que os homens têm de dividir as tarefas numa sociedade, para garantirem as suas respectivas sobrevivências.
Como já dissemos, a complexificação das relações sociais trouxe consigo a necessidade da existência duma classe superior, dirigente, que, enquanto tal, possuía determinados privilégios, a custa das classes que não os possuía. Com isso, percebe-se a gênese dos interesses opostos que regem a contradição entre as classes: enquanto que as superiores visam sempre garantir esses privilégios, a expensas de outras classes, estas, em contrapartida lutam com a finalidade de anular ou minimizar tais privilégios, arrogando-os pra si, no intuito de garantirem melhores condições de subsistência.
Portanto, poder-se-ia dizer que para Marx, a luta de classes é o “motor” da história, aquilo que a anima, que a movimenta. Entretanto, o pensador alemão se assim o procedesse estaria simplesmente repetindo uma tese anteriormente já examinada, que dizia o mesmo, e que estava atrelada ao problema da explicação da origem das classes. Contanto, percebe-se que o pensador vai mais adiante, embasando o motivo da existência das classes numa complexa divisão do trabalho determinada pelas condições de existência humana, ou seja, pela necessidade que estes possuem de lutar para garantir a sua sobrevivência.
Assim, o sistema explicativo de Marx, além de ser chamado de marxista, é-o também de “materialista histórico”. O segundo termo deriva, entre outras razões, do caráter atribuído ao tempo (portanto à história), como meio pelo qual são percebidas as contradições entre as classes no interior da sociedade. É através do tempo que percebe a sua evolução, seu desenvolvimento. O primeiro termo, “materialismo”, funda a sua razão de ser sobre o fato de a história, longe de ser determinada pelas idéias, pela religião, pelas opiniões ou costumes (como acreditavam os idealistas), o é pelas condições materiais que cercam os homens, e pela necessidade de sobreviver, que só pode ser atendida, por meio de bens materiais, em primeiro plano.
Logo, se interrogassem a Marx ou a um defensor da sua teoria, acerca da questão que norteia este texto, qual seja o porquê da história acontecer deste jeito e não de outro modo, este responderia que a história é produzida pela contradição oriunda da diferença dos interesses entre as classes. Isto repousa na existência de classes desiguais, com diferentesprivilégios entre si, que é gestada pela divisão social do trabalho organizada pelos homens, com o fito de satisfazerem determinadas condições que, sem as quais, não poderia sobreviver. Isto é, em linhas generalíssimas, o materialismo histórico, ou a concepção marxista da história.
7. Conclusão
O pequeno trajeto esboçado aqui começou com o teologismo agostiniano, transitando pelo idealismo iluminista e culminou com o materialismo histórico. A grandeza da história da filosofia da história, rica de idéias, contribuiu no passado, e o faz hoje, para o enriquecimento intelectual não só de filósofos, mas também de historiadores.
O texto do intelectual russo pára por aí. Entretanto, isso não nos legitima dizer que não há outras concepções e teorias da história interessantes a serem observadas. Esta síntese é bem básica, e funciona apenas como um instrumento, um meio, para que os seus leitores possam seguir adiante, caso queiram. Se prosseguirem, certamente encontrarão as concepções do inglês Arnold Toynbee (séc. XX), do alemão Oswald Spengler (XIX), do italiano Giambattista Vico (XVII), do russo Nikolai I. Danilevsky (XIX), do árabe Ibn Kladhun (XIV), do italiano Benedetto Croce (XIX), do russo Pitirim A. Sorokin (XX) do francês Ravaisson Mollien (XIX), entre outros mais.
CAPÍTULO II
A concepção materialista da história
Dando continuação à discussão acerca da filosofia da história, pretende-se aqui, aprofundar os conhecimentos acerca de uma teoria em especial, a saber, a concepção materialista, ou o materialismo histórico. Viu-se, no esboço anterior, que tal concepção insere-se numa trajetória percorrida pela filosofia da história, e cabe agora compreendê-la um pouco melhor�.
Valendo-se do mesmo guia do texto anterior, far-se-á uma síntese do que Plekhanov escreve num dos seus artigos�. Neste, o principal objetivo é apreender mais detalhadamente o materialismo histórico, esboçando-o analiticamente. 
1. Teoria dos fatores
A filosofia da história preocupa-se com as causas do movimento histórico. Assim, surge no séc. XIX uma teoria cujo objetivo consistia em demonstrar qual o quais fatores eram mais determinantes no curso da história. Era a teoria dos fatores.
Uma sociedade é composta por diversos fatores: religiosos, econômicos, artísticos, científicos, etc. Punha-se o problema se havia algum dentre eles que possuía ascendência sobre os outros, determinando-os; e se realmente havia algum, qual era dentre eles. Eis que surge o materialismo econômico. Esta teoria afirmava ser a economia, a primeira dos fatores, aquele que determina e/ou condiciona todos os outros. Assim, o materialismo histórico é uma teoria dos fatores cujo conteúdo consistia na afirmação de que a economia seria o “carro-chefe” da história.
2. Materialismo econômico X materialismo histórico
Se perguntássemos a um materialista econômico, qual era a causa que fazia ser o fator econômico a principal razão que movimenta a história, este responderá que isso deriva da própria Razão, ou Natureza Humana. Ora, vimos anteriormente que uma teoria que atribua a uma causa como a Razão (que é ideal), não é materialista, e sim idealista. É a isto a que se opõem os materialistas históricos. Deste modo embora tenham nomenclaturas parecidas, materialismo econômico e materialismo histórico são bem diferentes entre si: enquanto que no primeiro a economia é determinada por uma entidade abstrata, no segundo, o principal fator é o estado das forças produtivas em cada sociedade.
3. As forças produtivas
Plekhanov insiste em acentuar as diferenças entre as duas supracitadas teorias, sendo inclusive um dos principais motivos que o leva a escrever o texto: não ser confundido com um materialista econômico, pois julga errônea esta teoria. Assim, no intuito de desvencilhar o materialismo histórico desta confusão de idéias, Plekhanov procede a uma análise das causas do movimento da história, sob o ponto de vista desta teoria.
A história, segundo o materialismo histórico, caminha de acordo com o desenvolvimento das forças produtivas. E o que é uma força produtiva? Uma força produtiva é tudo aquilo que é capaz de gerar algum bem que possa garantir a nossa sobrevivência. Logo, nossas mãos são forças produtivas, pois com elas podemos colher frutos duma árvore; bem como um martelo, um machado, um cavalo, enfim. Ora, é justamente o nível de desenvolvimento destas forças de trabalho que determina a nossa organização social. 
Exemplo. Numa sociedade onde os instrumentos de trabalho (as forças produtivas), exijam, necessariamente, para a sua operação, a colaboração de vários homens, a organização social daí derivada tenderá para uma coletivização dos bens. A contrário senso, numa outra sociedade onde as forças produtivas operacionalizam-se de maneira mais individualizada, os laços sociais serão menos estreitos. É assim que, o estado ou configuração dos instrumentos que possuímos para produzir os bens necessários a nossa subsistência determinam a natureza das organizações sociais.
Ora, as relações sociais estimulam o desenvolvimento e aprimoramento das nossas forças produtivas, e assim, tornam-se cada vez mais eficazes estas mesmas forças produtivas. Logo, alterando-se as forças produtivas sobre a influência dos desenvolvimentos técnicos, rearranjam-se novamente as relações sociais, e com elas seguem-se as mudanças no Estado, no direito, nos costumes e nas artes. E assim, as sociedades mudam, produzindo história.
Assim, muito diferentemente do materialismo econômico, onde a natureza ou a razão humana determina a economia e esta os demais fatores, no materialismo histórico são as forças produtivas que determinam o desenvolvimento das relações sociais que por sua vez, condicionam a própria natureza humana. Daí, conclui-se que longe de a consciência determinar o ser social, é o ser social quem a determina.
5. As normas jurídicas
Derivando dessa relação que os homens travam com os instrumentos produtivos na satisfação das condições necessárias das suas existências, surgem os costumes, a moral, a religião, as artes, e o direito. Ora, se, como vimos, as relações sociais são componentes derivados da forma pela qual os homens valem-se das suas forças produtivas, também, a fortiori, serão regidas as normas que regulam estas relações sociais. Falamos aqui, especialmente do direito.
O direito positivo é um complexo de normas mais ou menos coerentes. Estas normas, como sabemos, têm por finalidade a garantia de certa ordem, de certa estabilidade das relações sociais. Tanto o é, que toda norma jurídica, vem acompanhada de uma sanção, que tem por finalidade a garantia de que os destinatários da norma não a descumprirão. Então, o direito é uma técnica de organização social, cujo escopo é a garantia desta mesma ordem. Ora, sobre qual fundamento assenta-se esta ordem? Sobre, como vimos outrora, nas relações sociais derivadas do estado das forças produtivas. 
Deste modo, a finalidade do direito é a manutenção de regras de relação social, e evidentemente mudará o conteúdo destas regras quando um novo arranjo configurador das forças produtivas mudar. Um dos primeiros sintomas de mudanças na ordem jurídica verifica-se quando percebemos mudanças nos costumes. Com isso, vemos as regras sendo desrespeitadas com freqüência cada vez maior, até serem abolidas e substituídas por regras mais condizentes com o real status das relações sociais. E o que provoca a mudança nos costumes? Ora, mais uma vez, respondemos que a alteração nas formas pelas quais os indivíduos relacionam-se mutuamente assenta-se sobre a maneira em que se encontram as relações econômicas concretas, ou seja, da forma como os homens organizaram-se de acordo com os instrumentos que possuem para produzir os seus bens fundamentais.
6. O direito e a luta de classes
Se o direito consiste num conjunto de normas cujo objetivo é garantir a ordem social, e sabedores do fato de que esta “ordem” é desigual, dado o privilégiode uma classe sobre as demais, somos forçados a concluir que o direito, é mais um dos instrumentos do qual podem valer-se as classes superiores na manutenção dos seus interesses. Portanto, se toda norma de direito positivo resguarda ou protege um interesse, fica-nos claro que o direito, está longe de ser uma obra da Razão (como pensavam os iluministas), e sim é fruto de um intrincado processo de conflito de interesses existentes numa sociedade.
Qual seria a origem desses interesses resguardados pelo direito? São os mesmos interesses daqueles que visam manter os seus privilégios, contra o interesse daqueles que visam minimizá-los, ou anulá-los. Confirmando a necessidade da ordem, o direito faz apenas criar uma garantia formal da manutenção dos privilégios por parte de quem os já possuem, e assim ajuda a perpetuar uma ordem, que segundo os defensores de tal teoria, está muito longe de ser considerada justa.
Deste modo, os interesses estão ligados às situações sociais os indivíduos, ou seja, suas classes, e assim, todo movimento ideológico guarda, no íntimo uma conexão com a classe da qual ele é oriundo.
7. A filosofia e as suas relações com a ideologia
Neste ponto do texto, que se aproxima do seu fim, o autor busca estabelecer as relações dos sistemas filosóficos com as condições históricas concretas que os circundam. Enumerando alguns exemplos, Plekhanov cita Descartes.
Sob a “aparente” imparcialidade e racionalidade dos sistemas filosóficos, é nos possível perceber a influência de determinadas condições sociais que se manifestam, por exemplo, na filosofia cartesiana. Filósofo francês do séc. XVII Descartes é um dos primeiros pensadores a escrever em sua própria língua. Deslocando-se, portanto, duma tradição erudita que tinha o latim como língua culta e científica, o Discurso sobre o Método é escrito em língua francesa.
Ora, é justamente nesta época em que assistimos à finalização das formações das monarquias nacionais, cujo fortalecimento encontra-se ligado a uma das fases do capitalismo, o mercantil. Com isso, não os valores nacionais são fortificados, e sabemos ser a língua um dos fatores que confere unidade às nações. Assim, a escrita de um texto, naquele momento, em língua francesa, relacionava-se com o processo de expansão e desenvolvimento da economia nacional.
Outra interpretação da maneira como os sistemas filosóficos podem refletir condições sociais nos insurge também da França, quando do séc. XVIII, com o Iluminismo. Pregando a preponderância da Razão sobre as demais formas de conhecimento (a religiosa, por exemplo), este movimento, implicitamente desejava a derrocada de determinadas instituições sociais caducas, medievais, cuja manutenção consistia num dos grandes entraves ao estabelecimento duma nova ordem burguesa. Assim, ao criticar as explicações “teológicas” da realidade, o iluminismo critica a influência da Igreja Católica que constituía um grande entrave ao livre desenvolvimento das relações econômicas capitalistas. É por isso que se considera o Iluminismo como um movimento intelectual da burguesia.
É assim que os sistemas filosóficos influenciam e são influenciados pela história. Cabe-nos aqui advertir que nem sempre a relação é tão simples e direta. Por vezes as condições materiais influenciam o status das nossas idéias, não diretamente, mas sim, de maneira indireta.
8. Conclusão
Estes são, em linhas genéricas, alguns pontos esboçados pela teoria do materialismo histórico. Partindo do pressuposto de que história é governada por leis, que, por sua vez, derivam do estágio das forças produtivas, as quais condicionam os modos da organização social e consequentemente o regime econômico, político, os costumes, e as regras de direito. 
O materialismo histórico continua sendo até hoje fonte de críticas e debates no mundo acadêmico.
A sua influência no cenário não só político, mas também acadêmico, foi deveras marcante. Piotr Stompka, sociólogo polonês, refere-se ao materialismo histórico como “as lei de ferro da história”, dado o seu caráter sólido e penetrante. Não obstante as críticas que lhe foram deferidas, o materialismo pode, e deve ser discutido enquanto um dos mais importantes capítulos na história das idéias, e de maneira mais específica, na filosofia da história.
� Plekhanov, Georg. Da concepção materialista da História.
� Não se quer dizer aqui que a Bíblia expõe uma tolice qualquer, mas sim utilizá-la para mostrar uma explicação de viés animista.
� Extraído do texto de Plekhanov, à altura da página 12.
� Condensamos aqui - dado o fundamento comum que as une, tendo em vista a natureza deste texto, que é uma síntese - sob o título de “a concepção da história pós-revolucionária”, os tópicos 3, 4 e 5 do livro-referência.
� A diferença entre um evento necessário e um outro livre é a que se segue: no primeiro, a coisa acontece sem depender da nossa vontade, como a chuva, um terremoto, o bater do nosso coração, por exemplo. A segunda é caracterizada pela existência de uma vontade que a determina, por exemplo, a escolha de um cardápio, ou de uma roupa. Somos livres pois agimos volitivamente, ou seja, mediante as nossas vontades, no mais das vezes, claro.
� O motivo que nos leva a selecionar a concepção materialista, dando-lhe um trato em especial nesse texto, deve-se à natureza do presente curso, que tem em Marx um dos seus pilares.
� Da concepção materialista da História, Georg Plekhanov.
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