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I. INTRODUÇÃO O Transtorno de Personalidade Borderline ocorre em 2 a 3% da população ge- ral, e é de longe o transtorno de personalidade mais comum. Entre os pacientes psiquiátricos estima- se que ocorra em 11% das populações não hospitalizadas, 19% das populações hospitalizadas e 27 a 63% das populações clínicas com transtorno de personalidade. O termo borderline foi inicialmente usado para identificar pacientes que evocavam fortes reações de contratransferência em seus terapeutas e que pareciam regredir na ausência das estruturas externas que eles tentavam evitar. Foram descritos pela primeira vez por Stern (in Kernberg, 1995), que os identificou no exercício da psicoterapia, e posteriormente por Ro- bert Knight, que os identificou em pacientes hospitalizados. Muitas vezes o Bor- derline apresenta uma impulsividade tão forte que se manifesta em verdadeiros acessos de raiva e fúria. Durante estes ataques descontrolados, os boderlines po- dem cometer atos de automutilação, fazer ameaças suicidas, além de queixas so- Curso de Psicologia BORDERLINE E SUAS CARACTERÍSTICAS ADRIANA AGUIAR¹; ADRIANA SANTOS²; IRAILDES COSTAS³; MARIA DE OLIVEIRA4 MELISSA SILVA5; NEIVAL XAVIER6; SUELI ALBERTIN7; WASHINGTON ANDRADE8 II. OBJETIVOS O objetivo deste trabalho é apresentar as principais características do indivi- duo com Transtorno de Personalidade Borderline: enfocando as principais ca- racterísticas, o processo diagnóstico e o tratamento do transtorno. III. METODOLOGIA Este trabalho tem como base de pesquisa bibliográfica e referências de artigo, livros e revistas da internet sobre o assunto que propiciaram a redação do texto. IV. FUNDAMENTAÇÃO TEORICA O presente trabalho é feito uma revisão histórica e psicopatológica do distúr- bio Borderline. Adolf Stern escreveu o primeiro trabalho psicanalítico que usava o termo “borderline” em 1938 referindo-se a um grupo de pacientes que aparen- temente exibia uma forma branda de esquizofrenia, beirando na fronteira da neu- rose e psicose. O diagnóstico de Borderline surgiu no DSM apenas em 1980, en- quanto outros transtornos da personalidade, como esquizoide o paranoide, o an- tissocial e o compulsivo (obsessivo), aparecem deste o DSM I, que data de 1952. Constata-se que a delimitação do transtorno é recente, o que também explica a confusão de conceitos em que está enredado o borderline até hoje. Delimitar o conceito traz uma vantagem, que é a de estar debatendo sobre um paciente co- nhecido, obtenível a partir de elementos comuns, evitando-se generalizações evasivas que mais confundem que esclarecem. Organização de Personalidade Borderline, permitindo assim englobar, as personalidades infantis, bistéricas, histéricas, narcisistas, esquizoides, personalidade múltipla, antissociais, abran- gendo assim as comorbidades e sintomas, sendo considerados ameaça de ruptura da relação afetiva e do conhecido, por diversas vezes podem desencadear episó- dio psicótico. São considerados três critérios estruturais do ponto de vista clíni- co: uma integração difusa da identidade, na qual caracteriza uma Síndrome de Difusão de identidade: manifestado por sentimentos de crônico de vazio, auto percepção contraditórias, comportamento contraditórias, pouca empatia e baixo limiar à frustação. O uso predominante de mecanismos de defesa primitivos, negação, projeção, idealização, tendo como função proteger o ego contra sentimentos de amor e ódio que impedem a consistência da identidade; e um teste de realidade preser- vado, com prejuízo em situações de stress. (2002), o paciente Borderline, em ge- ral utilizam os atendimentos de emergência psiquiatra e de outras clínicas, so- mente quando há suas explosões agressiva, tentativas de suicídio, sendo muitas vezes caso de policia, devido à suas atitudes sociopáticas. Quando pacientes da rede pública de saúde são considerados como tratamento “sem jeito”. Para Romero (2002), o paciente Borderline, em geral utilizam os atendimentos de emergência psiquiatra e de outras clínicas, somente quando há suas explosões agressiva, tentativas de suicídio, sendo muitas vezes caso de policia, devido à suas atitudes sociopáticas. Quando pacientes da rede pública de saúde são consi- derados como tratamento “sem jeito”. Podem demonstrar sentimentos de raiva, confusão, ansiedade, pânico, depressão, além de tendência à autoagressão, com relacionamentos repletos de “cenas”, agindo mais pelo principio do prazer. No qual são padrões inconscientes, expressados por pensamentos, sentimentos e atos, de âmbito inflexível e danoso. Para Hegenberg (2000) “Transtorno de Per- sonalidade Emocionalmente Instável”, subdivido em “impulsivo” e “Borderline (limítrofe): é um transtorno de personalidade no qual há uma tendência marcante a agir impulsivamente sem consideração das consequências, junto com a instabi- lidade afetiva. A capacidade de planejar pode ser mínima, e acessos de raiva in- tensa podem com frequência levar a violência ou a explosões comportamentais, estas são facilmente precipitadas quando atos impulsivos são criticados ou impe- didos por outros. A autoimagem, objetivo e preferências internas (incluindo a se- xual) do paciente são com frequências pouco claras ou perturbadas. Há em geral sentimentos crônicos de vazio. Uma propensão a se envolver em relacionamento intensos e instáveis pode causar repetidas crises emocionais e pode estar associa- da com esforços excessivos para evitar o abandono e uma série de ameaças de suicídio ou atos de autolesão. II. RESULTADOS E DISCUSSÃO O Borderline em geral, corre-se o risco de desconsiderar cada sujeito em sua singularidade como se todos os pacientes fossem iguais, o que não é fato. Quando se teoriza sobre pessoas com um diagnóstico, no caso o borderline as generaliza- ções são inevitáveis. O mal-estar causando por frases como “o borderline", ou o border, ou transtorno de personalidade Borderline é de tal ou qual maneira pode ser amenizado pelo leitor ao procurar abstrair os conceitos gerais e tentar particu- larizar para o seu paciente, sujeito único, pleno de vida e humanidade. O diagnóstico é feito através de características do transtorno, observadas por um psicólogo ou psiquiatra, e por experiências relatadas pelo individuo. É importante fazer exames fisiológicos, como hemograma e sorologia, para a exclusão de ou- tras doenças. O diagnóstico da síndrome de Borderline pode ser longo e complexo. Devido à semelhança com outras síndromes, é muito raro obter o diagnóstico precoce des- sa doença. Suas relações com o objeto são superficiais, carecendo de profundidade de sen- timentos, de constância, empatia e consideração pelos demais. Também apresenta transtornos de caráter de nível variado e os sintomas clínicos são: Angustia; Inca- pacidade para sentir; Depressão; Intolerância à solidão; Anedonia; Neurose poli-sintomática; Tendências sexuais não-normais (Parafilias); Episódios Psi- cóticos Breves; Adaptação social. O tratamento é feito através de uma combinação de medicamentos e de acompa- nhamento psicológico. Os medicamentos usados com mais frequência no trata- mento da síndrome de Borderline incluem antidepressivos, estabilizadores de hu- mor e tranquilizantes. A psicoterapia é o principal tratamento utilizado, porém re- quer paciência e força de vontade do paciente. E na psicoterapia que o indivíduo aprende a lidar e controlar as suas emoções III. REFERENCIAS BIBLIOGRAFICAS CUNHA, Paulo Jannuzzi; AZEVEDO, Maria Alice Salvador B. de. Um caso de transtorno de personalidade borderline atendido em psicoterapia dinâmica breve. Psic.: Teor. e Pesq., Brasília , v. 17, n. 1, p. 5-11, Apr. 2001 . Available from <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102- 37722001000100003&lng=en&nrm=iso>. access on 03 Oct. 2018. http:// dx.doi.org/10.1590/S0102-37722001000100003.HEGENBERG, Mauro. BORDERLINE: clinica psicanalitica. 7. ed. SÃO PAULO: Casa do Psicologo, 2013. 98 p. v. 1. Kernberg, O.T., Selzer, M.A., Koenisberg, H.W., Carr, A.C. & Appelbaum, A.H. (1991). Psicoterapia Psicodinâmica de Pacientes Borderline. (R.C.S. Lo- IV. AGRADECIMENTOS O desenvolvimento desse trabalho foi de extrema importância para o nosso aperfeiçoamento profissional e pessoal, que veio para atribuir novos conhecimen- tos e desta forma agradecemos a professora e orientadora Delaine de Souza por nos ajudar na construção do trabalho a nossa equipe pelo empenho e dedicação nesta pesquisa e também a faculdade UNIVERSO por dar esta oportunidade e de ampliações do aprendizado, através da pesquisa cientifica. 1. ADRIANA AGUIAR, ACADÊMICA DE PSICOLOGIA – UNIVERSO. 2. ADRIANA MARQUES DOS SANTOS, ACADÊMICA DE PSICOLOGIA – UNIVERSO. 3. IRAILDE DIVINA FERNANDES DA CUNHA COSTA, ACADÊMICA DE PSICOLOGIA – UNIVERSO. 4. MARIA JOSÉ HILARIO DE OLIVEIRA, ACADÊMICA DE PSICOLOGIA – UNIVERSO. 5. MELISSA BARBOSA SILVA, ACADÊMICA DE PSICOLOGIA – UNIVERSO. 6. NEIVAL XAVIER, ACADÊMICO DE PSICOLOGIA – UNIVERSO. 7. SUELI FLORIANO DA SILVA ALBERTIN, ACADÊMICA DE PSICOLOGIA – UNIVERSO. 8. WASHINGTON LUIZ DE ANDRADE, ACADÊMICO DE PSICOLOGIA – UNIVERSO. 9. DELAINE DE SOUSA SILVA ALVARES, PROFESSORA ORIENTADORA – UNIVERSO.