Buscar

Introdução à Segurança do Trabalho

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 3, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 6, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes
Você viu 9, do total de 17 páginas

Faça como milhares de estudantes: teste grátis o Passei Direto

Esse e outros conteúdos desbloqueados

16 milhões de materiais de várias disciplinas

Impressão de materiais

Agora você pode testar o

Passei Direto grátis

Você também pode ser Premium ajudando estudantes

Prévia do material em texto

Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho
História e Importância da Segurança do Trabalho
Denner Melo Freitas
Rio Verde, GO
2018
Universidade de Rio Verde – Campus Rio Verde
Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho
História e Importância da segurança do Trabalho
Denner Melo Freitas
Trabalho de Curso apresentado a Universidade de Rio Verde – Campus Rio Verde, como requisito parcial para a obtenção de nota no Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho. 
 
 
 
 Orientador: Prof. (a). Cristiane Marques de Freitas Loiola 
Rio Verde, GO
2018
	
Universidade de Rio Verde – Campus Rio Verde
Fazenda Fontes do Saber
Curso de Pós-Graduação em Engenharia de Segurança do Trabalho
INTRODUÇÃO
 Durante à história, o ser humano esteve constantemente exposto a riscos, mas a partir da revolução industrial, com a criação das máquinas a vapor, esses riscos tornaram-se mais evidentes. O advento das máquinas em substituição ao trabalho artesanal multiplicou a produtividade no trabalho. Originava-se então a produção em larga escala, através do uso das novas tecnologias. As fábricas da época eram instaladas em locais improvisados em locais inapropriados, com péssimas condições de trabalho e exploração de trabalhadores (o que incluía também mulheres e crianças) em jornadas diárias de até 16 horas. O resultado disso foi o surgimento de um grande número de acidentes de trabalho, doenças relacionadas e muitos trabalhadores mortos ou mutilados. A partir dessa situação dramática é que se originaram as primeiras leis e estudos relacionados à proteção, à saúde e à integridade física dos trabalhadores.
 A segurança no trabalho engloba o bem-estar social, mental e físico dos trabalhadores, ou seja, da “pessoa no seu todo”. Para serem bem-sucedidas, os parâmetros de saúde e de segurança no trabalho, necessitam da colaboração e a participação tanto de empregadores como dos trabalhadores nos programas de saúde e segurança, submetendo a avaliar questões relacionadas com a medicina do trabalho, a higiene no trabalho, a toxicologia, a educação, a formação, a engenharia de segurança, a ergonomia, a psicologia, etc. 	
 Os assuntos relacionados com a saúde no trabalho têm sido objeto de menor atenção do que os assuntos relacionados com a segurança no trabalho, porque as primeiras são geralmente mais difíceis quer na sua identificação, na dificuldade da elaboração do seu diagnóstico, e no estabelecimento da relação de causa e efeito. Mas quando referimos o tema da saúde, referimos igualmente o da segurança, pois um ambiente saudável é, por definição, também um local de trabalho seguro. 
 Entretanto, o oposto pode não ser verdade – um local de trabalho considerado seguro não é precisamente um local de trabalho saudável. O importante é ressaltar que as questões da saúde e da segurança devem ser identificadas em todos os locais de trabalho. Em princípio, a definição de saúde e de segurança no trabalho engloba quer a saúde, quer a segurança, nos seus contextos mais amplos.
CRONOLOGIA HISTÓRICA DA SEGURANÇA DO TRABALHO 
 Entre os anos 400 a 50 (a.C.), Hipócrates (“pai da medicina”) estudou os efeitos do chumbo nos mineradores e metalúrgicos de sua época e identificou o envenenamento por esse metal em seu livro “Ares, Águas e Lugares”. Nos anos 23-79 D.C., Plínio, um escritor naturalista e historiador romano, observou a aspiração de poeira e fumo realizada por escravos em seu tempo e implementou e disseminou a ideia do uso de bexigas de animais para reduzir a inalação desses resíduos.
 Em 1473, houve a descrição do envenenamento de trabalhadores por mercúrio e chumbo, por Ellenborg, bem como a criação de medidas preventivas para tal fato. No ano de 1556, Georgius Agricola elabora o esboço do processo de mineração, fusão e refino de metais, especificando doenças e acidentes acontecidos, cria sugestões para prevenção e a introdução do uso de ventilação para essas atividades. Paracelso, considerado o Pai da Toxicologia, elaborou as primeiras descrições sobre doenças respiratórias referentes à atividade de mineração, seus estudos tiveram mais destaques na contaminação por Mercúrio. 
 No ano de 1700, Bernardino Ramazzini (“pai da Medicina Ocupacional”), demonstrou um estudo bastante significativo sobre doenças relacionadas ao trabalho, sendo que o estudo foi feito em torno de 50 profissões da época, pelo qual já indicava precauções nas áreas. Em 1775, Inglaterra, foi motivado pelos estudos de Percival Lott, o qual identifica as principais causas do câncer no escroto: a fuligem, que era muito presente no ofício dos limpadores de chaminé. Charles Thackrah e Percival Lott, em 1830, publicaram um livro que discutia sobre doenças ocupacionais. A obra incentivou o desenvolvimento legislação ocupacional.
 Em 1802 – O parlamento inglês através de uma comissão de inquérito, aprovou a 1° lei de proteção aos trabalhadores: Lei de saúde e moral dos aprendizes, estabelecendo limite de 12 horas de trabalho/dia, proibindo o trabalho noturno. Obrigava os empregadores a lavarem as paredes das fábricas 2 vezes ao ano e tornava obrigatório a ventilação desses locais. Em 1833, também na Inglaterra, foi criada a “Lei das Fábricas” que fixava em 13 anos a idade mínima para o trabalho, proibia o trabalho noturno para menores de 18 anos e exigia exames médicos das crianças trabalhadoras.
 Em 1869, na Alemanha e em 1877, na Suíça foram instituídas leis que responsabilizavam os empregadores por lesões ocupacionais.
 Em 1851, Willian Farr relatou a mortalidade excessiva entre os fabricantes de vasos; impacto das doenças respiratórias e dos óbitos em trabalhadores da mineração na Inglaterra. Em 1907, Frederick Winslow Taylor publica a obra “Princípios de Administração Científica”, nos Estados Unidos. Nesse trabalho, Taylor apresentou técnicas, ou mecanismos, como o estudo de tempos e movimentos, a padronização de instrumentos e ferramentas, a padronização de movimentos, conveniência de áreas de planejamento, uso de cartões de instrução, sistema de pagamento de acordo com o desempenho e cálculo de custos.
 Nos Estados Unidos, 1910, Henry Ford utiliza os “Princípios de Produção em Massa” nas linhas de montagem no setor automotivo, reduzindo o tempo de duração dos processos, a quantidade de matéria-prima estocada e o aumento da capacidade de produção, através de capacitação dos trabalhadores. Em 1911, aconteceu a primeira conferência de doenças industriais nos Estados Unidos e, em 1914, o serviço de saúde pública (USPHS) organiza a divisão de higiene industrial.
 Entre os anos de 1914 e 1919, após o término da Primeira Guerra Mundial, foi criada, pela Conferência de Paz, a Organização Internacional do Trabalho (OIT), convertida na Parte XIII do “Tratado de Versalhes”. Em 1925, Drª Alice Hamilton, médica americana, publicou “Venenos Industriais nos Estados Unidos” e, em 1934, “Toxicologia Industrial”. Na Universidade de Harvard, 1922, foi criado o curso de graduação em Higiene Industrial, ainda nos Estados Unidos, 1938, foi fundada a ACGIH, na época chamada de National Conference Governmental Industrial Hygienists, um ano depois, 1938, é fundada a AIHA (American Industrial Hygiene Association). A ASA (American Standard Association, atualmente ANSI) e a ACGIH publicam a primeira lista de “Concentrações Máximas Permissíveis” (MAC’s) para substâncias químicas presentes nas indústrias. 
 Entre os anos de 1939 e 1945, durante a Segunda Guerra Mundial, foram desenvolvidos programas de higiene para manter a capacidade produtiva da indústria, até então com atenção voltada somente para a indústria bélica e operada por mulheres. Em 1943, a ACGIH publicou os “Primeiros Limites Máximos Permissíveis”, que em 1948, passaram a ser chamados de “Limitesde Tolerância TLV®” (Threshold Limit Value). Em 1947 é fundada a International Organization for Standardization (ISO), em português, Organização Internacional de Normatização. Em 1948 é criada a Organização Mundial da Saúde (OMS) com políticas voltadas também à saúde dos trabalhadores. Em 1949 é criada a Ergonomic Research Society.
 Nos EUA, em 1970, é criada a OSHA (Occupational Safety and Health Administration) como agência federal dos Estados Unidos que regulamenta a segurança e a saúde no local de trabalho, integrante do Departamento do Trabalho e o NIOSH (National Institute for Occupational Safety and Health), como parte do Departamento de Saúde e Serviços Públicos. Coube a OSHA a responsabilidade do estabelecimento de padrões e ao NIOSH, realizar o desenvolvimento de pesquisas e fornece recomendações de padrões à OSHA.
 Em 1987, a Norma de Certificação ISO 9000 é publicada pela International Organization for Standardization, com a finalidade de estabelecer uma estrutura-modelo de gestão de qualidade baseado em normas técnicas, para empresas e organizações empresariais. Em 1996, a Norma de Certificação ISO 14000 é publicada pela International Organization for Standardization, cujo objetivo é estabelecer um conjunto de diretrizes, dividida em comitês e subcomitês de criação, para sistemas de gestão ambiental direcionada a empresas e organizações. Nesse mesmo ano, a British Standards, órgão britânico de elaboração de normas técnicas, publica a BS 8800 – Occupational Health and Safety Management Systems, norma que apresenta requisitos para implantação de um sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho para empresas e organizações.
HISTÓRIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO NO BRASIL
1891 – A preocupação prevencionista teve início com a Lei que tratava da proteção ao trabalho dos menores, em 23/01/1891.
1919 – Criada a Lei n° 3724, de 15/01/19 – Primeira Lei brasileira sobre acidentes de trabalho.
1941 – Em 21/04/41, criação da ABPA (Associação Brasileira para Prevenção de Acidentes) por empresários no Rio de Janeiro.
1943 – CLT (Consolidação das Leis do Trabalho) foi aprovada pelo decreto-Lei n°5452, em 01/05/43 (entrou em vigor em 10/11/43). 
1944 – Decreto-Lei n° 7036 de 10/11/44 promoveu a “reforma da Lei de acidentes de trabalho” (um desdobramento que contava no capítulo V do Título II da CLT).
 Visando maior entendimento à matéria e agilizar a implementação dos dispositivos da CLT referentes a Segurança e Higiene do Trabalho, além de garantir a “Assistência Médica, hospitalar e farmacêutica” aos acidentados e indenizações por danos pessoais por acidentes.
 Este Decreto-Lei, em seu artigo 82 criou as CIPA.
1953 – Decreto-Lei n° 34715, de 27/11/53 instituiu a SPAT (Semana de Prevenção de Acidentes do Trabalho) A ser realizada na 4° semana de novembro de cada ano. Também em 1953 a Portaria 155 regulamenta e organiza as CIPA‘s e estabelece normas para seu funcionamento.
1955 – Criada a portaria 157, de 16/11/55 para coordenar e uniformizar as atividades das SPAT. Constando a realização do Congresso anual das CIPA durante a SPAT. O Título do Congresso passou em 1961 para Congresso Nacional de Prevenção de Acidentes do Trabalho – CONPAT. A exclusão do CONPAT ocasionou a proliferação de Congressos e outros eventos.
1960 – A Portaria 319 de 30/12/60 regulamenta a uso dos EPI´s.
1966 – Criada conforme Lei n° 5161 de 21/10/66 a Fundação Centro Nacional de Segurança Higiene e Medicina do Trabalho, atual Fundação Jorge Duprat Figueiredo de Segurança e Medicina do Trabalho, em homenagem ao seu primeiro Presidente.
 Hoje mais conhecida como FUNDACENTRO. A criação da FUNDACENTRO foi sem dúvida um dos grandes feitos na história da segurança do trabalho e partir de ações da entidade a segurança do trabalho pode avançar de forma significativa.
1967 – A Lei n° 5316 de 14/09/67 integrou o seguro de acidentes de trabalho na Previdência Social.
 Também em 1976 surge a sexta lei de acidentes de trabalho, e identifica doença profissional e doença do trabalho como sinônimos e os equipara ao acidente de trabalho.
1972 – Decreto n° 7086 de 25/07/72, estabeleceu a prioridade da Política do PNVT-Programa Nacional de Valorização do Trabalhador. Selecionou 10 prioridades, entre elas a Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
 A Portaria 3237 do MTE de 27/07/72 criou os serviços de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho nas empresas. Foi o “divisor de águas” entre a fase do profissional espontâneo e o legalmente constituído. Esta portaria criou os cursos de preparação dos profissionais da área.
1974 – Iniciados enfim, os cursos para formação dos profissionais de Segurança, Higiene e Medicina do Trabalho.
1977 – A Lei n° 6514 de 22/12/77 modificou o Capítulo V do Título II da CLT. Convém ressaltar que essa modificação deu nova cara a CIPA, estabeleceu a obrigatoriedade, estabilidade, entre outros avanços. 
1978 – Criação das NR – Normas Regulamentadoras, aprovadas pela Portaria 3214 de 08/06/78 do MTE, aproveitando e ampliando as postarias existentes e Atos Normativos, adotados até na construção da Hidrelétrica e Itaipu. Na ocasião foram criadas 28 NR’s.
 Essa portaria representou um dos principais impulsos dados a área de Segurança e Medicina do Trabalho nos últimos anos.
1979 – Em virtude da carência de profissionais para compor o SESMT, a resolução n° 262 regulamenta a criação de cursos em caráter prioritário para esses profissionais.
1983 – A Portaria n° 33 alterou a Norma Regulamentadora 5 introduzindo nela os riscos ambientais.
1985 – A lei n° 7410 de 27/11/85 oficializou a especialização em Engenharia de Segurança do Trabalho e criou a categoria profissional de Técnico em Segurança do Trabalho, até então os únicos profissionais prevencionistas não reconhecidos legalmente.
 Dava prazo de 120 dias para o MEC os currículos básicos do curso de especialização em Técnico de Segurança do Trabalho. Mas somente em 1987, através do parecer 632/87 do MEC, foi estabelecido o curso de formação de TST em vigor.
1986 – A lei n° 7498/86 regulamenta as profissões Enfermeiro, Técnico em Enfermagem, Auxiliar de Enfermagem.
1986 – A Lei n° 9235 de 09/04/86 regulamentou a categoria de Técnico de Segurança do Trabalho. Que na década de 50 eram chamados de “Inspetores de Segurança”. 
1990 – O quadro do SESMT NR 4 é atualizado. O SESMT a partir de então é formado por:
– Engenheiro de Segurança do Trabalho;
– Médico do Trabalho;
– Enfermeiro do Trabalho;
– Auxiliar de Enfermagem do Trabalho;
– Técnico em Segurança do Trabalho. 
1991 – Lei 8.213/91 estabelece o conceito legal de Acidente de Trabalho e de Trajeto e nos artigos 19 a 21 e no artigo 22 também estabelece a obrigação da empresa em comunicar os Acidentes do Trabalho as autoridades competentes. 
 Foi posteriormente alterado pelo Decreto nº 611, de 21 de julho de 1992.
2001 – Entra em vigor a Portaria n° 458 de 4 de outubro de 2001 e fica proibido a partir de então, o trabalho infantil no Brasil. 
2009 – O termo Ato Inseguro é retirado do item 1.7 da Norma Regulamentadora 1. E isso é motivo de comemoração para muitos prevencionistas que reclamam que o termo retirava em muitas vezes a responsabilidade do empregador. Pois era fácil rotular os acidentes somente como Ato Inseguro, e isso dificultava encontrar a verdadeira causa.
2012 – A presidente do Brasil institui através da Lei nº 12.645, de 16 de maio de 2012 o dia 10 de outubro como o Dia Nacional de Segurança e de Saúde nas Escolas. 
A IMPORTÂNCIA DA SEGURANÇA DO TRABALHO 
 A Segurança do Trabalho proporciona a efetuação de um trabalho mais organizado. Não só demonstra como devemos evitar acidentes em locais com riscos, mas, leva também ao aumento da produção, pois, transformando o ambiente mais agradável, os funcionários produzirão mais e com melhor qualidade de serviço. Proporciona também melhoria nas relações entre patrões e funcionários. Quando o funcionário percebe melhorias no ambiente de trabalhopassará a ter mais carinho e respeito com a direção da empresa. O resultado pode aparecer em produtos de maior qualidade.
 O ponto alto da Segurança do Trabalho. No decorrer das ações de prevenção desenvolvidas na empresa, podemos evitar o aparecimento de acidentes de trabalho e às doenças ocupacionais. Obviamente cada segmento tem suas características e riscos específicos, e justamente por isso, cada ambiente precisa ser “cuidado” com um olhar particular e com maior atenção aos riscos.
 O objetivo principal da segurança do trabalho é manter a saúde e segurança do trabalhador. No Brasil existem trinta e seis normas regulamentadoras, emitidas pelo Ministério do Trabalho, que conduzem as ações das empresas nesse sentido. O número de empresas que investem em itens de segurança do trabalho tem aumentado, haja vista os reflexos positivos que essa estrutura propicia. Um local de trabalho apropriado e seguro, com iluminação correta, acústica certa, que confere os Equipamentos de Proteção Individual (EPI), evita acidentes e reduz os riscos de incidência de doenças ocupacionais e como reflexo disso, tem-se menos afastamentos, maior produtividade, estabilização do Fator Acidentário de Prevenção (FAP) e outras vantagens.
 Inúmeros acidentes, senão todos, podem ser evitados por meio de medidas preventivas. Isso fica mais evidente quando percebemos quais são as principais causas dessas ocorrências. Entre elas, estão a falta de instruções claras e detalhadas; fala de equipamentos de proteção adequados; falta de prudência; falta de conhecimento técnico; falta de respeito às leis trabalhistas; falta de manutenção de maquinário, etc. Para garantir à segurança do trabalhador por meio de três medidas principais: treinar e conscientizar a equipe; fornecer equipamentos de proteção adequados; fiscalizar.
 O treinamento e os equipamentos vão variar conforme o ambiente de trabalho em questão. Assim, as Normas Regulamentadoras fornecem orientações sobre as melhores práticas e recomendações para garantir a segurança do trabalhador para cada tipo de risco.
ALGUNS RISCOS E COMO A SEGURANÇA DO TRABALHO É IMPORTANTE
Trabalho em altura
 Acidentes em altura são os que possuem maiores probabilidades de vítimas fatais, devido a tais fatalidades nesta área de serviço, é necessária atenção redobrada. A Norma Regulamentadora que orienta esse tipo de trabalho é a NR35, que por sua vez define a condição mínima e as práticas de segurança para serviços em altura acima de 2 metros. As áreas onde mais ocorrem estes tipos de riscos são: construção civil; limpeza de grandes prédios; manutenção de torres de sinal; manutenção em plataformas de petróleo; instalação de antenas, etc.
 Quais as medidas tomadas pela NR 35:
Capacitar os empregados a trabalhar em altura, com treinamento tanto teórico quanto prático (a carga horária mínima exigida é de 8 horas);
Atualizar os funcionários caso surjam alterações nos procedimentos ou novos elementos de risco;
Encaminhar os trabalhadores a exames médicos que detectem riscos de mal súbito em altura (Atestado de saúde ocupacional — ASO), conforme parâmetros da NR7;
Realizar uma Análise Preliminar de Risco (APR) antes de iniciar os trabalhos, o que inclui isolamento, sinalização, pontos de ancoragem, possibilidade de queda de materiais e ferramentas, sistemas de comunicação e viabilidade para procedimentos de emergência;
Adotar, se possível, alternativas de realizar o serviço e que evitem o trabalho em altura;
Fornecer EPIs adequados ao trabalho realizado;
Dispor de um serviço de socorro para um atendimento rápido e eficiente em casos de emergências;
Supervisionar o cumprimento das normas e uso dos EPIs (Equipamentos de Proteção Individual);
Inspecionar a condição de preservação dos EPIs e demais equipamentos de suporte, como escadas e andaimes;
Interromper os trabalhos caso surjam no local de trabalho novos fatores de risco não previstos.
Espaços Confinados
 É regulamentado pela NR33 e, segundo a Norma, ambientes não projetados para a presença contínua de pessoas, onde os locais de saída e entrada são limitados, com ventilação inexistente ou insuficiente e, que possa existir deficiência ou enriquecimento de oxigênio. Exemplos: tanques, dutos, caixas d’água, tubulações, silos, etc.
 Quais as precauções que as empresas devem tomar para segurança de seus funcionários:
Cadastrar, sinalizar e isolar os espaços confinados;
Restringir o acesso de pessoas não autorizadas;
Treinar os trabalhadores de forma contínua;
Encaminhar os trabalhadores a exames médicos (Atestado de Saúde Ocupacional — ASO), conforme parâmetros da NR7;
Certificar-se de que as condições de entrada para esses locais sejam seguras;
Testar a atmosfera dos espaços confinados antes da entrada de qualquer funcionário (concentração de oxigênio, substâncias inflamáveis, tóxicos etc.);
Definir um programa de entrada em espaço confinado, detalhando os procedimentos necessários para que isso seja feito com segurança;
Realizar procedimentos de PET (permissão de trabalho), documentando todas as medidas necessárias para que a entrada no ambiente confinado seja segura.
Instalações e serviços com eletricidade
 É regulamentada pela NR10, que prevê melhorias práticas de segurança em instalação e serviços em eletricidade, direta ou indiretamente. Principias tipos de acidentes que ocorrem nesta área são: o não cumprimento das normas; a falta de treinamento; contato acidental com a rede elétrica; não uso dos EPIs; comunicação insuficiente; problemas climáticos, como chuvas e raios; problemas com equipamentos; problemas pessoais do trabalhador, etc.
 Quais são as medidas de prevenção e de controle de risco em instalações elétricas:
Prover treinamento compatível com a atividade do empregado;
Realização da análise de risco;
Uso de equipamentos de proteção;
Os serviços devem ser autorizados por ordens de serviço encaminhadas por profissionais qualificados, detalhando as informações sobre o trabalho;
A vestimenta (incluindo, capacete, botina, óculos e luva) deve ser compatível com a tarefa realizada, com resistência ou proteção contra condução de corrente elétrica, fogo, calor e eletromagnetismo;
Utilizar ferramentas e equipamentos adequados;
Encaminhar os trabalhadores a exames médicos (atestado de saúde ocupacional — aso), conforme parâmetros da nr7;
Sinalizar adequadamente o espaço de trabalho.
QUAIS OS BENEFÍCIOS AO INVESTIR EM SEGURANÇA DO TRABALHO
Reduzir os riscos de acidentes: Garantir a prevenção dos acidentes laborais que prejudicam à integridade física e mental do trabalhador. 
Organização: Permite que a empresa crie uma logística que demonstra a preocupação e o cuidado com o funcionário. Esta organização garante um outro benefício que é a produtividade, uma vez que o colaborador se sente mais motivado para executar suas funções. 
Menos gastos: O funcionário preventivo originário da Segurança do Trabalho produz menos custos com materiais e afastamentos ou ações judiciais. Um ambiente seguro inibe os riscos e mantém a atenção do colaborador da execução da tarefa, evitando prejuízos materiais e afastando os riscos de acidentes. 
Ambiente de trabalho saudável: O investimento em Segurança do Trabalho demonstra o comprometimento da empresa com a saúde e bem-estar de todo o quadro de funcionários. Esse sentimento de cuidado e proteção gera um ambiente laboral saudável e propício a ideias e relações interpessoais. 
Produtividade: Funcionários motivados pelo sentimento de integração da equipe se empenham em alcançar a produtividade estabelecida pela direção da empresa. Além disso, a eliminação dos riscos mantém o foco na execução do trabalho prestado. 
Qualidade no trabalho: Funcionários que compreendem que estão fazendo um trabalho de forma segura, produzem com qualidade. 
Credibilidade: A diminuição de acidentes e acontecimentos envolvendo a imagem da empresa garante a credibilidade corporativa da instituição,numa demonstração de responsabilidade social. Com produtividade e equipe motivada, a companhia se torna referência no mercado em que atua. 
Oportunidade: O treinamento de segurança do trabalho pode ser uma grande oportunidade para realizar uma integração com todos os colaboradores, a fim de expor o compromisso da empresa com a segurança e demonstrar os objetivos e metas da empresa. 
QUAIS FERRAMENTAS PODEM SER UTILIZADAS PARA EVITAR ACIDENTES DE TRABALHO
 São inúmeras ferramentas que podem ser utilizadas. As mais comuns são:
– PPRA (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais): Utilizado para identificar os riscos do ambiente e através dessa identificação são adotadas as medidas preventivas e corretivas adequadamente.
– PCMAT (Programa de Condições e Meio Ambiente de Trabalho na Indústria da Construção): É obrigatório em construções com 20 ou mais funcionários. A única diferença entre PCMAT e o PPRA é que ele tem que prever os riscos e medidas preventivas em todas as fases da obra.
 – PCMSO (Programa de Controle Médico e Saúde Ocupacional): É o programa que dita os exames a serem realizados pelos funcionários. Esse programa anda juntamente com o PPRA.
– CIPA (Comissão Interna de Prevenção de Acidentes): São um grupo de trabalhadores que atuam na prevenção de acidentes de trabalho. Metade deles são eleitos pelos funcionários e metade indicada pelo empregador.
– DDS (Diálogo Diário de Segurança): São palestras curtas que tratam de Segurança do Trabalho e assuntos relacionados. 
– Treinamento de Integração: É o treinamento apresentado ao recém-contratado. Com a finalidade de familiarizá-lo com os procedimentos de trabalho, nesse item se incluem os cuidados referentes à Segurança do Trabalho.
– Ordem de Serviço: Documento que visa informar o funcionário dos riscos da sua função e das medidas preventivas que deverão ser adotadas, o funcionário se compromete a seguir as normas de segurança e medicina do trabalho da empresa.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
BLOG/INBEP. Por que investir em segurança do Trabalho. Disponível em: <http://blog.inbep.com.br/por-que-investir-em-seguranca-do-trabalho/> Acesso em: 27 setembro de 2018
BLOG SEGURANÇA DO TRABALHO. A Importância da Segurança do Trabalho. Disponível em: <https://www.blogsegurancadotrabalho.com.br/2017/01/a-importancia-da-seguranca-do-trabalho.html> Acesso em: 25 setembro de 2018
BLOG/SITE SEGURANÇA DO TRABALHO NWN. A Importância da Segurança do Trabalho. Disponível em: <https://segurancadotrabalhonwn.com/a-importancia-da-seguranca-do-trabalho/> Acesso em: 25 setembro de 2018
BLOG/SITE SEGURANÇA DO TRABALHO NWN. História da Segurança do Trabalho. Disponível em: < https://segurancadotrabalhonwn.com/historia-da-seguranca-do-trabalho/> Acesso em: 26 setembro de 2018
BUREAU INTERNACIONAL DO TRABALHO. Introdução à saúde e segurança no trabalho. Disponível em: < http://www.ilo.org/public/portugue/region/eurpro/lisbon/pdf/pub_modulos2.pdf>. Acesso em: 26 setembro de 2018
CONECT ONLINE. Tudo sobre a segurança do trabalho na indústria. Disponível em: <https://conect.online/blog/tudo-sobre-a-seguranca-do-trabalho-na-industria/> Acesso em: 27 de setembro de 2018
REDEETEC. Segurança do Trabalho I. Disponível em: <http://redeetec.mec.gov.br/images/stories/pdf/eixo_amb_saude_seguranca/tec_seguranca/seg_trabalho/151012_seg_trab_i.pdf>. Acesso em: 25 setembro de 2018

Continue navegando