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Transporte Hidroviário: Fluvial e Lacustre Conceitos Hidroviários Hidrovia, aquavia, via navegável, caminho marítimo ou caminho fluvial são designações sinonímicas. Hidrovia interior ou Via Navegável Interior são denominações comum para os rios, lagos ou lagoas navegáveis. Fonte: Antaq Navegação Fluvial e Lacustre É aquela realizada ao longo dos rios e canais e nos lagos e lagoas, entre portos brasileiros, entre estes e portos estrangeiros integrantes das vias navegáveis. Administração Hidroviária 42 mil Km de vias Navegáveis e 10 mil em uso comercial. Delimitação espacial adotada pelo DNIT. 8 Administrações Hidroviárias. • AHIMOR – Amazônia Oriental • AHRANA – Paraná • AHIMOC – Amazônia Ocidental • AHITAR – Tocantins / Araguaia • AHIPAR – Paraguai • AHSUL – Sul • AHSFRA – São Francisco • AHINOR – Nordeste Hidrovia do Madeira: É uma das mais importantes vias de transporte localizado no chamado “Arco Norte”. Hidrovia Paraguai-Paraná: é uma hidrovia que envolve 5 países da bacia do Rio da Prata, Bolívia, Brasil, Paraguai, Uruguai e Argentina. Hidrovia Tietê-Paraná: É uma via de navegação situada entre as regiões sul, sudeste e centro-oeste do Brasil. Hidrovia do Tocantins-Araguaia: É a principal hidrovia e um dos principais troncos viários do corredor Centro-Norte brasileiro. Principais Hidrovias do Brasil Hidrovia do São Francisco: Considerada a mais econômica forma de ligação entre o Centro-Sul e o Nordeste. Hidrovia do Solimões-Amazonas: É uma hidrovia supranacional que tem como principal tronco o rio Amazonas. Atende o Brasil, a Colômbia, o Peru, o Equador e a Bolívia. Hidrovia Tapajós – Teles Pires: O baixo Tapajós é navegável numa extensão de cerca de 280 quilômetros, entre Santarém e São Luís do Tapajós/PA. Além da capacidade de carga, a hidrovia pode liberar rotas alternativas para o escoamento da produção pelo Centro-Sul do país. Hidrovia Lagoa Mirim: É uma hidrovia que é constituída pelos rios Jacuí, Taquari, Caí, Sinos, Gravataí, Camaquã e Jaguarão, que se ligam à lagoa dos Patos através do Lago Guaíba, com continuidade no canal de São Gonçalo e na Lagoa Mirim e na bacia do rio Uruguai. Fonte: DNIT/ANTAQ Transporte Fluvial ❑ Grandes Volumes De Carga ❑ Grandes Distâncias ❑ Baixa Velocidade ❑ Cargas de Baixo Valor Agregado • Grãos (soja, milho), minério de ferro, bauxita, combustíveis (derivados de petróleo) ❑ Baixo risco de avarias, acidente, roubo de carga • Características ❑ Investimentos em terminais, canais artificiais, eclusas, dragagens, sinalização ❑ Baixo impacto ambiental ❑ Necessita de transporte complementar ❑ Frequência e disponibilidade baixa • Transporte Fluvial Vantagens Quase inexistência de custos na construção das vias Reduzidos custos unitários de transporte, resultantes da grande capacidade de carga das embarcações. Desvantagens • Transporte lento • Exige transporte complementar • A distribuição das vias fluviais e lacustres é bastante irregular • Obras, quando necessárias, são de alto custo Tipos de rios ❑ Rios de alto curso ❑ Rios de médio curso (rios de planalto) ❑ Rios de baixo curso ou de planície Principais Classes Rios de corrente livre ❑ Regularização do leito ❑ Regularização da descarga ❑ Dragagem Rios canalizados ❑ Eclusas ❑ Elevadores de embarcações ❑ Plano inclinado ❑ Rampa líquida Canais ❑ Canais Laterais ❑ Canais de Partilha Dificuldade de Expansão • Topografia irregular do terreno • Distância dos rios de planície dos grandes centros comerciais • Ausência de comunicação com os outros modais • Ausência de obras • Impacto ambiental gerado pela instalação de eclusas • Falta de interesse do Poder Público Topografia Irregular do Modal Fluvial ➢ A grande maioria dos rios caudalosos e navegáveis percorrem em seu trajeto da nascente à vazante. Tal é o caso dos rios Tietê, Paraná, Tocantins e Araguaia, que podem ser considerados rios de planalto e de difícil navegação, haja vista que se apresentam encachoeirados, com muitos desníveis de um trecho para outro. Distância dos rios de planície dos grandes centros comerciais ➢ Mesmo que o rio seja de fácil navegação (rio de planície), os principais portos e pontos de acesso para a sua utilização e navegação estão demasiado distantes dos grandes centros e conglomerados industriais e comerciais. Tal é o caso dos rios São Francisco, Amazonas e Paraguai. Ausência de Comunicação com os outros Modais ➢ A dificuldade e falta de interesse das empresas e investidores em utilizar as vias fluviais como meios de transporte não se restringem somente à falta de infraestrutura presente na modal fluvial em si, mas, também, da falta de integração e comunicação desta com os outros meios de transporte. Ausência de obras ➢ Faz-se necessário a realização de obras e serviços de infraestrutura locais, tais como a dragagem (desassoreamento, alargamento e limpeza do leito do rio) ETC. Impacto ambiental ➢ O impacto ambiental gerado pela instalação de eclusas e de canais de transposição artificiais, verifica-se que não necessariamente este ocorrerá. ➢ Falta de interesse do poder público em os tornar portos organizados e neles investir. Falta de Interesse do Poder Público • A navegação fluvial no Brasil está numa posição inferior em relação aos outros sistemas de transportes. Sofre com pouco investimento e demora na liberação de projetos e verbas. • Investimentos entre 2002 e 2013: de R$ 7 milhões a R$ 571 milhões • PHE – Plano Hidroviário Estratégico Investimentos realizados no setor Fluvial ❑ O Transporte Lacustre é uma das modalidades de meios de transporte aquático ou hidroviário, que ocorre através das hidrovias (vias de água).É realizado pelo transporte denominado de “Cabotagem”, ou seja, não apresenta um curso longo, sendo esse transporte geralmente efetivado, em lagos e lagunas dentro do país. ❑ Da mesma forma que os outros tipos de transporte aquaviários, o transporte lacustre é feito por embarcações, desde barcos, balsas, dentre outros. ❑ Geralmente inclui o transporte de pessoas e cargas intercidades, embora seja um meio de transporte limitado, visto a quantidade de lagos navegáveis no mundo. Transporte Lacustre • Características • Transporte Lacustre Vantagens Embora seja um transporte lento e pouco utilizado no comércio internacional visto a restrita quantidade e o tamanho dos lagos navegáveis no mundo, o transporte lacustre é vantajoso na medida em que é considerado um transporte barato, segundo os valores de manutenção de suas vias bem como o baixo nível de consumo de combustível. Desvantagens Apesar de ser pouco flexível, posto que depende das vias preparadas para navegação (depois de analisadas aspectos como a localização, a profundidade e tamanho), o transporte lacustre não causa grande impacto ambiental. Principais Malhas Lagoa dos Patos • Com área de 10.145 km², liga as cidades sulistas de Rio Grande e Porto Alegre. Lagoa Mirim • Com área de 3.750 km², conecta o sul do Brasil, com seu vizinho, o Uruguai. • Transporte Lacustre Existem 440 empresas que operam na Navegação Interior e que estão autorizadas a realizar os seguintes tipos de transporte: de Travessia, Longitudinal de Carga, Longitudinal Misto e Longitudinal de Passageiros. O gráfico ao lado mostra a distribuição do número de empresas segundo o transporte que executam: Fonte: Elaboração própria, com base em ANTAQ Número de Empresas Principais Empresas: Transporte de Cargas na Navegação Interior por Percurso (t) Percurso 2014 2015 2016 2017 Estadual 10.367.888 12.118.8859.788.104 17.849.900 Interestadual 8.620.580 9.555.723 6.913.027 12.470.284 Internacional 7.673.904 4.979.342 3.343.526 5.300.701 Percurso não identificado 1.059.592 1.067.905 1.167.528 1.110.870 Total Geral: 27.721.964 27.721.855 21.212.185 36.731.756 Tipos de embarcações que operam no mercado da Navegação Interior: Conforme a base de dados da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), a frota que atua na Navegação Interior é composta por um total de 2.646 embarcações autorizadas, distribuídas em 21 tipos. Os cinco tipos mais numerosos abrangem 2.434 embarcações, cerca de 92% do total, e são os seguintes: • Balsas – 1.124 (42,5% Do Total); • Rebocadores/Empurradores – 731 (27,6%); • Barcaças – 313 (11,8%); • Lanchas – 155 (5,9%); • Chatas – 108 (4,1%). Balsa Rebocadores/Empurradores Barcaça Lancha Chata Referências Bibliográficas: http://portal.antaq.gov.br/ https://edisciplinas.usp.br/pluginfile.php/978076/mod_resource/co ntent/1/Aula_5_PNV_2450_2016.pdf https://www.portalsaofrancisco.com.br/geografia/navegacao-fluvial https://www.todamateria.com.br/transporte-lacustre/
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